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CAMPUS GUARAPUAVA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL B PROFESSORA RAFAELLA SALVADOR PAULINO CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO PORLAND, AGREGADO MIÚDO E AGREGADO GRAÚDO BIANCA IANSEN DE MATTOS, RA: 1931326 PIETRO MARQUETE THOMAZOTTI, RA: 1931326 7 DE MAIO DE 2019 1. INTRODUÇÃO Com intuito de caracterizar os agregados utilizados na confecção de concreto em geral, foram realizados os experimentos abaixo descritos, sendo assim o principal objetivo do relatório subsequente é apresentar os dados obtidos em laboratório de maneira que estes dados sejam utilizados posteriormente na dosagem correta do concreto que será fabricado em laboratório para que sejam confirmadas as especificações dos materiais utilizados através da resistência dos corpos de prova moldados de acordo com a identificação executada. Os ensaios foram executados de maneira prática e os dados apresentados estão rigorosamente de acordo com as tarefas práticas de maneira que os resultados obtidos tem alta confiabilidade numérica. 1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Materiais de construção civil são definidos como todo e qualquer material utilizado em obras de edificações, durante sua execução. Dois exemplos popularmente conhecido de material são o concreto e a argamassa, onde, para a sua produção, é necessário fazer uso de agregados e aglomerantes, respectivamente. Segundo Bauer (2008), a definição de agregado é: “Material particulado, incoesivo, de atividade química praticamente nula, constituído de misturas de partículas cobrindo extensa gama de tamanhos.” Na engenharia civil, fazem parte da composição de argamassas e concretos, possuem papel fundamental na resistência mecânica, na durabilidade e na redução de custo da obra. Em sua maioria são encontrados na natureza, podendo ou não passar por processos de beneficiamentos, mas também existem alguns que originam de subprodutos de atividades industriais. Os agregados podem ser classificados quanto às dimensões de suas partículas, como miúdos ou graúdos. Agregados miúdos são aqueles que suas partículas passam pela peneira de malha quadrada com abertura nominal de 4,8mm (ABNT #4) e ficam retidos na peneira com abertura de 0,075mm (ABNT #200). Os agregados que passam pela peneira com abertura de 152 mm e ficam retidos na peneira com abertura de 4,8mm são classificados como agregados graúdos. Já os aglomerantes são empregados na construção civil para aglomerar ou fixar outros materiais, influenciando a resistência do material resultante. São materiais pulverulentos que, segundo Araújo (2010), tem por definição: “Aglomerante é o material ativo, ligante, em geral pulverulento, cuja principal função é formar uma pasta que promove a união entre os grãos do agregado. São utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria pasta e, também, na confecção de natas.” A principal finalidade dos aglomerantes é formar uma pasta que promove a união entre os agregados que são utilizados na produção de argamassas e concretos. No presente relatório serão abordados ensaios que utilizam os seguintes materiais: brita, areia, gesso e cimento Portland. A pedra brita é um agregado graúdo artificial gerado por processo industrial, chamado de britagem. Esse processo gera diferentes tamanho de brita, cada um com um nome e aplicação diferente. A brita é originada de rochas compactadas ocorrentes de jazidas, obtida por fragmentação da rocha maciça. A areia é um agregado miúdo com origem natural ou de processos industriais como a britagem. É classificada em areia fina, média e grossa. O gesso é um aglomerante de pega rápida, isso significa que possui endurecimento rápido, que apresenta alta plasticidade em seu estado fresco. É obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita, seguida de moagem. O cimento Portland é a denominação técnica do cimento, um pó que endurece sob a ação da água. Por definição, é: Aglomerante hidráulico resultante da mistura homogênea de clínquer Portland, gesso e adições normatizadas finamente moídas” (MARTINS et