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Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira karinne.nascvie@professores.unifbv.edu.br Dimensionar reatores químicos, aplicando os conceitos de conversão, balanço de massa e lei de velocidades de reações; Realizar cálculo de reatores tipo tanques agitados e tipo tubulares, utilizando os conceitos de tempo e velocidade espacial; Determinar constante de velocidade de reações químicas reversíveis e não reversíveis, aplicando as propriedades da lei de velocidades de reação; Fazer o balanço molar em reatores de fluxo contínuo ou em batelada, utilizando os conceitos de estequiometria das reações químicas. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira OBJETIVOS GERAIS Procedimentos de avaliação Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante a disciplina, divididos da seguinte forma: AV e AVS AV Contemplará todos os temas abordados pela disciplina e será assim composta: Prova individual com valor total de 8 (oito) pontos; Atividades acadêmicas avaliativas com valor total de 2 (dois) pontos. A soma de todos os instrumentos que possam vir a compor o grau final da AV não poderá ultrapassar o grau máximo de 10 (dez) pontos. Nova chance: Prova no formato formato PNI Prova Nacional Integrada, com 10 questões com o valor total de 8 pontos. Elegíveis: alunos que faltaram ou tiraram nota <6 na AV AVS (antiga AV3) Contemplará todos os temas abordados pela disciplina. Será composta por uma prova no formato PNI Prova Nacional Integrada, com total de 8 pontos, e substituirá a nota da AV, caso seja maior. Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda: Atingir nota igual ou superior a 6 (seis) na prova de AV ou AVS; Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira CRONOGRAMA TemaDataSemana APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA, INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE REATORES, CLASSIFICAÇÃO DOS REATORES09/ago1 NOÇÕES DE ESTEQUIOMETRIA, CONVERSÃO, TAXA DE REAÇÃO E DILUIÇÃO16/ago2 PROJETO DE REATORES: BALANÇO MOLAR23/ago3 BALANÇOS MOLARES EM TERMOS DA CONVERSÃO30/ago4 ESTEQUIOMETRIA E LEI DA TAXA DA REAÇÃO06/set5 AULA DE EXERCÍCIOS13/set6 REATORES EM SÉRIE (CSTR)20/set7 REATORES EM SÉRIE (PFR)27/set8 PROJETO DE REATORES ISOTÉRMICOS04/out9 PROJETO DE REATORES ISOTÉRMICOS11/out10 CINÉTICA DE REATORES18/out11 AULA DE EXERCÍCIOS25/out12 AULA DE REVISÃO01/nov13 AV08/nov14 NOVA CHANCE AV22/nov15 AVS29/nov16 AJUSTES DE NOTAS, PRESENÇAS E FECHAMENTO DA DISCIPLINA06/dez17 Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira BIBLIOGRAFIA Bibliografia básica FOGLER, H. S. Elementos de engenharia das reações químicas. 6. ed. Rio de Janeiro: 2022. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788521638353/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dcover]!/4 /2/2%4051:2 LEVENSPIEL, O. Engenharia das reações químicas. São Paulo: 2000. Bibliografia complementar FELDER, R. M.; ROSSEAU, R. W. Princípios elementares de processos químicos. 4 ed. Rio de Janeiro: 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788521634935/epubcfi/6/10[%3Bvnd.vst.idref%3Dcopyrigh t]!/4/24/6/1:26[ndi%2Cce] HIMMELBLAU, D. M.; RIGGS, J. B. Engenharia química: princípios e cálculos. 8 ed. Rio de Janeiro: 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-216-2711- 1/epubcfi/6/10[%3Bvnd.vst.idref%3Dcopy]!/4/38/1:15[-08%2C96] Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Conhecemos algumas reações químicas que ocorrem diariamente como assar um pão ou bolo, respirar, utilizar água sanitária nas roupas, queimar um combustível ou acender uma vela. Em geral não nos preocupamos com o recipiente onde ocorrem tais reações. Industrialmente quais são os recipientes utilizados para realizar as reações químicas e qual o principal objetivo deles? O reator químico é um recipiente onde ocorrem reações químicas, transferências de massa e calor. O projeto de um reator químico trata com múltiplos aspectos de engenharia química, sobre os quais os engenheiros químicos trabalham para obter a maximização de produtos para a reação dada. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Visão geral As matérias-primas são convertidas nos produtos nos reatores químicos Introdução à Cinética e Cálculo de Reatores Químicos Cinética química é o estudo das velocidades de reação e dos mecanismos de reação. O estudo da engenharia das reações químicas (ERQ) combina o estudo da cinética química com os reatores nos quais as reações ocorrem; A cinética química e o projeto de reator são partes essenciais da produção de quase todos os produtos químicos industriais; É principalmente o conhecimento da cinética química e do projeto de reatores que diferencia o engenheiro químico de outros engenheiros; A seleção de um sistema de reação que opera da maneira mais segura e eficiente pode ser a chave para o sucesso ou o fracasso econômico de uma instalação química; Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Classificações • Mistura perfeita – Todo o meio reacional é misturado de forma que todas as propriedades (concentrações, temperatura) sejam as mesmas ao longo do volume do reator. Ex.: Tanque agitado • Obs.: Distribuição de tempos de residência Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Tempo de residência • Quantidade média de tempo que uma partícula reside em um sistema Classificações • Fluxo empistonado – O meio reacional é deslocado ao longo do volume de reação sem acontecer mistura. Ex.: Tubo • Obs.: Mesmo tempo de residência para todas as moléculas Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Classificações Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Homogêneo • Reação em apenas uma fase • Variações de temperatura, pressão e composição Heterogêneo • Reação em mais de uma fase • Variações de temperatura, pressão, composição, taxa de transferência de massa e de calor Classificações O sistema é carregado com os reagentes e após certo tempo a reação é encerrada Reator batelada Reagentes e produtos são adicionados e removidos continuamente no reator Reator contínuo Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Tipos de ativação dos reatores Térmica Catalítica Iniciador Eletroquímica Bioquímica Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Tipos básicos de reatores REATOR EM BATELADA TANQUE DE MISTURA (CSTR) REATOR TUBULAR (PFR) SEMIBATELADA Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Reator em batelada Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Reator tanque de mistura (CSTR) Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Reator tubular (PFR) Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Reatores ideais Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Batelada ideal Alimentação dos reagentes (inertes, solvente, catalisador) no tempo inicial e retirada do meio reacional no tempo final pré-estabelecido Não tem adição ou retirada de material ao longo da operação e a agitação deve manter o meio homogêneo Reatores ideais Reator tanque agitado contínuo (CSTR) Também chamado de reator de retromistura, tanque agitado Mistura perfeita Alimentação e retirada de material continuamente No estado estacionário as propriedades são contínuas ao longo do tempo e volume Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Reatores ideais Reator tubular de fluxo empistonado (PFR) Fluxo sem mistura Alimentação e retirada ao longo da operação contínua No estado estacionário as propriedades mudam ao longo do volume Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Reatores