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AULA1: Conhecer a História da Arte é olhar e constatar uma enorme quantidade de objetos, em diversos lugares. Se analisarmos todos estes objetos veremos que foram feitos para uma determinada finalidade, garantir a nossa superioridade. A vara e o anzol, por exemplo, nada mais é que o prolongamento do seu braço, o guindaste, por sua vez, facilita o levantamento de pesos que não poderiam ser movidos apenas com a força muscular. Assim o homem, um ser que facilmente seria vencido pelos elementos da natureza, criou objetos que lhe possibilitaram dominar e transformar o meio natural. Essa atitude de criar objetos e aperfeiçoá‐los constantemente torna possível a compreensão de processos civilizatórios pelo qual o homem vem passando desde que surgiu sobre a terra. Os antropólogos culturais sabem muito bem disso e são capazes de reconstituir a organização social de um grupo humano a partir dos objetos que se preservaram. Assim, observando potes, urnas mortuárias e instrumentos rudimentares para tecer, caçar ou pescar, podemos conhecer a vida destes homens de antigamente, o seu dia a dia. Os homens criam os objetos não apenas para se utilizar deles, mas sim para expressar seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, para expressar sua visão do momento histórico em que vive. A ARTE DO PALEOLÍTICO SUPERIOR Um período fascinante da história humana é a pré‐ história Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita, tudo que sabemos destes homens é resultado da pesquisa de antropólogos e historiadores, que reconstituíram a cultura do homem na idade da pedra. Como a duração da pré‐história foi muito longa, os historiadores a dividiram em três períodos, Paleolítico Inferior (cerca de 500.000 a.C) Paleolítico Superior ( 30.000 a.C) e Neolítico ( por volta de 10.000 a.C). As primeiras expressões da arte eram simples, consistiam em traços feitos nas paredes das cavernas ou das mãos em negativo. A principal característica dos desenhos da idade da pedra lascada é o naturalismo. O artista pinta os seres, um animal, por exemplo, como ele o via em uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava. Neste período as ferramentas eram lascadas. Os artistas do paleolítico superior realizaram também esculturas, mas tanto na pintura quanto na escultura as figuras elas eram femininas. A cabeça surgia como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Dentre estes trabalhos destacaram‐se a Vênus de Willendorf. A ARTE DO NEOLÍTICO: O Último período da pré‐história é chamado Neolítico, descobertas importantíssimas aconteceram neste período. A palavra Neolítico significa pedra polida, um fantástico conjunto de mudanças que moldaria a história e segundo alguns estudiosos, só encontraria paralelo na revolução industrial ( séc XVIII). As bases da revolução Neolíticas são também as bases da civilização ocidental. Além desse aprimoramento técnico, o acontecimento mais significativo desse período foi o início da agricultura e a domesticação de animais que permitiu ao homem a substituição da vida nômade errante por uma vida mais estável. Esse fato transformou profundamente a história humana, pois com a fixação de grupos houve um rápido aumento populacional e o desenvolvimento dos primeiros núcleos familiares, além da divisão de trabalho na comunidade. A partir daí, o ser humano criou técnicas como a tecelagem, a cerâmica e construções das primeiras moradias. Conseguiram ainda produzir fogo por atrito e deram início ao trabalho com metais. Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte, no estilo das pinturas pré‐ histórias naturalistas que foram substituídas por desenhos geométricos. Eis a primeira grande transformação na história da arte, já que no paleolítico o homem pintou por acreditar que estaria magicamente aprisionando a casa em sua pinturas. No Brasil temos muitas, pinturas pré‐históricas, um valioso patrimônio arqueológico. Em Minas Gerais, por exemplo, temos o sítio arqueológico da Lapa Grande no município de Matozinho. Nas pinturas do interior de grutas e abrigos da Lapa da Cerca Grande podem ser vistas figuras zoomorfas (representação de animais terrestres, peixes e aves) e antropomorfas (imagens humanas e geométricas). 