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A INCLUSÃO DO ALUNO COM A SÍNDROME DE DOWN CURSO COM CARGA HORÁRIA DE 10 A 300 HORAS BONS ESTUDOS 1. A Inclusão Como se sabe, a educação brasileira se insere no quadro de transformações e discussões da inclusão escolar com um rápido percurso iniciado em 19901, que coincidiu com a realização da Conferência Mundial sobre Educação para Todos (UNESCO, 1990), ocasião em que foram estabelecidas prioridades para a Educação nos países de terceiro mundo. Mas é com a condensação do Plano Decenal da Educação para Todos, em 1993, assim como as metas posteriores lançadas pelo governo (descentralização da administração de verbas, currículo básico, educação à distância, avaliação nacional das escolas), que se fundem ações alinhadas às tendências mundiais de uma educação para todos (LIBÂNEO, 2003 apud GOMES; SOUZA, 2011). Todavia, alguns alinhamentos internacionais ganharam maior destaque ao buscarem abordar, especificamente, a proposta de inclusão escolar de alunos com necessidades especiais. De acordo com a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994 apud GOMES; SOUZA, 2011), a construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para a manutenção de um Estado Democrático. É este princípio que o Brasil busca partilhar com a implementação de suas ações educacionais inclusivas, que tomam forma nas Novas Leis de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996). Desta forma, no âmbito nacional, a polêmica discussão da proposta educacional inclusiva se deu pela aprovação, em 1993, e pela promulgação, em 1996, da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que em seus artigos firma a necessidade de equidade ao atendimento educacional no ensino regular a todos os educandos. Deixa claro, em seu Art. 3º (inciso I, II e IV), que os princípios de igualdade de condições de acesso e permanência, com respeito à liberdade e apreço à tolerância, deverão ser as bases e princípios da Educação (BRASIL, 2008). Esta compreensão é reafirmada na forma de lei, pelo Decreto nº 6.571, promulgado em 17 de setembro de 20085, que busca avançar nas discussões da inclusão escolar ao regulamentar a possibilidade de atendimentos educacionais especializados aos alunos em processo de inclusão decorrentes de deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, e altas habilidades ou superdotação. Dentre os objetivos traçados pela nova regulamentação nacional estão: prover condições de acesso, permanência e participação, com a garantia de transversalidade das ações da educação especial no ensino regular, por meio do desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que auxiliem na eliminação das barreiras acadêmicas para esses alunos nos diferentes níveis acadêmicos (GOMES; SOUZA, 2011). Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. §1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. §3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. Art. 60 . Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder público. Parágrafo único. O poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (BRASIL, 1996, p. 50) Ainda de acordo com a legislação, a compreensão da Educação Especial nessa nova esfera vem possibilitar a oferta do atendimento especializado aos alunos, com o oferecimento de recursos e procedimentos apropriados, facilitando a acessibilidade e a eliminação de barreiras e, assim, efetivando a promoção da formação integral dos alunos (GOMES; SOUZA, 2011). Não podemos desconsiderar que os amparos legais vêm possibilitando gradativamente a inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular. De acordo com o Censo da Educação Básica, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, no ano de 2006, finalizado e divulgado em 2008, houve crescimento de 72,4% do número de matrículas realizadas em escolas regulares, o que, segundo análise, torna-se um favorável indicador para a inclusão escolar (BRASIL, 2006 apud GOMES; SOUZA, 2011). Entretanto, se por um lado as estatísticas parecem animadoras, por outro não podemos deixar de considerar que o indicador de inclusão, quando delimitado pela realização da matrícula do aluno, não garante que o acesso e a permanência do aluno, como proclamado pelos diferentes documentos nacionais e internacionais que defendem a inclusão escolar, de fato está sendo efetivado (GOMES; SOUZA, 2011). As ações de inclusão escolar direcionadas por diferentes chavões