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Prévia do material em texto

O que é aquaponia?
	 Aquaponia	é	um	sistema	simples	de	cultivo	sem	solo,	onde	são	cria-
dos	ao	mesmo	tempo	peixes	e	plantas.	A	união	de	duas	ciências	de	culti-
vo,	a	aquicultura	e	a	hidropônia,	possibilitou	resolver	os	problemas	rela-
tivos	as	duas	atividades	proporcionando	alimentos	com	custos	reduzidos	
e	sem	o	uso	de	pesticidas	ou	fertilizantes	químicos.
	 Baseada	atualmente	nos	resultados	de	pesquisadores	renomados	
como	Rebecca	Nelson,	Jonh	Pade	e	James	Rakocy.	A	aquaponia	tem	cres-
cido	mundialmente	tanto	no	ambiente	rural	se	tornando	uma	opção	mais	
rentável	e	segura	ambientalmente,	quanto	no	ambiente	urbano	produ-
zindo	alimentos	seguros	em	pequenos	espaços	com	rentabilidade	garan-
tida.
	 Diferente	do	cultivo	hidropônico	onde	são	utilizados	grandes	quan-
tidades	de	fertilizantes	químicos	e	minerais	que	devem	ser	controlados	e	
não	podem	ser	descartados	no	meio	ambiente,	fato	que	ocorre	constan-
temente	em	propriedades	rurais	gerando	a	contaminação	da	água	e	do	
solo,	na	aquaponia	são	os	resíduos	produzidos	pelos	peixes	que	nutrem	
as	plantas	obtendo	uma	eficiência	de	100%	onde	nada	se	perde.	
	 A	tecnologia	hoje	está	tão	avançada	na	área	da	aquaponia	que	não	
são	necessários	pesticidas	ou	 fertilizantes	químicos,	economiza-se	90%	
da	água	quando	comparado	a	sistemas	convencionais	e	pode	ser	aplicada	
a	qualquer	espaço.
O que eu posso plantar na 
aquaponia?
	 Qualquer	tipo	de	planta	pode	ser	cultivada	no	sistema	aquapônico,	
pode-se	cultivar	hortaliças,	flores,	ervas,	temperos,	legumes,	tomates,	in-
clusive	raízes.	Você	só	precisa	de	sol,	boa	oxigenação,	peixes	e	bactérias	
que	já	estão	presentes	no	ar	para	transformar	os	resíduos	em	alimento	
para	as	plantas.
	 Mais	de	200	variedades	de	plantas	 já	 foram	testadas	em	sistema	
aquapônico,	o	que	mostra	o	potencial	ilimitados	do	cultivo	consorciado	
de plantas e peixes.
Posso nao consumir os peixes?
	 Você	não	precisa	comer	os	peixes,	peixes	ornamentais	são	ótimos	
para	o	sistema	de	hidropônia	também.
Essa água não dá dengue?
	 Não.	Na	aquaponia	não	temos	água	parada	e	mesmo	que	um	mos-
quito	resolva	por	ovos	na	água	ele	é	devorado	junto	com	suas	larvas	rapi-
damente pelos peixes.
Como funciona o sistema de 
aquaponia?
	 Todo	o	sistema	é	baseado	no	ciclo	do	nitrogênio,	os	alimentos	ri-
cos	em	proteínas	são	ricos	em	nitrogênio	que	é	liberado	pelos	peixes	na	
forma	de	amônia	nas	fezes,	essa	por	sua	vez	alimenta	bactérias	que	que-
bram	a	amônia	em	nitritos	e	nitratos	que	alimentam	as	plantas	e	devol-
vem	a	água	limpa	para	os	peixes.
Potencial hidrogeniônico (PH)
 
	 O	pH	significa	Potencial	hidrogeniônico,	uma	escala	logarítmica	cria-
da	em	1934	por	Arnold	Orville	Beckman,	químico	estado	unidense	que	
seria	responsável	mais	tarde	pela	criação	do	“Vale	do	Silício”,	para	medir	
a	acidez	ou	basicidade	de	qualquer	substancia.	A	escala	convencional	uti-
lizada	é	de	0	a	14	porem	sabemos	hoje	que	ela	pode	ir	de	-2,5	a	16	graças	
a	soluções	criadas	artificialmente,	sendo	que	quanto	menor	for	o	valor	
mais	ácida	será	a	substancia	e	quanto	maior	for	a	substancia	mais	alcalina	
(básica)	ela	será	tendo	sempre	como	referência	7	como	PH	neutro.
Faixas ideais de PH
Para peixes: 6,5 a 8,0
Para plantas: 5 a 7
Minhocas e bactérias: 6 a 8
Melhor faixa de PH para o seu sistema: 6,4 a 7
 
	 O	PH	do	seu	sistema	de	aquaponia	pode	variar	durante	todos	os	ci-
clos	do	seu	sistema,	mas	fique	tranquilo,	essa	variação	é	normal	e	quanto	
mais	velho	for	o	sistema	menor	será	o	número	de	vezes	que	isso	vai	ocor-
rer	até	chegar	um	momento	onde	não	será	necessário	controlar	o	PH	pois	
ele	vai	se	estabilizar.
