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AUTOMATIZAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS - CCE0697 Prof. Dr. Cochiran Pereira dos Santos Aracaju, 12 de Fevereiro de 2019 Contextualização O plano de disciplina para Automação de Sistemas foi desenvolvido visando dar ao aluno os conhecimentos necessários para uma futura aplicação real de automatização de sistemas mecânicos na indústria. Ementa Introdução aos Comandos Elétricos Dispositivos de Comando Relés de Comando e Proteção Relés de Comando Dispositivos Elétricos de Acionamento Automatização com comandos eletromêcanicos Automatização com comandos eletrônicos Normas IEC61131-3 Ementa Arquitetura do CLP Ambientes de programação Linguagem Ladder Circuitos de Auto-retenção Circuitos de Prioridade Conversões entre diagramas Lógica Booleana em Ladder Objetivos Gerais Capacitar o aluno para conhecer e utilizar os dispositivos de comando, relés de comando e proteção, os dispositivos elétricos de acionamento de comando e controle, automatização com comandos eletromecânicos, automatização com comandos eletrônicos e as Normas IEC 61131-3. Objetivos Específicos · Conhecer e aplicar as técnicas empregadas na automatização de sistemas; · Conhecer e identificar os dispositivos utilizados em automatização de sistemas; · Conhecer os principais conceitos relacionados a automatização de sistemas; · Conhecer os requisitos da Norma IEC61131-3; Objetivos Específicos . Saber utilizar a linguagem Ladder; . Conhecer os circuitos de autocorreção e os de prioridade; . Conhecer as conversões entre diagramas. Conteúdos Unidade 1: Introdução aos comandos elétricos 1.1. Introdução 1.2. Simbologia Unidade 2: Dispositivos de Comandos 2.1. Contatores 2.2. Aplicação dos Contatores 2.3. Bobinas dos Contatores 2.4. Tensão e Regulação 2.5. Contatos Auxiliares 2.6. Dimensionamento dos Contatores 2.7. Classificação dos Contatores Unidade 3: Relés de Comando e Proteção 3.1. Relé Térmico 3.2. Relé de Falta de Fase 3.3. Relé de Sequência de Fase 3.4. Relés de Máxima e Mínima Tensão 3.5. Relé de Proteção PTC 3.6. Bloco Anti-Parasita Unidade 4: Relés auxiliares de Comando 4.1. Relé Temporizado 4.1.1 Retardo a energização (On-delay) 4.1.2 Retardo a desenergização (Off-delay) 4.2. Relés Auxiliares Unidade 5: Dispositivos elétricos de acionamento, comando, controle e proteção 5.1. Classificação dos Dispositivos Elétricos utilizados em Baixa Tensão 5.2. Fusíveis 5.2.1. Aspectos Construtivos dos Fusíveis 5.2.2. Tipos Normal, Rápidos e Retardados 5.2.3. Dimensionamento dos fusíveis 5.3 Disjuntor Motor Unidade 6: Automatização com comandos eletromecânicos 6.1 Diagramas de comando, força, unifiliar e multifilar 6.2 Comando em Partida Direta 6.2.1. Esquema de Ligação 6.2.2. Exemplo de Dimensionamento e aplicação 6.3. Comando Manual e com Chave Seletora 6.3.1. Esquema de Ligação 6.3.2. Exemplo de Dimensionamento e aplicação 6.4. Comando com Reversão e Intertravamento de Contatos 6.4.1. Esquema de Ligação 6.4.2. Exemplo de Dimensionamento e aplicação 6.5. Comando com temporizadores 6.5.1. Esquema de Ligação 6.5.2. Exemplo de Dimensionamento e aplicação 6.6. Comando com freio eletromagnético 6.6.1. Esquema de Ligação 6.6.2. Exemplo de Dimensionamento e aplicação 6.7. Fechamento de Motores 6.7.1 Motores trifásico com 6 terminais, 9 e 12 terminais 6.8 Comando com partida estrela triangulo 6.8.1. Esquema de Ligação 6.8.2. Exemplo de Dimensionamento e aplicação 6.9. Teste de Isolamento em Motores Unidade 7: Prática de Testes de Comandos 7.1. Quadro de Simulação de Defeitos: Modo de Operação 7.2. Simulação de Defeitos: Comando Elétrico de Partida Direta 7.3. Simulação de Defeitos: Comando Elétrico de Partida Direta com Reversão de Rotação 7.4. Simulação de Defeitos: Comando Elétrico de Partida Indireta utilizando Chave Estrela Triângulo Unidade 8: Automatização com comandos eletrônicos 8.1 Introdução