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MATEMÁTICA PARA TODA A VIDA
MENEGUEL, Weslen Henrique¹
RU:1169704
PADILHA, Eliandro José²
RESUMO
O foco deste trabalho é destacar, a importância da didática no ensino da matemática, pois dominar bem um assunto não é garantia de que será transmitido com eficiência, aquele que aprende de verdade jamais se esquece, e é assim que deveria ser, cabe aqui compreender, intervir e reorientar, viabilizando a qualidade no ensino. O uso da disciplina de história e de artes, pode ser utilizado como ferramenta de apoio, garantindo um melhor entendimento, seja ao abordar um assunto ou para dar significado e compreensão, se bem elaborado tem o poder de despertar a curiosidade e o interesse pelo assunto, o que é essencial nas aulas de matemática. Na busca de uma interação com várias disciplinas, com pontos de vista diferentes, mas em prol de melhorias na qualidade do ensinar que estuda-se a didática interdisciplinar, para tal, foi pesquisado e coletado informações, utilizando vários autores especializados na área da educação e também livros paradidáticos que com bastante criatividade tem a capacidade de prender a atenção. Repensar a maneira que se tem ensinado matemática nas escolas é fundamental, afinal é uma ciência bem antiga, e um melhor aprendizado resulta na formação de pessoas dotadas de entendimento e preparadas para lidar com mudanças no dia a dia.
 
Palavras-chave: Didática. História. Matemática. Artes.
1 INTRODUÇÃO
Há anos os especialistas buscam superar os modelos atuais de ensino de transmissão de conteúdo, pois os resultados obtidos mostraram ser inapropriados, pode parecer ser bom de início, mas é com o passar do tempo que se prova ser falho, muitos concordam que é necessário buscar outras maneiras de repassar o conhecimento.
É bastante comum o professor encontrar alunos que ao se deparar com questões comuns dizem não se lembrar mais do que lhe foi ensinado, ou então que já faz tanto tempo que aprendeu tal assunto, que já nem sabe faze-lo mais. Ou seja, elas não negam ter aprendido sobre o assunto mas que de alguma forma isso ficou para trás e esses enunciados são a prova de que não basta transmitir o ensino e esperar que os alunos memorizem, os educadores acreditam que o caminho certo é a busca de um elo entre as disciplinas, um pouco de história, um pouco de artes, um pouco de matemática, e o resultado seria conhecimento e aprendizado, o nome dado a isso é didática, e muitos autores afirmam ser uma excelente ferramenta.
E é esse o objetivo destes autores, propor uma maneira de se ensinar qualquer coisa, principalmente matemática, em outras palavras, sugerem formas de organização e estruturação de assuntos matemáticos que são muitas vezes jogados em salas de aula de maneira mecânica e automática, os docentes acreditam que um bom aprendizado tem sempre como ferramenta outras disciplinas a serem utilizadas para atribuir significados e assim ampliar o horizonte de compreensão, e para fazerem isso de modo bem elaborado, trabalham com base em pesquisas de materiais que exploram vários meios de construir conhecimento.
 Os professores mais dedicados buscam sempre ampliar suas estratégias e desenvolver abordagens diferentes para evitar a repetição, metodologia essa defendida na maioria dos materiais bibliográficos de profissionais que sempre contribuíram muito na área educativa.
Vários autores defendem diferentes meios de se ensinar, outras estratégias de educar, e afirmam em seus trabalhos que o profissional que foge de repetições passará o conhecimento de maneira bastante satisfatória a seus alunos, com base nisso o atual educador segundo muitos especialistas devem entender que é necessário uma forma de ensino que coopere para o amadurecimento e o aperfeiçoamento, que saiba influenciar as gerações para melhor, e assim somar benefícios para com a sociedade, despertar o interesse agora é fundamental, isso multiplicará os números de médicos, bombeiros, professores, cientistas, e outros profissionais no futuro.
 Muitos profissionais da educação acreditam que o conhecimento se faz discutindo, pesquisando, construindo problemas e enfrentando-os depois, e não memorizando-os com repetições de exercícios e absorção de conteúdos, alunos quando se tornam bons em pesquisas, bons em resolver problemas, bons em investigar, e em interpretar situações na linguagem do mundo real, certamente vencerão desafios com os quais defrontarão um dia e é importante que sejam capazes de enxergar diferentes soluções, assim enunciados como os ditos por alunos de que se esqueceram do que aprendeu será cada vez menos pronunciado.
