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1 Resumo – Apresentação dos dados obtidos após experiência de laboratório da dilatação linear sofrida por diferentes corpos (neste experimento hastes de alumínio, latão e ferro) quando aquecidos por uma fonte externa de calor. Palavras Chave – Dilatação; Dilatação linear; Dilatação de sólidos; Aquecimento de corpos; . I. INTRODUÇÃO Quando se aquece um corpo, aumenta-se sua energia térmica,aumentando o estado de agitação das moléculas que o compõem. Estas moléculas precisam de mais espaço e acabam se afastando uma das outras aumentando o volume do corpo. Este fenômeno é conhecido como dilatação térmica. A dilatação térmica ocorre não só quando um corpo é aquecido, mas também quando é resfriado. A dilatação térmica pode, então, ocorrer quando há um aumento no volume de um corpo que sofre variação na sua temperatura ou, quando há uma diminuição no volume de um corpo também ocorrida por ter sido submetido a uma variação de temperatura. Porém, nem sempre o volume de um corpo aumenta quando sua temperatura aumenta. A água, por exemplo, à pressão atmosférica, diminui seu volume quando passa de 0 °C para 4 °C. Esse comportamento da água explica porque (nas regiões de clima muito frio) os lagos chegam a ter suas superfícies congeladas, enquanto no fundo a água permanece líquida a 4ºC. Como a 4ºC água tem densidade máxima, ela permanece no fundo não havendo possibilidade de se estabelecer o equilíbrio térmico por diferença de densidade. Mas este é um caso raro, pois normalmente o que acontece é: 1. Aumentando a temperatura de um corpo, este corpo sofre dilatação térmica e seu volume aumenta. Diz-se que ocorreu uma expansão térmica. 2. Diminuindo a temperatura de um corpo seu volume também diminui. Diz- se que ocorreu uma contração térmica. Os estudos teóricos partem do conceito de coeficiente de dilatação, definido como o aumento ou diminuição de volume, área ou comprimento experimentado pela unidade de volume (área ou comprimento) quando a temperatura varia de 1ºC. De modo geral, os sólidos se dilatam menos do que os líquidos e estes menos do que os gases. A dilatação térmica não ocorre somente nos corpos sólidos, mas nos líquidos e gasosos também. Nos corpos sólidos a dilatação ocorre em todas as direções, mas, esta dilatação pode ser predominante em apenas uma direção ou em duas. Sendo assim a dilatação térmica dos sólidos pode ser divida em: Dilatação linear A dilatação térmica linear, ou simplesmente dilatação linear, ocorre em corpos em que o comprimento é a dimensão mais importante, como por exemplo, em cabos e vigas metálicas. Por esse motivo, quando sujeitos a variações de temperatura, corpos com esse formato sofrerão, principalmente, variações no comprimento. Essas variações estão diretamente relacionadas a três fatores: 1. O comprimento inicial do objeto (representada por L0); 2. O material de que ele é feito (representado por α); 3. A variação de temperatura sofrida por ele (representada por ΔT). 4. A partir desses três fatores, pode-se chegar a uma equação matemática que mostra como determinar a alteração de comprimento sofrida por um corpo devido a variações de temperatura, como se vê na figura a seguir, em que ΔL representa precisamente a alteração de comprimento: Figura1: Dilatação linear (fórmula) Relatório de aula pratica Física II Dilatômetro 2 Dilatações: superficial e volumétrica As dilatações superficial e volumétrica são aquelas em que prevalecem, respectivamente, variações de área e de volume. Os fatores que influenciam a dilatação térmica nesses casos são os mesmos da dilatação linear, ou seja: a dimensão inicial do material e a variação de temperatura. Assim, as equações que determinam essas dilatações são muito semelhantes à equação da dilatação linear, como se pode ver no quadro abaixo. As constantes β e γ são os respectivos coeficientes de dilatação superficial e volumétrica. Figura 2: Dilatação superficial e volumétrica É importante assinalar que os três coeficientes apresentados se relacionam quando se trata de um único material. Essa relação é dada a seguir: Figura 3: Relação entre os coeficientes de dilatação O estudo da dilatação dos sólidos possui importantes aplicações práticas, como a compensação da dilatação dos pêndulos, a dilatação dos trilhos e das pontes (e o conseqüente cálculo da separação entre os segmentos) ou o fabrico da vidraria de laboratório resistente ao calor. II. OBJETIVOS 1. Conhecer e operar um um dilatômetro, a fim de se obter a variação de dilatação linear; 2. Reconhecer a ocorrência de dilatação do material após este ser submetido a aquecimento; 3. Determinar o coeficiente de dilatação linear (α) de três materiais diferentes(alumínio, ferro, latão). III. MATERIAL 1. Roteiro para prática proposta pelo professor; 2. Dilatômetro Wunderlich Linear de Precisão; 3. Mangueira de silicone; 4. Balão volumétrico (Vidrolabor 300 ml); 5. Relógio marcador da dilatação acoplado ao dilatômetro; 6. Fonte de calor para aquecimento da água (ebulidor elétrico); 7. Termômetro; 8. Três hastes metálicas de materiais diferentes (aço, latão e alumínio); 9. 