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Relatorio 1 Diagnóstico da sífilis VDRL

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Diagnóstico sorológico da sífilis - VDLR
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa, cujo agente etiológico é o Treponema pallidum. Sua transmissão ocorre pela via sexual, pela via placentária e, eventualmente, por transfusão de sangue. Essa doença, quando não tratada, apresenta três estágios denominados de sífilis primária, secundária e terciária, estes os quais possuem características clínicas, imunológicas e histopatológicas diferentes (AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G., 2006; BRASIL, 2010). 
O diagnóstico laboratorial da sífilis e a escolha dos testes laboratoriais mais adequados dependerão da fase evolutiva da doença no qual o paciente se encontra. Na sífilis primária e em algumas lesões da sífilis secundária, poderá realizar a demonstração do treponema, ou seja, através de provas diretas. Entretanto, nos demais estágios da doença e também quando não pode estabelecer clinicamente em que fase evolutiva da sífilis o paciente se encontra, fazem-se provas sorológicas. Estas consistem em testes treponêmicos e não treponêmicos. Estes últimos são úteis para triagem de grandes populações e monitoramento do tratamento, enquanto que os testes treponêmicos são úteis para a confirmação de diagnóstico (AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G., 2006).
Seguindo o raciocínio, é imprescindível ressaltar a importância da triagem no controle da sífilis a fim de, assim, interromper o ciclo de transmissão e prevenir novos casos (AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G., 2006). Dessa forma, dentre os testes não treponêmicos,pode-se destacar o VDRL, o qual possui como princípio da técnica, a floculação. Esse tipo de teste consiste em uma suspensão antigênica que contém micelas formadas por cardiolipina, colesterol e leticina. Os anticorpos não treponêmicos presentes na amostra unem-se às cardiolipinas das micelas da suspensão antigênica. Essa ligação culmina na floculação a qual pode ser observada no microscópio (BRASIL, 2010).
MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS
Tubos de ensaio para diluição e titulação (eppendorf)
Pipetas sorológicas
Estante para tubos e rack de ponteiras
Recipiente para descarte de material
Placa escavada (Placa de Klyne)
Salina a 0,9%
MÉTODOS
As amostras de soro em estudo foram previamente aquecidas em 56 °C durante 30 minutos para inativação de outras enzimas. Posteriormente, foi realizado uma diluição seriada da amostra nas concentrações 1, 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, 1:64, sendo pipetado em um tubo eppendorf 100 mL da amostra pura + 100 mL de salina 0,9% no tubo inicial e realizado a transferência de 100 mL nos tubos posteriores até a concentração final desejada. 
Posteriormente, pipetou-se 50 µL de cada amostra + 20µL da suspensão antigênica para cada poço da placa de Klyme. Para o teste qualitativo, utilizou-se a amostra pura e na concentração 1:16, de forma a evitar o efeito pró-zona. Para o teste semi-quantitativo, foi utilizado às amostras diluídas em todas as concentrações. O controle positivo e negativo foi realizado da mesma forma, com a amostra fornecida junto ao kit. 
Após a pipetagem, realizou-se agitação manual da placa através de movimentos circulares durante 4 mnutos. A placa foi analisada a olho nu e também através de microscopia de luz.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
RESULTADOS
TESTE SEMI-QUANTITATIVO
A última amostra que ainda apresentou reatividade ou floculação visível foi a de 1/64. 
TESTE QUALITATIVO
 Apresentou floculação, indicando positividade da amostra.
3.1.3 SOROS CONTROLES
	Através da utilização dos soros controles foi possível validar a suspensão antigênica, uma vez que houve floculação no controle positivo e não houve floculação no controle negativo. Foi assegurada, portanto, a qualidade do antígeno e do teste VDLR.
DISCUSSÃO
 O teste VDLR é um teste não treponêmico que avalia os anticorpos do paciente frente á cardiolipina, lipídeo liberado após lesão celular, e que pode ou não estar relacionado com a infecção causada pelo treponema. É um teste qualitativo, indicando se há ou não a presença da cardiolipina, e também, semi-quantitativo, uma vez que, por meio de diluições seriadas, permite deduzir a proporção de cardiolipina presente no soro ,todavia, a técnica não pode ser aplicada isoladamente, sendo necessário a realização de exames complementares para fechamento da hipótese de diagnóstico. É um teste sensível, pouco especifico e que pode ser aplicado também para o acompanhamento terapêutico do paciente.
