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Suporte Basico de Vida Texto 1

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Suporte Básico de Vida em 
Cardiologia Adulto.
Curso Aberto em Educação Continuada 
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módulo
InDesign Para Iniciantes
Curso Aberto em Educação Continuada 
Suporte Básico de Vida em 
Cardiologia Adulto.
Curso Aberto em Educação Continuada 
1
módulo
Antonia Lúcia Sousa Silva
Antonia Lúcia Sousa Silva
Antonia Lúcia Sousa Silva
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SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 4 
BREVE REVISÃO DA ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA ....................................................................... 5 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA ...................................................................................................................... 7 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 14 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 15 
 
 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
1 Introdução 
A possibilidade de recuperação de uma vítima de mal súbito apresenta relação 
diretamente proporcional à rapidez com que as situações de emergências são reconhecidas e 
adequadamente tratadas. Um atendimento, ainda que precoce, porém realizado sem 
conhecimento adequado pode impactar em muito a sobrevida do indivíduo. Pessoas leigas ou 
não, buscando salvar vidas, se não possuem conhecimento adequado, poderão levar o 
indivíduo a danos irrecuperáveis. 
Ainda constitui um grande desafio no Brasil, o acesso ao ensino da reanimação 
cardiopulmonar (RCP) e a melhoria contínua da sua qualidade, além de diminuição do tempo 
entre a RCP e a aplicação do primeiro choque. Outro ponto a ser considerado é a ausência de 
desfibriladores externos automáticos (DEA) e a falta de conhecimento da população quanto 
ao seu uso. 
É de fundamental importância a difusão do conhecimento relacionado ao suporte 
básico de vida para a população de um modo geral, haja vista que reconhecer uma situação 
de emergência e tratar adequadamente pode significar a diferença entre viver e morrer para 
todos nós. 
Ao final do curso, os participantes estarão aptos a demonstrar habilidades, no tocante 
ao Suporte Básico de Vida em Cardiologia Adulto. Apresenta-se com a finalidade de propiciar 
uma prática consistente, no reconhecimento dos sinais de parada cardiorrespiratória e, 
consequentemente, início precoce da reanimação cardiopulmonar. 
A fim de aproveitar melhor os conteúdos que discutiremos no transcorrer do texto, 
recomendo que fique atento ao seguinte guia didático de leitura: 
 Saiba mais: neste quadro, você encontrará textos de livros, revistas e links 
online para ilustrar e lhe ajudar a aprofundar o assunto tratado; 
 Para pensar: aqui você encontrará questões práticas e provocativas para lhe 
ajudar a refletir e correlacionar com aquilo que já conhece; 
 Importante: quadro com frase, conceito teórico ou esclarecimento relevante 
que lhe ajudará a melhor compreender a discussão. 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
2 Breve Revisão da Anatomia e Fisiologia Humana 
Alguns conceitos básicos relacionados a anatomia e à fisiologia humana se fazem 
necessários antes de iniciarmos o curso. Principalmente no que diz respeito à posição 
anatômica, aos ossos e aos órgãos torácicos e o funcionamento do coração. 
 Primeiramente, veremos termos relacionados a posição anatômica: 
a) Decúbito dorsal: vítima deitada de costas (com a barriga para cima); 
b) Decúbito ventral: vítima deitada com a barriga para baixo (de bruços); 
c) Decúbito lateral: vítima deitada de lado. 
 Em relação à caixa torácica, existem estruturas a serem consideradas no momento de 
realizar uma reanimação cardiopulmonar e até mesmo de posicionar as mãos ou colocar o 
desfibrilador externo automático, como veremos mais adiante. Tais estruturas são: 
a) Esterno: osso chato localizado na porção anterior (parte da frente) do tórax, une as 
costelas; 
b) Apêndice xifoide: porção inferior (parte baixa) do osso esterno; 
c) Clavícula: osso que liga os membros superiores ao tórax; 
d) Costelas: são em número de 12 pares, têm a forma de semiarcos, forma a caixa torácica 
e protege os órgãos do tórax como coração e pulmão. 
 