100 ml de água (acima do pedido no roteiro para realizar experiência com os 03 corpos de prova). As figuras a seguir mostram os materiais utilizados para a realização do experimento. Figura 4: Representação de todos os materiais utilizados. Figura 5: Representação das hastes a serem dilatadas. Figura 6: Relógio marcador (precisão de centésimos de milímetros) Figura 7: Termômetro. 3 Figura 8: Balão volumétrico. Figura 9: Ebulidor elétrico. 10: Representação de todos os materiais utilizados, assim como a sua montagem - O equipamento foi montado sobre a bancada do laboratório e nivelado antes de dar início às medidas. IV. PROCEDIMENTO Mediu-se inicialmente a temperatura ambiente no laboratório (27°C), a qual era igual à temperatura inicial da haste metálica, uma vez que a mesma se encontrava em equilíbrio térmico no laboratório. Em seguida, mediu-se o comprimento da haste na temperatura ambiente (520mm), com o auxílio da escala milimetrada. Fixou-se uma de suas extremidades ao corpo do dilatômetro, encostando a outra extremidade ao elemento de contato do “relógio marcador” e “zerou- se” o mesmo. Foram adicionados 100 ml de água (acima do pedido no roteiro para serem realizados os 3 experimentos) ao balão, a água foi aquecida até o ponto de ebulição. O termômetro foi colocado dentro do balão volumétrico, para avaliação de aumento da temperatura da água (97°C). O vapor passou pela mangueira e o tubo do dilatômetro a fim de aquecer a haste metálica na mesma temperatura e estabelecer o equilíbrio térmico. Observou-se atentamente no relógio comparador o aumento da dilatação linear da haste. À medida que a temperatura da água aumentou e, conseqüentemente a da haste também, expandindo a mesma. Assim que cessou o aumento do comprimento da haste, mediu-se na escala micrométrica do relógio comparador sua dilatação linear. Esse procedimento foi realizado para astrês diferentes hastes do experimento. E conseqüente realizada a análise da dilatação linear de cada uma. 4.1 Haste de Alumínio Após o aquecimento da água e a aferição de sua temperatura foi testado inicialmente a dilatação sofrida pelo alumínio. Quando o relógio fixou em um determinado valor, foi determinada sua dilatação em 84x10-2. Após todos os dados apurados foi feito o cálculo para obter o coeficiente linear apresentado pela haste de alumínio. 11: Representação dos dados apurados 4.2 Haste de Latão Após o aquecimento da água e a aferição de sua temperatura foi testado inicialmente a dilatação sofrida pelo alumínio. Quando o relógio fixou em um determinado valor, foi determinada sua dilatação em 84x10-2. Após todos os dados apurados foi feito o cálculo para obter o coeficiente linear apresentado pela haste de latão. 4 12: Representação dos dados apurados 4.3 Haste de Ferro Após o aquecimento da água e a aferição de sua temperatura foi testado inicialmente a dilatação sofrida pelo alumínio. Quando o relógio fixou em um determinado valor, foi determinada sua dilatação em 84x10-2. Após todos os dados apurados foi feito o cálculo para obter o coeficiente linear apresentado pela haste de ferro. 13: Representação dos dados apurados V. RESULTADO 14: Comparativo dos dados apresentados com os dados obtidos Após a realização do estudo foi feita a comparação entre os dados obtidos e os dados teóricos apresentados anteriormente. Os coeficientes apresentaram uma pequena variação em relação aos dados comparados. VI. CONCLUSÕES Após a realização do estudo foi feita a comparação entre os dados obtidos e os dados teóricos apresentados anteriormente. Os coeficientes apresentaram uma pequena variação em relação aos dados comparados. Conclui-se então que esta variação não ocorreu por conta de erro do experimento, mas sim, por que as hastes mesmo sendo do mesmo material podem apresentar variação na sua composição inicial. Sendo assim, pode-se dizer que o estudo teve resultados favoráveis. Através do experimento realizado, foi possível notar que substâncias diferentes dilatam-se de formas diferentes, resultando em variados coeficientes lineares. Quando a temperatura de uma substancia sofre aumento de temperatura suas moléculas passam a oscilar mais rapidamente e tendem a se afastar umas das outras. O resultado disso é uma dilatação da sustância. Com poucas exceções, todas as formas de matéria – sólidas, líquidas, gasosas ou plasmas – normalmente se dilatam quando são aquecidas, e contraem-se quando resfriadas. A dilatação térmica é um efeito que tem que ser atentamente considerado nas engenharias. VII. REFERÊNCIAS RESNICK, Robert; HALLIDAY, David; KRANE, Kenneth S.; FÍSICA II, 5ª edição, volume 02; Ed. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2003 HEWITT,Paul G.; FÍSICA CONCEITUAL 9ª edição, Porto Alegre: Bookman, 2002. CHAVES, Alaor.; FÍSICA BÁSICA: Gravitação, fluidos, ondas, termodinâmica Rio de Janeiro:LTC, 2007.
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