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Arquitetura e Aço nº 16 - coberturas

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ARQUITETURA AÇO&
Coberturas 
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 16 dezembro de 2008Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 16 dezembro de 2008
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QUEM ENTENDE DE COBERTURAS sabe o quanto o uso do aço pode contribuir 
para a obtenção de uma boa solução construtiva. Presentes na arquitetura desde 
meados do século XIX, as coberturas feitas com este material inicialmente eram 
utilizadas apenas em obras provisórias. Porém, logo provaram sua eficiência e 
passaram a ser empregadas em projetos de diferentes tipos – desde charmosas 
residências até galpões fabris com milhares de metros quadrados de área. 
Nesta edição, Arquitetura & Aço se propõe a desvendar o universo das 
coberturas metálicas e os inúmeros benefícios – construtivos e estéticos – que 
podem oferecer. Para isso, escolhemos projetos como a elegante “gare” dese-
nhada por Ruy Ohtake para o Expresso Tiradentes, em São Paulo, o Estádio 
Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro, e a agência Neogama/BBH, em 
São Paulo, nos quais a cobertura de aço é um elemento imponente e marca 
indelevelmente cada uma das obras. Há também o centro de convivência da 
PUC-Campinas, em que a cobertura confere leveza à construção, a concessio-
nária Honda, em Curitiba, que dialoga com a topografia acidentada do terreno, 
enquanto no Centro de Manutenção da Gol, em Minas Gerais, contribui para a 
realização de serviços únicos no setor de aviação. Já no Terminal da Lapa, em 
São Paulo, as coberturas curvas em aço permitem a entrada da luz natural e 
interagem bem com as construções típicas da região.
Para finalizar, mostramos em matéria especial alguns projetos que usam 
telhas ou sistemas de cobertura metálica fabricados em série. Todos ótimos 
exemplos de como o aço pode ser uma opção versátil e estrategicamente viável, 
capaz de se adaptar a objetivos muito diferentes. 
Os editores
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Muito além do trivial
&ARQUITETURA AÇO 1 
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sumário
12.08. 20.
06. 24. 26. 28.
Foto de capa: 
Estação Mercado, do Expresso 
Tiradentes, projeto de Ruy 
Ohtake.
Arquitetura & Aço nº 16
dezembro 2008
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04. Cobertura em aço dá leveza ao centro de convivência da PUC-Campinas. 06. No Centro de 
Manutenção da Gol, em Minas Gerais, arquitetura em aço à serviço da aviação. 08. Imponente cobertura 
em aço do Estádio João Havelange retoma o espírito das antigas arenas esportivas. 12. Projetos espalhados 
pelo país exploram o potencial dos sistemas padronizados em aço para coberturas. 20. Fora do padrão 
convencional, cobertura de estação do Expresso Tiradentes, em São Paulo, revela os contornos da cidade. 
24. Coberturas curvas do Terminal da Lapa, em São Paulo, dialogam com as construções do bairro. 26. 
Em Curitiba, formato diferenciado da cobertura e da estrutura chamam a atenção para uma concessionária. 
28. Na agência Neogama/BBH, em São Paulo, aço ajuda a erguer o espaço de criação ideal. 
ENDEREÇOS 31 
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4 &ARQUITETURA AÇO
Sinônimo de
COBERTURA EM AÇO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA PUC-
CAMPINAS CRIA AMBIENTE MODERNO E ACOLHEDOR, COM 
LEITURA VISUAL AGRADÁVEL E DELICADA
leveza
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&ARQUITETURA AÇO 5 
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> Projeto arquitetônico: 
Augusto França Neto
> Colaboradores: Rosana 
Tolli, Juliano Barros, André 
Laurindo, Ingrid Oliveira, 
Rodrigo Kim e Cláudia Novaes
> Área construída: 4.178 m²
> Aço empregado: ASTM A36, 
ASTM A588
> Projeto estrutural: Jorgeny 
Catarina Gonçalves e 
Armando Hueara
> Fornecimento da estrutura 
metálica: Aço Vertical 
Edificações Ltda.
> Execução da obra: MGM 
Construtora
> Local: Campinas, SP
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2005
No projeto, o aço foi usado principalmente 
como um elemento de plasticidade. Segundo o 
arquiteto, o aço permite criar formas curvas e 
dinâmicas. A cobertura metálica dá ao complexo 
educacional impacto e contemporaneidade
APROVEITAR UM ESPAÇO NATURAL, já demarcado ao longo 
dos anos pelos alunos da Pontifícia Universidade Católica de 
Campinas (PUC-Campinas), foi a principal inspiração para o proje-
to do centro de convivência desta instituição de ensino. O conjun-
to planejado pelo arquiteto Augusto França Neto cria um espaço 
moderno e acolhedor, que tem na cobertura metálica da praça de 
alimentação um de seus aspectos mais marcantes, e que define a 
volumetria do espaço.
O edifício da praça de alimentação abriga um restaurante fast 
food, 11 lojas modulares, uma agência dos Correios, uma loja ins-
titucional e uma central de cópias. Sua cobertura metálica curva 
resulta em uma volumetria leve e simples.A estrutura em arcos é 
coberta com telhas de chapa metálica pré-pintada. Já as rampas 
de circulação coberta têm colunas retas e inclinadas e há um 
fechamento lateral com telas metálicas, que facilitam o caminho 
natural do ar.
O aço foi fartamente utilizado pois, segundo França Neto, 
quando se precisa de uma leitura visual mais delicada, ele ofe-
rece amplas possibilidades plásticas e permite formas mais 
arrojadas,dinâmicas e curvas – algo muito importante em um 
espaço que deve acolher pessoas. E, em uma cidade que enfrenta 
temperaturas altas durante quase todo o ano, o projeto da estru-
tura metálica favoreceu a circulação do ar, melhorando o condi-
cionamento térmico.
O arquiteto enxerga o centro de convivência como uma grande 
mescla de linguagens arquitetônicas, em sintonia com o caráter 
receptivo da cultura brasileira. Sem dúvida, uma boa referência 
para um espaço destinado a estudantes. (A.B.) M
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DENTRE AS INTERVENÇÕES sofridas a partir de 2005 pelo Aeroporto 
Internacional Tancredo Neves, na região metropolitana de Belo 
Horizonte (MG), destaca-se a criação do Centro de Manutenção 
de Aeronaves da Gol, o primeiro no Brasil a possuir requisitos téc-
nicos que permitem a execução da pintura de peças e aeronaves. 
Posicionado na cabeceira da pista, o Centro é composto por edifício 
administrativo, dois hangares com oficinas integradas e pátios 
para manobra e lavagem de aviões, além de construções de apoio.
A maior complexidade do projeto, de acordo com o arquiteto 
Gustavo Cedroni, do escritório Metro Arquitetos, foi estruturar e 
montar as portas que fecham os hangares. “No hangar 1, a aber-
tura por onde passam as aeronaves é formada por um conjunto 
de dez portas de correr com 8 m de largura por 19 m de altura, e 
cerca de 8 toneladas cada uma. Além da carga vertical, o conjunto 
de portas precisou suportar grandes esforços horizontais, pois 
trata-se de uma região com ventos fortes. Além da carga vertical, 
o conjunto de portas precisou suportar grandes esforços hori-
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6 &ARQUITETURA AÇO
Tecnologia a serviço da aviação
CENTRO DE MANUTENÇÃO DA GOL EM MINAS GERAIS ESTÁ ENTRE OS MAIS AVANÇADOS DO PAÍS. O USO DO 
AÇO FOI FUNDAMENTAL PARA VENCER AS DIFICULDADES INERENTES A ESTE TIPO DE EMPREENDIMENTO
zontais, pois trata-se de uma região 
com ventos fortes. E para transferir os 
esforços horizontais para a cobertura 
principal, a guia superior das portas 
funciona como uma grande viga treli-
çada”, destaca o arquiteto.O hangar 1 tem 4.838 m2 de área 
coberta, com vigas treliçadas metálicas 
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&ARQUITETURA AÇO 7 
apoiadas sobre pilares em concreto com dimensões 2,20 x 60 m, 
com vão livre de 80 m e dispostas a cada 10 m. A altura livre inter-
na é de 23 m. A cobertura é de telhas metálicas galvanizadas pré-
pintadas e zipadas, com isolamento termo-acústico. A ventilação 
de ar é feita por convecção e reforçada por sistema mecânico, a 
fim de garantir seis trocas de ar por hora.