Figura 1: Caixa Torácica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptada Pixabay 
Esterno 
Apêndice Xifoide 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
O sistema cardiovascular é composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos, cuja 
função é carregar oxigênio e nutrientes para as células do corpo e transportar os resíduos das 
células corporais aos rins a fim de serem eliminados. 
O coração se contrai e se relaxa a fim de bombear sangue para todo o corpo, cada vez 
que ele se contrai, a corrente sanguínea pode ser sentida através da pulsação. Quando o 
coração deixa de bombear sangue, ocorre a parada cardíaca. 
O Sistema respiratório tem como órgão principal o pulmão, cuja principal função é 
garantir a troca de gases, mantendo o sangue oxigenado. 
 
Figura 2: Localização anatômica cardiovascular, renal e pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptada Pixabay 
 
Importante ... 
Conceitos importantes em Suporte Básico de vida 
Parada Cardiorrespiratória: Condição na qual o coração para de bater, interrompendo o fluxo sanguíneo 
para o cérebro e o resto do corpo. Quando a parada cardíaca é acompanhada de uma parada respiratória, 
ocorre a parada cardiopulmonar PCR 
Sinais: são alterações que o socorrista percebe, como: sangramento, suor excessivo, palidez, perda da 
consciência. 
Sintomas: São sensações que a vítima descreve como: calor, frio, dor, 
Urgência: Situação que demanda pressa, rapidez, porém pode esperar um pouco. 
Emergência: Situação grave, perigosa, requer atenção imediata, não pode esperar. 
 
Pulmão 
Coração 
Vasos 
Sanguíneos 
Rim 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
3 Suporte Básico de Vida 
O Suporte Básico de Vida(SBV) é um conjunto de técnicas e de procedimentos, 
considerado o primeiro atendimento a ser empregado em vítimas que estejam correndo risco 
de vida, podendo recebê-los na rua ou em ambiente doméstico. 
Os primeiros casos de ressuscitação cardiorrespiratória foram encontrados em 
citações bíblicas. No decorrer do processo histórico, várias técnicas de ressuscitação 
também foram relatadas como chicotadas no corpo e feitiçaria, utilizando 
instrumentos para produzir vento e fogo no intuito de ressuscitar a vítima. Os 
primeiros relatos de respiração boca a boca foi em 1744, descoberto por Tossach, que 
realizou esta técnica insuflando ar nos pulmões juntamente com a oclusão das narinas 
em uma vítima de acidente em mina de carvão. Em 1878, Dehaen descreveu a técnica 
da ressuscitação que inclui compressões no tórax da vítima, procedimento que deu 
início ao primeiro método de suporte de circulação em tórax fechado, no qual o 
pesquisador aplicava as pressões rítmicas no tórax de gatos e foi se aperfeiçoando até 
o início do surgimento Suporte Básico de Vida. O atendimento em emergência 
cardiorrespiratória e em ressuscitação cardiopulmonar desenvolveu-se a partir da 
década de 60, por meio de programas e procedimentos estandardizados, decorrentes 
de propostas de organizações internacionais para o treinamento em urgências e em 
medidas de técnicas básicas e avançadas (SOUZA et al, s.d, p.3). 
 
A realização imediata de compressões torácicas em uma vítima de parada 
cardiorrespiratória (PCR) contribui sensivelmente para o aumento das taxas de sobrevivência 
das vítimas de parada cardíaca. 
Cerca de 56 a 74% dos ritmos de PCR, no âmbito pré- hospitalar, ocorrem em fibrilação 
ventricular O sucesso da ressuscitação está intrinsecamente relacionado a uma 
desfibrilação precoce, ideal, dentro dos primeiros 3 a 5 minutos após o colapso. A cada 
minuto transcorrido do início do evento arrítmico súbito sem desfibrilação, as chances 
de sobrevivência diminuem em 7 a 10%. Com a RCP, essa redução é mais gradual, entre 
3 e 4% por minuto de PCR (SBC, 2013, p. 20). 
 
