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1 | 215 
PRINCIPAIS ASPECTOS DAS 
MUDANÇAS DA CONTABILIDADE 
APLICADA AO SETOR PÚBLICO 
(CASP) 
Conteudista: Profª Karen Mancini 
2 | 215 
Módulo 7 
 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª 
edição 
Objetivos do Módulo: 
•  Apontar os Procedimentos Contábeis Orçamentários 
•  Definir os Procedimentos Contábeis Patrimoniais 
•  Descrever as as demonstrações contábeis do setor público obrigatórias 
•  Apresentar o plano de contas aplicado ao setor público. 
3 | 215 
Módulo 7 
 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª 
edição 
Unidades: 
1   PCO – Procedimentos Contábeis Orçamentários: exposição dos princípios orçamentários 
e conceitos de receitas e despesas públicas 
2  PCP – Procedimentos Contábeis Patrimoniais: conhecendo a composição patrimonial pública 
3  DCASP – Conhecendo as Demonstrações Contábeis do Setor Público 
4  PCASP – Conhecendo o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 
4 | 215 
Procedimentos contábeis orçamentários - PCO 
5 | 215 
Auferir/ obter 
Receita 
Custear 
Despesa 
Criar crédito público Gerenciar o orçamento 
público 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO à “ é o conjunto de ações do Estado para a obtenção da receita e a 
realização dos gastos para o atendimento das necessidades públicas”. 
Logo:	
A'vidade	Financeira	do	Estado	
PODER 
PÚBLICO Supre as necessidades Públicas 
Atividade Financeira do Estado 
A finalidade do ESTADO é a realização do bem comum que é materializado pela: 
Por intermédio 
da: 
6 | 215 
Nesse sentido, estamos tratando das atividades estatais de obtenção de recursos financeiros (RECEITA e 
CRÉDITO), de aplicação desses recursos (DESPESA) e do gerenciamento e controle deles (ORÇAMENTO). 
Obter Recursos Financeiros 
(RECEITA) 
Criar CRÉDITO PÚBLICO 
(Contrair OPERAÇÕES DE CRÉDITO) 
PARA 
Gastar Recursos Públicos no 
financiamento dos programas de 
Governo 
(DESPESA) 
O Estado gerencia a ATIVIDADE FINANCEIRA através do ORÇAMENTO PÚBLICO (LOA) 
Atividade Financeira do Estado 
7 | 215 
Nós, pessoas físicas, quando recebemos o nosso salário, planejamos (ou pelo menos 
deveríamos) gastá-lo para um determinado período, em diversas áreas: faculdade, plano de 
saúde, aluguel, alimentação, transporte, lazer, aquisição de imobilizado, investimentos, 
aplicações financeiras etc. É claro que, em virtude da escassez de recursos e das nossas 
necessidades humanas, diga-se de passagem, ilimitadas, precisamos priorizar determinadas 
áreas em que iremos despender nossos recursos. Após estabelecermos um planejamento, 
definirmos prioridades de gastos, executaremos as despesas para financiar nossas demandas 
individuais. 
 
Da mesma forma é o ESTADO! 
O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer 
entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e 
de aplicações de recursos em determinado período. 
Atividade Financeira do Estado 
8 | 215 
ESTIMA RECEITAS FIXA DESPESAS 
Peça Autorizativa 
O ORÇAMENTO é um documento legal, porque está contido em uma lei , a LOA (instituído SOMENTE 
por uma Lei Ordinária), autorizando o Poder Público arrecadar Recursos Financeiros (RECEITA 
PÚBLICA) para financiar as demandas sociais (DESPESA PÚBLICA) 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Orçamento Público no Brasil 
9 | 215 
CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 
I.  o plano plurianual; 
II.  as diretrizes orçamentárias; 
III.  os orçamentos anuais. 
Leis Ordinárias àSão de 
iniciativa Privativa e 
Indelegável do Chefe do 
poder Executivo em cada 
Ente da Federação ( U, E, 
DF e M) 
São Leis Meios à São Leis apenas em sentido FORMAL. Em sentido MATERIAL são Atos 
Administrativos. 
Instrumentos Orçamentários 
Segundo o Art. 165 da CF/88 
10 | 215 
OBS 1 à PPA e a LDO são Instrumentos 
Orçamentários relativamente novos, já que surgiram 
com a CF/88. 
OBS 2 à LDO só existe no Brasil. É a ponte entre o 
PPA e a LOA (diz como a LOA executará os programas 
do PPA. 
OBS 3 à APLICAÇÃO: U/E/DF/M (MTO - * Manual 
Técnico Orçamentário) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento 
Estratégico 
Planejamento Tático 
Planejamento 
Operacional 
Longo/ Médio 
(MTO*) prazo 
(4 anos) 
Curto prazo 
(1 ano) 
Instrumentos Orçamentários 
PPA 
LDO 
LOA 
11 | 215 
PPA 
LDO 
LOA 
Contemplará o que o Governo pretende realizar em um período de 4 
anos. (Concebe vários programas para resolver problemas.) 
Ex: Construir 50 escolas. 
Executa os programas concebidos no PPA ano a ano, ESTIMANDO 
RECEITAS e FIXANDO DESPESAS. 
Ex: Gastará, neste ano, R$ 5.000.000,00 na construção de 10 
escolas (que estavam contempladas no PPA e na LDO) 
Norteia a elaboração da LOA. (Ponte entre PPA e LOA) 
Ex: Construirá 10 escolas, neste ano, (previstas no PPA) 
Instrumentos Orçamentários 
12 | 215 
O governo e outras entidades do setor público elaboram orçamentos. No Brasil, a Constituição exige a elaboração 
do orçamento anual, a sua aprovação pelo poder Legislativo e a sua disponibilização à sociedade. A legislação 
brasileira define o que a peça orçamentária deve conter. A sociedade fiscaliza a gestão das entidades públicas 
diretamente, respaldada pela Constituição, ou indiretamente, por meio de representantes. O orçamento aprovado 
é utilizado como base para a definição dos níveis de tributação e de outras receitas, compondo o processo de 
obtenção de autorização legislativa para a realização do gasto público. 
Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos usuários compararem 
a execução orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise quanto ao desempenho das entidades do 
setor público. Tais informações instrumentalizam a prestação de contas e a responsabilização (accountability) e 
fornecem subsídios para o processo decisório relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração 
de demonstrativo que apresenta e compara a execução do orçamento com o orçamento previsto é o mecanismo 
normalmente utilizado para demonstrar a conformidade com os requisitos legais relativos às finanças públicas. 
Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual 
Importância do orçamento público 
13 | 215 
A Lei 4.320/64, que estatui normas gerais de Direito Financeiro, em seu artigo 2º, determina 
obediência a 3 Princípios: UNIDADE, UNIVERSALIDADE e ANUALIDADE. 
Princípios Orçamentários 
Obs.: Não há uma lista exaustiva de Princípios Orçamentários, pois o próprio conceito de Orçamento Público 
está em constante evolução. Integram o MCASP os Princípios Orçamentários cuja existência e aplicação derivem 
de normas jurídicas. 
Os Princípios Orçamentários visam estabelecer regras norteadoras básicas, a fim de conferir racionalidade, 
eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle da LOA (orçamento 
público), tendo em vista a necessidade de torná-la fiel aos objetivos e metas estabelecidos no PPA e na LDO, 
disciplinando e orientando a ação dos governantes. 
 
São válidos para todos os entes federativos – U/E/DF/M, constituindo o núcleo central do estudo orçamentário, 
sendo estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais, infraconstitucionais e pela doutrina. 
14 | 215 
U 
A 
U 
NIDADE 
NUALIDADE 
NIVERSALIDADE 
Lei 4.320/64 
TÍTULO I 
Da Lei de Orçamento 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da 
receita e despesa de forma a evidenciar a política 
econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, 
universalidade e anualidade. 
15 | 215UNIDADE/ TOTALIDADE 
Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício 
financeiro, devem estar contidas numa só LOA, dentro de cada 
esfera federativa. (Art. 2º da Lei nº 4.320/64 e Art. 165 §5º da CF/88) 
Determina existência de ORÇAMENTO ÚNICO para cada um dos entes federados – U/E/DF/M – com a finalidade de se 
evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política. 
 
O orçamento deve ser “uno”, ou seja, cada ente da federação deve possuir apenas um ORÇAMENTO de maneira 
uniforme, não podendo haver mais de um orçamento em cada unidade governamental. 
1 LOA 
(Por Esfera) 
3 ORÇAMENTOS 
INVESTIMENTOS 
SEGURIDADE SOCIAL 
FISCAL 
Princípios Orçamentários – Unidade / Totalidade 
16 | 215 
No entanto, o § 5º do art. 167 da CF/88 estabelece uma tripartição 
do orçamento: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade 
Social e o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais. 
 
Todavia, os três orçamentos instituídos pela CF/88 respeitam o 
princípio da unidade/totalidade, já que o § 5º do art. 165 diz que, 
“eles compõem uma só peça: a Lei Orçamentária Anual – LOA”. 
Princípios Orçamentários – Unidade / Totalidade 
UNIDADE/ TOTALIDADE 
1 LOA 
(Por Esfera) 
3 ORÇAMENTOS 
INVESTIMENTOS 
SEGURIDADE SOCIAL 
FISCAL 
17 | 215 
ANUALIDADE/ PERIODICIDADE A vigência do orçamento deve ser limitada a um ano. (Art. 2º da Lei nº 4.320/64 e Art. 165, III da CF/88) 
Princípios Orçamentários – Anualidade / Periodicidade 
O Princípio da Anualidade/Periodicidade delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao 
qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA irão se referir. 
 
No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo 34 da Lei nº 4320/1964: 
 
O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. à o princípio está relacionado ao intervalo de tempo de 12 
meses, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. 
18 | 215 
A vigência do orçamento deve ser limitada a um ano. (Art. 
2º da Lei nº 4.320/64 e Art. 165, III da CF/88) 
Art. 167 § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subsequente. 
EXCEÇÃO A ANUALIDADE 
Princípios Orçamentários – Anualidade / Periodicidade 
ANUALIDADE/ PERIODICIDADE 
19 | 215 
UNIVERSALIDADE/ 
TOTALIZAÇÃO 
A LOA de cada ente federado deve conter todas as receitas e 
despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. (Art. 2º, 
3º e 4º da Lei nº 4.320/64 e §5º do art. 165 da CF/88) 
Princípios Orçamentários – Universalidade / Totalização 
A LÓGICA DO PRINCÍPIO É: 
“Todas as receitas e todas as despesas devem estar no orçamento”. 
 
Lei 4.320/64 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas 
em lei. 
 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da 
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°. 
 
Objetivo principal: facilitar o Controle Parlamentar nos ingressos e dispêndios públicos. 
20 | 215 
A Lei Orçamentária tem de englobar TODAS as RECEITAS e 
DESPESAS da Adm. Púb. (mas há exceção em relação às 
receitas e despesas operacionais de empresas públicas e 
sociedades de economia mista consideradas estatais 
Independentes) 
Logo, a Lei Orçamentária englobará 
TODAS as RECEITAS e DESPESAS: 
ADM. PÚB. 
 
DIRETA 
•  PE 
•  PL 
•  PJ 
•  MP 
•  TC 
INDIRETA 
•  AUTARQUIAS 
• FUND. PÚB. 
•  EMP. PÚB. 
•  SOC. ECON. MISTA 
SOMENTE 
EMPRESAS 
DEPENDENTES 
Empresas que não conseguem 
viver com suas próprias 
receitas e dependem do 
Governo para se custearem. 
Princípios Orçamentários – Universalidade / Totalização 
UNIVERSALIDADE/ 
TOTALIZAÇÃO 
21 | 215 
EXCLUSIVIDADE/PUREZA 
Na Lei do Orçamento não pode ter matéria estranha a 
previsão da Receita e da Despesa. (Art. 165 §8º da CF) 
 
Obs.: Exceção feita para abertura de Créditos 
Suplementares e Contratação de Operações de Crédito. 
Princípios Orçamentários – Exclusividade / Pureza 
Art. 165 § 8º CF - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação 
de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Significa que a LOA não poderá tratar de outros assuntos como, por exemplo, lei do divórcio, criação de tributos, 
etc. Depreende-se, portanto, que o orçamento conterá apenas matéria financeira. 
22 | 215 
Este Princípio ordena que o Orçamento deve conter apenas matéria orçamentária 
e não cuidar de assuntos estranhos . 
 
Foi introduzido no Direito Brasileiro pela reforma constitucional de 1926. 
 
Sua adoção, como norma constitucional, pôs fim as distorções das famosas 
“caudas orçamentárias”, em que assuntos de Direito de Família chegaram a 
compor a Lei Orçamentária. 
Princípios Orçamentários – Exclusividade / Pureza 
EXCLUSIVIDADE/PUREZA 
23 | 215 
ORÇAMENTO BRUTO 
Todas as Receitas e todas as Despesas devem constar no Orçamento 
pelos seus totais sem qualquer tipo de dedução. (Art. 6º da Lei nº 4.320/64) 
 
Obs.: Alguns autores assinalam este Princípio como inserido no 
Princípio da Universalidade. 
Princípios Orçamentários – Orçamento Bruto 
Segundo Giacomoni, a regra pretende impedir a inclusão no orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a 
inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre receitas e as despesas de 
determinado serviço. 
 
Assim, se for o caso de se fazer uma dedução a uma receita, o ente público não pode apenas registrar o valor 
líquido a ser arrecadado. Tanto a arrecadação bruta quanto a dedução devem ser consideradas na elaboração 
da peça orçamentária. 
 