Já o hangar 2 tem 2 mil m2 de área coberta, com vigas treliçadas 
metálicas apoiadas sobre pilares em concreto com dimensões 1.60 
x 60 m, com vão livre de 40 m e dispostas a cada 10 m. A altura livre 
interna é de 18,60 m. “Este hangar é provido de sistema mecânico de 
exaustão, cujo ar passa por sistema de filtragem/lavagem, uma vez 
que se destina à pintura das aeronaves”, lembra Gustavo.
As coberturas empregam chapas trapezoidais metáli-
cas zipadas com tratamento acústico, mesmo material uti-
lizado nos vedos laterais e no revestimento das portas. 
E novamente o aço comprovou sua eficiência, ao adaptar-se com 
precisão a todas as especificidades técnicas do projeto. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: Anna 
Ferrari, Gustavo Cedroni 
e Martin Corullon (Metro 
Arquitetos)
> Colaboradores: Carolina Castro, 
César Laudanna Patricio e 
Veit Grundmann
> Área construída: 18.500 m²
> Aço empregado: aço patinável 
de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Medabil
> Fornecimento e montagem da 
estrutura metálica: Medabil
> Execução da obra: Método 
Engenharia S/A
> Local: Confins, MG
> Data do projeto: 2005
> Conclusão da obra: 2006
O aço foi fundamental para solucionar as dificuldades técnicas do processo construtivo do Centro de Manutenção da Gol em Confins: os 
hangares empregam sistema construtivo misto, com pilares de concreto que suportam as vigas treliçadas metálicas da cobertura, dis-
postas a cada 10 m. O hangar 1 foi planejado para abrigar três aeronaves em manutenção simultânea, tem 4,8 mil m² de área e cobertura 
vence vão de 80 m, com altura livre interna de 23 m. No hangar 2, que soma 2 mil m², o vão mede 40 m e a altura livre interna é 18,6 m
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8 &ARQUITETURA AÇO8 &ARQUITETURA AÇO
PROJETO DO ESTÁDIO OLÍMPICO JOÃO 
HAVELANGE MESCLA ARQUITETURA 
E TECNOLOGIA, E USA O AÇO PARA 
ERGUER UMA PODEROSA COBERTURA
high-tech
Arena
Vista aérea noturna do Estádio Olímpico João Havelange: a estrutura monumental tem como principal característica a cobertura sustentada 
por quatro grandes arcos tubulares, que vencem vãos de 221 m e 163 m. A tecnologia construtiva do aço em perfeita harmonia com a criativi-
dade do projeto de arquitetura resulta em “uma demonstração inequívoca do acerto da associação plástica entre a vontade criadora e o rigor 
matemático do projeto estrutural”, de acordo com Carlos Porto
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DESDE A ANTIGUIDADE, estádios para 
a prática esportiva são verdadeiros íco-
nes da arquitetura mundial. Do italiano 
Coliseu, em Roma, ao Parque Olímpico 
de Pequim, na China do século XXI, 
centros esportivos deste porte são mais 
do que palcos para feitos heróicos. São 
obras marcadas por apuros técnico e 
estético bastante evidentes em cons-
truções como a que mostramos aqui, 
do Estádio Olímpico João Havelange.
Seu criador, o arquiteto Carlos 
Porto, do escritório Carlos Porto 
Arquitetos Ltda., descreve a imponên-
cia das arenas esportivas idealizadas e 
projetadas atualmente. “Estádios não 
são apenas trabalhos de engenha-
ria, mas antes a expressão cultural e 
esportiva de um povo. Mesmo quando 
classificados como uma modalidade 
da arquitetura utilitária, eles renovam 
naturalmente seus laços com a arqui-
tetura de apelo artístico”.
Neste sentido, e no caso do Enge-
nhão, como o Estádio João Havelange 
é carinhosamente chamado pelos cariocas, a identidade arquite-
tônica com a cultura local está na cobertura, atirantada em qua-
tro arcos, que lhe “dá movimento inerente às provas esportivas”, 
lembra o arquiteto. Erguido para receber as competições dos Jogos 
Pan-americanos de 2007, o estádio é um sonho iniciado em 1995 e 
concretizado a partir de 2002, quando definiu-se o Rio de Janeiro 
como a sede das competições.
O projeto de autoria dos arquitetos Carlos Porto, Geraldo Lopes, 
Gilson Santos e José R. Ferreira Gomes é o resultado de uma suces-
são de três projetos diferenciados que tinham em comum uma 
característica inconfundível: a sustentação da ampla cobertura por 
quatro arcos metálicos, apoiados em pilares externos ao longo do 
seu contorno.
Os tirantes de suspensão suportam 42 tesouras treliçadas, com 
50 m de comprimento, formando um anel arqueado para o apoio do 
sistema de cobertura. As tesouras estão espaçadas a aproximada-
mente 20 m cada e interligadas por joists, que, por sua vez, travam 
as tesouras e recebem o sistema de cobertura. Nos setores leste e 
&ARQUITETURA AÇO 9 
Acima, a fase de instalação dos arcos tubulares sobre as colunas de concreto que a sustentam. Abaixo, vista interna das formas 
ovaladas do Estádio, com eixos que medem 284 m e 232 m
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10 &ARQUITETURA AÇO
oeste tem-se dois arcos planos, com vão livre de 221 m – o segundo 
maior do mundo –, formados por perfis tubulares com 2.000 mm de 
diâmetro e espessuras variando de 22 a 25 mm, e cada arco é esta-
bilizado por tirante inferior tensionado e composto por tubo com 
800 mm de diâmetro e 19 mm de espessura. A flecha entre os arcos 
e tirantes é de 31,40 m, e estes conjuntos apóiam-se em colunas de 
concreto armado – com altura de 42 m, diâmetro de 4,80 m e espes-
sura da parede de 35 cm, e com seção tubular circular.
Já nos setores norte e sul, existem dois arcos planos com vão 
livre de 163 m, formados por perfis tubulares com 2.000 mm de 
diâmetro e espessuras variando de 19 a 25 mm. Cada arco é esta-
bilizado por tirante inferior e tensionado, composto por tubo com 
diâmetro de 800 mm e espessura de 19 mm.
A complexidade e o ineditismo do Engenhão exigiram, ainda, 
mais uma etapa construtiva: determinar corretamente o efeito 
do vento sobre a cobertura. Para isso, foram realizados testes em 
modelo reduzido no túnel de vento do laboratório canadense RWDI, 
e, após várias análises, determinou-se a adoção de 16 diferentes 
carregamentos. O resultado do projeto, que soube aliar criatividade 
arquitetônica a modernos processos construtivos, é definido por 
Carlos Porto como “uma demonstração inequívoca do acerto da 
associação entre plasticidade, vontade criadora e rigor matemático 
no projeto estrutural, tornando a repetição lúdica e inesperada dos 
arcos do estádio sua marca inconfundível”. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: Carlos Porto, 
Geraldo Lopes, Gilson Santos e José 
Raymundo Ferreira Gomes (Lopes 
Santos & Ferreira Gomes Arquitetos e 
Carlos Porto Arquiteto Ltda.)
