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ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 1 Descrição Estudo de Caso: Ipea lança publicação sobre tendências mundiais para os próximos 15 anos (Jornal do Commercio, Rio de janeiro, 24/03/2016) O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quarta-feira (14) o livro Megatendências Mundiais 2030: o que as entidades e personalidades internacionais pensam sobre o futuro do mundo? A obra trata de assuntos que devem moldar o contexto mundial nos próximos anos nas áreas de população, geopolítica, ciência e tecnologia, economia, meio ambiente e foi organizada pela coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica, Informação e Documentação do Ipea, Elaine Coutinho Marcial. Entre as referências do estudo estão o ex-senador e ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ecológico Al Gore e o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, cuja obra aborda a transição das sociedades do mundo moderno para o mundo pós-moderno. Muitos dos problemas que enfrentamos hoje é porque no passado não olhamos para o futuro no longo prazo. Ou não nos preparemos para evitar que ocorressem ou para que estivéssemos mais bem preparados para essa ocorrência?, disse Elaine. [...] A obra está disponível no site do Ipea. Na questão ambiental, por exemplo, o livro destaca que o modelo econômico vigente, associado ao comportamento de cidadãos e de países, é agressivo ao meio ambiente, provoca poluição do ar, desmatamento, perdas ecossistêmicas nos meios marinho e de costa, enfim, degradação, de forma geral. Para os autores, se não houver rupturas nos padrões de consumo e diminuição na geração de resíduos, esse modelo continuará conduzindo à escassez de recursos naturais nos próximos anos. O estudo mostra ainda que, em decorrência da taxa de natalidade decrescente e do aumento da expectativa de vida, observa-se a tendência de envelhecimento populacional, sobretudo na Ásia, nos países do Leste Europeu e nos países do Sul da Europa, com efeito potencialmente negativo sobre o crescimento econômico, em virtude da diminuição da população em idade ativa. Esse envelhecimento pressiona os serviços de saúde e previdência social. Estamos em um momento de grandes mudanças. E as grandes mudanças, às vezes, nos deixam um pouco incomodados e inseguros em relação a esse processo, É, na verdade, um momento de grandes oportunidades, mas, com boas informações, conseguimos fazer boas escolhas e, com isso, construir o país que tanto almejamos?, afirmou Elaine Marcial. Durante o lançamento da obra, que está disponível no site do Ipea, foi anunciada também a criação da Plataforma Brasil 2100, um espaço de diálogo permanente entre a sociedade civil e o Estado, para construção de cenários levando em consideração quatro dimensões: social, econômica, territorial e político-institucional. A plataforma deve ser lançada ainda neste ano. Ainda esperamos muito por governos, que são fundamentais. O Estado também é fundamental, mas a sociedade precisa tomar a dianteira de algumas discussões, e não esperar que os dirigentes que estão sendo cobrados para gerar resultado de curto prazo tomem a inciativa de mais longo prazo?, disse o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), Marcio Gimene. Indagações: Comentar sobre o conceito de escassez levando em conta o fato da população estar envelhecendo e existir a falta de recursos para investimentos em saúde e previdência social. Como utilizar o Direito para estimular investimentos em áreas sociais com menor retorno em vez de setores com alta rentabilidade, mas com inclusão social reduzida. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto os aspectos que os recursos são escassos (fatores de produção), mas a demanda da sociedade é crescente. Por sua vez, a questão jurídica é importante para direcionar recursos para áreas com impacto social. Tributos e incentivos fiscais que afetam essa distribuição é um dos campos com intensa participação do Direito. Poderá ser consultado o site www.ipea.gov.br. QUESTÕES PARA A AULA Questão 1: É característica do Sistema Socialista ou economia centralizada em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas: a) pelos fatores de produção. b) pelas forças de mercado. c) pela livre iniciativa. d) pela propriedade privada. e) por um órgão central de planejamento. Questão 2: São considerados fatores de produção e suas remunerações respectivas com EXCEÇÃO: a) do Rendimento e da Iniciativa. b) da Terra e do Aluguel. c) do Trabalho e do Salário. d) do Capital e do Juro. e) da Capacidade Empresarial e do Lucro. Questão 3: O sistema capitalista ou economia de mercado é regido: a) por um órgão central de planejamento. b) pela propriedade pública dos fatores de produção. c) pelas forças de mercado. d) pelo pensamento econômico. e) pela força da mão-de-obra. Questão 4: As regras propostas para nosso sistema capitalista de produção estão baseadas: a) na base definida na engenharia de produção. b) em preceitos constitucionais que ordena a alocação de recursos escassos. c) na física quântica. d) na matemática e estatística associada à economia. e) no plano empresarial estatal. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 2 Descrição Estudo de Caso: Agronegócio ignora crise e bate recordes (O Estadão On-Line, 20/03/2016) Em meio à retração generalizada da economia, o campo é o único que salva. Com injeção pesada de tecnologia em todas as etapas do processo produtivo e câmbio favorável, o agronegócio, único setor que cresceu no país em 2015, vem conseguindo driblar os gargalos de infra-estrutura e cravar sua competitividade no cenário internacional. Neste ano, a produção de soja, carro-chefe da agricultura brasileira, deve ultrapassar a barreira das 100 milhões de toneladas. A nova safra recorde vem apesar das irregularidades climáticas que assolaram seis Estados, incluindo os principais produtores: Mato Grosso e Paraná. Mesmo assim, o país deve produzir 101,2 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Com esse resultado e o crescente ganho de produtividade, o Brasil, que já é o maior exportador do grão caminha para ultrapassar a produção dos EUA nas próximas safras. [...] Além do investimento pesado em tecnologia e de políticas públicas de incentivo, como disponibilidade de crédito a taxas atrativas, houve também um importante crescimento em gestão das cooperativas agrícolas brasileiras. Mas os grandes números e cifras só ficaram possíveis graças ao boom das commodities nos últimos anos puxado pela demanda chinesa. [...] Indagações: A partir do texto, comentar sobre as questões de oferta e demanda no agronegócio, puxadas pelo aumento da produtividade (investimento em tecnologia) e aumento da demanda por parte da China. Comente com base no texto sobre as tendências ao equilíbrio no mercado do agronegócio. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto sobre a importância da tecnologia no agronegócio como forma de aumentar a produtividade e tornar competitivos nossos produtos no mercado internacional, apesar dos gargalos em infra-estrutura. Em relação à tendência ao equilíbrio mostrar como as forças de mercado no agronegócio poderão levar a essa condição. Poderá ser consultado o site www.conab.gov.br. QUESTÕES PARA A AULA 1) Numa análise tradicional do Objetivo da Firma, o empresário busca: a) reduzir a possibilidade de crescimento da concorrência. b) ampliar sempre o tamanho de sua firma. c) maximizar o lucro total. d) explorar novos mercados. e) atingir a maior eficiência possível. 2) Na hipótese em que a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio, encontramos em uma situação de: a) escassez. b) excedente. c) excesso. d)deficiência. e) competitividade. 3) Numa situação em que a quantidade ofertada estiver acima do ponto de equilíbrio, irá conduzir: a) a um aumento dos preços ou redução na quantidade ofertada. b) a uma redução dos preços ou aumento na quantidade ofertada. c) a um aumento de preços ou na quantidade ofertada. d) a uma redução dos preços ou na quantidade ofertada. e) a uma situação inflacionária. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 3 Descrição Estudo de Caso: Encontro de contas do setor elétrico não prejudicará consumidores (O Globo, 08/03/2016) A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta terça-feira consulta pública sobre a possibilidade de distribuidoras firmarem acordos bilaterais com geradoras de energia elétrica para fazer um encontro de contas em favor das próprias empresas, aliviando perdas bilionárias ao setor. A proposta do diretor Tiago Correia, aprovada pela diretoria, é que, se houver ônus nessas negociações, ele seja pago pelas empresas, mas, se houver vantagem econômica, ela seja transferida em parte aos consumidores, como forma de não afetá-los negativamente. Com a crise econômica e a redução da demanda neste ano por causa da crise econômica, as distribuidoras de energia têm contratos equivalentes a 107,1% daquilo que devem entregar de energia aos clientes. Na outra mão, há uma série de novas usinas com obras em atraso, como Belo Monte, ou que se mostraram inviáveis, em dificuldades financeiras, que estão comprando energia a curto prazo para honrar compromissos. A ideia, apoiada pelo governo federal, é de que eles negociem entre si para aliviar suas dívidas. Segundo a proposta de Correia, porém, esses acordo bilaterais blindam os consumidores residenciais de energia elétrica de qualquer impacto financeiro negativo em suas tarifas. E, se esse encontro de contas oferecer vantagens financeiras, elas seriam divididas com os consumidores. O tema estará em consulta pública até o dia 21, a partir de quando a medida deverá ser reavaliada e implantada. "A distribuidora vai ser responsável por ressarcir eventual ônus ao consumidor, que se beneficiará com eventual bônus" disse Correia. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, destacou que a permissão para essas negociações entre distribuidoras e geradoras não afeta os riscos desses empreendimentos e mantém seus contratos" e, eventualmente, multas por descumprimentos de normas regulatórias. "O que estamos fazendo aqui é flexibilizando, no limite que podemos fazer, uma negociação bilateral. Não é intervenção em responsabilidades da Aneel. O que estamos é ampliando o espaço de liberdade de gestão, mas a responsabilidade é sempre das empresas" disse Rufino. Indagações: Comente com base no texto sobre as formas de intervenção do Estado na economia e como o Direito econômico pode contribuir nesse processo. Com base no texto, comentar sobre a necessidade de regulação por parte da Aneel para que os consumidores individuais e empresas recebam Energia Elétrica em quantidade e preço adequados. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto sobre as formas de intervenção do Estado na economia focando para o caso abordado no texto. No caso, como buscar nos conceitos da Economia Jurídica elementos para contribuir no desenvolvimento econômico. Em relação à necessidade de regulação por parte da Aneel para que os consumidores individuais e empresas recebam Energia Elétrica em quantidade e preço adequados, o aluno deve focar sobre a atuação do Estado no sentido de fiscalizar e incentivar o investimento em áreas vitais para a sustentabilidade de nossa economia. QUESTÕES PARA A AULA 1) NÃO é considerada imperfeição de mercado em que o governo intervém na formação de preços de mercado: a) a livre flutuação da taxa de câmbio sujeito as condições de mercado. b) a fixação de preços mínimos para produtos agrícolas. c) a decretação de congelamento de preços e salários. d) a fixação de imposto e subsídio. e) o estabelecimento de critérios de reajuste do salário mínimo. 2) Numa situação em que a Demanda é maior que a Oferta, o mercado está em situação de: a) equilíbrio. b) estruturado. c) depressão. d) desequilíbrio. e) desestruturado. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 4 Descrição Estudo de Caso: Empresas brasileiras adotam nova estrutura corporativa (O Globo On-Line, 26/01/2016) Boas práticas de governança andam de mãos dadas com reputação, transparência e credibilidade das empresas. Elas não apenas ajudam a solidificar a imagem de uma corporação como pavimentam o caminho do crescimento estruturado, que tem a eficiência como meta principal. Em uma economia globalizada, com fluxo constante de informações, o tema ganha relevância cada vez maior no meio empresarial. A governança corporativa traduz uma cultura de responsabilidade e de visão estratégica. Além de fornecer diretrizes para o bom funcionamento da empresa " seja de capital aberto, fechado ou misto", busca o equilíbrio entre os interesses de controladores, acionistas e diretoria. É preciso alinhar condutas para o bom desempenho da companhia. No Brasil, essa cultura começou a ganhar corpo no fim dos anos 1990, ao abranger conceitos de Administração, Contabilidade, Direito, Economia e Finanças. O modelo empresarial brasileiro encontra-se num momento de transição. Em lugar de grandes oligopólios, empresas de administração exclusivamente familiar e controle acionário altamente concentrado, o país caminha para uma nova estrutura corporativa. Esse ambiente é marcado pela participação crescente de investidores institucionais, pela pulverização do controle acionário das empresas e pelo foco na transparência da gestão. O novo cenário impõe grandes desafios às empresas, que devem passar da teoria à prática. Segundo Elismar Álvares, professora da Fundação Dom Cabral (FDC), a adoção de uma política efetiva de governança tornou-se um dos requisitos básicos exigidos pelos investidores e pelas instituições do mercado, pois ajuda a reduzir os riscos da empresa e a melhorar as condições para captação de recursos e atração de investimentos. De quebra, contribui para harmonizar as relações internas de poder. "O custo do capital será muito mais baixo se a empresa agir com correção e transparência. São princípios que trazem mais segurança para qualquer investidor ou acionista. O mercado precisa conhecer o modo de atuação das companhias, incluindo o processo de tomada de decisões. Quem não trilha este caminho está arriscado a fazer um voo cego" afirma Elismar, coautora do livro "Governança Corporativa - Um modelo brasileiro" (Editora Campus/Elsevier). Segundo especialistas, não há futuro para companhias que decidem seus rumos em reuniões a portas fechadas, sem consultar sócios e investidores nem dar ciência ao público. O compartilhamento das informações é decisivo para gerenciar melhor riscos e oportunidades. Quando esses fatores revertem em uma gestão eficaz e confiável, a empresa consolida uma boa reputação perante o mercado. É a chamada criação de valor, processo determinante para a longevidade das companhias. Esse processo exige integrar a gestão de negócios a políticas de desenvolvimento sustentável, parte indissociável da governança corporativa, que descortina novas possibilidades para as empresas. "Além do retorno financeiro, é preciso buscar também o retorno do capital ambiental e social. Esse conceito deve nortear o cotidiano das empresas" alerta a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. [...] Segundo Marina, uma empresa que incorpore preocupações socioambientais ao modelo de gestão dificilmente irá desconsiderá-las nos processos decisórios. "É preciso deixar claro o que se ganha e o que considerar com a sustentabilidade. Seessa incorporação não for feita, a empresa não terá ferramentas para calcular corretamente suas estratégias. E não há forma de governança corporativa que possa suprir essa ausência" conclui. Indagações: A partir do texto, como os órgãos de defesa da concorrência podem contribuir para melhorar a governança corporativa das empresas atendendo aos desejos de seus consumidores. Comente, com base no texto, sobre os riscos de uma concentração excessiva da produção nacional nas mãos de poucas empresas. Exemplifique sempre que possível. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto sobre a importância da governança corporativa para melhorar a qualidade dos bens e serviços oferecidos ao consumidor. Então, explanar como os órgãos de defesa da concorrência podem ajudar no processo de implantação da governança corporativa. Comentar também sobre a estrutura de mercado brasileira ainda dominada por poucas empresas em cada setor da atividade econômica. Poderá ser consultado o site www.cade.gov.br. QUESTÕES PARA A AULA 1) No Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), a Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE têm função: a) de tribunal administrativo. b) de julgar processos no âmbito da defesa da concorrência. c) meramente protocolar. d) de instância superior de julgamento. e) analítica e investigativa, atuando na instrução dos processos. 2) Em relação a defesa da concorrência, NÃO consta da Constituição Federal brasileira de 1988: a) a repressão do abuso ao poder econômico. b) o combate a dominação dos mercados. c) a preservação da concorrência. d) o estímulo a formação de oligopólios. e) o combate ao aumento arbitrário dos lucros. 3) É característica da formação de Cartel na atividade econômica: a) as empresas sendo dependentes uma das outras. b) as empresas promovendo a dominação de mercado de modo geral, através da combinação de preços. c) a cooperação interna entre empresas do mesmo segmento da atividade econômica. d) a dependência histórica das empresas que atuam no mesmo segmento da atividade econômica. e) o estímulo a competição no mercado de consumo. 