1 AULA ARTE NO EGITO “Uma dádiva do Nilo”, assim o historiador grego Heródoto ( séc. V a.C), definiu o Egito. E que dádiva! Fertilizado pelas águas do Rio Nilo. Há cerca de 5 mil anos, berço de uma rica e complexa civilização, palco de uma arte que encanta e desafia até hoje. A civilização egípcia foi uma das mais importantes da antiguidade, uma escrita bem estruturada e uma expressão artística egípcia que refletiu com profundidade sua história, dividido em Antigo Império, Médio Império e Novo Império, o Egito teve um significado muito importante e sua arte, um papel de destaque. Entre os aspectos de sua cultura, talvez a religião tenha sido o mais significativo, tudo no Egito era orientado por ela, acreditavam também na vida após a morte e esta, era a mais importante que a existência terrena. Desta forma desde seu início a arte egípcia concretizou‐se nos túmulos, nas estátuas e nos vasos deixados junto aos mortos, a arquitetura egípcia realizou‐se, sobretudo, nas tumbas e construções mortuárias. As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas das casas em que moravam. As pessoas sem importância social por sua vez, eram sepultadas em construções retangulares muito simples chamadas Mastabas, que deram origem às grandes pirâmides, construídas mais tarde. ( foto da imagem) Por volta de 2.780 a.C, a sociedade egípcia já apresentava uma estrutura bastante complexa. As classes sociais começaram a ganhar limites nítidos. De um lado estavam os faraós, cercados por nobres e sacerdotes, de outro lado estavam os comerciantes, artesãos e camponeses, e os marginalizados que eram os escravos, uma significativa parcela da população. Foi o soberano Djoser que deu início ao antigo Império ( 3.200‐2.200 a.C). Esse faraó exerceu o poder autoritariamente e transformou o Baixo Egito, com a capital em Mênfis, no centro mais importante do reino. Desse período foram erguidos importantes monumentos artísticos, demonstrando a imponência do poder político e religioso do Faraó. A pirâmide de Djoser, por exemplo, na região de Sacara, construída pelo arquiteto Imhotep, foi talvez a primeira construção egípcia de grande proporção, mas são as pirâmides do deserto de Gisé as obras arquitetônicas mais famosas, foram construídas por importantes reis do Antigo Império, são elas a Queóps, Quéfren e Miquerinos. Destas três a maior é a de Queóps com 146 metros de altura e ocupa uma superfície de 54.300 metros quadrados. Esse monumento revela o domínio dos egípcios sobre a técnica de construção, entre os blocos de pedra que formam as imensas paredes, não existe nenhuma espécie de argamassa. Juntos a estas pirâmides encontra‐se a Esfinge ( foto), a mais conhecida do Egito, é uma obra gigantesca, com 20 metros de altura e 74 metros de comprimento, representando o faraó Quéfren. A areia do deserto, ao longo dos séculos, desenvolveu na escultura um aspecto misterioso. 2 FEITA PARA BRILHAR Queóps mandou revestir toda a parte externa, de sua futura tumba, com pedra calcária polida e assim, ela literalmente brilhava com a luz do sol e podia ser vista a quilômetros de distância, este revestimento, infelizmente, foi saqueadohá mais de 600 anos. Hoje existem apenas resíduos dele no topo da pirâmide. UMA ARTE DE CONVENÇÕES A arte egípcia era uma arte anônima, pois a obra deveria revelar perfeito domínio da técnica de execução, e não o estilo de quem as criava. Entre as regras a serem seguidas, no baixo relevo e na pintura, destaca‐se a Lei da Frontalidade, determinando que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés, de perfil. Uma marca da arte egípcia, sob esse ângulo, era de que não deveria apresentar uma reprodução naturalista que sugerisse ilusão de uma realidade, ao contrário, diante de uma figura humana retratada fortemente, o observador deveria reconhecer claramente em se tratar de uma representação. ARTE NA GRÉCIA Dos povos da antiguidade que apresentaram produção cultural mais livre, foram os gregos. Se inicialmente eles imitaram a produção artística egípcia e de povos do oriente com o tempo criaram arquitetura, escultura e pintura própria, movidos por concepções diferentes convictos de que o ser humano ocupa lugar especial no universo, eles não se submeteram a imposições de reis e sacerdotes, para eles, o conhecimento expresso pela razão, estava acima da crença em qualquer divindade. Do ponto de vista de sua produção artística, os seguintes períodos históricos da Grécia antiga são: Período Arcaico: Da formação das cidades‐estado, em meados do século VII a.C, até a época das guerras Greco‐Pérsicas, no século V a.C. Período clássico: Das guerras pérsicas até o fim da Guerra do