	 No	 início	principalmente,	é	comum	acidificação	da	água	pois	 isso	
está	ligado	a	nitrificação	da	amônia	que	estará	sendo	transformada	em	
nitratos	e	depois	em	nitritos.	Como	o	sistema	ainda	estará	em	desequilí-
brio	no	começo,	o	número	de	bactérias	ainda	não	é	suficiente	para	con-
trolar	 seu	próprio	PH	absorvendo	 rapidamente	os	compostos	“ácidos”,	
por	isso	é	muito	importante	acompanhar	sempre	o	PH	e	ir	anotando	to-
dos os dados.
	 Pode	ser	considerado	um	macete,	mas	um	jeito	de	amenizar	essa	
diminuição	de	PH	e	ajudar	o	seu	sistema	a	se	estabilizar	mais	rápido	é	
colocar	cascas	de	ovos	secos	e	triturados	em	uma	meia	calça	ou	tela	de	
algodão	fina	dentro	do	 tanque	dos	peixes.	A	casca	dos	ovos	é	 rica	em	
cálcio	mais	precisamente	Carbonato	de	Cálcio	 (CaCO
3
)	que	é	o	mesmo	
componente	das	rochas	calcarias	reduzidas	a	pó	para	serem	usadas	na	
calagem	de	solos,	tanques	de	peixes	e	aquários.	O	carbonato	de	cálcio	
dos	ovos	tem	o	mesmo	papel	porem	a	ação	dele	é	mais	lenta	mas	mesmo	
assim	a	resposta	dele	é	bem	melhor	e	mais	saudável	para	o	sistema	de	
aquaponia,	então	ele	deve	ser	colocado	logo	no	começo	assim	que	você	
montar	o	sistema.
	 Outra	dica	é	se	você	detectar	um	aumento	repentino	de	PH	veri-
fique	se	alguma	zona	morta	na	sua	mesa	de	cultivo,	como	raízes,	plan-
tas	ou	algum	animal	em	decomposição.	Faça	planilhas	com	gráficos	para	
acompanhar	 o	 PH	e	 outros	 parâmetros	 vai	 ajudar	 e	muito	 a	 visualizar	
todas	as	situações.
PEIXES E ANIMAIS AQUÁTICOS
Bactérias Nitrossomonas
Nitrobactérias
Vegetais
Amônia
Nitritos
Nitratos
Águ
a lim
pa
Nitrogênio
Como 
ele fl
ui pel
o siste
ma?
Alimento para peixes
Rico e
m pro
teina
s e 
amino
ácidos
	 Para	diminuir	o	PH,	nunca	use	produtos	que	contenham	sódio	ou	
ácido	cítrico	(suco	de	limão)	eles	são	bactericidas	e	vão	matar	as	bactérias	
da	sua	mesa	de	cultivo.	Lembre-se	a	aquaponia	depende	das	bactérias	
nas	mesas	de	cultivo	e	filtros	biológicos	para	transformar	a	amônia	em	
nitrito	e	o	nitrito	em	nitrato.	Ao	invés	disso	utilize	vinagre	diluído	ou	ácido	
fosfórico	eles	são	ótimas	soluções	e	custam	pouco.
	 O	PH	na	verdade	não	é	o	item	mais	crítico	da	aquaponia	porem	ele	
é	extremamente	ligado	a	atuação	das	bactérias,	disponibilidade	de	nu-
trientes	para	as	plantas	e	a	quantidade	de	amônia	tóxica	na	água,	é	ele	
que	vai	influenciar	positivamente	ou	negativamente	nesses	fatores,	esses	
sim	são	extremamente	importantes.
A REGRA É ALTERAR O PH LENTAMENTE, NO MÁXIMO 0,2 
POR DIA.
Como alterar o PH do meu tanque 
lentamente?
•	 Verifique	o	PH	do	tanque	de	peixes	(por	exemplo	6,0)
•	 Retire	10	litros	de	água	e	reserve	em	um	balde
•	 Adicione	5g	de	calcário	ao	balde	e	dilua	bem
•	 Verifique	o	PH	do	balde	(por	exemplo	6,2)
•	 Pronto	são	necessários	5g	de	calcário	para	alterar	10	litros	de	água
•	 Proporcionalmente	para	alterar	1000	litros	você	vai	precisar	de	500g
Compostos nitrogenados: Amônia (NH3), 
Nitrito (NO2) e Nitrato (NO3)
	 O	nitrogênio	e	o	seu	ciclo	são	os	que	mandam	no	sistema	de	aquapo-
nia,	eles	estão	ligados	a	todos	os	outros	itens	como	temperatura,	pH	e	
outros.	Nos	sistemas	de	aquaponia	ele	vai	aparecer	predominantemente	
de	3	formas,	como	amônia	(NH3)	e	nitrito	(NO2)	que	são	tóxicos	para	os	
peixes	e	devem	ser	controlados	com	precisão	e	como	nitrato	(NO3)	que	
pode	alcançar	níveis	muito	altos	sem	causar	prejuízo	algum.