2 A ARTE DE SE ENSINAR MATEMÁTICA 
	Uma disciplina que assusta a muitos, grande parte das pessoas a considera difícil e complicada algo destinado exclusivamente aos gênios, físicos e cientistas, esses pensamentos tornam o ensino da disciplina ainda mais desafiador, alunos até sabem que a matéria tem importância mas já a recebem com conceitos negativos, para amenizar isso é melhor começar falando da importância da matemática e as suas aplicações no cotidiano.
Estudos apontam o quanto a matemática foi importante para o desenvolvimento da humanidade, na idade da pedra por exemplo a contagem era uma ferramenta de sobrevivência pois os indivíduos da época deveriam saber o número de membros da tribo, tamanho de seus rebanhos e quantidade de alimento necessário, naquela época em que tudo era muito difícil e hostil, o simples ato de contar era o que definia a sobrevivência, acredita-se que foi nesta época que surgiu o conceito de grandeza e o senso de quantidade, mesmo que primitivo já era possível reconhecer o que era maior e menor, Góes (2015) diz:
A contagem é a maior invenção já realizada pelo ser humano sem os sistemas de numeração, que trouxeram outros conceitos com o passar do tempo, não teríamos praticamente nada ao nosso redor. Estaríamos vivendo como os homens primitivos. (GÓES 2015, p75).
Então como é que uma ciência tão antiga e de vasta área de atuação pode ser ao mesmo tempo tão repudiada pelos alunos? justamente pelo fato de ser transmitida como algo pronto e acabado, e não é bem assim, é uma ciência que se desenvolveu ao longo do tempo e ainda está em desenvolvimento, encontra-se em nosso cotidiano como nas formas geométricas, no tempo, em situações no comércio, nos jornais e em tantas outras que nem se quer nos damos conta do quão presente está em nosso dia a dia.
Ainda ao analisar bem os primórdios da humanidade, tudo aquilo que construímos, desde construções milenares, esculturas e obras de arte, a tablets e smartfhones, tudo o que já foi feito pelo homem e é feito até os dias de hoje está diretamente relacionada com a matemática, mas ao mesmo tempo para muitos é tido como algo abstrato e fora da realidade, segundo Zanardini (2017):
A matemática está presente em praticamente todos os eventos de nosso cotidiano e sua história está diretamente relacionada à história da humanidade. Sendo assim, você pode até não gostar de matemática, mas com certeza vai adorar o que é possível fazer com ela! (ZANARDINI 2017, p15).
É interessante também deixar claro que tudo que estudamos nos dias de hoje é o mesmo que surgiu no início da humanidade ou seja a aproximadamente 50 mil anos! Informações como estas pode até despertar o interesse de alguns alunos, Zanardini (2017, p22) conta também que foi com os avanços da agricultura nesse período que surgiu a necessidade da criação de calendários, também era preciso um sistema de pesos e medidas para que se tivesse um controle da produção, e assim foi surgindo tudo o que conhecemos hoje, foi com a intenção de suprir as necessidade do ser humano que a ciência foi se desenvolvendo.
A ciência exatas é realmente inspiradora e o motivo de tamanha aversão se dá pela falta de didática, a verdade é que infelizmente, são poucos professores que conseguem abrir a mente dos estudantes para o mundo das formas e números. Conforme ilustra muito bem o autor Garbi:
A matemática é mostrada de maneira fria e insípida, sem qualquer vinculação coma realidade histórica e humana vivida pelos gênios que, ao desvendar os segredos das ciências exatas, tornaram possível o mundo tecnológico que nos está libertando da miséria, das doenças, do sofrimento e da ignorância (GARBI 2010, p3).