al., 2008). A mistura de água, aglomerantes e agregados resulta no concreto, material que apresenta características resultantes dependentes dos tipos de materiais que foram utilizados na sua produção. Devido a isso, se torna necessário analisar, de maneira detalhada, os constituintes do concreto, afim de alcançar os aspectos desejados. A análise dos constituintes é feita através de ensaios de caracterização, todos com recomendações normatizadas. Tratando-se dos aglomerantes, três características são de suma importância: massa específica, índice de finura e tempo de pega. O ensaio de Massa Específica do Cimento Portland é normatizado pela NBR NM 23:2001 e tem como objetivo determinar a massa específica, que é a razão entre massa e volume, do Cimento Portland e outros materiais em pó. O ensaio é feito utilizando o frasco de Le Chatellier e um líquido que não reage quimicamente com o material e que tenha densidade igual ou superior a 0,731 g/cm³ e inferior à dos materiais a serem utilizados no ensaio. Outro ensaio realizado com o Cimento Portland é o de Índice de Finura, recomendado pela norma NBR 11597:1991. O objetivo do ensaio é determinar a porcentagem, em massa, de cimento cujas dimensões de grãos são maiores que 75µm. Para que esse valor seja alcançado faz-se uso da peneira número 200, com abertura de 75µm, acompanhada de fundo e tampa de acordo com a EB-22. Sabe-se, também, que tempo de pega é o tempo que os aglomerantes levam para iniciar o processo de endurecimento da pasta onde são empregados. O ensaio que determina esse tempo é chamado de Determinação do Tempo de Pega, normatizado pela NBR NM 65:2003, que utiliza o aparelho de Vicat. O início do tempo de pega é caracterizado pelo rápido aumento da viscosidade e pela elevação de temperatura, em condições de ensaio é o intervalo de tempo desde a adição de água até a agulha de Vicat penetrar até uma distância de (4±1)mm da base. Fim do tempo de pega, também em condições de ensaio, é o tempo desde a adição de água até a agulha de Vicat penetrar 0,5mm na pasta, caracterizado pela solidificação total da pasta. Em relação aos agregados as características que devem ser analisadas são a composição granulométrica, massa unitária, volume de vazios, massa específica absorção de água, abrasão e material pulverulento . Para analisar a composição granulométrica é feito o ensaio de Determinação da composição granulométrica, recomendado pela NBR NM 248:2003. O ensaio é feito para agregados graúdos e miúdos, utilizando peneiras da série normal e intermediária, com tampa e fundo, de acordo com a norma NM-ISSO 3310-1 ou 2. A massa unitária e o volume de vazios para os agregados graúdos e miúdos é determinada através do ensaio normatizado pela NBR NM 45:2006, onde para cada tipo de agregado é aplicado um método diferente. Agora, para os agregados miúdos tem-se o ensaio de Determinação da massa específica por meio do frasco Chapman, normatizado pela NBR 9776:987, e a Determinação do material fino que passa através da peneira 75µm, por lavagem, onde o teor de material pulverulento é encontrado, normatizado pela NBR NM 46:2003. Já para os agregados graúdos tem-se o ensaio de Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água, normatizado pela NBR NM 53:2003, e o ensaio de Abrasão de Los Ángeles, normatizado pela NBR NM 51:2001, onde é encontrado a porcentagem de perda por abrasão do material. 2. ENSAIOS 2.1. MassaEspecífica do Cimento Portland 2.1.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados são os listados abaixo: • Frasco Volumétrico de Le Chatelier; • Balança; • Misturador; • Aguarrás; • Cimento Portland. A realização do ensaio teve como base a NBR NM 23:2001 Cimento Portland e outros materiais em pó – Determinação da massa específica. Como reagente utilizou-se aguarrás, um líquido que não reage quimicamente com o material. Para iniciar o frasco de Le Chatelier foi preenchido com aguarrás até seu nível ficar compreendido entre 0 e 1 cm³. A medida atingida 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 foi registrada com precisão de 0,1 cm³. Figura 1 – Aguarrás Figura 2 – Volume