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@_leticiaalbuquerq O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole. (GUYTON) A duração total do ciclo cardíaco, incluindo a sístole e a diástole, é a recíproca da frequência cardíaca. Por exemplo, se a frequência cardíaca é de 72 batimentos/min, a duração do ciclo cardíaco é de 1/72 batimentos/min — aproximadamente 0,0139 minuto por batimento, ou 0,833 segundo por batimento. (GUYTON) Controle da frequência cardíaca: Nodo SA Sístole: contrai, ejetando o sangue Diástole: relaxa, recebendo o sangue O Aumento da Frequência Cardíaca Reduz a Duração do Ciclo Cardíaco: Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco diminui, incluindo as fases de contração e relaxamento. A duração do potencial de ação e o período de contração (sístole) também diminuem, mas não por percentual tão alto quanto na fase de relaxamento (diástole). Na frequência cardíaca normal de 72 batimentos/min, a sístole abrange aproximadamente 0,4 de todo o ciclo cardíaco. Quando a frequência cardíaca é três vezes maior que a normal, a sístole é cerca de 0,65 do ciclo cardíaco inteiro. Isso significa que o coração, em frequência muito rápida, não permanece relaxado tempo suficiente para permitir o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração. (GUYTON) Um único ciclo cardíaco inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. Assim, um ciclo cardíaco consiste em uma sístole e uma diástole dos átrios mais uma sístole e uma diástole dos ventrículos. (TORTORA) Papel de bomba: tem o papel de variar a pressão para que ocorra o fluxo sanguíneo. O fluido se desloca da zona de maior pressão para a zona de menor pressão. 1. Sístole ventricular Quando ocorre o começo da contração ventricular o sangue flui do átrio para o ventrículo, logo quando o ventrículo atinge sua pressão máxima, consequentemente, ocorre o fechamento das valvas atrioventricular, logo o ventrículo apresenta fase de contração isovolumétrica (fluxo sanguíneo constante). Logo após a pressão intraventricular continua a subir e superar a pressão das valvas semilunares, ocasionando a abertura das supracitadas e fazendo com que 70% do volume ventricular seja ejetado (FASE DA EJEÇÃO RÁPIDA). “O ventrículo esquerdo ejeta cerca de 70 mℓ de sangue para a aorta, e o ventrículo direito ejeta o mesmo volume de sangue para o tronco pulmonar. O volume remanescente em cada ventrículo no final da sístole, cerca de 60 mℓ, é o volume sistólico final (VSF). O Ciclo cardíaco @_leticiaalbuquerq volume sistólico, o volume ejetado a cada batimento por cada ventrículo, é igual ao volume diastólico final menos o volume sistólico final: VS = VDF – VSF. Em repouso, o volume sistólico é de aproximadamente 130 mℓ – 60 mℓ = 70 mℓ”. (TORTORA) 2. Diástole ventricular Em seguida o sangue ainda continua fluindo, os 30% restantes, porém por uma ejeção lenta, chamado de efeito Windkessel. Porém, uma hora a pressão dentro dos vasos de ejeção (AORTA E ARTERIA PULMONAR) se torna maior que dos ventrículos sendo o suficiente para um leve retorno desse sangue enchendo os bolsões e fazendo com que as semilunares se fechem, então por todas as “portas” estarem fechadas não ocorre alteração de volume (RELAXAMENTO ISOVOLUMETRICO). Como o sangue não para de fluir, a pressão dos átrios vai subindo devido a entrada contínua de sangue, consequentemente, quando ocorre limite de pressão ocasiona a abertura das valvas atrioventriculares indo para a próxima etapa 3. Enchimento ventricular Durante o enchimento ventricular os átrios estão se contraindo e forçando a passagem de sangue do átrio para o ventrículo. Quando as valvas de abrem ocorre novamente o enchimento rápido dos ventrículos, depois começa um enchimento lento (DIÁSTASE), já que a chegada de sangue é contínua. Depois ocorre o que chamamos de contração ventricular. Reiniciando o ciclo novamente com o aumento da pressão intraventricular. “A sístole atrial contribui com os últimos 25 mℓ de sangue ao volume já existente em cada ventrículo (cerca de 105 mℓ). O fim da sístole atrial é também o fim da diástole ventricular (relaxamento). Assim, cada ventrículo contém cerca de 130 mℓ no final do seu período de relaxamento (diástole). Este volume de sangue é chamado volume diastólico final (VDF)”. (TORTORA) ➢ Ciclo cardíaco – Volumes • Volume diastólico (diástole do coração) final: quando termina o ciclo o ventrículo está todo cheio com volume máximo. Aproximadamente 130 ml (TORTORA). Esse volume depende da duração da diástole ventricular e do retorno venoso ao ventrículo direito. Com aumento da frequência cardíaca, a duração da diástole é menor, consequentemente, menos enchimento e VDF menor. • Volume sistólico ou de ejeção: volume ejetado a cada batimento por cada ventrículo. Cerca de 70 ml. • Volume sistólico final: volume restante no ventrículo. Cerca de 60 ml. Quanto mais o coração se enche, mais força ele vai fazer pra se esvaziar, consequentemente diminuindo o VSF. Fração de ejeção: volume de ejeção sob o volume diastólico final O som dos batimentos cardíacos é decorrente principalmente da turbulência do sangue causada pelo fechamento das valvas Bulhas cardíacas @_leticiaalbuquerq cardíacas. Durante cada ciclo cardíaco, existem quatro bulhas cardíacas, mas em um coração normal apenas a primeira e a segunda bulhas cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com um estetoscópio. A primeira bulha (B1), a qual pode ser descrita como um som de tum, é mais forte e um pouco