	Para o autor, a didática é que vai definir se a pessoa vai gostar ou não da ciência e ainda defende a ideia de que para familiarizar-se com o tema deve-se fazer muitas pesquisas, para que assim, produza-se técnicas mais acessíveis aos estudantes conforme Garbi; 
Estou convicto de que a matemática pode e deve ser ensinada de forma espontânea, leve, humana e, em alguns casos, até mesmo alegre, para que se torne fonte de prazer intelectual e conquiste um número cada vez maior de adeptos. (GARBI 2010, p5).
	Nas escolas é que se forma a consciência pela apropriação do conhecimento sendo assim o professor pode e deve acrescentar atividades, questionamentos, sugerir livros, vídeos, e todo o tipo de material que vá atender o principal objetivo, que é realmente ensinar, isso serve pra qualquer disciplina, e ainda irá enriquecer as aulas e, consequentemente, favorecer as condições de aprendizagem, tanto de alunos quanto de professores. 
Aquelas pessoas que possuem uma aversão a matemática e a acha impossível de ser compreendida é na maioria das vezes aquelas que não tiveram a sensação de redescobri o conhecimento, Góes (2016, p94) defende a utilização de diferentes instrumentos metodológicos para serem utilizados no processo de ensino-aprendizagem, para uma melhor compreensão da ciência no ambiente escolar, e o uso da tecnologia é sem dúvida imprescindível, é uma realidade nos dias de hoje.
Entender matemática vai além de compreender números, fórmulas e equações, a ciência vai desenvolver o raciocínio, o que é de extrema importância para a formação do cidadão, através de uma pesquisa Maciel (2009) afirma:
O ensino da matemática é um dos elementos fundamentais para a formação social e intelectual do aluno, fazendo deste um intelectual dotado de conhecimento, possuidor da capacidade de evoluir culturalmente, se tratando de um cidadão apto e preparado para lidar com mudanças da sociedade (MACIEL 2009, p1).
Por isso a importância de se refletir o “como trabalhar” com os conteúdos da matemática escolar, a autora Martins (2012, p11) se expressou muito bem ao dizer que a didática é a arte de se ensinar, pois um bom ensino resultará em muitos benefícios para a sociedade em geral, ainda Maciel (2009, p1) reforça a importância do ensino da matemática como componente curricular pois este tende a desenvolver a autonomia, a criticidade e a criatividade da capacidade de argumentação.
2.1 A HISTÓRIA E A MATEMÁTICA
	A história é sem dúvida uma ferramenta poderosa quando se trata de atrair a atenção, abordar episódios e acontecimentos da história da matemática permite uma melhor percepção, usar informações sobre fatos e pessoas pode despertar a curiosidade e interesse pelo assunto.
Ao ensinar um conteúdo matemático é fácil notar que os alunos carecem de meios mais agradáveis e simples de receber os fatos, e pensando nisto, por que não utilizar a história como uma ferramenta? Ao tratar de geometria e aritmética por exemplo o professor pode começar explicando os primeiros indícios de seu uso, como no Egito, onde um pequeno número de pessoas, os chamados escribas, eram encarregados de registrarem a contabilidade de impostos, e ainda efetuavam pequenos cálculos geométricos e aritméticos isso a aproximadamente 2.200 a.C.
Algumas curiosidades como por exemplo, a origem do nome “geometria” já traz consigo informações que desperta mais o interesse pelo assunto, um professor pode explicar que a palavra tem origem grega, significando medida da terra, e era este um dos principais uso que dela se fazia, propondo assim, outras pesquisas relacionadas a diferentes contribuições dos gregos na matemática, ou quando for trabalhar com aritmética, que também vem do grego e significa a arte dos números.
Seria bastante eficiente também o uso de algumas curiosidades antes de se trabalhar alguns assuntos por exemplo, ao trabalhar com unidades de medida um professor poderia iniciar a aula falando do seu uso correto, pode parecer óbvio, mas existem diversos relatos caóticos e de consequências absurdamente caras do uso errado das medidas, em seu livro de curiosidades matemáticas autor Goldsmith (2016, p74) relata, que em 1999, a NASA lançou ao espaço a sonda espacial Mars Climate Orbiter, quando se aproximava perto do planeta vermelho a sonda foi destruída, o motivo, foi que uma das equipes estava trabalhando com um sistema de medida diferente das outras, resultado disso, foi um prejuízo de 125 milhões de dólares.