inicial Em seguida, 60,02 gramas de cimento Portland são pesadas em uma balança com resolução de 0,01 gramas, e então adicionadas ao frasco que contém aguarrás. A nova medida 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 atingida foi registrada com precisão de 0,1 cm³. Um misturador foi utilizado para impedir que houvesse aderência da amostra nas paredes internas do frasco. Figura 3 – Cimento Portland Figura 4 – Amostra sendo depositada no frasco de Le Chatelier Figura 5 – Volume final 2.1.2. Resultados e Análises A massa específica do Cimento Portland é dada pela fórmula: 𝜌 = 𝑚 𝑉 𝜌: massa específica, em gramas por centímetro cúbico; 𝑚: massa da amostra ensaiada, em gramas; 𝑉: volume descolado (𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙), em centímetros cúbicos. Os dados coletados no ensaio estão apresentados abaixo: Dados Coletados Massa da amostra 60,02 gramas Volume Inicial (𝑽𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍) 0,4 cm³ Volume Final (𝑽𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍) 20,06 cm³ Volume Descolado 20,02 cm³ Tabela 1 - Dados Coletados no Ensaio 1 Logo, a massa específica do Cimento Portland é de 2,97g/cm³. De acordo com o fabricante do Cimento Portland, sua massa específica é de 3,15g/cm³, logo o resultado encontrado no ensaio é aceitável. 2.2. Índice de Finura do Cimento Portland 2.2.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados são os seguintes: • Balança; • Conjunto de peneiras: 0,75µm e fundo; • Cimento Portland. Tendo como base a NBR 11579:1991 Cimento Portland – Determinação da finura por meio da peneira 75µm (nº 200), uma amostra de 200,4 gramas de Cimento Portland, mostrado na figura 2, foi pesada e colocada sobre a peneira nº 200. Em seguida, o conjunto de peneiras foi agitado manualmente por 15 minutos. O material que passou para o fundo da peneira foi pesado. Figura 6 – Amostra inicial Figura 7 – Conjunto de peineiras Figura 8 – Material retido na peneira nº200 2.2.2. Resultados e Análises O índice de finura do Cimento Portland é determinado pela seguinte fórmula: 𝐹 = 𝑅𝐶 𝑀 × 100 𝐹: índice de finura, em porcentagem; 𝑅: massa do material retido, em gramas; 𝐶: fator de correção da peneira, de acordo com EB-22; 𝑀: massa da amostra, em gramas. A tabela abaixo apresenta os dados coletados durante o ensaio: Dados Coletados Massa da amostra 200,4 gramas Massa do material que passou pela peneira nº 200 191,67 gramas Massa do material que ficou retida na peneira nº200 8,73 gramas Tabela 2 - Dados Coletados no Ensaio 2 Então, o índice de finura do cimento encontrado é de 4,36%. 2.3. Tempo de Pega do Gesso 2.3.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados estão listados abaixo: • Aparelho de Vicat; • Moldes; • Desmoldante; • Gesso. Esse ensaio foi feito considerando as recomendações feita pela NBR NM 65:2003 Cimento Portland – Determinação do tempo de pega. Para poder dar início ao ensaio, aplicou-se desmoldante nos moldes que seriam utilizados. Logo em seguida o de gesso foi preparado com 50% de água, diferente da recomendação do fabricante que é 70% de água na mistura. O preparo da pasta de gesso foi feito com 200 gramas de gesso e 100 mililitros de água. Figura 9 - Embalagem Gesso Figura 10 - Aparelho de Vicat, Molde e Desmoldante Figura 11 - Preparo do Gesso Em seguida a pasta de gesso é colocado no molde, e, com o indicador na marca zero, o molde é posicionado sob a agulha do Aparelho de Vicat, de modo que a agulha esteja e contato com a pasta de gesso. A cada 2 minutos, as partes móveis são liberadas fazendo a agulha penetrar na pasta. O ensaio de penetração foi repetido no mesmo molde até que a agulha penetre apenas 0,5 milímetros, ou menos. Figura 12 - Pasta de Gesso sendo colocada no molde Figura 13 – Aparelho de Vicat 2.3.2. Resultados e Análises Pela norma, tem-se que o início do tempo de pega se dá quando a distância entre a agulha de Vicat e a placa da base é de (4±1) milímetros. O fim do tempo de pega se dá no momento que a agulha de Vicat penetra apenas 0,5 milímetros na pasta de gesso. A tabela abaixo apresenta os dados coletados no ensaio: Tempo decorrido (min) Penetração (mm) 0 Passou tudo 2 Passou tudo 4 22 6 21 8 9 10 0,25 Tabela 3 - Dados coletados no ensaio 3 Temos, então, que o início do tempo de pega ocorre entre 2 e 4 minutos e o fim do tempo de pega ocorre em 10 minutos, aproximadamente. 