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Módulo 05 - Transformador de Potencial (1)

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�Proteção de Sistemas Elétricos �
�
1 - INTRODUÇÃO
Os transformadores de potencial são equipamentos que permitem aos instrumentos de medição e proteção funcionarem adequadamente sem que seja necessário possuir tensão de isolamento de acordo com a da rede à qual estão ligados.
 
 Fig. 6.1 – Instalação de um conjunto TP – TC Fig. 6.2 – Instalação de um TP
Na sua forma mais simples, os transformadores de potencial possuem um enrolamento primário de muitas espiras e um enrolamento secundário através do qual se obtém a tensão desejada, normalmente padronizada em 115 V ou 
V. Dessa forma, os instrumentos de proteção e medição são dimensionados em tamanhos reduzidos com bobinas e demais componentes de baixa isolação.
Os transformadores de potencial são equipamentos utilizados para suprir aparelhos que apresentam elevada impedância, tais como voltímetros, relés de tensão, bobinas de tensão de medidores de energia, etc.
Os transformadores para instrumentos (TP e TC) devem fornecer corrente e/ou tensão aos instrumentos conectados nos seus enrolamentos secundários de forma a atender as seguintes prescrições:
o circuito secundário deve ser galvanicamente separado e isolado do primário a fim de proporcionar segurança aos operadores dos instrumentos ligados ao TP e TC;
a medida da grandeza elétrica deve ser adequada aos instrumentos que serão utilizados, tais como relés, medidores de energia, medidores de tensão, corrente, etc.
2 - CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
2.1 - Transformadores a óleo mineral
2.2 - Transformadores a seco
2.3 - Transformadores de potencial do tipo indutivo
São, desta forma, construídos basicamente todos os transformadores de potencial para utilização até a tensão de 138 kV, por apresentarem custo de produção inferior ao do tipo capacitivo. Os transformadores de potencial indutivo são dotados de um enrolamento primário envolvendo um núcleo de ferro-silício que é comum ao enrolamento secundário, conforme se mostra na Fig. 6.3. 
Fig. 6.3 – Representação de um transformador de potencial
Os transformadores de potencial indutivos são construídos segundo três grupos de ligação previstos pela NBR 6855 - Transformadores de potencial - Especificação:
Grupo 1 - são aqueles projetados para ligação entre fases. São basicamente os do tipo utilizado nos sistemas de até 34,5 kV. Os transformadores enquadrados nesse grupo devem suportar continuamente 10% de sobrecarga. A Fig. 6.4 mostra um transformador de potencial do grupo 1, em óleo mineral, classe 15 kV. Já a Fig. 6.5 mostra um TP do mesmo grupo, em epóxi.
 
 Fig. 6.4 – TP de 15 kV, tipo óleo mineral Fig. 6.5 – TP de 15 kV, isolação a seco
Grupo 2 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas diretamente aterrados, isto é: 
, sendo 
o valor resistência de seqüência zero do sistema e 
o valor reatância de seqüência positiva do sistema.	
Grupo 3 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas onde não se garanta a eficácia do aterramento.
Os transformadores enquadrados nos grupos 2 e 3 são construídos segundo a Fig. 6.6.
Fig. 6.6 – Representação dos transformadores de potencial dos grupos 2 e 3
 