Lei 4.320/64 
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer 
deduções. 
24 | 215 
ORÇAMENTO BRUTO 
Ex: imagine a previsão de arrecadação de R$ 100.000,00 de receita de 
IPVA, no orçamento do Estado X, que, por determinação constitucional 
(art. 158, III) deve repassar 50% aos municípios cujos veículos tenham sido 
licenciados em seus territórios, a forma correta de apresentação da lei em 
atendimento ao princípio do orçamento bruto seria a seguinte: 
A) Forma correta (apresentando o orçamento pelo valor total e bruto) 
Receita R$ Despesa R$ 
IPVA 100.000 Transf. aos municípios 50.000 
B) Forma incorreta (apresentando o orçamento pelo valor líquido) 
Receita R$ Despesa R$ 
IPVA 50.000 Transf. aos municípios 50.000 
Princípios Orçamentários – Orçamento Bruto 
25 | 215 
LEGALIDADE 
Este Princípio aplicado ao Orçamento possui a mesma fundamentação legal 
geral, qual seja, a Administração Pública se subordina aos ditames da Lei. 
Princípios Orçamentários - Legalidade 
Princípio da Legalidade sob a ótica 
individual Art. 5º, II da CF/88 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
Art. 37. A administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados,do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte... 
Princípio da Legalidade na Adm. Púb. 
Art. 37 da CF/88 
26 | 215 
PUBLICIDADE 
Princípio básico da atividade da Administração Pública no regime 
democrático (art. 37 da CF/88) todas as fases do Orçamento (preparação, 
execução e controle) devem ser objeto de publicidade. 
Princípios Orçamentários - Publicidade 
CF/88 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte... 
27 | 215 
Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser fixado em lei (LOA), que autoriza aos Poderes a 
execução de suas despesas, assumindo relevância na vida da sociedade tornando-se necessário o 
conhecimento amplo de seus conteúdo pelas pessoas, já que na LOA serão notadas as políticas públicas e 
prioridades do governo. Logo, é possível perceber a relação do princípio da publicidade com o princípio da 
legalidade. 
 
Para vigorar, uma lei deve ser publicada em veículos oficiais de comunicação (tipicamente, Diário Oficial). 
Depreende-se, portanto, que o orçamento, para produzir seus efeitos, precisa ser publicado no Diário Oficial 
correspondente a cada esfera (a LOA da União no DOU, a do Estado no DOE e do Município no DOM, quando 
houver). Caso o Município não possua Diário Oficial, o mesmo pode ser publicado em jornal local. 
Princípios Orçamentários - Publicidade 
PUBLICIDADE 
28 | 215 
TRANSPARÊNCIA 
Princípio da Administração Pública reforçado pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal – LRF – LC nº 101/2000 (arts. 48, 48-A e 49 – Capítulo IX – Da 
Transparência, Controle e Fiscalização) 
Princípios Orçamentários - Transparência 
Aplica-se também ao orçamento público tendo o objetivo de levar ao conhecimento de todos os atos praticados 
pela Administração. 
CF/88 
 
Art. 165 § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
LRF 
 
 Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive 
em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações 
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de 
Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
29 | 215 
TRANSPARÊNCIA 
LRF 
 
 Art. 48. Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: 
 
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações 
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; 
 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de 
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. 
Princípios Orçamentários - Transparência 
30 | 215 
NÃO-AFETAÇÃO DA RECEITA/ 
NÃO-VINCULAÇÃO 
Princípios Orçamentários - Não-afetação da receita/ não-vinculação 
Segundo o CTN, os tributos são divididos em três espécies, quais sejam, impostos, taxas e contribuições de 
melhoria. 
 
Cada espécie dessas possui suas características específicas, principalmente, no que tange aos fatos geradores 
que deram origem à sujeição passiva da obrigação tributária. 
 
CTN 
 
Art. 16 imposto é o tributo cujo a obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
Ao contrário das taxas e das contribuições, os impostos são tributos não-vinculados à atividade estatal 
específica, daí definir que a situação definida na lei como geradora da obrigação de pagá-los só pode 
corresponder a uma atuação do próprio contribuinte (comprar imóvel, auferir renda, importar, tomar um 
empréstimo etc.). 
31 | 215 
O imposto não gera uma contraprestação estatal, enquanto que a taxa gera uma determinada contraprestação 
por parte do Estado. 
 
Portanto, a natureza jurídica dos impostos é a não contraprestação estatal. 
 
Assim sendo, a obrigação de pagar imposto não se origina de nenhuma atividade específica do Estado relativa 
ao contribuinte. O fato gerador do dever jurídico de pagar imposto é uma situação da vida do contribuinte, 
relacionada a seu patrimônio, independente do agir do Estado. 
 
As taxas geram uma contraprestação estatal, obrigando o Estado a prestar ao contribuinte um determinando 
serviço pelo pagamento da taxa a qual deu origem à sua instituição e cobrança. Já no imposto, essa mão de via 
dupla inexiste e a maioria dos recursos arrecadados pelo pagamento dos impostos "pode" ser utilizado pelo 
Estado de acordo com suas necessidades e atendendo aos planos plurianuais e financeiros, considerando os 
valores percentuais que devem ser aplicados pelos repasses e destinações específicas de acordo com às 
determinações legais. 
NÃO-AFETAÇÃO DA RECEITA/ 
NÃO -VINCULAÇÃO 
Princípios Orçamentários - Não-afetação da receita/ não-vinculação 
32 | 215 
Art. 167. São vedados: 
 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação 
de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste artigo; 
 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, 
e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou 
contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
NÃO-AFETAÇÃO DA RECEITA/ 
NÃO-VINCULAÇÃO 
O princípio da não vinculação da receita de impostos está no 
início do inciso IV do art. 167 da CF/88, e as exceções a ele 
compõem todo o resto do texto e o § 4º do mesmo artigo. 
Princípios Orçamentários - Não-afetação da receita/ não-vinculação 
33 | 215 
Destrinchando os dispositivos, as vinculações à receita de impostos, permitidas pela Constituição, são: 
 
•  repartição do produto da arrecadação dos impostos (compondo o Fundo de Participação dos Estados – FPE, 
Fundo de Participação dos Municípios – FPM, Fundo de Desenvolvimento das Regiões Norte (FNO), 
Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO) o de Participação dos Municípios (CF/88, art. 158 e 159); 
•  destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde (CF/88, art. 198, § 2º); 
•  destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino (CF/88, art. 212); 
•  destinação de recursos para realização de atividades da administração tributária (CF/88, art. 37, inc. XXII); 
•  prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita – ARO (CF/88, art. 165, § 8º); 
•  prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
Princípios Orçamentários - Não-afetação da receita/ não-vinculação 
34 | 215 
EQUILÍBRIO Deve haver um Equilíbrio entre as Receitas e Despesas. 
Princípios Orçamentários - Equilíbrio 
Registram-se duas formas de encarar esse princípio. 
 
1ºà o equilíbrioformal do orçamento é observado quando a lei orçamentária prevê receitas e fixa despesas 
em montantes iguais. 
 
As leis orçamentárias anuais fazem a previsão da receita e a fixação da despesa em valores iguais. Assim, sob o 
aspecto formal, o princípio do equilíbrio zela principalmente pela publicação de um orçamento equilibrado. 
 
Porém, na prática, o que se verifica hoje é que os recursos próprios do governo não são suficientes para 
cobrir suas despesas. 
 
Pelo exposto, o fato de um orçamento ser publicado de forma equilibrada não implica o equilíbrio das contas 
públicas. É com essa preocupação que se fala em equilíbrio real, ou equilíbrio material. 
35 | 215 
EQUILÍBRIO 
Essa, inclusive, foi uma das principais bandeiras tratadas na Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
Assim, sob essa ótica, busca-se evitar o crescimento desordenado das despesas, sem lastro para cobri-las. Da 
mesma forma, deve-se evitar o comprometimento das receitas a ponto de não sobrarem recursos para amortizar 
a dívida pública. 
 
Conclui-se, desse modo, que o “equilíbrio material” está mais ligado à execução equilibrada do orçamento do 
que à sua publicação com montantes iguais de receita e despesa. 
Princípios Orçamentários - Equilíbrio 
36 | 215 
Portanto, mesmo que a LOA ainda venha sendo aprovada com equilíbrio formal, isso não garante que durante a 
atividade financeira não existirá deficit, tampouco, este é um sinal inequívoco de que a LOA foi aprovada em 
desequilíbrio. 
 
Equilíbrio formal: montantes iguais na LOA. 
Equilíbrio material/real: equilíbrio na EXECUÇÃO das contas públicas. 
 
Atualmente, a LOA é aprovada com o equilíbrio formal, porém isso não quer dizer que haja recursos próprios 
para cobrir os gastos, pois as operações de créditos (empréstimos) são contabilizadas como receitas, 
permitindo, assim, o equilíbrio formal. 
 
O equilíbrio real/material é, de fato, o equilíbrio das contas públicas. Um dos principais temas da LRF. É a 
execução equilibrada do orçamento, sem a preocupação da publicação de montantes iguais de receitas e 
despesas. 
Princípios Orçamentários - Equilíbrio 
37 | 215 
Princípios Orçamentários - Especificação/ Especialização/ 
Discriminação 
 
 
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a 
despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto 
no artigo 20 e seu parágrafo único. 
 
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. 
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros 
meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins. 
 
A lógica do princípio se resume ao seguinte: 
 
“ O orçamento precisa ser detalhado, especificado, para facilitar seu entendimento e acompanhamento”, 
evitando a chamada "ação guarda-chuva", que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada 
flexibilidade. O princípio veda as autorizações de despesas globais. PALAVRA-CHAVE: DETALHAMENTO 
 
 
ESPECIFICAÇÃO/ 
ESPECIALIZAÇÃO/ DISCRIMINAÇÃO 
Todas as Receitas e Despesas devem ser 
especificadas, ou seja, não pode haver inclusão de 
valores globais no Orçamento. (Art. 5º + Art. 15 §1º da 
L. 4.320/64) 
38 | 215 
O princípio da especialização preconiza que as receitas e despesas devem aparecer no orçamento de forma 
discriminada, de tal forma que se possa saber pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua aplicação., ou 
seja, cada rubrica de receita e despesa devem ser identificadas, de modo que não apareçam de forma 
global, como, p. ex., na hipótese de intitulação genérica, sem nenhuma especificação. 
EXCEÇÕES 
1.  A reserva de contingência, por sua vez, é uma dotação global não especificamente destinada a 
determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos são 
utilizados para atender passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Percebe-se, 
assim, que a reserva de contingência representa uma exceção ao princípio da especificação ou 
especialização. 
Princípios Orçamentários - Especificação/ Especialização/ 
Discriminação 
ESPECIFICAÇÃO/ 
ESPECIALIZAÇÃO/ DISCRIMINAÇÃO 
39 | 215 
EXCEÇÕES 
2.  Outra exceção ao principio da especificação ou especialização são os Programas Especiais de Trabalho 
que consta no páragrafo único do art 20 da 4.320/64: 
 
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se 
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, 
classificadas entre as Despesas de Capital. 
 
A dotação para despesas sigilosas no orçamento da ABIN, constitui-se exceção ao Principio da 
ESPECIFICAÇÃO e constitui-se os chamados programas especiais de trabalho, os quais caso fossem 
especificados no orçamento correriam o risco de perder sua eficiência. Ex: Programas de proteção à 
testemunha. 
 
São também chamados de INVESTIMENTOS EM REGIME DE EXECUÇÃO ESPECIAL. 
Princípios Orçamentários - Especificação/ Especialização/ 
Discriminação 
40 | 215 
CLAREZA/ INTELIGIBILIDADE O Orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo. 
Princípios Orçamentários – Clareza / Inteligibidade 
Estabelece que o orçamento deve ser apresentado em uma linguagem clara e compreensível a todos que 
precisam ou se interessam por acompanhá-lo. 
 
Entretanto, considerando a atual complexidade inerente ao orçamento, que agrega informações financeiras, 
legais, administrativas, contábeis e de planejamento, sem falar num pano de fundo político, é difícil trazer à 
realidade o cumprimento desse princípio. 
41 | 215 
CLAREZA/ INTELIGIBILIDADE 
Uma sugestão do prof. Giacomoni é a elaboração de peças comentadas sobre a programação orçamentária, a 
partir de anexos da LOA. Dessa forma, se o orçamento em si não pode ter sua linguagem simplificada, pela 
natural necessidade de codificação, pelo menos se disponibilizaria uma forma paralela de se compreender a 
complexidade de seu conteúdo. 
 
Isso foi adotado na esfera federal a partir do ano de 2010, na elaboração do orçamento de 2011: além da 
proposta “técnica” de orçamento, foi editada uma cartilha especial, chamada “Orçamento Federal ao Alcance 
de Todos”, que busca expor, de forma mais amigável, como deve se dar a aplicação de recursos federais nas 
diferentes áreas do governo, durante o exercício. 
 
Publicação do “Orçamento Federal ao Alcance de Todos 2014” está no link 
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/sof/publicacoes/Revista_OFAT_2014.pdf 
Princípios Orçamentários – Clareza / Inteligibidade 
42 | 215 
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO 
ESTORNO 
Princípios Orçamentários – Princípio da vedação do estorno 
Este princípio está expressamente previsto no art. 167, VI da CF, significa que o administrador público não 
pode remanejar, transferir verbas de um setor ou de um órgão para outro. 
 
Quando houver insuficiência ou carência de verbas deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito 
suplementar ou especial, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. 
Proíbe a transferência de recursos de uma dotação 
para outra, sem que haja para tanto uma prévia 
autorização legislativa. (CF/88, art. 167, VI) 
43 | 215 
UNIDADE DE CAIXA/ TESOURARIA 
Princípios Orçamentários - Unidade de caixa/ Tesouraria 
 
 
Obriga que os entes públicos recolham o produto de sua arrecadação em uma Conta Única, com a finalidade de 
facilitar a administração e melhor controle e fiscalização da aplicação desses recursos. 
 
