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01 Arrase no ENEM - Artes

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AULA1: 
Conhecer  a  História  da  Arte  é  olhar  e  constatar  uma  enorme  quantidade  de  objetos,  em 
diversos  lugares.  Se  analisarmos  todos  estes  objetos  veremos  que  foram  feitos  para  uma 
determinada  finalidade, garantir a nossa superioridade. A vara e o anzol, por exemplo, nada 
mais é que o prolongamento do seu braço, o guindaste, por sua vez, facilita o levantamento de 
pesos que não poderiam ser movidos apenas com a força muscular.  
Assim  o  homem,  um  ser  que  facilmente  seria  vencido  pelos  elementos  da  natureza,  criou 
objetos que lhe possibilitaram dominar e transformar o meio natural.  
Essa atitude de criar objetos e aperfeiçoá‐los constantemente  torna possível a compreensão 
de processos civilizatórios pelo qual o homem vem passando desde que surgiu sobre a terra. 
Os antropólogos culturais sabem muito bem disso e são capazes de reconstituir a organização 
social de um grupo humano a partir dos objetos que se preservaram. Assim, observando potes, 
urnas mortuárias e instrumentos rudimentares para tecer, caçar ou pescar, podemos conhecer 
a vida destes homens de antigamente, o seu dia a dia. Os homens criam os objetos não apenas 
para se utilizar deles, mas sim para expressar seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, 
para expressar sua visão do momento histórico em que vive. 
A ARTE DO PALEOLÍTICO SUPERIOR 
Um período fascinante da história humana é a pré‐ história Esse período não foi registrado por 
nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita, tudo que sabemos 
destes homens é resultado da pesquisa de antropólogos e historiadores, que reconstituíram  a 
cultura  do  homem  na  idade  da  pedra.  Como  a  duração  da  pré‐história  foi muito  longa,  os 
historiadores  a  dividiram  em  três  períodos,  Paleolítico  Inferior  (cerca  de  500.000  a.C) 
Paleolítico Superior ( 30.000 a.C)  e Neolítico ( por volta de 10.000 a.C). 
As primeiras expressões da arte eram  simples,  consistiam em  traços  feitos nas paredes das 
cavernas ou das mãos em negativo. 
 
A principal característica dos desenhos da  idade da pedra  lascada é o naturalismo. O artista 
pinta os  seres, um  animal, por  exemplo,  como  ele o  via  em uma determinada perspectiva, 
reproduzindo  a  natureza  tal  qual  sua  vista  captava.  Neste  período  as  ferramentas  eram  
lascadas.  Os  artistas  do  paleolítico  superior  realizaram  também  esculturas,  mas  tanto  na 
pintura quanto na escultura as figuras elas eram femininas. 
A cabeça surgia como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes 
nádegas. Dentre estes trabalhos destacaram‐se a Vênus de Willendorf. 
 
 
A ARTE DO NEOLÍTICO: 
O  Último  período  da  pré‐história  é  chamado  Neolítico,  descobertas  importantíssimas 
aconteceram neste período. A palavra Neolítico significa pedra polida, um fantástico conjunto 
de mudanças que moldaria a história e segundo alguns estudiosos, só encontraria paralelo na 
revolução  industrial  (  séc  XVIII). As  bases  da  revolução Neolíticas  são  também  as  bases  da 
civilização ocidental. Além desse aprimoramento  técnico, o acontecimento mais  significativo 
desse período foi o início da agricultura e a domesticação de animais que permitiu ao homem 
a  substituição  da  vida  nômade  errante  por  uma  vida  mais  estável.  Esse  fato  transformou 
profundamente a história humana, pois com a  fixação de grupos houve um  rápido aumento 
populacional  e  o  desenvolvimento  dos  primeiros  núcleos  familiares,  além  da  divisão  de 
trabalho na comunidade. 
A partir daí, o  ser humano  criou  técnicas  como  a  tecelagem,  a  cerâmica  e  construções das 
primeiras moradias. 
 
Conseguiram  ainda  produzir  fogo  por  atrito  e  deram  início  ao  trabalho  com metais.  Todas 
essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte, no estilo das pinturas pré‐ histórias 
naturalistas  que  foram  substituídas  por  desenhos  geométricos.  Eis  a  primeira  grande 
transformação na história da  arte,  já que no paleolítico o homem pintou por  acreditar que 
estaria magicamente aprisionando a casa em sua pinturas.  
No Brasil temos muitas, pinturas pré‐históricas, um valioso patrimônio arqueológico. Em Minas 
Gerais, por exemplo, temos o sítio arqueológico da Lapa Grande no município de Matozinho. 
Nas pinturas do interior de grutas e abrigos da Lapa da Cerca Grande podem ser vistas figuras 
zoomorfas  (representação  de  animais  terrestres,  peixes  e  aves)  e  antropomorfas  (imagens 
humanas e geométricas). 
 