mais longa do que a segunda bulha. A B1 é causada pelo fechamento das valvas atrioventriculares. A segunda bulha (B2), que é mais breve e não tão forte quanto a primeira, pode ser descrita como um som de tá. B2 é causada pelo fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta. O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto. O débito cardíaco é igual ao volume sistólico (VS), o volume de sangue ejetado pelo ventrículo a cada contração, multiplicado pela frequência cardíaca (FC), a quantidade de batimentos cardíacos por minuto: DC (mℓ/min) = VS (mℓ/batimento) × FC (batimentos/min) ➢ Fatores que aumentam o volume sistólico ou a frequência cardíaca normalmente elevam o DC. Normalmente, uma pessoa em condição normal bombeia 5 l/min. A reserva cardíaca é a diferença entre o débito cardíaco máximo de uma pessoa e o débito cardíaco em repouso. A pessoa média tem uma reserva cardíaca de quatro ou cinco vezes o valor de repouso. Os atletas de endurance de elite têm uma reserva cardíaca sete ou oito vezes o seu DC de repouso. As pessoas com cardiopatia grave podem ter pouca ou nenhuma reserva cardíaca, o que limita a sua capacidade de realizar até mesmo as tarefas simples da vida diária. (TORTORA) Três fatores regulam o volume sistólico e garantem que os ventrículos, esquerdo e direito, bombeiem volumes iguais de sangue: (1) précarga, o grau de estiramento no coração antes dele se contrair; (2) contratilidade, o vigor da contração das fibras musculares ventriculares individuais; e (3) póscarga, a pressão que tem de ser sobrepujada antes que possa ocorrer ejeção do sangue a partir dos ventrículos. (TORTORA) ➢ Pré-carga: é a tensão exercida nas paredes dos ventrículos no final da DIÁSTOLE. A maior précarga (estiramento) nas fibras musculares cardíacas antes da contração aumenta a sua força de contração. Dentro de certos limites, quanto mais o coração se enche de sangue durante a diástole, maior será a força de contração durante a sístole.Lei de Frank-Starling, a pré- carga é proporcional ao volume diastólico final. Mecanismo de Frank-Starling: todo sangue que chega no coração vai ser ejetado. “Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias”. Débito cardíaco Regulação do volume sistólico @_leticiaalbuquerq ➢ Contratilidade: a força de contração em uma dada pré-carga. Os agentes inotrópicos positivos aumentam a contratilidade, exemplos desses agentes: a estimulação da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA), hormônios como a epinefrina e a norepinefrina, o aumento do nível de Ca2+ no líquido intersticial e fármacos digitálicos. ➢ Pós-carga: A tensão na parede do ventrículo durante a SÍSTOLE. A pressão que precisa ser superada antes de que uma válvula semilunar possa abrir. Um aumento da póscarga faz com que o volume sistólico diminua, de modo que mais sangue permanece nos ventrículos no final da sístole. As condições que podem aumentar a póscarga incluem a hipertensão (pressão arterial elevada) e o estreitamento das artérias pela aterosclerose. Fluxo Sanguíneo Muscular. O requisito fundamental da função cardiovascular durante o exercício é prover oxigênio e outros nutrientes necessários aos músculos que estão se exercitando. Para isso, o fluxo sanguíneo muscular aumenta drasticamente durante o exercício. • fluxo sanguíneo para os músculos durante o exercício aumenta notavelmente; • aumento moderado da pressão arterial que ocorre no exercício, geralmente em torno de 30%, ocasionando a passagem de mais sangue pelos vasos sanguíneos • o trabalho realizado pelo músculo aumenta o consumo de oxigênio, e este por sua vez dilata os vasos musculares, aumentando, assim, o retorno venoso e o débito cardíaco. Débito cardíaco normal: 5,5 l/min Débito cardíaco durante exercício normal: 23 l/min Débito cardíaco máximo em maratonistas: 30 l/min • Dessa forma, pessoas destreinadas consideradas normais podem aumentar seu débito cardíaco pouco mais que quatro vezes, e atletas bem treinados podem aumentar o débito cerca de seis vezes. Efeitos do Treinamento na Hipertrofia Cardíaca e no Débito Cardíaco. Maratonistas com débitos cardíacos 40% maiores que dos destreinados. Isso resulta principalmente do fato de que as câmaras cardíacas dos maratonistas aumentam 40% em tamanho; juntamente com esse aumento das câmaras, a massa cardíaca também aumenta 40% ou mais. Dessa forma, durante o treinamento não apenas os músculos esqueléticos hipertrofiam-se, mas também o coração. Entretanto, o aumento do Coração do atleta @_leticiaalbuquerq tamanho do coração e o aumento da capacidade de bombeamento ocorrem quase que totalmente no treinamento de resistência, e não no treinamento de potência. (GUYTON) ➢ Possui um coração maior que o de uma pessoa normal ➢ 30% maior que um coração normal ➢ Aumento do débito cardíaco. DC= FC x VS ➢ O ventrículo esquerdo vai se hipertrofiar, pra ejetar mais sangue e não aumentar tanto a frequência cardíaca ➢ Nas primeiras vezes você aumenta a frequência cardíaca, mas depois aumenta o volume sistólico com o condicionamento físico ➢ Hipertrofia excêntrica: aumento longitudinal das proteínas de contração ➢ Hipertrofia concêntrica: aumenta o diâmetro do sarcômero Mecanismo adaptativo: 1. Aumento da necessidade metabólica com isso aumenta o débito cardíaco. Forma benigna 2. Aumento da pressão ou volume. Forma ruim. Gera miocardiopatia. 3. Genético: miocardiopatia hipertrófica genética que acontece com pessoas jovens.
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