3.1 Cadeia de Sobrevivência 
Salvar uma vida envolve uma sequência de passos. Cada um deles influencia a 
sobrevivência. De acordo com a American Heart Association (AHA, 2015), o atendimento ao 
paciente em PCR, independentemente de onde ocorra, converge ao hospital. Pacientes que 
Para pensar ... 
Você sabia desde 1784 teve início a história da reanimação moderna? A técnica foi sendo aperfeiçoada cada 
vez mais, quando em 1966 a American Heart Association - AHA desenvolveu as Primeiras diretrizes de 
Ressuscitação. Conhece alguém que não seja profissional da saúde que já tenha prestado o suporte básico 
de vida a uma vítima? 
 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
apresentam uma PCR no ambiente extra-hospitalar, dependem de assistência da comunidade. 
Os socorristas leigos precisam saber reconhecer, pedir ajuda, iniciar RCP e aplicar a 
desfibrilação até a chegada do serviço médico de emergência (SME). 
 
Figura 3: Cadeia de Sobrevivência extra-hospitalar. 
 
 
 Fonte: Adaptado AHA, 2015 
 
 
Esses passos são frequentemente descritos como os elos da cadeia de sobrevivência. 
 
3.1.1 Reconhecimento precoce e pedido de ajuda: saber identificar a PCR e pedir 
ajuda precocemente. Os serviços de emergência devem ser chamados de imediato quando 
houver suspeita de um infarto ou de uma parada cardiorrespiratória. O número universal de 
emergência no Brasil 192. 
 Avaliação Inicial: envolve a avaliação da cena e a avaliação do paciente. Essa 
avaliação se aplica em pacientes inconscientes dentro do Suporte Básico de Vida (SBV). O 
objetivo da avaliação inicial consiste em checar o nível de consciência e respiração. Quando 
necessário, o socorrista deverá pedir ajuda ainda dentro da avaliação inicial. 
A avaliação inicial consta de cinco passos, lembrando que a segurança do socorrista 
vem em primeiro lugar. 
Saiba mais ... 
A American Heart Association atualiza a cada cinco anos as diretrizes de reanimação cardiopulmonar e 
atendimento cardiovascular de emergência. Este material é disponibilizado e utilizado em toda a América. 
Saiba mais sobre estas diretrizes, acessando o link https://goo.gl/T5B9hY 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
Checar a segurança do local: a segurança da cena é primordial para quem está 
socorrendo a vítima. Não cabe ao socorrista enfrentar locais com muita fumaça e fogo, sendo 
esse papel reservado aos profissionais treinados para esta função, como ao corpo de 
bombeiro e polícia, autoridades absolutas nessas circunstâncias. 
Checar a responsividade: esse segundo passo, consiste em paciente checar o nível de 
consciência e a permeabilidade das vias aéreas. Devemos adotar a posição do socorrista com 
um joelho no chão, apoiar as duas mãos na região superior do tórax e aplicar estímulos 
vigorosos ao mesmo tempo que chamamos o paciente: “SENHOR, SENHOR, PODE ME 
OUVIR?” 
 
Figuras 4: Avaliação da responsividade. 
 
 
Fonte: Adaptado Sobrevivencialismo 
Checar a Respiração: caso o paciente não responda, devemos então proceder ao 
terceiro passo que consiste em checar a respiração. 
Para isso, devemos observar o tórax da vítima em busca de movimentos de elevação 
torácica, compatíveis com uma respiração eficaz. 
Vale salientar que é possível encontrar movimentos compatíveis com respiração 
agônica que deverão ser considerados como PARADA RESPIRATÓRIA. 
 
Figuras 5: Checando a respiração. 
 