Esse caixa único – CUTN – abriga todas as receitas públicas. 
 
Este princípio reza que os recursos do governo devem ser recolhidos em conta únicafacilitando a 
administração e o controle. Não deve ser confundido com o princípio da unidade orçamentária. 
 
No âmbito da União, este princípio é obedecido pela criação da Conta Única do Tesouro Nacional. Esta conta é 
mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco do Brasil S.A. (seu agente financeiro) e 
administrada pela STN – Secretaria do Tesouro Nacional. 
 
 
UNIDADE DE = CAIXA ÚNICO = CONTA CONTÁBIL 
 CAIXA DO TESOURO ÚNICA 
 
(Art. 164, § 3º, CF/88 + art. 56, Lei nº 4.320/64) 
44 | 215 
UNIDADE DE CAIXA/ TESOURARIA 
Depreende-se, portanto, que os valores arrecadados pelo governo devem ser contabilizados em uma única 
conta caixa, evitando-se, dessa forma, a existência de caixas paralelos, fracionados. 
 
CF/88 
 
Art. 164 § 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
 
LEI 4.320/64 
 
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de 
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. 
Princípios Orçamentários - Unidade de caixa/ Tesouraria 
UNIDADE DE = CAIXA ÚNICO = CONTA CONTÁBIL 
 CAIXA DO TESOURO ÚNICA 
 
(Art. 164, § 3º, CF/88 + art. 56, Lei nº 4.320/64) 
45 | 215 
INTRODUÇÃO 
O Estado para fazer face às suas obrigações, necessita de recursos que podem ser obtidos junto à coletividade 
(Auferição de Receitas) ou através do endividamento Público (Criação de Crédito Público/Operações de 
Crédito). 
 
O Conjunto desses recursos é que se chama RECEITA PÚBLICA. 
 
É através dela que o Estado poderá atender às demandas diversas da sociedade, como saúde, educação, 
segurança e etc. 
Receita Pública 
46 | 215 
RECEITA 
PÚBLICA 
Sentido Amplo 
lato sensu 
Os ingressos de recursos financeiros nos cofres do 
Estado denominam-se Receitas Públicas, registradas 
como orçamentárias, quando representam 
disponibilidades de recursos financeiros para o erário, 
ou ingressos extra-orçamentários, quando representam 
apenas entradas compensatórias. 
Chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias* 
 
*O MCASP – 7ª edição adota a definição no sentido 
estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo 
“Receita Pública”, implica referência às “Receitas 
Orçamentárias” 
Sentido Estrito 
strictu sensu 
CONCEITO 
Receita Pública 
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Para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, TODO INGRESSO DE RECURSOS FINANCEIROS É 
RECEITA (sentido amplo). 
 
Mesmo quando o recurso recebido não pertença à entidade e precise posteriormente ser devolvido ao seu 
proprietário à RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA. 
 
Todavia, as Receitas Extraorçamentárias por serem apenas entradas de recursos com caráter devolutivo não são 
consideradas receitas (sentido estrito), tendo em vista que são registradas como receitas somente para 
controle e posterior devoluções. 
 
FIQUE ATENTO! 
Receita Pública 
48 | 215 
Classificação das Receitas 
1)  Quanto à NATUREZA; 
2)  Quanto à CATEGORIA ECONÔMICA; 
3)  Quanto à REGULARIDADE (uniformidade); 
4)  Quanto à COERCITIVIDADE/PROCEDÊNCIA; 
5)  Quanto à AFETAÇÃO PATRIMONIAL (impacto no patrimônio). 
A RECEITA pode ser classificada segundo diferentes critérios, quais sejam: 
Receita Pública 
49 | 215 
RECEITA PÚBLICA 
ORÇAMENTÁRIA EXTRAORÇAMENTÁRIA 
1- Quanto à NATUREZA, as receitas públicas (sentido amplo) podem ser classificadas em: 
Receita Pública 
50 | 215 
Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público, aumentam-lhe o saldo 
financeiro, e, via de regra, por força do princípio orçamentário da universalidade, estão previstas na Lei 
Orçamentária Anual – LOA. 
 
Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência 
formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não lhes retira o caráter de orçamentárias, 
haja vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, determinar classificar-se como receita orçamentária toda receita 
arrecadada que porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de 
operações de crédito, exceto: operações de crédito por antecipação. 
 
ORÇAMENTÁRIAS 
Receita Pública - Orçamentárias 
51 | 215 
Observe o aspecto jurídico quanto à propriedade do ingresso financeiro (QUEM É O “DONO” DESSE 
RECURSO?) 
 
Para ser uma receita orçamentária o ingresso precisa pertencer à entidade que o recebe, mesmo que haja uma 
correspondente obrigação passiva de pagamento. 
DICA! 
Receita Pública - Orçamentárias 
52 | 215 
A matéria pertinente à receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e no art. 35 da Lei nº 
4.320/1964: 
Receitas Orçamentárias 
“Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-
moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.” 
 
“Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas 
próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.” 
 
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas.” 
Receita Pública – Receitas Orçamentárias 
53 | 215 
R: NÃO à Nos termos do art. 57 da Lei nº 4.320/64, 
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º(ARO) desta lei serão classificadas como receita 
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações 
de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. 
Ex: a omissão da previsão de determinado imposto na LOA, em razão de erro, não ensejará a sua classificação 
como extra-orçamentária; 
Para definir uma receita como orçamentária o relevante é saber se a sua natureza é Orçamentáriaà ($ que 
entra e o Poder Público pode gastar porque lhe pertence, estando ou não estimado na LOA) 
São receitas orçamentárias apenas os valores passíveis de previsão? 
Receita Pública – Receitas Orçamentárias 
54 | 215 
São os recursos arrecadados pelo Estado, mas que geram um passivo, ou seja, terão que ser restituídos, 
posteriormente, uma vez que pertencem a terceiros e constituem simples ingressos financeiros e transitórios no 
caixa do ente, destinados ao pagamento de despesas extraorçamentárias/desembolsos extraorçamentários. 
 
Assim, são receitas que não estão previstas no orçamento. 
Exs: Depósitos diversos, Restos a pagar, Aro, etc. 
Extraorçamentárias/ Ingressos Extraorçamentários 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
55 | 215 
Uma RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA/INGRESSO EXTRAORÇAMENTÁRIO pode vir a incorporar 
definitivamente o PATIMÔNIO PÚBLICO. 
É uma espécie de metamorfose da RECEITA, ou seja, RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA/INGRESSO 
EXTRAORÇAMENTÁRIO que se transforma em ORÇAMENTÁRIA. 
EX: Fiança bancária depositada por um contratado da Administração Pública como garantia de execução do 
contrato. Caso haja aplicação de penalidade em virtude de descumprimento de cláusula contratual, a 
Administração Pública deve reter o valor a seu favor e recolher a CUTN. 
IMPORTANTE! 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
56 | 215 
Consiste em ingressos financeiros transitórios e decaráter temporário, que serão restituídos no futuro sob a forma 
de despesas extraorçamentárias/desembolsos extraorçamentários, provocando o surgimento de passivos 
financeiros, uma vez que não pertencem ao Estado e não integram o orçamento, pois são créditos de terceiros, 
que a caixa do Tesouro acolhe como simples depositário. 
($ que entra e o Poder Público não pode gastar porque ele é apenas um fiel depositário) 
Receitas extraorçamentárias/ Ingressos extraorçamentários 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
57 | 215 
Para bem entender isso, considere que o caixa também recebe recursos que não pertencem ao ente público, de 
sorte que não podem ser utilizados para custear despesas orçamentárias. 
São recursos que deverão, de alguma forma, ser devolvidos posteriormente - razão pela qual se chamam, 
tecnicamente, de entradas compensatórias. 
O ente público age, nessas ocasiões, apenas como depositário dos valores. 
Receitas extraorçamentárias/ingressos extraorçamentários são entradas compensatórias no ativo e no 
passivo financeiros, de caráter devolutivo, que não precisam de autorização legislativa para sua arrecadação, e 
não são utilizadas para cobrir despesas orçamentárias. 
A STN prefere a utilização do termo "ingressos extraorçamentários", ao invés de receitas extraorçamentárias, 
para deixar bem claro que essas operações não afetam em nada o patrimônio público. (MCASP – 7ª edição) 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
Receitas extraorçamentárias/ Ingressos extraorçamentários 
58 | 215 
INGRESSOS 
EXTRAORÇAMENTÁRIOS 
INGRESSO DE 
VALORES NOS 
COFRES PÚBILCOS 
RECEITAS 
ORÇAMENTÁRIAS³ 
(RECEITAS PÚBLICAS) 
INGRESSOS EXTRA-
ORÇAMENTÁRIOS 
São recursos financeiros de caráter temporário e não 
integram a Lei Orçamentária Anual. 
 
O Estado é mero depositário desses recursos, que 
constituem passivos exigíveis e cujas restituições não 
se sujeitam à autorização legislativa. 
 
Exemplos: Depósitos em caução, Fianças, Operações 
de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – 
ARO, Emissão de moeda e outras entradas 
compensatórias no ativo e passivo financeiros. 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
59 | 215 
EXEMPLOS: 
Depósitos diversos (Depósitos em caução, depósitos judiciais) à são as Receitas que entram no Estado por 
determinação legal ou contratual, mas que pela sua natureza deverão, em regra, ser devolvidos. 
 
Exemplificando: recebimento de caução em dinheiro para garantia de contrato, o fornecedor deposita um 
montante na conta bancária do governo, no entanto este recurso não pertence ao E, assim no momento de 
contabilizar esta receita será registrado um débito no banco e em contrapartida um crédito em conta do passivo, 
evidenciando o caráter devolutivo do recurso. 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
Receitas extraorçamentárias/ Ingressos extraorçamentários 
60 | 215 
•  Cauções em dinheiro recebidas; 
•  Depósitos; 
•  Consignações (Retenções na fonte); 
•  RP do exercício, para compensar sua inclusão na Despesa Orçamentária; 
•  Os demais valores ou ingressos de recursos financeiros, obtidos em caráter temporário com características de transitoriedade 
e classificação da obrigação no passivo; 
•  ARO – operações de crédito por antecipação da receita orçamentária. 
 
Obs: As operações de crédito por ARO são receitas extraorçamentárias/ingressos extraorçamentários, conforme artigo 3º da Lei 
4320/64. 
 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as 
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. 
Receita Pública – Extraorçamentárias 
Exemplos de receitas extraorçamentárias e de ingressos extraorçamentários 
61 | 215 
2- Quanto à CATEGORIA ECONÔMICA, as receitas ORÇAMENTÁRIAS podem ser classificadas em: 
RECEITAS CORRENTES 
(Receitas Primárias) 
RECEITAS DE CAPITAL 
(Receitas Secundárias) 
Essa é uma classificação da L. 4.320/64 
Art. 11- A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital 
CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 
1 RECEITAS CORRENTES 
2 RECEITAS DE CAPITAL 
Classificação Econômica da Receita 
62 | 215 
RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 
1- impostos, taxas e contribuições de melhoria 
(TRIBUTÁRIAS) 
1- OPERARAÇÕES DE CRÉDITO 
2- CONTRIBUIÇÕES 2- ALIENAÇÃO DE BENS 
3- PATRIMONIAIS 3- AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIM. 
4- AGROPECUÁRIAS 
5- INDUSTRIAIS 
6- SERVIÇOS 
7- TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 4- TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
9- OUTRAS RECEITAS CORRENTES 5- OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 
A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “RC” e “RK”, com vistas a identificar a natureza da 
procedência das receitas no momento em que ingressam no Orçamento Público. 
Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são: 
Classificação Econômica da Receita 
63 | 215 
Esquema da Classificação das 
Receitas Públicas, incorporando-se 
Categoria Econômica e Origem: 
(impostos, taxas e contribuições de melhoria) 
Classificação Econômica da Receita 
82 | 215 
64 | 215 
ORDINÁRIAS 
São aquelas que ingressam com regularidade, 
constituindo-se assim como fonte regular e 
permanente de recursos financeiros destinados à 
consecução da atividade financeira do Estado. 
Representam os ingressos permanentes e estáveis do 
Tesouro, arrecadados regularmente em cada período 
financeiro, ou seja, possuem características de 
continuidade, servindo de fonte perene de recursos ao 
Estado. 
Ex: receita tributária. 
 
EXTRAORDINÁRIAS 
Representam os ingressos de caráter não-continuado 
e, por consequência, inconstante, excepcional, 
temporário, provenientes de calamidade pública, 
guerras e doações, entre outros. 
São receitas eventuais, não-regulares. 
Ex: as receitas provenientes da arrecadação de impostos 
lançados por motivo de guerra, os empréstimos 
compulsórios, heranças e outros. 
Quanto à REGULARIDADE (uniformidade), as receitas podem ser classificadas em: 
Classificação Econômica da Receita - Regularidade 
65 | 215 
ORIGINÁRIAS 
(ou de direito privado ou de economia privada) 
Aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. 
Resultariam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de 
preços públicos/tarifas, de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários. 
Em resumo, o E atua como particular por meio da exploração de atividades privadas. São receitas 
contratuais, negociais, obtidas de forma voluntária e espontânea, que não dependam de prévia autorização legal, 
ficando o Estado em “pé de igualdade com o particular”. Para obter essas receitas, a Administração Pública não 
usa da coerção, da força ou do poder de Império. 
Obs: A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em Originárias e Derivadas. Essa 
classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da 
receita pelo Poder Público. 
Classificação Econômica da Receita - Procedência 
66 | 215 
DERIVADAS 
(ou de direito público ou de economia pública) 
Receita obtida pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorrem de imposição constitucional ou legal e, por isso, 
auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais. 
Deriva da prevalência do E sobre o particular, caracterizando-se por sua exigência coercitiva, obrigatória e compulsória.Em resumo, são as que derivam do patrimônio da sociedade, ou seja, o governo obtém-nas tributando a sociedade em função de 
sua soberania, por meio de Tributos, Penalidades, Indenizações e Restituições. 
Nesse caso, o contribuinte é obrigado a arcar com elas, não havendo negócios, contratos ou ajustes. O cidadão deve pagar, 
simplesmente porque tem capacidade contributiva e, ao arrecadar, o E o faz em nome da coletividade, materializando a 
supremacia do interesse público sobre o particular. 
Obs: A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em Originárias e Derivadas. Essa 
classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da 
receita pelo Poder Público. 
Classificação Econômica da Receita - Procedência 
67 | 215 
Efetiva 
Aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. 
Constitui fato contábil modificativo aumentativo. 
Não-efetiva ou por mutação patrimonial 
Aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do reconhecimento do crédito e, por isso, 
constitui fato contábil permutativo, como é o caso das operações de crédito. 
Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a receita pode ser: 
Classificação Econômica da Receita – Afetação patrimonial 
68 | 215 
1º dígito: indica a Categoria Econômica; 
2º dígito: indica a Origem; 
3º dígito: indica a Espécie; 
4º dígito: indica a Rubrica; 
5º e 6º dígitos: indicam a Alínea; 
7º e 8º dígitos: indicam a Subalínea. 
 
