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Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN Faculdade de Ciências Exatas e Naturais – FANAT Departamento de Física – DFIS Curso: Licenciatura em Física – 2º Período Disciplina: Física Geral e Experimental I Docente: Dr. José Alzamir Pereira da Costa Discente: Ellen Mileide Amorim Costa Relatório de Física Geral e Experimental I: Encontro de dois móveis em MRU Mossoró/Rio Grande do Norte 19 de Abril de 2019 Relatório referente ao sexto experimento no Laboratório de Física I do curso de Licenciatura em Física, como parcela da avaliação da unidade II disciplina de Física Geral e Experimental I, sob a orientação do Prof. Dr. José Alzamir Pereira da Costa. 1. Introdução: O Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) é considerado a forma mais simples de deslocamento, uma vez que o movimento realizado é, apenas, ao longo de uma reta horizontal ou vertical. Já que este tipo de movimento acontece em apenas uma dimensão, é possível desprezar a análise vetorial mais profunda e analisarmos em termos de grandezas escalares; dando prioridade para a análise dos sentidos de velocidades e as mudanças de sinais que são recorrentes quando redefinimos o eixo referencial. Dentro do MRU, Galileu Galilei (1564-1642) determinou a primeira lei de Newton como sendo relativa à inércia. A lei define: “Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um corpo em movimento, continua em movimento retilíneo uniforme (MRU)”. Desse modo, tornou-se possível afirmar que um corpo pode movimentar-se sem a necessidade de uma força atuando sobre ele. Assim, no Movimento Retilíneo Uniforme ocorre o deslocamento de um corpo em linha reta em relação a um dado referencial, não apresentando qualquer variação do módulo da velocidade, portanto, o corpo percorre caminhos iguais em tempos iguais. Com isso, este relatório tem como objetivo expor o funcionamento do mecanismo que demonstra a posição e o instante de encontro de dois móveis que estão em MRU sobre a mesma trajetória, porém em sentidos opostos, envolvendo, assim, a questão física do Movimento Retilíneo Uniforme. Portanto, o referente experimento teve seu processo de realização no laboratório de Física Experimental I, trazendo os conhecimentos da primeira lei da mecânica Newtoniana. O encontro ocorre quando dois móveis, sob o mesmo referencial, estiverem na mesma posição. Para descobrir aonde ocorre esse encontro, basta igualar as equações horárias de cada móvel. 2. Objetivos: Calcular a velocidade média de um móvel em MRU; Escrever a função horária de um móvel em MRU; Estabelecer um sistema de equações para o encontro de dois móveis que partem simultaneamente (um de encontro ao outro) em MRU, na mesma trajetória; Resolver o sistema de equações que determina o instante e a posição de encontro de móveis que se cruzam (dois móveis em MRU na mesma trajetória); Traçar, em um mesmo par de eixos, o gráfico de posição versus tempo para dois móveis que se cruzam; Determinar graficamente o instante e a posição em que se cruzam dois móveis em MRU na mesma trajetória; 3. Material Utilizado: Base de sustentação principal com um plano inclinado articulável com escala de 0º a 45º; Tubo lacrado, contendo óleo, uma esfera de aço e bolha; Ímã; Cronômetro; Nível de bolha para superfície; 4. Anexo do Experimento: Figura 1 5. Procedimento Experimental/Metodologia: No dia 9 de Abril de 2019, realizamos mais um experimento de MRU que consistia no encontro de dois móveis, onde, foi necessário suspendermos nos dois sentidos (norte e sul) a parte horizontal da base do sistema, em prol de obter o deslocamento da bolha. Para localizar um objeto, determinamos a sua localização a partir de um ponto de referência, a sua origem, ou seja, o ponto 0. Em movimento retilíneo uniforme quando dois corpos ocupam a mesma posição