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H - 8 - Agua Continental de Superficie

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8 - Água Continental de Superfície 
 101 
ÁGUA CONTINENTAL DE SUPERFÍCIE 
 
 
 As águas continentais, depois de precipitadas podem infiltrar ou escoar. As 
águas de escoamento irão dar origem às águas superficiais que formarão os Rios. 
 
 RIOS : São formados pelas águas correntes que brotam das fontes, mais as 
águas das chuvas que escoam imediatamente. Vão formando pequenos cursos d’água, 
que se ajuntam, se avolumam, dando então origem a grandes cursos d’águas, 
denominados rios. 
 
FISIOGRAFIA FLUVIAL 
 
 A fisiografia fluvial pode ser entendida sob três aspectos : Quanto aos Tipos 
de Leitos Fluviais, Quanto aos Tipos de Canais Fluviais e Quanto aos Tipos de 
Rede de Drenagem. 
 
Quanto aos Tipos de Leitos Fluviais 
 
 Leito Fluvial corresponde ao espaço que pode ser ocupado pelo escoamento 
das águas. É constituído pelas seguintes partes: 
Leito Maior (Planície de Inundação ou Várzea), que é à parte do canal 
ocupado sazonalmente, durante as cheias 
Leito Menor, que corresponde à parte do canal ocupada com freqüência, 
impedindo o crescimento de vegetação. 
Leito de Vazante, que é à parte do canal ocupada durante o escoamento das 
águas de vazante. 
Diques Marginais, locais que delimitam o leito menor 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 102 
 
 
www.rc.unesp.br/.../ead/interacao/inter11.html 
 
Quanto aos Tipos de Canais Fluviais (Padrões de Canais Fluviais) : 
 
Canais Retilíneos : São pouco freqüentes, 
apresentando trechos curtos. Geralmente 
associados e controlados por linhas 
tectônicas (falhas, diáclases ou fraturas). A 
condição para que ocorram é a existência 
de um leito rochoso homogêneo que 
oferece igualdade de resistência à atuação 
das águas. 
 
 
 Canais Meândricos : São encontrados 
em áreas úmidas, cobertas por 
vegetação ciliar, descrevem curvas 
sinuosas, harmoniosas e semelhantes 
entre si, possuem um único canal que 
transborda suas águas na época das 
cheias. 
 
(Fonte: Geomorfologia:Uma Atualização de Bases e Conceitos – GUERRA, A.J.T. & CUNHA, S.B.) 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 103 
 
 
 
 
 
 
 
 
Canais Meândricos 
 
 
 
Canais Anastomosados : Caracterizam-se por apresentar grande volume de 
carga de fundo, ocasionam sucessivas ramificações, ou múltiplos canais que se 
subdividem e se reencontram, separados por ilhas assimétricas e barras arenosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 104 
Quanto aos Tipos de Rede de Drenagem (Padrões de Drenagem) 
 
 A drenagem fluvial é constituída por um conjunto de canais de escoamento 
interligados. A área drenada por este sistema fluvial é definida como Bacia de 
Drenagem (Bacia Hidrográfica). Estas podem indicar litologias ou estruturas do 
terreno. A classificação dos padrões de drenagem, com base na geometria dos canais, 
apresenta os seguintes tipos fundamentais: Radial, Paralelo, Dentrítico, Anelar, 
Retangular, Treliça. 
 