Classificação da Receita Orçamentária por Natureza (Classificação 
antiga) 
C. O. E. R. AA. SA (8 DÍGITOS) 
69 | 215 
1 . 1 . 1 . 2. 04. 10 (exemplo IR – PF) 
1º dígito: Receita Corrente; 
2º dígito: Receita Tributária; 
3º dígito: Impostos; 
4º dígito: Impostos sobre patrimônio e renda; 
5º e 6º dígitos: Impostos sobre a renda e prov. De qq natureza; 
7º e 8º dígitos: Pessoas Físicas. 
 
Classificação da Receita Orçamentária por Natureza (Classificação 
antiga) 
C. O. E. R. AA. SA (8 DÍGITOS) 
70 | 215 
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO ESPECIFICAÇÃO 
CATEGORIA ECONÔMICA 1.000.00.00 Receitas Correntes 
ORIGEM 1.100.00.00 Receita Tributária 
ESPÉCIE 1.110.00.00 Impostos 
RUBRICA 1.113.00.00 Impostos sobre produção a circulação. 
ALÍNEA 1.113.02.00 ICMS 
SUBALÍNEA 1.113.02.01 Parte do Estado 
SUBALÍNEA 1.113.02.02 Parte dos Municípios 
Codificação Atualizada da Natureza da Receita 
A classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso segundo o seu fato 
gerador. A tabela acima explicita a estrutura de codificação dessa classificação com as rubricas específicas, 
baseando-se em um exemplo didático. 
 
EXEMPLO: 1.113.02.02 
71 | 215 
1º dígito: indica a Categoria Econômica; 
2º dígito: indica a Origem; 
3º dígito: indica a Espécie; 
4º, 5º, 6º e 7º dígitos: indicam os Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita; 
8º dígito: indica o Tipo. 
C. O. E. D. DD. D.T (8 DÍGITOS) 
Classificação da Receita Orçamentária por Natureza (Classificação 
antiga) 
72 | 215 
1 . 1 . 1 . 3.01.1. 1 (exemplo IR – PF) 
1º dígito: Receita Corrente; 
2º dígito: Receita impostos, taxas e contribuições de melhoria; 
3º dígito: Impostos; 
4º, 5º, 6º e 7º dígitos: Impostos Sobre A Renda De Pessoa Física - IRPF; 
8º dígito: Principal. 
C. O. E. D. DD. D.T (8 DÍGITOS) 
Classificação da Receita Orçamentária por Natureza (Classificação 
antiga) 
73 | 215 
A classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso segundo o seu fato 
gerador. A tabela acima explicita a estrutura de codificação dessa classificação com as rubricas específicas, 
baseando-se em um exemplo didático. 
EXEMPLO: 1.113.02.02 
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO ESPECIFICAÇÃO 
CATEGORIA ECONÔMICA 1.000.00.00 Receitas Correntes 
ORIGEM 1.100.00.00 Receita Impostos, Taxas e Contribuições 
de melhoria 
ESPÉCIE 1.110.00.00 Impostos 
DDDD 1.113.01.1.0 Impostos sobre a renda de pessoa física - 
IRPF 
TIPO 1.113.01.1.1 Principal 
Classificação da Receita Orçamentária por Natureza (Classificação 
antiga) 
74 | 215 
PLANEJAMENTO 
Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da 
LOA resultante de metodologias de projeções usualmente adotadas, observada as 
disposições constantes na LRF. 
EXECUÇÃO 
A realização da receita se dá em três estágios: o lançamento, a arrecadação e o 
recolhimento. 
CONTROLE E AVALIAÇÃO 
Etapas da Receita Orçamentária 
P 
E 
C 
75 | 215 
A Receita Pública, desde a sua previsão até o seu ingresso efetivo nos cofres públicos, passa em regra por quatro 
fases, denominadas estágios, quais sejam: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. 
Estágios da RECEITA segundo a Lei nº 4.320/64 
 
Previsão à Estimativa da Receita (Art. 30) (1º Estágio) 
Lançamento à Fase em que se identifica o contribuinte, FG, etc. (Art. 52 e 53) (2º Estágio) 
Arrecadação à Momento em que o contribuinte quita sua obrigação fiscal junto ao agente arrecadador 
(Art. 55) (3º Estágio) 
Recolhimento à Entrega do montante arrecadado ao Tesouro Público (Conta Única do Tesouro) pelo 
agente arrecadador (Art. 56) (4º Estágio) 
 
 
P
L
A
R
Estágios da Receita Pública Orçamentária 
76 | 215 
Estágios da Receita Pública Orçamentária 
(1º Estágio) Previsão à implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na 
proposta orçamentária. 
Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e legais correlatas e, em especial, com as 
disposições constantes na LRF. 
LRF 
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na 
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e 
serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois 
seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas orçamentárias busca assimilar o comportamento da 
arrecadação de determinada receita em exercícios anteriores, a fim de projetá-la para o período seguinte, com o 
auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. A busca deste modelo dependerá do comportamento da série 
histórica de arrecadação e de informações fornecidas pelos órgãos orçamentários ou unidades arrecadadoras 
envolvidos no processo. 
77 | 215 
(1º Estágio) Previsão à 
A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do montante de despesas que irão constar nas leis de 
orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do governo. 
Chamada normalmente de receita orçada, é a estimativa (expectativa) de arrecadação da receita constante da 
LOA. Por meio dessa estimativa, o Governo planeja e define os gastos que irão compor a LOA, no que diz 
respeito à fixação das despesas. 
Essa fase ocorre durante a elaboração e apreciação do projeto de lei do orçamento. 
Trata-se, portanto, de uma etapa anterior à execução da LOA. 
O Anexo I do MCASP apresenta, a título exemplificativo, algumas fórmulas de projeção e as correspondentes 
hipóteses nas quais elas seriam utilizadas. 
Estágios da Receita Pública Orçamentária 
78 | 215 
(2º Estágio) Lançamento à O lançamento é a identificação do devedor ou da pessoa do contribuinte. 
Rt. 53 da Lei nº 4.320/64 define o “lançamento da receita como o ato da repartição competente que verifica a 
procedência do crédito fiscal, a pessoa devedora e inscreve o débito dela” 
 
QUEM DEVE? QUANTODEVE? QUANDO DEVERÁ PAGAR? 
Segundo o Código Tributário Nacional, art. 142, lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Tendo 
ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito da fazenda pública em 
contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa. 
Algumas receitas não percorrem o estágio do lançamento, conforme se depreende do art. 52 da Lei nº 
4.320/1964: 
São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, 
regulamento ou contrato. 
Estágios da Receita Pública Orçamentária 
79 | 215 
(3º Estágio) Arrecadação à Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes 
ou devedores , por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. 
 
A arrecadação se dá quando o contribuinte vai até os agentes arrecadadores (repartições fiscais e redes 
bancárias autorizadas) e faz o pagamento do carnê-leão, da guia do IPTU ou da Previdência Social, por exemplo. 
É o comparecimento do contribuinte ao agente arrecadador, a fim de extinguir a sua obrigação com o Estado. 
 
É nesse estágio que a receita é considerada realizada, nos termos da Lei nº 4.320/64, o que representa a adoção 
do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas. 
Estágios da Receita Pública Orçamentária 
80 | 215 
(4º Estágio) Recolhimento à É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela 
administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade de Caixa. 
O recolhimento compreende a entrega, diariamente, do produto da arrecadação pelas referidas repartições e estabelecimentos 
bancários ao Banco do Brasil para crédito da Conta Única do Tesouro Público, mantida no Banco Central e operacionalizada pelo 
Banco do Brasil. 
Tal recolhimento à conta única do ente é uma exigência do princípio da Unidade de Caixa (ou Unidade de Tesouraria), que está 
expresso no art. 56 da Lei nº 4.320/64: 
o recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer 
fragmentação para a criação de caixas especiais. 
 
ATENÇÃO!!! 
Somente mediante o recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estarão efetivamente disponíveis 
para utilização pelos gestores, de acordo com a programação que for estabelecida. 
Estágios da Receita Pública Orçamentária 
81 | 215 
Cronologia das etapas a Receita Orçamentária 
Em termos didáticos, a ordem das etapas da Receita Pública Orçamentária é a seguinte: 
Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento 
METODOLOGIA CAIXAS BANCOS UNIDADES DE CAIXA 
CLASSIFICAÇÃO POR 
NATUREZA DA RECEITA 
DESTINAÇÃO 
82 | 215 
INTRODUÇÃO 
Despesa Orçamentária - Despesa Pública 
Para o setor público, a LOA é de vital importância, pois é ela quem fixa a despesa pública autorizada para um 
exercício financeiro. 
 
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e 
manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. 
 
Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraorçamentários. 
83 | 215 
DESPESA 
PÚBLICA 
Sentido Amplo 
lato sensu 
Abrangem além das despesas orçamentárias, as 
despesas extraorçamentárias, que são representadas 
pelas devoluções de recursos de terceiros, pelas 
operações de crédito por antecipação de receita e pelos 
pagamentos de restos a pagar e consignações diversas. 
São as despesas orçamentárias, que somente poderão 
ser executadas se estiverem autorizadas na lei 
orçamentária anual ou nas leis de créditos adicionais, e 
caracterizam os gastos que o governo realiza para 
atender as necessidades da população. 
Sentido Estrito 
strictu sensu 
CONCEITO 
Despesa Orçamentária - Despesa Pública 
84 | 215 
Despesa Orçamentária - Classificação das Despesas 
A DESPESA pode ser classificada segundo diferentes critérios, quais sejam: 
1- Quanto à INCLUSÃO no Orçamento; 
2- Quanto à CATEGORIA ECONÔMICA; 
3- Quanto à REGULARIDADE (uniformidade); 
4- Quanto à AFETAÇÃO PATRIMONIAL(impacto no patrimônio); 
5 – Classificação INSTITUCIONAL; 
6 – Classificação FUNCIONAL; 
7- Classificação PROGRAMÁTICA; 
8- Quanto à NATUREZA. 
85 | 215 
ORÇAMENTÁRIAS 
É toda transação que depende de autorização 
legislativa, na forma de consignação de dotação 
orçamentária, para ser efetivada. 
São as despesas fixadas na LOA ou na lei de 
créditos adicionais abertos durante o exercício. 
Devem obedecer as fases da despesa: fixação, 
empenho, liquidação e pagamento. 
EXTRAORÇAMENTÁRIAS 
Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na LOA 
ou em créditos adicionais compreendendo determinadas 
saídas de numerários decorrentes de restituições de cauções, 
depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de 
operações de crédito por ARO e recursos transitórios. 
Representam a saída de recursos financeiros transitórios, 
anteriormente registrados como receita extraorçamentária. As 
despesas extraorçamentárias não necessitam de autorizações 
orçamentárias para se efetivarem, pois não são propriedades 
dos órgãos públicos. 
1- Quanto à INCLUSÃO no Orçamento, as despesas podem ser classificadas em: 
Despesa Orçamentária – Inclusão no Orçamento 
86 | 215 
DESPESAS CORRENTES 
 
Essa é uma classificação da L. nº 4.320/64 
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: 
DESPESAS CORRENTES 
Despesas de Custeio 
Transferências Correntes 
DESPESAS DE CAPITAL 
Investimentos 
Inversões Financeiras 
Transferências de Capital 
DESPESAS DE CAPITAL 
2- Quanto à CATEGORIA ECONÔMICA, as despesas ORÇAMENTÀRIAS podem ser classificadas em: 
Despesa Orçamentária – Classificação Econômica das Despesas 
87 | 215 
Todavia a STN, na qualidade de órgão central de CONTABILIDADE e integrante do MINISTÉRIO DA FAZENDA, 
bem como a SOF, órgão do Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão – MPOG, estabeleceram em suas 
portarias uma classificação mais moderna e obrigatória para todos os entes da Federação, cujo objetivo é 
uniformizar procedimentos para fins de consolidação nacional das contas públicas. 
TOME NOTA! 
Despesa Orçamentária – Classificação Econômica das Despesas 
88 | 215 
 
Essa é uma classificação da STN 
DESPESAS CORRENTES 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
3 – Outras despesas correntes 
 