Como não se surpreender com a história de Tales de Mileto, o primeiro grande matemático grego, que ficou bastante conhecido, segundo o autor Garbi (2010, p15) por haver previsto um eclipse, isso por volta de 600 a.C, ainda em outro momento Tales que era um rico comerciante previu uma grande safra de azeitonas, e antecipando-se a ela, alugou para si todas as prensas existentes para a fabricação de azeite, quando chegou o tempo da colheita, realugou-as obtendo para si grandes lucros, nos dias de hoje isso seria um crime contra a economia popular, mas o fato é que aqueles que melhor dominavam a ciência exata eram encarados como verdadeiros mágicos, ainda sobre Tales de Mileto, Garbi (2010) acrescenta:
A ele devemos a primeira profunda transformação pela qual passou o pensamento matemático desde que o homem aprendera a contar pois Tales visitou o Egito e a Babilônia e de lá trouxe para a Grécia o estudo da Geometria. (GARBI, 2010, p15).
	Naqueles tempos, muitos dos que eram matemáticos, estudavam também outros assuntos, filosofia, física, engenharia, economia, astronomia, entre muitas áreas do conhecimento, talvez toda essa bagagem de conhecimento em outras áreas contribuía para um melhor entendimento, fazer o uso da história na matemática seria uma interação excelente defendida por Góes que diz:
É preciso pensar em uma didática interdisciplinar, em que professores “conversem entre si”, para que, desse modo, o educando perceba as relações existentes entre as diversas disciplinas escolares, desenvolvendo assim uma pratica inovadora e transformadora. (GÓES 2016, p103).
	Ao revelar o quanto a matemática pode ser curiosa, pode-se ter certeza de que estudantes teriam melhores resultados, outro exemplo, é a história de Pitágoras e seus seguidores que é cheia de lendas e de superstições, conhecido pelo teorema relativo a triângulos que carrega seu nome, Pitágoras é considerado por muitos como o matemático mais importante que já existiu, e ainda assim pouco se sabe sobre ele, o autor Goldsmith (2016, p22) em seus estudos de histórias e curiosidades matemáticas acrescenta que, embora o teorema carrega seu nome, não fora inventado por ele, já eram usados os princípios pelos egípcios e os babilônios a séculos, porém, coube a Pitágoras a sua demonstração, e assim coube a ele a descoberta do teorema, mas Goldsmith (2016) continua 
Pitágoras formulou outras teorias incríveis, entre elas, a ciência básica do som, a ideia de que a terra gira, e de que “tudo é número”. Pitágoras e seus seguidores eram tão reservados que muitas de suas práticas e ideias ainda hoje são desconhecidas. (GOLDSMITH 2016, p22).
	Existem inúmeros exemplos de matemáticos com feitos incríveis e histórias até intrigantes, Goldsmith (2016, p25) conta que em um determinado momento um dos seguidores de Pitágoras o chamado Hipaso, falou da existência de números que não poderiam ser descritos como razão, números esses que não tinham fim, isso irritou profundamente os seus colegas Pitágoricos, que na tentativa de manter esses números em segredo, o lançaram ao mar, para a morte, hoje sabemos que números assim são chamados de irracionais, mas para que essas informações chegassem a nós hoje, no conforto de nossas carteiras, com toda a certeza percorreu um longo caminho.
	Ao fazer o uso da história em sala o professor estariaajudando o aluno a entender a origem dos conceitos que se está estudando, quais as modificações, e mudanças ele passou, desde sua criação até o presente, com isto fica claro que a construção dos conceitos matemáticos se deu através do tempo por meio da relação do homem e ambiente. 
O professor em sala de aula pode propor trabalhos de pesquisas que envolve mais curiosidades como as aqui já citadas, deixar perguntas em aberto e propor desafios, aulas assim, fariam com que alunos aprendessem se divertindo, ao trabalhar com números muito grandes, seria melhor, se antes do conteúdo, apresenta-se o exemplo do matemático grego Arquimedes que segundo Goldsmith (2016, p37) estimou o tamanho do universo e calculou a quantidade de grãos de areia necessário para preenche-lo isso aproximadamente em 200 a.C, o universo até onde sabemos hoje, é infinito, e ele errou feio, mas ainda assim, para a época foi uma obra impressionante, Goldsmith (2016) completa:
Arquimedes calculou Pi, utilizando pela primeira vez um método que pode ser considerado rigoroso e dentro das exigências modernas e com uma precisão fantástica para a época, também mediu a área de figuras geométricas e ainda era inventor. (GOLDSMITH 2016, p136). 