4) NÃO está previsto no art. 170 caput e incisos da Constituição Federal brasileira no sentido de preservar a concorrência: a) a livre iniciativa. b) a livre concorrência. c) a centralização da produção. d) a defesa do consumidor. e) o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 5 Descrição Estudo de Caso: Governo prevê gasto maior do que receita em 2016 e propõe mínimo de R$ 865,50 Os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, entregaram nesta segunda-feira (31) ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o projeto do Orçamento de 2016. De acordo com Barbosa, a proposta foi entregue com previsão de déficit (gastos maiores que as receitas) de R$ 30,5 bilhões, que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). [...] Esta é a primeira vez na história, segundo o ministério, que o projeto do Orçamento para o próximo ano tem previsão de déficit. Com ele, o governo admite formalmente que a meta fiscal, de 0,7% do PIB, fixada em julho deste ano, não será atingida. Essa meta já era inferior ao objetivo inicial do governo, anunciado em novembro do ano passado, de que o setor público registraria um superávit primário (receitas maiores que os gastos, sem contar os juros) de ao menos 2% do PIB em 2016 (que correspondia a R$ 126,7 bilhões). Esse valor foi confirmado em abril. O governo optou por admitir que as contas públicas terão, no ano que vem, déficit fiscal inédito após ver naufragar sua ideia de retomar a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O tributo arrecadaria cerca de R$ 80 bilhões em 2016, grande parte destinada aos cofres do governo, e aumentaria a previsão de receitas para o próximo ano cobrindo também o rombo orçamentário. A proposta, porém, contou com forte rejeição da sociedade e do empresariado e foi abandonada, pois teria de passar pelo crivo do Congresso Nacional. [...] De acordo com a Constituição, o Orçamento deve ser aprovado pelo Congresso até dezembro de cada ano. Quando isso não acontece, o governo só pode gastar no ano seguinte o correspondente a 1/12 do orçamento do ano anterior, até que o novo orçamento seja aprovado. O orçamento deste ano só foi aprovado pelo Congresso em março, depois de a votação ser adiada algumas vezes. Com a demora para a aprovação, alguns ministérios tiveram que interromper projetos ou retardar verbas previstas para alguns programas. (Correio do Estado - Mato Grosso do Sul, 31/08/2015) Indagações: A partir do texto, mostre a situação do orçamento para o ano de 2016. Fundamente a resposta. Como o governo poderia evitar a situação de déficit que se apresenta para o ano de 2016? Fundamente a resposta. Comente sobre os riscos para a economia da existência de déficits reiterados no orçamento. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto sobre a importância de se manter o equilíbrio entre as receitas e despesas constantes no orçamento. Em caso de desajuste medidas duras deverão ser tomadas para evitar os impactos inevitáveis na ordem econômica. Comentar também sobre os riscos para a economia se os déficits se tornarem persistentes afetando as variáveis macroeconômicas. A população mais pobre seria fatalmente a mais prejudicada com esse estado de coisas. QUESTÕES PARA A AULA 1) São considerados princípios orçamentários previstos na Constituição Federal brasileira com EXCEÇÃO da: a) Legalidade. b) Exclusividade. c) Anualidade. d) Retroatividade. e) Universalidade. 2) Na atividade financeira do Estado, na Função Alocativa o governo: a) fornece bens e serviços públicos que não são oferecidos pelo setor privado ou são oferecidos em quantidade insuficiente. b) interfere na economia procurando alcançar um elevado nível de emprego. c) afeta a distribuição de renda através do sistema tributário ou através de programas governamentais. d) interfere na economia procurando alcançar a estabilidade de preços. e) interfere na economia procurando alcançar um alto nível de crescimento econômico. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 6 Descrição Estudo de Caso: Nova CPMF reforça sistema tributário que penaliza os mais pobres (o Globo - On Line, 16/09/2015) Imaginemos que dois pais de família brasileiros com salários bem distintos resolvam comprar hoje, um dia após o Governo anunciar um pacote de novos impostos, uma bola oficial da CBF para seus respectivos filhos. Ela custa 400 reais, sendo que quase metade desse valor (185,96 reais) vem de impostos embutidos no produto. Se o primeiro pai for da classe A, com um salário mensal de 30.000 mensais, o peso do imposto seria de apenas 0,62% do salário mensal. Se o segundo pai for da emergente classe C, com um salário de 1.200 reais, ele significa 15,5% do seu ganho mensal. O caso hipotético, citado pelo presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike, serve para exemplificar o funcionamento do atual sistema tributário brasileiro: como não se aplica de acordo com a faixa de renda de cada um, acaba penalizando mais a classe com menor poder aquisitivo. Em outras palavras, ele tributa igual os desiguais. O mesmo princípio pode ser aplicado no resgate da CPMF proposta nesta segunda-feira [...]. Ela deve incidir diretamente sobre todas as movimentações financeiras por via bancária, como em saques em dinheiro e pagamento de cartão, por exemplo. Dessa forma, se os dois pais comprarem pela internet através do cartão essa bola ou qualquer produto terãoum desconto de 0,2%, se a proposta for aprovada. Nesse caso, o peso para o pai da classe A será muito menor do que para o pai da classe C. "Não há dúvidas de que a classe mais baixa sofre mais com esses impostos indiretos e que são regressivos. No caso dos impostos da bola, por exemplo, o pai mais pobre acabou pagando proporcionalmente 25 vezes mais que o outro", explica Olenike. O exemplo é hipotético, mas pode se fazer o mesmo paralelo para outros bens que consumidores de faixas de renda diferente forem comprar: um refrigerante, a carne, a roupa... Embora os especialistas admitam que a CPMF é "menos pior" que os demais impostos brasileiros, caso seja ressuscitada, com aval do Congresso, contribuirá para aumentar a carga tributária da país que hoje é a maior da América Latina. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o total de impostos pagos pelos brasileiros atinge 35,7% de toda a riqueza produzida do país. A taxa está acima de países desenvolvidos como Estados Unidos (25,4%), Suíça (27,1%), Canadá (30, 6%) e Reino Unido (32,9%). Isso acontece em grande medida porque o Brasil possui um volume alto de impostos indiretos, que estão embutidos nos produtos e serviços e são cobrados de forma igual para todos. Por outro lado, os brasileiros pagam menos impostos sobre a renda que a média dos países da OCDE. [...] Para Olenike, falar em um aumento de impostos sobre a renda é mais justo que cogitar subir as taxas que incidem sobre a produção e comercialização de produtos "que são repassados aos consumidores" ou em movimentações financeiras. "Como nos impostos indiretos não há distinção entre classes e todos pagam o mesmo, a parcela mais pobre da população acaba pagando, proporcionalmente, mais taxas tributárias", explica. [...] Indagações: A partir do texto, comente sobre o sistema tributário brasileiro e como ele afeta os princípios gerais de tributação. Comente, com base no texto, sobre a necessidade de uma reforma tributária no país. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto sobre a injustiça de nosso sistema tributário em que a população mais pobre paga mais tributos proporcionalmente a sua renda em relação aos mais ricos. Comentar também sobre a necessidade de se tributar os mais ricos, fato que somente seria possível com uma reforma tributária. Poderá ser consultado o site www.ibpt.com.br QUESTÕES PARA A AULA 1) NÃO é tributo admitido em lei na Constituição federal brasileira: a) Empréstimo Bancário. b) Impostos. c) Taxas. d) Contribuição de Melhoria. e) Contribuições Sociais. 2) O Código Tributário Nacional define imposto como o tributo: a) em razão do exercício do poder de polícia pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis. b) cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. c) que se destinam atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. d) arrecadado dos proprietários de imóveis beneficiados por obras de natureza pública. e) de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. 3) A progressividade do Imposto de Renda Pessoa Física está inserido no princípio: a) do benefício. b) da neutralidade. c) da capacidade de pagamento. d) da equidade. e) do orçamento público. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 7 Descrição Estudo de Caso: FMI apóia políticas monetárias não convencionais (O Globo On-line, 13/03/2016) As políticas monetárias não convencionais dos bancos centrais na Europa e no Japão receberam a aprovação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no domingo, apesar de autoridades de mercados emergentes terem advertido que essas medidas estão elevando os riscos para a economia global. O debate sobre os méritos das políticas não convencionais acontece dias antes de importantes bancos centrais, como o Federal Reserve, dos EUA, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão, anunciarem suas decisões sobre as taxas de juros. Nas conclusões de um evento de três dias do FMI em Nova Délhi, a diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que os países deveriam seguir adiante com políticas monetárias não convencionais se elas vierem acompanhadas de reformas estruturais e baixa inflação. "A política monetária é necessária, mas não pode ser o único" disse Lagarde. Em declarações no mesmo evento no sábado, o presidente do BC da Índia, Raghuram Rajan, um crítico dessas políticas, disse que seus custos estão aumentando, apesar de os benefícios parecerem estar diminuindo. Ainda assim, pediu aos bancos centrais mundiais que adotem um sistema para avaliar o impacto de suas ações, incluindo as políticas monetárias não convencionais que estão sendo usadas atualmente. O Banco Central Europeu adotou recentemente novas medidas de estímulo monetário ao reduzir, na semana passada, suas taxas de juros, que ficaram ainda mais negativas, aumentar as compras de ativos ? também chamado dequantitative easing? e lançar um programa de empréstimos que os bancos deveriam estender à economia real. O Banco do Japão levou suas taxas de juros para o território negativo pela primeira vez, e o Fed prevê endurecer sua política monetária apenas gradualmente após anos de juros próximas de zero e alívio quantitativo. Rajan, do banco central indiano, propôs que um grupo de acadêmicos meça e analise os efeitos das políticas monetárias e indique quais deveriam ser usadas e quais é melhor evitar. O sistema de monitoramento poderia ser implementado por meio de um acordo internacional em linha com os acordos de Bretton Woods ou através do FMI, acrescentou. Indagações: Comente, a partir do texto sobre a importância do Banco Central no Brasil e na Europa na questão monetária. A partir do texto, comente sobre as medidas a serem tomadas pelos bancos Centrais para estimular o desenvolvimento econômico. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar o papel dos Bancos Centrais como órgão executor da política monetária e como agente fundamental para manter a estabilidade da moeda. Comentar também sobre as principais medidas de política monetária à disposição dos bancos centrais para o fomento da atividade econômica. Poderá ser consultado o site www.bcb.gov.br QUESTÕES PARA A AULA 1) São objetivos da política do Conselho Monetário Nacional com EXCEÇÃO: a) zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras b) participar do conselho de administração das empresas públicas c) adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da economia nacional d) regular o valor interno da moeda e) propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros 2) NÃO é um título particular ou comercial: a) Ações emitidas pelas sociedades comerciais. b) Cheque. c) Duplicata Mercantil. d) Título Público. e) Nota Promissória. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 8 Descrição Estudo de Caso: Taxa de juros do cheque especial sobe para 246,9% ao ano em julho A taxa média de juros no crédito livre subiu de 43,4% ao ano em junho para 44,2% ao ano em julho, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, 26 Com essa alta, a taxa volta a ser a maior da série iniciada em março de 2011. Desde o início do ano, em todos os meses a taxa de juros tem sido recorde e batido a do mês anterior. No ano até o mês passado, a taxa subiu 6,9 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2014 estava em 37,3% ao ano. Em 12 meses até julho, a alta é de 7,2 pp. Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 58,4% em junho para 59,5% em julho, também a maior da série histórica. Para pessoajurídica, houve elevação de 27,5% para 27,9% de junho para julho. Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 241,3% ao ano em junho para 246,9% ao ano no mês passado. Ao longo de 2015, as taxas cobradas por uma das linhas mais caras que o consumidor pode acessar - perde apenas para o rotativo do cartão de crédito - subiram 45,9 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2014 o juro médio dessa modalidade estava em 201% ao ano. Já para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 48,7% em junho para 49% em julho. No caso de consignado, a taxa passou de 27,3% para 27,8% de junho para julho e, nas demais linhas, de 112,7% para 113,8%. No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 24,7% para 24,5% de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 27,6% em junho para 28,4% em julho. (Jornal de Brasília On Line, 26/08/2015) Indagações: Com base no texto, comente sobre a importância da taxa de juros para o crédito pessoal. Considerando o elevado nível da taxa de juros apresentado no texto, comente seu impacto sobre a capacidade de investimento na produção. Comentar sobre a utilização dos instrumentos de política monetária para conter o nível de inflação. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre a influência de uma elevação ou redução da taxa de juros na procura ou oferta de crédito pelas instituições financeiras e no nível de investimentos na economia. Comentar também sobre os instrumentos de política monetária à disposição do governo para controlar a inflação. Poderá ser consultado o site www.bcb.gov.br QUESTÕES PARA A AULA 1) Quando se verifica um excesso de demanda agregada de mercadorias e serviços em relação à oferta dessas mercadorias e serviços, temos uma: a) inflação de custos. b) inflação inercial. c) inflação de demanda. d) inflação monetária. e) inflação estrutural. 2) São conseqüências do processo inflacionário com EXCEÇÃO: a) Redução do poder aquisitivo. b) Desequilíbrio nas contas externas. c) Redução da arrecadação tributária. d) Desestímulo a aplicação no setor produtivo. e) Melhor distribuição de renda. 3) São operações com mercado aberto (open market): a) compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo. b) depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil. c) liberação de recursos pelo Banco Central do Brasil aos bancos comerciais. d) redescontos de liquidez realizados pelo Banco Central do Brasil. e) reservas obrigatórias do Banco Central do Brasil. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 9 Descrição Estudo de Caso: BNDES defende parceria entre governo e setor privado para ampliar exportação O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt, disse hoje (19) que ações conjuntas entre o governo e o setor privado poderão aumentar a exportação de produtos manufaturados do Brasil, para garantir ao país maior competitividade no mercado internacional. Em palestra sobre Exportações como Alavanca para o Desenvolvimento Sustentável da Economia Brasileira, no 34º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro, Bittencourt lembrou que, desde 2007, a exportação de bens e serviços de engenharia é importante elemento gerador de superávits na balança comercial. O vice-presidente do BNDES reconheceu, entretanto, que o banco ainda tem uma participação reduzida no financiamento à exportação de serviços de engenharia, em comparação a outras agências de desenvolvimento internacionais. Em 2013, por exemplo, o apoio dado a esse segmento exportador pela agência chinesa alcançou US$ 45,6 bilhões, da Alemanha US$ 17,9 bilhões, enquanto o financiamento do BNDES foi de apenas US$ 2,3 bilhões, somente no pós-embarque. Bittencourt advertiu, porém, que o BNDES está no caminho certo. "A questão é a velocidade", afirmou. O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, concordou que a ampliação do apoio à exportação de manufaturados é fundamental para que o Brasil não fique refém das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo). Castro destacou que o financiamento a produtos manufaturados gera empregos de maior qualidade, "gera atividade econômica para o país como um todo". Para o presidente da AEB, exportar serviços de engenharia é "status"?. Dos 15 países do mundo que exportam serviços de engenharia, o Brasil é o único situado na América do Sul. "O Brasil pode (exportar) porque tem o BNDES e tem as empresas exportadoras capacitadas", acrescentou Castro. (Diário da Manhã - Goiás - On Line, 19/08/2015) Indagações: Mostre como o governo pode incentivar a exportação de bens e serviços e melhorar o resultado do comércio exterior nacional. Comente sobre os efeitos da taxa de câmbio no resultado das exportações de bens e serviços. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre as formas de auxílio governamental para que o país se torne competitivo no comércio internacional. Comentar também sobre o impacto que o valor da taxa de câmbio poderá ter sobre o preço de nosso produto no mercado internacional e sobre o preço dos produtos importados para o mercado doméstico. QUESTÕES PARA A AULA 1) A vantagem do regime de câmbio flutuante é quando o governo precisa manter: a) a Autoridade Monetária. b) o nível de reservas cambiais. c) o montante dos recursos monetários. d) o controle da inflação. e) a quantidade determinada de moeda nacional. 