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Acidente Vascular Encefálico (Por Kamila Quixadá ) - Atualmente é a causa mais comum de óbito no Brasil; - Pode ser ISQUÊMICO (80-85% dos casos) ou HEMORRÁGICO (15-20%); 1. AVE ISQUÊMICO Hipertensão arterial sistêmica (sistólica) e a fibrilação atrial são os principais fatores de risco para esse tipo de AVE. - Este se manifesta pela súbita instalação de um déficit neurológico focal persistente, como consequência da isquemia seguida de infarto do parênquima encefálico. Decorre da oclusão aguda de uma artéria de médio ou pequeno calibre. - Tipo embólica (trombo de local distante caminha pela circulação e impacta na artéria), trombótica (trombo formado na própria artéria envolvida no AVE). - O AVE lacunar é um infarto < 2cm, causado pela oclusão de pequenas artérias perfurantes cerebrais, que nutrem o tálamo, a cápsula interna e os gânglios da base; ou até mesmo dos ramos arteriais que irrigam o tronco cerebral. A lesão tipo lipo-hialinose decorre do espessamento hialino da camada média que pode precipitar uma trombose in situ. - Existem AVE que tem a clínica idêntica ao AVE embólico, no entanto apresentam ecocardiograma transtorácico sem cardiopatias emboligênicas e Doppler de Carótidas/vertebrais normal – é o chamado AVE CRIPTOGÊNICO (30%)! Sugere-se que seja embolia paradoxal através do forame oval patente ou os êmbolos vem de placas ateromatosas da aorta ascendente. - Quando há oclusão de artéria cerebral imediatamente surge isquemia, observa-se disfunção neuronal quando o fluxo cerebral cai < 20ml/100mg/min (o normal é > 50 ml/100mg/min). Se a isquemia é prolongada, chega a < 10ml/100mg/min o infarto inevitavelmente ocorre. - Ocorrido o infarto neuronal, instala-se o edema citotóxico acompanhado de edema vasogênico. O pico é entre 3-4 dias; ANATOMIA VASCULAR DO ENCÉFALO CAROTÍDEO Oclusão Embólico Cardioembólico (FA / IAM / Cardiomiopatias) Arterioembólico (tipico dos hipertensos) Criptogênico Trombótico AVE lacunar (+ comum) ACM Nas primeiras 24horas do AVE isquêmico, a RM com estudo de difusão perfusão permite delinear áreas com lesão irreversível e áreas isquêmicas recuperáveis (penumbra isquêmica). Esta última tem uma maior extração de oxigênio como tentativa de compensar a isquemia, seu tamanho depende da circulação colateral e consequentemente da pressão arterial. Por isso, é preciso cuidado no controle da PA durante a fase aguda. FSC = PAM – PIC ---------------- RVP CARÓTIDA INTERNA (no crânio - faz o sifão carotídeo) ART. CEREBRAL MÉDIA ART. CEREBRAL ANTERIOR ART. CORÓIDE ANTERIOR ART. VERTEBRAL (da subclávia) ARTÉRIA CEREBELAR INFEROPOS TERIOR (PICA) ARTÉRIA BASILAR ART. CEREBELAR ANTEROPOSTE RIOR E CEREBELAR SUPERIOR ART. CEREBRAL POSTERIOR (uma de cada lado) VERTEBROBASILAR FATORES DE RISCO HAS – é fator para o AVE isquêmico e o hemorrágico; ISQUÊMICO: COMUM - História familiar positiva, DM, tabagismo, hipercolesterolemia, idade > 60 anos; EM PACIENTE < 40 ANOS – SAF, ACO, LES, endocardites, anemia falciforme. DIAGNÓSTICO NATIONAL INSTITUTE OF HEALTH STROKE SCALE (NIHSS) É a escala utilizada para o AVE (em anexo ao final do material); A avaliação consiste nas seguintes avaliações, podendo ser pontuada de 0-3. a. Nível de Consciência; b. Olhar conjugado; c. Visual; d. Paralisia Facial; e. Motor para braços; f. Motor para as pernas; g. Ataxia dos membros; h. Sensibilidade; i. Linguagem; j. Disartria; k. Negligencia. Dx etiológico: ECG, ECO, Doppler de Carótidas. Doppler Transcraniano - identifica a artéria intracraniana obstruída P/ AVE isquêmico: RM (difusão - DWI e perfusão - PWI) > TC Até 24h do quadro