 
 
 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
 
Fonte: Fonte: Adaptado Sobrevivencialismo Fonte: Pixabay 
Pedir Ajuda: uma vez identificada a Parada Respiratória, devemos imediatamente 
solicitar ajuda! 
Para isso, devemos designar alguém que: deverá ligar para o 192 (SAMU) e solicitar um 
Desfibrilador Externo Automático (DEA). 
“Ei você! Ligue para o 192 e Traga um DEA!” 
 
Figura 6: Solicitando ajuda. 
 
Fonte: Adaptado Sobrevivencialismo 
 
A princípio, deveria ter um DEA por perto para que a desfibrilação não fosse retardada 
(3º Elo da Cadeia da Sobrevivência). Existe uma Lei na cidade de São Paulo, Lei nº 13.945, de 
7 de janeiro de 2005, que obriga ter um DEA nos Locais públicos. Já no Rio de Janeiro, um 
projeto de lei está em tramitação desde 2012, projeto de lei nº 1708/2012, que prevê a 
utilização de DEA em transportes coletivos. A tendência é que esse equipamento seja cada 
vez mais popularizado e disponível em locais públicos e privados pela importância que possui 
na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). 
3.1.2 Reanimação cardiopulmonar (RCP) precoce: para ganhar tempo se ocorrer uma 
PCR (o coração para), iniciar compressões torácicas de imediato poderá duplicar as chances 
da vítima sobreviver. Portanto, deve-se iniciar as compressões cardíacas imediatamente. 
Para aplicar corretamente compressões torácicas num adulto, siga os passos a seguir: 
1. Posicionar-se ao lado da vítima; 
 
 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
 
 
 
Figura 7: Posicionamento correto para início da RCP. 
 
Fonte: pixabay 
2. Certificar-se que a vítima está deitada de costas sobre uma superfície firme e plana; 
3. Afastar/remover as roupasque cobrem o tórax da vítima; 
4. Colocar a base de uma mão no centro do tórax, entre os mamilos; 
 
Figura 8: Localização das mãos. 
 
Fonte: Adaptado Sobrevenvicialismo 
5. Colocar a outra mão sobre a primeira entrelaçando os dedos; 
 
Figura 9: Entrelaçando os dedos no momento da RCP. 
 
 
 
 
 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
 
Fonte: Fonte: Adaptado Sobrevivencialismo 
 
6. Braços e cotovelos esticados com os ombros na direção das mãos; 
 
Figura 10: Posicionamento correto 
 
 
Fonte: Adaptado Sobrevivencialismo 
 
7. Aplicar compressão sobre o esterno, deprimindo o esterno 5-6 cm a cada 
compressão (as compressões torácicas superficiais podem não produzir um fluxo sanguíneo 
adequado); 
8. No final de cada compressão, garantir a reexpansão total do tórax, aliviando toda a 
pressão sem remover as mãos do tórax (o retorno completo da parede torácica permite que 
mais sangue encha o coração entre as compressões torácicas); 
9. Aplicar compressões de forma rítmica a uma frequência de pelo menos 100 a 120 
por minuto (evidências científicas demonstram que esta frequência produz um fluxo 
sanguíneo adequado e melhora a sobrevivência; ajuda se contar as compressões em voz alta); 
10. NUNCA INTERROMPER AS COMPRESSÕES MAIS DO QUE 5 SEGUNDOS (com o 
coração parado, quando não se comprime o tórax, o sangue não circula). 
Lembre-se de um coração que se encontra parado tende a permanecer parado, daí a 
importância das compressões. As compressões devem ser rápidas e fortes. 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
 