Peloponeso ( séc IV a.C) Período Helenístico: Do séc IV a.C até o século II a.C. Em 146 a.C , a Grécia viria a ser dominada por Roma. No século XIII a.C o povo grego era formado pelos aqueus, jônicos, dórios e eólios. Com o passar do tempo esses povos passaram a ter a mesma cultura. Já por volta do século X a.C os habitantes da Grécia continental e das ilhas do mar Egeu, que falavam diversos dialetos gregos, estavam reunidos em pequenas comunidades distantes umas das outras. Muitas delas transformaram‐se em cidades‐estados a Pólis Grega. O período arcaico vai de meados do século VII a.C com a formação da Pólis, até a época das guerras Pérsicas. Tem início então o período clássico, dessa fase merece destaque o século V a.C chamado século de Péricles, época em que a atividade intelectual, artística e política refletiu o esplendor da cultura helênica. A EVOLUÇÃO DA ESCULTURA Aproximadamente no final do século VII a.C os gregos começaram a esculpir em mármore grandes figuras masculinas. Era evidente, nessas abas, a influência do Egito, tanto nas formas quanto na técnica de esculpir grandes blocos. O artista grego, porém, já acreditava que a escultura não deveria se assemelhar ao seu modelo, ela teria também um objeto belo em si mesmo. O escultor grego do período arcaico, assim como o egípcio, apreciava a simetria natural do corpo humano. Para evidenciá‐lo o artista esculpia figuras masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros, palavra grega que significa “homem jovem”. Diferentemente da arte egípcia, cuja produção tinha uma função religiosa, a arte grega não estava submetida a convenções rígidas, por isso, evoluiu livremente. Assim, com o tempo, a postura rígida e forçada do Kouros passou a ser insatisfatória. A estátua conhecida como Efebo de Critio, por exemplo, mostra mudanças nesse sentido e em vez de olhar para frente, o modelo tem a cabeça ligeiramente voltada para o lado, em vez de apoiar‐se igualmente sobre as duas pernas, o corpo descansa sobre uma delas, que assume uma posição mais afastada em relação ao eixo de simetria, e mantém o quadril desse lado um pouco mais alto. Na procura pela superação da rigidez das estátuas, o mármore mostrou‐se um material inadequado, pesado demais, muitas vezes quebrava‐se sob o próprio peso quando determinadas partes do corpo não estavam apoiadas. Os braços estendidos de uma estátua, por exemplo, corriam sério risco de se quebrar. A solução para o problema foi trabalhar com um material mais resistente. Começaram então a fazer esculturas em bronze, liga metálica que além de mais resistente permitia o artista criar figuras que expressassem melhor ideia de movimento. Da arquitetura grega, as edificações que despertam maior interesse são os templos. Essas obras não foram construídas para reunir, dentro delas, um grupo de pessoas para o culto religioso, mas proteger da chuva ou do sol excessivo as esculturas das divindades. As características mais evidentes, dos templos gregos, são as simetrias entre o pórtico da entrada, pronau, e o dos fundos, opistódomo. O núcleo do tempo era formado pelo Pronau, pelo Nao (recinto onde ficavam a imagem da divindade) e pelo Opistódomo. Esse núcleo era cercado por uma colunata chamada Peristilo. Em cidades mais ricas o Peristilo chegou a ser formado por duas séries de colunas em torno do núcleo do templo. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: arquitrave, friso e a cornija. As colunas e o entablamento eram construídos seguindo os moldes da ordem dórica ou ordem jônica. A ordem dórica era simples e maciça. Os fustes das colunas eram grossos e firmavam‐se diretamente no estilóbato. Os capitéis, que ficavam no alto dos fustes eram muito simples. A ordem jônica sugeria leveza e era mais ornamentada. As colunas apresentavam fustes mais delgadas, que não se firmavam diretamente sobre o estilóbato, mas sobre uma base decorada. Os capitéis eram enfeitados, e a arquitrave dividida em partes, ou então decorada por uma faixa esculpida em relevo. A cornija era mais ornamentada, em geral a ordem jônica tinha um tratamento mais livre do que a dórica, tanto que no final do século V a.C, foi criado o capitel jônico, como um modo de variar e enriquecer as colunas dessa ordem. Os templos gregos eram cobertos por telhado descendente, no sentido das laterais. Tanto no pórtico de entrada quanto dos fundos esses espaços, denominado frontão, eram intensamente ornamentado com esculturas. O PERÍODO