Amônia
	 A	amônia	é	um	resíduo	eliminado	 junto	com	as	 fezes	dos	peixes,	
seria	o	nosso	equivalente	da	urina,	conforme	os	peixes	vão	crescendo	e	
se	alimentando	cada	vez	mais,	os	níveis	de	amônia	na	agua	vão	subir	tam-
bém,	níveis	altos	de	amônia	estressam	os	peixes	e	podem	vir	até	a	matar.
	 Existem	 2	 tipos	 de	 amônia	 presente	 nos	 sistemas	 de	 aquaponia:	
amônia	ionizada	(NH4+)	e	a	amônia	não	ionizada	(NH3).	A	forma	não	io-
nizada	é	mais	toxica	para	os	peixes	porém	a	proporção	de	amônia	não	
ionizada	na	água	é	diretamente	proporcional	ao	pH	e	a	temperatura	da	
agua.	Quanto	maior	o	pH	e	a	temperatura,	maior	a	concentração	de	amô-
nia toxica.
NH3<0,02ppm OK!!!!
NH3>0,04ppm ALERTA !!!
 
	 Utilizando	a	tabela	abaixo	você	consegue	relacionar	a	amonia	total	
apurada	com	a	temperatura	e	o	pH,	o	valores	observados	em	verde	estão“OK”	enquanto	que	valores	em	amarelo	merecem	atenção,	valores	em	
vermelho	exigem	medidas	imediatas	como	a	troca	parcial	da	água.
Nitritos
	 Nitritos	(NO2-)	são	produtos	da	nitrificação	realizada	pela	bactéria	
nitrossomona,	em	um	sistema	equilibrado	e	em	perfeitas	condições	o	ni-
trito	dificilmente	alcança	níveis	tóxicos,	porém	no	início	as	bactérias	ain-
da	estão	se	desenvolvendo	e	caso	haja	uma	superalimentação	dos	peixes,	
algo	muito	comum	quando	se	está	aprendendo,	é	liberada	muita	amônia	
no	sistema	que	será	transformada	em	Nitrito	mas	não	haverá	bactérias	
suficientes	para	transformar	o	nitrito	em	nitrato	podendo	alcançar	níveis	
tóxicos.
Mas para tudo existe uma solução.
	 Colocando	sal	na	água	você	pode	evitar	que	os	peixes	sejam	enve-
nenados	pelos	nitritos,	mas	cuidado	sal	não	dissolvido	queima	as	guelras	
e	pele	dos	peixes,	então	dilua	200g	por	litro	de	agua	antes	de	adicionar	
ao tanque.
NO2->0,1ppm ADICIONAR SAL DILUIDO
Nitratos
	 Nitratos	são	o	produto	final	das	bactérias	e	o	alimento	das	plantas,	
mesmo	em	concentrações	elevadas	ele	é	seguro	para	os	peixes.	Altos	ní-
veis	de	nitrato	no	sistema	recirculante	é	considerado	perfeito,	a	água	com	
muitos	nutrientes	pode	ser	usada	diretamente	para	 irrigação	ou	como	
fonte	de	nutrientes	em	sistemas	aquaponicos.
Temperatura
	 O	principal	fator	que	interfere	no	crescimento	dos	peixes	é	a	tempe-
ratura	da	água.	A	temperatura	ideal	de	crescimento	varia	de	espécie	para	
espécie	e	para	atingir	a	relação	ideal	entre	ganho	de	peso	e	quantidade	
de	alimento	fornecido	a	temperatura	da	água	deve	ser	mantida	o	maior	
tempo	possível	perto	do	nível	ideal	para	crescimento	de	cada	espécie.
	 Mudar	repentinamente	estressa	os	peixes	e	pode	causar	mortanda-
de,	sendo	o	momento	mais	crítico	durante	a	soltura	em	um	novo	tanque.	
Se	os	peixes	estiverem	em	um	saco,	deve-se	deixar	ele	flutuando	dentro	
do	novo	 tanque	até	que	a	 temperatura	da	água	no	saco	esteja	 igual	a	
temperatura	no	tanque	somente	depois	desse	passo	você	deve	solta-los.
	 A	temperatura	também	influencia	na	quantidade	oxigênio	dissolvi-
do,	quanto	mais	fria	estiver	a	água	mais	oxigênio	dissolvido	vai	existir	ali.
Oxigênio Dissolvido (D.O.)
	 Unido	 a	 temperatura	 o	 oxigênio	 dissolvido	 determina	 também	o	
crescimento	dos	peixes,	assim	como	nós	precisamos	de	oxigênio	os	pei-
xes	também	precisam.	O	problema	está	na	relação	inversa	entre	tempe-
ratura	e	oxigênio	dissolvido,	quanto	maior	a	temperatura	menos	oxigênio	
temos	na	agua	e	vice-versa	o	que	gera	um	paradoxo	que	pode	ser	contro-
lado	com	adição	de	oxigênio	através	de	sopradores	no	tanque	de	peixes.	
Quanto	maior	os	níveis	de	oxigênio	dissolvido	maior	vai	ser	o	crescimento	
dos peixes.