a TC não mostra o AVE isquêmico, somente entre 24-72h! Área hipodensa (cinza) + edema. INICIAL: TC DE CRÂNIO SEM CONTRASTE é essencial para descartar o AVE hemorrágico. AVE (isquêmico ou hemorrágico) Déficit neurológico focal + início súbito + maior que 15-20 minutos TRATAMENTO • Se torporoso ou comatoso - intubar e colocar em VM (comum no AVE hemorrágico e no isquêmico extenso); • Hipotensão deve ser tratada com SF o,9% para não aumentar área do infarto; • Realizar TC sem contraste para descartar AVE hemorrágico; •Cabeceira 0-15º nas primeiras 24h, se isquemia grande manter a 30º; •Dieta deve ser logo iniciada (primeiras 48h); •Evitar hiperhidratação e soro glicosado, para prevenir hiponatremia e hiperglicemia. O razoável seria 1L - 1,5L/dia de ringer lactato com KCl. •Monitorar natremia, glicemia 6/6h, temperatura 4/4h; •Exames inespecíficos na admissão: ECG, hemograma completo, glicemia, eletrólitos, ureia, creatinina, coagulograma, gasometria e marcadores de necrose miocárdica. •A hiperglicemia deve ser tratada com insulina nos hiperglicemicos (>180mg/dl). mantida entre 140-180mg/dl; FASE AGUDA (ATÉ 3 DIAS) • NÃO BAIXAR PA NO PRIMEIRO DIA; • Somente se ≥ 220 x 120 mmHg ou IAM, dissecção, EAP, emergência hipertensiva. Administrar antihipertensivo venoso com objetivo de reduzir em 15% do inicial nas primeiras 24h; • Se diastólica > 140 mmHg, usa nitroprussiato de sódio (0,5mcg/kg/min). Nos demais casos, usa labetalol • Se PA < 140 x 90 mmHg a penumbra é convertida em infarto ( maior sequela); • Trombolítico: só pode ser prescrito se PA ≤ 185 x 110 mmHg. Após administração manter PA < 180 x 105 mmHg nas primeiras 24 horas (menor risco de transf. hemorrágica). HIPERTENSÃO ARTERIAL • Antiagregante plaquetário: ASPIRINA (160- 300mg) dentro das primeiras 48h do início do AVEi; • Heparina: na dose profilática para TEP/TVP. Pode usar a HNF (liquemine) 5.000UI a cada 8-12h ou a HBPM (enoxiparina) 40mg SC 1x ao dia. • A anticoagulação preventina nos casos de AVE cardioembólico e sindromes de hipercoagulabilidade só pode ser feita após o terceiro dia nos pequenos infartos e após o sétimo nos infartos cerebrais maiores. • A decisão do melhor momento de iniciar é feita com auxílio da TC. • Se degeneração hemorrágica, inicia somente após 30 dias. MEDICAÇÕES ESPECÍFICAS TROMBÓLISE MECÂNICA – SEMPRE QUE DISPONÍVEL; Até 6h do ICTUS; NIHSS ≥ 6 ASPECTS ≥ 6 Oclusão arterial identificada; ACM hiperdensa ou oclusão carotídea; MEDICAMENTOSA – NIHSS ≥ 4 ou AFASIA REAVALIAÇÃO NIH – a cada 15 min durante a infusão, a cada 30 min nas próximas 6h; PA – a cada 15 min nas primeiras 2h, depois de 30/30 min; AAS e Heparina – após 24h; Jejum se trombólise nas 24horas. FASE CRÔNICA – INVESTIGAÇÃO AngioTC/ Doppler - caso precise de endarterectomia x angioplastia (oclusão sintomática AVE/AIT ou 70-99% oclusão); MAPA, RM de encéfalo, HOLTER, ECO (anticoagulação). ALTEPLASE (rtPA) 0,9 mg/kg - (10% em bolus e 90% em 1h) Não administrar se 3- 4,5h nas seguintes condições: Idade > 80 anos; Infarto severo (NIHSS > 25); DM ou AVEi prévio; Uso de ACO oral Administrar se < 4,5h e: Qualquer território vascular; > 18 anos; TC de crânio s/ hemorragia Não administrar se > 4,5h ou: INR > 1,7, TTPA alterado ou PQT < 100mil; AVEi, TCE ou IAM nos últimos 3 meses; História passada de HSA, AVEh; TC evidenciando hemorragia ou edema em > 1/3; PA sistólica > 185 mmHg ou PA diastólica > 110 mmHg* * (pode baixar a PA e administrar) Hemorragia Intracerebral Espontânea (Por Kamila Quixadá ) - AVE hemorrágico corresponde a 15-20% de todos os AVE, sendo o mais comum a hemorragia intraparenquimatosa, seguida da hemorragia