Radial : desenvolve-se em diferentes embasamentos e estruturas. Quando 
nascem em um ponto comum e se irradiam em todas as direções, chama-se Radial 
Centrífuga (indica domo, cones vulcânicos ou morros isolados). Quando a drenagem 
converge para um ponto comum, chama-se Radial Centrípeta (indica crateras 
vulcânicas e depressões). 
Paralelo : Os rios são pouco ramificados, mantendo um espaçamento regular 
entre si, originado por controles estruturais. Ocorrem em áreas com declives 
acentuados ou em locais de presença de falhas paralelas ou lineamentos topográficos 
paralelos. Escoam quase paralelos uns aos outros 
Dendrítico : Também chamada de arborescente pela sua semelhança com 
galhos de árvores. Desenvolve-se sobre rochas de resistência uniforme ou em rochas 
estratificadas horizontais. 
Anelar : É típica de áreas dômicas profundamente entalhadas (domos 
dissecados ou cones vulcânicos estratificados). 
Retangular : Está adaptada às condições estruturais tectônicas que originam 
confluências em ângulos quase retos. 
Treliça : É composto por rios principais, correndo paralelamente, recebendo 
afluentes que fluem em direção transversal aos principais 
Desordenado (Irregular) : Aparecem em áreas de recente sedimentação, 
erosão ou levantamento, onde a drenagem não teve tempo suficiente para se 
organizar. 
8 - Água Continental de Superfície 
 105 
 
 
 
 
Radial 
 
 
 Anelar Paralelo 
8 - Água Continental de Superfície 
 106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte: Lições de Geografia – GARCIA, H.C. & GARAVELLO, T.M.) 
 
 
CONFIGURAÇÃO E VELOCIDADE DOS RIOS 
 
 A configuração (Forma) e a Velocidade dos rios dependem dos seguintes 
fatores: 
 1 – Topografia do Terreno (Relevo): Declives acentuados produzem uma 
maior velocidade do curso de água e deixam o rio mais retilíneo. 
 2 – Regime Pluvial da Área Drenada : Muitas chuvas fazem com que os rios 
sejam mais retilíneos, apresentando uma maior velocidade. 
 3 – Constituição Litológica das Rochas Erodidas pelo Rio : Em regiões de 
rochas duras, geralmente os rios são encaixados e retilíneos, com maior velocidade. 
Em regiões de rochas moles, geralmente são mais sinuosos e com menor velocidade. 
 
Gradiente de um Rio : 
 Está relacionado com a declividade que o curso de água apresenta. 
As diversas bacias 
hidrográficas existentes 
encontram-se separadas por 
determinadas estruturas 
geológicas ou 
geomorfológicas de maior 
altitude de relevo, 
denominadas de Divisores 
de Águas. 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 107 
 O Gradiente (declividade) dos grandes rios geralmente é pequeno, variando de 
30 a 40 cm/km. O Rio Amazonas apresenta um Gradiente de 2 cm/km, portanto um 
gradiente extremamente baixo, o que faz com que ele tenha uma baixa velocidade e 
se torne muito largo. 
 
Eixo de um Rio : 
 É a região na qual as águas dos 
rios apresentam uma maior velocidade, 
situando-se a aproximadamente 
2
/3 
acima da base do rio e eqüidistante das 
laterais, por ser este o local de menor 
atrito. 
 
Zonas de Deposição : São os locais 
onde o rio acumula sedimentos, isto 
ocorre em função da diminuição da 
velocidade da corrente. 
 
Zonas de Erosão : São os locais de 
onde o rio retira material para ser 
transportado 
(Fonte : Geologia – PEARL, R.M.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte : Geologia – MELENDEZ, B. & FUSTER, J. Mª.) 
 
 
Eixo do Rio 
8 - Água Continental de Superfície 
 108 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte : Geologia Geral – POPP, J. H.) 
 
 
TIPOS DE CURSOS D’ÁGUA 
 
 Existem na natureza dois tipos de cursos d’água que são identificados pela 
quantidade de água que apresentam nos períodos de chuvas e nos períodos de secas e 
também pela localização do Nível Hidrostático em relação ao leito fluvial. Os tipos 
de Curso d’Água são, o Curso d’Água Efêmero (Temporário) e o Curso d’Água 
Perene (Permanente). 
 
 CURSO D’ÁGUA EFÊMERO (TEMPORÁRIO) 
 
 São aqueles que contém água apenas durante ou imediatamente após os 
períodos de chuvas e se for o caso, quando ocorre a fusão da neve acumulada na 
bacia, após este período estes rios secam. O Nível Hidrostático está localizado a um 
nível abaixo do fundo do leito fluvial. 
 