	 Lembre-se	também	que	durante	o	dia	algas	verdes	produzem	oxi-
gênio	dentro	do	tanque	aumentando	os	níveis	de	D.O.	porém	a	noite	elas	
retiram	o	D.O.	da	água	causando	uma	baixa	muito	grande	nos	níveis	de	
D.O.
Ciclagem
	 Ciclagem	é	o	processo	de	estabelecimento	das	bactérias	no	seu	sis-
tema	de	aquaponia,	o	processo	se	inicia	quando	é	introduzida	amônia	no	
sistema,	pode	ser	através	dos	peixes	ou	artificialmente.	Com	amônia	no	
sistema	as	bactérias	presentes	no	ar,	na	água	e	em	todas	as	coisas	vão	se	
concentrar	onde	a	amônia	está	e	transformar	isso	em	uma	forma	de	ali-
mento,	as	bactérias	chamadas	Nitrossomonas	serão	as	primeiras	a	apare-
cer	e	transformar	a	amônia	em	nitritos	atraindo	as	Nitrospira	que	trans-
formaram	o	nitrito	em	nitrato,	esse	é	um	processo	natural	e	que	manterá	
o	seu	sistema	saudável	por	um	longo	tempo	e	é	a	base	da	aquaponia.
Ciclagem com peixes
	 É	o	método	mais	usado	porem	é	o	método	mais	arriscado	por	ser	
mais	estressante	para	os	peixes,	demorar	mais	e	as	vezes	causar	doenças	
e	morte	de	peixes.	Utilize	 somente	 se	não	houver	uma	alternativa	de	
fazer	a	ciclagem	sem	peixes.
	 Esse	método	demora	de	4	a	6	semanas	e	consiste	em	inserir	os	pei-
xes	e	torcer	para	que	as	bactérias	ajam	rápido	e	consigam	converter	a	
amônia	em	nitrito	e	o	nitrito	em	nitrato,	antes	que	tudo	se	torne	toxico	
demais	para	os	peixes.	Comece	com	menos	peixes	(1	 juvenil	para	cada	
40l	de	água)	e	alimentando	os	peixes	uma	única	vez	por	dia	em	poucas	
quantidades	afim	de	que	não	sobre	comida	no	tanque	de	peixes.
	 A	amônia	(NH3)	transforma-se	continuamente	em	amônio	(NH4-)	e	
em	temperatura	e	pH	altos	a	amônia	será	ainda	mais	tóxica	para	os	peixes	
(veja	a	tabela	no	capítulo	sobre	amônia),	assim	que	ela	atingir	níveis	tóxi-
cos	nas	medições	diárias	durante	o	período	de	ciclagem,	você	deve	trocar	
1/3	da	água	dos	peixes	para	evitar	que	esses	venham	a	ficar	doentes	ou	
morram.
Ciclagem sem peixes
	 A	ciclagem	sem	peixes	é	muito	menos	estressante	para	os	peixes	
além	de	ser	segura,	sem	peixes	no	sistema	você	pode	inserir	mais	amônia	
no	sistema	e	ciclar	seu	sistema	em	um	prazo	de	10	dias	a	3	semanas.
	 Para	iniciar	a	ciclagem	sem	peixes,	comece	colocando	½	colher	de	
amônia	todos	os	dias	até	aparecer	2	a	4	ppm	(partes	por	milhão)	de	amô-
nia.	Conte	quantas	colheres	de	amônia	você	colocou	até	agora	e	 insira	
essa	quantidade	por	dia	até	aparecer	os	nitritos,	então	diminua	a	quan-
tidade	pela	metade.	Continue	assim	até	os	nitratos	aparecerem	e	alcan-
çarem	5	a	10	ppm	e	toda	amônia	e	nitritos	desaparecerem.	Agora	você	
pode	acrescentar	os	peixes.
	 Seja	paciente	 fatores	 como	 temperatura	e	altitude	da	 região	 vão	
interferir	no	desenvolvimento	das	bactérias	no	seu	sistema,	esse	é	um	
processo	lento	e	com	o	passar	dos	anos	o	sistema	tende	a	se	fortalecer	e	
ficar	cada	vez	mais	produtivo.
Necessidades das plantas
	 É	incrivelmente	imensa	a	quantidade	de	plantas	que	podem	interagir	
e	se	adaptar	ao	sistema	de	aquaponia,	na	prática	qualquer	tipo	de	planta	
pode	ser	cultivada	dentro	do	sistema	de	aquaponia.	Selecionei	algumas	
espécies	mais	comuns	para	te	ajudar	a	começar.