DESPESAS DE CAPITAL 
4 – Investimentos 
5 – Inversões financeiras 
6 – Amortização da dívida 
2- Quanto à CATEGORIA ECONÔMICA, as despesas ORÇAMENTÁRIAS podem ser classificadas em: 
Despesa Orçamentária – Classificação Econômica das Despesas 
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL 
89 | 215 
ORDINÁRIAS 
São as despesas destinadas a manutenção 
contínua dos serviços públicos e, por isso, se 
repetem em todos os exercícios. 
Ex: serviço de terceiro, material de consumo, 
encargos, etc. 
EXTRAORDINÁRIAS 
São as despesa de caráter esporádico ou 
excepcional, provocadas por circunstâncias 
especiais e inconstantes e, por isso, não aparecem 
todos os anos nas dotações orçamentárias. 
Ex: guerra, comoção interna, enchentes, etc. 
3- Quanto à REGULARIDADE (uniformidade), as despesas podem ser classificadas em: 
Classificação das Despesas - Regularidade 
90 | 215 
EFETIVAS 
Aquelas que, no momento de sua realização, 
reduzem a situação líquida patrimonialda 
entidade, alterando o patrimônio público, já que 
contribuem para o seu decréscimo, provocando 
um fato contábil modificativo diminutivo, sem a 
respectiva produção de mutação patrimonial. 
Ex: As despesas correntes, regra geral, são 
despesas efetivas (pessoal, encargo sociais, juros, 
aluguéis, etc.) 
NÃO EFETIVAS OU POR MUTAÇÕES 
PATRIMONIAIS 
Aquelas que, no momento da sua realização, não 
provocam alteração no patrimônio público, já que 
possuem como fundamento um fato contábil 
permutativo , const i tuindo-se em alterações 
compensatórias por meio de mutações nos elementos 
patrimoniais. 
Ex: Em regra, as despesas de capital são despesas 
não efetivas (investimentos, inversões financeiras, 
amortização da dívida, outras despesas de capital. 
4- Quanto à AFETAÇÃO PATRIMONIAL (impacto no patrimônio), as despesas podem ser classificadas em: 
Classificação das Despesas – Afetação Patrimonial 
91 | 215 
EFETIVAS 
Em geral, é despesa corrente – DC. 
Entretanto, pode haver DC não efetiva como, 
por exemplo: 
•  despesa com a aquisição de materiais para 
estoque; e 
•  despesa com adiantamentos (Suprimentos 
de Fundos). 
Que representam fatos permutativos. 
NÃO EFETIVAS OU POR MUTAÇÕES 
PATRIMONIAIS 
Normalmente se enquadra como despesa de 
capital - DK. 
Entretanto, há DK que é efetiva como, por exemplo: 
•  transferências de capital, que causam variação 
patrimonial diminutiva 
Por isso, classificam-se como despesa efetiva. 
4- Quanto à AFETAÇÃO PATRIMONIAL (impacto no patrimônio), as despesas podem ser classificadas em: 
Classificação das Despesas – Afetação Patrimonial 
92 | 215 
Essa classificação informa o ÓRGÃO, a ENTIDADE ou INSTITUIÇÃO (UNIDADE ORÇAMENTÁRIA) que executa a despesa, quem faz o 
gasto. 
 
Essa classificação reflete a estrutura organizacional do ente, pois precisa informar onde os créditos orçamentários foram alocados para 
serem utilizados. 
 
O código da classificação institucional compõe-se de um grupo de cinco dígitos (geralmente), onde os dois primeiros identificam o órgão e 
os três (ou dois*) últimos a unidade orçamentária ou sub-Órgão. (*) 
 
(*) A classificação institucional não segue um número obrigatório de dígitos. Na esfera estadual e municipal geralmente é representada por 
um grupo de quatro dígitos, onde os dois primeiros evidenciam Órgão e os dois últimos o sub-Órgão; já na esfera federal, compõe-se de 
cinco dígitos. 
 
Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da LOA ou da abertura de crédito especial. 
 
1º2º 3º4º5ºDÍGITOS 
XX . XXX 
Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária 
Prefeitura Secretarias 
Congresso Nacional Câmara e Senado Federal 
 
Classificação Institucional (QUEM?) 
93 | 215 
A classificação institucional identifica (reflete) quem são as estruturas responsáveis pela execução da despesa, 
a estrutura de alocação dos créditos orçamentários. Essa classificação está estruturada em dois níveis 
hierárquicos, apontando-se o órgão orçamentário e a unidade orçamentária, subordinada àquele. 
 
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que 
serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). 
 
Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias 
 
A classificação institucional tem por objetivo demonstrar quanto cada órgão ou unidade orçamentária está 
autorizado a gastar num determinado exercício financeiro com base nos créditos fixados no orçamento. 
Classificação Institucional (QUEM?) 
94 | 215 
A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando responder 
basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. 
 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42/1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é 
composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de 
ação governamental nas três esferas de Governo. 
 
Trata-se de classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. 
 
A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três 
últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do 
setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. 
Classificação Funcional (ONDE?) 
95 | 215 
A classificação funcional informa em que área de ação governamental a despesa será realizada. 
 
Está estruturada em dois níveis de agregação: FUNÇÕES e SUBFUNÇÕES. 
 
Ela é de aplicação comum e obrigatória para todos os entes da Federação, permitindo a consolidação 
nacional dos gastos do setor público. 
 
Sua codificação é composta por 5 dígitos: os 2 primeiros referem-se à FUNÇÃO e os 3 últimos referem-se à 
SUBFUNÇÃO. 
 
 
 
DÍGITOS IDENTIFICAÇÃO 
1º e 2º Função 
3º, 4º e 5º Sub função 
FUNÇÃOà Ex: educação 
SUBFUNÇÃO à Ex: ensino fundamental 
XX.XXX 
Classificação Funcional (ONDE?) 
96 | 215 
1. Categoria econômica; 
2. Grupo de natureza da despesa; 
3. Modalidade de aplicação; 
4. Elemento de despesa; 
5. Desdobramento do elemento (facultativo). 
C. G. MM. EE. DD 
Classificação das despesas – Quanto à natureza 
Quanto à NATUREZA, as despesas podem ser classificadas em: 
Atualmente, a classificação pela natureza da despesa é composta por: 
97 | 215 
Grupo: É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, 
conforme discriminado a seguir: 
 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
2 – Juros e Encargos da Dívida Integrantes da despesa corrente. 
3 – Outras despesas correntes 
 
4 – Investimentos 
5 – Inversões financeiras Todos referentes às despesas de capital. 
6 – Amortização da dívida 
Classificação das despesas – Quanto à natureza 
98 | 215 
CATEGORIA ECONÔMICA – 1º NÍVEL GRUPO DA NATUREZA DA DPS. – 2º NÍVEL 
 
3 – DESPESA CORRENTE 
1- Pessoal e Encargos Sociais 
2- Juros e Encargos da Dívida 
3- Outras Despesas Correntes 
 
4 – DESPESA DE CAPITAL 
4- Investimentos 
5- Inversões Financeiras 
6- Amortização Pública 
Classificação das despesas – Quanto à natureza 
99 | 215 
Assim, uma DESPESA que possui sua 
classificação de natureza: 
 4.6.XX.XX.XX 
 
-  Quanto à CATEGORIA ECONÔMICA: DK; 
-  Quanto ao GRUPO: AMORTIZAÇÃO DA 
DÍVIDA. 
Classificação das despesas – Quanto à natureza 
100 | 215 
A seguir, em exemplo (meramente didático). 
1)  Construção de uma escola 
 4. 4. 90. 52. XX 
Quanto à NATUREZA, as despesas podem ser classificadas em: 
Desdobramento do elemento 
Elemento de despesa: Equip. e Mat. Perm. 
Modalidade de Aplicação: direta 
Grupo: investimento 
Categoria econômica: de capital 
Classificação das despesas – Quanto à natureza 
101 | 215 
Reconhecimento da Despesa Orçamentária 
A Lei nº 4.320/1964 estabelece que pertencem ao exercício financeiro as despesas nele legalmente 
empenhadas: 
 
LEI 4.320/64 
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas. 
 
Observa-se que o ato da emissão do empenho, na ótica orçamentária, constitui a despesa orçamentária e o 
passivo financeiro para fins de cálculo do superávit financeiro. 
Os registros contábeis, sob a ótica do Plano de Contas Aplicadoao Setor Público, são os seguintes: 
102 | 215 
Receitas 
ARRECADADAS 
 
 
Despesas 
EMPENHADAS COMPETÊNCIA 
REGIME MISTO 
(enfoque orçamentário) 
CAIXA 
Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime Contábil 
A contabilidade aplicada ao setor público mantém um 
processo de registro apto para sustentar o dispositivo 
legal do regime da receita orçamentária, de forma que 
atenda a todas as demandas de informações da 
execução orçamentária, conforme dispõe o art. 35 da 
Lei nº 4.320/1964: 
 
Sob Enfoque Orçamentário: 
 
Segundo o Art. 35 da Lei 4.320/64, pertencem ao 
exercício financeiro: 
 
I.  As receitas nele arrecadadas; e 
II.  As despesas nele legalmente empenhadas. 
103 | 215 
PLANEJAMENTO 
Compreende a fixação de gastos orçamentários constantes da LOA resultante das 
metodologias de projeções usualmente adotadas na estimativa da receita, 
observada as disposições constantes na LRF. 
EXECUÇÃO 
A realização da despesa se dá em três estágios: o empenho, a liquidação e o 
pagamento. 
CONTROLE E AVALIAÇÃO 
Etapas da Receita Orçamentária 
P 
E 
C 
104 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
Apesar de haver certa divergência quanto aos estágios da despesa, a doutrina majoritária entende que a 
legislação prevê quatro estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Sendo estágios da 
execução: empenho, liquidação e pagamento. 
F
E
L
P
Estágios da DESPESA segundo a Lei 4.320/64 
Fixação à Visa os limites de gastos (dotação) (1º estágio) 
Empenho à Comprometimento da dotação orçamentária (Art. 58 a 61) (2º estágio) 
Liquidação à Verificação do direito adquirido pelo credor do emprenho e consequente 
assunção de compromisso a pagar (Art. 62 e 63) (3º estágio) 
Pagamento à Extinção da obrigação de pagar (Art. 64 e 65) (4º estágio) 
105 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
(1º Estágio) Fixação ou Dotação à Estágio consagrado pela doutrina em virtude de interpretação de 
dispositivos constitucionais, como os que vedam a concessão de créditos ilimitados e a realização de despesas 
que excedam os créditos orçamentários e adicionais (art.167, II e VII, da CF/88). 
 
Essa etapa da despesa consiste na autorização dada pelo PL ao PE, mediante a fixação de dotações 
orçamentárias aprovadas na LOA, que possibilitam a execução de programas pelos órgãos e unidades 
orçamentárias, concedendo ao ordenador de despesas o direito de gastar os recursos públicos destinados à 
sua unidade gestora, mediante a emissão de empenho, limitado ao valor autorizado. 
106 | 215 
(2º Estágio) Empenho à Nos termos da Lei nº. 4.320/64: 
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado 
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. 
O empenho foi conceituado pela lei como uma obrigação pendente para o Estado. As pendências que 
transformarão o empenho numa despesa efetiva serão resolvidas no próximo estágio, a liquidação. Consiste na 
reserva de dotação orçamentária para um fim específico. 
O empenho é, na verdade, um compromisso por parte da administração pública, no sentido de pagar por 
algo que tenha interesse e, por parte do fornecedor, de prestar o serviço ou entregar determinada mercadoria. 
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. 
Com o empenho a despesa já existe, embora ainda não tenha sido paga. Em termos orçamentários, sua 
realização diminui os créditos orçamentários disponíveis (valor autorizado para gasto). Empenhar significa, 
portanto, comprometer o crédito orçamentário. 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
107 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
(2º Estágio) Empenho à Nos termos da Lei nº. 4.320/64: 
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 
§ 1° Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de 
empenho. 
Esse estágio é obrigatório, não sendo dispensado em nenhuma esfera (Federal, Estadual e Municipal). O que 
pode ser dispensada é a nota de empenho, em casos especiais. A materialização do empenho ocorre com a 
emissão da Nota de Empenho – NE, sendo elaborada uma para cada empenho. 
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho " que indicará o 
nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da 
dotação própria. 
A nota de empenho é o documento que comprova a emissão do empenho, e que atesta a reserva de dotação 
para atender a despesa. É um comprovante de "fundos orçamentários". Entretanto, há situações em que, por 
permissão legal, a nota pode não ser emitida (por exemplo, pagamento da remuneração de servidores públicos). 
108 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
(2º Estágio) Empenho à 
Embora o art. 61 da Lei nº 4.320/1964 estabeleça a obrigatoriedade do nome do credor no documento Nota de 
Empenho, em alguns casos, como na Folha de Pagamento, torna-se impraticável a emissão de um empenho para 
cada credor, tendo em vista o número excessivo de credores (servidores). 
Caso não seja necessária a impressão do documento “Nota de Empenho”, o empenho ficará arquivado em banco 
de dados, em tela com formatação própria e modelo oficial, a ser elaborado por cada ente da Federação em 
atendimento às suas peculiaridades. 
Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o empenho poderá ser 
reforçado. 
Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. 
Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido 
emitido incorretamente. 
109 | 215 
TIPOS 
ORDINÁRIO 
ESTIMATIVO 
GLOBAL 
Valor conhecido – Um pagamento 
 Valor estimado – Vários pagamentos 
Valor conhecido – Pagamento parcelado 
Modalidades de Empenho 
O empenho da despesa pode ser de três tipos: 
110 | 215 
§  Ordinário: nesta modalidade, o valor a ser empenhado é conhecido e o pagamento deverá ser feito de uma só vez. 
   Ex: compra de um bem móvel ou imóvel. 
§  Estimativo: visa à realização de despesas cujo valor ou montante não seja previamente determinado ou identificável. 
   Ex: despesas com folha de pagamento, conta de luz, água, telefone, gratificações, diárias. Nesses casos, não se sabe, no 
início do ano, por ocasião do empenho, o valor exato que será despendido. 
§  Global: essa modalidade é aplicável quando o objetivo for de atender despesas com montante previamente conhecido, tais 
como as contratuais, mas cujo pagamento dar-se-á de maneira parcelada. É comum nos casos de entrega parcelada de bens, 
caso em que o pagamento é feito obedecendo-se a proporção entre o montante pactuado e o volume entregue, e no caso de 
obras, quando da mesma forma, o pagamento se dá em função do andamento da obra. 
   Ex: aluguéis, contrato de prestação de serviços por terceiros. 
Modalidades de Empenho 
111 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
(3º Estágio) Liquidação à 
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. 
 