subaracnóide. - CAMADAS: 1) HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA O tipo mais comum é o AVEh hipertensivo, causado por lesão crônica das artérias perfurantes, promovendo fragilidade da parede vascular e formação de pequenos aneurismas (Charcot – Bouchard), o rompimento desses aneurismas durante o pico hipertensivo provoca esse tipo de AVEh. - Os locais mais acometidos são: a. HEMORRAGIA LOBAR (substância branca ou subcortical em qualquer lobo) - geralmente ocorre em idosos > 70 anos, sua principal causa é a angiopatia amiloide (rotura de pequenos vasos subcorticais cuja parede está infiltrada de depósitos amiloides). - Outras causas de hemorragia intraparenquimatosa ocorre na intoxicação por cocaína, sangramento tumoral (coriocarcinoma, menalona, carcinoma de células renais, etc), rotura de malformação vascular, etc. Extenso (1), superficial (3). Extensão ventricular e subdural. Putâmen Tálamo Cerebelo Ponte Acúmulo de sangue no parenquima desencadeia edema Aumenta a PIC • pelo edema vasogênico ao redor do hematoma HIC É MAIOR QUANTO: • mais volumoso é o hematoma, se hemoventrículo, sangue no espaço subaracnóide ou hidrocefalia aguda. O HEMATOMA PODE AUMENTAR EM 12-36H; • A letalidade é em torno de 50%, o óbito é pela HIC que leva à herniação cerebral (protrusão através da fenda do tentório do cerebelo comprimindo o tronco encefálico). OSSO Espaço Epidural DURAMÁTER Espaço Subdural ARACNÓIDE Espaço subaracnóide PIA-MÁTER - As hemorragias na região lobar podem também ser de causa secundária a TUMORES, MALFORMAÇÕES DE VASOS, CAVERNOMAS, TRANSFORMAÇÃO HEMORRÁGICA, INFARTO VENOSO. - As hemorragias de núcleos da base, ponte e cerebelo decorrem do quadro de HAS! 80% 10% 10% - QUADRO CLÍNICO Cefaleia súbita intensa, déficit neurológico focal e rebaixamento do nível de consciência em algumas horas. I. Hemorragia do Putâmen: entre ele e o tálamo está a capsula interna. Portanto a hemorragia nesse local cursa com hemoplegia fascriobraquiocrural contralateral. Pode haver desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia por comprometer as fibras do lobo frontal. A hemorragia pode se estender para os ventrículos laterais. II. Hemorragia Talâmica: há também hemiplegia fascriobraquiocrural contralateral, associado a hemianestesia e hemiplegia. São comuns alterações oculares (desvio do olho para baixo e para dentro ou para o lado da hemiplegia) e pupilares (mióticas, anisocoria – menor para o lado da hemorragia). Pode haver ainda a afasia talâmica se a hemorragia for no hemisfério dominante (tálamo esquerdo). É comum se estender para o terceiro ventrículo, agravando o quadro. III. Hemorragia Cerebelar: é idêntico ao quadro do infarto, com vertigem, náuseas, vômitos e ataxia cerebelar aguda que pode ser uni ou bilateral. O grande risco desse tipo de AVEh é seu efeito expansivo que pode comprimir o IV ventrículo e levar à hidrocefalia obstrutiva, HIC e o estado comatoso. A complicação mais temível é a compressão do bulbo pelas amigdalas cerebelares e herniação através do forame magno. O resultado pode ser apneia súbita, levando a óbito. IV. Hemorragia da Ponte: seu quadro é muito característico, o paciente desenvolve quadriplegia súbita, coma e pupilas puntiformes e fotorreagentes. A descerebração, hiperpneia e hiperidrose são achados comuns. Reflexos óculocefálico e oculovestibular são perdidos e a letalidade chega a 90%. - DIAGNÓSTICO É feito através da TC sem contraste ou RNM, que mostrará uma área hiperdensa (hematoma), geralmente com edema em volta (zona hipodensa). É comum o desvio de linha média, se acima de 3mm a chance de evoluir para o coma é