Manjericão italiano genovese, manjericão doce, 
manjericão limão e manjericão roxo.
pH:	5.5	a	6.5
Espaçamento:	15cm	a	25cm	(8	a	40	plantas/m²
Tempo	de	germinação	e	 temperatura:	6	a	7	dias	com	temperaturas	de	
20°C	a	25°C
Tempo	de	crescimento:	5	a	6	semanas	(colhesse	a	partir	de	15cm	de	al-
tura)
Temperatura:	18	a	30°C,	ideal	20°C	a	25°C
Luz:	ensolarado	ou	ligeiramente	sombreado
Couves e Couve-flor
pH:	6.0	a	6.5
Espaçamento:	45	a	60cm	(3	a	5	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	4	a	7	dias	com	temperaturas	de	8°C	
a	20°C
Tempo	de	crescimento:	2	a	3	meses
Temperatura:	20°C	a	25°C
Luz:	pleno	sol
Alface
pH:	6.0	a	7.0
Espaçamento:	18cm	a	30cm	(20	a	25	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	4	a	7	dias	com	temperaturas	de	8°C	
a	20°C
Tempo	de	crescimento:	24	a	32	dias
Temperatura:	15°C	a	22°C	(floresce	acima	de	24°C)
Luz:	pleno	sol	(utilize	sombrite	para	lugares	muito	quentes)
Pepino japonês, pepino caipira e 
pepino conserva
pH:	5.5	a	6.5
Espaçamento:	30cm	a	60cm	(2	a	5	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	 temperatura:	3	a	7	dias	com	temperaturas	de	
20°C	a	30°C
Tempo	de	crescimento:	55	a	65	dias
Temperatura:	22	a	28°C	dia,	18°C	a	20°C	noite;	muito	sensível	à	geada
Luz:	pleno	sol
Berinjela
pH:	5.5	a	7.0
Espaçamento:	45	a	60cm	(3	a	5	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	8	a	10	dias	em	temperaturas	de	
25°C	a	30°C
Tempo	de	crescimento:	90	a	120	dias
Temperatura:	15°C	a	18°C	noite,	22°C	a	26°C	dia.	Sensível	à	geada
Luz:	pleno	sol
Pimentas, pimentão doce, pimenta 
jalapeño e pimenta caiena.
pH:	5.5	a	6.5
Espaçamento:	30cm	a	60cm	(3	a	4	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	8	a	12	dias,	22°C	a	30°C	(não	ger-
mina	abaixo	de	13°C)
Tempo	de	crescimento:	60	a	95	dias
Temperatura:	14°C	a	16°C	noite,	22°C	a	30°C	dia
Luz:	pleno	sol
Tomate
pH:	5.5	a	6.5
Espaçamento:	40	a	60cm	(3	a	5	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	4	a	6	dias;	20°C	a	30°C
Tempo	de	crescimento:	50	a	70dias
Temperatura:	13°C	a	16°C	noite,	22°C	a	26°C	dia
Luz:	pleno	sol
Feijões e ervilhas
pH:	5.5	a	7.0
Espaçamento:	10	cm	a	30cm	(arbustos	20	a	40	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	4	a	7	dias	com	temperatura	de	8°C	
a	20°C
Tempo	de	crescimento:	50	a	110	dias	dependendo	da	variedade
Temperatura:	16°C	a	18°C	noite,	22°C	a	26°C	dia
Luz:	pleno	sol
Repolho
pH:	6.0	a	7.2
Espaçamento:	60cm	a	80cm	(4	a	8	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	4	a	7	dias,	8°C	a	29°C
Tempo	de	crescimento:	45	a	70	dias
Temperatura:	15°C	a	20°C	(25°C	na	fase	de	crescimento)
Luz:	pleno	sol
Brócolis
pH;	6.0	a	7.0
Espaçamento:	40cm	a	70	cm	(3	a	5	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	4	a	6	dias,	25°C
Tempo	de	crescimento:	60	a	100	dias
Temperatura:	13°C	a	18°C
Luz:	pleno	sol
Salsinha
pH:	6.0	a	7.0
Espaçamento:	15cm	a	30cm	(10	a	15	plantas/m²)
Tempo	de	germinação	e	temperatura:	8	a	10	dias,	20°C	a	25°C
Tempo	de	crescimento:	20	a	30	dias	após	transplante
Temperatura:	15°C	a	25°C
Luz:	pleno	sol,	sombreamento	parcial	para	temperatura	maiores	que	25°C
Inserir	a	tabela	de	50	hortaliças	mais	populares
Calendário Lunar
Maria Thun
-0- Uma Breve História -0-
 Maria	Thun	foi	uma	autoridade	em	Biodinâmica,	dedicou	sua	vida	
a	pesquisa	e	a	aplicação	dos	princípios	de	Rudolf	Steiner,	antropologia	
e	a	filosofia	antroposófica.	Ela	nasceu	em	uma	pequena	fazenda	próxi-
ma	de	Malberg	na	Alemanha	em	
abril	 de	 1922,	 seu	 pai	 era	 um	
pequeno	 agricultor	 e	 quando	
criança	participava	dos	trabalhos	
da	 fazenda	 junto	 a	 seu	 pai	 que	
costumava	 observar	 as	 manhãs	
e	 o	 sentar	 de	 seres	 no	 quintal	
durante	 muitos	 e	 muitos	 dias.