> Colaboradores: Cecília Moreira, 
Renato Silveira, Diogo Taddei, Rafael 
Segond, Marcelo Fernandes, Patrícia 
Miranda e Paola Saito
> Área construída: 182.371,00 m²
> Aço empregado: tubos dos arcos 
principais: aço patinável de maior 
resistência à corrosão; Tesouras: 
ASTM A572 GR50; joists: ASTM A 588 
> Projeto estrutural: Flavio D’Alembert 
(Projeto Alpha Engenharia de 
Estruturas) e Jefferson Andrade 
(Andrade e Rezende)
> Fornecimento da estrutura metálica: 
Sulmeta e Indutech
> Execução da obra: fase 1: Consórcio 
Racional/Delta/Recoma; fase 2: 
Consórcio Odebrecht/OAS> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto (início): 1995
> Conclusão da obra: 2007
Desenho da proposta de projeto arquitetônico de 1995 para o estádio. A versão 
final é resultado de três projetos diferenciados que se sucederam guardando uma 
característica inconfundível e comum a todos: a sustentação da ampla cobertura 
por quatro arcos metálicos apoiados em pilares externos ao seu contorno e que 
se ajustavam tanto na diagonal quanto formando ângulos retos entre si
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12 &ARQUITETURA AÇO
Amplas 
 possibilidades
TELHAS E SISTEMAS DE COBERTURA EM AÇO FABRICADOS EM 
SÉRIE SE ADAPTAM A DIVERSOS TIPOS DE EMPREENDIMENTOS, 
OTIMIZAM O TEMPO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS E PODEM DAR UM 
TOQUE ESPECIAL AO PROJETO
APRESENTADAS NOS PAVILHÕES de Exposições Universais, as 
coberturas metálicas começaram a ser utilizadas na Europa a par-
tir da segunda metade do século XIX e permitiam criar espaços 
inteiramente novos. Por sua leveza e velocidade construtiva, logo 
tiveram seu potencial descoberto por outros setores. Aos poucos, 
foram plenamente assimiladas e incorporadas a vários tipos de 
construções, como estações ferroviárias, mercados públicos e tea-
tros, dentre outros.
Marco arquitetônico de São Paulo, a Estação da Luz chama a 
atenção pela exuberante cobertura em aço – elemento ostenta-
do pela primeira vez na cidade. Projetada pelo britânico Charles 
Henry, a estação inaugurada em 1901 
é claramente baseada nas suas con-
gêneres londrinas de então. Diante 
de uma indústria siderúrgica ainda 
inexistente no Brasil, os componen-
tes da cobertura e da estrutura metá-
lica foram importados de Glasgow, 
na Escócia. Com estilo eclético e de 
inspiração neoclássica, a estação 
tem, em seu terminal de passageiros, 
uma cobertura em arcos treliçados 
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&ARQUITETURA AÇO
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que vencem um vão de 39m. Complementados com acréscimos 
decorativos, os arcos são acompanhados por vigas e consolos de 
chapas rebitadas.
De lá para cá muita coisa aconteceu no campo do desenvolvi-
mento industrial. O setor da construção civil passou a demandar 
sistemas de cobertura fabricados em série, que não comprome-
tessem prazos de execução cada vez mais exíguos. Quando ade-
quadamente utilizados, eles aumentam a viabilidade econômica e 
otimizam o tempo de execução dos projetos. Confira nas páginas a 
seguir alguns exemplos de como estas soluções fazem a diferença 
em diversos tipos de empreendimentos.
Aos 107 anos, a Estação da Luz, no Centro de 
São Paulo, tem uma das mais bonitas e antigas 
coberturas metálicas da cidade. Projeto do inglês 
Charles Henry, a estação tem a cobertura forma-
da por arcos de aço que vencem vãos de 38 m, 
complementados com acréscimos decorativos
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14 &ARQUITETURA AÇO
Projetar um enorme galpão – 60 mil m2 de área construída – que tivesse o menor 
número possível de pilares e favorecesse o fluxo intenso e contínuo dos caminhões 
que por ali passariam. Era este o desafio que se colocava para a Opus Oficina de 
Projetos Urbanos, ao projetar e coordenar a construção de um Centro de Distribuição 
do Pão de Açúcar. Erguido na Marginal Pinheiros, em São Paulo, o espaço deveria 
centralizar o armazenamento e distribuição dos produtos não-alimentícios que 
o grupo recebe diariamente, sendo grande a quantidade de caminhões que ali 
descarregam mercadorias. Diante desta situação, os arquitetos escolheram uma 
cobertura no sistema roll-on. Muito utilizado em depósitos, hipermercados e outros 
empreendimentos do gênero, o sistema diminui significativamente a quantidade 
de pilares ao permitir colocar um apoio a cada metro de vigas treliçadas, além de 
facilitar a instalação de estruturas complementares. Foram instalados 55 mil m2 de 
coberturas, que vencem vãos de 21,70 x 27,30 m. Concluída em um curto período de 
tempo, a cobertura é complementada por treliças verticais, e facilita o trabalho das 
empilhadeiras utilizadas no empreendimento para organizar os produtos.
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DO PÃO DE AÇÚCAR/SÃO PAULO, SP
Projeto arquitetônico: Roberto MacFadden (Opus Oficina de Projetos Urbanos); área construída: 60 mil m2; 
aço empregado: aço galvanizado (cobertura); projeto estrutural: Consultest Consultoria Estrutural; fornecimento da cobertura 
metálica: Marko Sistemas Metálicos; execução da obra: OAS; data do projeto: 2000; conclusão da obra: 2000
WAL-MART SUPERCENTER VILA LEOPOLDINA/SÃO PAULO, SP
Projeto arquitetônico: CH2M Hill do Brasil; área construída: 26 mil m2; aço empregado: ASTM A572 ; 
projeto estrutural: MCS Construções; fornecimento da cobertura metálica: Solesa Soluções Estruturais S/A; 
execução da obra: Construcap Engenharia e Comércio; data do projeto: 2006; conclusão da obra: 2008
Inaugurado em julho deste ano, o Wal-Mart Supercenter Vila Leopoldina foi a primei-
ra unidade da rede na Zona Oeste de São Paulo, e comercializa mais de 60 mil itens, 
entre alimentos e não-alimentos, dispostos em 6.500 m² de área de vendas. Para 
abrigar toda esta infra-estrutura, a loja exigia um projeto arquitetônico livre de pila-
res, pois eles dificultam a distribuição das gôndolas e a organização dos corredores. 
Por isso, a opção foi por um sistema de cobertura constituído de treliças metálicas 
fabricadas com cantoneiras dotadas de abas diferenciadas, que exercem a função 
de terças no sistema de cobertura e fechamento lateral. Além das cantoneiras, a 
solução conta com elementos de estabilização global da treliça, que são os tirantes 
fabricados com cantoneiras laminadas e os contraventamentos fabricados com bar-
ras circulares. O sistema, que possui estruturas 
de baixo peso, é uma opção interessante para 
hipermercados, uma vez que permite flexibilizar 
o layout do projeto e diminuir o número de colu-
nas. Instalado em uma unidade do Wal-Mart que 
abraçou os princípios da construção sustentável, 
o sistema de cobertura foi parcialmente revestido 
com material translúcido,de forma a facilitar a 
entrada de luz natural e reduzir o gasto de ener-
gia durante o dia.
