Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia Humana Estudo Dirigido Sistema Circulatório Ciclo Cardíaco, Eletrocardiograma e Débito Cardíaco 1. O que é ciclo cardíaco? O ciclo cardíaco compreende o período de tempo entre duas sístoles (batimentos) cardíacos. Começa com o final da diástole, onde as cavidades estão relaxadas e há um enchimento passivo, após isso há a sístole atrial, em que completa-se o enchimento ventricular com aproximadamente 30% do volume final em repouso. Então há a contração ventricular isovolumétrica, onde as valvas átrio-ventriculares são fechada e os ventrículos iniciam contração, sem haver alteração do volume das cavidades (o sangue dentro das cavidades ventriculares impede a alteração do volume). Há então a ejeção ventricular e, por último, o relaxamento ventricular isovolumétrico, onde há o início do relaxamento dos ventrículos sem mudanças do volume das cavidades. Então havendo a diástole cardíaca que marca o recomeço do ciclo. 2. Com base na figura abaixo , indique o evento/momento do ciclo cardíaco correspondente a cada letra. Quais letras correspondem ao momento da primeira e segunda bulha cardíaca? a: Preenchimento do VE (diástole) b: fechamento da válvula mitral e volume diastólico final (VDF) Volume diastólico: volume de sangue total dentro do ventrículo c: contração isovolumétrica do VE d: abertura da válvula aórtica e início da ejeção ventricular e: ejeção ventricular (sístole) f: fechamento da válvula aórtica e volume sistólico final (VSF) Volume sistólico: volume de sangue ejetado do ventrículo a cada batimento (de 50 a 150 ml) g: sístole (relaxamento) isovolumétrico h: abertura da válvula mitral e início do enchimento ventricular Bulhas: 1) Na sístole ventricular, com o fechamento das válvulas átrio-ventriculares, e na 2) diástole ventricular, com o fechamento das válvulas semilunares. 3. Defina os termos: débito cardíaco, retorno venoso, pré carga e pós carga. Débito Cardíaco: é o volume sanguíneo bombeado para a aorta a cada minuto pelo coração Retorno Venoso: é o volume sanguíneo que flui das veias para o AD a cada minuto Pré-Carga: é a tensão exercida na parede ventricular (força de estiramento) após a contração atrial (diástole), sendo influenciada pelo retorno venoso (VDF) Pós-Carga: é a resistência à ejeção ventricular durante a sístole devido ao atrito sangue/endotélio, dada pela PA a qual o sangue é ejetado (Resistência Vascular Periférica) 4. Qual a relação entre a pressão atrial direita e o débito cardíaco e o retorno venoso? A Lei de Frank-Starling estabelece que: “Dentro de certos limites, o coração é capaz de ejetar (Débito Cardíaco) todo o fluxo de sangue que recebe (Retorno Venoso)”, ou seja, se chega mais sangue ao coração sai mais sangue (é o famoso papel permissivo...), e isto significa que, normalmente, é o Retorno Venoso quem regula o Débito 2019 Luiza Lese Pereira Fisiologia Humana Estudo Dirigido Sistema Circulatório Ciclo Cardíaco, Eletrocardiograma e Débito Cardíaco Cardíaco, entretanto, ultrapassado o limite do DC, quem manda é o coração e, é o PAD (pressão do átrio direito) que faz este relacionamento funcionar. Um dos fatores mais importantes que determinam o débito cardíaco é o volume final diastólico do ventrículo esquerdo, que por sua vez depende do retorno venoso, que também determina a pressão atrial direita. ↑ retorno venoso : ↑ PAD : ↑ VDF : ↑ DC. Volume de ejeção = volume retorno venoso 5. Qual o efeito da estimulação simpática sobre o débito cardíaco e o retorno venoso? Terminações simpáticas liberam catecolaminas, que agem sobre o receptores B1 dos miócitos, aumentando a contratilidade (efeito inotrópico positivo), resultando em contrações cardíacas fortes e de curta duração (eleva o DC). Ou seja, esses hormônios induzem uma vasoconstrição na qual diminui o calibre do vaso (aumento da RVP). Esse aumento do DC, associado ao aumento da RVP, provoca um grande aumento na PA. 6. Quais as implicações da pré e pós carga sobre o consumo de oxigênio do miocárdio e sobre o débito cardíaco? A elevação da atividade metabólica aumenta o fluxo sanguíneo que circula no músculo em questão. Esse músculo passa a consumir mais O2 do meio intracelular e utiliza mais ATP para a contração (cuja quebra resulta em adenosina ao meio). Tanto a diminuição do nível de O2 quanto o acúmulo de adenosina no músculo promove vasodilatação nesse músculo. Assim, se os vasos sanguíneos sofrem vasodilatação nesse músculo, passam a oferecer pouca resistência (RVP) à passagem do sangue, o que aumenta o fluxo sanguíneo (DC) por esse músculo. 2019 Luiza Lese Pereira
Compartilhar