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Goiânia - GO 2016 Prof. Karina C. Albernaz-Godinho kcalbernaz@gmail.com Controle químico- parte 1 O que são agrotóxicos? De acordo com a lei http://www.agricultura.gov.br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-agricolas/agrotoxicos/legislacao/arquivos-de-legislacao/lei-7802-1989-lei-dos- agrotoxicos/view O que são agrotóxicos? São também conhecidos como: Produtos Fitossanitários Pesticidas Agroquímicos Defensivos Agrícolas Registro de agrotóxico no Brasil Inseticida A proporção de 1:400.000 – número reduzidíssimo de substancia candidata a inseticida consegue realmente chegar a fase final de registro Registro de agrotóxico no Brasil O pedido de registro é acompanhado de 3 relatório técnico TESTE EM CAMPO Teste em diferentes culturas, durante vários anos! 7-10- Tempo gasto entre a descoberta de uma nova molécula e sua formulação e comercialização A proporção de 1:400.000 – número reduzidíssimo de substancia candidata a inseticida consegue realmente chegar a fase final de registro - US$ -100 a 240.000 milhões- Custo para se obter um novo produto Requerimento de Avaliação e Registro Análise toxicológica + Classificação Toxicológica Avaliação da eficiência agronômica Periculosidade Ambiental + Classificação ambiental Responsável pela Aprovação final Rotulagem Registro de agrotóxico no Brasil Padronizar um valor toxicológico para cada produto Estabelecido uma DL50 (mg/kg/p.c) Realizados com coelhos, ratos albino e insetos É o estudo dos efeitos adversos de inseticidas em organismos vivos DL50 Estudos necessários para essa avaliação: • DL50 oral aguda • DL50 dérmica aguda • CL50 inalatória • Irritabilidade ocular • Irritabilidade dérmica • Sensibilização dérmica (reação alérgica) Avaliação de risco toxicológico Dose que provoca a morte de 50% dos animais testados (mg/kg/p.c) Via oral: infusão forçada Única vez Mortalidade após 24 horas Ratos, camundongos e coelhos DL50 ORAL AGUDA Resultado depende: espécie, sexo, idade e condições clínicas do animal Via dérmica Única vez Expostas as costas depiladas dos animais DL50 DÉRMICA AGUDA Dérmica Diferentes níveis de dose 7 dias Ratos ou coelhos Ocular 0,1 mL derramada sobre um dos olhos do animal Coelho Tabela- padrão (Escala de Draize) Sensibilização dérmica Reação alérgica a um material após ocorrer o contato prévio É frequentemente acompanhada por coceira e formação de vergões. CL50 inalatória Concentração do produto (forma de aerosol) que provoca a morte de 50% dos animais testados Solicitada para produtos: Fumigantes, vaporizáveis, voláteis e pós com partículas de diâmetro ≤ 15 µm Portaria nº 03/1992 – Anexo III Avaliação de risco toxicológico Os inseticidas ainda são classificados de acordo com a lei dos agrotóxicos 7.802/89 em 4 classes, caracterizadas por faixas de cores no rótulo. Essa avaliação toxicológica deve conter no rótulo do produto, com a faixa colorida, para facilitar a identificação da classe toxicológica. O inseticida do grupo organofosforado (não sistêmicos), mais especificamente o clorpirifós apresenta DL50 (oral)=7-18 para ratos albinos, sendo considerado altamente tóxico. O inseticida do grupo carbamato, mais especificamente carbaril apresenta DL50 (oral)=307-986 para ratos albino, sendo considerado levemente tóxico O inseticida do grupo piretróide, conhecido como Aletrina apresenta DL50 (oral)=680-1000 para ratos albino, sendo considerado levemente tóxico. Inseticidas reguladores de crescimento, conhecido como diflubenzuron DL50 (oral)= > 4. 