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PREVIDÊNCIA SOCIAL 2019 RPC, RGPS e RPPS – Regimes de Previdência O seguro previdenciário ou previdência, é essencial na vida de qualquer cidadão trabalhador que queira garantir certa medida de segurança ao seu futuro. FATOR HISTÓRICO Formalmente, a notícia da preocupação do homem em relação ao infortúnio é de 1344. Ocorre neste ano a celebração do primeiro contrato de seguro marítimo, posteriormente surgindo a cobertura de riscos contra incêndios. Vale ressaltar, no entanto, que a preocupação maior desses seguros não era com as pessoas, mas, sim, com as cargas e bens materiais. Retornando à Europa, o ano de 1601 marcou o advento, na Inglaterra, do Poor Relief Act (lei de amparo aos pobres), que instituiu a contribuição obrigatória para fins sociais e consolidou outras leis sobre a assistência pública. Essa lei concedia aos juízes da Comarca o poder de tributar, pois autorizava que lançassem o imposto de caridade a ser pago por todos os ocupantes e usuários de terras. O valor arrecadado era centralizado nas paróquias e administrados pelos inspetores nomeados pelos juízes, cabendo a elas - paróquias - o auxílio aos indigentes. Também tem inegável relevância o artigo 21 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, acrescentado pela Convenção Nacional francesa de 1793. Dispôs o artigo 21 que “os auxílios públicos são uma dívida sagrada. A sociedade deve a subsistência aos cidadãos infelizes, quer seja procurando-lhes trabalho, quer seja assegurando os meios de existência àqueles que são impossibilitados de trabalhar.[8]” Assim, verifica-se que a proteção assistencial passou, progressivamente, a ser institucionalizada. A gênese da proteção social conferida pelo Estado originou-se, então, na Alemanha, com a aprovação, em 1883, do projeto do Chanceler Otto Von Bismarck. A Lei do Seguro Social garantiu, inicialmente, o seguro-doença, evoluindo para abrigar também o seguro contra acidentes de trabalho (1884) e o seguro de invalidez e velhice (1889). O financiamento desses seguros era tripartido, mediante prestações do empregado, do empregador e do Estado. A primeira Constituição do mundo a incluir o seguro social em seu bojo foi a do México, de 1917 (art. 123). Previa que os empresários eram responsáveis pelos acidentes do trabalho e pelas moléstias profissionais dos trabalhadores, em razão do exercício da profissão ou do trabalho que executarem; A Constituição de Weimar, de 11-8-1919, criou um sistema de seguros sociais para poder, com o concurso dos interessados, atender à conservação da saúde e da capacidade para o trabalho, à proteção, à maternidade e à previsão das consequências econômicas da velhice, da enfermidade e das vicissitudes da vida (art. 161). Determinou que ao Estado incumbe prover a subsistência do cidadão alemão, caso não possa proporcionar-lhe a oportunidade de ganhar a vida com um trabalho produtivo (art. 163). A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi criada em 1919. Tal órgão passou a evidenciar a necessidade de um programa sobre previdência social, aprovando-o em 1921. Em 1795, foi criado o Plano de Benefícios dos Órfãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha. Esse talvez seja a primeira ideia de pensão por morte no ordenamento jurídico brasileiro, na medida em que tinha por objetivo estabelecer proteção aos citados dependentes dos oficiais da Marinha contra o risco social morte. Em 1º de outubro de 1821, Dom Pedro de Alcântra publicou Decreto concedendo o direito à aposentadoria aos mestres e professores, desde que completassem 30 (trinta) anos de serviço, bem como assegurou um abono de ¼ dos ganhos para aqueles que continuassem trabalhando depois de completarem o tempo para inativação[18]. O conceito de segurança previdenciária ao trabalhador só se tornou parte das leis oficiais da maioria dos países com o passar das décadas. Algo que também contribuiu para o aumento das leis trabalhistas foi a inserção de pessoas da classe trabalhadora no governo de muitos países. No Brasil, diversos marcos das leis trabalhistas