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DOAÇÃO DE PARTE DO IMPOSTO DE RENDA PARA O FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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DOAÇÃO DE PARTE DO IMPOSTO DE RENDA PARA O FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
AMANDA RENATA SALDANHA[1: Bacharel em direito do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE ]
RESUMO
Este trabalho apresenta uma forma de garantir o mínimo existencial dentro do direito tributário, aprofundando em uma forma de sustentar programas sociais através, do cumprimento da obrigação, que é a declaração anual do imposto de renda. Demonstrando detalhadamente como a contribuição pode ser revertida a causas sociais. Para que isto aconteça basta que os contadores incentivem os contribuintes, ou estes por conta própria optem pela doação que posteriormente será restituível. Bem como que as entidades de cada ente federativo tem o dever de se cadastrar para ser capacitado de receber tais verbas. Um incentivo que ajuda inúmeras causas. 
Palavra- chave: Fundo da Criança e o Adolescente, Imposto de Renda, Contribuinte
RESUMEN
Esto trabajo presienta una manera de asegurar el mínimo existencial dentro de el derecho tributario como una manera de sustentar los programas sociales a través del debido cumplimento de la declaración anual de impuesto sobre la renta. Demostrado en detalle como la contribución puede invertirse para causas sociales. Lo suficiente, para que esto ocurra, es que los contadores animan los contribuyentes o los propios optan por la donación que posteriormente será reembolsable. Así como que cada entidad debe registrarse para poder recibir esos fondos. Un incentivo que ayuda muchas causas. 
Palabra – clave: Fondo de lo niño y adolescente, Impuesto sobre la renta, Contribuyente 
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho busca apresentar a possibilidade de destinação dos tributos arrecadados pelo Estado a programas sócias financiados pelo Fundo da Criança e o Adolescente, o qual visa dar condições mínimas de existência digna ao infanto-juvenil atingido por tais assistência. 
O objetivo desse trabalho é mostrar como uma arrecadação anual obrigatória pode ser revertida em auxilio a programas voltados a crianças e adolescentes brasileiros, como uma forma de investimento ao futuro destes. 
Organizado em quatro partes, o trabalho brevemente trata sobre a tutela do Estado sobre a criança e o adolescente, Imposto de Renda, sua importância e obrigatoriedade perante a sociedade, na terceira parte optamos por abordar o Fundo Nacional da Criança e o Adolescente, trazendo sua origem, abrangência e os programas sociais, culturais, esportivos e entre outros que financia e assim sucessivamente a relação entre o Imposto de Renda e o Fundo, relatando a possibilidade de destinação da arrecadação, quais os benefícios básicos a quem recebe e a quem destina. 
A metodologia básica utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida por relatos em reportagens sobre esta campanha, seguida pela jurisprudência que busca evidenciar a magnitude da destinação e que cada ente federativo deve fazer sua parte para receber e manter tal verba. 
TUTELA DO ESTADO SOBRE A CRIANÇA E O ADOLESCENTE
Não raro, a mídia vincula propagandas da importância da criança e o adolescente para a sociedade, sendo estes a esperança de um futuro melhor, consciente, igualitário, ou seja os precursores de um mundo utópico idealizado pelos sociólogos e governo. 
Considerados vulneráveis a faixa etária que compreende até os 18 anos, onde se atinge civilmente a idade adulta, os jovens em questão tem inúmeras proteções legislativas criadas pelo Estado, partindo da Constituição Federal (CF) que visa assegurar os direitos básicos, até o Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA), Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, o qual protege e tutela os atos da criança e o adolescente, sem mencionar o Código Civil que reconhece e resguarda muitos direitos, o Código Penal que penaliza os crimes praticados contra os jovens e as demais legislações esparsas. 
A Carta Magna de 1988, traz elencado em seu artigo 6° os direitos sociais, que abrangem educação, saúde, alimentação, moradia, lazer, segurança, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados e trabalho, muitos destas previsões são fundamentais para o desenvolvimento de um jovem, dentro do mesmo texto constitucional, o artigo 227, também tutela estes direitos e mais : 
‘’É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.’’