Seria de grande ajuda o uso de truques e técnicas de memorização, a técnica mnemônica é bastante eficaz para se lembrar de algumas coisas, uma rima ou um acrônimo, nas aulas de frações por exemplo, qual é numerador e qual é denominador? Para se lembrar: o numerado nas nuvens, o denominador de baixo. É simples e direto um estudante dificilmente se esqueceria disto, ou lembrar de mais algumas casas decimais do número Pi, pode parecer difícil, mas na verdade com técnicas mnemônicas fica mais fácil do que parece, basta utilizar uma rima ou sentença onde cada palavra tem o número correspondente de letras do número Pi, por exemplo, “sim, é útil e fácil memorizar um número muito mas muito colossal usando-se técnica mnemônica” revela exatamente catorze casas decimais de Pi: 3,14159265358979.
Muitas pessoas que tem uma dificuldade maior em aprender matemática, provavelmente é por que perderam algo vital no começo, e a partir daí nada mais fez sentido, e é por isso que o professor deve estimular a pesquisa, e aplicar trabalhos em grupos, assim o aluno irá progredir podendo até chegar em assuntos mais complexos, o inglês kjartan Poskitt autor de diversos livros científicos voltado para jovens e apresentador de um programa de ciência matemática na tevê inglesa, utiliza bastante truques, dicas, explicações práticas e histórias em seus livros, em seu livro Matemática Para Gente Grande, o autor começa um assunto chamando a atenção com um pouco de história, por exemplo ao mencionar o número zero Poskitt ( 2017, p 187 ) explica se tratar de um número bem complicado, dizendo que muitos não estão nem mesmo certos de que realmente seja um número, sendo um número ele causa todo tipo de problema, mas não sendo um número, como pode ser possível ele resultar de operações com outros números? 
Levantar questões, incentivar pesquisas, indicar materiais como filmes e vídeos, é incrível o que um bom mestre pode fazer quando se faz o uso de histórias em seus trabalhos, mas sempre com bastante cuidado pois não necessita se aprofundar nas histórias, a verdadeira intenção é promover elementos que servirão de ponto de partida.
2.2 A ARTE E A MATEMATICA
	Como já dito, muitos matemáticos antigamente dominavam outras áreas do conhecimento, resultado disto, obras inspiradoras e estruturas incríveis construídas pelo homem, de diferentes tamanhos e formas, algumas são agradáveis aos olhos, já outras horrendas, mas o incrível mesmo é que a matemática pode definir o que é belo e o que não é.
Para que artistas possam pintar ou desenhar uma obra de arte deve-se ter uma noção de perspectiva, quanto mais distante das coisas, menores elas parecem ser, pensando em perspectiva, seria interessante o uso de expressões gráficas em salas, como por exemplo: imagens, desenhos, materiais manipuláveis e maquetes, segundo Góes (2016)
Este campo de estudo é vasto, composto de diversos elementos, que auxiliam na compreensão de conceitos, principalmente pelo fato de “materializar” conceitos abstratos em diversas áreas do conhecimento. (GÓES 2016, p16).
	 Existem muitos materiais concretos que podem ser utilizado pelo professor em diferentes conteúdos, por exemplo: cartazes, desenhos à mão livre, desenhos geométricos, dobraduras, esboços, esculturas, esquadro, fotografias, gibis, gráficos, jornais, maquetes, pinturas, régua, entre outros recursos. Góes (2016, p16) afirma que no processo de ensino-aprendizado o uso de sólidos geométricos e outros modelos físicos ajudam na compreensão, e são um ótimo recurso no campo de estudo.
Os desenhos além de contribuir no estudo da geometria, é uma ferramenta de grande importância para alguns profissionais que fazem projetos e desenham plantas, em salas podem ser usados em atividades como estatística, trigonometria e frações.