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos 
comprobatórios do respectivo crédito. 
 
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar: 
I - a origem e o objeto do que se deve pagar; 
II - a importância exata a pagar; 
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. 
 
§ 2° A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base: 
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
II - a nota de empenho; 
III - os comprovantes da entrega de materialou da prestação efetiva do serviço. 
112 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
(3º Estágio) Liquidação à 
 
Na liquidação, faz-se uma conferência documental para atestar que a despesa empenhada foi realizada, ou 
seja, confirmar a ocorrência do fato gerador da despesa: um serviço foi prestado, um produto foi entregue, uma 
obra foi construída etc. 
 
É necessário, para tanto, que sejam verificados pela unidade responsável os documentos fiscais, atestados de 
recebimento, comprovantes de prestação de serviço, nota de empenho etc., conforme o caso. 
113 | 215 
Estágios da Despesa Pública Orçamentária 
(4º Estágio) Pagamento à Lei 4.320/64: 
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a 
despesa seja paga. 
 
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por 
estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento. 
No caso da efetivação do pagamento, a redação do art. 65 da Lei está meio atrasada; "tesourarias" e "pagadorias" 
funcionando junto aos órgãos públicos não correspondem mais à realidade. Hoje em dia, maciçamente, os 
pagamentos se dão por via bancária. 
 
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou 
crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa. 
 
114 | 215 
Módulo 7 
 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª 
edição 
Unidades: 
1  PCO – Procedimentos Contábeis Orçamentários: exposição dos princípios orçamentários e 
conceitos de receitas e despesas públicas 
2   PCP – Procedimentos Contábeis Patrimoniais: conhecendo a composição patrimonial 
pública 
3  DCASP – Conhecendo as Demonstrações Contábeis do Setor Público 
4  PCASP – Conhecendo o Plano de contas Aplicado ao Setor Público 
115 | 215 
MCASP – 7ª edição - Introdução 
Esta Parte, intitulada Procedimentos Contábeis Patrimoniais (PCP), apresenta o conjunto de conceitos, regras e 
procedimentos relativos aos atos e fatos patrimoniais e seu relacionamento com a CASP. 
 
Visa também à harmonização dos padrões a serem observados pela Administração Pública, no que se refere às variações 
patrimoniais, classificações, destinações e registros, para permitir a evidenciação e a consolidação das contas públicas 
nacionais. 
 
O atendimento do enfoque patrimonial da contabilidade compreende o registro e a evidenciação da composição patrimonial do 
ente público (arts. 85, 89, 100 e 104 da Lei nº 4.320/1964). 
 
Nesse aspecto, devem ser atendidos as normas contábeis voltadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação de 
ativos e passivos e suas variações patrimoniais, contribuindo para o processo de convergência às normas internacionais, 
respeitada a base legal nacional. 
 
A compreensão da lógica dos registros patrimoniais é importante para o entendimento da formação, composição e evolução 
do patrimônio. 
 
Busca, assim, melhorar a qualidade e a consistência das informações prestadas à sociedade, de modo a possibilitar o 
exercício da cidadania no controle do patrimônio dos governos federal, estadual, distrital e municipal. 
116 | 215 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
Conforme a NBC TSP – Estrutura Conceitual, os elementos correspondem às estruturas básicas a partir das quais as 
demonstrações contábeis são elaboradas. 
 
Essas estruturas fornecem um ponto inicial para reconhecer, classificar e agregar dados e atividades econômicas de 
maneira a fornecer aos usuários informação que satisfaça aos objetivos e atinja as características qualitativas da 
informação contábil, levando em consideração as restrições sobre esta. 
 
Os conceitos de ativo e passivo identificam os seus aspectos essenciais, mas não especificam os critérios para seu 
reconhecimento. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar 
para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. 
 
A classificação do ativo e do passivo atualmente considera a segregação em “circulante” e “não circulante”, com base 
em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade, conforme disposto na NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis. 
117 | 215 
Os elementos definidos na NBC TSP – Estrutura Conceitual são: 
 
 
 
a. Ativo; 
 
b. Passivo; 
 
c. Receita (neste Manual, denominar-se-á Variação Patrimonial Aumentativa - VPA) 
 
d. Despesa (neste Manual, denominar-se-á Variação Patrimonial Diminutiva - VPD) 
 
e. Contribuição dos proprietários; 
 
f. Distribuição aos proprietários. 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
118 | 215 
ATIVO 
 
Definição de Ativo à Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado. 
 
Recurso é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos. A forma física não é uma 
condição necessária para um recurso. O potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos podem surgir 
diretamente do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. 
 
Os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a reduções das saídas de caixa. 
As entradas de caixa (ou as reduções das saídas de caixa) podem derivar, por exemplo, da utilização do ativo na produção e na venda de 
serviços ou da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos. 
 
O potencial de serviços é a capacidade de prestar serviços que contribuam para alcançar os objetivos da entidade. O potencial de 
serviços possibilita a entidade alcançar os seus objetivos sem, necessariamente, gerar entrada líquida de caixa, como, por exemplo, 
ativos do patrimônio cultural, de defesa nacional, entre outros. 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
119 | 215 
PASSIVO 
 
Definição de Passivo à Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva 
resultar na saída de recursos da entidade. 
 
Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente. 
Obrigação presente é aquela que ocorre por força de lei (obrigação legal ou obrigação legalmente vinculada) ou não (obrigação não 
legalmente vinculada), a qual não possa ser evitada pela entidade. 
 
Para satisfazer a definição de passivo, é necessário que a obrigação presente surja como resultado de um evento passado e necessite 
da saída de recursos da entidade para ser extinta. 
 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
120 | 215 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (OU SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA) 
 
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros recursos e a 
dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como patrimônio líquido. 
 
A situação patrimonial líquida pode ser um montante positivo ou negativo. 
 
Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, 
reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e outros desdobramentos. 
 
No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos 
anteriores. 
 
O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na 
Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP), que evidencia o desempenho das entidades do setor público. 
 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
121 | 215 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS E DIMINUTIVAS 
 
Definição de Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas à As variações patrimoniais aumentativas e 
diminutivas são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setorpúblico e que 
afetam o resultado. 
 
Essas variações patrimoniais podem ser definidas como: 
 
a. Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): corresponde a aumentos na situação patrimonial líquida da entidade não 
oriundos de contribuições dos proprietários; 
 
b. Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD): corresponde a diminuições na situação patrimonial líquida da entidade não 
oriundas de distribuições aos proprietários. 
 
Para fins deste Manual, a receita sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial aumentativa (VPA) 
e a despesa sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial diminutiva (VPD). 
 
Ambas não devem ser confundidas com a receita e a despesa orçamentária. 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
122 | 215 
RESULTADO PATRIMONIAL 
 
O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das VPA e o valor total das VPD, apurado na 
Demonstração das Variações Patrimoniais do período. 
 
Caso o total das VPA sejam superiores ao total das VPD, diz-se que o resultado patrimonial foi superavitário ou que 
houve um superávit patrimonial. Caso contrário, diz-se que o resultado patrimonial foi deficitário ou que houve um déficit 
patrimonial. 
MCASP – 7ª edição – Elementos das DCASP 
123 | 215 
Módulo 7 
 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª 
edição 
Unidades: 
1  PCO – Procedimentos Contábeis Orçamentários: exposição dos princípios orçamentários e 
conceitos de receitas e despesas públicas 
2  PCP – Procedimentos Contábeis Patrimoniais: conhecendo a composição patrimonial pública 
3   DCASP – Conhecendo as Demonstrações Contábeis do Setor Público 
4  PCASP – Conhecendo o Plano de contas Aplicado ao Setor Público 
124 | 215 
§  Introdução; 
§  Balanço orçamentário; 
§  Balanço financeiro; 
§  Demonstração das variações patrimoniais; 
§  Balanço patrimonial; 
§  Demonstração dos fluxos de caixa; 
§  Demonstração das mutações no patrimônio líquido; 
§  Notas explicativas às demonstrações contábeis; e 
§  Consolidação das demonstrações contábeis. 
Demonstrações contábeis aplicadas ao setor público - DCASP 
125 | 215 
Demonstrações 
Contábeis Aplicadas ao 
Setor Público - DCASP 
INTRODUÇÃO 
126 | 215 
MCASP – 7ª edição 
A CASP tem como objetivo fornecer aos seus usuários informações sobre os resultados alcançados e outros 
dados de natureza orçamentária, econômica, patrimonial e financeira das entidades do setor público, em apoio ao 
processo de tomada de decisão, à adequada prestação de contas, à transparência da gestão fiscal e à 
instrumentalização do controle social. 
Conforme o art. 113 da Lei nº 4.320/1964, dentre outras atribuições, compete ao Conselho Técnico de Economia e 
Finanças a atualização dos anexos que contemplam a referida Lei. 
Com a extinção deste Conselho, tais funções são exercidas, na atualidade, pela STN, devido a sua competência 
estabelecida pela Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) de consolidação das contas públicas, nacionais e por 
esfera de governo, bem como a competência estabelecida pela Lei nº 10.180/2001 de órgão central do Sistema 
de Contabilidade e de Administração Financeira Federal. 
DCASP 
127 | 215 
As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) são compostas pelas demonstrações enumeradas pela 
Lei nº 4.320/19641, pelas demonstrações exigidas pela NBC T 16. 6 – Demonstrações Contábeis e pelas demonstrações 
exigidas pela Lei Complementar nº 101/2000, as quais são: 
a. Balanço Orçamentário; 
 
b. Balanço Financeiro; 
 
c. Balanço Patrimonial; 
 
d. Demonstração das Variações Patrimoniais; 
 
e. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e 
 
f. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
MCASP – 7ª edição 
DCASP 
128 | 215 
§  As estruturas das demonstrações contábeis contidas nos anexos da Lei nº 4.320/1964 foram atualizadas pela Portaria STN nº 
438/2012, em consonância com os novos padrões da CASP. 
§  Em função da atualização dos anexos da Lei nº 4.320/1964, somente os demonstrativos enumerados anteriormente serão 
exigidos para fins de apresentação das demonstrações contábeis nos termos do MCASP. 
§  A Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público (MCASP) tem como objetivo padronizar a estrutura e as definições dos elementos que compõem as DCASP. 
§  Tais padrões devem ser observados pela União, estados, Distrito Federal e municípios, permitindo a evidenciação, a análise e a 
consolidação das contas públicas em âmbito nacional, em consonância com o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 
(PCASP). 
§  Este Manual observa a Lei nº 4.320/1964, a Lei Complementar nº 101/2000 – LRF, a Lei nº 10.180/2001 (Sistema de 
Administração Financeira e de Contabilidade Federal) e as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público 
(NBCT 16) editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
MCASP – 7ª edição 
DCASP 
129 | 215 
Lei nº 4.320/64 
De acordo com a Lei nº4.320/1964, art. 101, “os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no 
Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais, além de outros quadros demonstrativos.” 
 
Assim, inicialmente, as demonstrações contábeis das entidades definidas no campo de aplicação da contabilidade pública exigidas pela 
Lei nº4.320/1964, são: 
 
a) Balanço Patrimonial (BP); 
b) Balanço Orçamentário (BO); 
c) Balanço Financeiro (BF); 
d) Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP); 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR 
PÚBLICO – DCASP 
130 | 215 
BO	
BF	
BP	
DVP	DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
BALANÇO PATRIMONIAL 
BALANÇO FINANCEIRO 
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 
Art. 101 da Lei 4.320/64 
Segundo o Art. 101 da Lei 4.320/64, os resultados 
gerais do exercício serão demonstrados no: 
 
Obs: A LRF tornou obrigatória a elaboração e 
publicação do BALANÇO ORÇAMENTÁRIO a cada 
BIMESTRE em até 30 dias após o encerramento de 
cada bimestre. Será elaborado e publicado juntamente 
com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária 
(RREO). 
 
Portanto, de todos os demonstrativos contábeis, o 
único com previsão legal de elaboração e publicação 
mais de uma vez por ano é o balanço orçamentário. 
 