a eletrônica de potência 8.1.1 Diodos, Transitores, Tiristores, SCR e IGBT 8.2. Soft-Starter 8.2.1. Principais Funções da Soft-Starter 8.2.2. Proteções 8.2.3. Descrição dos parâmetros 8.2.4. Formas de ligação Unidade 8: Automatização com comandos eletrônicos 8.3. Princípios básicos de conversores de frequência 8.3.1 Funcionamento (PWM) 8.4. Classificação dos Conversores de freqüência 8.5. Blocos Componentes do Inversor de freqüência 8.6. Dimensionamento do Inversor 8.7. Conexões de Entrada e Saída do Inversor de freqüência 8.8. Aplicação dos Inversores de freqüência em Controle Unidade 9: Introdução ao CLP 9.1. Perspectiva Histórica e comparação com outros sistemas de controle 9.2. Confiabilidade e Segurança no Sistema CLP Unidade 10: Norma IEC 61131-3 10.1 Requisitos de Hardware 10.2 Linguagens de Programação Unidade 11: Arquitetura Básica do CLP 11.1. Diagrama em blocos genérico 11.2. Sistema de Memória 11.3. Unidade de I/O Digital 11.4. Unidade de I/O Analógica 11.5. Sinais Analógicos Padronizados 11.6. Comunicação: Interfaces utilizadas Unidade 12: Ambiente de Programação 12.1. Fases principais da Programação 12.2. Unidades Organizacionais de Programa 12.3. Configuração de Sistema 12.4. Declaração de Variáveis 12.5. Tipos de Dados 12.6. Mapa de Memória 12.7. Conexão ao PLC e Transferência do Programa 12.8. Supervisão e Controle do Estado do Programa 12.9. Sistema Operacional: Ciclo de SCAN Unidade 13: Linguagem LADDER Fundamentos de Programação 13.1. Lógica de Contatos 13.2. Corrente Lógica Fictícia 13.3. Instruções Ladder 13.4. Leitura de entradas 13.5. Montagens não permitidas Unidade 14: LADDER: Circuitos de Auto-Retenção e Prioridade 14.1. Contato de Selo 14.2. Instrução Set e Reset 14.3. Detecção de eventos 14.4. Sistemas de intertravamento Unidade 15: LADDER: Diagrama de Contatos em LADDER 15.1. Fluxo reverso 15.2. Repetição de contatos e bobinas 15.3. Transformação de Esquema Funcional em Diagrama Ladder Unidade 16: LADDER: Lógica Booleana 16.1. NOT 16.2. AND e NAND 16.3. OR e NOR 16.4. Transformação de circuitos combinacionais em Ladder 16.5. Leitura de um Diagrama de Causa e Efeito 16.6. Transformação de Diagramas de Causa e Efeito em Ladder 16.7. Leitura e desenvolvimento de um Diagrama Lógico Aulas teóricas: Aulas expositivas sobre os conteúdos apresentados. Leituras complementares de textos atuais sobre os temas abordados e debates posteriores. Aulas práticas: Desenvolvimento e supervisão de trabalhos práticos para discussões interativas e aplicabilidade dos conceitos em laboratórios. Recursos Quadro magnético e equipamento multimídia Kit didáticos de acionamentos eletromecânicos e eletrônicos Kit didático de CLP Ferramentas eletromecânicas Instrumentos de medidas eletromecânicas Procedimentos de Avaliação A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização, incluindo o das atividades estruturadas. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, incluindo o das atividades estruturadas. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtida dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Freqüentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Bibliografia Básica CREDER, Helio. Instalações elétricas. 15. ed. Riode Janeiro: LTC, 2007. EDMINISTER, Joséph A. Circuitos elétricos. 2. ed. São Paulo: McGraw- Hill, 1985. FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos elétricos. São Paulo: Érica, 2007. Bibliografia Complementar AHMED, Ashfaq. Eletrônica de potência. São Paulo: Prentice-Hall, 2000. COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações elétricas. 3. ed. São Paulo: Makron, 1993 NISKIER, Julio; MACINTYRE, Archibald Joséph. Instalações elétricas. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. SANCHES, Durval. Eletrônica industrial: montagem. Rio de Janeiro: Interciência, 2000. CAVALCANTI, Paulo João Mendes. Fundamentos de eletrotécnica: para técnicos em eletrônica. 