Uma das maneiras de se fazer o uso de desenhos em sala de aula é através de diagramas, eles podem apresentar dados de maneira clara e inteligível e assim torna-lo fácil de ser entendido, matemáticos usam muitos tipos de diagramas, e os gráficos de barra, de pizza e o diagrama de Venn são apenas alguns deles.
Mas não é só em desenhos, pinturas e maquetes que se resume a arte na matemática, segundo Goldsmith (2016, p63) a matemática é muito útil na música, e são os números que fazem a diferença entre música e ruído, os sons que são produzidos, na verdade são ondas que se propagam pelo ar, por ser ondas são caracterizadas por frequências, são funções oscilantes, e essa é uma excelente maneira de se começar uma aula de funções logarítmicas, informações como essas traz uma importante contribuição no ensino.
Os panfletos, contas, ou folhetos também são um rico material a ser utilizado nas aulas de matemática Góes (2015, p31) sugere seu uso principalmente nas operações básicas, e por meio de todo esse vasto material, o docente pode desenvolver diversas perguntas e criar muitos desafios, é até fácil perceber o quão presente está a arte na matemática, antes mesmo do ser humano desenvolver a fala, já se expressava por meio de pinturas rupestres, Góes (2015, p38) ainda completa dizendo que esses tipos de manifestações jamais deixaram de ser usadas, todas as culturas contam com símbolos, carregado de significados, um exemplo disso são as placas de sinalização de trânsito que são repletas de símbolos, traços, cores e formas, a fim de serem compreendidas da forma mais universal possível.
Uma das formas de se fazer o uso de artes é através de imagens, e até mesmo por meio do cinema que nada mais é que uma sequência de fotogramas matematicamente ordenado, como explica Martinelli (2016).
Sintetizar uma imagem significa compô-la por meio de dados numéricos, equações e matrizes, e é nesse ponto que pode-se afirmar que as imagens estão presentes nos números, ou ainda que, os números estão presentes nas imagens, desse modo, muitos dos conteúdos que, por vezes, evitamos estão presentes em algo que nos distrai, diverte e transmite valores e cultura. (MARTINELLI, 2016, P.74).
 
Outro recurso indispensável para um melhor ensino, e que não pode ficar de fora, é a tecnologia, isso se for incorporada de maneira criativa na educação, pois com toda a certeza aumenta em muito a capacidade produtiva, sendo assim recursos computacionais aliados a expressões gráficas podem ser introduzida antes de se trabalhar com um novo assunto, durante sua construção ou na finalização como exemplos e demonstrações, utilizar documentários, filmes e slides costumam ser infalíveis na arte de motivar, Aguiar (2008) afirma:
A utilização e a exploração de aplicativos e/ ou softwares computacionais em matemática podem desafiar o aluno a pensar sobre o que está sendo feito e, ao mesmo tempo leva-lo a articular os significados e as conjecturas sobre os meios utilizados e os resultados obtidos. (AGUIAR, 2008, p.64). 
	O que nãofalta, são ferramentas a serem utilizadas, seja história, artes, jogos e uma grande diversidade tecnológica, não se trata de redesenhar os caminho da aprendizagem, mas de buscar melhores formas de interpretar matematicamente situações do dia a dia. 
2.3 INTERDISCIPLINA
	Na busca de um método de aprendizado mais eficiente, onde se possa valorizar não um único raciocínio, mas diferentes saberes, criar, produzir, refletir e abrir um campo enorme de possíveis entendimentos, a didática se faz importante e necessária em vários contextos.
Para que se possa, transmitir tudo e a todos em menor tempo, com melhor eficiência, não tenho dúvidas, interdisciplinaridade é o caminho, como vimos pode-se aprender matemática e história, pode também estudar matemática e artes, matemática e geografia, matemática e qualquer outra disciplina, e é justamente isso que a interdisciplina representa, uma interação entre várias disciplinas, com vista a compreensão de um determinado assunto, mas com diferentes pontos de vista, estudantes buscariam soluções para problemas em outras ciências, Martins complementa:
Esse princípio didático aponta para um modelo aberto de didática em busca de novas práticas, ultrapassa a transmissão do conhecimento, colocando pesquisa-ensino como unidade, amplia as relações sociais coletivas e solidárias, redefinindo o entendimento das formas de interação professor-aluno. (MARTINS 2012, p74).
