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Curso: Licenciatura em Pedagogia Disciplina: Diversidade e Inclusão Professora: Silvia Regia Chaves de Freitas Simões Turma: LP16 Felipe Willian Alves Resumo/Filme: ENTRE OS MUROS DA ESCOLA A produção das diferenças pela Escola Planalto Matias Fleuri. Diferença e a diversidade na educação (ARAMOWICZ Anete; RODRIGUES Tatiane, CRUZ, Ana Cristina Juvenal) QUESTÕES NORTEADORAS Como alcançar a universalização da educação sem ignorar as especificidades? O multiculturalismo e a sala de aula. Como minimizar os conflitos culturais existentes nesse contexto? Quais são as demandas dos movimentos sociais, âmbito da diversidade e da diferença. De que forma o multiculturalismo afeta a vida dos imigrantes? É possível integralizar a diversidade no meio educacional, sem que se reproduza as diferenças? Um dos maiores destaques no que diz respeito a educação formal é, especificamente, a universalização da educação básica, que possui um conteúdo e objetivo que dependem da positiva atuação governamental. No filme apesar de ser uma obra hipotética, traz um contexto ao nosso mundo real. Contextos estes, que presenciamos no cotidiano escolar: diversidade cultural, relacionamento entre professor e aluno, indisciplina, entre outros fatores sociais, econômicos que podem causar também em um desequilíbrio no aprendizado de alguns alunos. Logo no início do filme é bastante clara a forma despreparada em que os antigos professores recebem os novos professores rotulando os alunos como “bons e maus” e criando assim para os novos professores um julgamento prévio e tendencioso a respeito dos estudantes daquela escola. Um fator que vale ressaltar, é que presenciamos isso em nossa sala (LP16), e, posso afirmar que não é nada saudável para nos, ouvir isso, mesmo que o comentário seja exposto de maneira informal. Fazendo uma ligação ao texto de Abramowicz, que ressalta conceitos sobre a diferença, cabe dizer que não se pode reduzir o direito fundamental a educação exclusivamente à educação básica, uma vez que se reconhece a educação como indispensável ao pleno desenvolvimento humano. A partir da metade dos anos 70, se generalizou – em ritmo acelerado e perturbador a consciência de que os seres humanos são diferentes, com o direito à diferença entendido como pessoal e coletivo, o que acaba por possibilitar entendimentos equivocados e, por vezes, díspares. Pierucci (2000). No filme, em um primeiro momento, na sala de aula é possível ver que os alunos possuem um comportamento indisciplinar em relação ao professor quando o mesmo entra na sala de aula e é ignorado, até o momento em que chama para si a atenção e o silêncio dos alunos. Conrado (2009), afirma, que a educação é a área que possui mais condições de provocar mudanças no comportamento da sociedade (por causa de sua função formadora e socializadora do conhecimento), assumi, de fato, um compromisso com o processo de educação inclusiva, para que os cidadãos alcancem uma vida mais digna e mais justa, eliminando preconceitos e discriminações com relação aos indivíduos considerados diferentes, seja pela sua condição étnica, socioeconómica, cultural ou outra característica qualquer que os diferencie dos demais. Este processo vem encontrando respaldo nas leis, decretos e diretrizes nacionais. Souza (2004, p. 16), em sua visão ampla no que diz respeito ao multiculturalismo e processo educativo, cita: (...) o processo educativo pode ser autêntico. Para atingir essa autenticidade, tem que atentar a todos os aspectos do contexto em que podem acontecer os processos educativos e a todas as dimensões (económicas, políticas, interpessoais, institucionais, cognitivas e pessoais, entre outras) dos sujeitos (educadores e educandos) envolvidos. Todas as dimensões e aspectos do ser humano e de sua sociedade. Neste sentido, a educação, como fenômeno social assume uma responsabilidades que vai desde o processo ensino-aprendizagem à formação do sujeito, o tornando consciente. Esse sujeito consciente, que se coloca à frente dos problemas do seu tempo, se socializa, se compromete com o outro e com o meio em que vive. Voltando ao filme, é notório que os alunos se posiciona m durante o filme como alunos críticos e ativos levantando questões sobre sua metodologia e confrontando suas técnicas didática de ensino, fugindo da concepção da escola tradicional, onde o professor era a figura central e detentor do poder e conhecimento e o aluno era apenas um receptor passivo de informação e conteúdo. A Relação do professor com o aluno é de certa forma simultânea e bastante conturbada e hostil, o professor tem uma postura autoritária diante a problemas surgidos com alunos, o que dificulta ainda mais a interação professor e aluno como no caso da aluna (Khoumba) onde ele a faz pedir desculpas repetidamente por ela se recusar a obedecê-lo durante sua aula, não se estabelecendo assim uma correlação de respeito entre ambos. Trabalhar com a diversidade, propicia oportunidades de inclusão a todos os alunos na escola, e não é uma tarefa fácil, uma vez que não se resume apenas na garantia do direito de acesso. É preciso que sejam garantidas as condições de permanência e sucesso na escola, é muito importante que a escola, especialmente a pública, reconheça as diferenças, valorize as especificidades e potencialidades de cada um, reconhecendo a importância do ser humano, lutando contra os estereótipos, as atitudes de preconceito e discriminação em relação aos que são considerados diferentes dentro da escola.Mantoan (2008, afirma que; “... o essencial, na nossa opinião, é que todos os investimentos atuais e futuros da educação brasileira não repitam o passado e reconheçam e valorizam as diferenças na escola. Temos de ter sempre presente que o nosso problema se concentra em tudo o que torna nossas escolas injustas, discriminadoras e excludentes, e que, sem solucioná-lo, não conseguiremos o nível de qualidade de ensino escolar, que é exigido para se ter uma escola mais que especial, onde os alunos tenham o direito de ser (alunos), sendo diferentes.” Transformar em realidade é o sonho de uma educação para todos, convencer a nós mesmos das potencialidades e capacidades dos seres humanos, é acreditar que, somando nossas diferenças, poderemos provocar mudanças significativas na educação e na sociedade, acarretando na diminuição do preconceitos e estereótipos, tornando nossa nação mais humana, fraterna, justa e solidária. REFERENCIAS BIBLÍOGRÁFICAS ABRAMOWICZ, Anete; RODRIGUES, Tatiane Cosentino; CRUZ, Ana Cristina Juvenalda. A diferença e a diversidade na educação. Contemporânea – Revista de Sociologiada UFSCar. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, 2011, n. 2. p. 85-97. FLEURI, R.M. A produção das diferenças pela escola. “In”: NEVES, Josélia (org), et al. Escolarização, cultura e diversidade: Percursos interculturais. Porto Velho: ed. Edufro, 2010. p.13-23. MANTOAN, Maria Teresa Eglér (org). O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. PIERUCCI, Antônio Flávio. Ciladas da diferença. São Paulo: Editora 34, 2000. SOUZA, J. (2004). Ética, política e pedagogia na perspectiva freiriana. Recife: Bagaço. Acadêmico do curso de Licenciatura em Pedagogia – Felipe Willian Alves – Felipe.willyan@hotmail.com