Fig. 6.7 – Representação de um TP com derivação Fig. 6.8 – TP da classe 230 kV
A tensão primária destes transformadores corresponde à tensão de fase da rede, enquanto no secundário as tensões podem ser de 
V ou 115 V, ou ainda as duas tensões mencionadas, obtidas através de uma derivação, conforme se mostra na Fig. 6.7. A Fig. 6.8 mostra um transformador de potencial do grupo 2, a óleo mineral, classe 230 kV. 
Existem transformadores de potencial que devido a classe de tensão e consequentemente as suas dimensões são constituídas de duas partes acopladas formando uma única unidade de conformidade com a Fig. 6.9.
2.4 - Transformador de potencial do tipo capacitivo
Os transformadores deste tipo são construídos basicamente com a utilização de dois conjuntos de capacitores que servem para fornecer um divisor de tensão e permitir a comunicação através do sistema carrier. São construídos normalmente para tensões iguais ou superiores a 138 kV e apresentam como esquema básico a Fig. 6.10.
O transformador de potencial capacitivo é constituído de um divisor capacitivo, cujas células que formam o condensador são ligadas em série e o conjunto fica imerso no interior de um invólucro de porcelana. O divisor capacitivo é ligado entre fase e terra. Uma derivação intermediária alimenta um grupo de medida de média tensão que compreende, basicamente, os seguintes elementos:
um transformador de potencial ligado na derivação intermediária, através de um ponto de conexão e fornecendo as tensões secundárias desejadas;
um reator de compensação ajustável para controlar as quedas de tensão e a defasagem no divisor capacitivo, na freqüência nominal, independentemente da carga, porém nos limites previstos pela classe de exatidão considerada;
um dispositivo de amortecimento dos fenômenos de ferro-ressonância.
A não ser pela classe de exatidão, os transformadores de potencial não se diferenciam entre aqueles destinados à medição e à proteção. Contudo, são classificados de acordo com o erro que introduzem nos valores medidos no secundário.
A Fig. 6.10 mostra um transformador de potencial capacitivo, detalhando as suas partes componentes.
 
 Fig. 6.9 – TP indutivo Fig. 6.10 – TP capacitivo
3 - CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
3.1 - Erro de relação de transformação
Este tipo de erro é registrado na medição de tensão com TP, onde a tensão primária não corresponde exatamente ao produto da tensão lida no secundário pela relação de transformação de potencial nominal. Este erro pode ser corrigido através do fator de correção de relação 
�. O produto entre a relação de transformação de potencial nominal 
 e o fator de correção de relação resulta na relação de transformação de potencial real 
, ou seja:
	
Finalmente, o erro de relação pode ser calculado percentualmente através da Eq. (6.2).
	
 - tensão aplicada no primário do TP
O erro de relação percentual também pode ser expresso pela Eq. (6.3), ou seja:
 - fator de correção de relação percentual dado pela Eq. (6.4).
Fig. 6.11 – Gráficos de classe de exatidão dos transformadores de potencial
Os valores percentuais de 
 podem ser encontrados nos gráficos da Fig. 6.11, que compreendem às classes de exatidão 0,3 - 0,6 - 1,2.
Algumas observações devem ser feitas envolvendo as relações de transformação nominal e real, ou seja:
se o 
, o fator de correção de relação percentual 
 e o erro de relação 
 o valor real da tensão primária é menor que o produto 
;
se o 
, o fator de correção de relação percentual 
 e o erro de relação 
 o valor real da tensão primária é maior que o produto 
.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Uma medição efetuada por um voltímetro indicou que a tensão no secundário do transformador de potencial é de 112,9 V. Calcular o valor real da tensão primária, sabendo-se que o TP é de 13.800 V, e que este apresenta um fator de correção de relação igual a 100,5%.
A relação de transformação nominal vale:
O valor da tensão não corrigida é de:
Para um fator de correção de relação 
, tem-se:
Logo, o verdadeiro valor da tensão é:
3.2 - Erro de ângulo de fase
É o ângulo 
que mede a defasagem entre a tensão vetorial primária e a tensão vetorial secundária de um transformador de potencial. Pode ser expressa pela Eq. (6.5).
 - é o fator de correção de transformação que considera tanto o erro de relação de transformação
, como o erro do ângulo de fase, nos processos de medição de potência. A relação entre o ângulo de fase 
 e o fator de correção de relação é dado nos gráficos da Fig. 6.12, extraída da NBR 6855.
Os gráficos da Fig. 6.11 são determinados a partir da Eq. (6.5). Assim,fixando-se os valores de 
 para cada classe de exatidão considerada e variando-se os valores de 
, tem-se para a classe 0,6:
 = 100,6%
 = 99,4
(veja Fig. 6.11)
Ou ainda:
(veja Fig. 6.11)
3.3 - Classe de exatidão
Classe de exatidão exprime nominalmente o erro esperado do transformador de potencial, levando em conta o erro de relação de transformação e o erro de defasamento angular entre as tensões primária e secundária. Este erro é medido pelo fator de correção de transformação.
Para se determinar a classe de exatidão do TP, são realizados ensaios a vazio e em carga com valores padronizados por norma. Cada ensaio correspondente a cada carga padronizada é efetuado para as seguintes condições:
ensaio sob tensão nominal;
ensaio a 90% da tensão nominal;
ensaio a 110% da tensão nominal.
Os transformadores de potencial, segundo a NBR 6855, podem apresentar as seguintes classes de exatidão: 0,3 - 0,6 - 1,2, existindo ainda TPs da classe de exatidão 0,1. 
Os transformadores de potencial com um único enrolamento secundário devem estar dentro de sua classe de exatidão quando submetidos às tensões compreendidas entre 90% e 110% da tensão nominal e para todos os valores de cargas nominal desde a sua operação em vazio até a carga nominal especificada. O mesmo TP deve estar dentro de sua classe de exatidão para todos os valores de fator de potência indutivo medidos em seus terminais primários, compreendidos entre 0,6 e 1,0, cujos limites definem os gráficos do paralelogramo de exatidão.
 
