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UNILAB/Malês Discente: Lucilene Enare e Cleison Cavalcante Docente: Marlon Marcos Componente Curricular: Filosofia da Ancestralidade e Educação - Como a canção de Gilberto Gil, Baba Alapalá, expressa uma relação de ancestralidade Africana preservada no Brasil através do terreiros de candomblé? Existe no Brasil, sobretudo na Bahia (Salvador e recôncavo baiano), uma grande influência africana a qual chamamos de cultura afro-brasileira devido às diversas fusões e misturas que foram ocorrendo durante o processo de escravização dos povos negros. Além de ser uma estratégia política de apagamento da africanidade existente no país e uma suposta miscigenação democrática, principalmente na década de 1930 na Era Vargas. Muitas expressões da africanidade se perderam ao longo deste processo de escravização, mas também muitas coisas foram resistentes ao tempo e às opressões. A ancestralidade Africana se preservou em nossa cultura através de - principalmente - terreiros de candomblé, mas também pode ser apreciada e sentida em expressões culturais e artísticas como Roda Capoeira e Samba de Roda. Deste modo, muitos fundamentos afroancestrais (termo utilizado por Sandra Petit) puderam ser conservados através da resistência da população afro-brasileira em manter viva em suas memórias, corpo e alma as cosmovisões e filosofias ancestrais. Também houve uma vasta pesquisa no campo acadêmico e intelectual que possibilitou a estas práticas uma visibilidade sócio-política. Na canção de Gilberto Gil Baba Alapalá pode-se notar esta busca pela ancestralidade, uma vez em sua letra o cantor e compositor insiste em perguntar a respeito de seus antepassados e exalta a língua trazia e mantida no Brasil através dos terreiros de Candomblé. A importância desta canção não está apenas no afirmação de uma ancestralidade ainda desprezada, mas também na possibilidade de se fazer visível e desmistificar as tradições herdadas da Mãe Áfrika
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