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MODERNISMO Moderno? SÉCULO XII, sinônimo de aperfeiçoamento, uma adaptação do antigo para um contexto novo para sua sobrevivência. Oposição ao antigo, o tempo experimentado como período, possuidor de traços específicos. SÉCULO XV restauração do antigo, a fim de exprimir o caráter perfeito das coisas. Aponta para o limite de ser atual, o presente não representa o novo sempre. Um dia o presente será o passado e assim a modernidade um dia se transformaria em antiguidade, busca daquilo que é clássico. SÉCULO XIX momentâneo, transitório, ideia de uma eternidade indeterminada, o novo está relacionado ao valor de época, relatividade, busca pelo específico. Ideia de caráter, funcionalidade, utilidade. Se relaciona pela primeira vez a um movimento. SÉCULO XX caráter futurista do moderno, o novo é positivo, tem uma lógica própria do seu tempo, traz progresso, leva adiante. Distanciamento da linguagem clássica, mas estuda seus métodos para construir o universal a partir daquilo que é essencial. MODERNIZAÇÃO Termo utilizado para descrever o processo de desenvolvimento social cujas características principais seriam os avanços tecnológicos, a industrialização, a urbanização, a explosão demográfica, o crescimento da burocracia, o aumento do poder dos estados nacionais, a expansão dos sistemas de comunicação de massa, do mercado mundial e da democratização. MODERNIDADE Se refere a aspectos típicos dos tempos modernos e ao modo como tais aspectos são experimentados pelo indivíduo; às atitudes associadas a um processo contínuo de evolução e transformação, a tendências culturais e movimentos artísticos. MODERNISMO É um conceito não só tardio como o possuidor de conotações mais polêmicas. É um termo que designa um movimento de renovação estética (usado a primeira vez no meio do século XIX) e pertinente para a produção artística do século XX. CONTEXTO Primeiros Passos • N. Pevsner: “O que eles fizeram [entre 1900 e 1914] tinha de ser feito. O estilo que haviam criado estava claramente de acordo com a nova situação social e industrial da arquitetura. O século XX (...) é o século das massas e o século da ciência. O novo estilo, com sua recusa a aceitar o artesanato e as extravagâncias do design, é perfeitamente adequado à vasta clientela anônima e, com suas superfícies limpas e um mínimo de molduras, é perfeitamente adequado à produção industrial de seus elementos. O aço, o vidro e o concreto armado não determinaram o novo estilo, mas pertencem a ele”. •As primeiras residências nas quais pode ser reconhecido “o novo e original estilo do século XX” são as de Frank Lloyd Wright (1869-1959), construídas a partir da década de 1890 nas redondezas de Chicago (o denominado “Estilo Pradaria”). • Essas casas, numa demonstração de sua genialidade e perfeita compatibilidade com os novos tempos, possuem uma série de características que podem ser encontradas em casas construídas até hoje: • “plantas baixas que se expandem livremente, exteriores e interiores que se integram por meio de terraços e telhados em balanço, cômodos que se abrem uns para os outros, predominância de horizontais, janelas compondo longas faixas” etc. *interior com características art decor CONTEXTO DA MODERNIDADE • No século XIX os sentidos implicados no termo moderno ganharam terreno nos campos econômico e político, com a industrialização, os levantes políticos e o incremento da urbanização. A ruptura com os valores e certezas da tradição pode ser vista e sentida na realidade cotidiana. • O crescimento acelerado e desordenado devido à industrialização das cidades traz condições de insalubridade, miséria e o aumento da criminalidade, manifestações públicas, etc. A ordem pública e a infraestrutura se tornam questão de Estado – maior poder social. CONTEXTO URBANO E SOCIAL - Ascensão da burguesia (classe média) Vida urbana: novos equipamentos urbanos como cinemas, teatros, parques, lojas de departamento, galerias de arte, museus, clubes – cultura, consumo e lazer. - Progresso: fábricas, grandes empresas, escolas, hospitais, unidades habitacionais, estradas, estradas de