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Ficha de leitura 
NOME: ​Pedro de Moura Alves ​Nº FICHA: 07 TURMA: 
DADOS BIBLIOGRÁFICOS DO TEXTO: 
 FUNARI, Pedro Paulo e NOELLI, Francisco. Pré-História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2002. 110p. 
IDEIA PRINCIPAL DO TEXTO: ​ A reflexão das civilizações pré-colombianas através do seu modo de 
produção . 
PRINCIPAIS AUTORES UTILIZADOS COMO BASE PARA O TEXTO 
O texto apresenta origem dos hominídeos brasileiros, dando ênfase, sobretudo no que diz respeito a 
história da ocupação brasileira e a presença de objetos de populações que ocuparam o Brasil, 
apresentando a cerâmica e como se expressou a agricultura, na qual a análise do autor foca 
principalmente nestes dois elementos. 
 
 
SÍNTESE E CONCLUSÃO DO TEXTO: 
​Entre cerca de 12.000 e 10.000 anos, pequenos bandos deixaram uma diversidade de indústrias líticas 
por distintas regiões do país. Diversidade que se interpreta como a colonização inicial por muitos grupos 
étnicos e se coloca na base da grande diferenciação populacional de épocas posteriores, ainda que os 
dados nos pareçam não muito qualificados. Uma segunda etapa se relaciona com a expansão de 
“mongolóides” seguindo a costa atlântica, os grupos sambaquieiros (VIII-VII milênio a.C.). A partir de 7.000 
a.C. as populações “mongolóides” assentadas na Amazônia iniciaram profundas mudanças culturais, 
primeiro com a adoção de formas de agricultura e mais tarde - porém, muito relacionada com a revolução 
alimentícia e a armazenagem de recursos - com a cerâmica. Entre o IV e o II milênio a.C. todos os dados 
apontam para uma verdadeira explosão demográfica, com comunidades de grande tamanho e 
organização muito mais complexa que suas predecessoras caçadoras-coletoras. No entanto, aqui também 
os autores demonstram seu sentido crítico quando questionam o famoso termo anglo-saxão de 
“complexity”: “ao invés de tentar classificar as sociedades em mais ou menos complexas o interessante 
seria tentar caracterizar cada uma da melhor maneira possível a partir do maior número de informações 
que possamos obter” (pág. 93). São comentados os distintos tipos de habitat conhecidos: abrigos, aldeias 
de sambaquis, casas semi-subterrâneas e aterros, com especial atenção por sua problemática nos três 
últimos. No entanto, quase nada se diz sobre o uso dos territórios, organização do espaço e padrões de 
povoamento em escala regional. Com muita sinceridade escrevem, ao referirem-se aos sambaquis das 
áreas costeiras: ”pouco sabemos sobre o funcionamento daquela sociedade!” (pág. 91). Certamente, falta 
muito trabalho de campo por vir. Por último, estudam-se as manifestações artísticas e os autores 
enfatizam o promissor campo do estudo do simbolismo, colocando como exemplo um estudo de A. 
Roosevelt sobre as urnas antropomorfas marajoaras que não é citada na bibliografia final com títulos em 
português. 
- Os sambaquis uma importante marca sobre o nosso antepassado são os sambaquis. Os sambaquis 
constituem elevações de conchas que chegam a alcançar dezenas de metros, ou seja, são morros de 
conchas de moluscos cobertos pela vegetação. Esses registros arqueológicos são encontrados na 
faixa litorânea do Brasil ou nas margens de alguns rios. Essas formações não são naturais e sim, 
resultado da ação dos primitivos moradores do atual território brasileiro. As comunidades que 
habitaram nos sambaquis deixaram vários vestígios, tais como: restos de alimentos, ossos de 
peixes e cascas de moluscos. Também foram enterrados nesse local, cabanas, artefatos e corpos. Boa 
parte dos sambaquis está localizada no litoral nordestino e nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, 
Rio de Janeiro e Santa Catarina.No ano de 2001, os pesquisadores da Universidade de São Paulo 
descobriram o mais antigo sambaqui encontrado em solo brasileiro. Nele foi achado um esqueleto 
de um homem com cerva de 8.800 anos. Sítios na Amazônia Para os arqueólogos, a região da 
Amazônia foi inicialmente habitada há 12 mil anos. Os resquícios desse povoamento foram descobertos 
em Santarém e Pedra Pintada. Esses primitivos habitantes eram nômades e também praticavam a 
caça e a coleta. Em torno de 1000 a.C., formaram as primeiras aldeias. Já em 3.500 a.C., 
aproximadamente, foi formada na Ilha de Marajó, uma sociedade de agricultores, dando origem à 
cultura marajoara, que se caracteriza pelo sofisticados. 