 
 
 
1 
 
AULA  
ARTE NO EGITO 
“Uma dádiva do Nilo”, assim o historiador grego Heródoto  ( séc. V a.C), definiu o Egito. E que dádiva! Fertilizado 
pelas águas do Rio Nilo. 
Há cerca de 5 mil anos, berço de uma rica e complexa civilização, palco de uma arte que encanta e desafia até hoje. 
A civilização egípcia  foi uma das mais  importantes da antiguidade, uma escrita bem estruturada e uma expressão 
artística  egípcia  que  refletiu  com  profundidade  sua  história,  dividido  em Antigo  Império, Médio  Império  e Novo 
Império, o Egito teve um significado muito importante e sua arte, um papel de destaque. 
Entre os aspectos de sua cultura, talvez a religião tenha sido o mais significativo, tudo no Egito era orientado por ela, 
acreditavam também na vida após a morte e esta, era a mais importante que a existência terrena. 
Desta forma desde seu início a arte egípcia concretizou‐se nos túmulos, nas estátuas e nos vasos deixados junto aos 
mortos, a arquitetura egípcia realizou‐se, sobretudo, nas tumbas e construções mortuárias. 
As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas das casas em que moravam. As pessoas sem  importância social por 
sua vez, eram  sepultadas em  construções  retangulares muito  simples  chamadas Mastabas, que deram origem às 
grandes pirâmides, construídas mais tarde. ( foto da imagem) 
 
Por  volta  de  2.780  a.C,  a  sociedade  egípcia  já  apresentava  uma  estrutura  bastante  complexa.  As  classes  sociais 
começaram a ganhar limites nítidos. De um lado estavam os faraós, cercados por nobres e sacerdotes, de outro lado 
estavam  os  comerciantes,  artesãos  e  camponeses,  e  os  marginalizados  que  eram  os  escravos,  uma  significativa 
parcela da população. Foi o soberano Djoser que deu início ao antigo Império ( 3.200‐2.200 a.C). Esse faraó exerceu 
o poder autoritariamente e transformou o Baixo Egito, com a capital em Mênfis, no centro mais importante do reino. 
Desse período foram erguidos importantes monumentos artísticos, demonstrando a imponência do poder político e 
religioso do Faraó. 
A pirâmide de Djoser, por exemplo, na  região de Sacara, construída pelo arquiteto  Imhotep,  foi  talvez a primeira 
construção  egípcia de  grande proporção, mas  são  as pirâmides do deserto de Gisé  as obras  arquitetônicas mais 
famosas,  foram  construídas  por  importantes  reis  do  Antigo  Império,  são  elas  a Queóps, Quéfren  e  Miquerinos. 
Destas três a maior é a de Queóps com  146 metros de altura e ocupa uma superfície de 54.300 metros quadrados. 
Esse monumento revela o domínio dos egípcios sobre a técnica de construção, entre os blocos de pedra que formam 
as  imensas paredes, não existe nenhuma espécie de argamassa.  Juntos a estas pirâmides encontra‐se a Esfinge  ( 
foto), a mais conhecida do Egito, é uma obra gigantesca, com 20 metros de altura e 74 metros de comprimento,  
representando o  faraó Quéfren. A areia do deserto, ao  longo dos  séculos, desenvolveu na escultura um aspecto 
misterioso. 
2 
 
 
FEITA PARA BRILHAR 
Queóps  mandou  revestir  toda  a  parte  externa,  de  sua  futura  tumba,  com  pedra  calcária  polida  e  assim,  ela 
literalmente brilhava com a luz do sol e podia ser vista a quilômetros de distância, este revestimento, infelizmente, 
foi saqueadohá mais de 600 anos. Hoje existem apenas resíduos dele no topo da pirâmide. 
UMA ARTE DE CONVENÇÕES 
A arte egípcia era uma arte anônima, pois a obra deveria revelar perfeito domínio da técnica de execução, e não o 
estilo de quem as criava. 
Entre as regras a serem seguidas, no baixo relevo e na pintura, destaca‐se a Lei da Frontalidade, determinando que o 
tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés, de perfil. Uma 
marca da arte egípcia, sob esse ângulo, era de que não deveria apresentar uma reprodução naturalista que sugerisse 
ilusão de uma  realidade, ao contrário, diante de uma  figura humana  retratada  fortemente, o observador deveria 
reconhecer claramente em se tratar de uma representação.  
 
