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APOSTILA DE COMUNICAÇÕES OFICIAIS 
PARA O CONCURSO DA UFF 
Concurseiro(a), para o assunto “Comunicação e Redação Oficial no Serviço Público”, deve-se estudar 
os capítulos I e II do Manual da Presidência da República presentes no link abaixo: 
http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-
republica/manual-de-redacao.pdf 
Este manual foi divulgado no dia 27/12/2018, após a saída do edital mas antes do conteúdo 
programático ser divulgado. A COSEAC divulgou o conteúdo indicando nas referências bibliográficas 
o link do manual antigo (segunda edição), mas esse link não está mais abrindo, por isso atualizamos 
essa apostila de acordo com o atual o atual MRPR – Manual de Redação da Presidência da República – 
Edição 3. 
A COSEAC/UFF sempre cobra questões desse assunto! 
 
Comunicação Oficial 
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são 
necessários: 
a) alguém que comunique; 
b) algo a ser comunicado; 
c) alguém que receba essa comunicação. 
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o serviço público. 
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes oficiais 
decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua 
finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras 
para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos, o que só é 
alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os 
expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. 
Redação Oficial 
É a maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos. Tem como 
finalidade básica comunicar com objetividade e clareza. 
 
Atributos da redação oficial 
A redação oficial deve caracterizar-se por: 
 clareza e precisão; 
 objetividade; 
 concisão; 
 
 
 
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 coesão e coerência; 
 impessoalidade; 
 formalidade e padronização; e 
 uso da norma padrão da língua portuguesa. 
Clareza: 
Para obtenção de clareza o Manual sugere: 
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar sobre 
assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área; 
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar intercalações 
excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da 
oração; 
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto; 
d) não utilizar regionalismos e neologismos; 
e) pontuar adequadamente o texto; 
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e 
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão de serem 
designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. 
Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. 
Precisão: 
Complementa a clareza e tem as seguintes características: 
a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no 
texto; 
b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia 
com propósito meramente estilístico; e 
c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto. 
É indispensável a releitura do texto para que se for necessário o mesmo seja corrigido. 
A clareza e a precisão não são atributos que se atinjam por si sós: elas dependem estritamente das 
demais características da redação oficial, que falaremos a seguir. 
Objetividade: 
Ir direto ao assunto, de forma objetiva, sem ser redundante. Colocar as informações, sem subterfúgios, 
sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetividade suprime a delicadeza de 
expressão ou torna o texto rude e grosseiro. 
 
 
 
 
 
 
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Concisão: 
Transmissão de um máximo de informações com um mínimo de palavras. Detalhes irrelevantes são 
dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários supérfluos, adjetivos e advérbios 
inúteis, subordinação excessiva. 
Coesão e coerência: 
Um texto precisa ser coeso e ter coerência. Deve haver harmonia entre os elementos do texto. Alguns 
mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência, substituição, elipse e 
uso de conjunção. 
Impessoalidade: 
Ausência de impressões individuais de quem comunica; tratamento homogêneo e impessoal do 
destinatário. 
Formalidade e padronização: 
Obediência a certas regras de forma; certa formalidade de tratamento; polidez, civilidade no próprio 
enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, 
também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração pública federal é una, é 
natural que as comunicações que expeça sigam o mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma 
das metas do Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se 
cuide, ainda, da apresentação dos textos. 
Recomendações: 
• a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade; 
• o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de 
linguagem próprias do estilo literário; 
• a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto. 
Uso do padrão culto de linguagem: observação das regras da gramática formal e emprego de 
vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma (ausência de diferenças lexicais, morfológicas 
ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas). O jargão 
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. 
 
Pronomes de Tratamento 
1. Concordância dos pronomes de tratamento 
Concordância verbal, nominal e pronominal: embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa 
com quem se fala ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. 
Ex.: "Vossa Excelência conhece o assunto". / "Vossa Senhoria nomeará seu substituto.” 
Adjetivos referidos a esses pronomes: gênero gramatical coincide com o sexo da pessoa a que se 
refere. 
Ex.: "Vossa Excelência está atarefado." / "Vossa Excelência está atarefada." 
 
 
 
 
 
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2. Emprego dos Pronomes de Tratamento (uso consagrado): 
Vossa Excelência 
a) autoridades do Poder Executivo (Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros 
de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das 
Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos 
de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais). 
b) autoridades do Poder Legislativo (Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas 
da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais). 
c) autoridades do Poder Judiciário (Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; 
Auditores da Justiça Militar). 
 
Vocativo Correspondente 
Chefes de Poder - Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo. 
Ex.: “Excelentíssimo Senhor Presidente da República” / “ExcelentíssimoSenhor Presidente do 
Congresso Nacional” / “Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal” 
Demais autoridades - Senhor, seguido do cargo respectivo. 
Ex.: Senhor Senador / Senhor Juiz / Senhor Ministro / Senhor Governador. 
 