Contudo mesmo tendo esses direitos reconhecidos de nada vale se sua efetivação não for aplicada. O Estado não é omisso, porém é difícil resguardar o desenvolvimento de 60 milhões de jovens menores de 18 anos, conforme informação da Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 
Por sua vez, o ECA, abrange muitas matérias que envolvem a criança e o adolescente, bem como a Constituição Federal, o estatuto busca resguardar, novamente, o direito do jovem a educação, saúde, trabalho e assistência social, como elencado em seu artigo 4° e parágrafo único: 
‘’Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.’’
E não somente a função do estatuto é proteger essa faixa etária com suas medidas protetivas, mas também traz aplicações socioeducativas para o jovem infrator, muitos vem como privilegio, todavia fecham os olhos para a problemática por traz da infração e não somente a cometida por esses jovens, mas também a cometida contra eles. 
Em um país populoso, sanar todas as necessidades é algo difícil de se alcançar, o governo já realiza suas obrigações básicas disponibilizando ensino, saúde, alimentação, moradia, segurança e entre os direitos da criança e o adolescente, mas equivocado séria afirmar que tais obrigações atingem a todos ou todas as necessidades, restando ao governo desenvolver políticas públicas, executadas pela Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA), onde coordena ações e medidas governamentais, como também a difusão das informações relativas a criança e o adolescente, e as campanhas que levanta relacionada a proteção destes. 
FUNDO NACIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei 8.069 de 1990, estabeleceu a criação dos Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente estes organizados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), um órgão colegiado que fiscaliza, oferece subsídios e busca a integração entre os conselhos dos entes federativos. 
Os conselhos são compostos por representantes do poder público e membros da sociedade civil organizada, sendo de sua competência a criação dos fundos, como o Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA), este vinculado a Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, conforme decreto presidencial n°1.196/94, o qual dispõe sobre a gestão e outras providencias relacionadas ao FNCA. O vínculo entre o conselho de cada ente e o fundo fica claro na jurisprudência a seguir.
‘’ AÇÃO CIVIL PÚBLICA - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - NORMAS APLICÁVEIS - ABERTURA DE CONTA CORRENTE BANCÁRIA - OBRIGATORIEDADE - PROCEDÊNCIA DOPEDIDO - INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA - INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL
Cumprimento da norma que prevê a manutenção de fundos vinculados aos conselhos dos direitos da criança e do adolescente. Abertura de conta corrente para tal fim. Obrigatoriedade. Procedência do pedido. Inapreciação de preliminar de incompetência do Juízo por simples reiteração de razões de contestação. Descabência de pronunciamento sobre a constitucionalidade de leis, sem a específica argüição na forma legal, além de tratar de hipótese diversa da versada nesta ação. A questão de haver a Lei Municipal criado cargos, sem observância da atribuição do Executivo, não afeta a obrigatoriedade de criar e manter fundos referentes aos conselhos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Confirmação do julgado. Recurso desprovido.
(TJRJ. 2ª C.Cív. AC 6265/95 (Reg. 220296) Cód. 95.001.06265 Três Rios Rel. Des. Roberto Wider J. em 14.11.1995)’’
As verbas arrecadas e recebidas são consideradas recursos públicos mantidos em contas bancárias especificas, conforme exemplifica jurisprudência acima, ou seja cada Município e Estado deve ter um próprio fundo mantido por repasses orçamentários e depósitos de doações. 
Contudo cabe ao Conselho de cada Estado e Munícipio prestar contas, em relação as verbas e doações recebidas, ao Tribunal de Contas, conforme determinação expressa no ECA e legislação complementar. Atribuindo primariamente, desta forma, o controle dos recursos a cada ente federativo responsável por seu respectivo Conselho. 
Os recursos arrecadados pelo fundo devem ser repassado as entidades governamentais e não governamentais que executam políticas sociais e prestam amparo a criança e ao adolescente, financiando projetos como de combate à exploração sexual, convivência familiar e comunitária, apoio aos conselhos de direitos e tutelares, programa segundo tempo, projetos esportivos, sistema nacional das medidas sócio educativas, programa de proteção as crianças e aos adolescentes ameaçados de morte e o disque denúncia – disque 100. 