(Todos os demonstrativos contábeis podem ser 
elaborados a qualquer momento para fins de tomadas 
de decisões, por exemplo, mas a obrigatoriedade legal 
é apenas no final do exercício financeiro). 
131 | 215 
MCASP – 7ª edição 
As DCASP são compostas pelas demonstrações enumeradas pela Lei nº 4.320/19641 , pelas demonstrações 
exigidas pela NBC T 16. 6 – Demonstrações Contábeis e pelas demonstrações exigidas pela Lei Complementar nº 
101/2000, as quais são: 
 
a. Balanço Orçamentário; 
b. Balanço Financeiro; 
c. Balanço Patrimonial; 
d. Demonstração das Variações Patrimoniais; 
e. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e 
f. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
DCASP 
132 | 215 
BO	BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 
BALANÇO FINANCEIRO 
BALANÇO PATRIMONIAL 
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
BF	
BP	
DVP	
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DFC	
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PL* DMPL	*	
DCASP 
• *OBS: DMPL – é obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que 
constituídas sob a forma de sociedades anônimas, e facultativa para os demais órgãos e 
entidades dos entes da Federação. 
MCASP – 7ª edição 
133 | 215 
EXERCÍCIO 
134 | 215 134 | 215 
FCC - 2005 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa (adaptada) 
 
São demonstrações financeiras definidas na legislação vigente para a contabilidade pública, originalmente pelaLei nº. 4.320/64: 
 
a.  Balanço Orçamentário; Demonstração do Resultado do Exercício; Balanço Financeiro; Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos. 
b.  Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração do Resultado do Exercício; Balanço Financeiro, Balanço 
Orçamentário. 
c.  Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor Adicionado; Demonstração de 
Superávit ou Déficit Acumulados. 
d.  Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Demonstração das Variações Patrimoniais; Balanço Patrimonial. 
e.  Demonstração de Superávit Acumulado, Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro, Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos. 
Exercício 1 
135 | 215 135 | 215 
FCC - 2005 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa (adaptada) 
 
São demonstrações financeiras definidas na legislação vigente para a contabilidade pública, originalmente pela 
Lei nº. 4.320/64: 
 
a.  Balanço Orçamentário; Demonstração do Resultado do Exercício; Balanço Financeiro; Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos. 
b.  Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração do Resultado do Exercício; Balanço Financeiro, Balanço 
Orçamentário. 
c.  Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor Adicionado; Demonstração de 
Superávit ou Déficit Acumulados. 
d.  Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Demonstração das Variações Patrimoniais; Balanço Patrimonial. 
e.  Demonstração de Superávit Acumulado, Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro, Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos. 
Exercício 1 (Gabarito) 
136 | 215 136 | 215 
CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo 
 
Segundo o disposto na Lei n.º 4.320/1964, as alterações da situação líquida patrimonial, que 
abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa 
execução e as superveniências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. 
Relativamente aos resultados gerais do exercício, julgue o item subsequente. 
 
Os resultados gerais do exercício deverão ser demonstrados no balanço orçamentário, no balanço 
financeiro, no balanço patrimonial e na demonstração das variações patrimoniais. 
Exercício 2 
137 | 215 137 | 215 
CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo 
 
Segundo o disposto na Lei n.º 4.320/1964, as alterações da situação líquida patrimonial, que 
abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa 
execução e as superveniências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. 
Relativamente aos resultados gerais do exercício, julgue o item subsequente. 
 
Os resultados gerais do exercício deverão ser demonstrados no balanço orçamentário, no balanço 
financeiro, no balanço patrimonial e na demonstração das variações patrimoniais. 
Exercício 2 (Gabarito) 
CERTO 
138 | 215 138 | 215 
Não compreende demonstrativo contábil previsto na L. 4.320/64: 
 
a.  Demonstração das Variações Patrimoniais. 
b.  Balanço Patrimonial. 
c.  Balanço Financeiro. 
d.  Demonstração do Resultado do Exercício. 
e.  Balanço Orçamentário. 
Exercício 3 
139 | 215 139 | 215 
Não compreende demonstrativo contábil previsto na L. 4.320/64: 
 
a.  Demonstração das Variações Patrimoniais. 
b.  Balanço Patrimonial. 
c.  Balanço Financeiro. 
d.  Demonstração do Resultado do Exercício. 
e.  Balanço Orçamentário. 
Exercício 3 (Gabarito) 
140 | 215 
Regimes Contábeis 
RECONHECIMENTO DA RECEITA E DA DESPESA PÚBLICAS 
141 | 215 
Regime Contábeis 
Regime de Caixa 
•  As receitas e despesas 
devem ser reconhecidas 
(registradas) quando 
efetivamente recebidas e 
pagas. 
Regime de 
Competência 
•  As receitas e despesas 
devem ser reconhecidas 
(registradas) quando da 
ocorrência do fato 
gerador, independente de 
terem sido recebidas ou 
pagas. 
Regime Misto 
•  É o que possui 
características tanto do 
regime de caixa quanto de 
competência. 
142 | 215 
EXERCÍCIO 
143 | 215 143 | 215 
FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área Administrativa 
 
Pelo regime de competência, 
 
a.  as receitas e as despesas não são atribuídas aos exercícios de acordo com a real incorrência. 
b.  a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a despesa paga nesse mesmo período. 
c.  as receitas e as despesas são atribuídas ao exercício de acordo com o recebimento ou pagamento em 
dinheiro. 
d.  as receitas por arrecadar e as despesas empenhadas e as liquidadas, porém não pagas, são transferidas 
para o orçamento do exercício financeiro seguinte. 
e.  as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios, de acordo com a data do fato gerador. 
Exercício 4 
144 | 215 144 | 215 
FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área Administrativa 
 
Pelo regime de competência, 
 
a.  as receitas e as despesas não são atribuídas aos exercícios de acordo com a real incorrência. 
b.  a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a despesa paga nesse mesmo período. 
c.  as receitas e as despesas são atribuídas ao exercício de acordo com o recebimento ou pagamento em 
dinheiro. 
d.  as receitas por arrecadar e as despesas empenhadas e as liquidadas, porém não pagas, são transferidas 
para o orçamento do exercício financeiro seguinte. 
e.  as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios, de acordo com a data do fato gerador. 
Exercício 4 (Gabarito) 
145 | 215 
Receitas 
ARRECADADAS 
	
	
Despesas 
EMPENHADAS COMPETÊNCIA 
REGIME MISTO 
(enfoque orçamentário) 
CAIXA 
Sob Enfoque Orçamentário 
Segundo o Art. 35 da Lei 4.320/64, pertencem ao 
exercício financeiro: 
 
I.  As receitas nele arrecadadas; e 
II.  As despesas nele legalmente empenhadas. 
146 | 215 
EXERCÍCIO 
147 | 215 147 | 215 
FCC/TRT16-Anal.Jud.-Contabilidade/2009 
Segundo disposto na Lei Federal nº 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro: 
a.  a receita independente do seu recebimento e as despesas nele legalmente empenhadas. 
b.  apenas as receita nele arrecadada. 
c.  as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente pagas. 
d.  a receita nele arrecadada e as despesas nele legalmente empenhadas. 
e.  apenas as despesas nele legalmente empenhadas. 
Exercício 5 
148 | 215 148 | 215 
FCC/TRT16-Anal.Jud.-Contabilidade/2009 
Segundo disposto na Lei Federal nº 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro: 
a.  a receita independente do seu recebimento e as despesas nele legalmente empenhadas. 
b.  apenas as receita nele arrecadada. 
c.  as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente pagas. 
d.  a receita nele arrecadada e as despesas nele legalmente empenhadas. 
e.  apenas as despesas nele legalmente empenhadas. 
Exercício 5 (Gabarito) 
149 | 215 149 | 215 
FCC - 2006 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário – Contabilidade 
 
Contabilidade orçamentária no momento do empenho é fato que denota o regime. 
 
a.  de caixa da despesa pública. 
b.  de competência da despesa pública. 
c.  misto do registro orçamentário. 
d.  de caixa da receita pública. 
e.  de competência da receita pública. 
Exercício 6 
150 | 215 150 | 215 
FCC - 2006 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário – Contabilidade 
 
Contabilidade orçamentária no momento do empenho é fato que denota o regime. 
 
a.  de caixa da despesa pública. 
b.  de competência da despesa pública. 
c.  misto do registro orçamentário. 
d.  de caixa da receita pública. 
e.  de competência da receita pública. 
Exercício 6 (Gabarito) 
151 | 215 151 | 215 
Segundo o art. 35 da L. 4.320/64, as receitase despesas deverão ser reconhecidas nos seguintes estágios 
respectivamente: 
a.  Empenho e Arrecadação 
b.  Recolhimento e Empenho 
c.  Recolhimento e Liquidação 
d.  Arrecadação e Liquidação 
e.  Arrecadação e Empenho 
Exercício 7 
152 | 215 152 | 215 
Segundo o art. 35 da L. 4.320/64, as receitas e despesas deverão ser reconhecidas nos seguintes estágios 
respectivamente: 
a.  Empenho e Arrecadação 
b.  Recolhimento e Empenho 
c.  Recolhimento e Liquidação 
d.  Arrecadação e Liquidação 
e.  Arrecadação e Empenho 
Exercício 7 (Gabarito) 
153 | 215 153 | 215 
De acordo com o que dispõe o art. 35 da L. 4.320/64, conclui-se que o regime orçamentário adotado pela 
Contabilidade Pública no Brasil é: 
 
a.  Misto, sendo de caixa para receitas e de competência para as despesas. 
b.  De competência, para receitas e despesas. 
c.  Misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as despesas. 
d.  De caixa, para receitas e despesas. 
e.  Misto, sendo de caixa para receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de 
capital. 
Exercício 8 
154 | 215 154 | 215 
De acordo com o que dispõe o art. 35 da L. 4.320/64, conclui-se que o regime orçamentário adotado pela 
Contabilidade Pública no Brasil é: 
 
a.  Misto, sendo de caixa para receitas e de competência para as despesas. 
b.  De competência, para receitas e despesas. 
c.  Misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as despesas. 
d.  De caixa, para receitas e despesas. 
e.  Misto, sendo de caixa para receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de 
capital. 
Exercício 8 (Gabarito) 
155 | 215 155 | 215 
FCC/TJUSE- Anal. Jud. Contabilidade/2009 
 
De acordo com legislação em vigor, pertencem ao exercício financeiro as despesas orçamentárias nele 
legalmente: 
 
a.  empenhadas. 
b.  fixadas. 
c.  liquidadas. 
d.  previstas. 
e.  provisionadas. 
Exercício 9 
156 | 215 156 | 215 
FCC/TJUSE- Anal. Jud. Contabilidade/2009 
 
De acordo com legislação em vigor, pertencem ao exercício financeiro as despesas orçamentárias nele 
legalmente: 
 
a.  empenhadas. 
b.  fixadas. 
c.  liquidadas. 
d.  previstas. 
e.  provisionadas. 
Exercício 9 (Gabarito) 
157 | 215 157 | 215 
FCC/TJUSE- Anal. Jud - Contabilidade/2009 
 
Em relação ao reconhecimento da receita orçamentária, podemos afirmar que no Brasil é adotado o Regime: 
 
a.  de Competência. 
b.  de Caixa. 
c.  Econômico. 
d.  Escritural. 
e.  Patrimonial. 
Exercício 10 
158 | 215 158 | 215 
FCC/TJUSE- Anal. Jud - Contabilidade/2009 
 
Em relação ao reconhecimento da receita orçamentária, podemos afirmar que no Brasil é adotado o Regime: 
 
a.  de Competência. 
b.  de Caixa. 
c.  Econômico. 
d.  Escritural. 
e.  Patrimonial. 
Exercício 10 (Gabarito) 
159 | 215 159 | 215 
CEPERJ - 2011 – PROCON – TÉCNICO DE CONTABILIDADE 
 
Considerando o Regime de Caixa, a receita orçamentária é reconhecida: 
 
a.  Quando o produto pago pelo contribuinte é disponibilizado na conta do Tesouro. 
b.  Quando é reconhecida a procedência da receita. 
c.  Quando o contribuinte se dirige aos agentes arrecadadores e realiza o pagamento. 
d.  Quando as Instituições Financeiras transferem os valores pagos pelos contribuintes para o Tesouro. 
Exercício 11 
160 | 215 160 | 215 
CEPERJ - 2011 – PROCON – TÉCNICO DE CONTABILIDADE 
 
Considerando o Regime de Caixa, a receita orçamentária é reconhecida: 
 
a.  Quando o produto pago pelo contribuinte é disponibilizado na conta do Tesouro. 
b.  Quando é reconhecida a procedência da receita. 
c.  Quando o contribuinte se dirige aos agentes arrecadadores e realiza o pagamento. 
d.  Quando as Instituições Financeiras transferem os valores pagos pelos contribuintes para o Tesouro. 
Exercício 11 
161 | 215 
Receitas 
AUFERIDAS 
	
	
Despesas 
INCORRIDAS COMPETÊNCIA 
REGIME	DE	
COMPETÊNCIA	
(enfoque	patrimonial)	
COMPETÊNCIA 
Enfoque Patrimonial (Contábil) 
Resolução 1.111/07 à Princípio da competência é 
aquele que reconhece as transações e os eventos na 
ocorrência dos respectivos fatos geradores, 
independentemente do seu pagamento ou 
recebimento, aplicando-se integralmente ao setor 
público. Os atos e fatos que afetam o patrimônio 
público devem ser contabilizados por competência, e 
os seus efeitos devem ser evidenciados nas 
Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com 
o qual se relacionam, complementarmente ao registro 
orçamentário das receitas e das despesas públicas. 
162 | 215 
EXERCÍCIO 
163 | 215 163 | 215 
De acordo com o que dispõe o Manual da Receita e da Despesa Nacional instituído pela Portaria Conjunta 
03/2008, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso país é: 
a.  De caixa, para receitas e despesas. 
b.  De competência, para receitas e despesas. 
c.  Misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. 
d.  Misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as despesas. 
e.  Misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas 
de capital. 
Exercício 12 
164 | 215 164 | 215 
De acordo com o que dispõe o Manual da Receita e da Despesa Nacional instituído pela Portaria Conjunta 
03/2008, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso país é: 
a.  De caixa, para receitas e despesas. 
b.  De competência, para receitas e despesas. 
c.  Misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. 
d.  Misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as despesas. 
e.  Misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas 
de capital. 
Exercício 12 (Gabarito) 
165 | 215 165 | 215 
CEPERJ 20110– SEPLAG - APO 
 
Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos contábeis nos três níveis de governo e de conduzir 
a contabilidade do setor público brasileiro aos padrões internacionais e de ampliar a transparência sobre as 
contas públicas, a Portaria Conjunta STN/SOF número 3, de 2008, através da Lei de Responsabilidade Fiscal 
aprovou os Manuais de Receita Nacional e de Despesa Nacional. A partir do exercício financeiro de 2009, o 
regime contábil patrimonial adotado é: 
 
a.  Competência 
b.  Caixa 
c.  Equivalente a Caixa 
d.  Prudência 
e.  Misto 
Exercício 13 
166 | 215 166 | 215 
CEPERJ 20110– SEPLAG - APO 
 
Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos contábeis nos três níveis de governo e de conduzir 
a contabilidade do setor público brasileiro aos padrões internacionais e de ampliar a transparência sobre as 
contas públicas, a Portaria Conjunta STN/SOF número 3, de 2008, através da Lei de Responsabilidade Fiscal 
aprovou os Manuais de Receita Nacional e de Despesa Nacional. A partir do exercício financeiro de 2009, o 
regime contábil patrimonial adotado é: 
 
a.  Competência 
b.  Caixa 
c.  Equivalente a Caixa 
d.  Prudência 
e.  Misto 
Exercício 13 (Gabarito) 
167 | 215 
Módulo 7 
 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª 
edição 
Unidades: 
1  PCO – Procedimentos Contábeis Orçamentários: exposição dos princípios orçamentários e 
conceitos de receitas e despesas públicas 
2  PCP – Procedimentos Contábeis Patrimoniais: conhecendo a composição patrimonial pública 
3  DCASP – Conhecendo as Demonstrações Contábeis do Setor Público 
4   PCASP – Conhecendo o Plano de contas Aplicado ao Setor Público 
168 | 215 
MCASP – 7ª edição 
INTRODUÇÃO 
 
A CASP foi estruturada, no Brasil, com foco noregistro dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária 
e financeira. No entanto, a evolução da ciência contábil, marcada pela edição das IPSAS IPSASB e das NBC TSP pelo 
CFC, impulsionaram relevantes mudanças na Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 
 
Nesse processo, identificou-se a necessidade de instituição de um novo modelo de gestão pública, com a adoção de 
conceitos e procedimentos reconhecidos e utilizados internacionalmente, com foco na contabilidade patrimonial. 
 
