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Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 1 ARQUIVOLOGIA PARA CONCURSOS 1 Conceitos Fundamentais de Arquivologia 1.1 Arquivo: Conceito Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Lei 8.159 - 8 de janeiro de 1991 Para entendermos o conceito de Arquivo, devemos antes conhecer TRÊS conceitos básicos: INFORMAÇÃO, SUPORTE e DOCUMENTO. INFORMAÇÃO: Idéia, Mensagem ou Conhecimento SUPORTE: Meio no qual a informação está registrada DOCUMENTO: É toda informação registrada em um suporte material INFORMAÇÃO + SUPORTE = DOCUMENTO DICA LEGAL: Conjunto de documentos = ACERVO DICA LEGAL: Os documentos de Arquivo são produzidos ou recebidos. Isto significa que são ACUMULADOS dessa forma. Produzidos ou Recebidos = Acumulados 1.2 Importância do Arquivo – Função e Finalidades do Arquivo Função do Arquivo: Guardar e organizar os documentos, tornando-os disponíveis as informações mantidas sob sua guarda. Finalidades do Arquivo: Servir a Administração e Servir a História DICA LEGAL: Todo documento nasce com a FINALIDADE de SERVIR a ADMINISTRAÇÃO Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 2 1.3 Distinção entre Arquivo e Biblioteca Arquivo: É o conjunto de documentos CRIADOS ou RECEBIDOS (ACUMULADOS) por uma instituição ou pessoa, no exercício de sua atividade, preservados para garantir a consecução de seus objetivos. Biblioteca: É o conjunto de material, em sua maioria impresso e NÃO produzido pela instituição em que está inserida. Normalmente constituída de coleções temáticas e seus documentos são adquiridos por meio de COMPRA, DOAÇAO ou PERMUTA. DICA LEGAL: O Arquivo tem finalidade FUNCIONAL. Preservam as informações que evidenciam o funcionamento da instituição ao longo do tempo. DICA LEGAL: Os documentos de Arquivo são produzidos ou Recebidos (acumulados) pela Instituição. DICA LEGAL: A Biblioteca tem finalidade essencialmente CULTURAL – guardar informações para estudo. Seus documentos são acumulados por meio de compra, doação ou permuta. 1.4 Classificação dos Arquivos Os Arquivo podem ser classificados em 4 TIPOS. Segundo o (a): Entidade Mantenedora: (Público ou Privado) Natureza dos documentos: (Especial ou Especializado) Estágio de Evolução: (Corrente, Intermediário e Permanente) Extensão de sua atuação: (Setorial ou Central) 1.4.1 Entidade Mantenedora: Podem ser Público ou Privado Público: Órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciários, nas esferas Federal, Estadual, Municipal e do DF. Também são considerados públicos os Arquivos das Fundações Públicas e Empresas Públicas. Privado: São aqueles mantidos por instituição de caráter particular. Ex: arquivo do Bradesco, Arquivo das Lojas Renner, arquivo da TV Brasília. DICA LEGAL: Marilena Leite Paes, apresenta a seguinte divisão: Públicos, Institucionais, Comerciais, Pessoais ou Familiares. Sobre isso devemos lembrar que os institucionais, comerciais, pessoais ou familiares devem ser entendidos como Arquivos Privados. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 3 1.4.2 Natureza dos documentos: Podem ser Especiais ou Especializados Especiais: São arquivos em que os documentos cuja forma física (suporte) exija cuidado especial, diferenciado, por causa da sua preservação ou manuseio. Especializados: São aqueles que mantêm em sua guarda documentos de determinada área do conhecimento. DICA LEGAL: Arquivos Especiais: Relacionado a forma física do documento, relacionado ao suporte do documento. Ex: Foto, Filme, Negativo, Microfilme DICA LEGAL: Arquivos Especializados: Relacionado a assunto específico, relacionado a uma área do conhecimento. Ex: Arquivo Médico, Arquivo Cartográfico, Arquivos de Engenharia. 1.4.3 Estágio de Evolução (Ciclo de Vital): Podem ser Corrente, Intermediário e Permanente Arquivo Corrente/1ª Idade: São os Arquivos que guardam os documentos mais novos e mais utilizados pela instituição. No Arquivo Corrente os documentos possuem grande freqüência de uso, possuem fim administrativo. Arquivo Intermediário/2ª Idade: São os Arquivos que guardam os documentos menos utilizados pela instituição. No Arquivo Intermediário os documentos possuem baixa freqüência de uso, mas ainda possuem fim administrativo. Arquivo Permanente/3ª Idade: São os Arquivos que guardam os documentos que, já tendo cumprido seu fim administrativo, sua função administrativa, agora são preservados, conservados, pelo seu valor histórico para Instituição. DICA LEGAL: C orrente I ntermediário P ermanente DICA LEGAL: O Arquivo Intermediário também pode ser denominado por LIMBO ou PURGATÓRIO Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 4 DICA LEGAL: Arquivo Corrente É a fase em que os documentos são criados; - Nesta fase os documentos tramitam bastante e são muito consultados; - Os arquivos correntes se localizam nos próprios setores que produzem/recebem os documentos (Arquivos Setoriais) ou em locais próximos a estes (Arquivo Central/Geral). DICA LEGAL: Arquivo Intermediário É a fase em que os documentos ainda têm valor administrativo mas são pouco consultados; - Permite que os setores otimizem seu espaço; - Não há necessidade de serem conservados próximos aos setores; - Nesta fase, os documentos aguardam sua destinação final (eliminação ou guarda permanente); - É também chamado de limbo ou purgatório. DICA LEGAL: Arquivo Permanente É a fase em que os documentos já perderam seu valor administrativo e são guardados pelo seu valor histórico, probatório ou informativo; - Os documentos desta fase JAMAIS serão eliminados. DICA LEGAL: Arquivo Permanente Documentos de Arquivo Permanente JAMAIS poderão ser eliminados 1.4.4 Extensão de sua atuação: Podem ser Arquivos Setoriais ou Centrais Arquivos Setoriais: São aqueles instalados nos setores que utilizam os documentos, onde ficam os documentos do uso do dia a dia. Arquivos Centrais: São aqueles localizados fora do local de trabalho, e acumulam em um único local, documentos provenientes dos diversos setores da instituição, de forma centralizada. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 5 DICA LEGAL: Não confundir Arquivo Central com Fase Intermediária ou Arquivo Intermediário DICA LEGAL: Não confundir Arquivo Central com Fase Intermediária ou Arquivo Intermediário DICA LEGAL: Arquivo Setorial É um Arquivo descentralizado; Cada setor de trabalho possui o seu. DICA LEGAL: Arquivo Central É um Arquivo Centralizado, recebem os documentos correntes dos diversos setores da instituição. 