O problema do ensino tradicional de matemática onde o que importa é apenas transmitir, é que este utiliza-se de representações de situações de um modo estático, quando por exemplo, se estuda um triângulo através de observações em livros ou em quadros de giz e não relaciona o assunto com a realidade ou não o contextualiza, leva o estudante a uma memorização, isso o impede de aplicar os conceitos para uma situação real e pode acontecer de o aluno estudar as propriedades do triângulo e não conseguir percebê-las na estrutura de uma casa. 
A matemática, de acordo com os PCN (Brasil,1997) surgiu na antiguidade motivada por tentativas de se resolver problemas do dia a dia, assim converteu-se em um grande sistema de diferentes disciplinas, sendo assim, não faz sentindo nenhum ser passada em sala como uma disciplina cheia de equações tediosas e abstratas, separada e diferente de qualquer outra, a interdisciplinaridade guia a matemática por um caminho cheio de conhecimentos, que vai gradativamente ampliando-se de forma simples e natural, Góes (2016 p.102) afirma que a interdisciplinaridade é uma nova atitude diante da questão do conhecimento, de abertura à compreensão de aspectos ocultos do ato de se aprender, mas para isso é necessário que o docente esteja aberto a modificar suas metodologias tradicionais, em prol da qualidade no ensinar.
Quando um aluno entende que existe uma multiplicidade de estruturas, históricas, matemáticas e artísticas que se relacionam, e juntas tem a habilidade didática de conectar conhecimentos totalmente diferentes, em uma única via, pode-se dizer com toda a certeza, o seu professor conseguiu atingir o seu objetivo.
3 METODOLOGIA
O trabalho aqui realizado, foi elaborado com base em diferentes materiais, textos eletrônicos, livros didáticos de autores especializados na área da educação, e livros paradidáticos de autores que trabalham com aspectos mais lúdicos.
Após muitas pesquisas, foi selecionado materiais que se destacavam pela sua didática. Foi na busca de acrescentar, para o entendimento de assuntos matemáticos, que o tema fora escolhido. A partir daí, desenvolveu-se o conteúdo, destinado a explicar maneiras que podem despertar o interesse, e assim tornar o conhecimento matemático mais simples. Compreender diferentes assuntos é essencial, por este motivo, que todo o trabalho tem como foco eliminar a distância existente entre a matemática e outras disciplinas. 
Quanto a autores, foi destacado aqueles que propõem novas formas de relação e organização no ensino, em especial: MARTINS e GÓES, que desenvolveu um excelente material, capaz de fazer repensar a didática. Já na parte de pesquisa, o trabalho, se baseia em estudos bibliográficos, observações e troca de experiências, com pessoas que já atuam na área por bastante tempo.
Livros de diferentes disciplinas foi consultado, na intenção de dar mais precisão e acurácia as informações aqui expressas. Como todo trabalho de pesquisa, foi extraído o maior número de elementos possíveis, sendo assim acrescentado ações, o mais próximo da realidade.
Após localizar informações uteis, através de leitura, que o trabalho foi cuidadosamente planejado e elaborado, fazendo o uso de elementos didáticos, históricos e artísticos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Algo que chama a atenção de muitos, é a maneira rigorosa que conteúdos matemáticos são transmitidos. O assunto que se concentra em uma melhora no ensino tem sido discutido cada vez mais devido sua grande importância. E é vasto o trabalho de autores dedicados a esse tema, que devido as suas experiências em campo conseguem com facilidade fazer repensar a forma de se ensinar.
A didática de alguns mestres é realmente cativante, verdadeiramente refletem a paixão que se tem pela profissão. Utilizar de diversos recursos faz parte do processo, isso se o objetivo é mesmo ensinar. Uma boa didática é o que define o que se chama de vocação, é aprendendo que se cultiva mais interesse, e ensinar é arte.