 Fig. 6.12 – Erro de relação de transf. Fig. 6.13 – Erro de ângulo de fase
Com base na Fig. 6.14, as variáveis são assim reconhecidas:
 - força eletromotriz auto-induzida no primário;
 - força eletromotriz induzida no secundário;
 - tensão primária;
 - tensão secundária;
 - corrente primária;
 - corrente secundária;
 
 Fig. 6.14 – Diagrama fosorial de um TP Fig. 6.15 – Circuito TP
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
No ensaio de um transformador de potencial de 13.800-115 V, grupo de ligação 1, foram anotados os seguintes resultados:
tensão primária aplicada: 13.800 V;
tensão secundária medida: 113,6 V;
erro do ângulo de fase: -24’.
Com base nestes resultados, determinar a classe de exatidão do transformador sob ensaio.
Relação de transformação nominal 
Relação de transformação real 
Fator de correção de relação
Fator de correção de relação percentual
Erro de relação percentual
No caso em questão, o erro, relativamente à tensão primária, é dito por falta, pois o valor que se iria indicar para ela era de:
Isto daria uma diferença real de:
Fig. 6.16 – Curva de ensaio de exatidão: erro de ângulo de fase
Logo, o transformador de potencial, de acordo com o paralelogramo de exatidão da Fig. 6.11, é de classe 1,2%.
Segundo a NBR 6855, um transformador de potencial deve manter a sua exatidão em vazio e para todas cargas intermediária normalizadas, variando desde 12,5 VA até a sua potência nominal. Dessa forma, um TP 0,3P200 deve manter a sua exatidão colocando-se cargas no seu secundário de 12,5, 25 e 75 e 200 VA.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Calcular a queda de tensão no terminal de um circuito alimentado por um TP 1,2P400 (400 VA de potência nominal), sabendo-se que a carga é de 378 VA e o fator de potência igual a 0,85. Sabe-se também que o circuito é de fio de cobre de seção 10
, de comprimento igual a 90 m e o TP é do grupo 2, com tensão primária igual a 
 V e relação 350:1. Sabe-se, pelos ensaios, que o erro de relação percentual é de – 0,4% e que o erro do ângulo de defasagem é de 10’.
Tensão secundária do TP
Corrente de carga
Queda de tensão no circuito
(Tabela 4.31) 
 (ida e retorno)
Obs.: desprezou-se a queda de tensão na reatância.
Percentualmente, a queda de tensão vele:
Quando se consideram os efeitos simultâneos da resistência e da reatância dos condutores secundários de um circuito de um TP, é importante calcular o fator de correção de relação de carga total secundária, através da Eq. (6.6) e do ângulo do fator de potência.
 - fator de correção de relação compreendendo a carga e os condutores do circuito secundário;
 - fator de correção de relação, dado na Eq. (6.1);
 - corrente de carga, em A;
 - tensão secundária, em V;
 - resistência do condutor do circuito secundário, em 
;
 - reatância do condutor do circuito secundário, em 
;
 - comprimento do circuito, em m (considerar o condutor de ida e o de retorno);
 - ângulo do fator de potência.
Para se determinar o desvio angular total pode-se aplicar a Eq. (6.7), ou seja:
 - ângulo de fase compreendendo a carga e os condutores do circuito secundário, em 
;
 - ângulo de fase, dado pela Eq. (6.5).
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Considerando os dados oferecidos no Exemplo de Aplicação anterior, determinar o fator de correção de relação total e o ângulo de fase total.
Fator de correção de relação, 
De acordo com a Eq. (6.1), tem-se:
Da Eq. (6.3), tem-se:
Da Eq. (6.4), tem-se:
= 
Fator de correção de relação de carga secundária
 (Tabela 4.31)
 (Tabela 4.31)
ou: 
Desvio angular total
Da Eq. (6.7), tem-se:
Pode-se perceber através da Fig. 6.11 que, nessas condições, o TP mantém, no limite, a sua classe de exatidão 0,6. Isto é obtido considerando-se 
 e 
.
O fator de potência da carga exerce uma grande influência na exatidão de uma medida efetuada com um transformador de potencial. Para comprovar esta afirmativa basta analisar a Fig. 6.16 em que se fez variar o fator de potência de uma carga padronizada de 400 VA ligada a um TP de 0,3P400 entre 0 e 1,00. Pode-se observar que o TP mantém a sua classe de exatidão no intervalo do fator de potência de 0,68 a 0,94. Já para uma carga menor, 200 VA, ligada ao TP de 0,3P400, os limites do fator de potência que mantêm a classe de exatidão são ampliados.
3.4 - Tensões nominais
Os transformadores de potencial, por norma, devem suportar tensões de serviço de 10% acima de seu valor nominal, em regime contínuo, sem nenhum prejuízo a sua integridade.
Tensões nominais primárias devem ser compatíveis com as tensões de operação dos sistemas primários aos quais os TPs estão ligados. A tensão secundária é padronizada em 115 V, para TPs do grupo 1 e 
para TPs pertencentes aos grupos 2 e 3.
As tensões primárias e as relações nominais estão especificadas na Tabela 6.1. Estas últimas estão representadas em ordem crescente, segundo a notação adotada pela NBR 6855, ou seja:
sinal de dois pontos (:) deve ser usado para respresentar relações nominais como por exemplo 120 : 1; 
o hífen (-) deve ser usado para separar relações nominais e tensões primárias de enrolamentos diferentes, como por exemplo: 13.800-115 V e 
;
sinal 
deve ser usado para separar tensões primárias nominais e relações nominais de enrolamentos destinados a serem ligados em série ou paralelo, como por exemplo: 
a barra (/) deve ser usada para separar tensões primárias nominais e relações nominais obtidas por meio de derivações, seja no enrolamento primário, seja no enrolamento secundário, como por exemplo: 
, que corresponde a um TP do grupo ou 3, com um enrolamento primário e um enrolamento secundário com derivação.
6.3.5 - Cargas nominais
A soma das cargas que são acopladas a um transformador de potencial deve ser compatível com a carga nominal deste equipamento padronizada pela NBR 6853 e dada na Tabela 6.2.
Tabela 6.1 – Tensões primárias nominais e relações nominais
 Tabela 6.2 - Características elétricas dos TPs
 