HELENÍSTICO No final do séc. V a.C Filipe II, rei da Macedônia, dominou as cidades‐estado da Grécia e foi sucedido por seus filhos. Alexandre, que construiu um gigantesco império fragmentou‐se em vários reinos. Os historiadores modernos deram o nome de helenístico à cultura iniciada sob o poder de Alexandre e segunda até o domínio da Grécia pelos romanos. A ESCULTURA A escultura do séc. IV a.C apresentava traços bem característicos. Um deles era a representação sob a forma humana, de conceitos e sentimentos como a paz, o amor, a liberdade, a vitória, etc. Outra marca foi o surgimento do nu feminino, já que no período arcaico e clássico representava‐se a figura feminina sempre vestida. Praxíteles, cópia romana de Afrodite de Cnido. O original grego data de aproximadamente 370 a.C, altura 2,04 m. Praxíteles, por exemplo, esculpiu uma Afrodite nua que acabou sendo sua obra mais famosa. Como essa estátua foi comprada pela cidade de Cnido, ficou conhecida como Afrodite de Cnido. Observa‐se nela o princípio usado por Policleto (autor do Doríforo), opor os membros tensos aos relaxados, combinando‐os com o tronco posicionado sem rigidez. Esse princípio aplicado às formas arredondadas femininas deu sensualidade a escultura. A ARTE EM ROMA A arte em Roma sofreu duas fortes influências,a arte etrusca, popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da grego‐helenística, orientada para a expressão de uma ideal de beleza. A ARQUITETURA Um dos legados culturais mais importantes deixadas pelos etruscos aos romanos foi o uso do arco e da abóboda, o vão entre uma coluna e outra era limitado pelo tamanho do entablamento horizontal. Esse tamanho não podia ser muito grande, pois quanto maior a viga, maior a tensão sobre ela e a pedra, material mais resistente usado nas construções da época, não suportava grandes tensões, sendo assim, os templos gregos eram repletos de colunas, acarretando a redução do espaço de circulação. ARCOS O arco foi uma conquista que permitiu ampliar o vão entre uma coluna e outra. Nele o centro não sofre maior sobrecarga que as extremidades e assim, as tensões são distribuídas de forma mais homogênea. Além disso, como o arco é construído por blocos de pedra, a tensão comprime esses blocos e lhes dá maior estabilidade. No final do séc. I Roma já havia superado as influências gregas e etruscas e estava pronta para desenvolver criações artísticas independentes e originais. A ARQUITETURA DOS TEMPLOS Os romanos costumavam erigir seus templos num plano mais elevado, de modo que a entrada só era alcançada por uma escadaria, construída diante da fachada principal. Esse elemento, arquitetônico‐pórtico e escadaria, tornava a fachada principal bem distinta das laterais e do fundo do edifício. Eles não tinham, portanto, a mesma preocupação dos gregos, fazer os lados do templo semelhantes dois a dois, frente e fundo. A CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA DO TEATRO. Graças ao uso de arcos e abóbodas, que herdaram dos etruscos, os romanos construíram anfiteatros. Alterando significativamente a planta do teatro grego, usando ordens de arco sobrepostas, criaram uma solução arquitetônica não sendo mais necessário assentar nas encostas das colinas como faziam os gregos. O coliseu, mais belo dos anfiteatros romanos, cuja construção começou no reinado de Vespasiano em 72 d.C, e terminou em 82 d.C pelo imperador Domiciano. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40 mil pessoas sentadas e 5 mil em pé. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas que ficavam dentro dos arcos e por três ordens de colunas. Na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas a estrutura das arcadas. Não tinham, assim, funções de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá‐la. OS BASTIDORES DO COLISEU Sabe‐se por meio de textos que com recursos cênicos os leões saltavam para fora de alçapões, que se abriam no piso do Coliseu. O maior anfiteatro de Roma antiga, com capacidade para 5.500 espectadores, dispunha de 28 elevadores com jaulas para animais, em algumas superproduções o subsolo era inundado. Batalhas navais eram encenadas nessas piscinas artificiais com 1,5 metros de profundidade. Em apenas uma das celebrações, promovida pelo Imperador Trajano em 107 d.C , lutaram na arena 10.000 animais num festival de 123 dias. Uma encenação conduzida com crueldade e eficácia tecnológica condizente com a imponência do Coliseu. OBRA PÚBLICA Uma das maiores