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&ARQUITETURA AÇO 15 
GINÁSIO DE ESPORTES DO COMPLEXO POLIESPORTIVO DO CAMPUS II DA UNIVERSIDADE 
CATÓLICA DE GOIÁS/GOIÂNIA, GO
Projeto arquitetônico: Ana Maria Lemos, Silas Varizo; colaborador: Alexander R. Di Lacerda; aço empregado: aço galvanizado e pré-pintado; 
projeto estrutural: Eng. Paulo Sérgio Ribeiro (Ferenge Engenharia); fornecimento da cobertura metálica: Isoeste Construtivos Isotérmicos; 
execução da obra: Toctao Engenharia; data do projeto: 2002, conclusão da obra: 2002
O ginásio da Universidade Católica de Goiás deveria ter um vão livre significativo 
– quase 50 m – que comportasse uma quadra poliesportiva e equipamentos de 
ginástica. As atividades propostas exigiam também que o local fosse bem ven-
tilado. Em uma área de 3.630 m2, os arquitetos Ana Maria Lemos e Silas Varizo 
planejaram uma cobertura em aço de 65,65 x 55,30 m, dividida em dez inclina-
ções, para facilitar a captação de águas pluviais. A estrutura foi toda executada 
em tubos de aço: treliças e vigas alveolares. Como a área de cobertura era 
grande e a cidade enfrenta muitas chuvas, foi feito no telhado um movimento que 
favorece a instalação de várias calhas, fixadas nas treliças, enquanto as laterais 
são protegidas porlongos beirais. Na cobertura, foi utilizada telha isotérmica 
com miolo de EPS. Produzida em um sistema contínuo de perfilação, colagem 
e prensagem, a telha possui cinco trapézios, que lhe asseguram boa resistência 
mecânica e permitem um espaçamento maior entre as terças. No caso de uma 
construção como o ginásio, telhas com núcleo em poliestireno possibilitam 
isolamento térmico maior, reduzindo substancialmente o consumo de energia. 
Além disso, a cobertura em aço contribuiu para otimizar a execução do projeto. 
“Enquanto preparávamos o canteiro, as peças eram montadas, e depois encaixa-
das na obra como um jogo de montar”, conta a arquiteta Ana Maria Lemos. “Com 
isso, conseguimos concluir a obra em um prazo diferenciado.”
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16 &ARQUITETURA AÇO
RESTAURANTE RITZ/SÃO PAULO, SP
Projeto arquitetônico: André Vainer e Guilherme Paoliello; colaboradores: Luciana Yamamura, Mariana Viégas, Daniel Pollara e Humberto 
Guimarães; área construída: 277 m2; aço empregado: ASTM A570; projeto estrutural: Abax Estruturas; fornecimento da estrutura metálica: 
Abax Estruturas; execução da obra: C.P.A Engenharia e Construções; data do projeto: 1999; conclusão da obra: 2000
Ao abrir uma nova unidade no Itaim Bibi, em 2000, o restaurante Ritz precisava 
repetir o sucesso de sua primeira unidade, inaugurada nos Jardins quase 20 anos 
antes. Responsáveis pelo projeto, os arquitetos André Vainer e Guilherme Paoliello 
optaram pelas formas simples, em harmonia com o galpão em que o restaurante 
estaria sediado. A cobertura metálica segue essa mesma premissa. A dupla dese-
java criar um shed que fugisse do convencional, tivesse formas arredondadas e 
proporcionasse uma grande área iluminada, banhando de luz as curvas que com-
põem o telhado e proporcionando uma iluminação suave e constante. Para tanto, 
foi feita na cobertura, que vence um vão de 6,5 m2, uma composição com tesouras 
metálicas. As tesouras em aço foram escolhidas pelos arquitetos porque podem 
ser executadas com facilidade e apresentam ótimo desempenho estrutural, além 
de acelerarem a finalização do projeto.
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&ARQUITETURA AÇO 17 
09/03/2007 20/03/2007
SANTANA PARQUE SHOPPING/SÃO PAULO, SP
Projeto arquitetônico: Antonio Dias Neto (Lopes Dias Ateliê de Arquitetura); área construída: 28 mil m2; aço empregado: na estrutura metálica, ASTM 
A572 e, na cobertura, telhas em aço galvanizado; projeto estrutural: Alaxis Tecnologias Inovativas Ltda.; fornecimento da estrutura metálica: Forte 
Metal e Gradimetal Construções Metálicas Ltda.; fornecimento da cobertura metálica: Marko Construções; 
execução da obra: Construcap Engenharia e Comércio; data do projeto: 2005; conclusão da obra: 2007
Inaugurado em 2007, na Zona Norte da capital paulista, o Santana 
Parque Shopping é um empreendimento alinhado com as ten-
dências atuais de construções ecologicamente corretas, tendo 
sua própria estação de tratamento de água, central de destinação 
para óleo de cozinha, e diversos equipamentos que reduzem o 
consumo de água e energia. Com projeto assinado pelo arquiteto 
Antonio Dias Neto, o shopping tem o interior que lembra uma 
praça, com vão central que propaga a luz natural por meio de 
uma clarabóia.
Para a cobertura foi escolhida uma estrutura de aço com o siste-
ma roll-on, pois era preciso manter a planta o mais livre possível 
e, desta forma, vencer grandes vãos em áreas destinadas a lojas 
âncoras e cinema. O engenheiro de estruturas Nazir Abdo, da 
Alaxis Tecnologias Inovativas Ltda., responsável pelo projeto 
estrutural, afirma que, em uma obra deste tipo, este sistema de 
cobertura permite maior velocidade de instalação, escoamento 
fácil da água e dá mais flexibilidade quanto aos pontos de fixação 
de utilidades como ar-condicionado e forros, além de ser uma 
solução de baixo peso. A cobertura foi complementada com um 
isolamento termoacústico constituído de lã de vidro sobre um 
feltro leve e flexível, revestido por papel Kraft, o que diminui 
expressivamente a passagem do calor.
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18 &ARQUITETURA AÇO
BRUNING TECNOMETAL/PANAMBI, RS
Projeto arquitetônico: Oscar Escher (O.E. Arquitetos e Urbanistas S/S Ltda.); área construída: 761, 41m2; aço empregado: ASTM A36; 
projeto estrutural: NEK Engenharia Ltda; fornecimento da estrutura metálica: AEB Estruturas metálicas Ltda.; 
fornecimento da cobertura metálica: ArcelorMittal Perfilor S/A; data do projeto: 2004; conclusão da obra: 2007
Principal matéria-prima dos produtos fabrica-
dos pela Bruning Tecnometal, o aço foi plena-
mente incorporado ao projeto arquitetônico da 
nova sede da empresa. Em uma proposta que 
reflete o nível tecnológico atingido pela compa-
nhia, foram utilizadas 83 toneladas do material, 
que funciona como o principal elemento estru-
tural e estético, e não poderia deixar de estar 
presente também na cobertura. Com dimensões 
de 850 m², a cobertura recebeu telhas metálicas 
trapezoidais em aço galvanizado, pré-pintadas 
e fixadas em terças metálicas com parafusos 
autoperfurantes, com beiral frontal de 65 cm e 
lateral de 150 cm. A telha metálica da cobertura 
recebeu isolamento com manta de lã mineral, 
contribuindo para o isolamento térmico da edifi-
cação. A utilização do aço no sistema estrutural 
permitiu economia nas fundações e agilidade de 
execução da obra, pois os elementos chegavam 
prontos da fábrica e, no canteiro de obras, eram 
montados com ligações aparafusadas.