2.4. Granulometria – Agregados Miúdos 2.4.1. Materiais e Métodos Os seguintes materiais listados foram utilizados: • Agitador mecânico; • Conjunto de peneiras para agregado miúdo; • Areia. Primeiramente um conjunto de peneiras que atende às normas NM-ISSO 3310-1 ou 2 foi organizado de acordo com a abertura das peneiras, seguindo a ordem crescente: fundo, 75µm, 150µm, 300µm, 600µm, 1,18mm, 1,7mm e 4,75mm. Seguindo as recomendações da norma NBR NM 248:2003 – Agregados: Determinação da composição granulométrica, na última peneira desse conjunto, com abertura de 4,75mm, foi depositado uma amostra de 500,12 gramas de areia. Em seguida, as peneiras foram colocadas em um agitador mecânico, onde permaneceram em agitação por 3 minutos. Figura 14 - Conjunto de peneiras no agitador Decorrido os 3 minutos, o conjunto foi retirado do agitador e foi pesado a quantidade de material que ficou retido em cada peneira. 2.4.2. Resultados e Análises A tabela abaixo mostra, em gramas, o material que ficou retido em cada peneira, além da porcentagem retida ao total inicial de 500,12 gramas de amostra. Abertura da peneira Material Retido (g) % Retida % Retida Acumulada 4,75mm 0,14 0,028 0,028 1,7mm 3,18 0,636 0,664 1,18mm 3,72 0,744 1,408 600µm 29,44 5,887 7,294 300µm 167,98 33,588 40,882 150µm 253,99 50,786 91,668 75µm 38,15 7,628 99,296 fundo 3,52 0,704 100,000 Tabela 4 - Granulometria Agregados Miúdos Para analisar a porcentagem retida acumulada da amostra para cada peneira é feita uma curva granulométrica, apresentada abaixo. Gráfico 1 - Curva Granulométrica Através da soma das porcentagens retidas acumuladas possível é obter o módulo de finura, dado pela fórmula: 𝑀ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑢𝑟𝑎 = ∑ % 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 100 Logo, o módulo de finura da areia é de 3,412. Também é possível analisar a dimensão máxima característica, que diz respeito a peneira na qual a porcentagem retida acumulada é inferior ou igual a 5%, desde que essa porcentagem seja superior a 5% na peneira imediatamente abaixo. No caso da amostra utilizada, a dimensão máxima característica é de 1,18mm. 2.5. Granulometria – Agregados Graúdos2.5.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados foram: • Agitador mecânico • Conjunto de peneiras para agregado graúdo • Brita 0,000 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 60,000 70,000 80,000 90,000 100,000 0,000 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 % R e ti d a A c u m u la d a Abertura Peneiras (mm) Curva Granulométrica Seguindo as recomendações da norma NBR NM 248:2003 – Agregados: Determinação da composição granulométrica, o ensaio iniciou com as peneiras dispostas da seguinte ordem, de baixo para cima: fundo, 9,5mm, 12,7mm, 19,1mm, 25,4mm e 38,1mm. Foi colocado sobre a peneira de abertura 38,1mm 9,95 quilogramas de brita, então o conjunto foi levado ao agitador mecânico e permaneceu em agitação por 3 minutos. Figura 15 - Agitador Mecânico Agregado Graúdo Decorrido o tempo, o material retido em cada peneira foi pesado. 2.5.2. Resultados e Análises O material retido em cada peneira, bem como sua porcentagem retida e a porcentagem retida acumulada estão apresentadas na tabela abaixo. Abertura da peneira Material Retido (g) % Retida % Retida Acumulada 38,1 0 0 0 25,4 0 0 0 19,1 0 0 0 12,7 3,65 5,887 7,294 9,5 4,25 33,588 40,882 fundo 2,05 50,786 91,668 Tabela 5 - Granulometria Agregados Graúdos Gráfico 2 - Curva Granulométrica Agregado Graúdo O gráfico acima mostra a curva granulométrica do material. Sabendo que o módulo de finura é dado pela fórmula abaixo, tem-se que o módulo de finura da amostra é de 2,16. 