	 Seu	 pai	 sabia	 exatamen-
te	 o	 dia	 de	 semear	 de	 adubar	
o	 campo	 e	 de	 preparar	 a	 ter-
ra	 para	 lavoura.	 Em	meados	 de	
1940	 Maria	 Thun	 conheceu	 o	
seu	 futuro	 marido	 Walterson	
que	 a	 introduziu	 ao	 conceito	
dos	 fazendeiros	 biodinâmicos,	
foi	 quando	 Maria	 Thun	 come-
çou	 a	 se	 interessar	 pelos	méto-
dos	 de	 cultivo	 da	 Biodinâmica,	
começou	 seus	 estudo	 em	 cur-
sos	de	 introdução	dos	 institutos	de	pesquisa	 em	biodinâmica	 em	Dar-
mstadt,	 foi	 quando	 ela	 foi	 apresentada	 a	 Francine	 Roni	 que	 costu-
mava	 publicar	 um	 calendário	 de	 plantio	 regularmente	 no	 instituto.
 
Entretanto	o	seu	sistema	era	baseado	em	um	velho	sistema	de	um	velho	
camponês	e	foi	então	que	Maria	Thun	descobriu	que	o	calendário	de	Roni	
tinha	referências	as	estrelas	de	uma	constelação	que	davam	a	ele	a	habi-
lidade,	a	mesma	habilidade	que	o	seu	pai	tinha,	de	julgar	o	tempo	com	a	
época	correta	de	semear,	preparar	o	solo	e	preparar	os	adubos.
	 Seguindo	o	calendário	ela	 começou	a	experimentar	plantar	 raba-
netes	em	diversas	épocas	do	ano	em	diversas	épocas	das	constelações	
e	descobriu	uma	grande	variação	entre	os	rabanetes	colhidos	em	dife-
rentes	épocas	e	semeados	em	diferentes	épocas.	Tudo	isso	descartando	
condições	de	solo	iguais	para	todas	as	sementes.
	 Rudolf	Steiner	em	suas	palestras	já	havia	apontado	para	uma	pos-
sível	conexão	entre	as	forças	cósmicas	e	o	crescimento	das	plantas,	Ma-
ria	Thun	então	começou	a	estudar	o	calendário	astronômico	de	Goethe	
anum	e	descobriu	que	a	lua	passa	2	a	3	dias	em	diferentes	constelações	
do	Zodíaco,	estudou	astronomia	mais	 intensivamente	e	acabou	desco-
brindo	que	os	rabanetes	adquiridos	com	diferentes	formas	e	tamanhos	
dependem	não	somente	da	Constelação	em	que	eles	eram	plantados.
	 Maria	Thun	continua	experimentando	a	semear	durante	os	50	anos	
seguintes	quase	todos	os	tipos	quase	todos	os	tipos	de	coisas	para	ver	
como	o	movimento	da	lua	influencia	no	crescimento	dessas	culturas.	E	
verificou	que	elas	tinham	o	mesmo	efeito	em	diferentes	tipos	de	cultu-
ras,	a	partir	desta	observação	ela	resolveu	dividir	a	passagem	da	lua	pelo	
Zodíaco	em	quatro	fases,	os	dias	de	raiz,	os	dias	de	folha,	os	dias	de	fruta	
e	os	dias	de	flor	que	indicavam	os	tipos	de	planta	que	respondem	melhor	
quando	semeada	nesses	dias	específicos.
	 Utilizar	 este	 calendário	 pode	 ajudar	 em	muito	 a	 organizar	 o	 seu	
plantio	e	obter	melhores	resultados,	como	menor	incidência	de	pragas	e	
doenças	além	de	proporcionar	frutos	mais	saudáveis.
Necessidade dos peixes
	 A	regra	a	ser	seguida	é	de	500g	para	cada	20	ou	40L,	ou	um	peixe	
para	cada	20L.	Sempre	comece	o	seu	sistema	com	alevinos,	além	de	você	
apreender	gradualmente	como	se	comportam	os	peixes	nas	suas	diferen-
tes	fases,	eles	vão	crescer	junto	com	a	colônia	de	bactérias	do	seu	siste-
ma	deixando	ele	melhor	adaptado	para	os	próximos	ciclos.
Tilápias
	 Originais	do	Rio	Nilo	localizado	no	Egito,	são	criadas	desde	os	tem-
pos	dos	antigos	faraós	e	são	o	símbolo	da	fertilidade	e	renovação.
	 As	tilápia	são	os	peixes	mais	cultivados	do	mundo	por	serem	fáceis	
de	procriar	e	com	boa	tolerância	a	variações	altíssimas	na	qualidade	da	
água.	 Se	 alimentam	de	 rações,	 plantas	 aquáticas	 ou	não	 e	 na	 falta	 de	
qualquer	alimento	ela	filtram	as	algas	verdes.	Não	acumulam	metais	pe-
sados	em	seu	corpo,	diferentemente	de	outras	espécies	e	sua	densidade	
no	 tanque	é	determinada	pelos	níveis	de	amônia,	 alimento	e	oxigênio	
podendo	ser	criadas	em	condições	ideais	de	qualidade	da	água	em	den-
sidade	muito	superiores	ao	recomendado.
	 Atenção:	os	valores	aqui	apresentados	são	os	mínimos	para	sobre-
vivência,	quanto	melhor	a	qualidade	da	água	mais	rápido	e	saudável,	é	o	
desenvolvimento	dos	peixes.	Boas	Rações	comerciais	aceleram	o	cresci-
mento	dos	peixes	e	provem	os	nutrientes	necessários	ao	desenvolvimen-
to dos peixes.