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viga em aço
perfi l chapa dobrada
viga em aço
perfi l chapa dobrada
laje tipo roth
viga em aço com pintura
primer e de acabamento
pilar em concreto armado
telha metálica com
isolamento térmico
viga em aço com pintura
primer e de acabamento
pilar em aço com pintura
primer e de acabamento
vidro duplo laminado
refl exivo prata
(4 + 3 mm) + câmara
de ar 9 mm + 5 mm
brise tipo "célula" (15 cm X 15 cm)
fundação tipo sapata
230 X 350 X 40 cm
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&ARQUITETURA AÇO 19 
TERMINAL DE PASSAGEIROS DO AEROPORTO INTERNACIONAL 
GUARARAPES - GILBERTO FREYRE/RECIFE, PE
Projeto arquitetônico: Ubirajara Moretti; colaboradora: Patrícia Fleischfresser; área construída: 52 mil m2; aço empregado: ASTM A572; projeto 
estrutural: Andrade & Rezende; fornecimento da estrutura metálica: Medabil; fornecimento da cobertura metálica: MBP – Metalúrgica Barra do Piraí; 
execução da obra: Consórcio Aeroporto (Norberto Odebrecht/Queiroz Galvão); data do projeto: 2000; conclusão da obra: 2004
Inaugurado em meados de 2004, o terminal de 
passageiros do aeroporto Guararapes, em Recife 
(PE), já se tornou marca registrada da cidade. O 
projeto assinado pelo arquiteto Ubirajara Moretti 
propõe estruturas inovadoras, que se beneficiam 
do farto uso do aço – foram utilizadas 4.200 
toneladas do material na construção, boa parte 
delas empregada na bela cobertura. Com dimen-
sões de 52 mil m², ela tem estrutura tubular em 
aço patinável, 100% aparafusada. A estrutura 
é formada por pórticos treliçados espaçados 
a cada 15 m em seção retangular, com faces 
treliçadas em tubos quadrados e retangulares. 
Transversais a estes pórticos, correm vigas principais e terças, formando uma 
grande grelha espacial. O sistema utiliza, como tirantes, hastes tubulares em seção 
quadrada, que convergem para os pilares principais da obra. No centroda cobertura 
há um grande vazio de forma elíptica, que desenvolve duas grandes faces de vidro. 
Uma das faces dá para a área do terminal de passageiros, enquanto a outra se 
volta para o edifício-garagem. Já a elipse principal integra os pórticos principais da 
estrutura. Estes pórticos foram desenhados contornando esta elipse, que tem em seu 
centro uma grande clarabóia revestida em vidro. A cobertura foi revestida com telhas 
metálicas duplas, em sistema sanduíche. A base inferior é composta por telhas tra-
pezoidais de 40 mm, seguidas por uma manta de lã de rocha de 50 mm, uma camada 
de chapa lisa metálica e, por fim, mais uma camada de telhas trapezoidais.
Aplicado em toda a cobertura, o sistema garante o isolamento térmico da edificação 
e também atenua os ruídos provocados pelas aeronaves. (J.G.) M
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20 &ARQUITETURA AÇO20 &ARQUITETURA AÇO
Espelho da cidade 
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COBERTURA DA ESTAÇÃO MERCADO MUNICIPAL DO EXPRESSO TIRADENTES FOGE DO ESTILO “CAIXOTÃO” 
E DEIXA ENTREVER A SILHUETA DE SÃO PAULO
&ARQUITETURA AÇO 21 
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COM 31,8 KM DE EXTENSÃO, o Expresso Tiradentes, corredor 
exclusivo de transporte público da capital paulista, incorpora o 
que há de mais moderno em tecnologia construtiva em vigas e 
coberturas metálicas.
Com dez terminais em sua extensão, ligando o Parque D. Pedro II, 
no centro de São Paulo, aos bairros do Sacomã e Cidade Tiradentes, 
o aço foi utilizado devido à sua capacidade de permitir grandes 
vãos, facilidade e rapidez na montagem, além de criatividade na 
elaboração de projetos arquitetônicos mais arrojados. 
Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, o Terminal Mercado desta-
ca-se por sua cobertura em forma de gare, cujo princípio é dar con-
forto ao usuário. Ela recebeu estrutura metálica espacial, confeccio-
nada em aço patinável, com diâmetros principais dos tubos de 101,6 
mm, 114,3 mm, e apoiada em seis pilares circulares de concreto.
Devido à sua resistência, tecnologia e praticidade, o aço foi utilizado de diversas 
maneiras: em perfis I nas vigas principais e secundárias das clarabóias e em tubos 
para a estrutura espacial de cobertura das plataformas de embarque. Além disso, as 
telhas de cobertura são em aço galvanizado e no fechamento lateral foram utilizadas 
telas metálicas
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Coberta com telhas galvanizadas 
trapezoidais, a estrutura espacial tem 
os fechamentos laterais estruturados 
com tubos quadrados na dimensão 250 
x 100 x 8,2 mm e 100 x 80 x 3 mm.
As empenas curvas do fechamen-
to lateral configuram um anteparo 
flutuante em forma de catenária, 
revestidas com telas metálicas perfu-
radas, cujo desenho permite ao usuá-
rio apreciar a silhueta da cidade de 
dentro da estação.
No total, foram utilizadas na cober-
tura 200 toneladas de aço e outras 
50 toneladas no fechamento lateral. 
Mais uma vez o aço contribuiu com 
soluções modernas para as necessi-
dades da infra-estrutura da cidade de 
São Paulo. (D.P) M
&ARQUITETURA AÇO22
> Projeto arquitetônico: Ruy Ohtake 
Arquitetura e Urbanismo
> Área construída: 2.850 m²
> Aço empregado: perfis “I” e 
“U”, tubos de diâmetro circular 
e retangular em aço patinável de 
maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Limonge 
de Almeida S/C
> Fornecimento e montagem da 
estrutura metálica: Araya 
do Brasil Industrial Ltda.
> Construção: Consórcio Queiroz 
Galvão/Andrade Gutierrez
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 1997
> Conclusão da obra: 2007
O projeto arquitetônico foi concebido em aço 
desde o princípio, como na catenária formada 
por placas metálicas perfuradas (ao lado, acima), 
nas passarelas (ao lado, no meio) que interligam 
os três níveis da Estação Sacomã do Expresso 
Tiradentes (ao lado, abaixo)
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24 &ARQUITETURA AÇO24 &ARQUITETURA AÇO
CRIADO PELO ESCRITÓRIO NÚCLEO DE ARQUITETURA, o Terminal 
de Ônibus Urbanos da Lapa, em São Paulo, traz como destaque as 
coberturas de aço curvas das plataformas de 110 m de comprimen-
to, onde a luz solar penetra o espaço de forma indireta e difusa. 
Além de privilegiar a iluminação natural, o projeto, desenvolvido 
pelos arquitetos Luciano Margotto Soares, Marcelo Ursini e Sérgio 
Salles, incorpora recursos que promovem o diálogo do conjunto 
arquitetônico com o entorno.
Um exemplo é a parede sinuosa revestida de tijolos, acabamen-
to que faz referência visual à Estação Ciência da Universidade de 
São Paulo (USP), logo ao lado. O terminal também está rodeado por 
construções tradicionais do bairro, como o mercado municipal, a 
estação ferroviária, uma praça pública densamente arborizada e a 
antiga garagem de bondes da Lapa, além de um shopping center. 
“O partido do projeto nasce do diálogo 
com o contexto, no qual estes edifícios 
são peças importantes”, afirma Soares.
Nas plataformas, os arcos metáli-
cos vencem vãos de 20 m, e sustentam 
terças de mesmo material que, por sua 
vez, servem de apoio para telhas do 
tipo sanduíche. “Os arcos leves de aço 
configuram uma sensação espacial de 
interioridade típica das antigas gares, 
ao mesmo tempo em que transmitem, 
com eficiência, os esforços transversais 
da estrutura para as grandes vigas”, 
explicam os autores do projeto.