políticos, como por exemplo, considerar a matrícula dos alunos como um indicador positivo, podem ser verídicas, mas se tornam ilusórias quando essas mesmas estatísticas indicam os índices de evasão, repetência e nível de alfabetização dos alunos, independentemente de possuírem deficiências ou não. Tal fato mobiliza repensar as propostas de inclusão escolar e os indicadores meramente estatísticos lançados nos levantamentos realizados, que parecem desconsiderar questões como: condições de instalações, despesas e materiais, tempo letivo,formação de professores, clima e gestão escolar, ações essas que, como se sabe, contribuem para a efetividade do ensino (GOMES; SOUZA, 2011). Nesse sentido, pensar em um processo de inclusão escolar que dê conta das ações excludentes que cercam as escolas é assumir que muita atenção deve ser dada ao caráter elitista e homogeneizante das práticas pedagógicas e suas inadequações na abordagem da diversidade dos alunos, e que exige de nossas consciências um despertar mais ético ante a questão social fundada por exclusões e desigualdades (CADAU, 2000 apud GOMES; SOUZA, 2011). Ainda de acordo com a autora, a escola deve passar de um local de apropriação do conhecimento para constituir-se em um espaço para o exercício da reflexão crítica, de maneira que se revejam as dinâmicas e organizações pedagógicas instauradas ao longo dos tempos, em nossas instituições escolares (GOMES; SOUZA, 2011). 2.2 A Nova LDB e a Educação Especial “Qualquer escola, pública ou particular, que negar matrícula a um aluno com deficiência comete crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos” (Lei nº 7.853/89, art. 8º). É dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (Constituição Federal, art. 208). O fato de a nova LDB reservar um capítulo exclusivo para a educação especial parece relevante para uma área tão pouco contemplada, historicamente, no conjunto das políticas públicas brasileiras. O relativo destaque recebido reafirma o direito à educação, pública e gratuita, das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades (FERREIRA, 1998). Nas leis 4.024/61 e 5.692/71 não se dava muita importância para essa modalidade educacional: em 1961, destacava-se o descompromisso do ensino público; em 1971, o texto apenas indicava um tratamento especial a ser regulamentado pelos Conselhos de Educação - processo que se estendeu ao longo daquela década (FERREIRA, 1998). É certo que o registro legal, por si, não assegura direitos, especialmente numa realidade em que a educação especial tem reduzida expressão política no contexto da educação geral, reproduzindo talvez a pequena importância que se concede às pessoas com necessidades especiais - ao menos aquelas denominadas deficientes - em nossas políticas sociais. Daí se entendem manifestações, comuns na área, de que postulam que a legislação fundamental já está dada e se trata de fazer cumpri-la (FERREIRA, 1998). São também comuns as preocupações com o caráter potencialmente discriminatório e segregador de leis e normas específicas para a área, mesmo quando se anunciam numa perspectiva discriminadora "positiva". Entendemos que a referência específica em uma lei geral da educação, mesmo que não fosse na forma de capítulo, ainda é importante em nosso país, onde o acesso à educação das pessoas com deficiência é escasso e revestido do caráter da concessão e do assistencialismo (FERREIRA, 1998). A presença da educação especial na Lei certamente reflete um certo crescimento da área em relação à educação geral, nos sistemas de ensino, principalmente nos últimos 20 anos (FERREIRA, 1998). Na Constituição de 1988, que contém vários dispositivos relacionados às pessoas com deficiência (ver análise de Jannuzzi 1992), destaca-se, na educação, o inciso III do Artigo 208, definindo como dever do Estado o "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino"(FERREIRA, 1998). As Constituições estaduais, em grande medida, apenas repetem aquela formulação da Constituição Federal. Algumas acrescentam, nos capítulos relativos à educação, tópicos específicos de determinadas categorias (ex.: implantação de braile em classes da rede oficial) e de níveis ou modalidades de ensino (ex.: implantação de ensino profissionalizante) (FERREIRA, 1998). Algumas ainda incluem os superdotados no alunado da educação especial; a categoria de problemas de conduta ou condutas típicas não consta de forma distinta; e tampouco aparece a referência a "necessidades educativas especiais" (Oliveira e Catani 1993, pp. 110-116 apud FERREIRA, 1998). Nas leis orgânicas dos municípios, certamente terá aumentado a diversidade dos tratamentos dados à matéria e isso tem um significado particular nas discussões atuais (FERREIRA, 1998). 