ferro, pontes, estações de passageiros. ARQUITETURA MODERNA • É fruto de uma visão de mundo relacionada ao projeto empreendido a partir da transição teórica iniciada pelo Iluminismo (racionalismo). • Busca a essência de todas as coisas, aquilo que é comum e potencialmente universal para todos. • Baseada em novos meios de construção. • Disciplinada pelas exigências da função. • Utiliza formas puras, geométricas. • Deveria refletir a realidade atual e seu tempo. ADOLF LOOS • Critica a preocupação dos profissionais da arquitetura com o supérfluo e o superficial. Precursor da nova objetividade, procurou sempre a solução mais simples para seus projetos e métodos de construção, empregando apenas ocasionalmente motivos ornamentais como elementos articuladores. • Ornamento: forma punitiva artesanal de escravidão; • “só uma parte pequena da arquitetura pertence a arte: o túmulo e o monumento. Tudo mais deve ser excluído dos domínios da arte”. (Adolf Loos) *ornamento é um crime, que a solução deve ser algo mais simples. O ornamento ele é um luxo! ESCOLA CHICAGO • “Aprenderíamos porém, que o ornamento é um luxo, não uma necessidade, pois discerniríamos tanto as limitações como o grande valor das massas não-adornadas” (Louis Sullivan) • FUNCIONALIDADE: justifica a ausência de ornamentos. O tamanho de um edifício, o volume, a distribuição do espaço e outras características devem ser norteadas somente pela FUNÇÃO do edifício. Satisfeitos os aspectos funcionais, a beleza arquitetônica surgirá de forma natural. * a forma segue a função BAUHAUS •A Escola Bauhaus (1919-1933) foi de grande importância para o movimento moderno tanto para design quanto para arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo. •... diante da crise econômica, temos o dever de nos tornar pioneiros da simplicidade, ou seja, é preciso encontrar uma forma simples para todas as formas da vida que seja ao mesmo tempo respeitável e verdadeira. (Oskar Schlemmer) A escola teve como principio, tanto na arquitetura quanto na criação de bens de consumo, primar pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em massa, procurando sintonizar a criação artística com a técnica industrial. Criamos uma nova guilda de artesão, sem distinção de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artesão e o artista. Juntos, vamos conceber e criar o novo edifício do futuro, que abrangerá arquitetura, escultura e pintura em uma só unidade e que um dia se erguerá para o céu a partir das mãos de um milhão de operários, como o símbolo cristalino da nova fé. * era do capitalismo - A Bauhaus foi fundada por Walter Groupius (que foi diretor até 1928) que defendia o ensino do design com base no ateliê (aprendizado prático e não teórico) tanto para designers quanto artesãos. A Bauhaus funcionou no meio termo entre a Academia de Artes e a Escola de Artes e Ofícios. - Bruno Taut defendia que uma nova unidade cultural só poderia ser obtida através de uma nova arte da construção, na qual cada disciplina isolada daria sua contribuição para a forma final. “não existirão fronteiras entre os ofícios, a escultura e a pintura; tudo será uma arquitetura”. (Bruno Taut) - Paul Klee estudou profundamente a teoria da luz e da cor sendo responsável pela ampliação da escala de cores. Suas obras eram uma interpretação própria da vida e do mundo, eram compostas intuitiva e emocionalmente. [ + BARATA BAUHAUS BRUNO PAUL [ DESIGN DE OBJETOS - Johannes Itten (1888 – 1967) sob influência de Cizen trabalhava com métodos de estimulo a criatividade individual apoiados em atividades essencialmente práticas, elaborou teoria da forma e da cor. Era anarquista, seguia a filosofia oriental e defendia a sua inserção na uma produção artística contrabalançando o rígidométodo cientifico e os aspectos tecnológicos do pensamento ocidental. - Theo van Doesburg (1883 – 1931) trabalha com uma estética racionalista, abstrata que usa como base grelhas geométricas, cores primárias e anti-individual baseada na filosofia estética da Gestaut. Foi um dos fundadores do movimento artístico neoplasticista difundido pela revista De Stijl. - Wassily Kandinsky (1866 – 1944) usava