TERMINAL DE ÔNIBUS URBANOS DA LAPA SE DISTINGUE 
PELAS COBERTURAS CURVAS EM AÇO E CONVIVE EM HARMONIA 
COM AS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS DO BAIRRO
Sintonia 
com o entorno 
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> Projeto arquitetônico: 
Luciano Margotto 
Soares, Marcelo Ursini e 
Sérgio Salles (Núcleo de 
Arquitetura)
> Colaboradores: Alexander 
Gaiotto Mioshi, Ana Virgínia 
Italiani, André Y. Ciampi, 
Luís Cláudio M. Dias, Letícia 
Campanelli e Lílian M. 
da Silva
> Área construída: 6.597.46 m²
> Aço empregado: ASTM 572 
GR50
> Projeto estrutural: Jorge 
Hauy (Hauy & Bechara 
Engenheiros Associados Ltda.)
> Fornecimento da estrutura 
metálica: Projecta
> Execução da obra: Paulitec
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2002
> Conclusão da obra: 2003
Para deixar a luz entrar, as telhas estão recuadas em relação 
às vigas. Projetadas com o mesmo propósito, aberturas longitudi-
nais vazadas percorrem a parte central das coberturas, ao mesmo 
tempo em que permitem a saída da fumaça produzida pelos ôni-
bus. Abas horizontais de concreto funcionam como elementos de 
correção da incidência solar no encontro entre a estrutura metálica 
e as vigas longitudinais. (V.F.) M
Inspiradas nas antigas gares, as coberturas curvas das plataformas vencem vãos de 
20 m por meio de arcos metálicos que se apóiam nas grandes vigas longitudinais 
de concreto. Além do vencimento dos vãos, o aço também permitiu a configuração 
de elementos estruturais esbeltos e leves, coerentes com a linguagem arquitetônica 
definida pelo projeto. Aberturas e recuos nas telhas do tipo sanduíche privilegiam 
a luz natural e a saída da fumaça produzida pelos ônibus. Revestida com tijolos, a 
fachada sinuosa do terminal remete à Estação Ciência da USP, localizada ao lado
25 &ARQUITETURA AÇO
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26 &ARQUITETURA AÇO
CONCESSIONÁRIA HONDA EM CURITIBA SE DESTACA POR ESTRUTURA E 
COBERTURA EM AÇO, QUE APROVEITAM A TOPOGRAFIA ACIDENTADA DO 
TERRENO E CONFEREM VISUAL DIFERENCIADO AO PROJETO
Um desafio, 
várias soluções
AO FAZER O PROJETO DA NIPONSUL, concessionária Honda em 
Curitiba (PR), o escritório Realiza Arquitetura precisava planejar 
uma edificação de impacto para valorizar o ponto comercial – uma 
esquina em formato de cunha – e atender às necessidades opera-
cionais do estabelecimento. Em um terreno de planta heterodoxa 
– triangular e com declive – a opção foi por uma arquitetura leve e 
contemporânea, diferente dos modelos já consagrados por outras 
empresas do mesmo segmento. O formato escolhido pelos projetis-
tas e pelo cliente combinava estruturas metálicas, cobertura em aço, 
concreto armado e fachada de vidro.
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Diante de um subsolo com mais de 
5 m de pé-direito, e área superior a 1,8 
mil m2, decidiu-se que o mais adequa-
do seria utilizar estruturas metálicas. 
O grande desafio era a necessidade de 
se ter todas as colunas metálicas dife-
rentes entre si na altura – que varia de 
11,50 a 4 m – para atender ao volume 
irregular criado pela fachada de vidro.
Para atingir a todos estes objetivos, 
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&ARQUITETURA AÇO 27 
> Projeto arquitetônico: Frederico 
Carstens e Antônio J. Gonçalves Jr. 
(Realiza Arquitetura)
> Colaboradores: Rafael Dal-Ri e 
Michel Rodrigues
> Área construída: 2.655.90 m²
> Aço empregado: ASTM A36 em 
perfil dobrado, perfil laminado, 
tubo retangular e tubo redondo 
(estrutura); telhas de aço 
galvanizado e pré-pintado
> Projeto estrutural: Andrade & 
Rezende Engenharia de Projetos 
Ltda.
> Estrutura metálica: Andrade 
Rezende (projeto); Pirih 
Engenharia (execução)
> Construtora: Engemática
> Local: Curitiba, PR
> Data do projeto: 2007
> Conclusão da obra: 2008
Desenhado em formato de prisma, para acompanhar a topografia do terreno, o 
projeto arrojado e com detalhes únicos pedia soluções nada convencionais. A 
pedido do cliente, era fundamental que a loja apresentasse funcionalidade e uma 
linguagem contemporânea. A estrutura metálica frontal e a imensa fachada de 
vidro em geometria triangular deram leveza, impacto e visibilidade, e valorizaram 
o prédio que abriga uma concessionária de automóveis 
Os grandes volumes que se opõem à fachada 
de vidro são elementos de fachada. Para via-
bilizá-los, lançou-se mão de enormes vigas 
metálicas treliçadas que foram encapadas por 
chapas cimentícias lisas, criando, assim, o 
volume requerido pelo projeto arquitetônico
nas vigas da fachada e na estrutura da cobertura em aço optou-se 
pela fixação com parafusos e vários tipos de perfis, em que se des-
taca o perfil dobrado 100 x 50 x 3 mm e os tubos retangulares com 
seção 200 x 100 x 4,7 mm, todos com especificação ASTM A36. Já na 
cobertura, foram utilizadas telhas metálicas trapezoidais pré-pin-
tadas na cor branca, com espessura de 0,65 mm. Fixadas com para-
fusos auto-atarrachantes, oferecem um excelente acabamento e 
funcionalidade. Revestindo o volume formado pela viga metálica de 
32 m de vão livre, foram utilizadas chapas lisas pré-pintadas brancas 
com espessura de 0,65mm e pequenas pingadeiras nas bordas. 
A solução estética encontrada pelos arquitetos Frederico Carstens 
e Antônio J. Gonçalves Jr., que propuseram a estrutura e a cobertura 
em aço, está em sintonia com as necessidades técnicas do projeto, 
como leveza, resistência, rapidez de execução e capacidade de adap-
tação às formas irregulares da construção. Já a estrutura metálica 
projetada pela empresa Andrade Rezende atendeu não somente ao 
projeto arquitetônico, mas procurou otimizar a fabricação, o trans-
porte e a montagem da estrutura.
Segundo o responsável técnico pela obra, o engenheiro Euclides 
Ciruelos, diretor da Engemática – Engenharia e Informática Ltda., “a 
fidelidade ao projeto arquitetônico foi uma preocupação constante, 
assim como a escolha e definição dos fornecedores”. E o resultado 
final foi uma edificação de grande apelo visual e transparência, que 
se destaca na paisagem e facilita a visualização dos veículos. (A.B.) M
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28 &ARQUITETURA AÇO28 &ARQUITETURA AÇO
AGILIDADE E FUNCIONALIDADE DAS ESTRUTURAS METÁLICAS POSSIBILITARAM 
A CONSTRUÇÃO, EM UM PERÍODO CURTÍSSIMO, DA NOVA SEDE DA AGÊNCIA DE 
PUBLICIDADE NEOGAMAMA/BBH, NA CAPITAL PAULISTA
Corrida
contra o tempo
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EM MEADOS DE 2003, a agência de publicidade Neogama/BBH 
deparou-se com uma missão difícil. Em apenas seis meses, era 
preciso encontrar um novo local para funcionar, reformá-lo e se 
mudar, pois o galpão que ocupava, havia quatro anos, tinha sido 
vendido pelo proprietário. A opção foi migrar para uma antiga 
fábrica da BIC, na Vila Leopoldina – bairro paulistano de origem 
industrial, mas em expansão imobiliária. Os arquitetos André 
Vainer e Guilherme Paoliello foram incumbidos de transformar, 
em um curto período, a velha construção fabril em uma clara 
agência de publicidade. Para isto, eles optaram pela agilidade e 
praticidade das estruturas metálicas – nas paredes, na cobertura, 
nas passarelas e mezaninos.