2) No regime de câmbio flutuante (flexível): a) o mercado determina a taxa de câmbio. b) existe maior estabilidade de preços, através do controle do custo dos insumos importados. c) as reservas cambiais ficam sujeitas à especulação. d) existe maior dependência do capital externo de curto prazo. e) o Banco Central fixa a taxa de câmbio. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 10 Descrição Estudo de Caso: Câmara aprova acordos internacionais e projeto de lei (Correio do Estado - Mato Grosso do Sul, 02/06/2015) A Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (1º), 17 projetos de decreto legislativo (PDC), que validam textos de convênios e acordos internacionais firmados pelo Brasil com outros países ou entidades, e um projeto de resolução que institui o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação. Os PDCs e o projeto de resolução serão agora encaminhados à apreciação do Senado e, se aprovados, serão promulgados. [...] Constavam da pauta de votações um total de 20 PDC e um projeto de resolução, [...]foram retirados da pauta de votações, por falta de acordo para deliberação, três projetos de decreto legislativo referentes a acordos e protocolos relativos ao Mercosul. O PDC mais antigo é o que aprova o texto do convênio entre os governos do Brasil e da Bolívia, que prevê um depósito franco (espaço alfandegário para armazenagem de mercadoria estrangeira) no Porto de Paranaguá, no Paraná, celebrado em Brasília, em 15 de agosto de 1990. O mais recente, aprova o texto do acordo de sede entre o Brasil e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para o funcionamento do Instituto Sul- Americano de Governo em Saúde, assinado em Assunção, capital do Paraguai, em 20 de abril de 2012. [...] Indagações: Comente, sobre a importância do processo de integração econômica para o fortalecimento da economia brasileira. A partir do texto, comente sobre a importância do Direito Econômico Internacional na regulação das relações econômicas externas do país Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre como os acordos como o Mercosul podem fortalecer a economia brasileira. Mencionar sobre a possibilidade de se firmar acordosbilaterais. Comentar também sobre os aspectos da tramitação no Congresso Nacional dos projetos de decreto legislativo (PDC) e os aspectos jurídicos que envolvem a regulação das relações econômicas externas. Poderá ser consultado o site www.itamaraty.gov.br QUESTÕES PARA A AULA 1) Nos Acordos Anti-Dumping, denominamos Dumping a situação em que ocorre: a) a introdução no mercado de outro país de um produto a preço inferior ao seu valor normal ou custo de fabricação. b) o auxílio financeiro, fiscal e comercial concedido pelo governo ou entidade pública localizada no país de exportação. c) o fato de falsear ou distorcer a concorrência ou o acesso ao mercado. d) a compensação sobre o dano causado ao país exportador por práticas contrárias ao comércio exterior. e) a eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros. 2) NÃO é objetivo do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL): a) livre circulação de bens, serviços e fatores de produção. b) eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros. c) adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC ) - em função da TEC todos os produtos importados de países não-participantes do MERCOSUL, estão sujeitos à mesma alíquota de importação ao serem internalizados em qualquer dos Estados - Partes d) coordenação das políticas macroeconômicas entre os países membros dentro do MERCOSUL e) o auxílio financeiro, fiscal e comercial concedido pelo governo ou entidade pública localizada no país de exportação 3) No que refere à propriedade intelectual, os países-membros da OMC estão obrigados: a) a adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC). b) a preparar projetos de decreto legislativo (PDC). c) a proteger os segredos profissionais e ao registro de marcas. d) a defender posição dominante no mercado relevante de bens e serviços. e) a implantar um Depósito Franco. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 11 Descrição Estudo de Caso: Mulheres recebem 24% menos do que homens no mercado de trabalho (Correio Braziliense On-Line, 14/12/2015) Enquanto as mulheres contribuem com 52% do trabalho global, os homens participam com 48%. A população masculina, porém, predomina no ofício remunerado, restando às mulheres uma fatia expressiva dos serviços não pagos - principalmente os domésticos, onde são 83%. Quando são pagas, as mulheres ganham 24% menos que os homens. Na América Latina, mais da metade das empresas não tem nenhuma mulher em postos de gerência. O relatório aponta a necessidade de políticas que busquem a igualdade salarial, "licenças parentais que se dividam entre as mães e os pais" e transformação de normas sociais que excluem as mulheres do mercado de trabalho. "Promover mulheres a cargos notórios de categoria superior, que envolvam responsabilidade e tomada de decisões nas esferas pública e privada, e fomentar a participação dos homens em profissões em que tradicionalmente predominam as mulheres pode contribuir para a mudança de mentalidades", sugere o documento. Para a administradora do Pnud, Helen Clark, "isso permitiria que a sobrecarga do trabalho não remunerado de prestação de assistência fosse partilhada de forma mais ampla, dando às mulheres a possibilidade efetiva de optar, ou não, por integrar o mercado de trabalho". O Índice de Desigualdade de Gênero brasileiro é de 0,457 - pouco maior que a média mundial, de 0,449. Esse índice leva em conta taxas como a de mortalidade materna, que no Brasil é de 69 por 100 mil nascidos vivos (no Uruguai, por exemplo, é 14, um possível efeito da política de legalização do aborto, implementada no fim de 2012), e a contribuição ao mercado de trabalho - as mulheres brasileiras têm 59,4% de participação, enquanto entre os homens esse índice é de 80,8%. Outro número considerado é o de assentos ocupados por mulheres no parlamento: 9,6%. Na Argentina, por exemplo, são 36,8%. O relatório aponta que os efeitos das novas tecnologias reduzem a demanda por trabalhadores menos qualificados, beneficiando mais fortemente aqueles com alto grau de instrução. Técnicos matemáticos, empregados da área de contabilidade, técnicos de biblioteca, árbitros esportivos e caixas são alguns dos ofícios com mais probabilidade de, no futuro, serem substituídos pela automatização. "Por definição, essa mudança favorece as pessoas com maior capital humano, o que polariza as oportunidades de trabalho", diz o documento. A pesquisa sugere que o momento é o ideal para que as pessoas busquem adquirir "capacidades especiais", pois elas poderiam aproveitar as tecnologias para agregar valor ao seu trabalho. Por outro lado, "nunca houve pior momento para se ter um perfil de trabalhador que só tem competências comuns, já que computadores, robôs e outras tecnologias estão adquirindo essas competências com rapidez extraordinária". Indagações: Comente sobre a importância da educação para o trabalhador se inserir no mercado de trabalho globalizado. A partir do texto, comente sobre a desigualdade de renda entre homens e mulheres no mercado de trabalho e o crescimento do trabalho informal. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre como as novas tecnologias exigem trabalhador mais qualificado e o Estado brasileiro necessita da arrecadação tributária para financiar seus gastos. Comentar também sobre os aspectos da desigualdade de renda no mercado de trabalho e o fato da mulher ter que fazer trabalhos domésticos em sua casa ampliando a carga de trabalho.. Poderá ser consultado o site www.planalto.gov.br em legislação QUESTÕES PARA A AULA 1) A medida mais conhecida do nível de desigualdade de renda de um país é conhecida como: a) Índice de Variação de Renda. b) Denominador de Distribuição de Renda. c) Coeficiente de Gini. d) Curva de Desigualdade de Renda. e) Denominador de Desigualdade de Renda. 2) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social com EXCEÇÃO: a) Irredutibilidade do salário. b) Remuneração do trabalho noturno igual ao diurno. c) Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. d) Décimo terceiro salário com base na remuneração integral. e) Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado. 3) NÃO é incentivo regional visando a reduzir as desigualdades de renda: a) Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa. b) Igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público. c) Juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias. d) Isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas. e) Prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. 4) As pequenas empresas e microempresas constituem nas principais responsáveis pelo (a): a) Emprego Formal. b) Distribuição de Renda. c) Arrecadação Tributária. d) Déficit Fiscal. e) Emprego Informal. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 12 Descrição Estudo de Caso: PPPs de estados e municípios estão no radar das construtoras (O Globo, 04/05/2016) As obras menores estão no radar da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Há ao menos 400 projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) de infraestrutura em estados e municípios, conta José Carlos Martins, presidente da CBIC. As obras têm o perfil das empreiteiras menores, custam de R$ 20 milhões a R$ 100 milhões, e não dependem do governo federal. As parcerias com prefeituras e governos estaduais podem ser o arranque que o setor de construção civil precisa para se recuperar. "É mais simples executar 20 projetos de R$ 50 milhões do que uma obrade R$ 1 bilhão. A recuperação, assim, atinge mais regiões pelo país. Nesse momento, as PPPs de estados e municípios são mais fáceis de tirar do papel do que os grandes projetos do governo federal" conta Martins. O executivo conta, porém, que há dois grandes desafios em relação às PPPs. Os governos precisam de apoio técnico para montar projetos de parceria em aterros sanitários ou iluminação pública, por exemplo. Outro ponto é o modelo de garantias do investimento. Uma das soluções propostas pela CBIC é que os recebíveis dessa parceria sejam usados para garantir o financiamento.O setor estuda alternativas para engatar a recuperação sem depender do fôlego financeiro dos governos. Indagações: Comente sobre a vantagem de se efetivar PPPs com estados e municípios. Mostre sobre a importância do investimento em infra-estrutura para aumentar a produtividade das empresas. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre o potencial de se empregar modalidades de parceria entre o setor público e privado para ampliar nossos investimentos. Comentar também sobre os impactos do investimento em infra-estrutura no aumento da produtividade e na maior competitividade de nossas empresas. QUESTÕES PARA A AULA 1) A Lei 11.079/04 determina que na contratação de parceria público-privada devam ser observadas determinadas diretrizes com EXCEÇÃO: a) riscos exclusivos para cada parte envolvida. b) eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade. c) respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução. d) indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado. e) responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias. 2) A Lei de Responsabilidade Fiscal permite como parte de um longo processo de construção do Estado brasileiro no sentido de prover: a) uma gestão dos recursos públicos transparente. b) um monitoramento da dívida pública. c) uma menor taxa de juros. d) recursos para empresas públicas. e) o giro financeiro do Estado. 3) São modalidades de transporte com EXCEÇÃO: a) Rodoviário. b) Ferroviário. c) Aquaviário. d) Dutoviário. e) Hidrologia. 4) NÃO é uma característica do Transporte Rodoviário: a) é a modalidade mais empregada em território nacional. b) transporta grande capacidade de carga. c) é adequado para curtas e médias distâncias. d) apresenta limitação de volume e peso no transporte. e) é muito poluente com forte impacto ambiental. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 13 Descrição Estudo de Caso: 1) Agências reguladoras debatem papel do Legislativo na melhoria de serviços (O GLOBO, 18/11/2015) Em audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, na quarta-feira, sete representantes de agências reguladoras debateram o papel do Legislativo na melhoraria dos serviços prestados por elas. Segundo o representante da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Arthur Yamamoto, a interferência política, que normalmente se dá por meio de medidas provisórias, interferem, às vezes, negativamente, na aplicação das políticas públicas das agências reguladoras. O diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), Marcelo Correia, afirma que uma medida, aos olhos do consumidor, pode parecer boa, mas pode não ser. Ele cita a concessão de isenções fiscais a determinados setores. Correia explicou que benefícios desse tipo podem ser bons de início, mas, a longo prazo, tornam-se um problema para o setor inicialmente beneficiado. No topo das reclamações dos consumidores, o serviço de telefonia foi o foco da audiência pública. Segundo a superintendente de relações com consumidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Elisa Vieira, existem mais contratos de telefonia do que habitantes no Brasil. São mais de 400 milhões, o que, segundo ela, torna natural o volume de queixas dos usuários. "Isso não quer dizer que a Anatel se sinta confortável com esse número de reclamações, mas é importante notar que, se formos analisar os dados de reclamações dentro da Anatel, eles chegam a quase 1% desse volume. Não que isso seja baixo e que não devemos fazer nada, mas é importante levarmos em conta o número de contratos". O representante da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Marcos Bragatto, destacou que a regulamentação do órgão permite hoje que as fornecedoras sejam multadas e ressarçam os consumidores em casos extremos de falta de energia. Em 2014, R$ 382 milhões foram retornados aos consumidores. Bragatto ressaltou que, devido à forte escassez de água, o custo de geração de energia aumentou drasticamente, e todas as termoelétricas do País estão funcionando neste momento. Ele apontou que o momento é de realismo tarifário, diferente de outros anos, quando o valor da energia elétrica sofreu queda. "A Aneel recentemente estabeleceu o que a gente chama de Plano de Resultados. Ela pegou as 16 empresas que estavam com os piores indicadores junto aos consumidores e fez um plano de resultados de recuperação da qualidade dos serviços dessas empresas. Esse plano foi feito com base em três indicadores. Indicador técnico de duração e frequência de interrupção do fornecimento. Número de reclamações e pesquisa de satisfação dos clientes são os outros indicadores. Então, dos três indicadores do plano de resultados da Aneel para identificação das piores empresas, dois são sobre a perspectiva do consumidor", explicou. O deputado Ricado Izar (PSD-SP), que solicitou a realização da audiência pública, afirmou que a ideia das audiências públicas é compreender melhor o universo das agências reguladoras, para que um projeto de lei seja feito de forma a harmonizar melhor a relação das agências junto aos consumidores. O parlamentar encaminhou uma série de perguntas às agências, que terão 30 dias para responder à Comissão de Defesa do Consumidor. "É uma dificuldade tremenda. Eu sou consumidor, você é consumidor e nós sabemos das dificuldades que temos quando estamos usando um serviço de alguma concessão. É difícil cancelar contrato com TV por assinatura, e chegamos a desistir disso. Às vezes passamos por problema com combustível ou com alguma rodovia, e a quem o consumidor pode recorrer? A questão da energia elétrica, que às vezes é cobrado a mais do consumidor. É preciso haver um canal direto das agências reguladoras com o consumidor final, e é nisso que a gente está batendo aqui na comissão", afirmou. Indagações: Comente sobre a afirmação do deputado Ricado Izar (PSD-SP) sobre a importância de se harmonizar melhor a relação das agências junto aos consumidores. Comente a afirmação do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), Marcelo Correia, de que a concessão de isenções fiscais a determinados setores, podem ser bons de início, mas, a longo prazo, tornam-se um problema para o setor inicialmente beneficiado. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre como as agências reguladoras podem chegar mais próximo do consumidor entendendo a sua realidade. Comentar também sobre os riscos de concessões como incentivos fiscais que acabam gerando problemas no futuro. Por exemplo, a redução da conta de luz pode ter impacto mais adiante na recomposição de preços. Poderá ser consultado o site www.planalto.gov.br em legislação e nos sites das agências reguladoras. 2) Encontro de contas do setor elétrico não prejudicará consumidores (O Globo, 08/03/2016) A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta terça-feira consulta pública sobre a possibilidade de distribuidoras firmarem acordos bilaterais com geradoras de energia elétrica para fazer um encontro de contas em favor das própriasempresas, aliviando perdas bilionárias ao setor. A proposta do diretor Tiago Correia, aprovada pela diretoria, é que, se houver ônus nessas negociações, ele seja pago pelas empresas, mas, se houver vantagem econômica, ela seja transferida em parte aos consumidores, como forma de não afetá-los negativamente. Com a crise econômica e a redução da demanda neste ano por causa da crise econômica, as distribuidoras de energia têm contratos equivalentes a 107,1% daquilo que devem entregar de energia aos clientes. Na outra mão, há uma série de novas usinas com obras em atraso, como Belo Monte, ou que se mostraram inviáveis, em dificuldades financeiras, que estão comprando energia a curto prazo para honrar compromissos. A ideia, apoiada pelo governo federal, é de que eles negociem entre si para aliviar suas dívidas. Segundo a proposta de Correia, porém, esses acordo bilaterais blindam os consumidores residenciais de energia elétrica de qualquer impacto financeiro negativo em suas tarifas. E, se esse encontro de contas oferecer vantagens financeiras, elas seriam divididas com os consumidores. O tema estará em consulta pública até o dia 21, a partir de quando a medida deverá ser reavaliada e implantada. "A distribuidora vai ser responsável por ressarcir eventual ônus ao consumidor, que se beneficiará com eventual bônus" disse Correia. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, destacou que a permissão para essas negociações entre distribuidoras e geradoras não afeta os riscos desses empreendimentos e mantém seus contratos ? e, eventualmente, multas por descumprimentos de normas regulatórias. "O que estamos fazendo aqui é flexibilizando, no limite que podemos fazer, uma negociação bilateral. Não é intervenção em responsabilidades da Aneel. O que estamos é ampliando o espaço de liberdade de gestão, mas a responsabilidade é sempre das empresas" disse Rufino. Indagações: a) Mostre a importância da atuação indireta do Estado na atividade regulatória. b) Com base no texto, comente sobre a necessidade de regulação por parte da Aneel para que os consumidores individuais e empresas recebam Energia Elétrica em quantidade e preço adequados. c) Comente a afirmação "O que estamos fazendo aqui é flexibilizando, no limite que podemos fazer, uma negociação bilateral. Não é intervenção em responsabilidades da Aneel. O que estamos é ampliando o espaço de liberdade de gestão, mas a responsabilidade é sempre das empresas". Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre as vantagens do Estado se afastar da atividade produtora e atuar de forma indireta na economia. O aluno deverá focar também no aspecto de que o processo regulatório deverá ter impacto na qualidade dos serviços oferecidos pelas concessionárias de serviços públicos. QUESTÃO PARA A AULA: A Agência Nacional de Energia Elétrica regula e fiscaliza a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica é denominada: a) Antaq. b) ANA. c) Aneel. d) ANTT. e) ANS. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 14 Descrição Estudo de Caso: STF pode julgar constitucionalidade do Código Florestal em dois meses (O Globo, 19/04/2016) Para os apoiadores, uma legislação que conjuga as necessidades da agricultura e do meio ambiente possível de ser aplicada no país. Na visão dos críticos, um instrumento que amplia o desmatamento com regras piores do que as normas anteriores. Controverso desde a sanção, em 2012, o Código Florestal foi tema de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira. A Corte poderá julgar a constitucionalidade da maior parte da lei ainda neste semestre. A audiência foi convocada pelo ministro Luiz Fux, que é relator de quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade contra dispositivos do Código Florestal - sendo três ajuizadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e uma pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Mais de 20 debatedores participaram, entre pesquisadores, representantes de movimentos sociais, produtores rurais, parlamentares e representantes do governo federal. Fux afirmou que pretende apresentar o relatório e pautar o julgamento no prazo de dois meses. Entre as principais críticas em relação às consequências da lei, estão a redução da área de preservação ambiental; a possibilidade de compensar desmates dentro do mesmo bioma, e não nos limites das microbacias (que são abrangidas por um bioma); e a anistia aos que devastaram antes de 2008. O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, um dos relatores do código no Congresso, foi a audiência para defender, em nome do governo, a legislação: "O Código é o equilíbrio possível entre a proteção ambiental e a proteção à agricultura. Ampliou a proteção ambiental, porque pôs em prática uma lei que será e está sendo cumprida". Na plateia, acompanhando a audiência, Sandra Cureau, subprocuradora-geral da República responsável pelas três ações de inconstitucionalidade da PGR, criticou o argumento de que o novo código é melhor por ser possível aplicá-lo. Ao defender a legislação anterior, ela chama atenção para o número de artigos com a constitucionalidade questionada: 58 do total de 84. "Praticamente o código inteiro. O antigo foi substituído por um muito pior, que traz um retrocesso ambiental, sem que se saiba se este pior será cumprido" afirma Sandra. "É melhor termos um bom código e lutarmos para que seja colocado em prática". Comparações, estatísticas e argumentos pró e contra o Código Florestal foram apresentados ao ministro Fux ao longo das exposições. Segundo o magistrado, o tema é complexo, porque traz impactos jurídicos e sociais. Entretanto, ele prevê colocar as ações na pauta do julgamento em dois meses, ?ainda neste semestre?, para pacificar a aplicação da lei pelo país: "Tem havido muito descumprimento sob a invocação de sua constitucionalidade." observou Fux. A professora Nurit Bensusan, da Universidade de Brasília e pesquisadora do Instituto Socioambiental, aponta como retrocesso regras do código que diminuem as áreas de preservação permanente (APPs) com exclusão de número significativo de nascentes de águas. Ela e outros debatedores criticaram também a possibilidade de se fazer recomposição de reserva legal em áreas distantes, desde que no mesmo bioma. A lei anterior determinava que fosse dentro da mesma microbacia. "Se o proprietário não tem a reserva legal, liga numa bolsa de valores e pede áreas de compensação, que serão as áreas dos pequenos camponeses, porque são terras mais baratas" criticou Luiz Henrique Gomes de Moura, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. "Ou seja, estamos subordinando a natureza ao mercado financeiro. Quando valer pouco, pode ser mais vantajoso desmatar que compensar". Paulo José Prudente de Fontes, representante do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), ressaltou diversas vezes que, ao contrário do que muitas exposições sugeriram, o código não foi feito para promover o desmatamento. Ele também rebateu as críticas de que as normas premiariam quem desmatou até 2008: "Não tem anistia. O que existe é a inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a adesão ao Projeto de Regularização Ambiental (PRA). O cumprimento do termo de compromisso é o que extingue a multa, que é transformada em reposição, em recuperação. Acredito que o grande programa de recuperação está nascendo com esse modelo". Debatedores relacionaram o novo código a problemas recentes como o desabastecimento de água no Sudeste e disseram que a devastação ambiental agravará tragédias como as inundações. Uma guerra de números também marcou a audiência. Enquanto o representante da Embrapa, Evaristo Eduardo de Miranda, dizia que o Brasil tem 29% de área protegida, o que torna o país - uma potência em termos de preservação -, palestrantesde entidades ligadas ao meio ambiente mostravam estatísticas menos animadoras, como redução de 72% das APPs em Mato Grosso do Sul com as novas regras, segundo mostrou a professora Nurit. Indagações: Como pode-se manter o equilíbrio entre a proteção ambiental e a proteção à agricultura? Fundamente a resposta. Comente sobre a ótica da legislação constitucional brasileira o novo Código Florestal. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar sobre como estimular a produção agrícola fundamental para a economia brasileira e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente. Comentar também sobre os aspectos da legislação constitucionais que podem ser afetados com a nova legislação. Poderá ser consultado o site www.planalto.gov.br em legislação e no site do Ministério do Meio Ambiente www.mma.gov.br QUESTÕES PARA A AULA 1) O processo de globalização e a inserção da economia brasileira no cenário internacional promoveram mudança: a) nas soluções para o aquecimento global. b) na maneira do empresário nacional vivenciar a questão socioambiental. c) no acordo a ser seguido pelos países mais ricos em prol dos mais pobres. d) resultando na redução do viés regulatório. e) nos acordos internacionais firmados pelo país. 2) São Acordos Internacionais sobre o Meio Ambiente, com EXCEÇÃO: a) Conferência de Copenhague - 2009 - Dinamarca. b) Conferência das Partes (COP 3) - 1997 - Quioto - Japão. c) Conferência de Saquarema - 1998 - Brasil. d) Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável - 2002 - Joanesburgo, na África do Sul. e) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento RIO 92. 3) A Conferência das Partes (COP 3), em 1997 no Japão gerou o seguinte documento: a) Protocolo de Quioto. b) Protocolo Verde. c) Protocolo do Meio Ambiente. d) Protocolo do Japão. e) Protocolo Mundial. 4) A Lei no. 6.938, de 31/08/1981, dispôs sobre: a) o Código Florestal. b) o novo Código Civil. c) o Código Ambiental. d) a Política Nacional do Meio Ambiente. e) as mudanças no Código de Processo Civil. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 15 Descrição Estudo de Caso: China reduz previsão de crescimento e muda seu modelo de desenvolvimento (Veja On- line, 05/03/2012) A China reduziu para 7,5% o objetivo de crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) para 2012, contra o 9,2% alcançado no ano passado, a fim de reorientar o modelo de desenvolvimento econômico para o consumo interno, explicou nesta segunda-feira o primeiro-ministro, Wen Jiabao. [...] "Devemos acelerar a reestruturação da política econômica acrescentando a demanda interna, sobretudo o consumo, a inovação e a economia de energia para a construção socialista no econômico, político, cultural e social, preservando a estabilidade para realizar com êxito sobressalente o XVIII Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês" disse. [...] No nível nacional, é preciso "atenuar o desequilíbrio e a descoordenação e abordar pressões sobre emprego, desenvolvimento da agricultura, aumento de renda dos camponeses, excesso de capacidade produtiva de certos setores e desmesurado consumo de energia", destacou. Wen reconheceu que em 2011 "não foram cumpridas algumas metas com problemas em desapropriação de terras, demolição de casas, segurança em produção alimentar e farmacêutica e em distribuição de renda que suscitam protestos das massas" acrescentou. Segundo disseram analistas, a estabilidade social é prioritária para o Congresso de outubro e por isso as diretrizes-chave são impulsionar o emprego, o bem-estar social e a flexibilização das políticas monetária e fiscal para estimular a demanda interna. Baixar 0,5% na previsão de crescimento ajuda também a cumprir o Plano Quinquenal (até 2015) e fixa diretrizes para transformar o modelo econômico rumo a outro mais sustentável e eficaz, afirmou Wen. [...] Na agricultura, a China apostará no desenvolvimento tecnológico para a segurança alimentar com uma produção de cereais em 2011 de 571 milhões de toneladas, aumento de 4,5% anualizado. O setor receberá apoio para pesquisa e desenvolvimento, pois, segundo publicou o jornal oficial 'China Daily', mais de 90% de variedades de flores e vegetais são importados "e a pesquisa em sementes deve liderar o desenvolvimento do setor". Impulsionar a indústria das sementes é desejo repetido do Governo chinês já que companhias estrangeiras possuem 15% de um mercado no qual há 8.000 empresas, em geral pequenas e com pouca capacidade de pesquisa e desenvolvimento. Indagações: A partir do texto, mostre onde estão presentes os aspectos de crescimento e desenvolvimento da economia chinesa. Comente sobre os aspectos que definem o processo de desenvolvimento econômico. Pontos a serem abordados: O aluno deverá verificar onde está presente no texto a preocupação do governo chinês em promover o crescimento e o desenvolvimento econômico. Comentar também sobre os aspectos que definem se um país está promovendo o crescimento de forma sustentável. Poderá ser consultado o site www.planalto.gov.br em legislação e no site do Ministério do Meio Ambiente www.mma.gov.br QUESTÕES PARA A AULA 1) NÃO é uma alternativa proposta para as agendas positivas: a) Biodiversidade. b) Gestão Ambiental. c) Desmatamento. d) Organização das informações sobre os recursos naturais. e) Construção de fóruns. 2) O principal objetivo de se alcançar o desenvolvimento econômico seria: a) o bem-estar da população. b) o aumento da produção. c) o crescimento do produto por habitante. d) o crescimento de curto prazo. e) a acumulação de capital. ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Caso Concreto 16 Descrição Estudo de Caso: Desenvolvimento sustentável: dilemas da prática contemporânea Diante do desenvolvimento dos países, estamos presenciando uma verdadeira emergência planetária. Os diferentes estilos de vida de grande parte da população, principalmente dos países do Hemisfério Norte, os países ditos Desenvolvidos, possuem um poder de consumo alto, e tais padrões de consumo está na raiz dos problemas ambientais e este na contra mão da proposta de desenvolvimento sustentável. O crescimento econômico e social é necessário, mas precisamos nos desenvolver de forma sustentável, aliando o crescimento com a preservação ambiental, tendo a preocupação com as bases vitais de produção (os recursos naturais) de atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações vindouras. O desenvolvimento sustentável visa melhorar a qualidade de vida humana, dentro da capacidade dos ecossistemas, este como sendo o alicerce para o alargamento das fronteiras do desenvolvimento. Desta forma, é preciso que estabeleça limites para o crescimento criando iniciativas que possam romper com o sistema capitalista vigente, que visa o lucro acima de tudo, sem levar em consideração os problemas ambientais. Precisamos de ações relevantes que levem em conta a existência de atores sociais ativos por meio de uma educação ambiental sólida, critica e transformadora, fundamentada em bases teóricas e práticas, reforçando os sentimentos de responsabilidades e dos valores de solidariedade com o meio ambiente, e como resultado esperam-se as mudanças dos atuais níveis de consumo, de comportamentos, hábitos, de atitudes, enfatizando as ações coletivas, as mudanças políticas, econômicas, mas sabemos que é preciso ir além do despertar da consciência e o senso de responsabilidades, as ações precisam passar do nível individual para o social. Como proposta para o desenvolvimento sustentável cabe destacar como medidas a serem adotadas por todos, em uma só voz, o uso racional dos recursos naturais, consciência que é preciso repensar nossas atitudes em relação ao consumo, aumentar a reutilização e a reciclagem de materiais, ambas podem contribuírem, tanto parao meio ambiente (poupando recursos naturais, diminuição da geração de resíduos sólidos, poluição e outros), como para o social (geração de renda, emprego e fortalecendo a economia). É preciso, incentivar à produção e comercialização de produtos orgânicos, pois não agridem a natureza e são benéficos para a saúde dos seres humanos, a preservação de áreas verdes não destinadas a exploração econômica, o uso de fontes limpas de energia e renováveis (eólica, solar, geotérmica, hidráulica, biomassa e outros tipos), estas fontes visam preservar as reservas de recursos minerais, causam menos impactos ao meio ambiente, reduz a geração de resíduos, baixa emissão de gases do efeito estufa. As empresas devem agir de forma socialmente e ambientalmente, a elaboração de leis ambientais com níveis equivalentes de exigências, o fortalecimento das instituições de meio ambiente, principalmente dos órgãos encarregados de implementar e manter o cumprimento das leis. Afinal, é preciso somar esforços para o desenvolvimento, desde que sustentável, os governos devem garantir os direitos civis, sociais e políticos de todos os cidadãos, a tendência felizmente é prosseguir, avançar ainda mais. Por isso, é importante a luta por uma prática de sustentabilidade contemporânea, sem ela corremos o risco de perder os nossos ganhos. ( Diário da Manhã On Line - Goiás, 06/06/2015) Indagações: A partir do texto, como nossa economia pode crescer de forma sustentável? O meio ambiente preservado é condição para que possamos alcançar a sustentabilidade? Fundamente a resposta. Na distinção entre crescimento e desenvolvimento, como se insere o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)? Pontos a serem abordados: O aluno deverá focar sobre as particularidades do crescimento baseado unicamente na produção em relação a um desenvolvimento em bases sustentáveis. Comentar também sobre os aspectos que definem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e como ele é importante para medir a sustentabilidade de uma nação. QUESTÕES PARA A AULA 1) O índice de desenvolvimento humano (IDH) mede a qualidade de vida levando-se em conta indicadores como: a) Renda per capita b) Exportações c) Importação d) Endividamento e) Crédito externo 2) Podemos considerar Renda como: a) as novas tecnologias com a finalidade do aumento da renda das famílias. b) as transações que representam aumento da capacidade produtiva e seu financiamento pelas poupanças. c) os programas de melhoramento vegetal pela moderna biotecnologia. d) o total das remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção. e) o índice de desenvolvimento humano (IDH). 3) Podemos definir em contas nacionais o Produto Interno Bruto (PIB) como: a) a qualidade de vida levando-se em conta indicadores como renda "per capita". b) as transações que refletem a atividade produtiva final durante um determinado período de tempo. c) o total das remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção. d) às transações que representam aumento da capacidade produtiva e seu financiamento pelas poupanças. e) o resultado da divisão da produção total e real de um país pela sua população.
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