O fundo busca manter programas de grande auxilio e necessidade, não tão somente a uma parcela carente da sociedade, mas efetivamente a toda sociedade que pode vir a necessitar do auxílio de um dos programas que o FNCA mantem. Como é o caso do Programa a Proteção as Crianças e aos Adolescentes Ameaçados, que busca proteger a família da criança ou adolescente ameaçado, realizando um exaustivo trabalho de recuperação desse jovem, dentro deste mesmo programa surgiu um novo, o Programa de Redução da Violência Letal que busca mostrar ao governo e sociedade o aumento da letalidade do infanto-juvenil na sociedade, onde atinge um índice de 45% de mortes na faixa etária que corresponde ao adolescente, sendo considerado um problema, já que o índice aumenta com o passar dos anos e a conscientização se mostra cada vez mais necessária. 
Outro programa de extrema relevância social é o Disque Denúncia – Disque 100, que têm propagandas vinculadas no meio de comunicação, visando incentivar a denúncia de abuso ou exploração sexual da criança ou adolescente, uma vez que o relato do crime é a forma de coibir a pratica do delito, salvando inúmeros menores.
O Fundo mantêm outros programas que visam incentivar o jovem seguir por um bom caminho, como projetos esportivos, deixando claro, com base em suas realizações a importância da contribuição, visando dar alternativas e auxilio ao jovem desamparado. 
Com a conclusão da declaração do Imposto de Renda, que teve seu termino em 30 de abril, já é possível visualizar os efeitos das doações, bem como a quantidade destinada pelos cidadãos conscientes da importância de tal auxilio. 
Na cidade de Franca, São Paulo, a campanha maçante para doação, a qual tinha como slogan ‘’ Você ajuda, mas quem paga é o leão’’, irá beneficiar inúmeras instituições, um total de 150, com o valor de R$ 239.715,80, contudo ainda pretendem arrecadar mais com as empresas que podem destinar a qualquer época do ano. 
Outros fundos forma beneficiados por estas doações, todavia fica evidente que a conscientização e estimulo servem como um catalisador para que o contribuinte pratique pelo menos um ato solidário ao se ver diante de uma obrigação. 
IMPOSTO DE RENDA 
O imposto de renda ou imposto sobre rendimento (IR) é uma das formas de arrecadação da União, em que o contribuinte, seja pessoa física ou jurídica, residente no país, tem o dever de deduzir uma porcentagem de sua renda anual, deduções estas feitas com base nas informações financeiras, individualmente, de cada contribuinte. O contribuinte com base na média de sua renda anual deve deduzir uma certa porcentagem desta a ser paga a Secretaria da Receita Federal, órgão responsável pela fiscalização das arrecadações ou como define Eduardo Sabbag em seu Manual de Direito Tributário; ‘’o Imposto de Renda é de competência da União, devendo ser utilizado como meio hábil a promover a adequada redistribuição de renda. É a principal fonte de receita tributária da União, quantos aos impostos, possuindo nítida função fiscal.’'( SABBAG, 2015, p. 1234). Desta forma, fica mais que evidente, que a União é o sujeito ativo, pois é de competência desta movimentar o tributo no país, gerando suas receitas. 
Esta obrigação anual incide sobre a renda disponível, ou seja a que se pode usar, gozar, dispor, aquela que não está sujeita a nenhuma condição suspensiva. A renda disponível pode variar em razão do capital, trabalho, bem como a combinação destes dois últimos e os proventos de qualquer natureza. Ou seja o fato gerador do imposto de renda é relativa a vida do contribuinte, mais especificamente sobre sua atividade e patrimônio, desta forma, não dependendo de qualquer atividade estatal, conforme expresso no artigo 16, do Código Tributário Nacional (CTN).
No Código Tributário Nacional está estipulada uma base de cálculo, sendo esta a soma dos fatores algébricos negativos e positivos sobre o crédito liquido do contribuinte, devendo ser a soma dos rendimentos e lucros da pessoa física e dependentes, seguido pela subtração de encargos autorizados pela legislação, tais como despesas médicas, educação, dependentes e entre outros. 
Após a arrecadação e os devidos cálculos, o fundo constituído tem sua renda redistribuída de forma adequada para as demais necessidades governamentais. Os excedentes, consequentemente, conforme cada contribuinte poderá ser restituído a este. 