640 para ratos albinos, sendo considerado levemente tóxico. Medida de segurança para quem trabalha na produção, embalagem, armazenamento, transporte, preparo de calda e aplicação Quem manuseia o produto: exposição única CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA 1960- Toxicologia- exposição de curto prazo 1974 - Portaria 12/74 - Comissão Nacional de Normas e Padrões de Alimentos ▪ Testes de intoxicações crônicas: Resulta da exposição frequente e prolongada a dosagens não letais ▪ Testes: crônicos, subcrônicos, teratogênicos e carcinogênicos Protocolos internacionais: OMS,FAO e outros Efeitos a curto/médio/longo prazo: até 2 anos Animais de laboratório – machos e fêmeas Extrapolação para humanos Três doses (reação) – zero, não tóxica e tóxica Toxicidade aguda- refere-se aos sintomas graves de intoxicação que um individuo Apresenta, normalmente em até 24 horas, resultante de uma única exposição ao produto. Toxicidade Crônica- resulta da exposição frequente e prolongada do individuo a dosagens não letais da substancia tóxica. Ingestão diária aceitável para Humanos (IDA) Indica a máx quantidade de um produto (mg/kg/pc) que pode ser ingerida durante toda a vida sem desenvolver risco de intoxicação Limite máximo de resíduo (LMR) É o valor máximo em mg /kg pc de resíduo de agrotóxico aceito no alimento. Esses valores são determinados e fiscalizados pela ANVISA. Limite máximo de resíduo (LMR) Onde encontrar informação?? Conclusão da avaliação - ANVISA 1989 – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA PPA (Potencial de Periculosidade Ambiental) 1) Características físico-químicas 2) Toxicologia para organismos não alvo Impacto na matriz do sistema água-solo-ar: pH, ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, pressão de vapor, hidrólise, fotólise, volatilidade, viscosidade, etc. Como as substâncias agem sobre organismos da cadeia alimentar? microrganimos do solo, algas, minhocas, abelhas, microcrustáceos, peixes Avaliação do potencial de periculosidade ambiental 3) Comportamento ambiental de um produto O que o ambiente faz com o produto? Biodegradabilidade, adsorção/dessorção, lixiviação 4) Toxicidade para animais superiores - Potencial genotóxico, embriofetotóxico e carcinogênico Classe I – produto altamente perigoso Classe II – produto muito perigoso Classe III – produto perigoso Classe IV – produto pouco perigoso Após serem avaliados todos estudos solicitados , O IBAMA classifica o produto em uma das classes Conclusão da avaliação - IBAMA Avaliação de eficiência e praticabilidade agronômica IN nº 42/2011 Estabelece critérios para estudos de eficiência e praticabilidade agronômica. Responsável pela emissão do Certificado de Registro Federal Aprovação de rótulo e bula Artigo 14: O Registro para um novo produto agrotóxico, seus componentes e afins será concedido se sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados para mesma finalidade Casos especiais de registro Registro especial temporário (RET) – pesquisa Registro por equivalência – genéricos Registro emergencial – Ex. Produtos para Helicoverpa armigera (2013) Produtos biológicos Produtos fitossanitários para a agricultura orgânica - Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003; Decreto nº 6.913/2009 Produtos para minor crops – extensão de bula Delegate ~ 30 culturas Proposta de nova legislação Mudanças previstas Agrotóxicos para “defensivos agrícolas”, “produtos fitossanitários”, “Pesticidas” Análises de novos produtos “centralizadas” no MAPA Registro e autorizaçãotemporários para produtos já registrados em outros três países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – prazo de 1 a 2 anos para análise Análise de perigo X avaliação de risco Proposta de nova legislação Mudanças previstas Agrotóxicos para “defensivos agrícolas”, “produtos fitossanitários”, “Pesticidas” Análises de novos produtos “centralizadas” no MAPA Registro e autorização temporários para produtos já registrados em outros três países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – prazo de 1 a 2 anos para análise Análise de perigo X avaliação de risco Reavaliação de registro – alerta de associações para risco do uso. Artigo 14: O Registro para um novo produto agrotóxico, seus componentes e afins será concedido se sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados para mesma finalidade
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