 
 
 Leito do 
 Rio 
 Nível Hidrostático 
 
 
 
 
 
Corte transversal do leito de 
um rio onde mostra asvelocidades 
crescentes das águas, segundo a 
numeração (1 a 5). A porção de 
maior velocidade, posição 5, 
encontra-se onde o atrito é menor. 
A esta posição denominamos de 
 
EIXO DO RIO 
8 - Água Continental de Superfície 
 109 
CURSO D’ÁGUA PERENE (PERMANENTE) 
 
 São aqueles que contém água durante o ano todo, independentemente 
dos períodos de chuvas ou da fusão da neve acumulada na bacia. Estes rios podem 
baixar o nível das suas águas, porém nunca secam 
 O Nível Hidrostático encontra-se localizado a um nível acima do fundo 
do leito fluvial. 
 
 
 
 Leito do Nível Hidrostático 
 
 Rio 
 
 
 
 
TIPOS DE MOVIMENTAÇÕES (INFILTRAÇÕES) DAS ÁGUAS DOS RIOS 
 
 As águas subterrâneas assim com as águas dos rios podem se movimentar. 
O movimento das águas do subsolo para o curso d’água, ou o movimento das 
águas dos rios para o subsolo é denominado de Infiltração, que pode ser chamada de 
Infiltração Influente ou Infiltração Efluente. 
 
 Infiltração Influente : É aquela onde ocorre a transferência da água do Curso 
d’Água para a Zona Saturada. Está associada ao Curso d’Água Efêmero 
(Temporário). 
 
 
 Leito do 
 Rio 
 Nível Hidrostático 
 
 
 Zona Saturada 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 110 
Infiltração Efluente : É aquela onde ocorre a transferência da água da Zona 
Saturada para o Curso d’Água. Está associada ao Curso d’Água Perene (Permanente). 
 
 
 
 
 Leito do Nível Hidrostático 
 
 Rio 
 
 
 
 Zona Saturada 
 
 
 
 
 
 
MOVIMENTAÇÃO DA ÁGUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte : Geologia – MELENDEZ, B. & FUSTER, J. Mª.) 
 
 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 111 
EROSÃO FLUVIAL 
 
 Como todo agente móvel como a água, os rios, tem uma grande importância 
nos processos erosivos que esculpem a superfície terrestre. 
 De acordo com a localização do eixo do rio, eles apresentam um 
comportamento diferenciado com relação à atividade erosiva que eles executam, ou 
seja, a Erosão Fluvial é bastante distinta se considerarmos um rio subdividido em três 
segmentos, desde sua nascente até a sua desembocadura (foz). Estes segmentos são 
denominados, respectivamente de Cabeceira (Curso Superior), Curso Médio e 
Curso Inferior. 
 
Erosão Fluvial nas Cabeceiras (Curso Superior) 
 
 Ocorre um grande poder erosivo e transportador. O rio aumenta seu leito em 
profundidade, determinando um vale em forma de V agudo. Neste caso a altura dos 
taludes (barrancos) do rio é maior que a largura do vale. 
 
 Erosão Fluvial no Curso Médio 
 
 Ocorre uma diminuição da velocidade das águas dos rios, em função da 
diminuição do gradiente. Diminui o poder erosivo e transportador, ocasionando a 
deposição de fragmentos maiores que protegem o fundo do leito fluvial contra o 
trabalho erosivo, fazendo com que ele retire material das laterais. Ocorre neste caso 
uma erosão lateral, determinando um vale em forma de U aberto. Neste caso a altura 
dos taludes (barrancos) do rio é aproximadamente igual à largura do vale. 
 