𝑀ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑢𝑟𝑎 = ∑ % 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 100 Sabendo que a dimensão máxima característica é a peneira que apresenta porcentagem retida acumulada inferior ou igual a 5%, desde que essa porcentagem seja superior a 5% na peneira imediatamente abaixo, tem-se que a dimensão máxima característica da amostra é de 19,1mm. 2.6. Massa Unitária – Agregados Miúdos 2.6.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados foram os seguintes: • Areia; • Balde metálico; • Balança; • Adensador. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 1 2 3 4 5 6 7 % R e ti d a A c u m u la d a Abertura Peneiras (mm) Curva Granulométrica O ensaio segue as recomendações da NBR NM 45:2006 – Agregados: Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Inicialmente, em um balde com 28,2 centímetros de altura, 22 centímetros de diâmetro e com peso de 1,05 quilogramas, foi colocado 3 camadas de areia, onde cada camada recebeu 25 golpes com o adensador. Por fim, o balde foi pesado novamente. Figura 16 – Amostra sendo pesada O peso final da areia adensada encontrado foi de 18,6kg. 2.6.2. Resultados e Análises A massa unitária é calculada pela fórmula: 𝜌𝑎𝑝 = (𝑚𝑎𝑟 − 𝑚𝑟) 𝑉 𝜌𝑎𝑝: massa unitária do agregado, em quilogramas por metro cúbico. 𝑚𝑎𝑟: massa do recipiente mais o agregado, em quilogramas. 𝑚𝑟: massa do recipiente, em quilogramas. 𝑉: volume do recipiente, em metros cúbicos. Os dados coletados estão apresentados na tabela abaixo. Dado Valor encontrado 𝒎𝒂𝒓 18,6 kg 𝒎𝒓 1,05 kg Altura Recipiente 0,282 m Diâmetro Recipiente 0,22 m 𝑽 0,01072 Tabela 6 - Dados Coletados no Ensaio 6 Logo, a massa unitária do agregado é de 1,637 × 103 kg/m³. 2.7. Massa Unitária – Agregados Graúdos 2.7.1. Materiais e Métodos Os seguintes materiais foram utilizados: • Brita; • Balde metálico; • Balança; • Adensador. Utilizando um balde que possui 28,2 centímetros de altura, 22 centímetros de diâmetro e com peso de 1,05 quilogramas, foi colocado 3 camadas de brita, onde cada camada recebeu 25 golpes. Ao final do processo, o balde com a brita foi pesado novamente. O ensaio foi realizado seguindo as recomendações da NBR NM 45:2006 – Agregados: Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Figura 17 – Amostra sendo pesada O peso final encontrado foi de 19,55kg. 2.7.2. Resultados e Análises A massa unitária é calculada pela fórmula: 𝜌𝑎𝑝 = (𝑚𝑎𝑟 − 𝑚𝑟) 𝑉 𝜌𝑎𝑝: massa unitária do agregado, em quilogramas por metro cúbico. 𝑚𝑎𝑟: massa do recipiente mais o agregado, em quilogramas. 𝑚𝑟: massa do recipiente, em quilogramas. 𝑉: volume do recipiente, em metros cúbicos. A tabela abaixo apresenta dos dados encontrados. Dado Valor encontrado 𝒎𝒂𝒓 19,55 kg 𝒎𝒓 1,05 kg Altura Recipiente 0,282 m Diâmetro Recipiente 0,22 m 𝑽 0,01072 Tabela 7 - Dados Coletados no Ensaio 7 A massa especifica da brita é de 1,73 × 103 kg/m³. 2.8. Massa Específica – Agregados Miúdos 2.8.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados são: • Areia; • Água; • Balança; • Frasco de Le Chatelier; • Estufa. O ensaio segue as recomendações da norma NBR 9776:1987 – Agregado Miúdo: Massa específica e volume de vazios. Inicialmente, uma amostra de 500 gramas de areia foi separada. Então 200ml de água foi adicionado ao frasco Le Chatelier e, em seguida, a amostra foi adicionada também ao frasco. Figura 18 - Amostra sendo adicionada ao frasco Figura 19 - Volume final O volume inicial, do frasco só com água, e o volume final, do frasco com água e areia, foram anotados. 2.8.2. Resultados e Análises A massa específica é determinada através da fórmula abaixo: 𝛾 = 𝑚 𝑉𝑖 − 𝑉𝑓 𝛾: massa específica, em gramas por centímetros cúbicos. 𝑚: massa da amostra, em gramas 𝑉𝑖: volume inicial, leitura do frasco com apenas água, em mililitros. 𝑉𝑓: volume final, leitura do frasco com água e areia, em mililitros. A tabela abaixo apresenta os dados coletados durante o ensaio. Dado Valor encontrado Massa da Amostra 500g Volume Inicial 200ml Volume Final 387ml Tabela 8 - Dados Coletados no Ensaio 8 Logo, a massa específica da areia é de 2,67g/cm³. 2.9. Massa Específica – Agregados Graúdos 2.9.