 Ao diluir o soro inativado do paciente, temos a redução do efeito pro-zona, que pode levar á obtenção de um resultado falso negativo devido á elevada concentração do título de anticorpos produzidos pelo paciente (VASCONCELOS et. al, 2012). 
 As diluições seriadas feitas durante a etapa semi-quantitativa do teste permitem a verificação do título de positividade para a presença antigênica, é, quando temos um diagnóstico fechado para sífilis, possibilita analisar a progressão ou resistência bacteriana frente á farmacoterapia utilizada a partir da observação da redução ou permanência do titulo. Em alguns pacientes, pode ser verificada a persistência de baixos títulos durante anos, a esse fenômeno damos o nome de cicatriz imunológica. (SANCHEZ, 2003.)
 Em acordo com o manual brasileiro de estratégias para diagnóstico de sífilis (2010), nos casos de sífilis primária, quanto mais precoce o início do tratamento, maiores são as chances de os exames sorológicos apontarem não reagente, mas mesmo após a cura, os testes treponêmicos podem apontar como reagente pelo resto da vida do paciente. Nos casos de sífilis secundária, o comportamento reagente para os testes sorológicos tende a ser variável, e nos de sífilis terciária, títulos dos testes sorológicos não treponêmicos tendem a ser baixos ou não reagentes, por isso, para verificação de latência e sífilis terciária por VDRL, deve se utilizar como amostra, o líquor do paciente.
 Durante a execução do teste, verificou-se que é uma técnica relativamente simples, e que erros podem estar relacionados á diluições equivocadas ou calibramento inadequado do material utilizado, assim deve ser complementado com outros testes, ou refeito para o esclarecimento de duvidas que possam vir a surgir.
CONCLUSÃO
 Com base nos resultados, portanto, é possível presumir a partir do teste qualitativo do VDLR que a amostra é positiva, já que foi visível a olho nu e por meio da microscopia óptica a presença de floculação do poço de Klyme que continha amostra na diluição 1:16 e antígeno. Com o teste semi-quantitativo do VDLR, em que foram feitos diluições até 1:64 foi possível notar a presença de floculações até a ultima diluição( 1:64), assim sendo este o titulo do paciente. 
 A partir do teste semi-quantitativo é possível, após ser repetido o mesmo exame ao longo da evolução da doença e da farmacoterapia, analisar se o paciente manteve o título ou teve regressão deste, assim julgando se o tratamento está fazendo efeito ou não, por isso a importância de se fazer também um teste semi-quantitativo além do qualitativo.
 Caso a amostra fosse negativa, não seria possível descartar a sífilis do paciente, já que a especificidade do teste é baixa devido aos casos de pro-zona. (AVELLEIRA J.C.R.; BOTTINO,G. ,2006). 
 Apesar da amostra estudada ter sido positiva, e mesmo o VDLR ser um teste de alta sensibilidade, existe casos de falso-positivos para sífilis, devido ao fato de que é possível dar positivo em outras doenças como tuberculose,malária, algumas viroses que em sua maioria ficam negativas após 6 meses, e em doenças como hanseníase virchowiana e doenças autoimunes, como lúpus que ficam positivas mesmo passando-se 6 meses. (AVELLEIRA J.C.R.; BOTTINO,G. ,2006).
REFERÊNCIAS
AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G.Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. Anais Brasileiros de Dermatologia, 81(2): 111-126, 2006.
BRASIL, Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Sífilis: Estratégias para Diagnóstico no Brasil.Brasília: Ministério da Saúde, Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. 2010. 100 p. (Série TELELAB).
SANCHEZ MR. Syphilis. In: Fitzpatrick’s Dermalotogy in general medicine. 6. ed. USA: McGraw Hill; 2003. p. 2163-88.
VASCONCELOS P. et al. Fenómeno prozona em sífilis secundária. A importância da comunicação entre o clínico e o laboratório. Revista SPDV, v. 70, n. 1 (2012).

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