2.3 A Síndrome de Down A Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra, total ou parcialmente. Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune., que descobriu uma cópia extra do cromossoma 21.É o distúrbio genético mais comum, estimado em 1 a cada 1000 nascimentos. A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento. Pessoas com síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. Um pequeno número de afetados possui retardo mental profundo. Muitas das características comuns da síndrome de Down também estão presentes em pessoas com um padrão cromossômico normal. Elas incluem a prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre e língua protusa. Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireoide. A síndrome de Down é uma condição genética, reconhecida há mais de um século por John Langdon Down, que constitui uma das causas mais frequentes de deficiência mental (DM), compreendendo 18% do total de deficientes mentais em instituições especializadas. Langdon Down apresentou cuidadosa descrição clínica da síndrome, entretanto erroneamente estabeleceu associações com caracteres étnicos, seguindo a tendência da época (MOREIRA et al, 2000). Além do atraso no desenvolvimento, outros problemas de saúde podem ocorrer no portador da síndrome de Down: cardiopatia congênita (40%); hipotonia (100%); problemas de audição (50 a 70%); de visão (15 a 50%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); distúrbios da tireoide (15%); problemas neurológicos (5 a 10%); obesidade e envelhecimento precoce (COOLEY; GRAHAN, 1991 apud MOREIRA et al, 2000). Em termos de desenvolvimento, a síndrome de Down, embora seja de natureza sub-letal, pode ser considerada geneticamente letal quando se considera que 70–80% dos casos são eliminados prematuramente (OPITZ; GILBERT- BARNESS, 1990 apud MOREIRA et al, 2000). Em relação ao prognóstico, verifica-se que a prevalência da condição tem aumentado na população geral em consequência do aumento desua sobrevida. Tratamentos e terapias, em especial a estimulação precoce com fisioterapia e fonoterapia, mostram uma inequívoca contribuição para melhor desenvolvi- mento e desempenho social do portador da síndrome de Down (MOREIRA et al 2000). O diagnóstico pré-natal permite, durante a gravidez, saber se o feto é ou não portador da SD. Este diagnóstico tem várias finalidades, dentre elas: evidenciar a presença da síndrome no feto durante a gestação, permitindo que seja dado aos casais preparo psicológico, orientações sobre conduta na gestação e no parto, bem como cuidados pós-natais; fornecer uma faixa de escolhas informadas a casais em risco de ter um filho com uma anomalia; dar apoio e reduzir a ansiedade dos pais e possibilitar o tratamento pré-natal da criança afetada (NUSSBAUM et al 2002 apud MATOS et al, 2007) A indicação mais comum para o diagnóstico pré-natal é a idade materna avançada, já que esta é condição de risco para se ter uma criança com SD. No entanto, com o desenvolvimento de testes “não- invasivos”, essa realidade pode mudar, já que estes estão se mostrando bons marcadores de risco para o feto. Dentre os métodos não-invasivos destacam-se a triagem do soro materno e o diagnóstico por imagem. Esta técnica não é considerada diagnóstico confirmatório, mas um marcador de risco (MATOS et al, 2007). O diagnóstico por imagem é feito principalmente baseado na ultrassonografia e na ecografia, ambas evidenciam claramente más- formações congênitas. Um parâmetro útil, em casos de SD, é a análise da translucência nucal, a qual pode estar aumentada devido a um acúmulo anormal de liquido na parte posterior do pescoço fetal no primeiro trimestre. O diagnóstico por imagem não é confirmatório, pois a presença de má-formação congênita, não significa, por si só, a existência de alterações cromossômicas (MATOS et al, 2007). Somente em 1959, o Dr. Jerome Lejeune e Patrícia A. Jacobs e seus respectivos colaboradores descobriram que a síndrome estava relacionada a um erro na distribuição dos cromossomos das células. Percebendo que havia a existência de um cromossomo extra, ou seja, que os portadores da