1.5 Classificação dos Documentos Os documentos de Arquivo possuem a seguinte Classificação Gênero Espécie / Tipologia Documental Forma Formato Natureza do Assunto 1.5.1 Gênero Podem ser: 7 Escritos ou Textuais Iconográficos Sonoros Filmográficos Informáticos ou digitais Cartográficos Micrográficos DICA LEGAL: Documentos escritos ou textuais Documentos cuja informação esteja escrita ou textual e impressa. Ex.: Contrato, atas, relatórios,certidões Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 6 DICA LEGAL: Documentos iconográficos Documentos cuja informação esteja em forma de imagem estática. Ex.: Fotografia, negativos, diapositivos (slides), desenho e gravuras DICA LEGAL: Documentos sonoros Documentos cuja informação esteja em forma de som/audio. Ex.: Escuta telefônica, discurso gravado em fita cassete DICA LEGAL: Documentos filmográficos Documentos cuja informação esteja em forma de imagem em movimento (com ou sem som). Ex.: Películas filmográficas, filmagens, vídeos DICA LEGAL: Documentos informáticos ou digitais Documentos gravados em meio digital e que, por isso, necessitam de equipamentos eletrônicos para serem lidos. Ex.: Arquivo em MP3, Arquivo do Word DICA LEGAL: Documentos cartográficos Documentos que representem, de forma reduzida, uma área maior. Ex.: Mapas e Plantas DICA LEGAL: Documentos micrográficos Documentos em microformas. Ex.: Microfilmes e microfichas 1.5.2 Espécie/Tipologia documental Espécie é a denominação que se dá ao aspecto formal de um documento, as instituições possuem diversas espécies, ex.: Ofício, memorando, declaração, certidão. Tipologia documental é a denominação que se dá quando reunimos determinada espécie à função ou atividade que o documento irá exercer. Ex.: Declaração de Imposto de Renda, Certidão de nascimento. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 7 DICA LEGAL: Espécie e Tipologia documental Espécie Tipologia Contrato Contrato de locação Alvará Alvará de funcionamento Certidão Certidão de nascimento 1.5.3 Forma É classificação relacionada quanto à forma do seu estágio de preparação do documento. São as formas documentais: Rascunho ou Minuta; Original e Cópia. 1.5.4 Formato Denomina-se formato de um documento o seu aspecto físico, independente da informação nele registrada. São formatos documentais, a Ficha, livro, caderno, pergaminho. 1.5.5 Natureza do assunto Em relação à Natureza dos assuntos, os documentos são classificados como OSTENSIVOS ou SIGILOSOS DICA LEGAL: Ostensivo = ordinário É a classificação dada ao documento cuja divulgação não prejudica a administração. O documento ostensivo pode ser de livre conhecimento. DICA LEGAL: Sigiloso Documento que, por sua natureza, devem ser de conhecimento restrito. Decreto 4.553/2002 O Documento classificado como sigiloso será diferenciado pelo GRAU DE SIGILO. São 4 os graus de sigilo. DICA LEGAL: Grau de Sigilo – 3 GRAUS Ultrassecreto Secreto Reservado Ultrassecretos: Assuntos que requerem excepcional grau de segurança e cujo teor só devem se do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. Secreto: Assuntos que requerem alto grau de segurança e cujo teor podem ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, são autorizadas a deles tomar conhecimento, funcionalmente. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 8 Reservado: Assuntos que não devem ser do conhecimento do público em geral. 2 Ciclo Vital do Documentos – Teoria das 3 idades A Arquivologia adota a Teoria das 3 idades ou Ciclo Vital dos documentos para classificar os estágios ou fases pelas quais passam os documentos dentro uma instituição. (Corrente, Intermediário e Permanente) 1ª idade C Corrente 2ª idade I Intermediário 3ª idade P Permanente DICA LEGAL: Arquivo de 1ª idade = Arquivo Corrente Alto grau da freqüência de uso Documentos em curso Necessitam estar próximos aos usuários/setores de trabalho Serve a Administração DICA LEGAL: Arquivo de 2ª idade = Arquivo Intermediário Baixo grau da freqüência de uso Não necessitam estar próximos aos usuários/setores de trabalho A permanência nessa fase é transitória Aguardam destinação final Também é conhecido por limbo ou purgatório Serve a Administração DICA LEGAL: Arquivo de 3ª idade = Arquivo Permanente Documentos que não possuem valor de natureza administrativa, mas que são conservados pelo seu valor histórico Permitem conhecer a História da Instituição Revelam a origem e constituição da Instituição Serve a História 2.1 Valor do Documento O documento só é guardado, preservado pela instituição, porque possui algum valor. Esse valor pode ser Administrativo ou Histórico. A Arquivologia denomina o valor administrativo como VALOR PRIMÁRIO. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 9 A Arquivologia denomina o valor histórico como VALOR SECUNDÁRIO. DICA LEGAL: Valor Primário = Valor Administrativo Dar suporte/apoio às atividades da instituição É um valo temporário – Em determinado momento o valor administrativo irá acabar Todo documento nasce com valor administrativo Finalidade: Servir a Administração DICA LEGAL: Valor Secundário = Valor Histórico Documento que perdeu seu valor administrativo, mas adquiriu valor histórico Serve de fonte de pesquisa para terceiros e ou para própria instituição Finalidade: Servir a História DICA LEGAL: Valor Secundário = Valor Histórico O documento que possuir valor secundário poderá ser recolhido ao Arquivo permanente O documento de valor secundário JAMAIS poderá ser eliminado 1ª idade C Corrente Valor Primário 2ª idade I Intermediário 3ª idade P Permanente Valor Secundário 2.2 Prazo de Guarda dos Documentos O Prazo de guarda dos documentos é o período em que o documento deve ser mantido nos arquivos corrente e intermediário. O Prazo de guarda vincula-se à determinação do valor do documento, de acordo com seguintes fatores: • Freqüência do uso das informações contidas nos documentos • Existência de leis ou decretos que regulem a prescrição legal dos documentos (prazo prescricional) • Existências de outras fontes com as mesmas informações (documentos recapitulativos) • Necessidade de guarda de documentos por precaução, em virtude das práticas administrativas (prazos precaucionais) 2.3 Destinação Final dos Documentos Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 10 Todo documento, seguindo o ciclo vital, deverá ao final ser encaminhado à sua destinação final. A destinação final do documento irá ocorrer no momento em que ele perder seu valor administrativo/valor primário. DICA LEGAL: Destinação Final dos Documentos Eliminação: Quando o documento que perdeu o valor administrativo, não apresentar valor histórico Guarda Permanente: Quando o documento que perdeu o valor administrativo, apresentar valor histórico 2.4 Tabela de Temporalidade de Documentos É o instrumento resultante da etapa de avaliação dos documentos. É ela, a tabela de temporalidade, que determina o prazo de guarda dos documentos nas fases corrente e intermediário, bem como indica a destinação final (eliminação ou recolhimento para guarda permanente). A tabela de temporalidade será elaborada pela CPAD - Comissão Permanente de Avaliação de Documentos ou Comissão de Análise de documentos. Ex: Código Assunto Prazo de Guarda Destinação final Corrente Intermediária 002 Planos e projetos de trabalho 5 anos 9 anos Guarda Permanente 022.11 Cursos internos 5 anos - Guarda Permanente 024.1 Folha de pagamento 5 anos 95 anos Eliminação 024.2 Escala de Férias 7 anos - Eliminação A partir dos dados apresentadosna tabela acima, podemos verificar a existência de QUATRO situações. 