foram alcançados nos últimos 65 anos. Os diversos regimes que a Previdência Social do Brasil tem hoje em dia são difíceis de entender para a maioria dos trabalhadores. Para quem é mais jovem, entender os sistemas previdenciários que o governo brasileiro gerência pode auxiliar na óptica de quem precisa escolher entre previdência privada e previdência social . Vamos então entender mais a fundo os três regimes compostos pela Previdência Social brasileira. Depois de entender de forma aprofundada sobre as definições de cada regime, você entenderá as diferentes aplicações que os planos previdenciários têm nas diversas camadas da sociedade brasileira. ● · RGPS ● · RPPS ● · RPC Vamos entender uma a uma cada uma dessas siglas e o que está envolvido por trás de cada um dos planos previdenciários que elas representam. AS DEFINIÇÕES: · RGPS O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é gerenciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa é a opção de filiação de todos os trabalhadores que estão ligados ao INSS através da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). · RPPS O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) é voltado ao servidor público quem possui cargo efetivo no Estado, no Distrito Federal, no Município ou na União. Esse regime foi estabelecido por entidades de caráter público, como fundos previdenciários e institutos de previdência. A filiação dos trabalhadores nesse caso também é obrigatória. Esse regime torna efetivas as leis que regulamentam a proteção do beneficiário em idade avançada (aposentadoria) e de pensão por morte (aos dependentes do segurado). · RPC O Regime de Previdência Complementar é de caráter privado e funcionam debaixo da autonomia exercida por entidades complementares de previdência, sejam elas abertas ou fechadas. A ideia desse tipo de regime é adicionar uma renda aos trabalhadores que desejam ampliar seus ganhos, além do plano previdenciário oficial. Compreendendo melhor as diferenças entre RGPS e RPPS Vamos compreender melhor as diferenças entre RGPS e RPPS. Em termos bem simples, o RPPS é um regime de previdência; o RGPS é uma entidade gerida pelo INSS. Outra diferença é que o RGPS foi criado para beneficiar os trabalhadores regidos pela CLT. O RPPS tem aplicação nas leis que beneficiam servidores públicos. Então, ao invés de trazer benefícios adicionais, cada um dos 2 regimes foi elaborado para beneficiar uma fatia diferente da sociedade trabalhista do nosso país. Na grande maioria das vezes os funcionários do município estão filiados ao RPPS, um regime específico que, como dito antes, foi elaborado para suprir as demandas desse tipo de trabalho. Por outro lado, alguns municípios contratam pessoas para cargos específicos. Alguns desses trabalhadores recebem comissão ou entãotrabalham no regime transitório. Nesses casos especiais, a sugestão é que o trabalhador contribua ao INSS, que rege o RGPS Entender bem as diferenças entre RPC, RGPS e RPPS ajuda qualquer trabalhador. Saber que seu plano de previdência suprirá suas necessidades de forma adequada tranquiliza o coração de quem quer ter o que merece depois de tanto trabalhar! O Rito processual da proposta do Governo no Congresso Nacional “ROTEIRO DO SCRIPT” REFORMA DA PREVIDÊNCIA 1ª Parte - Você sabe o que pode mudar na sua aposentadoria com a reforma da previdência? A proposta enviada pelo Governo fixa a idade mínima para mulheres de 62 anos e 65 homens. As regras de idade vão valer para previdência pública e privada. 2ª Parte - Caso você seja da iniciativa privada, o tempo mínimo para aposentar vai passar dos atuais 15 anos para 20 anos. A aposentadoria só por contribuição será extinta conforme a proposta do Governo, não atingirá aqueles que completarem 30 mulheres e 35 homens até a promulgação da nova emenda. 