Envelope (endereçamento) 
Autoridades tratadas por Vossa Excelência: 
 
 
OBS. 1: em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) para as 
autoridades da lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, 
sendo desnecessária sua repetida evocação. 
Vossa Senhoria 
a) empregado para as demais autoridades e para particulares. 
 
 
 
 
 
 
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Vocativo Correspondente 
Senhor 
Envelope 
 
Quando o destinatário for um particular, no vocativo, pode-se utilizar Senhor ou Senhora seguido do 
nome do particular ou pode-se utilizar o vocativo “Prezado Senhor” ou “Prezada Senhora”. 
OBS. 2: fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o 
tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. 
A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70.165-900 – Brasília. DF 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 – Brasília. DF 
A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Cível Rua ABC, no 123 01.010-
000 – São Paulo. SP 
Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 70.123 – Curitiba. PR 
 
OBS. 3: doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente; 
empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído 
curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os 
bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada 
formalidade às comunicações. 
 
Vossa Magnificência 
a) empregado, por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. 
Vocativo Correspondente 
Magnífico Reitor 
 
Pronomes de tratamento para religiosos (de acordo com a hierarquia eclesiástica) 
Vossa Santidade: Papa; vocativo Santíssimo Padre. 
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: Cardeais; vocativo Eminentíssimo Senhor 
Cardeal ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal. 
Vossa Excelência Reverendíssima: Arcebispos e Bispos. 
Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima: Monsenhores, Cônegos e superiores 
religiosos. 
 
 
 
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Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. 
 
Tabela de Abreviaturas 
 
 
Fechos Para Comunicações 
1. para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: 
Respeitosamente. 
2. para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior ou demais casos: 
Atenciosamente. 
 
CUIDADO!!!!! NÃO use Cordialmente, Graciosamente. 
É ERRADO ABREVIAR QUALQUER UM DESSES FECHOS: Att., Atcs. 
 
Identificação do Signatário 
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações 
oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. 
A forma da identificação deve ser a seguinte: 
Ex.: (espaço para assinatura) 
Nome 
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República 
 
OBS. 3: para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. 
Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. 
OBS. 4: 
Não empregue PRECIOSISMOS: palavras raras, muitas vezes arcaicas, antigas, em desuso. 
 
 
 
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Não empregue NEOLOGISMOS: criação de palavra (Josefa “ta embuchada” de três meses). 
Não use BREGUICES: 
“Prezados”, “caros”, no vocativo; 
“Em resposta...” 
“Outrossim”, “Destarte”, ... 
“Sem mais, subscrevemo-nos.”; 
Traço para a assinatura. 
“Vimos por meio desta...” 
“Temos a satisfação de comunicar...” 
“Nada mais havendo para o momento, ficamos à disposição para maiores informações necessárias.” 
“Subscrevemos, mui atenciosamente.” 
“Aproveitamos o ensejo, para protestos da mais elevada estima e consideração.” 
 
Padrão Ofício 
Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela 
finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, 
deve-se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício. 
A distinção básica anterior entre os três era: 
a) aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia; 
b) ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e 
c) memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão. 
 
Atenção: Nesta nova edição ficou abolida aquela distinção e passou-se a utilizar o 
termo ofício nas três hipóteses. 
A seguir, será apresentada a estrutura do padrão ofício, de acordo com a ordem com que cada elemento 
aparece no documento oficial. 
Partes do documento no padrão ofício 
Cabeçalho 
O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área determinada 
pela formatação. 
a) brasão de Armas da República; 
b) nome do órgão principal; 
c) nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior para a menor hierarquia; e 
d) espaçamento: entrelinhas simples (1,0). 
 
 
 
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Os dados do órgão, tais como endereço, telefone, endereço de correspondência eletrônica, sítio 
eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento, centralizados. 
 
Identificação do expediente 
Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira: 
a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas; 
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº; 
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que 
expede o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e 
d) alinhamento: à margem esquerda da página. 
 
Local e data do documento 
Na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve constar da seguinte forma: 
a) composição: local e data do documento; 
b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não 
se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da cidade; 
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os 
demais dias do mês. Não se deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês; 
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula; 
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data; e 
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página. 
 
Endereçamento 
O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o expediente. 
Nele deverão constar os seguintes elementos: 
a) vocativo 
b) nome 
c) cargo 
d) endereço 
e) alinhamento (à margem esquerda da página). 
 
Assunto 
O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta. 
Ele deve ser grafado da seguinte maneira: 
a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de 
dois-pontos; 
 
 
 
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b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deveser escrita com inicial 
maiúscula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras; 
c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito; 
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto; e 
e) alinhamento: à margem esquerda da página. 
Exemplos: 
Assunto: Encaminhamento do Relatório de Gestão julho/2018. 
Assunto: Aquisição de computadores. 
 