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados estão listados abaixo. • Balança; • Brita; • Água; • Recipiente vazado; • Estufa. Realizou-se esse ensaio com base nas recomendações da NBR NM 53:2003 – Agregado Graúdo: Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Devido a problemas com a balança, o ensaio teve pequenas alterações. Uma amostra de 1 quilograma de brita foi pesada e depositada em um recipiente vazado. Em seguida, esse recipiente, contendo a amostra, foi mergulhado em outro recipiente com água, de forma que ficasse submerso. Figura 20 - Amostra Submersa Como a balança que seria utilizada para pesagem da amostra submersa não estava funcionando corretamente, os volumes: inicial, recipiente apenas com água, e final, recipiente com água e amostra submersa, foram anotados e utilizados no cálculo da massa específica. 2.9.2. Resultados e Análises A massa específica do agregado seco é calculada através da seguinte fórmula: 𝑑 = 𝑚 𝑚𝑠 − 𝑚𝑎 𝑑: massa específica do agregado seco, em gramas por centímetro cúbico. 𝑚: massa ao ar da amostra seca, em gramas. 𝑚𝑠: massa ao ar da amostra na condição saturada superfície seca, em gramas. 𝑚𝑎: massa da amostra submersa, em gramas. Nota-se que a diferença (𝑚𝑠 − 𝑚𝑎) é numericamente igual ao volume do agregado, excluindo-se os vazios permeáveis. Temos, também, a massa específica aparente, calculadapela fórmula apresentada abaixo. 𝑑𝑎 = 𝑚 𝑚 − 𝑚𝑎 𝑑𝑎: massa específica aparente, em gramas por centímetro cúbico. 𝑚𝑠: massa da amostra ao ar seca em estufa, em gramas. 𝑚𝑎: massa da amostra submersa, em gramas. Pode-se perceber que a diferença (𝑚 − 𝑚𝑎) é numericamente igual ao volume do agregado, incluindo-se os vazios permeáveis. Por fim, a absorção de água é calculada por: 𝐴 = 𝑚𝑠 − 𝑚 𝑚 × 100 𝐴: absorção de água, em porcentagem. 𝑚𝑠: massa ao ar da amostra na condição saturada superfície seca, em gramas. 𝑚: massa ao ar da amostra seca, em gramas. A tabela abaixo apresenta os dados coletados durante o ensaio. Dado Valor encontrado Massa da Amostra (seca ao ar) 1000g Massa da Amostra (seca em estufa) 990g Massa da Amostra (saturada superfície seca) 1020g Volume Inicial 9000cm³ Volume Final 11000cm³ Tabela 9 - Dados Coletados no Ensaio 9 Logo, a massa específica aparente é de 0,5g/cm³ e a absorção de água é de 2%. A massa específica não foi possível calcular por falta de dados. 2.10. Abrasão de Los Angeles 2.10.1. Materiais e Métodos Os materiais utilizados foram os seguintes: • Máquina Los Angeles; • 8 esferas metálicas; • Peneira com abertura de malha de 1,7mm; • Brita. Seguindo as recomendações da NBR NM 51:2001 Agregado Graúdo – Ensaio de abrasão “Los Ángeles”, uma amostra de 10 quilogramas de brita foi colocada no equipamento junto com 8 esferas metálicas, que servem para quebrar a brita. Após rotacionar 7 minutos, a amostra foi retirada e passada na peneira com abertura de malha de 1,7 milímetros. Figura 21 – Máquina Los Angeles Em seguida, o material que ficou retido na peneira foi lavado e colocado em estufa por 24 horas. Decorrido o tempo, o material foi pesado. 2.10.2. Resultados e Análises Para determinar a porcentagem da perda por abrasão do agregado graúdo, utiliza-se a seguinte fórmula: 𝑃 = 𝑚 − 𝑚1 𝑚 × 100 𝑃: perda por abrasão, em porcentagem. 𝑚: massa da amostra seca, em gramas. 𝑚1: massa do material retido na peneira com abertura 1,7mm, em gramas. A tabela abaixo apresenta os dados encontrados durante o ensaio. Dado Valor encontrado Massa da amostra 10.000g Massa da amostra seca em estufa 9.300g Massa retida na peneira 1,7mm 10.000g Tabela 10 - Dados Coletados no Ensaio 10 Logo, a perda por abrasão é de 7%. 2.11. Teor de Material Pulverulento 2.11.1. Materiais e Métodos Os materiais que foram utilizados são: • Peneira com abertura de malha de 0,75 µm; • Areia. Esse ensaio teve como base as recomendações da norma NBR NM 46:2006 Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75µm, por lavagem. Inicialmente uma amostra de 200 gramas de areia foi depositada na peneira, e ambas colocadas sob água corrente até que apenas a água passasse pela peneira. Figura 22 - Lavagem da amostra Em seguida, o material que ficou retido na peneira foi colocado em estufa por 24 horas e depois foi pesado. 