representativas obras da construção civil dos romanos é o aqueduto conhecido como Le Pont Du Gard, erguido no séc I a.C , esse aqueduto de 50 quilômetros de extensão conduzia até Nimes, cidade que hoje pertence a França. A PINTURA E O MOSAICO As pinturas romanas que conhecemos hoje provem das cidades de Pompéia e Herculano, soterradas pela erupção do Vesúvio no séc. XVIII. Essas pinturas faziam parte da decoração interna dos edifícios e podem ser apreciadas em painéis que recobriam as paredes das casas. Era costume no séc. III recobrir as paredes com uma camada de gesso que eram pintados mais tarde, os pintores romanos desenvolveram a pintura direto na parede. Os painéis criavam ilusões de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas. A ESCULTURA Embora, grande admiradores da arte grega, os romanos desenvolveram uma escultura mais realista que aquela. É possível compreender melhor isso ao observar a escultura do primeiro imperador romano, Augusto de Prima Porta, feita por volta de 19 a.C ARTE CRISTÃ PRIMITIVA A arte cristã primitiva de início, rude e simples nas catacumbas e depois mais rica e amadurecida nas basílicas, prenuncia as mudanças que marcaram uma nova época na história da humanidade. A arte cristã que surge nas catacumbas em Roma, não é feita pelos grandes artistas romanos, mas por simples artesãos. Essas pinturas entre arte e doutrina Cristã, desenvolvida e firmada na idade média. A ARTE NAS CATACUMBAS Após a morte de Jesus Cristo, seus discípulos passaram a divulgar seus ensinamentos , inicialmente essa divulgação restringiu‐se a Judéia, província romana onde Jesus viveu e morreu, mas depois a comunidade cristã começou a dispersar‐se por várias regiões do Império Romano. A primeira grande perseguição aos cristãos aconteceu no ano de 64 d.C, durante o governo do Imperador Nero. Num espaço de 249 anos houve nove perseguições, sendo a última mais violenta, ocorreu entre os anos 303 a 305 sob o governo de Diocleciano. Por causa dessas perseguições os primeiros cristãos enterravam seus mortos em galerias subterrâneas em Roma, denominadas Catacumbas. Os mártires, porém, eram sepultados em locais maiores, que passaram a receber em seus tetos e em suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura cristã Imagem “ Bom Pastor”pintura mural das catacumbas de Priscila, em Roma século II d.C. ARTE OFICIAL DO CRISTIANISMO Em 313 o Imperador Constantino permitiu que o cristianismo fosse livremente professado e converte‐se a religião, sem restrições ao cristianismo foi inaugurada uma nova fase na arte cristã. As igrejas se proliferaram e com ela a arte. Bizâncio era uma antiga colônia grega localizada entre a Europa e a Ásia, no estreito de Bósforo. Nesse local, no ano de 330, o Imperador Constantino fundou a cidade de Constantinopla, que com uma localização privilegiada viria a ser palco de uma síntese das culturas greco‐romana e oriental. Mapa do estreito de Bósforo O termo bizantino deriva de Bizâncio e designa a criação cultural não só de Constantinopla, mas de todo o Império Romano do oriente. Imagem da basílica de Santa Sofia em Istambul IMPERIO ROMANO DO ORIENTE Em 395 o Imperador Teodósio dividiu em duas partes o imenso território denominado o Império Romano do ocidente e o Império Romano do oriente. O Império Romano do Oriente cuja capital era Roma sofreu sucessivas ondas de invasões até cair completamente em poder dos Bárbaros no ano de 476, data que marca o fim da idade antiga e o início da idade média. O império Bizantino, como acabou sendo denominado o Império Romano, alcançou seu apogeu político e cultural durante o governo do Imperador Justiniano, que reinou de 527 a 565. Apesar das contínuas crises políticas a unidade do Império foi mantida até 1453, quando os turcos tomariam a capital, marcando assim o início de um novo período histórico, a idade moderna. ARTE QUE EXPRESSA RIQUEZA E PODER O movimento Bizantino coincidiu historicamente com a oficialização do cristianismo a partir daí a arte cristã primitiva, que era popular e simples, foi desenvolver um caráter majestoso, expressão de poder e riqueza. A arte bizantina tinha o objetivo de expressar a autoridade absoluta do Imperador, considerado sagrado e representante de Deus e com poderes temporais e espirituais. Para que esse objetivo fosse atingido umasérie de convenções foi estabelecida, tal como na arte egípcia. Uma dessas regras era a frontalidade, uma vez que, a postura rígida da