Dando início a história da ocupação do território brasileiro, pesquisadores arqueólogos revelaram 
que os grupos humanos viviam de diferentes formas em diferentes lugares do território brasileiro, Um dos 
ocupantes mais estudados são os “Homens da lagoa santa”, viveram entre 10 e 8 mil anos atrás, tendo 
como características do seu modo de vida, as diversas escavações que realizavam. Estes homens 
usavam utensílios líticos e ósseos e viviam da caça de porco do mato, tatus e roedores, com abundância 
de alimentação vegetal. Entre 9 e 12 mil anos atrás, as primeiras ocupações registradas no Alto-Médio rio 
São Francisco, também estão bem claras na Lapa do Boquete, no rio Peruaçu. Esses ocupantes 
alimentavam-se, conforme os vestígios escavados, de coquinhos, moluscos de água doce, porco do mato 
e veado. No nordeste brasileiro (Piaui), os pesquisadores atuante desta área, propõe uma continuidade 
cultural de grupos que povoaram o período pleistocênico que foram se adaptando de acordo com as 
mudanças do meio ambiente, hoje são conhecidos como povos da tradição nordeste,onde suas fontes 
alimentares eram a coleta de frutos e a caça de animais de pequeno porte. Este conjunto de resultados 
das pesquisas, sugere que houve uma grande uniformidade na cultura dessa população que era de 
diversas regiões, essas semelhanças de certo modo, mostra que havia comunicação e contato entre estes 
grupos. Já a ocupação do Centro-Oeste, tradição Paranaíba, entre 15 e 22 mil anos, encontra-se grupos 
de caçadores-coletores, onde organizavam-se em pequenos grupos, usavam técnicas de coleta de plantas 
e animais e viviam da caça generalizada. Na parte do litoral do Brasil, para a realizaram de estudos, 
encontrasse uma grande dificuldade devido aumento do nível do mar, no Holoceno. No que diz respeito a 
ocupação no Sul do Brasil, 12 mil até mil anos atrás, também predominava sociedades dos tipos 
caçadores e coletores, tendo como nome: Tradição Umbu (SP, PR, SC e RS). Estes viviam da caça e da 
coleta nos grandes campos sulinos, onde devido isto, são chamados de caçadores do campo, os mesmos 
usavam objetos de pedra. Nesta mesma região existia uma outra tradição tecnologica, a tradição Humaitá, 
nos quais ocuparam ambientes de floresta entre 9 e mil anos, estes produziam grandes artefatos bifaciais. 
Ocupações de povos pelo Brasil 
Segundo o arqueólogo e antropólogo Walter Neves, sugere que houve três etapas da ocupação 
humana no território. A primeira teria sido pelas populações paleoíndias que habitavam grande parte do 
Brasil até 12 Mil anos. A segunda etapa iniciou-se com a colonização mongolóide,feita a partir do noroeste 
da América do Sul, que se espalhou mais rapidamente pelo litoral sul-americano, representada pelas 
populações sambaquieiras, a partir de 10-9 mil anos . E a terceira etapa teve origem com os povos 
mongolóides que originalmente se fixaram na Amazônia e criaram a agricultura, a cerâmica e novos 
padrões demográficos e culturais de economia e organização social, a partir de 10-9 mil. Uma grande 
explosão demográfica na Amazônia causou a expansão geográfica de povos ​ceramistas e agricultores​, de 
acordo com arqueólogos (Donald e José). Com isso foram desenvolvidas novas formas de subsistência e 
novas formas de organização social e política. A explosão demográfica, com o passar dos últimos quatro 
milênios, transformou o território brasileiro em um espaço em que passou a predominar a diversidade 
social e cultural entre os povos indígenas. Nas regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste há uma 
sequência de ocupação são caracterizadas por repetições de artefatos, diferente da Amazônia, onde 
essas sequências mostram sinais de mudanças gradativas, indicando diferentes processos de descoberta 
e invenção em termos de subsistência e de cultura material. Sobre essa diversidade cultural dos povos 
pré-históricos no Brasil deve ser considerada em vários aspectos, como a diferenciação de línguas, na 
qual traduz uma série de mudanças que ocorre ao longe da história das sociedades. A origem dessa 
diversidade possui muitas causas, incluindo a combinação aleatória de fatores como o contato interétnico 