Todos sabem da importância da matemática, e visando formar um cidadão dotado de entendimento, é que se faz necessária ser compreendida. Nessa busca de melhor ensinar, é indispensável a pesquisa de autores e livros com métodos e ideias realmente dignas de ser estudada a fundo. De nada adiantar ter conhecimento, e não saber transmitir, aprender de fato, forma um cidadão intelectualmente ativo, criativo e produtivo.
Ao desenvolver planos de aula, os professores devem procurar favorecer a aprendizagem com cada aluno, apresentando maneiras diferentes de aprender, e é obrigatoriamente que o docente seja criativo.
Como todos sabem a matemática é uma ciência bastante antiga, não deveria ser apenas transmitida, por isso se faz importante o uso da história como um instrumento de ponto de partida para novos saberes.
Para complementar o ensino matemático, seria de grande auxilio o uso de expressões gráficas, arte por si só tem potencial para dinâmica em sala de aula. Ainda que tenha utilizado de história e artes, a verdadeira interdisciplinaridade vai além, e o que se obtém é empolgação quando bem trabalhada.
Entendendo o elo entre a matemática e outras disciplinas é que se atinge o seu propósito, o conhecimento passa a extrapolar limites, e esse foi o ponto chave do trabalho. Bastaria um pouco de observação em sala, para se ter uma noção da frágil transmissão mecanizada, resultando no empobrecimento do processo de ensino. 
Algumas Lições importantíssimas merecem ser sempre lembradas, pra começar o professor deve buscar sempre aperfeiçoar sua maneira de ensinar, pois agora é tempo de pesquisas, de superação, de entendimento. O professor deve continuar sua formação, e ainda estar aberto a sugestões e ser flexível, isso certamente refletirá de forma positiva no ensino.
O tempo dedicado em sala deve ser bem aproveitado, pensando nisso, não deve faltar jamais indicações culturais a turma trabalhada, seja de livros, vídeos, autores, e sites. Deixar perguntas em aberto é uma excelente forma de despertar a curiosidade.
Assim, diante de muitas propostas para uma melhoria na educação, com a convivência em sala e apoiando-se em pesquisas de autores habilidosos em ensinar, que jamais deve ser ignorado outros métodos para ensinar. Certamente o caminho é a didática interdisciplinar, para que alunos recebam com maior simpatia a matemática, e como diz o título será para a toda vida.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, E. V. B. As novas tecnologias e o ensino-aprendizagem. In: Vértices, v. 10, n. 1/3, jan./dez. 2008. Disponível em:www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/artigos/outros/Aguiar_Rosane.pdf. Acesso em: 25 maio 2019.BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997.Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf. Acesso em 23 maio 2019.
GARBI, G. G. O romance das equações algébricas. 4 ed. Ver. e ampl. São Paulo. Livraria da física, 2010.
GÓES, A.R.T. Ensino da matemática: concepções, metodologias, tendências e organização do trabalho pedagógico. Curitiba. Intersaberes, 2015.
GÓES, A.R.T. Modelagem matemática: teoria, pesquisas e práticas pedagógicas. Curitiba. Intersaberes, 2016.
GOLDSMITH, M. Do zero ao infinito (e além): tudo o que você sempre quis saber sobre matemática e tinha vergonha de perguntar. Tradução de Fabio Storino. São Paulo. Benvirá, 2016.
MACIEL, M.V. A importância do ensino da matemática na formação do cidadão. In: Revista da graduação. EdiPUCRS. 2009. Disponível em:http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/graduação/article/view/6058. Acesso em: junho 2019.
MARTINS, P. L. O. Didática. Curitiba. Intersaberes, 2012.
MARTINELLI, L. M. B. Materiais concretos para o ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental. Curitiba. Intersaberes, 2016.
POSKITT, K. Matemática para gente grande: um guia bem humorado com atalhos, truques e dicas para você aprender a lidar com os números de uma vez por todas. Tradução de Fabio Storino. 1 ed. São Paulo. Benvirá, 2017.
ZANARDINI, R. A. D. Um breve olhar sobre a história da matemática. Curitiba. Intersaberes, 2017.
			
¹ Aluno do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso 6ª- 2019
² Professor Orientador do Centro Universitááário Internacional UNINTER. dor dordo-- aaAaAaAAAAASDDSFF¹¹¹1¹EFEWW

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