uma abordagem emotiva e mística onde as ideias devem surgir de uma profunda intuição central. Para ele o objetivo da arte é encontrar a vida, tornar perceptíveis através da obra suas intensidades, oscilações, pulsações que regulam e organizam a obra. Acreditava que a arte poderia alcançar o espírito. Princípios de economia técnica, formal e material, como outros projetos modernos. Materiais industriais como o aço e o vidro. “a forma segue a função” funções diferentes através de volumes arquitetônicos diferentes. A Bauhaus de grande pensamento de modo progressista, modernista, industrial… Ela é importante porque ela reune todos esses arquitetos, pensadores e artistas. - Seria o ponto de ebulição o que seria a arquitetura moderna. CIAM - CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA MODERNA • Fundados em 1928 na Suíça, os CIAM foram responsáveis pela definição daquilo que costuma ser chamado international style: introduziram e ajudaram a difundir uma arquitetura considerada limpa, sintética, funcional e racional. Os CIAM consideravam a arquitetura e urbanismo como um potencial instrumento político e econômico, o qual deveria ser usado pelo poder público como forma de promover o progresso social. • Talvez o produto mais influente dos CIAM tenha sido a Carta de Atenas, escrita por Le Corbusier baseada nas discussões ocorridas na quarta conferência da organização. A Carta praticamente definiu o que é o urbanismo moderno, traçando diretrizes e fórmulas que, segundo seus autores, são aplicáveis internacionalmente. • A Carta considerava a cidade como um organismo a ser planejado de modo funcional e centralmente planejada, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. Entre outras propostas revolucionárias da Carta está o de que todo a propriedade de todo o solo urbano da cidade pertence à municipalidade, sendo, portanto público. • A cidade de Brasília, cujo plano piloto é de autoria do arquiteto e urbanista Lúcio Costa é considerada como o mais avançado experimento urbano no mundo que tenha aplicado integralmente todos os princípios da Carta. •De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por dez vezes. TEMAS: habitat mínimo, edifício racional, cidade funcional, habitação coletiva, núcleo da cidade. PURISMO -> CÍRCULO CROMÁTICO [ , mogeawgmogaaa.eup.gg , moma ,amo, go gaga gaga, JOHANNES THEO WASSILY ↳A ÚNICA CIDADE DO BRASIL COM PENSAMENTO MODERNO -> PENSAMENTO COLETIVO PRINCÍPIOS GERAIS DA POÉTICA MAQUINISTA Podemos resumir a poética das tendências que formam o Movimento Moderno nos seguintes conceitos gerais: 1-ECONOMIA: financeira; Economia de espaço; Economia de elementos arquitetônicos. 2-OBJETIVIDADE: Visão voltada para o objeto, sem subjetivismos ou marcas pessoais. 3-ANTI-INDIVIDUALISMO: Resposta final à eterna discussão sobre trabalho artesanal e reprodução mecânica. 4-LEVEZA: Contrária à ideia de massa da arquitetura tradicional. 5-FUNCIONALISMO: O espaço é determinado por dados funcionais e não formais como era na arquitetura tradicional. 6-ANTIMONUMENTALIDADE: Eliminação de elementos expressivos por seu porte e simbolismo. 7-RACIONALIDADE: Escolha de elementos pela sua condição de universalidade, necessidade e suficiência. 8-ANTI-HISTORICISMO: Autossuficiência dos novos tempos, que não necessitam recorrer ao passado. 9-ANTIRREGIONALISMO: Pretensão de formulação de uma arquitetura geograficamente abrangente. 10-DISSEMANTIZAÇÃO: Enfraquecimento da relação entre o objeto arquitetônico e seus possíveis significados. Clara objeção à teoria associacionista do ecletismo. ESTILO INTERNACIONAL •Aos fundamentos da poética maquinista são acrescentados alguns itens: •Perfeição técnica dos materiais e acabamento, como contrapartida à ausência de ornamentação; •Flexibilidade da planta, agora obrigatoriamente construída sobre uma malha ortogonal; • Uso de materiais industrializados. •O centro de gravidade da arquitetura moderna transfere-se da Europa para os Estados Unidos onde arquitetos como Gropius, Mies, Neutra, Breuer e Mendelsohn, entre outros, encontrarão as condições propícias para o estabelecimento de uma arquitetura que, em poucos