as invenções tecnológicas, a adaptação a determinados ambientes, também a descoberta ocasional ou 
intencional de plantas e minerais úteis, as trocas econômicas, as trocas matrimoniais e as trocas 
simbólicas aos processos históricos paralelos e diferenciados de cada povo. Diante da base material 
cultural, podemos considerar duas fases marcantes do processo de ocupação no Brasil. ​A primeira é do 
início da ocupação humana, com a chegada dos primeiros homens, até aproximadamente 6-7 mil, onde foi 
a do predomínio das populações caçadoras-coletoras paleoíndias e mongoloides​, marcada por uma 
aparente e contínua reprodução de artefatos semelhantes, reproduzindo a mesma cultura material A 
segunda 8-7 mil anos até os dias presentes, ​caracterizada pelas grandes expansões dos povos 
amazônicos​, graças aos muitos processos de criação e inovação material ocorrida entre 10 e 5 mil e 
marcada por uma mudança radical na maior parte do território do Brasil. ​Marcada também pelo 
desenvolvimento da agricultura e das tecnologias materiais. Expandiram-se sobre as áreas que eram 
ocupadas pelos caçadores ou pescadores-coletores, eliminando os padrões materiias dessa economia. 
Considera-se então que na Amazônia está a origem da agricultura e da cerâmica, que representam a 
maior diferença material entre esses povos e os caçadores e pescadores. 
A visão da origem da agricultura na América do Sul, ​em um certo consenso, foi criada e desenvolvida 
em devido as condições geradas pela diversidade da flora tropical e pela soma gradual de conhecimentos 
construídos em várias partes da Amazônia, como também pode ser em decorrência aos mongoloides que 
já apresentavam conhecimento de horticultura. As populações mongolóides possuiam e desenvolviam 
seus conhecimentos botânicos, descobriam novos alimentos e criavam equipamentos para processá-los e 
as , as populações paleoíndias seguiam reproduzindo seus padrões de subsistência aparentemente mais 
restritos em termos de produção alimentar a partir de vegetais. Entre 6 a 5 mil anos, quando a agricultura 
tomou a forma atual, as populações que usufruíam se foram se sedentárizando e construindo suas 
estruturas societárias e políticas. Entre 6 a 4 mil anos, iniciou-se a diversificação linguística, onde ocorreu 
na Amazônia simultaneamente ao desenvolvimento da agricultura e ao crescimento demográfico (no qual 
seu reflexo foi a expansão dos povos mongolóides sobre os paleoíndios). 
As populações mongolóides encontraram na América do Sul as condições vegetais ideais que 
favoreceram o desenvolvimento da agricultura de floresta tropical. Na base da sua estrutura as mesmas 
práticas culturais que levaram à criação e ao desenvolvimento da agricultura em toda essa imensa região, 
Os paleoíndios se relacionavam de forma diferente com a vegetação, sabe-se que não possuiam os 
mesmos equipamentos que os mongoloides para processar as plantas, pois artefatos típicos para o 
processamento de vegetais só começam a aparecer a partir de 7 mil anos. São os diferentes sistemas 
culturais que explica o motivo de um grupo cultivar e o outro realizar apenas a coleta de plantas 
específicas. Com a manipulação de novas plantas, foi necessário a criação de locais para o armazenar as 
mesmas, criando-se pilões, vasilhas de cerâmica. As espécies mais comuns na agricultura de floresta 
tropical era divididas em dois grupos gerais: as tuberosas e as graníferas. A partir de 6 mil anos, Após 
alcançar sua forma definitiva, quanto à sua estrutura e conteúdo, resultado de pelo menos 5 mil anos de 
desenvolvimento histórico e troca de experiências, as roças chegaram a constituir unidades de produção 
agrícola capazes de manter grandes populações. O cultivo a partir desse período não era realizado 
apenas em um espaço, mas em vários, abertos a cada ano, de modo a fim de garantir produções paralelas 
de alimentos em roças novas e mais velhas. A áreas de cultivação eram atraídas pelos animais, onde a 
população criava engenhosas armadilhas para captura-los e usufrui-los de fonte de proteína e a pesca 
também como uma forma de se alimentar , assim como a caça insetos e moluscos. Para além do uso 
imediato do consumo dos animais e vegetais. 