DOAÇÃO DE PARTE DO IMPOSTO DE RENDA PARA O FUNDO NACIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Como uma forma de incentivo fiscal, o Estatuto da Criança e o Adolescente, em seu artigo 260, trouxe a possibilidade, do contribuinte do Imposto de Renda, doar uma quantia dedutível aos fundos da criança e adolescente, um ato solidário, que permite ao indivíduo saber a real destinação de determinado valor. Inclusive, sendo uma forma de renúncia fiscal, pois diante de tal doação, está o governo abrindo mão de parte do imposto cobrado, possibilitando que a inciativa privada invista em outros projetos, neste caso, seja destinado ao Fundo da Criança e o Adolescente. 
Em parceira o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Receita Federal e o Conselho Federal de Contabilidade, o governo lançou no começo do ano de 2015, uma campanha para incentivar os contribuintes a doarem por meio da declaração de seu Imposto de Renda devido, ao Fundo da Criança e o Adolescente. Nas declarações de impostos dos anos antecedentes o indivíduo já possuía tal faculdade, todavia atualmente se iniciou uma maçante campanha, incentivada, inclusive pelo Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outras organizações, pois a importância da doação pode ser descrita nas palavras da Ideli Salvatti, que declarou no início da campanha, em uma coletiva, no mês de março, o seguinte, ‘’ invista no futuro e ajude a garantir recursos para que possamos atender já as nossas crianças e adolescentes’’.
A porcentagem do valor a ser destinada é limitada, ao contribuinte que não possuiuma estimativa confiável do quanto vai pagar de imposto é facultado a possibilidade de doar até 3% do imposto devido durante o preenchimento da declaração, podendo o abatimento ser de até 6% do imposto devido, a aquele que possui uma estimativa definitiva do quanto deve contribuir, contudo tal dedução não será cabível para pessoa física que optar pelo modelo simplificado da Declaração de Ajuste Anual, devendo optar pelo modelo completo.
As pessoas jurídicas, como empresas tributadas pelo lucro real, podem destinar ao fundo até 1% de seu imposto, porém elas não podem deduzir a doação como despesa e sim o valor deve ser acrescido ao lucro, outro diferencial é que as empresas podem optar por uma apuração trimestral ou mensal. Contudo, tal forma de doação é vedada as microempresas e as empresas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado, fazerem doações devido a sua forma de tributação. 
Quanto a forma de se realizar a doação, é simples, uma sequência explicada detalhadamente no site da Secretária de Direitos Humanos. Para realizar o procedimento da doação, basta o contribuinte entrar no programa, normalmente, como se fosse fazer a declaração obrigatória, automaticamente o programa aponta o montante disponível para doação, com base no valor declarado. Em seguida cabe ao cidadão contribuinte optar pela Doação Diretamente na Declaração ECA, onde escolher para qual fundo dos entes deseja destinar a contribuição, tendo 3 opções: nacional, estadual/distrital e municipal. Após a escolha de uma opção, o indivíduo deve digitar o valor desejado para a destinação, onde após a conclusão incumbe ao mesmo imprimir o guia de Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF), que terá como valor total, destinado ao fundo, sendo esta uma doação irreversível após o pagamento, caso não seja efetuado o debito, caberá ao contribuinte posteriormente recolher a diferença anteriormente apurada de imposto.
 O pagamento da DARF, que é uma guia gerada pelo próprio site, evidencia que o verdadeiro contribuinte é o cidadão, pois o dinheiro é destinado diretamente ao fundo elegido, não passando pelas mãos da receita, como uma exigência do governo de que o contribuinte subsidie o recurso, contudo devemos recordar que está é uma forma de doação, que segundo estampado nas campanhas não gera um custo adicional, isto porque haverá a restituição do valor destinado pelo governo Federal. 
Efetuado o deposito do valor correspondente, cabe ao fundo emitir um recibo de doação com o nome e CPF do contribuinte, data e quantia da doação, nome do fundo e CNPJ, no caso de pessoa jurídica, ao contribuinte resta o dever de guardar estes recibos em caso de necessidade de eventual comprovação junto a Secretaria da Receita Federal. 