anos, mudará a face das metrópoles do mundo inteiro, com os práticos, simbolicamente neutros, totalmente industrializados e geometricamente puros arranha- céus de aço e vidro. •Do ponto de vista ideológico, essa migração para os Estados Unidos, não somente das pessoas, mas também das ideias, exigiu mudanças conceituais, com o abandono do ideário socialista para outro, de feições mais liberais. •Com o tempo, os seguidores da primeira geração moderna, passam a desenvolver de forma acrítica seus projetos, caindo em um novo maneirismo e institucionalizando um método que acabará por esvaziar inteiramente o movimento. •Os imitadores de Mies Van der Rohe são o melhor exemplo desse esvaziamento. • Nos Estados Unidos, Mies assume a direção do Departamento de Arquitetura do Armour Institute of Technology (hoje Illinois Institute of Technology). • Sua primeira encomenda como diretor foi o anteprojeto do campus do Instituto. Trata-se do primeiro projeto americano de caráter urbanístico. • Nele Mies utilizou, uma grelha geral, determinando uma quadrícula de 7,30 x 7,30 metros, dimensão baseada nas medidas de uma sala de aula padrão americana. Esta medida serviria de apoio para o dimensionamento de todas as construções e espaços abertos no campus. • O próprio Mies projetou 35 edifícios no local, construindo mais de 20 deles. Principais destaques: Alumni Memorial Hall, Prédio das Caldeiras, a Capela e a sede da Escola de Arquitetura (Crown Hall). O CROWN HALL • Possui o maior espaço interior projetado e construído por Mies van Der Rohe no campus do ITT: 37 x 71 metros e pé-direito de 5,60 metros de altura. O edifício tem uma estrutura diferenciada já que, para conseguir um espaço livre de colunas, Mies dispôs 4 vigas superiores de aço de onde se pendura a cobertura. O fechamento perimetral é completamente envidraçado. O prédio eleva-se do piso meio nível, deixando aparecer as janelas do andar inferior, onde se localizam as salas de aula. → AÇO , METAL , VIDRO ,PLACA DE PEDRA Seagram Building – NY, 1954-1958 • Símbolo da arquitetura do século XX, esta construção de 39 andares e pele de vidro de cor bronze, foi erguida sobre pilares, em forma de prisma retangular. O desenho de cada elemento foi feito com um cuidado extraordinário, desde os elevadores, até as divisórias, iluminação, estruturas e topografia. •Sua implantação ocupa apenas um terço da área e possibilitou a criação de uma praça que dá a distância necessária para a visualização do edifício. ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL (1920-1940) CONTEXTO • O movimento moderno tem seus primeiros indícios no território brasileiro por volta de 1922, mais precisamente a partir de um acontecimento histórico conhecido como Semana de Arte Moderna, que ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro, em São Paulo. Neste evento vários aspectos como: sociais, tecnológicos,econômicos e artísticos, foram colocados em discussão por um grupo de intelectuais e artistas, ditos modernistas. SEMANA DE ARTE MODERNA • REVOLUÇÃO E NACIONALISMO: ruptura com o passado e independência cultural. É um manifesto contra a tradição. • Oswald Andrade: divulgação dos princípios futuristas e defesa de uma produção inspirada na “paisagem, na luz, na cor, na vida trágica e opulenta do interior do Brasil”. • Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, John Graz,Brecheret, Villa Lobos, Antonio Garcia Moya. A semana de Arte de 1922 não influenciou diretamente a produção da arquitetura para uma linguagem moderna/ purista, mas cria um contexto de oposição que abre caminho para a discussão em toda a produção artística. CENÁRIO - BRASIL: 1922 •Podemos considerar que a adoção do movimento neocolonial como modelo oficial durante os anos de 1920 não foi mais do que um resultado esperado que refletia os sentimentos represados. MODERNISMO NO BRASIL •Ainda neste período surgiu a primeira casa modernista em São Paulo, depois no Rio de Janeiro, cidade que abrigava o Curso de Arquitetura da Escola de Belas Artes, que em 1931 implantou sugestiva reforma curricular, sob a direção de Lucio Costa. •No limiar do Estado Novo ocorreram os