Síndrome de Down possuem um cromossomo extra no par cromossômico 21 (SANTOS; OLIVEIRA, 2008). Quando há a perda ou acréscimo nos cromossomos, o funcionamento do organismo pode ser afetado. Em relação à Síndrome de Down, acontece a trissomia do cromossomo 21, isto é, a existência de três conjuntos de cromossomos 21. E as características dos portadores da Síndrome de Down, são geradas a partir desse cromossomo a mais. As causas da Síndrome de Down podem estar relacionadas a vários fatores (SANTOS; OLIVEIRA, 2008). Uma possível causa da Síndrome de Down está relacionada à idade da mãe, pois desde o nascimento as mulheres têm uma quantidade certa de óvulos que envelhecem à medida que elas vão envelhecendo. Portanto, se a mãe tiver uma idade avançada maior será o risco de nascer uma criança com Síndrome de Down. Não apenas a idade avançada da mãe pode ser um fator de incidência, mas também a idade do pai (SANTOS; OLIVEIRA, 2008). Se o pai tiver de 45 a 50 anos ou mais, pode haver um risco da criança nascer com Síndrome de Down. A Síndrome de Down pode ser identificada na criança ao nascimento ou logo após pela presença de várias características físicas. Sua caracterização deve ser comprovada por uma análise citogenética (exame do cariótipo) que poderá indicar no portador qual dentre os três tipos da Síndrome de Down ele possui: trissomia simples ou livre; trissomia por translocação e mosaicismo (SANTOS; OLIVEIRA, 2008). 2.4 O Processo de Aprendizagem dos Alunos Portadores de Síndrome de Down. Ante as necessidades educativas presentes, a escola continua sendo lugar de mediação cultural, e a pedagogia, ao viabilizar a educação, constitui-se como prática cultural intencional de produção e internalização de significados para, de certa forma, promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos indivíduos. (LIBÂNEO, 2004) O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores, é o provimento aos alunos dos meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolar interligados e indissociáveis. Com efeito, as crianças e jovens vão à escola para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender e transformar o mundo. Para isso, é necessário pensar – estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva e desenvolver as competências do pensar. (LIBÂNEO, 2004) A didática tem o compromisso com a busca da qualidade cognitiva das aprendizagens, esta, por sua vez, associada à aprendizagem do pensar. Cabe-lhe investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes e críticos, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, diante de dilemas e problemas da vida prática. A razão pedagógica está também associada, inerentemente, a um valor intrínseco, que é a formação humana, visando a ajudar os outros a se educarem, a serem pessoas dignas, justas, cultas, aptas a participar ativa e criticamente na vida social, política, profissional e cultural. (LIBÂNEO, 2004) O sistema nervoso da pessoa com Síndrome de Down apresenta anormalidades estruturais e funcionais, que determinam algumas características como atraso em seu crescimento e desenvolvimento tanto motor quanto mental. Assim, é necessário que ele passe por um processo de estímulos, denominado por alguns autores como estimulação precoce, que o ajudará em seu desenvolvimento, diminuindo o atraso provocado (SANTOS; OLIVEIRA, 2008). Não foi exatamente esclarecida a causa da síndrome, no entanto, alguns fatores são considerados de riscos devido a grande incidência em que gestações na presença destes vem apresentando alterações genéticas. Os fatores de riscos podem ser classificados como endógenos e exógenos. (CLARICE, 2013) Um dos principais fatores de risco endógenos é a idade da mãe, que em idade avançada apresentam índices bem mais altos de riscos, devido o fato de seus óvulos envelhecerem se tornando mais propensos a alterações. “O sistema nervoso da criança com Síndrome de Down apresenta anormalidades estruturais e funcionais, que resultam em disfunções neurológicas variando quanto à manifestação e intensidade” (SCHWARTZAN, 1999, p. 54 CLARICE, 2013). A educação da criança com Síndrome de Down deve começar a partir do nascimento, com uma estimulação capaz de integrá-la progressivamente ao meio ambiente e à vida social. Algumas experiências têm demonstrado que o progresso dos alunos que foram estimulados desde bebés é mais acelerado do que os que receberam tardiamente. A criança com Síndrome