024.2 – O documento foi criado na fase corrente, cessada essa fase ele será eliminado sem passar pela fase intermediária. 024.1 – O documento foi criado na fase corrente, cumpre seu prazo de guarda nessa fase, posteriormente será transferido para o Arquivo Intermediário, onde cumprirá seu prazo de guarda, cessada essa fase ele será eliminado. 022.11 – O documento foi criado na fase corrente, cessada essa fase ele será recolhido ao Arquivo Permanente. 002 – O documento foi criado na fase corrente, cessada essa fase ele será transferido para o Arquivo Intermediário, onde cumprirá seu prazo de guarda, cessada essa fase ele será recolhido ao Arquivo Permanente. DICA LEGAL: Transferência É a passagem dos documentos da fase corrente para a intermediária Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 11 DICA LEGAL: Recolhimento É a passagem dos documentos das fases corrente e intermediária para a fase permanente 3 Método de Arquivamento Arquivamento é conjunto de operações destinadas ao acondicionamento e ao armazenamento de documentos. O método de Arquivamento corresponderá à forma que os documentos serão armazenados, visando a sua localização futura. DICA LEGAL: Acondicionamento - Arquivamento Horizontal Os documentos são dispostos uns sobre os outros Indicados para Arquivo Permanentes e para documentos de grandes dimensões como planta, mapa e desenho DICA LEGAL: Acondicionamento - Arquivamento Vertical Os documentos são dispostos um atrás do outro em gaveta ou estantes Indicado para Arquivo Corrente, agiliza a busca e a localização dos documentos Os Métodos de Arquivamento, em relação à ordenação podem ser divididos em DOIS grandes sistemas: DIRETO e INDIRETO. DICA LEGAL: Direto A busca do documento é feita diretamente no local onde está guardado Característico dos métodos: Alfabético Geográfico Dicionário Enciclopédico DICA LEGAL: Indireto É aquele em que, para se localizar o documento necessita antes consultar um índice ou um código busca do documento é feita diretamente no local onde está guardado. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 12 Característico dos métodos: Numérico simples Numérico cronológico Numérico dígito-terminal Decimal Duplex Os métodos mais comumente utilizados são os seguintes • Método Alfabético • Método Numérico ( Simples, Cronológico ou Digito Terminal • Método Geográfico • Método Ideográfico 3.1 Método Alfabético É um método direto, não exige a adoção de índice para que o documento seja localizado. A busca se dá diretamente no documento. DICA LEGAL: Método Alfabético Utiliza um NOME existente no documento Utiliza todas as letras do nome, para diferenciar documentos que começam com a mesma letra Exemplos: 1- A empresa XYZ, ao organizar a pasta funcional de seus empregados, utilizou o método alfabético (organização a partir dos nomes dos empregados). Para tanto, foram organizados os seguintes nomes: I – Alfredo Maia Rodrigues II – Severino Alves dos Santos Júnior III – Joaquim Pereira da Boa Morte IV – Mauricio Soares Filho V – Maria Alves Villas Boas VI - Fernanda Moreira Aguiar Qual seria a ordem correta? a) I – VI – III – V – IV – II b) VI – V – IV – II – III – I c) II – V – I – VI – III – IV d) VI – III – I – II – IV – V e) I – II – III – IV – V - VI 2- No escritório de contabilidade, o contador organizou as pastas referente a seus clientes utilizando-se do método alfabético (por nome de empresas). Para tanto, foram organizadas as seguintes pastas: I – Supermercado Baratão Qual seria a ordem correta? Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 13 II – A Feminina III – Curso Aprovação IV – O Globo V – Madeireira Cupim a) III – I – V – II - IV b) II – III – V – IV – I c) III – II – IV – V – I d) ;I – II – III – IV – V e) V – IV – III – II - I 3- A Empresa Festil Eventos organizou suas fitas de vídeo relativas aos eventos que organizou a partir dos nomes dos referidos eventos utilizado-se do método alfabético. Foram organizadas as fitas dos seguintes eventos: I – Primeiro Seminário de Arquivologia II – 3º Simpósio de Biblioteconomia III – XV Congresso de Direito IV – Quinto Encontro de Contadores do DF V – 75º Curso de Medicina Alternativa Qual seria a ordem correta? a) I – II – IV – III - V b) I – II – IV – V – III c) III – I – IV – V - II d) III – V – IV – I – II e ) V – IV – III – II - I Respostas: 1 – d 2 – c 3 – d Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 14 3.1.1 Regras de Alfabetação O Arquivamento de nomes obedece a algumas regras, chamadas regras de alfabetação, que são as seguintes: DICA LEGAL: Nome de Pessoas Físicas Considerar o último sobrenome, depois o prenome. Exemplo: Ariovaldo Dias Furtado Frank Menezes Gilberto Alves Resende Otacílio Guedes Marques Arquivam-se: OBS: SOBRENOMES IGUAIS, prevalece a ordem alfabética do prenome: Exemplo: Daniele Firme Miranda Fábio Corrêa Miranda Luciano Corrêa Miranda Veneza Firme Miranda Arquivam-se: Resende, Gilberto Alves Menezes, Frank Marques, Otacício Guedes Furtado, Ariovaldo Dias Miranda, Veneza Firme Miranda, Luciano Corrêa Miranda, Fábio Corrêa Miranda, Daniele Firme Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 15 OBS: SOBRENOMES COMPOSTOS de um substantivo e um adjetivo ou ligados por hífem não se separam, quando transpostos para o início. Exemplo: Camilo Castelo Branco Heitor Villa-Lobos Joaquim da Boa Morte Severino Monte Negro Arquivam-se: OBS: SOBRENOMES COMPOSTOS de um substantivo e um adjetivo ou ligados por hífem não se separam, quando transpostos para o início. Exemplo: Camilo Castelo Branco Heitor Villa-Lobos Joaquim da Boa Morte Severino Monte Negro Arquivam-se: Villa-Lobos, Heitor Monte Negro, Severino Castelo Branco, Camilo Boa Morte, Joaquim da Villa-Lobos, Heitor Monte Negro, Severino Castelo Branco, Camilo Boa Morte, Joaquim da Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 16 OBS: SOBRENOMES formados com as palavras SANTAS ou SÃO seguem a mesma regra do sobrenome composto por um substantivo e um adjetivo, quando transpostos para o início devem ser acompanhados dos nomes que os sucedem. Exemplo: Adriana P. Santa Fé João do Santo Cristo José Carlos São Paulo Ricardo Santa Rita Arquivam-se: OBS: AS ABREVITIVAS de prenomes têm precedência na classificação de sobrenomes iguais. Exemplo: E. Silva Edis Silva Estevão Silva Everaldo Silva Arquivam-se: 1.1.1.1. OBS: ARTIGOS E PREPOSIÇÕES não são considerados.: a, o,de,d`, da, do, e, um, uma. Exemplo: Arnaldo do Couto Márcio Mário do Nascimento Marcos Roberto Araújo da Silva Ricardo d`Andrade Arquivam-se: São Paulo, José Carlos Santo Cristo, João do Santa Rita, Ricardo Santa Fé, Adriana P. Silva, Everaldo Silva, Estevão Silva, Edis Silva, E. Silva, Marcos Roberto