grande. - TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Basicamente de suporte, os pacientes em rebaixamento de nível de consciência devem ser intubados e colocados em VM, instalar cateter de PAM invasiva, bem como cateter de PIC. - O desvio de linha média é um sinal indireto de HIC, deve ser indicado terapia com hiperventilação (mantendo PaCO2 entre 25-30 mmHg até as demais medidas serem instituídas), manitol (1g/kg de ataque e 0,25-0,5g/kg a cada 6h), se não melhora com manitol usa coma barbitúrico, deixar cabeceira elevada e evitar aspiração desnecessária da TOT (pois aumenta PIC). Objetivos: PIC < 20cmH2O; Gradiente PAM – PIC (chamado PPC) > 60mmHg (manter um bom fluxo cerebral). - PA só deve ser tratada se sistólica entre 150-220mmHg com drogas NÃO VASODILATADORAS como o LABETALOL, ESMOLOL ou NICARDIPINA. O objetivo é manter a sistólica abaixo de 140mmHg rapidamente. - Hiperglicemia e hipo devem ser tratados prontamente, se a causa for um distúrbio de hemostasia tratar o mais rápido com transfusão de hemocompetentes (plasma, plaquetas, etc.), se em uso de antiplaquetários ou anticoagulantes deve ser suspenso e os efeitos tratados com antídotos (concentrado do complexo protrombínico + vitamina K no acidente cumarínico; idarumacizumabe no usuário de dabigatrana). - QUANDO OPERAR? i. Se hematoma cerebelar > 3cm ou entre 1-3cm associado a repercussão neurológica (hidrocefalia, coma, compressão do tronco cerebral com arritmia respiratória); ii. Hematoma lobar ou putaminal volumoso, com extensão para periferia e repercussões clínicas. - DVE (derivação ventricular externa) é indicada na presença de hidrocefalia com repercussão. - O PROGNÓSTICO depende do tamanho do hematoma, presença ou não de hemoventrículo, nível de consciência, idade, localização e uso prévio de anticoagulantes. 2) HEMORRAGIA SUBARACNOIDE Essa ocorre pela rotura de um aneurisma sacular congênito e, menos comumente, pela rotura de uma malformação arteriovenosa (MAV). - O aneurisma sacular geralmente se localiza no polígono de Willis (cerebral média, cerebral anterior, comunicante anterior, posterior e cerebral posterior). - O local mais frequente de ruptura de aneurisma é artéria comunicante anterior. - Ao atingir o espaço subaracnóide o sangue em volta do cérebro causa edema cerebral. Sua quantidade determina o prognostico do paciente, a partir do 4º dia surge uma complicação chamada de vasoespasmo, pelo contato do sangue com o polígono de willis. Sistema carotídeo se comunica com o vertebro basilar, a carótida esquerda se comunica com a direita através da comunicante anterior. É uma estrutura que funciona como uma rica rede de colaterais explicando porque a aterosclerose carotídea ou vertebral pode passar despercebida em alguns casos. - Localiza-se na frente do mesencéfalo, na cisterna da base, onde corre o líquor no espaço subaracnóide. O vasoespasmo é o principal responsável pelo déficit neurológico focal e pelas sequelas neurológicas que podem ocorrer na HSA. - QUADRO CLÍNICO Entre 35-55 anos é a faixa mais acometida pelo aneurisma sacular congênito. Já entre 15-30 anos, predomina a rotura de MAV. Começa com uma cefaleia holocraniana de início súbito e forte intensidade “ a maior dor de cabeça que a pessoa já teve”, evoluindo em metade dos casos com síncope. Ao retornar da sincope o paciente lembra da dor, a rigidez da nuca aparece após o primeiro dia, na fundoscopia pode mostrar as hemorragias sub-hialoides. Deficits podem ou não ocorrer, um dos mais importantes no aneurisma de comunicante posterior é quando o jato hemorrágico comprime o III par craniano (oculomotor) e o paciente chega com