ARTE NA GRÉCIA 
Dos povos da antiguidade que apresentaram produção cultural mais livre, foram os gregos. 
Se inicialmente eles imitaram a produção artística egípcia e de povos do oriente com o tempo 
criaram arquitetura, escultura e pintura própria, movidos por concepções diferentes convictos 
de que o ser humano ocupa lugar especial no universo, eles não se submeteram a imposições 
de reis e sacerdotes, para eles, o conhecimento expresso pela razão, estava acima da crença 
em qualquer divindade. 
Do ponto de vista de sua produção artística, os seguintes períodos históricos da Grécia antiga 
são: 
Período Arcaico: Da formação das cidades‐estado, em meados do século VII a.C, até a época 
das guerras Greco‐Pérsicas, no século V a.C. 
Período clássico: Das guerras pérsicas até o fim da Guerra do Peloponeso ( séc IV a.C) 
Período Helenístico: Do séc IV a.C até o século II a.C. 
Em 146 a.C , a Grécia viria a ser dominada por Roma. 
No  século  XIII  a.C o povo  grego  era  formado pelos  aqueus,  jônicos, dórios  e  eólios. Com o 
passar do tempo esses povos passaram a ter a mesma cultura. Já por volta do século X a.C os 
habitantes  da  Grécia  continental  e  das  ilhas  do  mar  Egeu,  que  falavam  diversos  dialetos 
gregos, estavam reunidos em pequenas comunidades distantes umas das outras. 
Muitas delas transformaram‐se em cidades‐estados a Pólis Grega.  
O período arcaico vai de meados do século VII a.C com a formação da Pólis, até a época das 
guerras Pérsicas. Tem  início então o período clássico, dessa fase merece destaque o século V 
a.C  chamado  século  de  Péricles,  época  em  que  a  atividade  intelectual,  artística  e  política 
refletiu o esplendor da cultura helênica. 
A EVOLUÇÃO DA ESCULTURA 
Aproximadamente no  final do  século VII a.C os gregos  começaram   a esculpir em mármore 
grandes figuras masculinas. Era evidente, nessas abas, a influência do Egito, tanto nas formas 
quanto  na  técnica  de  esculpir  grandes  blocos.  O  artista  grego,  porém,  já  acreditava  que  a 
escultura não deveria se assemelhar ao seu modelo, ela teria também um objeto belo em si 
mesmo. 
O escultor grego do período arcaico, assim  como o egípcio, apreciava a  simetria natural do 
corpo  humano.  Para  evidenciá‐lo  o  artista  esculpia  figuras  masculinas  nuas,  eretas,  em 
rigorosa posição frontal e com o peso do corpo  igualmente distribuído sobre as duas pernas. 
Esse tipo de estátua é chamado Kouros, palavra grega que significa “homem jovem”. 
 
Diferentemente da arte egípcia,  cuja produção  tinha uma  função  religiosa, a arte grega não 
estava submetida a convenções  rígidas, por  isso, evoluiu  livremente. Assim, com o  tempo, a 
postura  rígida  e  forçada  do  Kouros  passou  a  ser  insatisfatória.    A  estátua  conhecida  como 
Efebo de Critio, por exemplo, mostra mudanças nesse sentido e em vez de olhar para frente, o 
modelo tem a cabeça ligeiramente voltada para o lado, em vez de apoiar‐se igualmente sobre 
as duas pernas, o corpo descansa sobre uma delas, que assume uma posição mais afastada em 
relação ao eixo de simetria, e mantém o quadril desse lado um pouco mais alto. 
 
 
Na  procura  pela  superação  da  rigidez  das  estátuas,  o  mármore  mostrou‐se  um  material 
inadequado,  pesado  demais,  muitas  vezes  quebrava‐se  sob  o  próprio  peso  quando 
determinadas partes do corpo não estavam apoiadas. 
Os  braços  estendidos  de  uma  estátua,  por  exemplo,  corriam  sério  risco  de  se  quebrar.  A 
solução para o problema foi trabalhar com um material mais resistente. Começaram então a 
fazer esculturas em bronze,  liga metálica que além de mais resistente permitia o artista criar 
figuras que expressassem melhor ideia de movimento. 
Da  arquitetura  grega,  as  edificações  que  despertam  maior  interesse  são  os  templos.  Essas 
obras  não  foram  construídas  para  reunir,  dentro  delas,  um  grupo  de  pessoas  para  o  culto 
religioso, mas proteger da chuva ou do sol excessivo as esculturas das divindades. 
As  características  mais  evidentes,  dos  templos  gregos,  são  as  simetrias  entre  o  pórtico  da 
entrada, pronau, e o dos fundos, opistódomo.  
 