concursos públicos para os edifícios ministeriais, polêmica situação que gerou verdadeiro folhetim e culminou com a célebre vinda de Le Corbusier. •Enfim uma sucessão de atitudes, sempre impregnadas do “espírito” modernista que resultam na seguinte hipótese: nos primeiros anos do século XX, pelo menos nas Américas, ser moderno era ser nacionalista, ou por mais paradoxal que pareça, ser moderno era ser tradicional. • Primeira casa modernista, projetada por Gregori Warchavchik em 1927, na rua Santa Cruz, em São Paulo. • Mesmo que o próprio arquiteto, em textos posteriores, tenha revelado os artifícios que utilizou para torná-la mais um panfleto do que uma realidade. • A versão oficial simplesmente omite que não havia material nem mão de obra capacitada para execução daquele edifício segundo o idealizadopor seu criador. •Havia uma platibanda ocultando o telhado, como nos sobrados ecléticos; as janelas não foram produzidas em série; tijolos auxiliavam à concepção estrutural, diferente dos pilares de concreto compondo uma estrutura autônoma e, principalmente, considerando-se o clima da capital paulista, os terraços simétricos ou estariam expostos ao sol, sem qualquer proteção, ou receberiam diretamente a garoa paulistana. (> COMEÇANDO A PRÓPRIA ARQUITETURA MODERNA NACIONAL > ABRE O CAMINHO • A imagem divulgada suplantou questões banais de soluções projetuais, se sobrepujando ao fato. Warchavchik • Arquiteto russo, formado na Itália, formação clássica. • Arquitetura prática, e econômica, de volumes e linhas puras, elementos funcionais, ênfase na verdade construtiva e simplicidade . • Chegou ao Brasil em 1923, fixando-se em São Paulo, onde em 1928, construiu a primeira casa modernista do país, na Vila Mariana. Foi convidado a lecionar no curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes por Lúcio Costa, que a dirigiu após a revolução de1930. • Escrevia semanalmente em o Jornal II Piccolo e publica alguns textos, manifestos no Correio da Manhã. • Conhece a produção de Le Corbusier. • O arquiteto americano Frank Lloyd Wright, em estada na cidade, esteve na casa, em visita e reunião com Lúcio Costa e Gregori Warchavchik. •Pelo menos mais duas casas modernistas foram construídas, por Warchavchik em associação com Lúcio Costa, na Rua Tonelero entre a Praça Cardeal Arcoverde e a Rua Siqueira Campos. • A casa Norchild foi demolida na década de 1990 para dar lugar a um edifício de apartamentos. •Registre-se ainda que esta admiração foi compartilhadaporWright,quando em 1931 visitou a casa da Rua Toneleros, em Copacabana, projeto de Warchavchik. •O ilustre arquiteto americano teceu elogios, enviou foto com dedicatória e certamente prestou uma homenagem maior: uma versão indica que a residência Kaufmann – a popular Casa da Cascata, na Pensilvânia, apresenta filiação direta da Casa Nordschild • A casa da rua Santa Cruz também revela que a gênese da arquitetura moderna no Brasil não está vinculada à influência corbusiana, mas a outras experiências desenvolvidas por profissionais como Loos, em Viena – Casa Steiner, 1910 – ou Rietveld, em Utrech – Casa Schroeder., 1924. • E tal foi a surpresa diante produção de Warchavchik que quando o Sr. Charles – Édouard Jeanneret esteve pela primeira vez no Brasil, o indicou para delegado do CIAM. ORDEM CRONOLÓGICA Colocar a cronologia em sua devida ordem: • A primeira casa modernista no Brasil foi projetada por Warchavchik em 1927; • A primeira casa modernista no Rio de Janeiro foi projetada por Warchavchik em 1930; •O primeiro edifício moderno de uso público no Rio de Janeiro foi projetado por Affonso Eduardo Reidy e Gérson Pinheiro, em 1931 (Albergue da Boa Vontade); •O primeiro edifício de grande porte a utilizar os pontos de Le Corbusier foi o prédio da Associação Brasileira de Imprensa – ABI – projetado pelos irmãos Roberto, em 1935; • Ainda em 1935, o arquiteto Luiz Nunes projetou a escola Alberto Torres, em Recife que incorporava influências corbusianas do Palácio dos Sovietes, de 1931; •Fatos, em ordem cronológica indicando que, apesar da paixão, o edifício-ícone do modernismo no Brasil não foi o primeiro, mas certamente aquele