 
 Erosão Fluvial no Curso Inferior 
 
 Ocorre uma diminuição ainda maior da velocidade das águas dos rios, em 
função da diminuição do gradiente. Diminui ainda mais o poder erosivo e 
transportador, ocasionando a deposição de fragmentos que protegem o fundo do leito 
fluvial contra o trabalho erosivo, fazendo com que ele retire ainda mais material das 
8 - Água Continental de Superfície 
 112 
laterais. Ocorre neste caso uma maior erosão lateral, determinando um vale em forma 
de U bem mais aberto. Neste caso a altura dos taludes (barrancos) do rio é bem menor 
que a largura do vale. 
 
Perfil Esquemático das três partes do Curso de um Rio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Adaptado de: Geologia – HEVIA, A.M. & HEVIA, F.M.) 
 
 
 Cabeceiras 
 Curso Superior 
 
 Curso Médio 
 
 
 Curso Inferior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perfis Transversais de um Rio de acordo com a Erosão Fluvial 
 
 A, B – Cabeceiras (Curso Superior) C – Curso Médio 
 D – Vale Típico de um Curso Médio E – Curso Inferior 
 
 
 
 
 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 113 
Perfil Longitudinal de um rio com maior inclinação próximo a nascente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte: Lições de Geografia; Iniciação aos estudos geográficos – GARCIA, H.C. & GARAVELLO, T.M.) 
 
 
 
Bloco diagrama de um Curso Fluvial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte : Geografia Física; O espaço humano e a ação natural – VESENTINI, J.W. & VLACH, V.) 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 114 
FASES DE UM RIO 
 
 As Fases de um Rio estão associadas à energia que o rio apresenta, ou seja, a 
capacidade que os rios tem de Erodir e de Transportar materiais. São identificadas 
três fases de atividade um rio, que são Fase Juvenil, Fase Madura e Fase Senil. O 
Conjunto das Fases de um Rio correspondem ao Ciclo de Erosão. 
 
 Fase Juvenil : O rio apresenta, ao longo de todo o seu curso um excesso de 
energia, transportando e erodindo em profundidade ao longo de todo o rio. Tem como 
característica um gradiente elevado. 
 
 Fase Madura : O rio apresenta, ao longo de todo o seu curso uma diminuição 
da energia, sendo suficiente apenas para o transporte de materiais, não erodindo mais 
em profundidade. Tem como característica um gradiente não muito elevado. 
 
 Fase Senil : O rio apresenta, ao longo de todo o seu curso uma grande 
diminuição da energia, sendo suficiente apenas para que as águas se desloquem, 
transporta materiais muito pequenos, não mais erodindo. Tem como característica um 
gradiente muito pequeno, produzindo um grande alargamento do vale do rio, 
formando extensas planícies por onde o rio forma seus meandros.. 
 
 OBS.: As fases dos rios não têm 
relação com a idade cronológica do rio. 
Tem relação apenas coma energia que o 
rio apresenta, estando também 
relacionado com os locais e tipos de 
rochas onde se formaram. Por exemplo, 
rios de planície, em função do baixo 
gradiente, geralmente são Rios Senis, já 
os rios de planaltos são geralmente Rios 
Juvenis, independentemente do período 
geológico em que se formaram. 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 115 
Rejuvenescimento de um Rio : 
 Ocorre quando um rio de menor energia, se transforma em um rio de maior 
energia. Pode ocorrer através de um levantamento epirogenético, ou com o aumento 
da pluviosidade nas cabeceiras, que faz com que ocorra um aumento na velocidade 
do rio, este então passará a erodir mais. 
 
Perfil de Equilíbrio de um Rio : 
 Diz-se que um rio, em sua evolução, atingiu seu perfil de equilíbrio, quando 
sua energia é tal que permita apenas o simples escoamento das águas, diminuindo ao 
máximo a sua capacidade de erosão. É o ponto onde o rio não apresenta mais poder 
de erosão e nem poder de sedimentação. Ocorre apenas o escoamento das águas. 
 