3ª Parte - As regras de transições servem para amenizar a mudança de regime. Desta forma existem três regras diferentes para trabalhadores do setor privado que se permita a se aposentar por tempo de contribuição. ❖ A primeira beneficia quem estiver a menos de 2 anos de cumprir com a contribuição mínima, ou seja homens a partir de 33 anos de contribuição e mulheres a partir de 28 anos de contribuição. Para estes não haverá idade mínima, terão porém contribuir por mais 50% a mais do tempo que falta. Exemplo : se falta 2 anos terá que contribuir por mais 1 ano. ❖ A segunda regra é a que considera a Idade, beneficiando os mais velhos. Homens com 57 anos e no mínimo 28 anos de contribuição, e as mulheres com mais de 50 anos e 19 anos de contribuição. ❖ A terceira regra usa o sistema de pontos❕(soma a idade com tempo de contribuição). O pontos começam em 96 para os Homens e 86 para as mulheres e vão subindo ano a ano até atingir 105 pontos para homens e 100 para mulheres. 4ª Parte - Qual o rito que a proposta seja totalmente aprovada, primeiro pela Câmara dos Deputados e tramitará por duas comissões, caso seja aprovada ela vai para o Plenário, onde passará por duas votações, precisando ter no mínimo de 308 votos a favor, daí então seguir para apreciação do SENADO onde precisará de pelo menos 49 votos favoráveis em duas votações e seguirá para sanção Governamental. 5ª Parte - Com a Atual Proposta o Governo prevê uma economia de pelo menos de R$ 1 trilhão de reais em 10 anos, o Ministro da Economia Paulo Guedes quer votar ainda no primeiro semestre deste ano. 6ª Parte - A pontos mais críticos na proposta do governo; como no caso da aposentadoria Rural e nos benefícios concedidos a idosos miseráveis. Na aposentadoria Rural o Governo que igualar as Idades mínimas entre homens e mulheres em 60 anos, hoje é a partir do 55 anos. Já nos casos de Idosos Miseráveis, eles passariam a receber o benefício completo de um salário mínimo a partir dos 70 anos, antes disso, a partir dos 60 anos eles poderiam retirar R$ 400,00 mensais. 7ª Parte - Atualmente o Governo tenta se articular para ter aprovação. Os votos estão atrelados a habilidades do governo em articular com os partidos e suas bancadas. Mas segundo informações dos bastidores é que tem exercido uma pressão muito grande para o governo liberar cargos e emendas para as legendas em trocas de votos no Congresso, que de fato vem causando contratempos e mal estar entre os poderes. REFERÊNCIA BRASIL, Secretaria de Previdência Ministério da Economia http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -1888-1933/ Acesso em: 01/04/2019 18:44 BRASIL, Secretaria de Previdência Ministério da Economia http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -1934-1959/ BRASIL, Secretaria de Previdência Ministério da Economia http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -1960-1973/ BRASIL, Secretaria de Previdência Ministério da Economia http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -1974-1992/ BRASIL, Secretaria de Previdência Ministério da Economia http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -1993-2000/ BRASIL, Secretaria de Previdência Ministério da Economia http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -2001-2007/ http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/periodo-de -2008-2013/ JARDIM, Rodrigo Guimarães. Antecedentes históricos da seguridade social no mundo e no Brasil. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3818 , 14 dez. 2013. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/26145>. Acesso em: 1 abr. 2019. LENA, N. G.; LIMA, D. V. Uma Discussão sobre a Equiparação da Idade de Aposentadoria da Mulher e seus Efeitos nas Receitas e Despesas do RGPS. Pensar Contábil , v. 20, n. 72, p. 58-67, 2018. AGUIAR, João Paulo de Vasconcelos https://www.politize.com.br/historia-da-previdencia-no-brasil/#toggle-id-1 Acesso 01 abr. 2019. Publicado em 21 de junho de 2017. Atualizado em 10 de dezembro de 2018 e republicado e 20 de dezembro de 2018. https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI290850,11049-Previdencia+Social+ja+s ofreu+seis+alteracoes+desde+a+Constituicao+de ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO terça-feira, 13 de novembro de 2018 REDAÇÃO BLOG DE VALOR https://andrebona.com.br/rpc-rgps-e-rpps-previdencia/
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