que contou com a melhor propaganda. •O próprio desenrolar do com concurso raramente foi comentado com clareza, pois além da competição natural em busca do projeto que melhor atendesse tanto ao edital quanto aos interesses do Estado, havia uma disputa ideológica, recrudescida desde os episódios de 1931, que culminaram com o afastamento de Lucio Costa da direção da Escola de BelasArtes. * DADO O CLIMA , A TOPOGRAFIA , O CONTEXTO HISTÓRICO = A CASA SE ADAPTA A CASA DA CASCATA (MODERNISTA) * O CONCURSO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE •1936 – 1944 • A equipe, formada por Carlos Leão, Affonso Eduardo Reidy, Jorge Moreira, Ernani Vasconcelos e Oscar Niemeyer, realiza o primeiro edifício que incorpora em grande escala os cinco pontos da arquitetura corbusiana. •Ao mesmo tempo, lança mão de uma plasticidade incomum e recupera elementos "nacionais", como os painéis de azulejo • Com a posse de Gustavo Capanema como Ministro da Educação, Vargas revelava seu ecletismo ideológico nas escolhas do seu ministério, ou uma grande habilidade na atribuição das pastas. • Como é do conhecimento público, o prêmio foi pago ao vencedor e utilizando o disposto no já citado art. 23, o ministro não contratou os serviços do vitorioso e contactou o ex-diretor da Escola de Belas Artes, encomendando um novo projeto • Aproveitando a discussão sobre o projeto para a Cidade Universitária, Lucio Costa armou um estratagema: inventou uma proposta para implantar oconjunto sobre pilotis, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Recusado por motivos técnicos e econômicos, Costa conseguia a oportunidade para sugerir a vinda de Le Corbusier para auxiliar nas duas empreitadas. • Afinal, o Ministro Capanema, sem nenhum conhecimento de órgãos como o CREA, recentemente fundado, convidara Marcelo Piacentini, arquiteto de Mussolini, para opinar sobre a futura cidade universitária do Brasil, prevista para a área da Quinta da Boa Vista. Tal iniciativa resultou em projeto detalhado, publicado em 1938 em revistas italianas e exposto em maquetes de ótima confecção que subliminarmente indicavam o alinhamento do governo Vargascom os países do Eixo. • Após muitas ponderações e uma entrevista de Lucio Costa com o próprio presidente Vargas, Capanema aceitou a sugestão e Le Corbusier veio convidado oficialmente pelo governo brasileiro para realizar algumas palestras e consultorias, evitando problemas com o CREA. •Certamente apresentava significativas contribuições para a nova arquitetura, porém fatos da maior relevância não foram considerados ou divulgados na crítica oficial, com raras exceções: • Os materiais principais, cimento, aço e vidro, não eram produzidos naquela escala no Brasil e sua importação, durante uma guerra Mundial, era um ônus elevado para um país pobre; • A relação entre arte e arquitetura moderna, subvertendo o mito da falta de ornamentação, tornou-se uma virtude louvável, principalmente pela qualidade dos artistas envolvidos (Portinari,Di Giorgio, Burle Marx). No entanto, como apontou Max Bill, as imagens eram complexas, incompreensíveis para o povo, objeto principal da empreitada; •O resultado final foi produto de diversas concessões, algumas das quais comprometiam inclusive aspectos éticos da profissão. •O edifício segue as recomendações de Le corbusier: o uso de pilotis – com o conceito de permeabilidade dos pedestres no térreo, a vedação do edifício é feita por cortinas de vidro, sendo utilizado brise- soleil – horizontais e verticais – para evitar a incidência direta de radiação solar na fachada norte, fachada-livre, planta-livre e o terraço- jardim. • A ideia principal que o edifício passa é a leveza, além da imponência e da inovação dos materiais utilizados. - UM ESTAVA PROPONDO UM (LÚCIO COSTA) ARQUITETURA MODERNA E O OUTRO ARQUITETURA COLONIAL ↳ PROPOSTAS COMPLETAMENTE DIFERENTES ESCOLA CARIOCA • Parceria entre Gregory Warchavichik e Lúcio Costa em meados dos anos 20. • Estudo das obras de Walter Gropius, Mies van der Rohe e principalmente as teorias de Le Corbusier. • Frank Lloyd Wright visita o Brasil em 1931 • Le Corbusier visita o Brasil em 1936 como