ideais Ba te la da Prós • Ideal para plantas piloto • Flexível, comporta diferentes reações • Produtos com alto valor agregado e baixa demanda • Higienização fácil Cons • Altas conversõesrequerem muito tempo • Mais força de trabalho • Qualidade de produto variável CS TR Prós • Operam por muito tempo e com pouca força de trabalho • Produção de grandes quantidades • Bom controle de temperatura • Controle e construção simples Cons • Menores valores de conversão • Dificilmente comporta diferentes reações • Higienização requer desligamento PF R Prós • Operam por muito tempo e com pouca força de trabalho • Produção de grandes quantidades • Permite altas conversões • Boa transferência de calor • Comum para reações gasosas Cons • Controle de temperatura complexo • Manutenção mais cara que CSTR • Higienização mais difícil e requer desligamento do processo. Exercício 1 (FUNDATEC - 2023 - IF-SC - Professor EBTT - Química Industrial) Um processo químico é qualquer operação ou conjunto de operações coordenadas que acarretam a transformação física ou química em um material ou misturas de materiais. O objetivo dos processos químicos é a obtenção de produtos desejados a partir de matérias primas selecionadas ou disponíveis. Considere um processo químico constituído de um reator industrial. Sabe-se que o modo de operação desse reator é tal que este é carregado com toda a matéria-prima necessária, em seguida, efetuado o processamento e, então, são removidos os produtos. Acerca do modo de operação desse reator, analise as assertivas a seguir: I. Na situação descrita, diz-se que o processo químico está operando em regime transiente. II. Variáveis como temperatura e concentração não variam com a posição dentro desse equipamento industrial, mas variam com o tempo. III. Uma das vantagens desse modo de operação é a grande capacidade de processamento quando comparado a outros modos de operação. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. Exercício 2 (INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Novo Hamburgo - RS - Engenheiro Químico) Na engenharia química, reatores químicos são vasos projetados para conter reações químicas de interesse na indústria. Entre os diferentes tipos de reatores, está o reator batelada (Batch Reactor). Sobre esse reator e o processamento de suas reações, assinale a alternativa correta. a) Os reagentes são introduzidos conforme os produtos são formados. Há entrada de reagentes e saída de produtos ao longo da reação. b) Os reagentes são introduzidos no reator de uma só vez. A saída do produto ocorre ao longo do processamento da reação. c) Não admite entrada nem saída de reagentes ou produtos durante o processamento da reação. Todos os reagentes são introduzidos no reator de uma só vez. d) É viável para produção em larga escala, possui baixo custo de mão de obra e o tempo para alimentação, esvaziamento e limpeza não precisa ser contabilizado no processamento, pelo fato de não inviabilizar o processo. e) Ao longo da reação, o número de mols de cada reagente diminui e o número de mols de cada produto aumenta. Assim, as concentrações das espécies no reator não variam com o tempo. Uso industrial Batelada • Indústria alimentícia, de pigmentos e de polímeros • Tratamento de efluentes • Química fina • Indústria farmacêutica • Produção de cosméticos CSTR • Reações de polimerização, esterificação, saponificação, desidratação, hidrólise • Cloração de aromáticos • Epoxidação da propeno • Produção de SO2 , nitrato de amônia PFR • Reações de polimerização, hidrólise, hidrogenação, alquilação, desidrogenação, oxicloração, etc • Cloração de aromáticos • Oxidação do etileno a acetaldeído ou a óxido de etileno • Produção de acetato de etila, nitroanilina AULA 2 – NOÇÕES DE