de Down têm idade cronológica diferente de idade funcional, desta forma, não devemos esperar uma resposta idêntica à resposta da “normais”, que não apresentam alterações de aprendizagem. O processo de aprendizagem dependerá destes esquemas assimilativos, que são transformados a partir das características observáveis dos objetos de conhecimento, sendoacomodados aos estímulos interpretados na interação com as propriedades do objeto. Este processo denomina-se auto- equilibração; caracterizando-se por uma constante reestruturação de esquemas antigos que não se adaptam as novas informações assimiladas. (CLARICE, 2013) Conforme Franco (1995, p. 3 apud SAAD, 2003, p.126) trata de uma orientação que visa: “proporcionar à criança experiências de caráter bio-psico-sociais e educativas, que permitem minorar os seus déficits e auxiliá-las no desenvolvimento de suas capacidades nos primeiros anos de vida”. A estimulação precoce deve começar desde os primeiros meses de vida do portador da Síndrome de Down. Profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais ajudam as crianças com Síndrome de Down a fazer exercícios que estimulam o seu desenvolvimento (SANTOS; OLIVEIRA, 2008) A convivência saudável com o portador da Síndrome de Down e a estimulação sendo realizada de maneira apropriada, respeitando o ritmo de desenvolvimento particular de cada indivíduo, poderá promover importantes alterações qualitativas em seu desenvolvimento global (SANTOS; OLIVEIRA, 2008). Silva e Mendes (2008 apud FERRAZ et al, 2010) realizaram um estudo com o objetivo de identificar e descrever os componentes dos profissionais da escola e dos familiares de crianças com deficiência que, na perspectiva dos dois lados, são propiciadores e mantenedores de uma parceria colaborativa, efetiva e bem sucedida. Foram identificados alguns comportamentos que devem ser emitidos pelos familiares na parceria colaborativa: comunicar-se com os profissionais, ser responsável pela educação do filho, manter expectativas adequadas, aceitar a deficiência do filho, respeitar os profissionais e reconhecer o trabalho deles, confiar no trabalho desenvolvido, questionar os profissionais de modo adequado, garantir a frequência do aluno, visitar a escola e participar das atividades (FERRAZ et al, 2010). No que diz respeito aos comportamentos esperados pelos profissionais em relação às famílias, Silva e Mendes (2008 apud FERRAZ et al, 2010) descrevem a importância da comunicação como um processo que ajuda a manter expectativas adequadas, respeito aos alunos e os familiares de forma amistosa, separando problemas pessoais da atividade profissional e incorporando no trabalho sugestões fornecidas pelos familiares, incentivando sua participação. Assim, pode-se concluir que a sincronia entre esses parceiros é fundamental à medida que reconhecem seus papeis e promovem o respeito mútuo, comunicação, confiança, participação, amabilidade, sinceridade e seriedade na construção da inclusão (FERRAZ et al, 2010). Diante do exposto, percebe-se a importância da interação pais e escola para efetivação do processo de inclusão. Para compreender melhor esta relação, este trabalho tem como objetivo conhecer o processo de inclusão do aluno com SD e PC, a partir da comparação dos discursos de pais e professores e, com isso, avaliar como a comunicação entre eles pode afetar o processo de inclusão (FERRAZ et al, 2010). Desse modo, a comparação dos resultados com base nesses diagnósticos permitirá compreender quais problemas ou experiências satisfatórias, vividas por mães e professores, são mais presentes em cada uma dessas deficiências e se eles (os problemas e as experiências satisfatórias) são independentes das deficiências e mais arraigados às políticas do processo inclusivo (FERRAZ, et al, 2010). Segundo Vygotsky (2001), a linguagem receptiva está associada ao plano semântico, enquanto a linguagem expressiva associa-se ao plano fonético. Portanto, para que haja o desenvolvimento da linguagem – característica das funções psicológicas superiores –, são necessárias constantes interações sociais e verbais com os colegas, educadores e familiares (Vygotsky, 2003 apud FERREIRA et al, 2010). O fato, no entanto, é que a maturação per se é um fator secundário no desenvolvimento das formas típicas e mais complexas do comportamento humano. O desenvolvimento desses comportamentos caracteriza-se por transformações complexas, qualitativas, de uma