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Perdas de carga e traçados de condutos Perda de carga singular é função das mudanças de forma, de diâmetro, de direção do escoamento ou de combinações destas são importantes em condutos curtos Mudanças à alargamentos ou estreitamentos, curvas, bifurcações, equipamentos diversos na canalização (válvulas e outras estruturas). As modificações no escoamento por causa das mudanças nos elementos são as chamadas singularidades Na prá2ca ! depende somente da geometria, a não ser nos casos de transições graduais. Para Re > 104, é possível ignorar o efeito da viscosidade hDp://www.deg.ufla.br/site/_adm/upload/file/HfLocalizada2007.pdf A perda de carga singular é avaliada comparando-se o antes e o depois da singularidade Sem o efeito da singularidade (regime estabelecido) Hipótese de escoamento unidimensional válida O processo de perda é conXnuo Mas tratamos de maneira discreta Coeficientes de perda de carga singular Em geral, a perda de carga singular é expressa da seguinte maneira K ! coeficiente adimensional, determinado experimentalmente para Re > 105 e anali2camente para um pequeno número de casos U ! velocidade média de referência. Em geral, nas peças em que há mudanças de diâmetro, é tomada na seção de menor diâmetro (velocidade média maior) Mudanças de diâmetro Mudanças bruscas ! alargamento brusco, contração brusca, entradas e saídas de canalização Mudanças graduais à estreitamentos graduais (convergentes) e alargamentos graduais (difusores ou divergentes); D1/D2 = 0 ! equivale a uma saída livre em um reservatório Entradas de canalização Depende da forma geométrica e do ângulo de inclinação em relação à parede de entrada O mais comum é a aresta viva ! 90º ! lateral ou fundo dos reservatórios Entrada normal No caso de aresta viva à K=0,5 Bordos Reentrantes à Para Re > 104, K=F(δ/D, b/D) Ajuste cônico de bordos ! K=F(a,l/D) l/D > 0,6 ! aumento de ΔH (distribuída) Bordos arredondados ! Δh é da mesma ordem do caso de bordos cônicos, com a vantagem de precisar de menor comprimento K menor Bordos arredondados r ! raio de curvatura da superncie de concordância Saídas de canalização 1) Descarga ao ar livre K=1,0 2) Para dentro de um reservatório Se não houver recuperação de energia ciné2ca com Difusores ! esta será perdida ! K=1,0 Relembrando... Mudanças de direção Mudanças de direção bruscas graduais Para 0º ≤ α ≤ 180º ! K = C1C2 e C1 e C2 dependem de α K depende de R/D e Re Equipamentos diversos Equipamentos diversos 1. Válvula de gaveta; 2. Válvula de pressão; 3. Válvula de retenção (posição horizontal); 4. Válvula de pé; 5. Crivo Válvula de gaveta ! Válvula em que o elemento vedante é cons2tuído de um disco circular (ou retangular) que interrompe a passagem do escoamento, movimentando-se ver2calmente Δh = f(X, geometria interna) X ! abertura do disco Válvula de pressão ! Fechar o fluxo por completo e frequentemente ! sistema fechado mais eficiente, mas com mais perda de carga Sistema de fechamento ! disco metálico com anel de material vedante ou não ! anel sob a ação de uma haste é pressionado sobre o corpo da válvula Tipos: • haste a 90ᵒ com a entrada e com a saída: !po globo • 0ᵒ com a entrada 90ᵒ com a saída: angulares ou !po ângulo • 45ᵒ com a entrada e com a saída !po Y Empregadas geralmente na saída de condutos em instalações domiciliares para o controle de vazão do sistema Válvula de retenção ! Evitar o retorno do fluxo quando a bomba pára o seu movimento ! a do 2po por2nhola é a mais usada para diâmetros médios (50mm<D<300mm) Válvula de pé ! Base de tubulações de recalque, quando a bomba não es2ver afogada, para que a canalização não se esvazie quando a bomba está parada Crivo ! Proteger contra entrada de em estações de recalque, antes da válvula de pé ! geralmente metálico, composto por um cesto com furos Tabela geral Diante de tantas fórmulas e tabelas ! costumam-se u2lizar tabelas mais abrangentes hDp://www.deg.ufla.br/site/_adm/upload/file/HfLocalizada2007.pdf Exemplo do livro Fundamentos de Engenharia Hidráulica • Ex. 3.2 Exercício: uma tubulação de PVC de 100mm e com 200m de comprimento, transporta para um reservatório a Vazão de 12L/s. Pede-se: (a) a perda de carga conXnua; (b) a Soma das perdas de carga locais e sua percentagem em relação à conXnua; (c) a perda de carga total Entrada: K = 1,0 Curva de 90º (R/D=11/2): K = 0,4 Joelho de 45º : K=0,4 Reg. de gaveta aberto: K = 0,2 Saída de canalização: K = 1,0 Comprimento equivalente de uma singularidade A perda de carga localizada pode ser calculada pelo método dos comprimentos equivalentes ou comprimentos virtuais Le à comprimento de um tubo de diâmetro e rugosidade tal que proporciona a