Araújo da Silva Nascimento, Marcio Máriodo Couto, Arnaldo do Andrade, Ricardo d´ Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 17 OBS: SOBRENOMES que exprimem grau de parentesco são considerados parte do último sobrenome. Exemplo: Edison Miranda Júnior Osório Miranda Neto Márcio Cerqueira Sobrinho Wilson Rodrigues da Silva Filho Arquivam-se: OBS: TÍTULOS não são considerados, Mas são colocados após o fim do nome, entre parênteses. Exemplo: Coronel Emerson Pontes Ministro Jorge Cardoso Professor Carlos Fernandes Soldado Wilson R. Silva Arquivam-se: OBS: NOMES ESTRANGEIROS são considerados pelo último sobrenome, salvo no caso de nomes espanhóis e orientais. Exemplo: Arnold Schwazernegger George Walker Bush Charles Chaplin Adolf Hitlher Silva Filho, Wilson Rodrigues da Miranda Neto, Osório Miranda Júnior, Edison Cerqueira Sobrinho, Márcio Silva, Wilson R. (Soldado) Pontes, Emerson (Coronel) Fernandes, Carlos (Professor) Cardoso, Jorge (Ministro) Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 18 Arquivam-se: OBS: NOMES ESTRANGEIROS ESPANHOIS ou HISPÂNICOS (países de língua espanhola), os dois últimos nomes sobrenomes devem ser transportados para o início. Exemplo: Enrico Gutierrez Salazar Juan Ramirez Abadia Maria Pereira de La Fuente Pablo Puentes Hernandez Arquivam-se: OBS: NOMES ESTRANGEIROS ORIENTAIS – JAPONESES, CHINESES, COREANOS E ARÁBES, são registrados como se apresentam. Exemplo: Abdulah Mustafah – (árabe) Law Kim Chong – (coreano) Li Yutang – (chinês) Sasazaki Yonoyama (japonês) Arquivam-se: Schwazenegger, Arnold (Soldado) Hitler, Adolf Chaplin, Charles Bush, George Walker Ramirez Abadia, Juan Puentes Hernandez, Pablo Pereira de La Fuente, Maria Gutierrez Salazar, Enrico Sasazaki Yonoyama Li Yutang Law Kim Chong Abdulah Mustafah Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 19 OBS: FIRMAS, EMPRESAS e INSTITUIÇÕES, se registra como se apresentam, mas não se consideram os artigos e preposições. Exemplo: Antonio Silva e Cia Associação dos Jornalistas A Tentação El País Arquivam-se: OBS: EM TÍTULOS DE CONGRESSO, CONFERÊNCIAS, ASSEMBLEIAS, os Números arábicos, romanos ou escritos por extenso deverão aparecer no fim, entre parênteses. Exemplo: II Encontro Nacional de Arquivistas 3º Curso de Ciências Contábeis Quinto Congresso de Biblioteconomia 24º Seminário de Direito Arquivam-se: 3.2 Método Numérico É quando o método de arquivamento é feito por ORDENAÇÃO NUMÉRICA. Tentação, ( A) País, (El) Associação dos Jornalistas Antonio Silva e Cia Seminário de Direito (24º) Encontro Nacional de Arquivistas (II) Curso de Ciências Contábeis (3º) Congresso de Biblioteconomia (quino) Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 20 DICA LEGAL: MÉTODO NUMÉRICO • Método Numérico Simples • Método Numérico-Cronológico • Método Numérico-Digito-Terminal 3.2.1 Método Numérico Simples Quando o principal elemento a ser considerado em um documento é o seu número. É dado um número para cada documento A busca é feita por um nome, por isso exige um índice alfabético, também conhecido como ONOMÁSTICO. DICA LEGAL: MÉTODO NUMÉRICO SIMPLES • Métodos que necessitam de índices são INDIRETOS 3.2.2 Método Numérico-Cronológico Documentos organizados por uma data. Não é necessário que seja a data de produção do documento. É o método ideal para arquivar documentos contábeis (balanço e balancete, diário), contas a pagar, contas a receber. DICA LEGAL: MÉTODO NUMÉRICO-CRONOLÓGICO Exemplos: Balanço contábil de : 1998, 1999, 2000 Contas de água por mês: 01, 02, 03 Prontuário médico organizado por data de nascimento do paciente. João Paulo Medeiros – nascimento – 15/10/1980 3.2.3 Método Numérico-Digito-Terminal Documentos organizados a partir de números que a eles foram atribuídos. Muitas vezes, porém, tais números são enormes, dificultando o trabalho. Assim o método Digito-Terminal (dois últimos números) será o indicado. DICA LEGAL: MÉTODO NUMÉRICO DIGITO-TERMINAL Decompor o número dois a dois e utilizar os dois últimos números Ex: Número do documento: 198.465 Para o arquivamento: 19.84.65 Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 21 OBS: Comparação entre os métodos Numéricos: Simples e Digito-Terminal Números a serem organizados Método Numérico Simples Método Numérico Digito-Terminal 34.758 254.786 915.698 7.666 477.998 7.666 34.758 254.786 477.998 915.698 03-47-58 00-76-66 25-47-86 91-56-98 47-79-98 Organizados em ordem crescente Ordenação feita a partir dos dois últimos dígitos Organizados em ordem crescente 3.3 Método Geográfico Os documentos serão arquivados de acordo com local, lugar ou setor. É considerado a origem, a procedência do documento. DICA LEGAL: MÉTODO GEOGRÁFICO Local ou Setor de origem = Procedência = Lugar DICA LEGAL: MÉTODO GEOGRÁFICO Podem ser por: • País • Estado • Cidade DICA LEGAL: MÉTODO GEOGRÁFICO – PAÍS Os PAÍSES deverão ficar em ordem alfabética Dentro de cada país, a 1ª cidade deverá ser a CAPITAL As demais cidades seguem em ordem alfabética Exemplo: MALÁSIA GRÉCIA FRANÇA ESPANHA CANADÁ BÉLGICA ARGENTINA Buenos Aires Córdoba Mar del Plata Mendonza Três Lagos Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 22 DICA LEGAL: MÉTODO GEOGRÁFICO – ESTADO Os ESTADOS deverão ficar em ordem alfabética Dentro de cada estado, a 1ª cidade deverá ser a CAPITAL As demais cidades seguem em ordem alfabética Exemplo: DICA LEGAL: MÉTODO GEOGRÁFICO – CIDADE Quando o Arquivo é organizado por cidade, sem a separação por estado, deverão: As CIDADES deverão ficar em ordem alfabética Indicar ao final de cada cidade, o estado correspondente. Exemplo: TOCANTINS SÃO PAULO PARANÁ GOIÁS CEARÁ BAHIA ALAGOAS Maceió Arapiraca Palmeira dos Índios Penedo Santana do Ipanema Taguatinga (DF) São Paulo (SP) Piripiri (PI) Macapá (AP) Lages (SC) Campinas (SP) Arapiraca (AL) Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 23 3.4 Método Ideográfico Organiza os documentos por assunto. Uma vez identificados os assuntos, os temas gerais podem ser considerados por nome ou códigos numéricos a eles atribuídos. Os códigos numéricos sempre apresentação uma relação do GERAL para o Particular. DICA LEGAL: MÉTODO IDEOGRÁFICOS Podem ser Alfabético ou Numéricos DICA LEGAL: MÉTODO IDEOGRÁFICO - ALFABÉTICO DICIONÁRICO – Ordenação alfabética, como um dicionárioExemplo: DICA LEGAL: MÉTODO IDEOGRÁFICO - ALFABÉTICO ENCICLOPÉDICO – Organizados, agrupados sob títulos gerais e dentro dele alfabeticamente Exemplo: FINANCEIRO Contas a pagar Contas a receber MATERIAL Material de consumo Material permanente PESSOAL Abono Admissão Férias Salários Férias Demissão Controle de estoque Contas a receber (SC) Contas a pagar Admissão Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 24 DICA LEGAL: MÉTODO IDEOGRÁFICO NUMERICO Atribuídos a cada assunto: DUPLEX ou DECIMAL, do Geral para o Particular DICA LEGAL: MÉTODO IDEOGRÁFICO - DECIMAL É Limitado a divisão de 10 classes É o método utilizado pelo CONARQ Atribuídos do Geral para o Particular DICA LEGAL: MÉTODO IDEOGRÁFICO - DUPLEX NÃO possui limitação de criação de classes Exemplos DUPLEX DECIMAL 1 – PESSOAL 1-1 Férias 1-2 Admissão 1-3 Salários 1-4 Demissão 2 – FINACEIRO 2.1 Contas a pagar 2.2 Contas a receber 3 – MATERIAL 3.1 Material de consumo 3.2 Material permanente 020 – Pessoal 022 – Aperfeiçoamento e treinamento 022.1 – Cursos 022.12 – Promovidos por outra instituição 022.121 – No Brasil 022.122 – No Exterior 022.2 – Estágios 022.21 – Promovidos por outra instituição 022.221 – No Brasil 022.222 – No Exterior 3.5 Método de Arquivamento que deverá ser adotado? Na hora de escolher o Método de arquivamento devemos considerar a natureza dos documentos (especiais ou especializados) e a estrutura da instituição. A instituição poderá adotar quantos métodos forem necessários para bem organizar seus documentos DICA LEGAL: MÉTODO DE ARQUIVAMENTO - A escolha O Método de Arquivameto é escolhido pela Natureza dos documentos e pela estrutura da instituição; A instituição pode ter quantos métodos forem necessários Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 25 4 Organização do Arquivo No momento em que uma organização toma a decisão de organizar seu arquivo, é necessário que seja realizada uma campanha de sensibilização a toda empresa, envolvendo os diversos níveis hierárquicos, com o objetivo de envolver todos no projeto. A organização do Arquivo de uma instituição ocorre em quatro etapas: • Levantamento de dados; • Análise dos dados coletados; • Planejamento; • Implantação e acompanhamento DICA LEGAL: ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS – 4 ETAPAS 1 – Levantamento dos dados 2 – Análise dos dados coletados 3 –Planejamento 4 – Implantação e acompanhamento 4.1 Levantamento dos dados Nessa fase é necessário realizar o estudo, o exame dos estatutos, regimentos, regulamentos, normas, organogramas. É necessário, nessa fase, conhecer os dados relativos aos documentos que circulam na instituição. DICA LEGAL: ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS – Levantamento É necessário conhecer, analisar, estudar: Normas, organogramas, estatuto, regimento Gêneros documentos (textual, iconográfico, sonoro, etc..) Espécies mais freqüentes (ofício, relatório, fatura, projeto, etc..) Modelos e formulários em uso Quantidade e estado de conservação do acervo Métodos de Arquivamento utilizados Existência de registro e protocolo Média de arquivamento diário Controle de empréstimo e consulta Existência de normas e manuais de arquivo Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 26 DICA LEGAL: ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS – Levantamento É necessário conhecer, também: Quantidade de servidores no arquivo, formação profissional e escolaridade Quantidade de equipamento, modelo e estado de uso Situação física do arquivo (área ocupada, luminosidade, umidade, tipo de proteção contra incêndio e outros sinistros) 4.2 Análise dos dados coletados Nesta fase com base nos dados coletados no levantamento, será feito o DIAGNÓSTICO sobre a real situação do arquivo. É com base nesse diagnóstico irá propor as alterações, modificações necessárias. O Diagnóstico deverá indicar os pontos de atrito, as falhas existentes na instituição quanto ao uso dos arquivos. DICA LEGAL: ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS – Análise de dados Elaboração do DIAGNÓSTICO 4.3 Planejamento É nesta fase que será elaborado o PLANO ARQUIVISTICO. Ele definirá a posição do arquivo na estrutura do órgão, os serviços, as normas e todo recurso necessário para o bom funcionamento. DICA LEGAL: ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS – Planejamento Deverá considerar: • Posição do arquivo na estrutura do órgão • Centralização ou descentralização do Arquivo • Método de arquivamento • Normas de funcionamento • Qualificação de recursos humanos • Instalações e equipamentos • Constituição de Arquivos intermediário e permanente • Recursos financeiros necessários e os disponíveis 4.4 Implantação e Acompanhamento É nessa fase que o que foi planejado será colocado em prática, será executado, será implantado. É nessa fase que as orientações e normas descritas no MANUAL DE ARQUIVO serão implantadas na instituição. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 27 DICA LEGAL: ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS – Implantação e Acompanhamento Implantação e acompanhamento e controle de tudo que foi planejado Implantação das orientações descritas no Manual de Arquivo O Manual de arquivo deverá ser sempre revisto, atualizado quando necessário 5 Gestão de Documentos Conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes às atividades de produção, tramitação e uso, avaliação e arquivamento de documentos em fases corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Lei 8.159/1991 - § 3º A Gestão de documentos é atingida por meio do planejamento, organização, controle, coordenação, dos recursos humanos, do espaço físico e dos equipamentos, com o objetivo de aperfeiçoar o ciclo documental. DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS Qualquer atividade que vise controlar o fluxo de documentos existentes, de forma a assegurar a eficiência das atividades DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS - OBJETIVOS • Garantir, assegurar, de forma eficiente: a produção, administração, manutenção e destinação de documentos • Garantir que a informação estará disponível no momento necessário ao usuário (instituição, estado, pessoa) • Eliminação de documentos que não possuem administrativo, fiscal, legal ou para fins de pesquisa científica ou histórica • Assegurar uso adequado da micrográfica, processamento automatizado de dados e outras técnicas da gestão da informação • Contribui para o acesso e a preservação dos documentos que deverão ser guardados e preservados por seus valores históricos, científicos, valores secundários. 5.1 A Gestão Documental acontece em 3 FASES básicas: PRODUÇÃO - UTILIZAÇÃO - DESTINAÇÃO Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 28 5.1.1 Gestão Documental - PRODUÇÃO Elaboração de documentos em razão das atividades específicas de uma instituição ou setor. DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS – PRODUÇÃO – 1ª FASE Otimização na criação de documentos Evitar a reprodução desnecessária de documentos Acontece na fase corrente 5.1.2 Gestão Documental - UTILIZAÇÃO Elaboração de documentos em razão das atividades específicas de uma instituição ou setor.DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS – UTILIZAÇÃO – 2ª FASE É referente ao fluxo percorrido pelos documentos, necessários ao cumprimento de sua função administrativa, assim como sua guarda após o tramite DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS – UTILIZAÇÃO – 2ª FASE Essa fase envolve as atividades de protocolo, classificação de documentos, controle de acesso e recuperação da informação Elaboração de instrumentos de recuperação É desenvolvida a gestão de arquivos correntes e intermediários 5.1.3 Gestão Documental – AVALIAÇÃO e DESTINAÇÃO Atividades de análise, seleção e fixação de prazos de guarda dos documentos. DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS – AVALIAÇÃO – 3ª FASE Decidir quais documentos serão eliminados e quais serão preservados permanentemente Acontece no Arquivo Corrente e Intermediário É regida pela lei 8.159/91 5.1.4 Gestão Documentos – Gestão de Arquivos Correntes e Intermediários DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS CORRENTES Procedimentos de classificação, registro, autuação e controle da tramitação, expedição e arquivamento Têm o objetivo de facilitar o acesso as informações contidas nos documentos As unidades responsáveis por esses serviços são o ARQUIVO e o PROTOCOLO, Arquivo de Comunicações administrativas e o serviço de comunicações. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 29 DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS INTERMEDIÁRIOS Responsável pela guarda física de documentos de uso pouco freqüente • Atendem as consultas aos órgãos/setores depositantes • Coordenam a transferência de documentos ao seu depósito • Aplicam a tabela de temporalidade para fins de eliminação ou recolhimento • Coordenam o recolhimento de documentos permanentes para o arquivo da 3ª idade. DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS INTERMEDIÁRIOS Os documentos só devem ser aceito para guarda intermediária quando for conhecido: Conteúdo; prazo de guarda e data de eliminação ou recolhimento DICA LEGAL: GESTÃO DE DOCUMENTOS INTERMEDIÁRIOS Os documentos transferidos ao Arquivo Intermediário, continuam sendo de posse dos setores que os transferiram • Podem consultá-lo • Podem tomá-lo emprestado • A consulta por 3º só é permitida se autorizada pela unidade que o transferiu • Geralmente o espaço físico (depósitos de arquivamento intermediário) são localizados fora do centro urbano. Mas devem permitir a conservação adequada contra incêndio, poluição atmosférica, excesso de umidade e luz. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 30 6 Protocolo Conjunto de operações e procedimentos visando o controle dos documentos que ainda tramitam no órgão, de modo a assegurar, garantir a imediata localização e recuperação do documento. Garantido assim o acesso a informação. O Protocolo realiza as seguintes atividades/operações: • Recebimento • Registro • Autuação • Classificação • Expedição/Distribuição • Controle/Movimentação DICA LEGAL: PROTOCOLO A atividade de protocolo é uma atividade típica de arquivo corrente DICA LEGAL: PROTOCOLO - Recebimento Receber os documentos produzidos pela instituição ou aqueles produzidos por outras instituições, que para lá foram encaminhados DICA LEGAL: PROTOCOLO – Registro • Procedimento no qual o protocolo cadastra os dados básicos do documento • Cadastrado em um sistema de controle (manual ou informatizado) • Os dados são utilizados para localização do documento DICA LEGAL: PROTOCOLO – Autuação • Documentos são transformados em processo – abertura de processo • Inserção de capa específica • Numeração das páginas • Atribuição de nº de identificação do processo DICA LEGAL: PROTOCOLO – Classificação Uma vez recebido no protocolo, o documento será analisado para identificar o assunto, classificando de acordo com o código de classificação de documentos • Documentos que estiverem em envelopes fechados DEVERÃO SER ABERTOS no PROTOCOLO • Os únicos documentos que não SÃO abertos no protocolo são: PARTICULAR e SIGILOSO (natureza do assunto) Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 31 DICA LEGAL: PROTOCOLO – Classificação Os documentos OSTENSIVOS (natureza do assunto) deverão ser abertos, analisados, classificados, registrados, antes de serem encaminhados aos seus destinatários DICA LEGAL: PROTOCOLO – Expedição / Distribuição Enviar os documentos para os seus destinatários • DISTRIBUIÇÃO: remessa de documentos para os destinatários dentro do próprio órgão (interno); • EXPEDIÇÃO: remessa de documentos para outro órgão (externo). DICA LEGAL: PROTOCOLO – Controle da Movimentação/Tramitação • Atividade que consiste em identificar os setores pelos quais passam os documentos. Para recuperá-lo com agilidade quando necessário, bem como identificar possíveis atrasos na tramitação. • É realizado por sistemas informatizados ou manuais (livro, ficha de protocolo) 7 Procedimentos administrativos em relação ao processo Processo é documento ou conjunto de documentos que exigem estudo detalhado e procedimentos expressados por despachos, pareceres técnicos, anexo, instruções de pagamento de despesa. Que a partir de autuados, são autorizados pelo órgão a executar tal procedimento. • Autuação • Numeração de folhas • Juntada o Juntada por anexação o Juntada por apensação • Desapensação • Desentranhamento de peças • Desmembramento de peças • Diligência • Encerramento de processo e abertura de volume • Encerramento de processo • Abertura de volume • Reconstituição de processo Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 32 DICA LEGAL: PROTOCOLO – Autuação Também conhecida como formação, abertura de processo • Colocação de capa, ordenação cronológica das peças; • Colocar etiqueta na capa com o nº de protocolo • Numerar as folhas, apor carimbo e rubrica • Registrar, conferir • Encaminhar fisicamente para o setor pertinente • Descartar o envelope, ele não será peça do processo DICA LEGAL: PROTOCOLO – Numeração das folhas Serão numeradas em ordem crescente, sem rasura, com carimbo próprio para colocação de número. Colocar no canto superior direito da página. • A primeira folha é a número 1 • A capa não será numerada • A numeração inicial é feita no protocolo central ou setorial • Cada unidade que receber o processo e colocar mais peças deverá numerá-las • A peça que estiver em tamanho reduzido deverá ser colocada em folha em branco maior • Processos vindos de outros órgãos públicos só serão renumerados se a respectiva numeração estiver incorreta • Qualquer solicitação ou informação deverá ser feita por despacho no próprio documento ou em folha de despacho. DICA LEGAL: PROTOCOLO – Juntada Será executada pelo protocolo Central ou Setorial, mediante despacho ANEXAÇÃO: Dependência entre processos a serem anexados APENSAÇÃO: Não há dependências entre os processos Na anexação existe o processo PRINCIPAL (MAIS ANTIGO) e o MAIS ACESSÓRIO (MAIS RECENTE). Exemplos: PROCESSO PRINCIPAL PROCESSO ACESSÓRIO Inquérito Administrativo Recurso contra decisão do inquérito Aquisição de material Prestação de contas Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 33 DICA LEGAL: PROTOCOLO – Juntada Anexação • O processo acessório é renumerado • Lavrar termo de anexação na última folha do mais antigo • Anotar na capa do principal o nº do acessório (anexado)• Registrar