Oxigênio:	0,5	ppm	
Amônia:	0,05	ppm
Temperatura	ideal:	26°C	a	30°C
Alimentação:	Comem	de	tudo,	algas	verdes,	plantas	aquáticas,	folhas	ver-
des,	minhocas	e	bigatos.
Kinguios
	 Existem	diversos	tipos	de	kingios	é	conhecido	como	o	clássico	pei-
xinho	de	aquário	mas	gosta	de	viver	sozinho	como	estamos	acostumados	
a	ver.	É	um	peixe	de	hábito	gregário	e	é	muito	mais	saudável	quando	em	
companhia	de	outros	peixes,	porém	é	um	peixe	indefeso	e	no	caso	dos	
tipo	véus	outros	peixes	costumam	comer	suas	nadadeiras.
	 Peixes	 recomendados	 para	 interação:	 Carpa,	 molinésia,	 limpa-vi-
dros,	cascudos,	tanitis,	limpa-fundo	e	colisa.
Oxigênio:	4	ppm
Amônia:	0,05	ppm
Alimentação:	 Insetos	aquáticos,	outros	peixes,	 sapos	e	alguns	tipos	de	
algas.
Bagres
 
	 Se	adapta	muito	bem	a	água	“quente”	e	é	muito	 indicado	para	o	
cultivo	em	pequena	escala	e	até	consorciado	com	a	tilápia	em	sistema	
sustentáveis	onde	não	há	retirada	de	constante	de	peixes.
Oxigênio:	4	ppm
Amônia:	0,05	ppm
Temperatura:	23°C	a	32°C	(chegam	a	morrer	em	temperatura	abaixo	de	
15°C)
Alimentação:	 Insetos	aquáticos,	outros	peixes,	 sapos	e	alguns	tipos	de	
algas.
Pacu
	 Piaractus	 mesopotamicus,	 não	 existem	muitos	 dados	 sobre	 essa	
espécie	apesar	de	ser	uma	espécie	nativa	e	uma	grande	aposta	para	a	
aquaponia.	É	um	peixe	caçador	e	exige	rações	e	alimento	de	qualidade,	
deve	ser	criado	em	baixa	densidade	ou	em	consorcio	com	outra	espécie	
também	onívora.
Temperatura:	22°C	a	28°C
Alimentação:	Peixes,	insetos	e	plantas.
Lambaris
	 Necessita	de	um	tanque	bem	plantado,	ele	gosta	muito	de	sombras	
e	de	se	esconder	dentro	das	plantas.	É	muito	calmo	e	gregário	mas	costu-
ma	devorar	outros	peixes	mais	lentos	ou	com	véu.
pH:	6.5	a	7.5
Temperatura:	22°C	a	27°C
Alimentação:	Artêmia	salina,	branchonetas,	tubifex,	insetos	e	minhocas.
Carpas
	 A	carpa	comum	para	sistema	de	pequena	escala	pode	ser	um	bom	
começo	pois	é	rustica,	tem	uma	ampla	dieta,	fácil	reprodução	e	extrema	
resistência.	O	consocio	com	espécie	tipo	tilapias,	bagres	e	o	peixes	onívo-
ros	também	é	bastante	simples.
pH:	7.0	a	7.5
Oxigênio:	0,5	ppm
Temperatura:	26°C	a	29°C
Amônia:	0,05	ppm
Alimentação:	patê,	artêmia,	branchonetas,	tubifex,	 insetos,minhocas	e	
pequenos peixes.
Mesa de cultivo
Grow Bed
	 Comece	adotando	este	método.	A	mesa	de	cultivo	ou	os	canteiros	
ficam	em	cima	do	tanque	dos	peixes	e	a	água	recircula	com	o	uso	de	um	
autosifão	ou	bell	siphon,	imitando	o	movimento	das	mares.	O	importante	
nesse	sistema	é	que	o	volume	de	substrato	e	o	volume	do	tanque	de	pei-
xes	devem	ser	iguais	(1:1),	aqui	você	pode	combinar	até	três	volumes	de	
substrato	para	um	único	tanque	de	peixes,	água	somente	ocupara	32%	da	
mesa	o	resto	será	preenchido	por	outros	agregados.
Zona 1 – Seca
	 Faixa	que	vai	de	1	a	5	centímetros	da	mesa	de	cultivo	e	deve	per-
manecer	sempre	seca,	dessa	forma	você	reduz	a	evaporação	excessiva	do	
tanque.	Essa	área	seca	também	reduz	a	incidência	de	doenças	causadas	
pela	umidade	excessiva.
Zona 2 – Raízes
	 Faixa	que	vai	de	6	a	25	cm	é	constantemente	inundada	e	drenada	
permitindo	a	aeração.	Aqui	ficam	as	raízes,	bactérias	nitrificantes,	micror-
ganismos	do	solo	e	minhocas,	todos	se	beneficiam	da	aeração	converten-
do	mais	facilmente	a	matéria	orgânica	em	nutrientes.
Zona 3 – Inundada
	 Faixa	que	vai	de	26	a	30	cm	e	é	o	local	onde	são	sedimentados	todos	
os	resíduos.