forma de comportamento em outra (ou como Hegel diria, uma transformação de quantidade em qualidade). A noção corrente de maturação como um processo passivo não pode descrever, de forma adequada, os fenêmenos complexos. Apesar disso, como A. Gesell acertadamente apontou, continuamos ainda a utilizar a analogia botânica em nossa descrìção do desenvolvimento infantil (or exemplo, dizemos que os primeiros anos de educação de uma criança ocorrem no "jardim de infância"). (VYGOTSKY, 1991) Atualmente, vários psicólogos têm sugerido que esse paradigma botânico seja abandonado. Em resposta a essa crítica, a psicologia moderna subiu um degrau na explicação científica adotando modelos zoológicos como base de uma nova abordagem geral na compreensão do desenvolvimento infantil. De prisioneira da botânica, a psicologia infantil torna-se, agora, encantada pela zoologia. As observações em que esses modelos se baseiam provêm quase que inteiramente do reino animal, e as tentativas de respostas para as questões sobre as crianças são procuradas na experimentação animal. (VYGOTSKY, 1991) Observa-se que tanto os resultados dessa experimentação, como o próprio procedimento para obtê-los, estão sendo transpostos dos laboratórios de experimentação animal para as creches. As funções psicológicas superiores são caracterizadas como ações que, a princípio, representam uma atividade que acontece e é manifestada externamente através da utilização de signos. Posteriormente, a ação é reorganizada e começa a acontecer internamente na pessoa, atuando no desenvolvimento da inteligência, da atenção, da memória e da linguagem. Essa modificação é denominada de internalização, pois as ações que até então estavam intimamente associadas ao meio externo são convertidas para o plano psicológico de cada pessoa , passando a serem organizadas e potencializadas (Vygotsky, 2003 apud FERREIRA et al, 2010). A medida que a criança cresce, não somente mudam as atividades evocadoras da memória, como também o seu papel no sistema das funções psicológicas. A memória não mediada ocorre num contexto dé operações psicológicas que podem não ter nada em comum com as operações psicológicas que acompanham a memória mediada; conseqüentemente, resultados experimentais poderiam dar a entender que algumas funções psicológicas são substituídas por outras. Em outras palavras, com uma mudança no nível de desenvolvimento, ocorre uma mudança não tanto na estrutura de uma função isolada (que poderia, no caso, ser a memória), mas, também, no caráter daquelas funções com a ajuda das quais ocorre o processo de lembrança; de fato, o que muda são as relações interfuncionais que conectam a memória a outras funções. A memória de crianças mais velhas não é apenas diferente da memória de crianças mais novas; ela assume também um papel diferente na atividade cognitiva. A memória, em fases bem iniciais da infância, é uma das funções psicológicas centrais, em torno da qual se constroem todas as outras funções. Nossas análises sugerem queo ato de pensar na criança muito pequena é, em muitos aspectos, determinado pela sua memória e, certamente, não é igual à mesma ação em crianças maiores. Para crianças muito pequenas, pensar significa lembrar; em nenhuma outra fase, depois dessa muito inicial da infância, podemos ver essa conexão íntima entre essas duas funções psicológicas. (VYGOTSKY, 1991) O processo de internalização se origina nas atividades interpessoais advindas do contexto social, onde a criança constrói e recria novas formas de compreensão. Posteriormente, tais atividades se transformam em ações intrapessoais, de modo a salientar que todas as funções relacionadas ao desenvolvimento da criança surgem primeiramente num plano interpsicológico e posteriormente num plano intrapsicológico (FERREIRA et al, 2010) . Esses processos ligados a atenção voluntária, memória lógica, formação de conceitos, linguagem, percepção, imaginação, afetividade e comportamento intencional são todas as funções superiores que nascem das relações sociais e constituem a base para o desenvolvimento da personalidade (Simão, 2004; Vygotsky, 2003 apud FERREIRA et al, 2010). Dessa maneira, as habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento da pessoa não são determinadas por fatores que nascem com a mesma, mas resultantes das interações sociais exercidas ao longo de seu desenvolvimento (Vygotsky, 2001 apud FERREIRA, et al, 2010). De acordo com Saad (2003) e Silva (2008), a educação escolar frequentemente proposta para as crianças com síndrome de Down não conta com a mediação dos professores, porque os mesmos se baseiam na deficiência como se fosse determinante para a aprendizagem das mesmas. Consequentemente, isso as prejudica no processo de desenvolvimento e aprendizagem (FERREIRA et al, 2010). A criança, à medida que se torna mais experiente, adquire um número cada vez maior de modelos que ela compreende. Esses modelos representam um esquema cumulativo refinado de todas as ações similares, ao mesmo tempo que constituem um plano preliminar para vários tipos possíveis de ação a se realizarem no futuro. (VYGOTSKY, 1991) A educação exige paciência, dedicação e firmeza, sobretudo carinho e amor de pais e profissionais. Todos têm habilidades e dificuldades, apenas devemos conhecê-las e aprender a agir com elas. Muitas vezes a sociedade exige que as pessoas com SD tenham um comportamento perfeito, pois diante de qualquer erro, atribui o fato à síndrome, como se isso não pudesse ocorrer da mesma forma com qualquer outro indivíduo (SAAD, 2003 apud BARBOSA; CASTRO, 2012) A aprendizagem exige do indivíduo vários tipos de respostas, sendo as do SD pobres devido às limitações que tais apresentam. Contudo, a possibilidade de ampliar e determinar certa resposta estará condicionada ao apoio do meio. Quanto mais se oferecer um ambiente solicitador, que promova autonomia e diferentes possibilidades de descobertas de seu potencial, potencializado será o seu desenvolvimento. Sendo assim, Oliveira- Menegotto et al (2010 apud BARBOSA; CASTRO, 2012) ressaltam a importância de discutir a proposta inclusiva não apenas no ambiente escolar, mas também no familiar e na sociedade em geral. O que vem ao encontro de Voivodic (2008 apud BARBOSA; CASTRO, 2012), que observa que na fase de educação infantil, é muito importante que as crianças com e sem necessidades especiais, possam estar em contato convivendo com as diferenças. Assim, para que a inclusão ocorra é preciso solucionar os problemas atuais e construir, eliminando os erros, os quais estão escondidos na realidade inclusiva, uma vez que a escola se constitui por uma ampla dimensão de características individuais que não são consideradas (FERRAZ, 2010 apud BARBOSA; CASTRO, 2012). Brasil (2007) diz que a participação da família e de toda a equipe que trabalha pela educação e desenvolvimento da criança é fundamental para que o processo de aprendizagem seja bem sucedido. A escola deve ter acesso à equipe que atende o aluno com deficiência (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicomotricista, terapeuta ocupacional, etc.) e esses profissionais, por sua vez, devem dar e receber suporte da escola, estabelecendo cooperação fundamental para a efetiva inclusão. A comunicação entre todos os interessados deve ser constante para que os eventuais problemas sejam solucionados e os melhores resultados sejam alcançados. Dessa forma, vários autores concordam ao discutirem a relevância da preparação do corpo docente para lidar com os indivíduos com SD. Para isso devem ser feitas modificações pedagógicas nas escolas visando o aperfeiçoamento desse processo inclusivo. Porém, Leonardo (2008 apud BARBOSA; CASTRO, 2012) ressalta que neste momento as escolas brasileiras, principalmente as públicas, têm enfrentado muitas dificuldades, pois não têm conseguido aprendizagem acadêmica nem mesmo aos indivíduos que não possuem necessidades especiais, o que demonstra ser muito pequeno o investimento, não apenas no processo inclusivo, mas no sistema educacional como todo. Uma maneira de aumentar a produção de fala egocêntrica é complicar a tarefa de tal forma que a criança não possa usar, de forma direta, os instrumentos para solucioná-la. Diante de tal desafio, aumenta o uso emocional da linguagem pelas crianças, assim como aumentam seus esforços no sentido de atingir uma solução mais inteligente, menos automática. Elas procuram verbalmente um novo plano de ação, e a sua verbalização revela a conexão íntima entre a fala egocêntrica e a socializada. Isso é melhor notado quando o experimentador deixa a sala ou não responde aos apelos de ajuda das crianças. Uma vez impossibilitadas de se engajar numa fala social, as crianças, de imediato, envolvem-se na fala egocêntrica. (VYGOTSKY, 1991) Ainda nesse contexto, Voivodic (2008) alerta que na formação atual dos professores, tais são preparados para lidar com homogeneidade, esperando que as crianças deem as respostas de aprendizagem esperadas, sem considerar suas diversidades (BARBOSA; CASTRO, 2012). 