O núcleo do  tempo era  formado pelo Pronau, pelo Nao  (recinto onde  ficavam a  imagem da 
divindade) e pelo Opistódomo. Esse núcleo era cercado por uma colunata chamada Peristilo. 
Em cidades mais ricas o Peristilo chegou a ser formado por duas séries de colunas em torno do 
núcleo do templo. 
As  colunas  sustentavam  um  entablamento  horizontal  formado  por  três  partes:  arquitrave,  
friso e a cornija. As colunas e o entablamento eram construídos seguindo os moldes da ordem 
dórica ou ordem jônica. 
 
A  ordem  dórica  era  simples  e  maciça.  Os  fustes  das  colunas  eram  grossos  e  firmavam‐se 
diretamente no estilóbato. Os capitéis, que ficavam no alto dos fustes eram muito simples. 
A ordem jônica sugeria leveza e era mais ornamentada. As colunas apresentavam fustes mais 
delgadas, que não se firmavam diretamente sobre o estilóbato, mas sobre uma base decorada. 
Os capitéis eram enfeitados, e a arquitrave dividida em partes, ou então decorada por uma 
faixa esculpida em relevo. A cornija era mais ornamentada, em geral a ordem jônica tinha um 
tratamento mais  livre do que a dórica, tanto que no final do século V a.C, foi criado o capitel 
jônico,  como  um modo  de  variar  e  enriquecer  as  colunas  dessa  ordem. Os  templos  gregos 
eram cobertos por telhado descendente, no sentido das laterais. Tanto no pórtico de entrada 
quanto    dos  fundos  esses  espaços,  denominado  frontão,  eram  intensamente  ornamentado 
com esculturas. 
 
O PERÍODO HELENÍSTICO 
No  final do séc. V a.C Filipe  II,  rei da Macedônia, dominou as cidades‐estado da Grécia e  foi 
sucedido por seus filhos. Alexandre, que construiu um gigantesco  império fragmentou‐se em 
vários reinos. Os historiadores modernos deram o nome de helenístico à cultura iniciada sob o 
poder de Alexandre e segunda até o domínio da Grécia pelos romanos. 
A ESCULTURA 
A  escultura  do  séc.  IV  a.C  apresentava  traços  bem  característicos.  Um  deles  era  a 
representação  sob  a  forma  humana,  de  conceitos  e  sentimentos  como  a  paz,  o  amor,  a 
liberdade, a vitória, etc. 
Outra  marca  foi  o  surgimento  do  nu  feminino,  já  que  no  período  arcaico  e  clássico 
representava‐se a figura feminina sempre vestida. 
Praxíteles, cópia romana de Afrodite de Cnido. 
 
O original grego data de aproximadamente 370 a.C, altura 2,04 m. 
Praxíteles, por exemplo, esculpiu uma Afrodite nua que acabou sendo sua obra mais famosa. 
Como  essa  estátua  foi  comprada  pela  cidade  de  Cnido,  ficou  conhecida  como  Afrodite  de 
Cnido. Observa‐se nela o princípio usado por Policleto (autor do Doríforo), opor os membros 
tensos  aos  relaxados,  combinando‐os  com  o  tronco  posicionado  sem  rigidez.  Esse  princípio 
aplicado às formas arredondadas femininas deu sensualidade a escultura. 
 