Tabela 6.3 - Cargas das bobinas de aparelhos de medição e proteção
Nesse ponto, já é possível identificar os transformadores de potencial através de seus parâmetroselétricos básicos. Dessa forma, a NBR 6855 designa um TP, colocando em ordem a classe de exatidão e a potência térmica nominal, como, por exemplo: 0,3P200.
Já as normas ANSI e IEEE C57-13 especifica o TP colocando em ordem a classe de exatidão e a letra correspondente à potência nominal. Assim, um TP 0,3P200 designado pela NBR 6855 leva a seguinte designação na norma ANSI, ou seja: 0,3Z. No caso de classes de exatidão diferentes para as cargas normalizadas pode-se ter, por exemplo, a seguinte designação: 0,3 WX, 0,6Y, 1,2Z, isto é, classe 0,3 para as cargas de 12,5 e 25 VA, classe 0,6 para a carga de 75VA e classe 1,2 para a carga de 200VA.
Um caso particular na utilização de transformadores de potencial é a sua aplicação na alimentação de circuitos de comando de motores e outras cargas que devem ser acionadas a distância.
Como os contactores são elementos mais comumente utilizados nas instalações elétricas industriais, a seguir estão prescritas algumas condições básicas que devem ser obedecidas na ligação de suas bobinas, ou seja:
a queda de tensão no circuito de comando não deve ultrapassar a 5%, em regime intermitente;
carga a ser computada para o dimensionamento do transformador de potencial deve levar em consideração a potência das lâmpadas de sinalização, a carga consumida continuamente pelas bobinas e a sua potência de operação;
no cálculo da carga total deve-se levar em consideração tanto as cargas ativas como as cargas reativas das bobinas em regime contínuo e em regime de operação.
A Tabela 6.4 dá os valores de potência típica das bobinas de contactores, tanto em regime permanente como em regime de curta duração.
A Tabela 6.5 fornece as cargas admissíveis no secundário dos transformadores de potencial em regimes contínuo e de curta duração, em função do fator de potência, considerando que a queda de tensão no secundário do transformador não seja superior a 5%.
Nesse ponto pode-se estabelecer uma analogia entre um transformador de potencial e um transformador de corrente, ou seja:
corrente:
TC: valor constante:
TP: valor variável;
Tabela 6.4 - Carga consumida pelas bobinas de contactores
tensão:
 TC: valor variável:
TP: constante;
a grandeza da carga estabelece:
TC: a tensão;
 TP: a corrente;
ligação do equipamento à rede:
 TC: série;
 TP: em paralelo;
ligação dos aparelhos no secundário:
 TC: em série;
 TP: em paralelo;
causa do erro de medida
 TC: corrente derivada em paralelo no circuito magnetizante;
 TP: queda de tensão série;
aumento da carga secundária:
 TC: para aumento de 
;
 TP: para redução de 
.
Tabela 6.5 - Cargas admissíveis no secundário dos TPs em regime de curta duração
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Dimensionar um transformador de potencial ao qual serão ligados três contactores de corrente permanente igual a 90 A, dois de corrente permanente igual a 225 A e cinco lâmpadas de sinalização de 1,5 W cada. O TP será ligado entre fases de um sistema de 380 V, obtendo-se no secundário 220 V, para alimentação da carga. Os contactores de corrente permanente igual a 225 A operam simultaneamente.
O transformador de potencial deve ser dimensionado para que satisfaça simultaneamente as condições de carga permanente e de curta duração que correspondem às cinco lâmpadas ligadas, os outros três contactores de 90 A e os dois contactores de 225 A em regime permanente e também os dois contactores de 225 A, em regime de curta duração.