consultor para o projeto do MES. • Adaptação do estilo Internacional para o contexto brasileiro. • Abordagem sistemática do projeto de arquitetura, paisagismo, urbanismo, decoração. LÚCIO COSTA • Arquitetura moderna poderia tirar proveito das lições da arquitetura colonial luso- brasileira. Yves Bruand • A rememoração é abstrata, ambígua, multivalente, não se esgotando de modo algum na tradição local. Carlos Eduardo Comas • O completo entendimento das características construtivas e dos repertórios formais que no Brasil se difundiram e combinaram define, em Lucio Costa, o raciocínio moderno sobre a base vernacular como o principal instrumento de projeto e intelecção. Guilherme Winisk CASAS SEM DONO - 1932 – 1936 •Projetos não executados, elaborados como estudos, fruto da escassez de trabalho e de estudos de obras e escritos modernos •Rigorosa geometria e o processo de combinar volumes puros de Gropius e Mies •Uso de planos associados a materialidade como Mies •Repertório de Le Corbusier, especialmente o pilotis •Busca pelo “abrasileiramento” do repertório moderno, assim como Warchavchik - PAVILHÃO DO BRASIL - 1939 - CASA SAAVEDRA HOTEL PARK - 1944 A natureza escolheu o homem para ser o veículo da tecnologia. Lúcio Costa Penso que o fundamento do pensamento estético de Lucio Costa radica na percepção da relação entre natureza e cultura como um fluxo. -Ronaldo Brito EDIFÍCIOS DO PARQUE GUINLE - 1934 AFONSO EDUARDO REIDY - 1909 - 1964 Affonso Eduardo Reidy lutava por uma arquitetura social e econômica. Toda a sua obra foi realizada nesse sentido. Não se conhece um só projeto seu que não fosse para a comunidade. Não projetou palácios nem prédios suntuosos, pois era cônscio da responsabilidade social da arquitetura. Foi sempre um arquiteto sóbrio e revolucionário no que fez. IRMÃOS MMM ROBERTO Os irmãos Marcelo Roberto (1908- 1964) e Milton Roberto (1914- 1953), iniciam a parceria em 1935. Em 1941 se une a equipe o irmão mais novo Maurício Roberto (1921-1996) Momento de implantação da linguagem moderna, de experimentação de uma tecnologia construtiva aplicada a ela confronto do projeto moderno com a poética urbana, relação com a paisagem e uma noção de identidade cultural proposta por Lucio Costa Estas necessidades [da arquitetura] são de ordem constante e de ordem variável, consideradas constantes as que Independem de tempo e lugar, variáveis as funções do local, da época e da ocupação. Classificar as constantes e determinar as variáveis são o ponto de partida das concepções arquiteturais. BURLE MARX - 1909 – 1994 • Comparado com a arquitetura o jardim moderno está livre de ser visto como um estilo que toma do cubismo o gosto pelos corpos puros e da tecnologia a ideia de racionalidade associada à produção e à máquina. • Eu detesto essa ideia de que o paisagista só deva conhecer plantas. Ele tem que saber o que é um Piero de la Francesca, mas também compreender o que é um Miró, um Michelangelo, um Picasso, um Braque, um Léger, um Karl Hofer, um Renoir, um Delaunay. Eu quero dizer que a vida é a gente saber observar, absorver e, possivelmente uma coisa que talvez tenha me ajudado muito é que eu nunca perdi a curiosidade pelas coisas. JORGE MOREIRA (1904 – 1992) CIDADE UNIVERSITÁRIA, RJ, 1955 Crença na possibilidade de transformação social com a nova ordem plástica e por sua atuação profissional comprometida com o bem público. (...) seguiu o ideal construtivo de transformar com a boa forma o ambiente da vida. EXPOSIÇÃO BRAZIL BUILDS - 1943 • A exposição compunha-se de painéis fotográficos e respectivos textos explicativos, um conjunto de três maquetes - do Ministério de Educação e Saúde, do Pavilhão Brasileiro na Feira Internacional de Nova York (1939), e da Residência Arnstein. Como produto final foi publicado o livro Brazil Builds, de autoria de Philip Goodwin. • Após a exibição em Nova York, a exposição circulou entre 1943 e 1945 por várias cidades da América do Norte, tais como Boston, Filadélfia, São Francisco, Pittsburgh, Toronto e Cidade do México, entre as principais, tendo sido também apresentada em Londres.
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