Os assentamentos são diversos tipos de locais que as populações fizeram para habitar. Estes 
assentamentos existem tanto a céu aberto, podendo habitar mais quantidade de pessoas. Existem 
também os abrigos sob rocha, onde haviam concavidades entre rochas que funcionavam como moradias. 
Alguns abrigos possuíam quedas de rochas no seu interior, outros eram próximos de algumas. Eles 
serviam para diferentes tipos de atividades e possuíam diferentes tipos de decorações. Em certos locais, a 
divisão do ambiente era relacionado a hierarquia social. Os grupos que não tinham local fixo, circulavam e 
de acordo com determinadas épocas do ano ,devido a oferta de alimentos e as variedades que o 
ecossistema proporcionavam a eles. Assim como a questão da busca de alimentos, as relações sociais e 
políticas também influenciavam no deslocamento destes grupos. Os caçadores coletores eram um grupo 
nos quais circulavam em vários territórios, pois não praticavam a agricultura e eram compostos por poucos 
membros. A oferta de certas espécies possibilitavam o sedentarismo de certos grupos, mas a agricultura 
seria responsável pela permanência desses grupos em determinados lugares, os assentamentos eram 
posicionados em áreas onde os recursosnaturais favoreciam. O domínio de certos recursos poderiam 
delimitar o tamanho dos assentamentos e sua importância de hierarquia. Em algumas regiões este 
domínio dava lugar a redes de comércio, assim como também guerras pela posse daquele lugar. Existiam 
vários tipos de assentamentos, os mais comuns eram feitos por casas cobertos por palhas e em diferentes 
tamanhos. Os assentamentos do tipo sambaqui ou concheiros, casas semi-subterrâneas e os aterros 
poderiam representar a adaptação a ambientes e a determinados climas. 
A cerâmica é uma forma que arqueólogos para saber a diferenciação social entre os grupos 
sul-americanos, possuindo diversidade no interior das comunidades. A cerâmica estava associada ao 
desenvolvimento das técnicas de transformação dos alimentos por meio da fervura, cozimento, e torração. 
O armazenamento de alimentos de origem animais e vegetais em vasilhas de cerâmicas vieram de 
populações pescadoras e coletoras do baixo rio Amazonas. A partir das novas plantas, surgiu na produção 
de artefatos cerâmicos um meio adequado para diversificar os métodos de processamento e 
transformação dos vegetais em alimentos adequados ao consumo humano. O cozimento, o assar e torrar 
foram as primeiras funções destes utensílios. Através de estudos arqueológicos, percebe-se que as 
vasilhas foram elaboradas dentro de padrões rigidamente determinados. Isso indica um sistema elaborado 
de transmissão de conhecimentos e técnicas para elaborar as vasilhas. Evidencia-se também, uma 
sucessiva troca de informações e contatos interaldeãos e inter-regionais, devido essas vasilhas não terem 
se modificado ao longo do tempo em diferentes populações 
No litoral do sudeste e sul do Brasil haviam os sambaquis, conhecidos também como concheiros. 
Presentes talvez já há 8 mil anos, tendo atingido sua maior difusão entre 5 e 3 mil anos atrás, declinando 
em seguida e desaparecido com a chegada dos povos jê e tupi à costa. Encontram-se em sambaquis, 
estruturas de culinária, habitação e funerárias, assim como artefatos, objetos (machados e polidores). De 
um lado, os sambaquis eram considerados artificiais, feitos pelo homem, e de outro eles eram 
considerados um fenômeno natural. Na ultima década, estudos tem proposto que têm proposto que a 
ocupação humana do litoral brasileiro deu-se num processo de crescente aumento das hierarquias e por 
terem geração de excedentes. Assim, um sistema de subsistência fundado nos recursos marinhos 
favoreceu a sedentarização, o crescimento populacional e permitiu, com a geração de excedentes, a 
mobilização da população para a realização de grandes obras como a construção dos sambaquis, grandes 
monumentos comparáveis

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