Texto do documento 
O texto do documento oficial deve seguir a seguinte padronização de estrutura: 
I – nos casos em que não seja usado para encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a 
seguinte estrutura: 
a) introdução: 
b) desenvolvimento 
c) conclusão 
 
II – quando forem usados para encaminhamento de documentos, a estrutura é modificada: 
a) introdução: 
b) desenvolvimento. 
 
III – tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o texto do documento deve ser formatado da seguinte 
maneira: 
a) alinhamento: justificado; 
b) espaçamento entre linhas: simples; 
c) parágrafos: 
- espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; 
-- recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda; 
--- numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde o 
primeiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho; 
d) fonte: Calibri ou Carlito; (na segunda edição do Manual a fonte era a Times New Roman). 
- corpo do texto: tamanho 12 pontos; 
-- citações recuadas: tamanho 11 pontos; e 
--- notas de Rodapé: tamanho 10 pontos; 
e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se utilizar as fontes Symbol e 
Wingdings; 
 
 
 
 
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Exemplo de Ofício 
 
 
 
 
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Outras Correspondências 
4. Exposição de Motivos: expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente 
(geralmente, por um Ministro de Estado) para informá-lo de determinado assunto; propor alguma 
medida; ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Caso envolva mais de um 
Ministério, é assinada por todos os Ministros e chamada de Exposição Interministerial. 
Forma: modelo do padrão ofício, se o caráter for tão somente informativo – pode conter comentários 
se a exposição submeter à consideração do Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser 
adotada. 
 
 
 
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5. Mensagem: instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente 
as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato 
da Administração Pública. 
Forma: 
Indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da margem esquerda. 
Vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no 
início da margem esquerda. 
Texto, iniciando a 2 cm do vocativo. 
6. Correio Eletrônico 
Forma: um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não 
interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem 
incompatível com uma comunicação oficial. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem 
de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento 
original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma 
estabelecida em lei. Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com abreviações 
como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet, ou neologismos, como “naum”, “eh”, “aki”; 
Não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras ou trechos da mensagem pois 
denota agressividade de parte do emissor da comunicação. 
7. Ofício Circular: segue os mesmos padrões de forma e estrutura do ofício. Entretanto, é utilizado 
para tratar de um mesmo assunto com destinatários de diferentes setores/unidades; multidirecional. 
8. Ata: relatório escrito do que se fez ou disse em sessão de assembleia, sociedade, júri, corporação. É 
o registro claro e resumido das ocorrências de uma reunião de pessoas, com fim determinado. 
9. Declaração: utilizada para afirmar a existência de um fato; a existência ou não de um direito. 
10. Atestado: documento firmado por uma pessoa a favor de outra, asseverando a verdade acerca de 
determinado fato. Difere da CERTIDÃO – que atesta fatos permanentes – visto que afirma convicção 
sobre os transitórios. 
11. Despacho: encaminhamento com decisão proferida por autoridade administrativa em matéria que 
lhe é submetida à apreciação. É muito empregado na tramitação de processos. Pode conter apenas: 
aprovo, defiro, em termos, de acordo ou ser redigido de forma mais complexa. 
12. Edital: ato pelo qual se publica pela imprensa, ou em lugares públicos, certa notícia, fato ou 
ordenança que deve ser divulgada para conhecimento das pessoas nele mencionadas e de outras tantas 
que possam ter interesse pelo assunto. 
13. Ordem de Serviço: uma instrução (ato interno) dada a servidor ou órgão administrativo. Encerra 
orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou desempenho de encargos. É o 
documento, o ato pelo qual se determinam providências a serem cumpridas por órgãos subordinados. 
14. Parecer: opinião escrita ou verbal, emitida e fundamentada por autoridade competente, acerca de 
determinado assunto. 
15. Portaria: empregada para formalizar nomeações, demissões, suspensões e reintegrações de 
funcionários. 
 
 
 
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16. Resolução: ato emanado de autarquias ou de grupos representativos, por meio do qual a autoridade 
determina, delibera, decide, ordena ou baixa uma medida. As resoluções, em geral, dizem respeito a 
assuntos de ordem administrativa e estabelecem normas regulamentares. Podem expedi-las os 
conselhos administrativos ou deliberativos, os institutos de previdência e assistência social, as 
assembleias legislativas. 
17. Apostila: averbação feita abaixo dos textos ou no verso de decretos e portarias pessoais 
(nomeação, promoção, etc.), para que seja corrigida flagrante inexatidão material do texto original 
(erro na grafia de nomes próprios, lapso na especificação de datas, etc.), desde que essa correção não 
venha a alterar a substância do ato já publicado.

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