A ARTE EM ROMA 
A  arte  em  Roma  sofreu  duas  fortes  influências,a  arte  etrusca,  popular  e  voltada  para  a 
expressão da  realidade  vivida, e a da grego‐helenística, orientada para a expressão de uma 
ideal de beleza. 
A ARQUITETURA 
Um dos legados culturais mais importantes deixadas pelos etruscos aos romanos foi o uso do 
arco  e  da  abóboda,  o  vão  entre  uma  coluna  e  outra  era  limitado  pelo  tamanho  do 
entablamento horizontal. Esse tamanho não podia ser muito grande, pois quanto maior a viga, 
maior a tensão sobre ela e a pedra, material mais resistente usado nas construções da época, 
não  suportava  grandes  tensões,  sendo  assim, os  templos  gregos  eram  repletos  de  colunas,  
acarretando  a redução do espaço de circulação. 
ARCOS 
O arco foi uma conquista que permitiu ampliar o vão entre uma coluna e outra. Nele o centro 
não sofre maior sobrecarga que as extremidades e assim, as tensões são distribuídas de forma 
mais  homogênea.  Além  disso,  como  o  arco  é  construído  por  blocos  de  pedra,  a  tensão 
comprime esses blocos e lhes dá maior estabilidade. No final do séc. I Roma já havia superado 
as  influências  gregas  e  etruscas  e  estava  pronta  para  desenvolver  criações  artísticas 
independentes e originais. 
 
 A ARQUITETURA DOS TEMPLOS 
Os romanos costumavam erigir seus templos num plano mais elevado, de modo que a entrada 
só era alcançada por uma escadaria,  construída diante da  fachada principal. Esse elemento, 
arquitetônico‐pórtico e escadaria,  tornava a  fachada principal bem distinta das  laterais e do 
fundo do edifício. Eles não tinham, portanto, a mesma preocupação dos gregos, fazer os lados 
do templo semelhantes dois a dois, frente e fundo.  
A CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA DO TEATRO. 
Graças  ao  uso  de  arcos  e  abóbodas,  que  herdaram  dos  etruscos,  os  romanos  construíram 
anfiteatros.   Alterando  significativamente a planta do  teatro grego,   usando ordens de arco 
sobrepostas,  criaram  uma    solução  arquitetônica  não  sendo  mais  necessário  assentar  nas 
encostas das colinas como faziam os gregos. 
  
O  coliseu,  mais  belo  dos  anfiteatros  romanos,  cuja  construção  começou  no  reinado  de 
Vespasiano em 72 d.C, e  terminou em 82 d.C pelo  imperador Domiciano. Esse anfiteatro de 
enormes proporções chegava a acomodar 40 mil pessoas sentadas e 5 mil em pé. 
Externamente o edifício era ornamentado por esculturas que ficavam dentro dos arcos e por 
três ordens de colunas. Na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas a estrutura das 
arcadas. Não tinham, assim, funções de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá‐la. 
OS BASTIDORES DO COLISEU 
Sabe‐se por meio de textos que com recursos cênicos os leões saltavam para fora de alçapões, 
que se abriam no piso do Coliseu. 
O maior anfiteatro de Roma antiga, com capacidade para 5.500 espectadores, dispunha de 28 
elevadores  com  jaulas  para  animais,  em  algumas  superproduções  o  subsolo  era  inundado. 
Batalhas navais eram encenadas nessas piscinas artificiais com 1,5 metros de profundidade. 
Em apenas uma das celebrações, promovida pelo Imperador Trajano em 107 d.C , lutaram na 
arena 10.000 animais num  festival de 123 dias. Uma encenação conduzida com crueldade e 
eficácia tecnológica condizente com a imponência do Coliseu. 
OBRA PÚBLICA 
Uma  das  maiores  representativas  obras  da  construção  civil  dos  romanos  é  o  aqueduto 
conhecido como Le Pont Du Gard, erguido no séc I a.C , esse aqueduto de 50 quilômetros de 
extensão conduzia até Nimes, cidade que hoje pertence a França. 
 
A PINTURA E O MOSAICO 
  
 
As  pinturas  romanas  que  conhecemos  hoje  provem  das  cidades  de  Pompéia  e  Herculano, 
soterradas pela erupção do Vesúvio no séc. XVIII. 
Essas  pinturas  faziam  parte  da  decoração  interna  dos  edifícios  e  podem  ser  apreciadas  em 
painéis que recobriam as paredes das casas. Era costume no séc.  III recobrir as paredes com 
uma camada de gesso   que eram pintados mais tarde, os pintores romanos desenvolveram a 
pintura direto na parede. 
Os painéis  criavam  ilusões de  janelas abertas por onde eram  vistas paisagens  com  animais, 
aves e pessoas. 
A ESCULTURA 
Embora, grande admiradores da arte grega, os  romanos desenvolveram uma escultura mais 
realista que aquela. 
É possível compreender melhor  isso ao observar a escultura do primeiro  imperador romano, 
Augusto de Prima Porta, feita por volta de 19 a.C  
 
ARTE CRISTàPRIMITIVA 
A arte cristã primitiva de início, rude e simples nas catacumbas e depois mais rica e 
amadurecida nas basílicas, prenuncia as mudanças que marcaram uma nova época na história 
da humanidade. 
A arte cristã que surge nas catacumbas em Roma, não é feita pelos grandes artistas romanos, 
mas por simples artesãos. Essas pinturas entre arte e doutrina Cristã, desenvolvida e firmada 
na idade média. 
 