3.1.3 Desfibrilação precoce: ter acesso, de preferência, no local na PCR a um 
Desfibrilador Externo Automático (DEA) e aplicar o choque, quando indicado, precocemente. 
Para reiniciar o coração, na maioria dos casos de PCR, o coração para de bater, eficazmente, 
devido a uma perturbação do ritmo designada fibrilação ventricular (FV). O único tratamento 
eficaz para a FV é a administração de um choque elétrico (desfibrilação). 
Desfibrilador Externo Automático (DEA): é um aparelho eletrônico portátil que 
diagnóstica automaticamente as arritmias cardíacas letais e tratá-las através da desfibrilação, 
corrente elétrica que promove uma parada instantânea da atividade elétrica do coração, 
dando a oportunidade deste retornar ao ritmo normal. 
De acordo dom o IBRAPH (2014), o DEA é um aparelho fantástico, desenvolvido para 
que qualquer pessoa pudesse administrar a uma vítima de PCR sempre que indicado. 
O DEA é muito simples de ser utilizado e foi programado para analisar o ritmo cardíaco 
do paciente, reconhecer arritmias e disparar o choque quando necessário. 
O aparelho emite sons, orientando todo o procedimento. 
 
Figura 11: Posicionamento adequado das pás do DEA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Reiniciar RCP 
Fonte: Adaptado Sobrevivencialismo 
 
DEA 
Colar as Pás no tórax da Vítima 
Encaixar o Conector das Pás 
Ouvir 
Analisando Ritmos / Afastar 
Choque Indicado? 
Sim Não 
Carregar + Chocar Indicado 
Posicionar ao lado da cabeça da vítima + LIGAR 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
Suporte Avançado Rápido: esse passo como o anterior, depende do primeiro elo da 
cadeia. Não devemos esquecer de solicitar ajuda! 
Cuidados PÓS-PCR: todo paciente vítima de PCR, quando reanimado deverá ter a causa 
da PCR tratada e receber os cuidados pós PCR em unidade de terapia intensiva. 
 
3.1.4. Situações em que não devemos iniciar a reanimação cardiopulmonar 
A função de constatação do óbito pertence exclusivamente ao profissional medico, 
porém antes de tomar a decisão de iniciar a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), você deve 
avaliar a vítima. Basicamente, são três os achados durante a avaliação inicial que conduzem 
ao diagnóstico de Parada Cardiorrespiratória (PCR): inconsciência, ausência de movimentos 
respiratórios e ausência de pulso central (no adulto utilizamos o pulso carotídeo). 
A não identificação desses sinais de PCR representa a primeira indicação para não 
iniciar a RCP. Além disso, existem mais 5 situações, no SBV, que autoriza o socorrista a não 
iniciar a RCP. 
• Decapitação • Carbonização • Evisceração • Decomposição • Rigor Mortis (Rigidez 
Cadavérica) 
Tais situações são incompatíveis com a vida, por esses motivos os esforços de 
Ressuscitação seriam inúteis. As 5 situações descritas são facilmente identificáveis, sendo 
assim um indivíduo, que não tenha conhecimento na área médica, não corre o risco de deixar 
de reanimar um paciente com chances de sobrevida. 
4 Considerações finais 
Evidências demostram que o conhecimento e o tempo são um alinhado quando o 
assunto é salvar vidas. O ensino do suporte básico de vida (SBV) visa a familiarizar a população 
a reconhecer os sinais de parada cardiorrespiratória (PCR), sua atuação na reanimação 
cardiopulmonar (RCP), como também o uso dos desfibriladores externos automáticos, 
reduzindo assim o índice de lesões e morte, em indivíduos adultos de diferentes faixas etárias. 
Faz-se necessário a implantação de programas de treinamentos em bairros e em 
grandes centros urbanos, haja vista que há evidencias claras que a sobrevida aumenta quando 
a RCP é presenciada e prontamente tratada. 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
5 Referências 
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Heart Association 2015 para RCP e ECC. Disponível em: https://goo.gl/T5B9hY. Acesso em: 06 
de fev. 2016. 
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines CPR ECC. Destaques das Diretrizes da American 
Heart Association 2010 para RCP e ECC. Disponível em: http://goo.gl/3n6fJ8. Acesso em: 06 
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Antonia Lúcia S. Silva Março/2016 
PIXABAY. Disponível em: www.pixabay.com.br Acesso em 06 de fev. 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capa e Diagramação 
Laize Andrade Soares 
Raphael Moura Mascarenhas

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