2.11.2. Resultados e Análises Para a determinação do material pulverulento, material fino que passa através da peneira 75µm, se faz uso da fórmula: 𝑚 = 𝑚𝑖 − 𝑚𝑓 𝑚𝑖 × 100 𝑚: porcentagem de material fino. 𝑚𝑖: massa inicial da amostra seca, em gramas. 𝑚𝑓: massa final após lavagem e estufa, em gramas. Os dados coletados durante o ensaio estão apresentados na tabela a seguir. Dado Valor encontrado Massa inicial da amostra seca 200g Massa final após lavagem e estufa 193,93g Tabela 11 - Dados Coletados no Ensaio 11 Daí, obtém-se que a porcentagem de material pulverulento é de 3,03%. 3. CONCLUSÃO A partir dos resultados obtidos pode-se observar que estes tiveram grande índice de semelhança com os valores esperados de acordo com as normas utilizadas que regeram os experimentos, sendo assim, conclui-se então, que os materiais utilizados no laboratório tem alta confiabilidade técnica e que as experimentações foram executadas da maneira correta de modo que os objetos de estudo podem ser empregados futuramente, de acordo com a dosagem correta, em concretos que obterão índices de resistência dentro do esperado para tal. Referindo-se ao conhecimento agregado durante as práticas laboratoriais pode-se analisar o quão importante é a caracterização das matérias utilizadas em um canteiro de obras para que as resistências esperadas das estruturas estejam de acordo com a especificação técnica recomendada pelo projetista e não sejam geradas estruturas com menor qualidade devido a equívocos de execução e análise dos materiais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS AGREGADOS E AGLOMERANTES. Apostila. Disponível em: <http://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosupload/17310/materi al/apostila%20maco%20i%20-%20agregados%20e%20aglomerantes.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2019. BAUER, L. A FALCÃO. Materiais de construção. 1 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994. INDUSTRIA HOJE. Como é feito o concreto. Disponível em: <https://industriahoje.com.br/como-e-feito-o-concreto>. Acesso em: 27 abr. 2019. INSTITUTO DA CONSTRUÇÃO. Brita ou pedra britada: conheça os diferentes tipos e funções. Disponível em: <https://www.institutodaconstrucao.com.br/blog/brita-ou-pedra-britada-conheca- os-diferentes-tipos-e-funcoes/>. Acesso em: 27 abr. 2019. LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Agregados. Disponível em: <http://www.joinville.udesc.br/portal/departamentos/dec/labmcc/materiais/mcc_ii_p rof_tiago/apostila%20mcc-ii.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2019. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. Apontamentos de aula. Disponível em: <http://www.dryplan.com.br/media/posts/anexos/f5be889278.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2019. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. Apostila. Disponível em: <http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/_pdf/apostila_mcb.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2019. PORTAL DO CONCRETO. O que é concreto?. Disponível em: <https://www.portaldoconcreto.com.br/o-que-e-concreto>. Acesso em: 27 abr. 2019. TECNOSILBR. Agregados para concreto: o que são e para que servem?. Disponível em: <https://www.tecnosilbr.com.br/agregados-para-concreto-o-que- sao-e-para-que-servem/>. Acesso em: 27 abr. 2019. ABNT, NBR NM 23:2001 – Cimento Portland e outros materiais em pó: Determinação da massa específica. ABNT, NBR NM 65:2003 – Cimento Portland: Determinação do tempo de pega. ABNT, NBR 11597:1991 – Cimento Portland: Determinação da finura por meio da peneira 75µm (nº 200). ABNT, NBR NM 248:2003 – Agregados: Determinação da composição granulométrica. ABNT, NM 45:2006 – Agregados – Determinação da massa unitária e do volume de vazios. ABNT, NBR 9776:1987 – Agregados - Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio do frasco Chapman. ABNT, NBR NM 46:2003 – Agregados: Determinação do material fino que passa através da peneira 75µm, por lavagem. ABNT, NBR NM 53:2003 – Agregado graúdo - Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. ABNT, NBR NM 51:2001 - Agregado graúdo - Ensaio de abrasão “Los Ángeles”.
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