A ARTE NAS CATACUMBAS 
Após a morte de Jesus Cristo, seus discípulos passaram a divulgar seus ensinamentos , 
inicialmente essa divulgação restringiu‐se a Judéia, província romana onde Jesus viveu e 
morreu, mas depois a comunidade cristã começou a dispersar‐se por várias regiões do Império 
Romano. 
A primeira grande perseguição aos cristãos aconteceu no ano de 64 d.C, durante o governo do 
Imperador Nero. Num espaço de 249 anos houve nove perseguições, sendo a última mais 
violenta, ocorreu entre  os anos 303 a 305 sob o governo de Diocleciano. 
Por causa dessas perseguições os primeiros cristãos  enterravam seus mortos em galerias 
subterrâneas  em Roma, denominadas Catacumbas. 
Os mártires, porém, eram sepultados em locais maiores, que passaram a receber em seus 
tetos e em suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura cristã 
Imagem “ Bom Pastor”pintura mural das catacumbas de Priscila, em Roma século II d.C. 
 
ARTE OFICIAL DO CRISTIANISMO 
Em 313 o Imperador Constantino permitiu que o cristianismo fosse livremente professado e 
converte‐se a religião, sem restrições ao cristianismo foi  inaugurada uma nova fase na arte 
cristã. As igrejas se proliferaram e com ela a arte. 
 
 
Bizâncio era uma antiga colônia grega localizada entre a Europa e a Ásia, no estreito de 
Bósforo. Nesse local, no ano de 330, o Imperador Constantino fundou a cidade de 
Constantinopla, que com uma localização privilegiada viria a ser palco de uma síntese das 
culturas greco‐romana  e oriental. 
Mapa do estreito de Bósforo 
 
O termo bizantino deriva de Bizâncio e designa a criação cultural não só de Constantinopla, 
mas de todo o Império Romano do oriente. 
Imagem da basílica de Santa Sofia em Istambul 
 
IMPERIO ROMANO DO ORIENTE 
Em 395 o Imperador Teodósio dividiu em duas partes o imenso território denominado o 
Império Romano do ocidente e o Império Romano do oriente. 
O Império Romano do Oriente cuja capital era Roma sofreu sucessivas ondas de invasões até 
cair completamente em poder dos Bárbaros no ano de 476, data que marca o fim da idade 
antiga  e o início da idade média. 
O império Bizantino, como acabou sendo denominado o Império Romano, alcançou seu 
apogeu político e cultural durante o governo do Imperador Justiniano, que reinou de 527 a 
565. Apesar das contínuas crises políticas a unidade do Império foi mantida até 1453, quando 
os turcos tomariam a capital, marcando assim o início de um novo período histórico, a idade 
moderna. 
 
ARTE QUE EXPRESSA RIQUEZA E PODER 
O movimento Bizantino coincidiu historicamente com a oficialização do cristianismo a partir 
daí a arte cristã primitiva, que era popular e simples, foi desenvolver um caráter majestoso, 
expressão de poder e riqueza. 
A arte bizantina tinha o objetivo de expressar a autoridade absoluta do Imperador, 
considerado sagrado e representante de Deus e com poderes temporais e espirituais. Para que 
esse objetivo fosse atingido umasérie de convenções foi estabelecida, tal como na arte 
egípcia. Uma dessas regras era a frontalidade, uma vez que, a postura rígida da personagem 
representada levava o observador a uma atitude de respeito e veneração. Assim, o artista, 
quando reproduz frontalmente as figuras, demonstra respeito pelo observador , que vê nos 
soberanos e nas personagens sagradas seus senhores e protetores. 
Além da frontalidade, outras regras minuciosas foram impostas aos artistas pelos sacerdotes, 
tais como a determinação do lugar de cada personagem sagrada na composição de uma obra e 
a indicação de como deveriam ser os gestos, como deveria estar posicionado as mãos, pés e 
dobras das roupas. 
Imagem Mãe de Deus ,Odiguítria de Jerusalém. 
    