21. ed. rev. e melh. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2001. KERNIGHAN, Brian W. Prática da programação. Rio de Janeiro: Campus, 2000. PEREIRA, Fábio. Microcontroladores PIC: programação em C. São Paulo: Érica, 2003. SILVEIRA, Paulo Rogério da; SANTOS, Winderson E. Automação e controle discreto. 5. ed. São Paulo: Érica, 2003. AUTOMATIZAÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS Automatização x Automação Automatização 1. substantivo feminino ato ou efeito de automatizar. 2. m.q. AUTOMAÇÃO. Automação Sistema que emprega processos automáticos que comandam e controlam os mecanismos para seu próprio funcionamento. Introdução aos comandos elétricos A importância dos comandos elétricos para controle dos dispositivos mecânicos. Objetivos - Debater sobre a importância dos comandos elétricos para controle dos dispositivos mecânicos. - Reconhecer as simbologias adotadas em comandos elétricos. O que são comandos elétricos? Atualmente tudo que nos cerca envolve eletricidade*, e a automação faz parte de nosso cotidiano, mesmo que nas coisas mais simples possíveis. *Seu estudo é dividido em 4 grandes áreas que são a geração, transmissão, distribuição e consumo. Os comandos elétricos são o princípio da automação, através de suas lógicas de comandos e acionamentos, sua principal função é realizar o acionamento de máquinas elétricas e equipamentos elétricos, dos mais variados tipos. São utilizados para diversas finalidades, como por exemplo em elevadores, tornos, fresas, esteiras rolantes e infinitos processos de produção dentro das indústrias. Os comandos elétricos dividem-se basicamente em circuito de força ou de cargas, em que são ligados os motores e equipamentos. - Circuito de cargas: o circuito de cargas pode ser monofásico (uma fase), bifásico (duas fases) ou trifásico (três fases), em que as quantidades de cargas elétricas utilizadas representam sua potência total. - Circuito de comandos: o circuito de comandos ou de controle é onde os dispositivos de acionamento e sinalização são encontrados, este local possui uma combinação de elementos que executam o acionamento das cargas e sinaleiros através de uma combinação lógica de elementos deste circuito. Acionamento convencional: utilizam partidas convencionais de motores, e para isso utilizam dispositivos eletromecânicos para o acionamento de um motor. Ex.: contatores eletromecânicos, interruptores mecânicos. Acionamento eletrônico: utilizam a partida eletrônica de motores, através de dispositivos eletrônicos para acioná-los. Ex.: Soft-starters, inversores de frequência. Em comandos elétricos são utilizados dispositivos de proteção: • Fusíveis • Relés Térmicos • Disjuntores e Disjuntores Motores • Dispositivos de comando, sinalização e auxiliares • Botoeiras e Chaves Manuais • Contatores • Relés Temporizadores • Sinalizadores Visuais e Sonoros Componentes usados em comandos elétricos Botoeiras As botoeiras são conhecidas de forma genérica como botão de comando, é um elemento responsável por ligar e desligar os circuitos. As botoeiras mais comuns possuem contatos do tipo normalmente aberto (NA) e normalmente fechado (NF) permitindo diversas configurações. Algumas botoeiras possuem um dispositivo de retorno por mola, que após ser acionado retorna para a posição inicial, neste caso são denominados botões pulsadores. Existem outros atuadores, que são as chaves rotativas, pedais, fins de curso, etc. Para facilitar o entendimento, essas botoeiras ou acionadores possuem cores definidas de acordo com a sua função. Estas cores são definidas de acordo com as normas e a sua função, conforme vemos abaixo: Simbologia das botoeiras: Fusíveis Os fusíveis são dispositivos conhecidos por muitos, justamente por estarem presentes em estabelecimentos e carros, por exemplo, sendo que a sua função é proteger o circuito que está instalado contra curto-circuito