anisocoria (midríase no lado da lesão), diplopia e estrabismo divergente. Após o 3º dia (entre 4- 14 dias do início) ocorre o vasoespasmo. COMPLICAÇÕES 1) RESSANGRAMENTO (20%) – nos primeiros 7 dias (maioria nas primeiras 24h); 2) VASOESPASMO (20-30%) – entre 4-14 dias do evento (média de sete dias), provoca isquemia e infarto cerebral com déficit focal permanente ou flutuante (hemiplegia, afasia) + rebaixamento de nível de consciência. Diagnóstico confirmado pelo Doppler Transcraniano, mostrando aumento da velocidade do fluxo sistólico arterial, indicando estreitamento luminal. Pode deixar graves sequelas, sendo o responsável pelo mau prognóstico. 3) HIDROCEFALIA (15%) – aguda (HIC + agravamento neurológico – indicado DVE), crônico (sequela tardia da HSA – demência, apraxia da marcha, descontrole do esfíncter – indicado derivação ventrículo peritoneal). A hidrocefalia comunicante ou tetraventricular decorre do “entupimento” da drenagem liquorica pela fibrina nas granulações aracnoides. 4) HIPONATREMIA – comum nas primeiras duas semana, decorre da SIADH (paciente euvolêmico) e da cerebropatia perdedora de sal (hipovolêmico). - O prognóstico da HSA depende da quantidade de sangue visto na TC e é classificado na ESCALA FISHER (I-IV). Já a classificação CLÍNICA é a HUNT-HESS (I-V), como principal determinante do prognóstico. - TRATAMENTO - Paciente em UTI recebendo todas as medidas de suporte. ARTERIOGRAFIA: deve ser feita o mais precocemente, ela consegue identificar o local sangrante que pode ser tratado por via endovascular através do implante de coils metálicos. Se não tem o endovascular disponível opta-se pela clipagem cirúrgica do aneurisma. Se REBAIXAMENTO DO NIVEL DE CONSCIENCIA, instalar cateter intraventricular para monitorização da PIC e seu controle (retirada de líquor). Objetivo é PPC (PAM-PIC) entre 60-70mmHg. Tríade: Cefaleia + síncope + rigidez e nuca • PROVÁVEL HSA TC DE CRÂNIO NÃO CONTRASTADA • Confirma em 95% Se suspeita + TC normal •EXAME LIQUÓRICO. ARTERIOGRAFIA DOS QUATRO VASOS • Se TC com sangue; •LCR xantocrômico pós punção Se aneurisma não tratado manter o paciente com PA sistólica entre 140-150mmHg com anti-hipertensivos não vasodilatadores (labetalol, esmolol, nicardipina), uma PA maior que isso tem maior risco de ressangramento. NIMODIPINA (BCC) (NÃO ADMINISTRAR PARENTERAL) é sempre indicada na HSA (60 mg via enteral a cada 4h), iniciada nos primeiros 4 dias do evento e mantida por 21 dias. Seu mecanismo é desconhecido, está relacionado a um efeito neuroprotetor (evita entrada de cálcio nos neurônios isquêmicos – o que é altamente prejudicial) do que o efeito de vasodilatação das artérias cerebrais de médio calibre. Essa medicação protege o paciente das consequências do vasoespasmo (diminui sequelas), mas não combate o vasoespasmo. A PA deve ser bem controlada durante seu uso, visto que causa hipotensão. No VASOESPASMO a conduta é HEMODILUIÇÃO HIPERVOLÊMICA (“3 H” hemodiluição, hipervolemia, hipertensão) com pelo menos 3L de SF 0,9% associado a drogas vasoativas como noradrenalina e fenilefrina. Se clipou o aneurisma a PA pode chegar a 200mmHg de sistólica, mas se não foi clipado ainda o limite de PA continua sendo de 150mmHg. TEP/TVP – tratar com compressão pneumática intermitente nos membros inferiores. Se foi realizado tratamento endovascular, convém fazer heparina profilática associada a compressão pneumática; mas se foi feito clipagem cirúrgica deve-se aguardar alguns dias para iniciar heparina. Se o controle do aneurisma não foi nenhum desses, o paciente não deve receber heparina.
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