Nível de Base de um Rio : 
 É o nível onde cessa completamente o trabalho erosivo do rio. Se o rio estiver 
desaguando no oceano, o nível do oceano será o seu nível de base, se estiver 
desaguando em um lago, então o seu nível de base será o nível do lago. O nível de 
base do riocorresponde ao nível das águas a onde ele estiver desembocando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 nOO Níveln 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Adaptado de: Geologia – HEVIA, A.M. & HEVIA, F.M.) 
 
 
Nível de Base 
8 - Água Continental de Superfície 
 116 
TRANSPORTE DE MATERIAIS PELAS ÁGUAS DOS RIOS 
 
 Por ser um agente erosivo e transportador, as águas dos rios transportam 
materiais em suas águas de diversas maneiras: em Solução Verdadeira, em 
Suspensão Mecânica, em Suspensão Coloidal, por Arrastamento e Rolamento e 
por Saltos. 
 
Transporte de Materiais em Solução Verdadeira 
 
 A água ao atravessar e reagir com as rochas pode dissolver diversas substâncias 
que são então levadas aos mares e aos lagos dissolvidas em solução na água. 
Aparentemente os rios são chamados de rios de água doce, porém eles carregam 
inúmeros sais dissolvidos na água. 
 O clima da região, o tipo de solo atravessado pelos rios e o volume de água são 
os principais fatores que determinam a quantidade e a qualidade dos sais dissolvidos. 
 Ex.: Águas de fontes profundas, produzem grandes quantidades de sais. 
 Águas de regiões glaciais, geram pequena concentração de solutos, 
porque estão sujeitas a pouca alteração química. 
 Regiões chuvosas, águas ricas em carbonatos. 
 Regiões semi-áridas, águas com sulfatos e cloretos. 
 
Transporte de Materiais em Suspensão Mecânica 
 
 A água corrente possui a capacidade de manter em suspensão partículas 
sólidas, graças a Velocidade e sobretudo ao seu Grau de Turbulência. Quanto maior 
for a velocidade de um rio, tanto maior será a sua capacidade de manter e transportar 
partículas em suspensão. Estas partículas não chegam ao fundo do rio. Este tipo de 
transporte dá um aspecto barrento as águas dos rios. 
 Ex.: Rio Acre, Rio Juruá, Rio Solimões. 
8 - Água Continental de Superfície 
 117 
Transporte de Materiais em Suspensão Coloidal 
 
 A água corrente mantém em suspensão as partículas através de Forças de 
Adsorção (cargas elétricas). Neste caso também as partículas não chegam ao fundo 
do rio. Alguns exemplos de partículas transportadas em suspensão coloidal são os 
Hidróxidos de Ferro (FeOH), Hidróxido de Alumínio (AlOH), Argilas, Siltes e às 
vezes partículas coloidais orgânicas. Se a quantidade de algum destes materiais for 
muito grande pode dar caráter salobro à água. 
 
Transporte de Materiais por Saltos 
 
 As águas fluviais estão em constante movimento, graças a este movimento, 
quando o leito do rio for constituído de materiais incoerentes, estes serão 
movimentados pela força das águas. Os seixos menores rolam e pulam em um 
movimento desordenado, obedecendo às irregularidades do movimento turbilhonar 
das águas, tanto mais intenso, quanto mais irregular for o leito do rio. 
 Neste tipo de transporte as partículas de vez em quando entram em contato 
com o fundo do rio. Quanto menor o tamanho da partícula maior será o salto, ou seja, 
mais tempo a partícula demora para entrar novamente em contato com o fundo do rio. 
 