Regime permanente
Regime de curta duração
Logo, através da Tabela 6.5, o transformador de potencial deve ter 600 VA (
580 VA - em regime contínuo) de carga nominal, o que satisfaz também a condição de curta duração, ou seja: 2.060 VA para fator de potência igual a 0,4.
3.6 - Polaridade
Os transformadores de potencial destinados ao serviço de medição de energia elétrica, relés direcionais de potência etc., são identificados nos terminais de ligação primário e secundário por letras convencionadas que indicam a polaridade para a qual foram construídos.
São empregadas as letras, com seus índices 
 e 
, 
 e 
, respectivamente, para designar os terminais primários e secundários dos transformadores de potencial, conforme pode-se observar na Fig. 6.18.
Fig. 6.18 – Representação de polaridade de um transformador de potencial
Diz-se que um transformador de potencial tem polaridade subtrativa, por exemplo, quando a onda de tensão, num determinado instante, atingindo os terminais primários, tem direção 
 para 
 e a correspondente onda de tensão secundária está no sentido de 
 para 
. Caso contrário, diz-se que o transformador de potencial tem polaridade aditiva.
A maioria dos transformadores de potencial tem polaridade subtrativa, sendo inclusive indicada pela NBR 6855. Somente sob encomenda são fabricados transformadores de potencial com polaridade aditiva.
3.7 - Descargas parciais
Os transformadores de potencial fabricados em epóxi estão sujeitos, durante e encapsulamento dos enrolamentos, à formação de bolhas no interior da massa isolante. Além disso, com menor possibilidade, pode-se ter, misturado ao epóxi, alguma impureza indesejável.
3.8 - Potência térmica nominal
É a potência que o TP pode suprir continuamente, sem que sejam excedidos os limites de temperatura nominais. Para os transformadores de potencial pertencentes aos grupos de ligação 1 e 2, a potência térmica nominal não deve ser inferior a 1,33 vezes a carga nominal mais elevada, relativamente à classe de exatidão.
O valor da potência térmica de um transformador de potencial pode ser determinado a partir da Eq. (6.8).
 - tensão secundária nominal;
 - impedância correspondente à carga nominal, 
�. Pode ser encontrada na Tabela 6.2;
 - para TPs dos grupos 1 e 2;
 - para TPs do grupo 3.
Alternativamente à Eq. (6.8), a potência térmica dos transformadores de potencial padronizados pode ser obtida a partir da Tabela 6.6.
Tabela 6.6 – Potência térmica dos TPs
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Calcular a potência térmica de um transformador de potencial de 75 VA de potência aparente, tensão secundária de 115 V, grupo de ligação 1.
 (Tabela 6.2)
3.9 - Tensões suportáveis
Os transformadores de potencial devem suportar as tensões de ensaio previstas na Tabela 6.7 da NBR 6835, como é mostrado a seguir.
Tabela 6.7 – Nível de isolamento e tensões suportáveis
Fig. 6.17 – Deslocamento de neutro por desequilíbrio de carga
� EMBED Equation.2 ��� - corrente de magnetização;
� EMBED Equation.2 ��� - corrente magnetizante responsável pelo fluxo� EMBED Equation.2 ���;
� EMBED Equation.2 ��� - corrente de perdas no ferro;
� EMBED Equation.2 ��� - ângulo de defasamento;
� EMBED Equation.2 ��� - resistência 
� EMBED Equation.2 ��� - reatância 
�PAGE �
�PAGE �35� – Transformador de Potencial 
�
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_1128430581.xls
Plan1
						Tab. 6.2 - Características elétricas dos TPs
		