O Imperador Justiniano e a Imperatriz Teodora eram representados com a cabeça aureolada, 
símbolo usado para caracterizar as figuras sagradas, como Cristo, os santos e os apóstolos. 
As personagens sagradas, por sua vez, eram reproduzidas com as características das 
autoridades do Império. Cristo, por exemplo, aparecia como um rei e Maria, como uma rainha. 
Da mesma forma o caráter majestoso da arte bizantina também pode ser observado na 
arquitetura das igrejas. Um dos melhores exemplos disso é a Basílica de Santa Sofia, que a 
partir de 1935 tornou‐se o Museu de Santa Sofia. 
 
 
 
A ARTE ROMÂNICA 
  Durante a idade média, iniciada no séc. V, a vida econômica social concentrou‐se no 
campo. A evolução cultural nesse período manteve‐se praticamente nula. No séc. VII, as únicas 
fontes de preservação da cultura greco‐romana eram as escolas ligadas às catedrais para a 
formação do clero. Somente a igreja continuou a contratar artistas, construtores, carpinteiros, 
marceneiros, vitralistas, decoradores, escultores e pintores, pois as igrejas eram os únicos 
edifícios públicos que ainda eram construídos. 
No ano 800 quando Carlos Magno foi coroado Imperador do Ocidente, um intenso movimento 
cultural teve início. O poder real uniu‐se ao poder papal e Carlos Magno tornou‐se protetor da 
cristandade. 
 
 
A arte no Império Carolíngio, na corte de Carlos Magno, foi  criada uma academia literária e 
também foi desenvolvida oficinas para a produção de objetos de arte e manuscritos. As 
oficinas ligadas ao palácio e aos mosteiros desempenharam importante papel na evolução da 
arte no reinado de Carlos Magno. 
Contudo, no Império Carolíngio, não foram criadas obras monumentais. Após a morte de 
Carlos Magno, no ano de 814, a corte deixou de ser o centro cultural do Império e as 
atividades  intelectuais centralizaram‐se nos mosteiros. O trabalho nas oficinas da corte de 
Carlos Magno levou os artistas a redescobrir a tradição cultural e artística do mundo greco‐
romana. 
 
 
O ESTILO ROMÂNICO NA ARQUITETURA 
O nome românico foi criado para designar as realizações arquitetônicas dos séc. XI e XII, na 
Europa, cuja estrutura assemelhava‐se à das construções dos antigos romanos. Seus aspectos 
mais significativos são a utilização da abóboda, dos pilares maciços que a sustentam e das 
paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas. As igrejas românicas são 
grandes e sólidas, daí serem chamadas, “Fortaleza de Deus”. Elas podiam ser construídas com 
abóbodas de dois tipos, de berço e de arestas, abóboda de berço era mais simples. Consistia 
num semicírculo, o arco pleno, ampliado lateralmente pelas paredes. Apresentavam duas 
desvantagens, o excesso de peso do teto de alvenaria, que podia provocar desabamentos, e a 
reduzida luminosidade interna, resultante das janelas estreitas. A abertura de grandes vãos era 
impraticável, por enfraquecer as paredes e aumentar o risco de desabamento. 
 
ABÓBODA DE BERÇO E DE ARESTA 
 
ABÓBODA CIRCULAR 
 
ARQUITETURA ROMÂNICA NA PENÍNSULA ITÁLICA 
Diferente do restante da Europa, a arte românica na península itálica, não apresenta formas 
pesadas, duras e primitivas. Por estarem mais próximas a exemplo da arquitetura grega e 
romana, os construtores italianos construíram  suas igrejas com aspectos mais leve e delicado, 
também sob a influência da arte Greco‐ romana, eles procuram usar frontões e colunas. Um 
dos exemplos mais conhecidos dessa expressão românica é o conjunto da catedral de Pisa. 
 
PINTURA À FRESCO 
Uma técnica antiga e difícil de ser executada, este termo é sinônimo, hoje, de pintura mural. 
Originalmente, porém, era uma técnica de pintura sobre as paredes úmidas. Vem daí o seu 
nome, nesse tipo de pintura a preparação da parede é muito importante. Sobre sua superfície 
é aplicada uma camada de cal, que  por sua vez é coberta com uma camada de gesso fina e 
bem lisa. É sobre essa última camada que o pintor executa sua obra. Ele deve trabalhar com a 
argamassa ainda úmida, pois com a evaporação da água, a cor adere ao gesso, o gás carbônico 
do ar combina‐se com o cal e a transforma em carbonato de cálcio, completando assim a 
adesão do pigmento à parede. 
O afresco se distingue  de outras técnicas, porque uma vez seca a argamassa a pintura se 
incorpora ao reboco, tornando‐se parte integrante dele. 
 