Transporte de Materiais por Arrastamento e Rolamento 
 
 Graças ao movimento das águas fluviais, verifica-se uma pressão horizontal 
sobre o leito do rio. Os materiais que se encontram neste local, de acordo com suas 
formas e seus tamanhos, ou serão Arrastados ou serão Rolados. 
 Neste tipo de transporte os materiais nunca perdem o contato com o fundo do 
rio. Os materiais que geralmente sofrem este tipo de transporte apresentam 
granulometrias bastante grandes. 
 Materiais Angulosos : Sofrem o Transporte por Arrastamento 
 Materiais Arredondados : Sofrem o Transporte por Rolamento 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 118 
Tipos de transporte de materiais pelas águas dos Rios 
 
 
 http://www.whfreeman.com/presssiever/ 
 
 
 
 
(Fonte : Ambiente Fluvial – SUGUIO, k. & BIGARELLA, J.J.) 
 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 119 
 
 
 Solução Verdadeira 
 
 Direção da Corrente 
 
 
 
 
 
Suspensão Mecânica ou Coloidal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arrastamento Rolamento S a l t o s 
 
 
 
Ao se tratar de transporte de materiais pelos rios, relacionado-se o volume de 
água corrente, a velocidade da corrente e a disponibilidade de material para o 
transporte, 3 (três) conceitos são de fundamental importância. 
 
 CAPACIDADE DE UM RIO : É a medida da quantidade máxima de material 
que pode ser transportado pelo rio. Depende principalmente do Volume de água 
corrente. 
 COMPETÊNCIA DE UM RIO : É à medida que indica o tamanho máximo 
de material que o rio pode transportar. Depende principalmente da Velocidade da 
corrente. 
 CARGA DE UM RIO : Representa a quantidade de material efetivamente 
carregado (transportado) pelo rio. Depende do Volume de água corrente e da 
Disponibilidade de material. 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 120 
Águas de Escoamento Imediato 
 São águas que escoam rapidamente. As águas das chuvas ou de degelo escoam 
para pontos mais baixos, formando filetes de rolamento, fazendo aumentar o nível 
dos córregos ou dos rios maiores. Assim que se formam os filetes de água começa a 
atividade geológica carregando materiais sólidos. 
 Quando a água penetra apenas superficialmente e escoa, ao encontrar uma 
região pouco permeável, forma filetes de água subterrânea, cuja ação erosiva pode ser 
intensa originando as voçorocas. 
 Tanto os filetes de água superficial, quanto os de água subterrânea atuam na 
esculturação do relevo, graças à quantidade de detritos que removem. 
 
 
SEDIMENTAÇÃO FLUVIAL 
 
 Diminuindo a velocidade de um rio, devido ao menor gradiente existente nas 
regiões do curso médio e do curso inferior, diminuirá também a sua capacidade 
transportadora, iniciando então o processo que chamamos de Sedimentação Fluvial, 
onde ocorre a deposição do material transportado, formando depósitos, que são 
denominados, dependendo do local onde ocorrem de, Depósitos de Piemonte e 
Depósitos Fluviais. 
 
 Depósitos de Piemonte 
 
 São formados a partir da deposição dos primeiros sedimentos fluviais. São 
formados geralmente no sopé das montanhas. São também chamados de Cones ou 
Leques Aluviais, devido a suas formas. 
8 - Água Continental de Superfície 
 121 
 
 
 Depósito de Piemonte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leque Aluvial no Vale da Morte, Califórnia (Fonte: Superfície da Terra – BLOOM, A.) 
 
 
8 - Água Continental de Superfície 
 122 
Depósitos Fluviais 
 São reconhecidos dois tipos de depósitos fluviais: 
 
 - Depósitos Fluviais Formados no Vale do Rio : apresentam nítida 
orientação preferencial dos seixos. Predominam seixos e areias, apresentando uma 
estratificação cruzada acanalada. Ocorrem dentro do vale do rio. Formam o que 
chamamos de praia dos rios, como por exemplo no rio Acre, a Praia da Base, a Praia 
do Amapá, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - Depósitos Fluviais Formados na Planície de Inundação : A 
orientação dos detritos é variável, sem uma direção preferencial. Ocorre a deposição 
de partículas muito finas, predominado silte e argila. São formados no vale fluvial, ou 
seja, fora do leito do rio. São formados quando ocorrem as alagações. 
 
 
 
 Depósitos Fluviais Formados na Planície de Inundação 
 
 
 
 Leito 
do 
 Rio 
Depósitos Fluviais 
no Vale do Rio

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