ESTEQUIOMETRIA, CONVERSÃO, TAXA DE REAÇÃO E DILUIÇÃO Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Estequiometria • Define as proporções em que as espécies químicas se combinam ou são produzidas 2𝑁𝑂 + 𝑂 ⇄ 2𝑁𝑂 • Em menores inteiros possíveis 𝑁𝑂 + 1 2 𝑂 ⇄ 𝑁𝑂 200 𝑁𝑂 + 100 𝑂 ⇄ 200 𝑁𝑂 𝐻 𝑂 + 𝐶𝑂 ⇄ 𝐶𝑂 + 𝐻 • Se a reação for realizada numa proporção diferente dessa, então teremos um reagente em excesso e um reagente limitante Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Exemplo 1: (UPE) A remoção de impurezas contidas na água turva da piscina de um condomínio deve ser realizada com adição de sulfato de alumínio, seguida pela adição de hidróxido de cálcio. Com isso, forma-se uma substância gelatinosa que se deposita no fundo do tanque, com todas as impurezas. A reação química é descrita pela equação: Al2(SO4)3 + 3Ca(OH)2 → 3CaSO4 + 2Al(OH)3 Para limpar essa piscina, o condomínio utiliza 500 g de sulfato de alumínio e 500 g de hidróxido de cálcio. Qual o reagente limitante da reação e quanto de hidróxido de alumínio é formado? Dados de massas molares: H = 1 g/mol; 0 = 16 g/mol; Al = 27 g/mol; S = 32 g/mol; Ca = 40 g/mol a) Hidróxido de cálcio; 228 g de Al(OH)3 b) Hidróxido de cálcio; 351,3 g de Al(OH)3 c) Sulfato de cálcio; 500 g de Al(OH)3 d) Sulfato de alumínio; 228 g de Al(OH)3 e) Sulfato de alumínio; 351,3 g de Al(OH)3 Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Conversão • Relação da quantidade reagida pela quantidade alimentada de um reagente • Deve-se usar preferencialmente o reagente limitante • Para um sistema em batelada: 𝑋 = 𝑁 − 𝑁 𝑁 • Para um sistema com operação contínua: 𝑋 = 𝐹 − 𝐹 𝐹 Onde é o 𝑁 número de moles e 𝐹 é a vazão molar Considere os cenários a seguir de um sistema em batelada. Determine o reagente limitante e taxa de conversão de cada um dos reagentes. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 012Inícioa) 10.51Fim 011Iníciob) 10.50Fim 2𝑁𝑂 + 𝑂 ⇄ 2𝑁𝑂 Exemplo 2 Sendo um reator contínuo e isotérmico operado em estado estacionário com vazão de 10 L/min. Sabendo que as concentrações de alimentação e descarga são CA0 = 100 mol/L e CA = 40 mol/L, qual a conversão do reator. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Exemplo 3 Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Taxa de reação •É uma medida da velocidade de reação Sua expressão matemática depende do modelo do reator •Reator batelada, CSTR, PFR E do modelo cinético da reação • Reação de ordem 0, de primeira ordem, segunda ordem 𝑟 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑖 (𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒)(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜) DILUIÇÕES • Em sistemas descontínuos a diluição é função da variação volumétrica do sistema. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Solução 1 C1, V1 Solução 2 C2, V2 Mistura C0, V0 𝑛0 =n1 + n2 𝐶 = 𝑛 𝑉 C0= Balanço molar: DILUIÇÕES • Em sistemas contínuos a diluição é função das correntes de alimentação do sistema. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Corrente 1 C1, v1, F1 Corrente 2 C2, v2, F2 Mistura C0, v0, F0 F0 = F1 + F2 𝐹 = 𝐶 v C0= Balanço molar: EXEMPLO 4: Encontre os valores de vazão e concentração desconhecidas do sistema de equalização e mistura de salmoura representado abaixo. Admita que os tanques apresentam mistura perfeita. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira v1 = 10L/s C1 = 8 mol/L v2 = 5L/s C2 = 2 mol/L v3 = 3L/s C3 = ? v4 = ? C4 = ? v5 = 3L/s C5 = 4 mol/L v6 = 5L/s C6 = ? v7 = ? C7 = ? v8 = 2L/s C8 = 5mol/L v9 = ? C9 = ? AULA 3: PROJETO DE REATORES: BALANÇO MOLAR Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira • PROJETO DE REATORES - BALANÇO MOLAR Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 𝐹 , 𝐹 , 𝐸 T, 𝑃 , 𝑣 𝐹 , 𝐹 , 𝐸 T, P, 𝑣 𝑛 , 𝑛 , 𝐸 T, 𝑃, 𝑉 𝐺 Onde: 𝐹 é a vazão molar total 𝐹 é a vazão molar da espécie j 𝐺 é a taxa de geração da espécie j 𝐸 é a energia por unidade de mol 𝑣 é a vazão volumétrica Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Taxa de geração: 𝐺 = ∫𝑟 𝑑V Se a taxa é a mesma em todo o volume: 𝐺 = 𝑟 V PROJETO DE REATORES - BALANÇOMOLAR Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira PROJETO DE REATORES - BALANÇO MOLAR 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑎𝑖 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑗 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑗 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 Entrada – saída + geração = acúmulo 𝐹 − 𝐹 + 𝐺 = 𝑑𝑁 𝑑𝑡 𝐹 − 𝐹 + 𝑟 𝑑V = 𝑑𝑁 𝑑𝑡 ou ou ou Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira PROJETO DE REATORES - BALANÇO MOLAR 𝐹 − 𝐹 + 𝑟 𝑑V = 𝑑𝑁 𝑑𝑡 REATOR BATELADA • Sem alimentação e retirada das espécies • A agitação mantem as propriedades constantes ao longo do volume 𝑑𝑁 𝑑𝑡 = 𝑟 V 𝑁 0 = 𝑁 Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira PROJETO DE REATORES - BALANÇO MOLAR 𝐹 − 𝐹 + 𝑟 𝑑V = 𝑑𝑁 𝑑𝑡 REATOR CSTR • Tem alimentação e retirada de espécies • A agitação mantem as propriedades constantes ao longo do volume V=No estado estacionário Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira PROJETO DE REATORES - BALANÇO MOLAR 𝐹 − 𝐹 + 𝑟 𝑑V = 𝑑𝑁 𝑑𝑡 REATOR PFR • As propriedades mudam ao longo do volume 𝑑𝐹 𝑑𝑉 = 𝑟 𝐹 𝑉 = 0 = 𝐹No estado estacionário REATOR PBR (Packed Bed Reactor) • As propriedades mudam ao longo do volume • O leito é formado por uma massa de catalisador 𝑑𝐹 𝑑𝑤 = 𝑟 Onde: w é a massa de catalisador 𝑟 mol/kgcat . s Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 1) EXERCÍCIO 1: Calcule o tempo necessário para reduzir o número de moles de A a 1% de seu valor inicial em um reator batelada a volume constante para a reação de primeira ordem (-rA = kCA): 𝐴 → 𝐵 Considere que a velocidade específica de reação, k é igual a 0,23 min-1. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira EXERCÍCIO 2: A reação irreversível de segunda ordem em fase líquida (−rA = kCA2) é conduzida em um reator CSTR. A concentração de entrada de A, CA0, é de 2 mol/dm3, e a concentração de saída de A, CA, é de 0,1 mol/dm3. A vazão volumétrica, v0, é constante igual a 3 dm3/s. Qual é o volume do reator? Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira EXERCÍCIO 3: Qual o tamanho? A reação de primeira ordem: 𝑨 → 𝑩 é conduzida em um reator tubular no qual a vazão volumétrica, v, é constante. Derive uma equação relacionando o volume do reator às concentrações de entrada e de saída de A, a constante de velocidade de k e a vazão volumétrica v. Determine o volume de reator necessário para reduzir a concentração de saída a 10% da concentração de entrada quando a vazão volumétrica de entrada for de 10 dm³/min (i.e., litros/min), e a velocidade específica de reação, k, for de 0,23 min-1. AULA 4 – BALANÇOS MOLARES EM TERMOS DA CONVERSÃO Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira • RELACIONANDO A CONVERSÃO COM O NÚMERO DE MOLES E A VAZÃO MOLAR Em sistemas onde ocorre somente uma reação é conveniente usar a conversão como variável e relacioná-la com a quantidade de todas as espécies presentes. Lembrando que conversão: Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira • Para um sistema em batelada: 𝑋 = 𝑁 − 𝑁 𝑁 • Para um sistema com operação contínua: 𝑋 = 𝐹 − 𝐹 𝐹 E preferencialmente A deve ser o reagente limitante • RELACIONANDO A CONVERSÃO COM O NÚMERO DE MOLES E A VAZÃO MOLAR Para o reator batelada Para o reator contínuo Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira • RELACIONANDO A CONVERSÃO COM A CONCENTRAÇÃO 𝑨 𝑨 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎 Reator batelada: Se o