Outro fator que impactou a CASP foi a exigência de consolidação nacional das contas públicas trazida pela LRF. Essa 
competência é exercida pela STN, materializada por meio da publicação do Balanço do Setor Público Nacional (BSPN). 
 
Dessa forma, a necessidade de evidenciar com qualidade os fenômenos patrimoniais e a busca por um tratamento 
contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou imprescindível a elaboração de 
um plano de contas com abrangência nacional, cuja metodologia, estrutura, regras, conceitos e funcionalidades 
permitissem a obtenção de dados que atendessem aos diversos usuários da informação contábil. 
 
169 | 215 
INTRODUÇÃO 
 
 
Visando a atender a essas necessidades, a STN editou o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). 
 
Nesta Parte do MCASP são apresentados a estrutura do PCASP, baseada na natureza da informação contábil; o 
mecanismo de consolidação das contas nacionais em cada ente da Federação; o uso dos atributos da conta contábil, 
que permitem o cumprimento de determinações legais; as principais regras de integridade do PCASP, dentre outras 
informações. 
MCASP – 7ª edição 
170 | 215 
ASPECTOS GERAIS DO PCASP 
 
CONCEITO DE PLANO DE CONTAS à Plano de contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por uma 
relação padronizada de contas contábeis, que permite o registro contábil dos atos e fatos praticados pela entidade de 
maneira padronizada e sistematizada, bem como a elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis de 
acordo com as necessidades de informações dos usuários. 
 
 
OBJETIVOS DO PCASP à O PCASP alinha-se a esta finalidade por meio da padronização da forma de registro 
contábil para a extração de informações para estes usuários. 
 
MCASP – 7ª edição 
171 | 215 
ASPECTOS GERAIS DO PCASP 
 
Dessa forma, podemos citar como objetivos do PCASP: 
 
a. Padronizar os registros contábeis das entidades do setor público; 
 
b. Distinguir os registros de natureza patrimonial, orçamentária e de controle; 
 
c. Atender à administração direta e à administração indireta das três esferas de governo, inclusive quanto às 
peculiaridades das empresas estatais dependentes e dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS); 
 
d. Permitir o detalhamento das contas contábeis, a partir do nível mínimo estabelecido pela STN, de modo que 
possa ser adequado às peculiaridades de cada ente; 
MCASP – 7ª edição 
172 | 215 
ASPECTOS GERAIS DO PCASP 
 
Dessa forma, podemos citar como objetivos do PCASP: 
 
e. Permitir a consolidação nacional das contas públicas; 
 
f. Permitir a elaboração das DCASP e dos demonstrativos do RREO e do RGF; 
 
g. Permitir a adequada prestação de contas, o levantamento das estatísticas de finanças públicas, a elaboração 
de relatórios nos padrões adotados por organismos internacionais – a exemplo do Government Finance Statistics 
Manual (GFSM) do Fundo Monetário Internacional (FMI), bem como o levantamento de outros relatórios úteis à 
gestão; 
 
h. Contribuir para a adequada tomada de decisão e para a racionalização de custos no setor 
público; e 
 
i. Contribuir para a transparência da gestão fiscal e para o controle social. 
MCASP – 7ª edição 
173 | 215 
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIÇÃO E MANUTENÇÃO DO PCASP 
 
A competência para a edição de normas gerais para consolidação das contas públicas foi atribuída pela LRF à STN, 
enquanto órgão central de contabilidade da União. 
 
Nesse sentido, dispõe o Decreto nº 6.976/2009: 
 
Art. 7º Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal: [...] 
 
II - manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e o processo de registro padronizado dos atos e 
fatos da administração pública; [...] 
 
XXVIII - editar normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e plano de contas aplicado ao setor público, 
objetivando a elaboração e publicação de demonstrações contábeis consolidadas, em consonância com os padrões 
internacionais de contabilidade aplicados ao setor público; 
 
Dessa forma, cabe à STN criar, alterar, excluir, codificar, especificar, desdobrar e detalhar as contas contábeis. 
MCASP – 7ª edição 
174 | 215 
ALCANCE DO PCASP 
 
A utilização do PCASP é obrigatória para todos os órgãos e entidades da administração direta e da administração 
indireta dos entes da Federação, incluindo seus fundos, autarquias, inclusive especiais, fundações, e empresas estatais 
dependentes. A utilização do PCASP é facultativa para as demais entidades. 
 
MCASP – 7ª edição 
175 | 215 
 
PRAZO PARA IMPLANTAÇÃO DO PCASP 
 
Os entes e entidades obrigados a utilizar o PCASP tiveram o prazo de até o término do exercício de 2014 para alterarem 
seus planos de contas. A partir de 2015, a consolidação nacional das contas públicas passou a ser realizada seguindo o novo 
padrão. 
 
O PCASP é atualizado anualmente e publicado exclusivamente na Internet para uso obrigatório no exercício seguinte. 
 
Obs: Adicionalmente, a STN disponibiliza o PCASP Estendido, de adoção facultativa, para os entes que precisem de uma 
referência para o desenvolvimento de suas rotinas e sistemas. 
Algumas contas desse PCASP Estendido servem como base para captação das informações utilizadas pelo SICONFI. 
 
Portanto, mesmo que as informações não sejam representadas pela mesma codificação do PCASP Estendido, nem mesmo 
possuam o mesmo título, deverá realizar-se uma compatibilidade ou equivalência entre as informações dos entes e a 
solicitada pelo SICONFI, procedimento ordinariamente chamado de “de-para”. 
 
MCASP – 7ª edição 
176 | 215 
Até 2008 
Publicação das NBC T s 16 
com validade inicial para 
01/01/2009 
Sistemas 
existentes: 
-  ORÇAMENTÁRIO; 
-  FINANCEIRO; 
-  PATRIMONIAL; 
-  COMPENSAÇÃO 
Em 2008 
Passaram a existir 
5 Subsistemas 
existentes: 
-  ORÇAMENTÁRIO; 
-  FINANCEIRO; 
-  PATRIMONIAL; 
-  COMPENSAÇÃO 
-  CUSTOS 
Em 2009 Em 2010 
Passaram a existir 4 Subsistemas 
existentes: 
-  ORÇAMENTÁRIO; 
-  PATRIMONIAL; 
-  COMPENSAÇÃO 
-  CUSTOS 
-  (Sendo válidas a partir de 01/01/12) 
Sistemas/ Subsistemas 
177 | 215 
Prazo inicial para 
adotar o NOVO 
PLANO DE 
CONTAS 
(FACULTATIVO) 
Em 01/01/13 
Prazo final para 
adotar o NOVO 
PLANO DE 
CONTAS 
Em 31/12/14 PC NOVO 
PC ANTIGO 
SISTEMAS 
-  ORÇAMENTÁRIO; 
-  FINANCEIRO; 
-  PATRIMONIAL; 
-  COMPENSAÇÃO. 
SUBSISTEMAS 
-  ORÇAMENTÁRIO; 
-  PATRIMONIAL; 
-  COMPENSAÇÃO; 
-  CUSTOS. 
PC NOVO 
SUBSISTEMAS 
-  ORÇAMENTÁRIO; 
-  PATRIMONIAL; 
-  COMPENSAÇÃO; 
-  CUSTOS. 
Sistemas/ Subsistemas 
178 | 215 
Conforme as NBCASP, o sistema contábil público estrutura-se nos seguintes subsistemas: 
SUBSISTEMAS 
DE INFORMAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS 
DE INFORMAÇÕES PATRIMONIAIS 
DE COMPENSAÇÃO 
DE CUSTOS 
Subsistemas de Contas 
179 | 215 
As contas do Plano de Contas são identificadas por um código composto de 9 dígitos numéricos, distribuídos 
em 7 níveis de desdobramento, classificados de acordo com a seguinte estrutura: 
 X X X X X XX XX 
CÓDIGO VARIÁVEL 
 
1º NÍVEL - CLASSE 
2º NÍVEL - GRUPO 
3º NÍVEL - SUBGRUPO 
4º NÍVEL - TÍTULO (ELEMENTO)5º NÍVEL - SUBTÍTULO (SUBELEMENTO) 
6º NÍVEL - ITEM 
7º NÍVEL - SUBITEM 
CONTA CORRENTE 
Desdobramento mais ANALÍTICO 
usado em algumas contas. 
(composto de até 14 dígitos) 
PCASP - Estrutura 
Os entes da Federação podem ter mais níveis de desdobramento além desses. 
180 | 215 
 
NATUREZA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
A metodologia utilizada para a estruturação do PCASP foi a segregação das contas contábeis em grandes grupos de acordo 
com as características dos atos e fatos nelas registrados. Essa metodologia permite o registro dos dados contábeis de forma 
organizada e facilita a análise das informações de acordo com sua natureza. 
 
O PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informações contábeis: 
 
a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e 
à execução orçamentária. 
 
b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados 
com a composição do patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas. 
 
c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir 
modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. 
 
O PCASP é dividido em 8 classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das 
informações que evidenciam. 
MCASP – 7ª edição - PCASP 
181 | 215 
MCASP – 7ª edição - PCASP 
NATUREZA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
PCASP 
Natureza da informação Classes 
Patrimonial 
1. Ativo 2. Passivo 
3. Variações Patrimoniais Diminutivas 4. Variações Patrimoniais Aumentativas 
Orçamentária 
5. Controles de Aprovação do Planejamento e 
Orçamento 
6. Controles da Execução do Planejamento e 
Orçamento 
Controle 7. Controles Devedores 8. Controle Credores 
O PCASP é dividido em 8 classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações que 
evidenciam: 
182 | 215 
A natureza da informação evidenciada pelas contas das 
quatro primeiras classes, 1 a 4, é Patrimonial, ou seja, 
informa a situação do Patrimônio da Entidade Pública. A 
natureza da informação das contas das duas classes 
seguintes, 5 e 6, é Orçamentária, pois nessas classes 
são feitos os controles do Planejamento e do Orçamento, 
desde a aprovação até a execução. Por fim, a natureza da 
informação das contas das duas últimas classes, 7 e 8, é 
de controle, pois nessas classes são registrados os atos 
potenciais e diversos controles. 
O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas 
dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar 
contas que apresentem a mesma natureza de informação, 
seja patrimonial, orçamentária ou de controle. Assim, os 
lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 
4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8, conforme 
figura abaixo: 
183 | 215 
Receitas ARRECADADAS 
 
 
Despesas EMPENHADAS 
CAIXA 
COMPETÊNCIA 
Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime Contábil 
A contabilidade aplicada ao setor público mantém um processo de registro apto para sustentar o dispositivo legal 
do regime da receita orçamentária, de forma que atenda a todas as demandas de informações da execução 
orçamentária, conforme dispõe o art. 35 da Lei nº 4.320/1964: 
Sob Enfoque Orçamentário: 
Segundo o Art. 35 da Lei 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro: 
I. As receitas nele arrecadadas; e 
II. As despesas nele legalmente empenhadas. 
REGIME 
MISTO 
184 | 215 
Reconhecimento da Receita Orçamentária 
O reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da arrecadação, conforme art. 35 da Lei nº 
4.320/1964 e decorre do enfoque orçamentário dessa lei, tendo por objetivo evitar que a execução das despesas 
orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva. 
 
LEI 4.320/64 
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas. 
 
Considerando-se, a título de exemplo, a aprovação de um orçamento de uma determinada entidade pública e a 
arrecadação de certa receita, os registros contábeis sob a ótica do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – 
PCASP - seriam os seguintes: 
185 | 215 
REGIMES DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO 
Regime Orçamentário Regime Contábil (Patrimonial) 
Receita 
Orçamentária Arrecadação 
Lei 4.320/1964 
art. 35 
Variação 
Patrimonial 
Aumentativa 
Competência Resolução CFC 750/1993 
Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime Contábil 
186 | 215 
Escola de Contas e Gestão 
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro 
Conteudista: Profª Karen Mancini

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