		Cargas nominais						Características a 60 Hz e 120 V								Caracterísitcas a 60 Hz e 66,3 V
		Designação				Potência		Fator de		Resis-		Indu-		Impe-		Resis-		Indu-		Impe-
						aparente		potência		tência		tância		dância		tência		tância		dância
		ABNT		ANSI		VA		-		Ohm		mH		Ohm		Ohm		mH		Ohm
		P12,5		W		12.5		0.10		115.2		3,402		1,152		38.4		1,014		384
		P25		X		25		0.70		403.2		1,092		576		134.4		364		192
		P75		Y		75		0.85		163.2		268		192		54.4		89.4		64
		P200		Z		200		0.85		61.2		101		72		20.4		33.6		24
		P400		ZZ		400		0.85		30.6		50		36		10.2		16.8		12
Plan2
		
Plan3
		
Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
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_1124256918.dwg
_1124263541.xls
Plan1
		Tab. 6.1 - Tensões primárias nominais e relações nominais
		
		Grupo 1				Grupos 2 e 3
		Para ligação de				Para ligação
		fase para fase				fase para neutro
		Tensão		Relação				Relação nominal
		primária		nominal		nominal		Tensão		Tensão secundária
		nominal						secundária		de aproximada-
								de 115/		mente 115 V
		115		1:1		-		-		-
		230		2:1		230/		2:1		1,2:1
		402.5		3,5:1		402,5/		3,5:1		2:1
		460		4:1		460/		4:1		2,4:1
		575		5:1		575/		5:1		3:1
		2,300		20:1		2300/		20:1		12:1
		3,475		30:1		3475/		30:1		17,5:1
		4,025		35:1		4025/		35:1		20:1
		4,600		40:1		4600/		40:1		24:1
		6,900		60:1		6900/		60:1		35:1
		8,050		70:1		8050/		70:1		40:1
		11,500		100:1		11500/		100:1		60:1
		13,800		120:1		13800/		120:1		70:1
		23,000		200:1		23000/		200:1		120:1
		34,500		300:1		34500/		300:1		175:1
		44,000		400:1		44000/		400:1		240:1
		69,000		600:1		69000/		600:1		350:1
		-		-		88000/		800:1		480:1
		-		-		115000/		1000:1		600:1
		-		-		138000/		1200:1		700:1
		-		-		161000/		1400:1		800:1
		-		-		196000/		1700:1		1700:1
		-		-		230000/		2000:1		1200:1
Plan2
		
Plan3
		
Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
_1124288865.dwg
_1124260676.xls
Plan1
		Tab. 6.4 - Carga consumida pelas bobinas de contatores
		