personagem representada levava o observador a uma atitude de respeito e veneração. Assim, o artista, quando reproduz frontalmente as figuras, demonstra respeito pelo observador , que vê nos soberanos e nas personagens sagradas seus senhores e protetores. Além da frontalidade, outras regras minuciosas foram impostas aos artistas pelos sacerdotes, tais como a determinação do lugar de cada personagem sagrada na composição de uma obra e a indicação de como deveriam ser os gestos, como deveria estar posicionado as mãos, pés e dobras das roupas. Imagem Mãe de Deus ,Odiguítria de Jerusalém. O Imperador Justiniano e a Imperatriz Teodora eram representados com a cabeça aureolada, símbolo usado para caracterizar as figuras sagradas, como Cristo, os santos e os apóstolos. As personagens sagradas, por sua vez, eram reproduzidas com as características das autoridades do Império. Cristo, por exemplo, aparecia como um rei e Maria, como uma rainha. Da mesma forma o caráter majestoso da arte bizantina também pode ser observado na arquitetura das igrejas. Um dos melhores exemplos disso é a Basílica de Santa Sofia, que a partir de 1935 tornou‐se o Museu de Santa Sofia. A ARTE ROMÂNICA Durante a idade média, iniciada no séc. V, a vida econômica social concentrou‐se no campo. A evolução cultural nesse período manteve‐se praticamente nula. No séc. VII, as únicas fontes de preservação da cultura greco‐romana eram as escolas ligadas às catedrais para a formação do clero. Somente a igreja continuou a contratar artistas, construtores, carpinteiros, marceneiros, vitralistas, decoradores, escultores e pintores, pois as igrejas eram os únicos edifícios públicos que ainda eram construídos. No ano 800 quando Carlos Magno foi coroado Imperador do Ocidente, um intenso movimento cultural teve início. O poder real uniu‐se ao poder papal e Carlos Magno tornou‐se protetor da cristandade. A arte no Império Carolíngio, na corte de Carlos Magno, foi criada uma academia literária e também foi desenvolvida oficinas para a produção de objetos de arte e manuscritos. As oficinas ligadas ao palácio e aos mosteiros desempenharam importante papel na evolução da arte no reinado de Carlos Magno. Contudo, no Império Carolíngio, não foram criadas obras monumentais. Após a morte de Carlos Magno, no ano de 814, a corte deixou de ser o centro cultural do Império e as atividades intelectuais centralizaram‐se nos mosteiros. O trabalho nas oficinas da corte de Carlos Magno levou os artistas a redescobrir a tradição cultural e artística do mundo greco‐ romana. O ESTILO ROMÂNICO NA ARQUITETURA O nome românico foi criado para designar as realizações arquitetônicas dos séc. XI e XII, na Europa, cuja estrutura assemelhava‐se à das construções dos antigos romanos. Seus aspectos mais significativos são a utilização da abóboda, dos pilares maciços que a sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas. As igrejas românicas são grandes e sólidas, daí serem chamadas, “Fortaleza de Deus”. Elas podiam ser construídas com abóbodas de dois tipos, de berço e de arestas, abóboda de berço era mais simples. Consistia num semicírculo, o arco pleno, ampliado lateralmente pelas paredes. Apresentavam duas desvantagens, o excesso de peso do teto de alvenaria, que podia provocar desabamentos, e a reduzida luminosidade interna, resultante das janelas estreitas. A abertura de grandes vãos era impraticável, por enfraquecer as paredes e aumentar o risco de desabamento. ABÓBODA DE BERÇO E DE ARESTA ABÓBODA CIRCULAR ARQUITETURA ROMÂNICA NA PENÍNSULA ITÁLICA Diferente do restante da Europa, a arte românica na península itálica, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas. Por estarem mais próximas a exemplo da arquitetura grega e romana, os construtores italianos construíram suas igrejas com aspectos mais leve e delicado, também sob a influência da arte Greco‐ romana, eles procuram usar frontões e colunas. Um dos exemplos mais conhecidos dessa expressão românica é o conjunto da catedral de Pisa. PINTURA À FRESCO Uma técnica antiga e difícil de ser executada, este termo é sinônimo, hoje, de pintura mural. Originalmente, porém, era uma técnica de pintura sobre as paredes úmidas. Vem daí o seu nome, nesse tipo de pintura a preparação da parede é muito importante. Sobre sua superfície é aplicada uma camada de cal, que por sua vez é coberta com uma camada de gesso fina e bem lisa. É sobre essa última camada que o pintor executa sua obra. Ele