volume for constante: Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira • RELACIONANDO A CONVERSÃO COM A CONCENTRAÇÃO 𝑨 𝑨 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎 Reator contínuo: Se a vazão volumétrica for constante: Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Para sistemas gasosos, CA0 pode ser calculada a partir da temperatura e pressão de entrada, usando-se a lei dos gases ideais, ou de alguma outra lei dos gases. Para um gás ideal: Onde é a fração molar de A na entrada e é a pressão parcial de A na entrada Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 1) EXEMPLO 2-1 do Fogler – Uma mistura de gases consiste de 50% de A e 50% de inertes a 10 atm (1013 kPa), e entra no reator com uma vazão de 6 dm³/s a 300°F (422,2 K). Calcule a concentração de entrada de A, CA0, e a vazão molar de entrada FA0. A constante dos gases ideais é: R = 0,082 dm³.atm/mol.K Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira BALANÇOS MOLARES EM TERMOS DA CONVERSÃO (Dedução no quadro): Reator batelada 𝑨𝟎 𝒅𝑿𝑨 𝒅𝒕 𝑨 𝑨𝟎 𝒅𝑿𝑨 ( 𝒓𝑨)𝑽 𝑿𝑨 𝟎 Se o volume for constante 𝒅𝑿𝑨 𝒅𝒕 𝒓𝑨 𝑪𝑨𝟎 𝑨𝟎 𝒅𝑿𝑨 𝒓𝑨 𝑿𝑨 𝟎 Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira BALANÇOS MOLARES EM TERMOS DA CONVERSÃO(Dedução no quadro): CSTR 𝑨𝟎 𝑨 𝑨 Mas, sabemos que 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎, então: 𝒗𝟎𝑪𝑨𝟎𝑿𝑨 𝒓𝑨 𝟎 𝑨𝟎 𝑨 𝑨 Onde τ é o tempo espacial, também chamado de tempo de retenção ou tempo médio de residência Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira TEMPO ESPACIAL É o tempo necessário para se processar um volume de reator considerando-se o fluido nas condições de entrada. O tempo que o fluido leva para entrar completamente no reator é o tempo espacial Velocidade espacial 𝐒𝐕 = 𝒗𝟎 𝑽 = 𝟏 𝝉 LHSV – Liquid Hourly Space Velocity (vazão volumétrica expressa considerando líquido a 60 ou 75°F) GHSV – Gas Hourly Space Velocity (vazão volumétrica expressa nas condições padrão de temperatura e pressão STP) Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira BALANÇOS MOLARES EM TERMOS DA CONVERSÃO(Dedução no quadro): PFR 𝒅𝑿𝑨 𝒅𝑽 𝒓𝑨 𝑭𝑨𝟎 𝑨𝟎 𝒅𝑿𝑨 𝒓𝑨 𝑿𝑨 𝟎 Mas, sabemos que 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎 𝑨 𝑨 𝑿𝑨 𝟎 Onde τ é o tempo espacial Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira BALANÇOS MOLARES EM TERMOS DA CONVERSÃO(Dedução no quadro): PBR (reator com recheio catalítico) 𝒅𝑿𝑨 𝒅𝒘 𝒓𝑨 𝑭𝑨𝟎 𝑨𝟎 𝒅𝑿𝑨 𝒓𝑨 𝑿𝑨 𝟎 Onde w é a massa de catalisador Mas, sabemos que 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎 𝟎 𝑨𝟎 𝑨 𝑨 𝑿𝑨 𝟎 Onde τ é o tempo espacial mássico ou “weight time” Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira EXEMPLO 2: Uma corrida experimental de 10 minutos mostra que 75% do reagente líquido é convertido a produto através de uma reação com taxa de ordem 1 ( 𝑨 𝑨). Qual seria a fração convertida em uma corrida de 30 minutos? Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Aula 5: Lei de taxa de reação e estequiometria Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Taxa de reação •É uma medida da velocidade de reação Sua expressão matemática depende do modelo do reator •Reator batelada, CSTR, PFR E do modelo cinético da reação • Reação de ordem 0, de primeira ordem, segunda ordem 𝑟 = 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑖 (𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒)(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜) Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira LEI DE TAXA DE REAÇÃO • Relaciona a velocidade de reação com a concentração Equação de Arrhenius: A é o fator pré-exponencial ou fator de frequência, E é a energia de ativação, R é a constante dos gases −𝑟 = 𝑘 𝑇 𝑓𝑛 𝐶 , 𝐶 , … Tomando como base de cálculo a espécie A (reagente limitante): 𝑘 𝑇 = 𝐴𝑒 ⁄ • Exemplo 5.1: Calcule a energia