no sistema a juntada por anexação DICA LEGAL: PROTOCOLO – Juntada Apensação • Colocar os processos um sob o outro, ficando em segundo plano o processo que pediu a juntada. • Cada processo continua com sua numeração original • Lavrar termo de apensação no processo mais antigo, que ficará em primeiro lugar • Anotar no processo que ficará em primeiro lugar o nº do apensado • Registrar nos sistema a juntada por apensação DICA LEGAL: PROTOCOLO – Desapensação Após decisão final o processo poderão ser desapensados nos protocolo setorial onde se encontrem • É executada mediante indicação em despacho • A desapensação ocorrerá antes do arquivamento • Lavrar o termo de desapensação no processo que solicitou a juntada • Colocar despacho de encaminhamento em cada processo • Registrar em sistema a desapensação DICA LEGAL: PROTOCOLO – Desentramento de peças A retirada de folha ou peça acontecerá onde se encontrar o processo, mediante despacho • Sempre que houver retirada colocar, lavrar termo de desentramento após o último despacho • A numeração continua a mesma • É vedada a retirada da folha ou peça inicial do processo Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 34 DICA LEGAL: PROTOCOLO – Desmembramento de peças • É feita para forma outro processo, ocorrerá mediante despacho. • Retirar o documento que constituirá outro processo • Apor termo de desentramento no local onde foi retirado o documento • Proceder autuação do documento retirado e renumerar as páginas do novo processo DICA LEGAL: PROTOCOLO – Diligência Quando o processo, tendo deixado de atender a uma formalidade indispensável ou disposição legal é devolvido ao órgão para sanar a pendência. Deverá ser enviado a instituição para que em prazo especificado devolva com a diligencia sanada. • Vencido o prazo sem a conclusão da exigência, a instituição anexara cópia da convocação e o devolverá ao órgão que pediu diligência DICA LEGAL: PROTOCOLO – Encerramento • O encerramento acontecerá quando: • Pleito indeferido • Pleito atendido, ou cumprimento dos compromissos arbitrados • Pela expressa desistência do interessado • Quando o desenvolvimento do processo for interrompido por período superior a um ano, por omissão da parte interessada DICA LEGAL: PROTOCOLO – Abertura de volume • Um processo não deve exceder a 200 folhas • A colocação de colchetes deverá ser a 2 cm da margem esquerda • Colocar na última folha do volume anterior o termo de encerramento de volume, devidamente numerado • Colocar no novo volume, logo depois da capa o termo de abertura de volume Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 35 QUESTÕES DE CONCURSOS 1. A instituição voltada para o pesquisador, cujos documentos entram por compra, pesquisa e doação e são produzidos com finalidade científica, sendo seu acervo caracterizado por coleções (documentos unidos pelo conteúdo) é: (A) o museu. (B) a biblioteca. (C) o centro de documentação. (D) o arquivo. (E) o núcleo de pesquisa. 2. A classificação dos documentos de arquivo em “textual”, “audiovisual”, “cartográfico” ou “iconográfico” implica em definição: a) da espécie documental. b) da forma do documento. c) do formato do documento. d) do gênero documental. e) do tipo documental. 3. Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser classificados em: (A) públicos e privados. (B) ostensivos e sigilosos. (C) correntes e permanentes. (D) tipológicos e diplomáticos. (E) administrativos e históricos. 4. (TRE/PB) Desde o momento em que são criados até sua destinação final, os documentos de arquivo cumprem ciclo de vida em que a passagem de uma etapa ou condição para outra: (A) obedece a normas emanadas dos serviços de protocolo. (B) está prescrita nas guias de recolhimento. (C) resulta do processo de avaliação. (D) corresponde a períodos qüinqüenais e decenais de temporalidade. (E) vem indicada nos planos de arquivamento e classificação. 5. A Lei 8.159, de 08 de janeiro de 1991, dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. De acordo com ela, os arquivos públicos são os conjuntos de documentos: (A) produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. (B) produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. (C) e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou transferência para guarda permanente, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. (D) de mais de 50 anos de idade produzidos e recebidos por instituições públicas ou privadas, em decorrência de suas atividades ligadas ao serviço público ou não, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. (E) pessoais ou administrativos, produzidos e recebidos pelas autoridades do poder executivo em seu respectivo nível de competência, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. 6. A regulamentação da Lei 8.159, pelo Decreto 4.073, de 3 de janeiro de 2002, define, ainda, que os arquivos privados, quando considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história, cultura e desenvolvimento nacional: (A) poderão ser declarados de interesse público e social por decreto do Presidente da República. (B) passam a estar sujeitos às mesmas regulamentações da Lei de Patrimônio Histórico Nacional. (C) podem ser objeto de desapropriação por parte do poder público competente desde que seus proprietários recebam justa indenização. (D) se franqueados à consulta pública, não poderão ser objeto de quaisquer tipos de taxas ou impostos. (E) passam a ter seu acervo sujeito às normalizações do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) após o falecimento do titular. 7. (TRE/PB) A qualidade pela qual os documentos de arquivo evidenciam fatos e permitem reconstituir a estrutura e o funcionamento da instituição responsável por sua acumulação é conhecida como: (A) valor probatório. (B) prescrição. (C) jurisprudência. (D) princípio da proveniência. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 36 (E) vigência. 8. Considerando a correspondência entre o número de identificação dos dossiês funcionais com os respectivos funcionários, conforme indica a tabela abaixo, indique a alternativa que corresponde à ordem correta de arquivamento dos nomes pelo método dígito-terminal. (A) Paula da Silva Caruci Maria Vicente Afonso Joaquim Manoel Sabóia João Guilherme Smit Antônio Heron Ferreira Maria Júlia Rodrigues (B) Maria Júlia Rodrigues Antônio Heron Ferreira Paula da Silva Caruci Maria Vicente Afonso Joaquim Manoel Sabóia João Guilherme Smit (C) Antônio Heron Ferreira João Guilherme Smit Joaquim Manoel Sabóia Maria Júlia Rodrigues Maria Vicente Afonso Paula da Silva Caruci (D) Maria Vicente Afonso Paula da Silva Caruci Antônio Heron Ferreira Maria Júlia Rodrigues Joaquim Manoel Sabóia João Guilherme Smit (E) Paula da Silva Caruci Maria Vicente Afonso João Guilherme SmitJoaquim Manoel Sabóia Antônio Heron Ferreira Maria Júlia Rodrigues 9. É prática corriqueira, nas instituições brasileiras, a formação de grandes depósitos de massa documental acumulada, vulgarmente denominados arquivo morto”. Tais documentos: (A) deveriam ser incinerados uma vez por ano, evitando o acúmulo. (B) deveriam ser avaliados, preservando-se os papéis permanentes. (C) representam documentos sem nenhum valor jurídico ou histórico. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 37 (D) deveriam ser encaminhados ao Arquivo Nacional para realizar sua seleção. (E) deveriam ser recolhidos ao arquivo intermediário. 10. De acordo com o Decreto 2.910, de 29 de dezembro de 1998, que estabelece normas para a salvaguarda de documentos, materiais, áreas, comunicações e sistemas de informação de natureza sigilosa, e dá outras providências, a eliminação de documentos públicos sigilosos: (A) ocorrerá apenas com a documentação que tenha se tornado ostensiva. (B) deverá ser feita apenas pelo Arquivo Nacional. (C) deve ocorrer imediatamente após a vigência dos documentos. (D) ocorrerá apenas em documentos criptografados. (E) tornará o respectivo Termo de Eliminação de Documentos igualmente sigiloso. 11. (TRE/PB) Dentre os instrumentos de pesquisa elaborados para atender ao programa descritivo dos arquivos permanentes, inclui-se: (A) o inventário, que toma por unidade a peça documental. (B) o guia, que relaciona descritores ou palavras-chave capazes de recuperar o conteúdo dos documentos. (C) o índice, que oferece uma visão panorâmica dos seus diferentes fundos. (D) o catálogo, que indica, na ordem de numeração das estantes e prateleiras, o lugar ocupado pelas unidades de arquivamento. (E) a edição de textos, que transcreve na íntegra certos documentos. 12. Como instrumentos de destinação, as tabelas de temporalidade: (A) determinam quais documentos descartados deverão ser restaurados. (B) organizam a transferência de documentos para o arquivo permanente. (C) sistematizam o ciclo vital dos documentos determinando suas idades. (D) indicam quais documentos devem ser recolhidos ao arquivo intermediário. (E) são um poderoso instrumento de pesquisa para o historiador. 13. De acordo com a já citada Lei 8.159, de 08 de janeiro de 1991, a eliminação de documentos públicos de valor permanente: (A) ocorrerá após concluído o processo de avaliação conduzido pelas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação. (B) ocorrerá após a elaboração e o registro das tabelas de temporalidade junto ao Arquivo Nacional. (C) ocorrerá mediante autorização do chefe do poder executivo da esfera de competência dos documentos. (D) não é permitida por serem documentos imprescritíveis e inalienáveis devido ao valor histórico, probatório e informativo. (E) somente ocorrerá se, após leilão oficial, não houver compradores interessados na sua aquisição. 14. Você é contratado como consultor de uma instituição pública que vem enfrentando problemas com o crescimento desordenado de seu arquivo permanente. O diretor da instituição lhe pede que encaminhe soluções para o problema. Você, então: (A) propõe digitalizar parte do acervo para ocupar menos espaço. (B) propõe um novo fluxograma que otimize o trâmite dos documentos permanentes. (C) sugere a eliminação dos documentos permanentes sem valor histórico. (D) elabora um projeto de gestão para os documentos das fases corrente e intermediária. (E) elabora uma tabela de temporalidade para os documentos permanentes. GABARITO 1. B 2. D 3. B 4. C 5. B 6. A 7. A 8. A 9. B 10. A 11. E 12. C 13. D 14. D Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 38 ANEXO LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins esta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Art. 5º - A administração pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma da Lei. Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa. CAPÍTULO II DOS ARQUIVOS PÚBLICOS Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. § 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. § 2º - A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora. Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes. § 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas freqüentes. § 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência. Art. 10 - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. CAPÍTULO III DOS ARQUIVOS PRIVADOS Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 39 Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. Art. 13 - Os arquivos privados identificadoscomo de interesse público e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior. Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na aquisição. Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor. Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas. Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social. CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais. § 1° - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica. § 2° - São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 3° - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 4° - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder Legislativo. § 5° - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura político-jurídica. Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais. Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Art. 21 - Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição Federal, e nesta Lei. CAPÍTULO V - DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS Art. 22 - É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos públicos. Art. 23 - Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser obedecidas pelos órgãos públicos na classificação dos documentos por eles produzidos. § 1° - Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas são originalmente sigilosos. § 2° - O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da sociedade e do Estado será restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo esse prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual período. § 3° - O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a imagem das pessoas será restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da data de sua produção. Elaborado pelo Prof. Igor E-mail: marcosigor2508@gmail.com 40 Art. 24 - Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a exibição reservada de qualquer documento sigiloso, sempre que indispensável à defesa de direito próprio ou esclarecimento de situação pessoal da parte. Parágrafo único - Nenhuma norma de organização administrativa será interpretada de modo a, por qualquer forma, restringir o disposto neste artigo. DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. § 1° - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. § 2° - A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo serão estabelecidos em regulamento. Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 28 - Revogam-se as disposições em contrário.
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