2.5 Práticas pedagógicas com SD Compreendendo que as principais habilidades dos alunos com Síndrome de Down são: Forte reconhecimento visual e habilidade visual de aprendizado, incluindo a habilidade de aprender e usar sinais, gestos e apoio visual, a habilidade para aprender e usar a palavra escrita, a Imitação de comportamento e atitudes dos colegas e adultos, aprendizado com currículo prático material e com atividades de manipulação. Caberá ao professor indicar que esses alunos sentem-se a frente, ou seja mais próximo do professor e do quadro de escrita. Como cerca de 20% apresentam perda sensorial- neural, causada por defeitos no desenvolvimento do ouvido e nervos auditivos. É especialmente importante checar a audição da criança porque ela afetará sua fala e linguagem. Diante disso o professor deve ser claro em suas explicações, utilizando imagens para que o aluno possa internalizar o conhecimento. Falar diretamente ao aluno; Reforçar o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos, Reforçar o discurso com material de apoio visual – figuras, fotos,objetos. Como muitas crianças com Síndrome de Down têm flacidez muscular (hipotonia), o que pode afetar sua habilidade motora fina e grossa podendo atrasar as fases do desenvolvimento motor. Na sala de aula, o desenvolvimento da escrita é especialmente afetado. Caberá ao professor oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento. Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc. Ensinar gramática com material impresso, cartões de figuras, jogos, figuras de preposições, símbolos, etc. Encorajar o aluno a falar em voz alta na sala dando a ele estímulos visuais. Permitir que eles leiam a informação pode ser mais fácil para eles do que falar espontaneamente. O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar suas “ novidades”. Providenciar várias atividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e táteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas. Tentar evitar instruções ou discussões na classe que sejam muito longas. Trabalhar no computador às vezes ajuda a manter o interesse da criança por mais tempo. Oferecer mais tempo e oportunidade para repetições adicionais e reforço. Apresentar informações e conceitos novos de maneiras variadas, usando material concreto, prático e visual, sempre que possível. Revisar para assegurar que coisas aprendidas anteriormente não ficaram esquecidas com a assimilação das novas informações. Explicar sobre a grade de horários, rotinas e regras escolares explicitamente, dando tempo e oportunidade para que aprenda. Certificar-se de que a criança sabe qual será a próxima atividade. REFERENCIAS BARBOSA, Renata Nogueira; CASTRO, Glaucia Fernanda. A Síndrome de Down e a Escola Inclusiva: Uma Revisão da Literatura. Revista Movimenta ISSN: 1984-4298 Vol 5 N 2 (2012). Disponível em: http://www.nee.ueg.br/seer/index.php/m ovimenta/article/viewFile/551/462. Acesso em: mar. 2016 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília: Ministério da Educação e Cultura;1996. Disponível em: www.mec.gov.br/legis/zip/lei9394/sip Acesso em: 25/3/2016. CLARICE. L. APRENDIZAGEM DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN. 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CEDES vol.19 n.46 Campinas Sept. 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=s ci_arttext&pid=S0101- 32621998000300002 Acesso em: mar. 2016 GOMES, Claudia; SOUZA, Vera Lucia Trevisan de. Educação, psicologia escolar e inclusão: aproximações necessárias. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 28, n. 86, p. 185-193, 2011 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scr ipt=sci_arttext&pid=S0103- 84862011000200009&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 25 mar. 2016. MATOS, Sócrates Bezerra et al. Síndrome de Down: avanços e perspectivas. Rev. Saúde Com. 2007; 3(2): 77-86. Disponível em: http://www.uesb.br/revista/rsc/v3/v3n2 a09.pdf Acesso em: mar. 2016 MOREIRA, L.M.A. et al. A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Rev Bras Psiquiatr 2000;22(2):96-9. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22n2/a11 v22n2.pdf. Acesso em: mar. 2016 SANTOS, Talita Rocha dos; OLIVEIRA, Francismara Neves de. 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