Um dos pavilhões da antiga construção foi mantido e, hoje, 
abriga o estacionamento, as áreas técnicas e as empresas parceiras 
da agência. Um pavilhão complementar – inicialmente branco e, 
agora, coberto por fotos – foi construído em estruturas metálicas 
e revestido de alvenaria, dando a impressão de ser todo feito de 
tijolos. Já o corpo principal da fábrica foi demolido para dar lugar a 
um novo pavilhão, com cobertura e fechamento lateral de telhas de 
aço, onde está instalada a agência propriamente dita.
“Descartamos as coberturas de madeira e de concreto justamen-
te por não nos darem mobilidade de tempo. E, além da velocidade 
de construção que a cobertura metálica permite, consideramos os 
méritos estéticos e a leveza que ela traz para o projeto”, conta o 
arquiteto André Vainer, responsável pelo desenho da cobertura que 
deveria, também, vencer um vão de 32 m.
Segundo André, o projeto foi pensado de forma a aproveitar ao 
máximo possível a iluminação natural. “Ensaiamos alguns tipos 
de tesouras que incorporassem áreas de iluminação e chegamos a 
esta tesoura. Ela aproveita a luz da abóboda e também a luz que é 
refletida no próprio telhado”, afirma.
Acima, a agência vista dos mezaninos. Com o 
desenho escolhido para as tesouras de aço os 
arquitetos conseguiram a claridade desejada e 
uma ventilação natural. Ao lado, o prédio anti-
go da fábrica que deu lugar a dois novos pavi-
lhões. Um deles, recoberto por fotos, foi todo 
construído em estrutura metálica e revestido 
de alvenaria. Atrás dele, o pavilhão amarelo, 
que já existia na antiga fábrica da BIC e foi ape-
nas reformado. Hoje, abriga o estacionamento 
e as empresas parceiras
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30 &ARQUITETURA AÇO
Na estrutura de aço, dois grandes sheds assimétricos foram 
projetados para a iluminação das áreas de trabalho. Vainer dese-
nhou uma tesoura diferenciada, com sheds incorporados, e com 
uma lógica de desenho que faz um aproveitamento total da luz 
natural – a da abóboda e a refletida.
”Esta estrutura é toda personalizada. O arquiteto fez os cálculos 
e entramos com o projeto de detalhamento das tesouras, terças 
e contraventos, utilizados para absorver a ação das correntesde 
ar”, conta o engenheiro mecânico Aílton Gonçalves, da Engemetal 
construções e montagens, empresa responsável pela produção 
e instalação da cobertura. Para uma melhor acústica e proteção 
térmica, foram usadas telhas metálicas tipo sanduíche, com miolo 
de poliuretano injetado.
Reaproveitamento foi o outro ponto que norteou o processo. 
Todos os mezaninos e passarelas do antigo endereço se mudaram 
para a Vila Leopoldina. Criadas pela Construfer Estruturas Metálicas 
para que pudessem ser desmontadas e carregadas, as peças se 
encaixaram no novo projeto, tendo apenas que ser complementadas 
onde fosse necessário.
O resultado é um ambiente totalmente descontraído, que tem 
seus três pavilhões integrados por meio das passarelas, mezaninos 
e salas envidraçadas. Sem dúvida um espaço ideal para instigar 
a criatividade. (C.V.) M
Na Neogama/BBH, todo mundo enxerga todo 
mundo. A estação de trabalho está no meio de tudo 
e as salas de reuniões, bibliotecas e até a presi-
dência ficam em salas envidraçadas. O charme da 
agência é completado pelos mezaninos e passa-
relas, trazidos do antigo endereço, e pelas cores 
quentes. Ao lado, corte do pavilhão com estacio-
namento e do pavilhão novo – local onde a agência 
funciona – que recebeu a nova estrutura metálica Corte BB
Fo
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N
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> Projeto arquitetônico: André 
Vainer e Guilherme Paoliello
> Colaboradores: Fernanda Neiva, 
Gil Mello, João Paulo Meirelles 
de Faria
> Área construída: 5.650 m2
> Aço empregado: ASTM A36
> Projeto estrutural: Engemetal 
Construções e Montagens Ltda.
> Fornecimento da estrutura 
metálica da cobertura: 
Engemetal Construções e 
Montagens Ltda.
> Fornecimento da estrutura 
metálica dos mezaninos: 
Construfer Estruturas 
Metálicas Ltda.
> Fornecimento da estrutura 
metálica complementar: Enteco 
Engenharia e Construções Ltda.
> Execução da obra: Takeyama 
Engenharia Ltda.
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2003
> Conclusão da obra: 2004
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Endereços
31 
> Ruy Ohtake Arquitetura 
e Urbanismo
Avenida Faria Lima, n° 1.597 – 
11° andar – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3094-8001
E-mail: ruy@ruyohtake.com.br 
PROJETO ESTRUTURAL
Andrade Rezende Engenharia 
de Projetos 
Rua Carmelo Rangel, 
n° 898 – Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3342-8575
E-mail: comercial@
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Consultest 
Av. Angélica, n° 184, 
cj. 1.203/1.204 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3661-7033
E-mail: consust@terra.com.br 
Flávio D’Alambert
Praça das Papoulas, n° 30, 
3° andar – Alphavile – 
Barueri (SP)
Tel.: (11) 4195-6136
E-mail: alambert@terra.com.br 
Ferenge Engenharia
Av. T-13 com r. S-3, n° 759, 
Q S-9, lote 14, sala 2, Setor 
Bela Vista – Goiânia (GO)
Tel.: (62) 3255-2777
E-mail: ferenge@terra.com.br
Hauy & Bechara Engenheiros 
Associados
Rua Abílio Soares n° 233, 
cj. 104 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3887-8988
Jorgeny Catarina Gonçalves
Rua Pitangueiras, n° 430, 
sala 2 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5594-0380
E-mail: jorgeny_eng@uol.
com.br 
Limonge de Almeida 
– Consultoria e Projetos Ltda.
Av. da Independência, n° 2.832, 
sala 6 – São Mateus – 
Juiz de Fora (MG)
Tel.: (32) 3236-2527
MCS – Montagens, 
Construções e Serviços
Rua Américo Brasiliense, 
n° 1.765, cj. 121/122 – Chácara 
Santo Antônio – São Paulo (SP)
Tel: (11) 5181-2950
www.mcsconstrucoes.com.br 
NEK - Engenharia Ltda.
Av. Iguaçu, n° 119, cj. 402 –
Porto Alegre (RS)
Tel.: (51) 3338-0959
www.nekengenharia.com.br 
Takeyama Engenharia Ltda.
Rua Belmiro Braga, n° 58 
– São Paulo (SP) 
Tel.: (11) 3819-4595 
E-mail: renato@takeyama.
com.br 
Toctao Engenharia 
Rua T-65, n° 345 – Setor Bela 
Vista – Goiânia (GO)
Tel.: (62) 3255-5100
www.toctao.com.br 
Andrade Gutierrez
Rua Dr. Renato Paes 
De Barros, n° 750 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 6161-3563
ESTRUTURA METÁLICA
Abax Estruturas
Av. Antônio Marques Figueira, 
n° 1.701 – Suzano (SP)
Tel.: (11) 4741-2100
www.abax-estruturas.com.br 
AEB Estruturas Metálicas 
Av. Getúlio Vargas, 
n° 6.880 – Canoas (RS)
Tel.: (51) 3472-2388
www.aeb.com.br 
Alaxis Tecnologias Inovativas
Al. dos Indígenas, n° 121 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2276-5179
E-mail: alaxis@uol.com.br
Aço Vertical Edificações 
Rua Tenente Pedro Batista 
Bueno, n° 35 – Campinas (SP) 
Tel.: (19) 3238-9297
Araya do Brasil 
Rodovia Taubaté – Quiririm, 
Km 6 – Taubaté (SP)
Tel.: (12) 2123-4200
E-mail: estrutura@araya.
com.br 
ArcelorMittal Perfilor
Rua dos Pinheiros, n° 498, 
15º andar cj. 151 – 
São Paulo (SP)
Tel: (11) 3065-3417
www.perfilor.com.br 
Construfer Estruturas 
Metálicas Ltda.