de ativação da decomposição do cloreto de benzeno diazônio, que dá origem a clorobenzeno e nitrogênio. Use as informações da tabela abaixo para essa reação de primeira ordem: Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira LEI DE TAXA DE REAÇÃO • A taxa de reação precisa ter comprovação experimental; • Se o coeficiente estequiométrico muda, não muda a taxa de reação; • O termo que depende das concentrações é uma função que depende de cada reação. Lei de potências 𝐶𝑂 + 𝐻 𝑂 ⇄ 𝐶𝑂 + 𝐻 𝑟 = 𝑘 𝐶𝑂 𝐻 𝑂 𝛼 e 𝛽 são as ordensde reação relativas a cada uma das espécies. A soma desses valores nos dá a ordem global da reação Nas reações elementares, que são reações cujo mecanismo envolve apenas 1 etapa, as ordens de reação são iguais aos coeficientes estequiométricos. Exemplos de ordem das espécies e ordem global Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira LEI DE TAXA DE REAÇÃO 𝒂𝑨 + 𝒃𝑩 ⇄ 𝒄𝑪 + 𝒅𝑫 𝑨 + 𝒃 𝒂 𝑩 ⇄ 𝒄 𝒂 𝑪 + 𝒅 𝒂 𝑫 Pela estequiometria, as velocidades de reação estão relacionadas: −𝒓𝑨 𝒂 = −𝒓𝑩 𝒃 = 𝒓𝑪 𝒄 = 𝒓𝑫 𝒅 TABELA ESTEQUIOMÉTRICA • Apresenta as relações estequiométricas entre as moléculas reagentes para uma reação simples. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira Se A for o reagente limitante da reação: TABELA ESTEQUIOMÉTRICA (Sistema contínuo) Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira FinalVariaçãoInícioEspécie 𝐹 = 𝐹 1 − 𝑋−𝐹 𝑋𝐹A 𝐹 = 𝐹 𝜃 − 𝑏 𝑎 𝑋− 𝑏 𝑎 𝐹 𝑋 𝐹 = 𝐹 𝜃B 𝐹 = 𝐹 𝜃 + 𝑐 𝑎 𝑋+ 𝑐 𝑎 𝐹 𝑋𝐹 = 𝐹 𝜃 C 𝐹 = 𝐹 𝜃 + 𝑑 𝑎 𝑋+ 𝑑 𝑎 𝐹 𝑋 𝐹 = 𝐹 𝜃D 𝐹 = 𝐹 = 𝐹 𝜃0𝐹 = 𝐹 𝜃Inerte I 𝐹 = 𝐹 + 𝛿𝐹 𝑋𝐹Total Razão molar 𝜃 = 𝐹 𝐹 𝛿 = 𝑑 𝑎 + 𝑐 𝑎 − 𝑏 𝑎 − 1 𝐹 = 𝐹 𝜃 − 𝜈 𝜈 𝑋 Expressão geral: Em termos de concentração: 𝐶 = 𝐹 𝑣 TABELA ESTEQUIOMÉTRICA (Sistema contínuo) Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira PARA GASES: 𝑣 ≠ 𝑣 𝑣 = 𝑣 𝑃 𝑃 𝑇 𝑇 𝐹 𝐹 𝑍 𝑍 𝐶 = 𝐶 𝜃 − 𝜈 𝜈 𝑋 1 + 𝜀𝑋 𝑃 𝑃 𝑇 𝑇 𝑍 𝑍 𝜀 = 𝛿𝑦 Fração molar: 𝑦 = 𝐹 𝐹 Genérico: Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira EXEMPLO 5.6: P3-11a) Fogler 4Ed Para a reação em fase líquida construa uma tabela estequiométrica e expresse a concentração de cada espécie na reação como uma função da conversão, avaliando as constantes. As concentrações iniciais do óxido de etileno e água são 1lbmol/ft³ e 3,47 lbmol/ft³ (62,41 lb/ft³:18), respectivamente). Aula de revisão e exercícios Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 1) (P1-12, Fogler 3ªEd.) A reação em fase gasosa 𝐴 → 𝐵 + 𝐶 é conduzida isotermicamente em um reator batelada de volume constante de 20 dm³. Vinte moles de A puro são inicialmente colocados no reator. O reator é bem misturado. a) Se a reação for de primeira ordem: −𝑟 = 𝑘𝐶 com 𝑘 = 0,865𝑚𝑖𝑛 calcule o tempo necessário para reduzir o número de moles de A no reator para 0,2 mol. b) Se a reação for de segunda ordem: −𝑟 = 𝑘𝐶 com 𝑘 = . calcule o tempo necessário para consumir 19,0 mol de A. c) Se a temperatura for de 127°C, qual é a pressão total inicial? Qual é a pressão total final assumindo que a reação se completa? Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 2) Encontre a conversão depois de 0,5h, 1h e 2h em um reator batelada onde ocorre a reação: 𝐴 → 𝑅, −𝑟 = 3 ∗ 𝐶 , 𝑚𝑜𝑙 𝐿. ℎ sendo a concentração inicial de A igual a 1 mol/L. Acontece algum resultado estranho? Explique. Cinética e cálculo de reatores Profª. Me. Karinne Vieira 3) Em meados do século XIX, o entomologista Henri Fabre notou que formigas francesas (variedade de jardim) trabalhavam de forma apressada frenética, em dias quentes e de forma muito lenta em dias frios. Comparando os seus resultados com os das formigas de Oregon, eu encontrei: Qual a energia de ativação que representa esta mudança no comportamento das formigas? 370295230160150Velocidade de corrida (m/h) 2824221613Temperatura (°C)
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