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(Resposta à Acusação)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CUIABÁ-MT
Josafá da Silva, já qualificado nos autos da Ação Penal nº ... , que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa - Doc.1), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fundamento nos Artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
	Josafá foi abordado por dois homens que invadiram sua residência e ameaçaram matar sua esposa e filhos, mantendo-os como reféns. Os assaltantes exigiram a quantia de R$2000,00 (dois mil reais) como resgate, porém o réu não possuía este valor, sendo assim, os assaltantes exigiram que ele descontasse cheques de sua propriedade para levantar rapidamente tal numerário. 
	Em face da notória honestidade de Josafá, seu Josué, farmacêutico, prontamente atendeu ao pedido e efetuou a troca do titulo por dinheiro, sem maiores indagações. Logo em seguida, foi ao posto de gasolina de Josias, adotando o mesmo procedimento. Com isso, pagou o resgate aos assaltantes, que ainda o ameaçaram, mandando-o ficar calado, caso contrário voltariam para mata-lo. No dia seguinte, Josué e Josias, foram até o banco e tiveram os pagamentos recusados por estarem sem provisão de fundos, posteriormente se dirigiram até a delegacia e prestaram queixa contra Josafá, que, sabendo do ocorrido se dirigiu até a residência dos comerciantes e quitou o débito, e, em seguida apresentou os cheques resgatados na delegacia.
	DO DIREITO
	Em preliminar é de se dizer que conforme a súmula 246 do STF, “comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos”, e também analisando a súmula 554 do STF “o pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal”. Tendo em vista que Josué efetuou o pagamento dos cheques antes mesmo do oferecimento da denúncia e as súmulas do STF, não há que se falar em crime!
	Caso este não seja o entendimento, requer seja verificado que o réu somente emitiu tais cheques em razão das ameaças que os assaltantes fizeram à sua família, e conforme o Artigo 22 do Código Penal, se o fato é cometido sob coação irresistível, só é punível o autor da coação.
	Conclui-se assim, pela exclusão da culpabilidade do réu aqui pleiteada.
	DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da acusação, absolvendo-se sumariamente o réu, nos termos do Artigo 397, I e III do Código de Processo Penal. 
	Caso não seja assim entendido, requer a intimação das testemunhas abaixo arroladas.
ROL DE TESTEMUNHAS
Josué ..., farmacêutico.
(ENDEREÇO)
Josias ..., empresário.
(ENDEREÇO)
(NOME)
(ENDEREÇO)
Nestes termos, pede e aguarda deferimento.
 	Cuiabá-MT, (DATA)
	ADVOGADO...
	OAB nº ...

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