deve trabalhar com a argamassa ainda úmida, pois com a evaporação da água, a cor adere ao gesso, o gás carbônico do ar combina‐se com o cal e a transforma em carbonato de cálcio, completando assim a adesão do pigmento à parede. O afresco se distingue de outras técnicas, porque uma vez seca a argamassa a pintura se incorpora ao reboco, tornando‐se parte integrante dele. ARTE GÓTICA No século XII tem início uma economia fundamentada no comércio. Como consequência, o centro da vida social se desloca para a cidade e surge uma nova classe social, a burguesia urbana. Novamente a cidade é o centro de renovação dos conhecimentos da arte e da própria organização social. No começo do século XIII a arte românica ainda era predominante, mas mudanças que conduziram a uma profunda revolução na arquitetura, na arte de projetar e construir, já começavam a aparecer. ( foto de uma igreja gótica Notre Dame,vista lateral da catedral com detalhes dos arcobotantes) No começo do século XII, uma nova arquitetura foi ganhando espaço e no séculoXVI os estudiosos começaram a chamá‐la, desdenhosamente, de Gótica. De acordo com eles, sua aparência era tão bárbara que poderia ser criado por Godos, povos que invadiram o Império Romano. No período Românico a matéria prima foi o mosaico e no Gótico foram os vitrais. O aspecto mais importante da arquitetura gótica é a abóboda de nervuras, que difere muito da abóboda de arestas da arquitetura românica, porque deixa visíveis os arcos ogivais que formam sua estrutura. A construção desse novo tipo de abóboda foi possível devido ao arco ogival, diferente do arco semicircular do estilo românico. O emprego desse arco permitiu a construção de igrejas mais altas,além disso o desenho das ogivas, que se alonga para o alto, acentua a impressão de altura e verticalidade. Os pilares, chamados tecnicamente de suporte de apoio, foi outro recurso arquitetônico do estilo gótico que dispensa paredes grossas para sustentar a estrutura. A consequência mais importante desse novo ponto de apoio da construção foi a substituição das sólidas paredes com janelas estreitas do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas preenchidas por vidros coloridos e trabalhados chamados Vitrais. ( imagem gigante da nave Saint Chapelle em Paris 1243‐1246) RENASCIMENTO NA PENÍNSULA ITÁLICA Chama‐se renascimento o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650, mais do que o simples reviver da cultura clássica Greco –Romana, nesse período ocorreram no campo das artes plásticas, da literatura e das ciências inúmeras realizações que superam essa herança. O ideal do humanismo foi o móvel de tais conquistas e tornou‐se o próprio espírito do renascimento. Num sentido amplo significou a valorização do ser humano e da natureza em oposição ao divino que haviam tomado à cultura da idade média. O artista do renascimento buscou expressar a racionalidade do ser humano. Na arquitetura a preocupação do renascimento, era a de criar espaços compreensíveis de todos os ângulos visuais, que fossem resultantes de uma justa proporção entre todas as partesdo edifício. Na pintura, no Renascimento, surgem estudos da perspectiva segundo princípios matemáticos e geométricos. O uso da perspectiva conduziu a outros recursos, o claro e o escuro, que consistia em pintar algumas iluminadas e outras na sombra, volumes ou tridimensionalidade. (imagem de desenhos de Leonardo e a escultura de verrochio(o Davi) em bronze ( Davi cerca de 1476, altura 1,26 m Bargello Florença e escultura de Michelangelo, Davi 1501‐1504 altura 4,10 m museu academis Florença). Dentro deste pensamento, Leonardo da Vinci, prima a busca do conhecimento científico e da beleza artística(imagem de estudos de desenhos e imagens de Leonardo da Vinci) Leonardo da Vinci, por volta de 1500, dedicou‐se aos estudos de perspectivas ópticas, proporções e anatomia. Nessa época produziu inúmeros desenhos acompanhado de anotações de animais, movimentos, edifício e engenhos mecânicos. A escultura, no Renascimento, dois artistas se destacaram pela produção de obras que testemunham a crença na dignidade do homem, Andrea Del Verrochio ( 1435‐1488) Michelangelo em sua obra Davi, mstra um tipo de consciência que surge com o renascimento em sua plenitude e capacidade de enfrentar os desafios da existência. AULA1 aula 2 EGITO aula 3 grecia aula 4 Roma aula 5 cristã aula 6 aula 7 A ARTE ROMÂNICA AULA 8 AULA 9
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