no espaço chamamos este instante exato de ponto de encontro, podemos encontrar esse ponto a partir da função da velocidade: (1) Inicialmente, elevamos o plano a 15º acima da horizontal. Com o auxílio do ímã, marcamos a esfera no ponto 0mm e começamos a marcar o tempo que custaria até ela passar pelo ponto 400mm. Encontramos os valores das velocidades a partir da transformação de unidades (milímetro para metro) a partir do que é exigido pelo SI. Fizemos este procedimento de maneira repetitiva por 5 vezes. Ao liberar a esfera, foi cronometrado o tempo de quando a esfera atingiu a posição 400mm. O mesmo foi feito com a bolha no sentido contrário, foi posiciona a na medida de 400mm e mediu-se seu tempo até a mesma atingir a posição 0mm. 6. Resultados Experimentais: Com isso, pudemos anotar os dados na tabela 2. Tabela 2 Medida Esfera Bolha 1 Δt1= 20,82s V1= 0,01921m/s Δt1= 9,84s V1= 0,04065s 2 Δt2= 21,05s V2= 0,01900m/s Δt2= 9,93s V2= 0,04028s 3 Δt3= 20,70s V3= 0,01932m/s Δt3= 9,66s V3= 0,04140s Média Δt= 20,85s Ve= 0,01917m/s Δt= 9,91s Vb= -0,04077s Encontramos velocidades aproximadas e, com base nisso, concluímos que o experimento estava sendo realizado de maneira correta. 7. Análise dos Resultados Experimentais: a) Para o movimento uniforme define-se uma função horária do espaço, que é expressa por x= x0+v*t em que x e x0 representam o espaço final e inicial ocupados pelo móvel, v a velocidade e t o tempo. b) Identifique os parâmetros do movimento da esfera e escreva sua função horária. P/ Esfera: X= 0 + 0,02 * 6,66 = 0,133m c) Identifique os parâmetros do movimento da bolha e escreva sua função horária. P/ Bolha: X= 0,4 – 0,04 * 6,66 = 0,133m d) Resolva o sistema de equações formado pelas funções horárias dos dois móveis. 0,4 – 0,04t = 0 + 0,02t -0,04t – 0-02t = -0,4 - 0,06 = 0,4t t = -0,4 = 6,665 s -0,06 Portanto, o tempo de encontro entre os dois móveis foi de: 6,665s. e) A partir da solução do sistema de equações, obtenha a posição e o tempo transcorrido de encontro dos dois móveis. Calculamos e posição e o tempo transcorrido duas vezes, nos quais, respectivamente, resultaram: Tempo: 7,28s (1); 7,09s (2) → Tempo Médio: 7,185s Posição: 135mm (1); 130mm (2) → Posição Média: 132,5mm (0,123m) f) Compare o resultado algébrico obtido no item anterior para a posição e o tempo transcorrido com o observado no item (i), do procedimento experimental. Calcule o erro relativo e comente as possíveis diferenças. Tempo: X= valor calculado na função; X’ = resultado experimental. Erro Absoluto = X - X’ = 6,66 – 7,18 = | -0,52| Erro Relativo = 0,52 = 0,078. 6,66 Espaço: Erro Absoluto = 0,133 – 0,132 = |0,001| Erro Relativo = 0,001 = 0,0075. 0,133 g) Utilizando os dados da Tabela 3, trace num papel milimetrado em um mesmo par de eixos, o gráfico das funções horárias da esfera e da bolha. Preenchendo a Tabela 3, têm-se: Esfera Bolha t0 = 0 s X0 = 0 mm t0 = 0 s X0 = 400 mm t = 20,86 s X = 400 mm T = 9,91 s X = 0 mm O esboço do gráfico será feito em um papel milimetrado e entregue diretamente ao professor. h) Qual o significado físico das coordenadas do cruzamento das duas retas representativas dos movimentos? Significa a velocidade naquele ponto sobre aquele determinado tempo. 8. Conclusão: A partir da comparação dos valores obtidos e experimentalmente e dos valoresdeterminados através de cálculos, para o tempo e a posição de encontro de dois móveis no MRU, percebemos que alguns fatores afetaram os resultados medidos acarretando discrepâncias, porém, de acordo com as incertezas previstas para cada medida. À vista disso, o resultado da experiência foi satisfatório. 9. Referências: https://alunosonline.uol.com.br/fisica/funcao-horaria-velocidade.html H. Moyses Nussenzveig, Curso de Física Básica I: Mecânica, 4ª Edição, Editora Edgard Blücher, 2002.
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