Enquanto aos Fundos, compete realizar o controle das doações recebidas, como também, anualmente emitir a relação de seus doadores, qualificados com seus respectivos CPF’s ou CNPJ’s
Nos casos em que a doação envolva bens, segue os mesmo requisitos da contribuição em dinheiro, mas deve, em anexo, estar a relação detalha de forma descrita destes bens. Sendo uma forma de doação que acarreta mais encargos ao doador, pois deve este comprovar por meio de documentação a propriedade dos bens, bem como baixar os bens doados na declaração e considerar o valor destes. A estimativa do valor dos bens indicados para doação, deverá ser feito por perito competente, pois a avaliação deve ser conforme ao valor de mercado na época da perícia, todavia, não excluiu ao doador a possibilidade de contratar uma empresa especializa. 
As doações não são dedutíveis, apenas uma faculdade, pois é uma destinação do imposto já devido, todavia é uma forma de o contribuinte saber o destino de seu dinheiro, uma vez o dinheiro destinado a determinado fundo, seja municipal ou estadual, conforme a escolha, dará ao indivíduo um controle e a oportunidade de presenciar a aplicação de tal valor destinado, inclusive é uma forma de cobrar das organizações em casos de omissões destas, pois o cidadão terá o reconhecimento da efetiva contribuição e consequentemente valor repassado aos programas e entidades já pré-estabelecidas e muitas vezes esquecidas. 
Está é uma forma do contribuinte omisso com as necessidades da sociedade, dar sua parcela de auxilio, contribuindo com programas que vão além de sua perspectiva, atingindo os necessitados que usufruem de do auxílio aplicável a segurança, desenvolvimento próprio e sonhos. 
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos os benefícios para quem a faz e recebe a destinação de parte do imposto de renda, pois o contribuinte que doa parcela de seus tributos, assume a imagem de alguém com responsabilidade social, participativo na sociedade, não só tendo seus ganhos sobre a mesma, mas também investido em futuros cidadãos. 
Cumprimos brevemente o objetivo determinado, mostrando como uma obrigação anual, pode ser revertida em benefícios a terceiros, sem a necessidade de desembolsar mais dinheiro. 
Este trabalho foi muito importante para a compreensão de que o dinheiro arrecadado por meio de impostos e destinados ao fundo, pode ser bem investido, atendendo a necessidade da parcela infanto-juvenil da sociedade, garantindo e protegendo de algum modo o futuro desses seres indefesos que muitas vezes acabam sendo marginalizados pelo meio em que são condicionados a sobreviver, o qual acaba moldando seu caráter e destruindo seus sonhos. 
Uma pesquisa que possibilitou compreender que os programas mantidos pelo fundo visam garantir, muitas vezes, o mínimo existencial as crianças e adolescentes, protegendo um dos direitos mais importante previsto na Constituição Federal Brasileira, que é o direito à vida, por meio de programas que o retiram de um meio hostil e perigoso, transferindo este infanto-juvenil a um lugar saudável e seguro a seu desenvolvimento, trazendo consequentemente a dignidade desse ser, que inúmeras vezes desconhece a resguarda de tal direito. 
O presente trabalho possibilitou aperfeiçoar competências de investigação, seleção e organização de um tema pouco abordado, devido a sua breve campanha em alguns meses do ano. 
REFERÊNCIAS 
SABBAG, E. .MANUAL DE DIREITO TRIBUTARIO. 7 ed. São Paulo: Saraiva,2015
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Secretária de Direitos Humanos. Disponível em:<www.sdh.gov.br>. Acesso em 05 de abril. 
RIO DE JANEIRO. Tribunal de Justiça. Ação Civil Publica6265/95 (Reg. 220296) Cód. 95.001.06265 Três Rios Rel. Des. Roberto Wider J. em 14.11.1995. Ministério Público do Estado do Paraná. Disponível em <http://www.crianca.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=315> Acesso em 12 de abril. 
MINISTRA IDELI LANÇA CAMPANHA DE INCENTIVO AO FUNDO NACIONAL PARA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE. Notícias Secretária de Direitos Humanos. Disponível <http://www.sdh.gov.br/noticias/2015/marco/ministra-ideli-lanca-campanha-de-incentivo-ao-fundo-nacional-para-a-crianca-e-o-adolescente>
DISTRITO FEDERAL. ANDI Comunicações e Direitos. Disponível em <http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/page/conselho-nacional-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente >Acesso em 12 de abril 
SÃO PAULO. Estilo AP. Disponível em : http://estiloap.com.br/arrecadacao-de-ir-para-o-fundo-da-crianca-aumenta-em-51-neste-ano/ > Acesso em 6 de junho

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