e queima. Classificação de fusíveis quanto à velocidade de atuação: - Ultra-rápidos (Ultra-Fast acting) Utilizados para a proteção de circuitos eletroeletrônicos, principalmente para a proteção de componentes semicondutores, em que pequenas variações de corrente em curtíssimo espaço de tempo fazem o fusível atuar. - Rápidos (fast acting) Também utilizados para a proteção de circuitos com semicondutores e sua atuação é rápida o suficiente para limitar o aumento da corrente num curto intervalo de tempo. - Normal (normal acting) A atuação do fusível é mediana, tem como objetivo de proteção circuitos eletroeletrônicos e elétricos, utilizado de forma mais geral onde a proteção do circuito não necessite um tempo muito curto de atuação. - Retardo (time-delay acting) São fusíveis de atuação lenta. Utilizados para a proteção de circuitos elétricos, e tem como principal objetivo a proteção de circuitos com cargas indutivas (ex.: motor). Esta característica permite que o fusível não atue no pico de corrente provocado pela partida do motor. Simbologia Relé O relé é um interruptor eletromecânico, cujo funcionamento é bem simples, quando uma corrente circula pela bobina, esta gera um campo eletromagnético que acaba atraindo uma série de contatos, estes contatos fecham ou abrem os circuitos. Quando a corrente elétrica que passa pelas bobinas é interrompida, o campo eletromagnético também é interrompido, ou seja, os contatos voltam para suas posições originais. Simbologia Relés temporizadores Sinalizadores Como o próprio nome já diz, os sinalizadores servem para sinalizar o operador de uma situação que requer sua atenção. Podem ser do tipo luminosos ou sonoros, sendo que o luminoso é o mais utilizado. Assim como as botoeiras, os sinalizadores são identificados por cores. Sinalizadores Contator É um dispositivo eletromecânico e o principal elemento em comandos elétricos, cuja principal função é controlar a passagem de altas correntes. Ele também possui as configurações NA e NF, e é composto por uma bobina que produz um campo eletromagnético que proporciona o movimento e a mudança de posição dos seus contatos. Os contatores possuem dois tipos de contato, um é o de potência ou principal, que lidam com alta corrente, geralmente em blocos de três contatos, para cargas trifásicas, sendo todos NA. Os outros são contatos auxiliares ou de comando, que lidam com baixa corrente, utilizados para os comandos elétricos propriamente ditos. Os contatos são mesclados entre NA e NF que variam de acordo com o fabricante e a necessidade. Simbologia Disjuntores Os disjuntores são dispositivos de proteção e, assim como os fusíveis, atuam protegendo o circuito contra um possível curto- circuito ou sobrecarga. A principal diferença é que o disjuntor não é descartável como o fusível e os disjuntores possuem curvas características distintas. Possuem em seu corpo a capacidade de corrente (ou a corrente máxima) de trabalho. Ex.: 16 A, 25 A, 32 A, 100 A. SimbologiaConsiderações finais Atualmente é quase impossível encontrar nas indústrias alguma máquina ou processo de produção que não possua comandos elétricos em sua composição. Os comandos elétricos, além de tornar possível o controle de múltiplas máquinas e suas atividades, otimizam a produção, reduzem preços e evitam desgaste de equipamentos, além de favorecem o aumento da segurança dos operadores durante todo o processo. NORMAS REGULAMENTADORAS (NR) São duas normas que devem ser observadas ao se lidar com comandos elétricos, a NR 10 (segurança em instalações e serviços em eletricidade) e a NR 12 (segurança no trabalho em máquinas e equipamentos). A NR 10 em sua definição estabelece os requisitos e condições mínimas que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. A NR 12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. Circuitos Circuitos
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