ARTE GÓTICA 
No século XII tem início uma economia fundamentada no comércio. Como consequência, o 
centro da vida social se desloca para a cidade e surge uma nova classe social, a burguesia 
urbana. Novamente a cidade é o centro de renovação dos conhecimentos da arte e da própria 
organização social. No começo do século XIII a arte românica ainda era predominante, mas 
mudanças que conduziram a uma profunda revolução na arquitetura, na arte de projetar e 
construir, já começavam a aparecer. ( foto de uma igreja gótica Notre Dame,vista lateral da 
catedral com detalhes dos arcobotantes) 
No começo do século XII, uma nova arquitetura foi ganhando espaço e no  séculoXVI os 
estudiosos começaram a chamá‐la, desdenhosamente, de Gótica. De acordo com eles, sua 
aparência era tão bárbara que poderia ser criado por Godos, povos que invadiram o Império 
Romano. 
No período Românico a matéria prima foi o mosaico e no Gótico foram os vitrais. O aspecto 
mais importante da arquitetura gótica é a abóboda de nervuras, que difere muito da abóboda 
de arestas da arquitetura românica, porque deixa visíveis os arcos ogivais que formam sua 
estrutura. A construção desse novo tipo de abóboda foi possível devido ao arco ogival, 
diferente do arco semicircular do estilo românico. O emprego desse arco permitiu a 
construção de igrejas mais altas,além disso o desenho das ogivas, que se alonga para o alto, 
acentua a impressão de altura e verticalidade. 
Os pilares, chamados tecnicamente de suporte de apoio, foi outro recurso arquitetônico do 
estilo gótico que dispensa paredes grossas para sustentar a estrutura. A consequência mais 
importante desse novo ponto de apoio da construção foi a substituição das sólidas paredes 
com janelas estreitas do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas preenchidas por 
vidros coloridos e trabalhados chamados Vitrais. ( imagem gigante da nave Saint Chapelle em 
Paris 1243‐1246) 
 
RENASCIMENTO NA PENÍNSULA ITÁLICA 
Chama‐se renascimento o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650, 
mais do que o simples reviver da cultura clássica Greco –Romana, nesse período ocorreram no 
campo das artes plásticas, da literatura e das  ciências inúmeras realizações que superam essa 
herança. O ideal do humanismo foi o móvel de tais conquistas e tornou‐se o próprio espírito 
do renascimento. Num sentido amplo significou a valorização do ser humano e da natureza em 
oposição ao divino que haviam tomado à cultura da idade média. O artista do renascimento 
buscou expressar a racionalidade do ser humano. 
Na arquitetura a preocupação do renascimento, era a de criar espaços compreensíveis de 
todos os ângulos visuais, que fossem resultantes de uma justa proporção entre todas as partesdo edifício. 
Na pintura, no Renascimento, surgem  estudos da perspectiva segundo princípios matemáticos 
e geométricos. 
O uso da perspectiva conduziu a outros recursos, o claro e o escuro, que consistia em pintar 
algumas iluminadas e outras na sombra, volumes ou  tridimensionalidade. (imagem de 
desenhos de Leonardo e a escultura de verrochio(o Davi) em bronze ( Davi cerca de 1476, 
altura 1,26 m Bargello Florença e escultura de Michelangelo, Davi 1501‐1504 altura 4,10 m 
museu academis Florença). 
Dentro deste pensamento, Leonardo da Vinci, prima a  busca do conhecimento científico e da 
beleza artística(imagem de estudos de desenhos e imagens de Leonardo da Vinci) 
Leonardo  da  Vinci,  por  volta  de  1500,  dedicou‐se  aos  estudos  de  perspectivas  ópticas, 
proporções  e  anatomia.  Nessa  época  produziu  inúmeros  desenhos  acompanhado  de 
anotações de animais, movimentos, edifício e engenhos mecânicos. 
A escultura, no Renascimento, dois artistas se destacaram pela produção de obras que 
testemunham a crença na dignidade do homem, Andrea Del Verrochio ( 1435‐1488) 
Michelangelo em sua obra Davi, mstra um tipo de consciência que surge com o renascimento 
em sua plenitude e capacidade de enfrentar os desafios da existência. 
 
	AULA1
	aula 2 EGITO
	aula 3 grecia
	aula 4 Roma
	aula 5 cristã
	aula 6
	aula 7 A ARTE ROMÂNICA
	AULA 8
	AULA 9

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