Av. Luis Carlos Gentile de Laet, 
n° 761 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2994-4833
E-mail: construfer@
construfer.com.br 
www.construfer.com.br 
Engemetal Construções 
e Montagens Ltda.
Rua Pedro Paulo Celestino, 
n° 150 – Diadema (SP) 
Tel.: (11) 4070-7070
E-mail: engemetal@engeme-
tal.com.br 
www.engemetal.com.br 
> 
CONSTRUTORAS
CH2M Hill do Brasil
Rua do Rócio, n° 351, 5° andar, 
cj. 52 –São Paulo (SP)
Tel: (11) 3040-0808
E-mail: ch2m@ch2m.com 
Construcap Engenharia 
e Comércio 
Rua Bela Cintra, n° 24 
– Consolação – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3017-8000
www.construcap.com.br 
C.P.A Engenharia e Construções 
Av. Nove de Julho, n° 4.877, 
cj. 91 B – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3702-2030
www.cpaeng.com.br 
ENGEMÁTICA – Engenharia 
e Informática 
Av. Getúlio Vargas, 
n° 2.932, cj. 1.106 – 
Água Verde – Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3343-3003
E-mail: engematica@
netpar.com.br 
MGM Construtora 
Av. Imperatriz D. Tereza 
Cristina, n° 422 – 
Jardim Guarani 
Campinas (SP)
Tel.: (19) 3251-0466 
OAS
Av. Angélica, n° 2.346 
– Consolação – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2124-1122
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Odebrecht
Av. das Nações Unidas, n° 8501, 
32º andar – Ed. Eldorado 
Business Tower – 
Pinheiros – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3096-8000
www.odebrecht.com.br
Paulitec Construções 
Avenida Lineu De Paula 
Machado, n° 1.000 – Cidade 
Jardim – São Paulo (SP) 
Tel.: (11) 2196-2450 
E-mail: paulitec@paulitec.
com.br
Pirih Engenharia Civil 
Rua Nova Esperança, 
n° 1.461 – Pinhais (PR)
Tel.: (41) 3668-1900
E-mail: pirih@pirih.com.br 
Queiroz Galvão 
Av. Rio Branco, n° 156, 30º 
andar – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2131-7100
www.queirozgalvao.com.br 
Enteco Engenharia e 
Construções Ltda.
Av. Itaquera, n° 250 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2783-7233
E-mail: enteco@enteco.com.br 
www.enteco.com.br 
Forte Metal 
Rua Wisard, n° 398, sala 3 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3816-1714
Gradimetal Construções 
Metálicas
Rua Templários, n° 83 – Vila 
Formosa – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2671-8599
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Indutech
Estrada Almirante Santiago 
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Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 3107-2095
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Baia – Anápolis – Goiás (GO)
Tel.: (62) 4015-1122
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Marko Sistemas Metálicos 
Av. Américas, n° 3.693, Bloco 2 
sala 303 – Barra da Tijuca (RJ)
Tel.: 0800 7 020304
www.marko.com.br 
MBP – Metalúrgica Barra 
do Piraí 
Estrada Manoel Coutinho de 
Carvalho, nº 3.380 – Campo 
Bom – Barra do Piraí (RJ)
Tel.: (24) 2447-9797
www.mbp.com.br 
Medabil
Rua Fidêncio Ramos, n° 223, 
14º andar – Vila Olímpia – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3573-3322 
www.medabil.com.br 
Projecta 
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– Guarulhos (SP)
Tel.: (11) 2085-4355
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da Gama – Cariacica (ES) 
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São Paulo (SP)
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Rua Visconde de Inhaúma, 
n° 50, sala 702 – 
Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2253-4564
E-mail: losango@unisys.com.br 
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de arquitetura
Rua Casa Forte, n° 457 –
Água Fria – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2996-2682
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Moretti Arquitetura
Rua Renato Tadeu, n° 412 
– Curitiba - PR
Tel.: (41) 3016-2934
E-mail: moretti@hotlink.
com.br 
Núcleo de Arquitetura
Rua Alagoas, n° 900, piso 
superior – São Paulo (SP) 
Tel.: (11) 3826-9790 
E-mail: nucleoarq@uol.com.br 
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Trav. Pedro Modesto Rampi, 
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Porto Alegre (RS)
Tel.: (51) 3219-9342
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Urbanos
Rua Major Sertório, n° 21, 
cj. 32 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3255-4313
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32 ARQUITETURA AÇO&
expediente
NÚMEROS ANTE RIO RES:
Os núme ros ante rio res da revista 
Arquitetura & Aço estão dis po ní veis para 
down load na área de biblio te ca do site: 
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PRÓXIMA EDIÇÃO: 
Instituições de Ensino II - março de 2009
MATERIAL PARA PUBLI CA ÇÃO:
Contribuições para as próximas edições 
podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-
liadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura 
& Aço. Entretanto, não nos comprometemos 
com a sua publicação. O material enviado 
deverá ser acompanhado de uma autorização 
para a sua publicação nesta revista ou no site 
do CBCA, em versão eletrônica. Todo o mate-
rial recebido será arquivado e não será devol-
vido. Caso seja possível publicá-lo, o autor 
será comunicado.
É necessário o envio das seguintes informa-
ções em mídia digital: desenhos técnicos do 
projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, 
cliente, data do projeto e da construção, autor 
do projeto, engenheiro calculista e constru-
tor) e dados do arquiteto (endereço, telefone 
de contato e e-mail).
Apoio:
Revista Arquitetura & Aço 
Uma publi ca ção tri mes tral da Quadrifoglio Editora 
para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)
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Paulo Cesar Arcoverde Lellis – Usiminas
Roberto Inaba – Cosipa
Ronaldo do Carmo Soares – Gerdau Açominas
Silvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão 
Supervisão Técnica
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arquiteturaeaco@ajato.com.br
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cbca@arcdesign.com.br
Direção
Cristiano S. Barata
Coordenação Editorial
Julia Garcez
Redação
Ângela Barretto, Camila Vasconcellos, Deborah Peleias 
e Valentina Figuerola 
Revisão
Deborah Peleias
Projeto Gráfico e Editoração
Cibele Cipola e Jefferson Moura (estagiário)
Pré-impres são e Impres são
Cantadori / Ibep
Endereço para envio de material:
Revista Arquitetura & Aço – CBCA
Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
20040-007 – Rio de Janeiro/RJ
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É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.
É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-
ção ex pres sa do autor.
ERRATA:
Na edição no. 15, setembro de 2008, na ficha 
técnica das páginas 8 e 9, é preciso acrescentar 
o nome de Paulo André B. Barroso (TECHNICA 
Consultoria e Projetos) como responsável pelo 
projeto e detalhamento de estruturas metálicas. 
Na ficha técnica da página 7, o nome da empresa 
Python Engenharia e Equipamentos Industriais foi 
grafado incorretamente. 
12_Expediente_TER.indd 3212_Expediente_TER.indd 32 12/12/08 9:25:22 PM12/12/08 9:25:22 PM
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