		Contactor		Carga de curta duração								Carga permanente
		A		Potência		Potência		Potência		Fat. potência		Potência		Potência		Potência		Fat. potência
		-		VA		W		var		-		VA		W		var		-
		22		72		53		48		0.74		10.5		3.15		10.0		0.30
		35		75		56		49		0.75		10.5		3.15		10.0		0.30
		55		76		59		47		0.78		10.0		3.15		10.0		0.30
		90		194		62		183		0.32		21.0		7.14		19.7		0.34
		100		365		164		325		0.45		35.0		9.10		33.7		0.26
		110		365		164		325		0.45		35.0		9.10		33.7		0.26
		180		530		217		483		0.41		40.0		11.20		38.4		0.28
		225		730		277		675		0.38		56.0		13.44		54.3		0.24
		350		1060		371		992		0.35		79.0		21.33		76.2		0.27
		450		2140		342		2041		0.30		140.0		36.40		135.5		0.26
		700		900		720		540		0.80		110.0		66.00		88.0		0.60
Plan2
		
Plan3
		
Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
_1124261850.xls
Plan1
		Tab. 6.7 - Nível de isolamento e tensões suportáveis
		
		Tensão		Tensão suportável				Tensão suportável		Tensão suportável
		máxima		de impulso atmos-				nominal à freqüência		nominal de impulso
		do equi-		férico				industrial		atmosférico
		mento		B		A		durante 1 minuto		B		A
		kVef		kVcr		kVcr		kVef		kVcr		kVcr
		0.6		-		-		4		-		-
		1.2		-		-		10		-		-
		7.2		30		60		20		33		66
		15		95		110		36		105		121
		25.8		125		150		60		138		165
		38		150		200		80		165		220
		48.3		250		250		95		275		275
		72.5		325		350		140		357		385
Plan2
		
Plan3
		
Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
_1124259390.dwg
_945125076.xls
Plan1
		Tab. 6.5 - Cargas admissíveis no secundário dos TPs em regime de curta duração
		
		Fator de potência
		0.3		0.4		0.5		0.6		0.7		0.8		1		Regime
		Potências dos TP's em VA - curta-duração														contínuo (VA)
		60		50		50		50		40		40		30		20
		110		90		80		70		70		60		60		40
		180		150		140		120		110		100		80		60
		310		260		230		200		180		160		140		100
		530		450		390		340		300		270		250		150
		890		750		640		570		500		500		430		230
		1470		1240		1100		1000		900		850		740		370
		2480		2060		1800		1700		1500		1400		1400		580
		3300		2800		2400		2000		1900		1800		1500		930
		5600		4700		4100		3600		3400		3000		1700		1500
		9000		7600		6600		5900		5300		5000		4500		2400
		13300		11600		11000		9400		8600		8000		7900		3700
		17500		15700		15000		13900		13000		13000		13800		5900
		26000		24000		23000		21300		21000		20000		24000		9300
Plan2
		
Plan3Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
_1040133833.xls
Plan1
		Tab. 6.3 - Cargas das bobinas de aparelhos de medição e proteção
		
		Aparelhos		Potência ativa		Potência reativa		Potência total
				W		var		VA
		Medidor kWh		2.0		7.9		8.1
		Medidor kvarh		3.0		7.7		8.2
		Wattímetro		4.0		0.9		4.1
		Motor do conjunto de demanda		2.2		2.4		3.2
		Autotransformador de defasamento		3.0		13.0		13.3
		Voltímetro		7.0		0.9		7.0
		Freqüencímetro		5.0		3.0		5.8
		Fasímetro		5.0		3.0		5.8
		Sincronoscópio		6.0		3.0		6.7
		Cossifímetro						12.0
		Registrador de freqüência						12.0
		Emissores de pulso						10.0
		Relógios comutadores						7.0
		Totalizadores						2.0
		Emissores de valores medidos						2.0
Plan2
		
Plan3
		
Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
_1040134542.xls
Plan1
		Tab. 6.6 - Potência térmica dos TP's
		
		Designação		Potência térmica
				Grupos 1 e 2		Grupo 3
				VA		VA
		P12,5		18		50
		P25		36		100
		P75		110		300
		P200		295		800
		P400		590		1600
Plan2
		
Plan3
		
Plan4
		
Plan5
		
Plan6
		
Plan7
		
Plan8
		
Plan9
		
Plan10
		
Plan11
		
Plan12
		
Plan13
		
Plan14
		
Plan15
		
Plan16
		
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