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13/07/2019 A partilha de bens na dissolução da união estável (Família) - Artigo jurídico - DireitoNet
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A partilha de bens na dissolução
da união estável
A maior parte dos con�itos entre casais concentram-se na
de�nição do período de convivência e na comprovação do
esforço comum para aquisição do patrimônio.
 Por Gildásio Pedrosa
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Na união estável aplicam-se as mesmas regras da partilha, previstas no
Código Civil, para o casamento no regime da comunhão parcial de bens.
Porém, os companheiros precisam do reconhecimento o�cial da união,
sobretudo do período de convivência, para de�nição do patrimônio comum a
ser partilhado. A maior parte dos con�itos entre casais concentram-se na
de�nição do período de convivência e na comprovação do esforço comum
para aquisição do patrimônio.
Os bens adquiridos pelo casal onerosamente na constância da união estável
(convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família), devem ser partilhados na proporção de 50% para
cada companheiro se dissolvida a união. Não serão partilhados os bens
adquiridos por apenas um dos companheiros antes do início da união estável
ou aqueles comprados com o produto exclusivo da venda de outros bens
anteriores à relação. Assim, a título de exemplo, se um dos companheiros já
possuía um imóvel antes de estabelecer a relação estável e vendeu para
adquirir outra na constância da união, o valor oriundo da venda do bem
anterior deve ser reservado e não entra na partilha.
 
DIREITO DE FAMÍLIA | 23/AGO/2012
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Também não serão partilhados, mesmo tendo sido adquiridos na constância
da união, os bens recebidos por um dos companheiros por doação ou
herança. Se a doação bene�ciar expressamente o casal, a Lei determina que o
objeto da doação deve ser partilhado. Os Tribunais vêm se posicionando no
sentido de que o bem adquirido com recursos exclusivos dos pais de um dos
companheiros constitui antecipação da herança. Portanto, não se sujeita à
partilha. Para ser reconhecida a doação ao casal, exige-se comprovação de
que a real intenção dos doadores era contemplar o casal e não apenas um
companheiro.  
As benfeitorias realizadas em um imóvel que pertence exclusivamente a um
dos companheiros devem ser partilhadas, ou seja, se durante a união estável
o casal promoveu melhorias no imóvel, o proprietário do bem deve indenizar
o companheiro com a metade gasta com benfeitorias no imóvel.  
A medida judicial cabível para a discussão dessas questões é a ação de
reconhecimento e dissolução de união estável com partilha de bens. Durante
o seu trâmite, as partes devem comprovar por meio de testemunhas e
documentos qual o período da união estável e quais os bens devem constar
da partilha. Se não existir divergências entre o casal, a dissolução e a partilha
dos bens podem ser feitas por meio de escritura pública lavrada em cartório,
desde que o casal não possua �lhos menores. Em ambos os casos um
advogado deve ser acionado para orientar e formalizar o acordo �rmado pelo
casal.
A determinação do período de duração da união estável é fundamental para
de�nir quais bens serão partilhados. Por isso é recomendável que todos os
casais em união estável declarem por meio de escritura pública o momento a
partir do qual se uniram com o objetivo de constituir família. Em algumas
situações é determinada a partilha dos bens mesmo quando os recursos
�nanceiros são fornecidos exclusivamente por um dos companheiros, isso
ocorre porque a Lei presume como partilhável o bem adquirido
onerosamente na constância da união estável. Se não conseguir comprovar
que o recurso para aquisição do bem na constância da união estável é
proveniente de herança, doação ou sub-rogação de um bem anterior à união
estável, o juiz presumirá que houve mutua colaboração e o bem terá que ser
partilhado.
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É certo que quando as pessoas constituem a união estável, não pretendem
dissolvê-la. Contudo é cada vez maior o número de casais que se separam.
Portanto, nada mais razoável do que tomar cuidados antes e durante a
convivência para não passar por aborrecimentos no futuro. Os comprovantes
dos investimentos feitos pelos companheiros durante a união estável devem
ser guardados, assim como os documentos que identi�cam a origem dos
recursos. Além de facilitar a partilha dos bens do casal em eventual
dissolução, esses comprovantes serão úteis em caso de con�ito com os
herdeiros do companheiro falecido. 
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