Bomba D’água
	 A	 bomba	d’água	 pode	 funcionar	 de	 duas	 formas,	 continuamente	
(autosifão)	ou	com	o	uso	de	um	timer.	O	ideal	é	que	todo	o	volume	do	
tanque	de	peixes	passe	pelo	canteiro	em	1	hora.
	 Se	você	tiver	um	tanque	de	1000	 litros	será	necessário	usar	uma	
bomba	com	potência	de	4	x	1000	litros	(4000	litros/hora)	caso	você	de-
seje	utilizar	um	timer.	O	uso	do	timer	na	bomba	diminuí	a	vida	útil	da	
bomba.
	 Sempre	utilize	bombas	potentes	com	colunas	d’água	superior	a	ne-
cessidade,	assim	não	vai	se	acumular	detritos	nas	mangueiras	ou	dutos	
que	vão	forçar	a	bomba	reduzindo	ainda	mais	a	vida	útil.
Substrato
	 O	substrato	tem	3	funções	importantes	a	estrutural,	mecânico	e	mi-
neralizante.	A	função	estrutural	mantem	as	raízes	fixas,	a	função	mecâni-
ca	tem	o	objetivo	de	remover	parte	dos	sólidos	e	a	função	mineralizante	
serve	para	suprir	a	planta	com	alguns	minerais	porém	essa	função	não	é	
essencial em aquaponia.
	 Para	a	aquaponia	pode-se	ser	usado	diversos	tipos	de	substrato	que	
vão	desde	argila	expandida	até	restos	de	construção,	alguns	cuidados	e	
regras	que	devem	ser	respeitadas	e	elas	determinam	a	escolha	do	subs-
trato.
	 O	substrato	deve	ser	inerte,	não	se	decompor,	não	alterar	o	pH	da	
água	e	suas	partículas	tem	de	ter	um	tamanho	adequado	para	que	não	
passe	pelo	filtro,	entupam	os	encanamentos	ou	entupam	o	sistema	de	
sifão.
	 Outra	dica	para	escolher	o	substrato	é	se	atentar	a	área	de	superfí-
cie,	quanto	mais	poroso	melhor	para	as	bactérias	se	fixarem	melhorando	
o	tempo	de	ciclagem.
Imagens	de	diferentes	substratos
Sifão (autosifão)
	 O	autosifão	é	um	dispositivo	mecânico	que	drena	toda	a	água	da	
mesa	de	cultivo	imitando	o	movimento	das	mares.	Ele	é	dimensionado	
de	acordo	com	a	área	em	m²	e	a	altura	do	canteiro,	quanto	maior	a	área	
do	canteiro	maior	será	o	diâmetro	do	sifão.
	 Para	construir	seu	próprio	autosifão	são	necessários	alguns	compo-
nentes	principais:
Cano de 100mm com 33 cm de altura com CAP. Este cano deve 
ser todo perfurado para entrada de água mas deve reter as pe-
dra.
Cano de 50 mm com 25 cm de altura com CAP. Uma pequena 
abertura na parte de baixo do cano deve ser feita para a entrada 
de agua com no máximo 5 cm de altura.
Cano de 25 mm com 22 cm de altura. Este será colocado direta-
mente na flange que direcionará a agua para o tanque de pei-
xes.
Redução 40/25. Utilizada para melhorar a eficiência do sifão.
Flange de 25 mm
Adaptador rosca cola 25 mm
2 joelhos de 90° de 25 mm
Erros mais comuns
Não cobrir o tanque de peixes
	 Os	peixes	costumam	pular	do	tanque	quando	você	menos	esperar	
e	aves	de	rapina	pegam	os	peixes	facilmente	no	tanque,	cubra	o	tanque	
com	uma	tela	apropriada	e	evite	perdas.
Esquecer a bomba desligada e ou não ter 
uma de reserva
	 Tenha	certeza	de	que	quando	você	terminar	de	fazer	manutenções	
ou	outros	serviços	você	ligou	a	bomba	corretamente	e	tenha	sempre	pe-
ças	sobressalentes	de	todo	o	sistema	bombas,	filtros,	válvulas,	registros	
e	outros	itens	críticos	costumam	rachar,	quebrar	ou	queimar	em	feriados	
prolongados,	viradas	de	ano,	natais	e	dias	santos	quando	não	há	nada	
aberto.
Projeto difícil de utilizar no dia a dia
	 Pense	bem,	desenhe	o	sistema	várias	vezes	e	não	se	precipite.	Se	o	
sistema	não	for	fácil	de	operar	diariamente	com	fácil	acesso	a	tudo	nele	
as	chances	dele	não	funcionar	são	muito	grandes.
Utilize os check lists e calendários corre-
tamente
	 Junto	com	esse	material	elaboramos	um	lista	de	check	list	para	fa-
cilitar	a	sua	vida	no	manejo	do	tanque,	faça	uso	deles	eles	vão	te	poupar	
muita	dor	de	cabeça	e	fornecer	uma	escrituração	zootécnica	do	sistema	
facilitando	ações	futuras.
Assista nosso Curso Online
https://youtu.be/0rlsgO2bpB4

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