mesma perda de carga da singularidade considerada Impondo a igualdade ! hDp://www.deg.ufla.br/site/_adm/upload/file/HfLocalizada2007.pdf O comprimento ob2do pela soma do comprimento do conduto L com os comprimentos equivalentes Le a cada singularidade é chamado comprimento virtual Lv Valores de Le adaptados da NBR 5626/82 são mostrados a seguir Aço galvanizado ou ferro fundido (m) PVC rígido ou cobre (m) Exercício: resolver o problema anterior pelo método dos comprimentos equivalentes Entrada: Le = 2,2m Curva de 90º (R/D=11/2): Le = 1,6m Joelho de 45º : Le = 1,9m Reg. de gaveta aberto: Le = 1,0m Saída de canalização: Le = 3,9m Traçado de condutos O traçado da tubulação influencia o escoamento entre 2 reservatórios com NAs constantes O escoamento pode ficar irregular ou até cessar PCE ! plano de carga efe2vo ou está2co LPE ! Linha de carga ou pressão efe2va ! LP (referência patm) LPA ! linha de carga ou pressão absoluta PCA ! plano de carga absoluto PCA ΔH12 = z1 – z2 = ΔZ ! ΔH12 = JL Chamando ΔZ de ΔH ! carga disponível H PCA Resumindo na figura... Carga de pressão dinâmica efe2va Carga de pressão dinâmica absoluta Resumindo na figura... Carga de pressão hidrostá2ca Carga de pressão hidrostá2ca absoluta PCA Z Alguns tipos de traçados Traçado 1 ! tubulação totalmente abaixo da LPE ! situação buscada nos projetos (figuras anteriores) Traçado 2 ! tubulação coincide com a LPE ! condutos funcionam como canais (subme2dos à patm) Registros de limpeza ou para esvaziamentos nos pontos mais baixos ventosas nos mais elevados ! pressão empurra o ar para os pontos mais altos Traçados 1 e 2 Traçado 3 ! tubulação acima da LPE, mas abaixo do PCE e da LPA ! carga pressão efe2va nega2va Pressão reinante inferior à atmosférica de uma quan2dade Traçado 3 ! escoamento irregular • dincil evitar as bolsas de ar; • tendência de entrada de ar pelas juntas; • pode haver contaminação da água; • necessita de escorva (remoção do ar acumulado) O que ocorre com a vazão? Traçado 3 ! entrada de ar provoca aumento de pressão Aumento de pressão até a patm! LPE que ligava os pontos 1 e 2, ligará 1 a P Declividade J diminui no 1º trecho A vazão diminui no 1º trecho Traçado 3 ! entrada de ar provoca aumento de pressão Traçado 3 ! além de P, a água escoa como canal Somente volta a escoar sob pressão a par2r de um ponto Y mais adiante Y A par2r de Y ! LPE paralela à LPE que a2nge P Q transportada menor que a projetada trechoPY economicamente mal aproveitado Traçado 3 ! dividir a adutora em 2 trechos de D diferentes, construindo uma caixa de transição ou de passagem Y H Htrecho 1 Traçados 4 e 5 ! escoamento cessa ! movimento possível com enchimento da tubulação ou escorva pode-se impulsionar o líquido até o ponto mais alto através de uma bomba Escoamento em sistema de condutos forçados Condutos equivalentes Um conduto é equivalente a outro(s) conduto(s) quando transporta a mesma vazão sob a mesma perda de carga Através deste conceito, condutos em série ou em paralelo podem ser transformados, para efeito de cálculo, em um conduto simples Condutos em série: condutos de caracterís2cas dis2ntas, mas colocados na mesma linha e ligados pelas extremidades ! Conduzem a mesma vazão e a perda de carga total é a soma das perdas em cada um dos condutos individuais Normalmente adotam-se De e βe, calculando Le Condutos em paralelo: extremidades de montante e de jusante reunidas num mesmo ponto, mas a vazão é distribuída entre eles entre as duas extremidades sujeitos à mesma perda de carga, uma vez que as diferenças entre CP de montante e jusante são as mesmas Equação geral Então... As perdas de carga localizadas podem ser representadas pelos comprimentos virtuais Lv Exemplo • No ponto de interligação dos reservatórios A e B, se você fosse decidir sobre o uso de uma das duas tubulações abaixo, tendo critério somente a eficiência hidráulica das tubulações, qual você optaria? • Uma tubulação de diâmetro de 10” e 1000 m de comprimento. • Uma tubulação com dois trechos em série com as seguintes caracterís2cas: uma com L = 400 m e D = 12” e outra com L = 600 m, e tubos de 10” • Nas duas situações os tubos são de ferro fundido reves2do com cimento. Despreze as perdas de carga localizadas e adote C = 130. Sabendo que a cota piezométrica no ponto E vale 187 m e que a cota do NA no reservatório vale 197m, determine a vazão escoada e a cota piezométrica no ponto B. Despreze as perdas singulares. Sabendo que a cota piezométrica no ponto E vale 187 m e que a cota do NA no reservatório vale 197m, determine a vazão escoada e a cota piezométrica no ponto B. Despreze as perdas singulares. Resposta: Q = 0,091 m3/s e CPB = 191,75 m QBEsup = 0,0386 m3/s e QBEinf = 0,0524 m3/s