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Modernismo: Conceitos e Contextos

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MODERNISMO
Moderno?
SÉCULO XII, sinônimo de aperfeiçoamento, 
uma adaptação do antigo para um contexto 
novo para sua sobrevivência. Oposição ao 
antigo, o tempo experimentado como período, 
possuidor de traços específicos.
SÉCULO XV restauração do antigo, a fim de 
exprimir o caráter perfeito das coisas. Aponta 
para o limite de ser atual, o presente não 
representa o novo sempre. Um dia o presente 
será o passado e assim a modernidade um dia 
se transformaria em antiguidade, busca 
daquilo que é clássico.
SÉCULO XIX momentâneo, transitório, ideia 
de uma eternidade indeterminada, o novo está 
relacionado ao valor de época, relatividade, 
busca pelo específico. Ideia de caráter, 
funcionalidade, utilidade. Se relaciona pela 
primeira vez a um movimento.
SÉCULO XX caráter futurista do moderno, o 
novo é positivo, tem uma lógica própria do seu 
tempo, traz progresso, leva adiante. 
Distanciamento da linguagem clássica, mas 
estuda seus métodos para construir o 
universal a partir daquilo que é essencial.
MODERNIZAÇÃO
Termo utilizado para descrever o processo de 
desenvolvimento social cujas características 
principais seriam os avanços tecnológicos, a 
industrialização, a urbanização, a explosão 
demográfica, o crescimento da burocracia, o 
aumento do poder dos estados nacionais, a 
expansão dos sistemas de comunicação de 
massa, do mercado mundial e da 
democratização.
MODERNIDADE
Se refere a aspectos típicos dos tempos 
modernos e ao modo como tais aspectos são 
experimentados pelo indivíduo; às atitudes 
associadas a um processo contínuo de 
evolução e transformação, a tendências 
culturais e movimentos artísticos.
MODERNISMO
É um conceito não só tardio como o possuidor 
de conotações mais polêmicas. É um termo que 
designa um movimento de renovação estética 
(usado a primeira vez no meio do século XIX) e 
pertinente para a produção artística do século 
XX.
CONTEXTO
Primeiros Passos
• N. Pevsner:
“O que eles fizeram [entre 1900 e 1914] tinha 
de ser feito. O estilo que haviam criado estava 
claramente de acordo com a nova situação 
social e industrial da arquitetura.
O século XX (...) é o século das massas e o 
século da ciência.
O novo estilo, com sua recusa a aceitar o 
artesanato e as extravagâncias do design, é 
perfeitamente adequado à vasta clientela 
anônima e, com suas superfícies limpas e um 
mínimo de molduras, é perfeitamente 
adequado à produção industrial de seus 
elementos.
O aço, o vidro e o concreto armado não 
determinaram o novo estilo, mas pertencem a 
ele”.
•As primeiras residências nas quais pode ser 
reconhecido “o novo e original estilo do século 
XX” são as de Frank Lloyd Wright 
(1869-1959), construídas a partir da década 
de 1890 nas redondezas de Chicago (o 
denominado “Estilo Pradaria”).
• Essas casas, numa demonstração de sua 
genialidade e perfeita compatibilidade com os 
novos tempos, possuem uma série de 
características que podem ser encontradas em 
casas construídas até hoje:
• “plantas baixas que se expandem livremente, 
exteriores e interiores que se integram por meio 
de terraços e telhados em balanço, cômodos que 
se abrem uns para os outros, predominância de 
horizontais, janelas compondo longas faixas” etc.
*interior com 
características art decor
CONTEXTO DA MODERNIDADE 
• No século XIX os sentidos implicados no 
termo moderno ganharam terreno nos campos 
econômico e político, com a industrialização, 
os levantes políticos e o incremento da 
urbanização. A ruptura com os valores e 
certezas da tradição pode ser vista e sentida 
na realidade cotidiana.
• O crescimento acelerado e desordenado 
devido à industrialização das cidades traz 
condições de insalubridade, miséria e o 
aumento da criminalidade, manifestações 
públicas, etc. A ordem pública e a 
infraestrutura se tornam questão de Estado – 
maior poder social.
CONTEXTO URBANO E SOCIAL
- Ascensão da burguesia (classe média)
Vida urbana: novos equipamentos urbanos 
como cinemas, teatros, parques, lojas de 
departamento, galerias de arte, museus, 
clubes – cultura, consumo e lazer.
- Progresso: fábricas, grandes empresas, 
escolas, hospitais, unidades habitacionais, 
estradas, estradas de ferro, pontes, estações 
de passageiros.
 
ARQUITETURA MODERNA
• É fruto de uma visão de mundo relacionada 
ao projeto empreendido a partir da transição 
teórica iniciada pelo Iluminismo 
(racionalismo).
• Busca a essência de todas as coisas, aquilo 
que é comum e potencialmente universal para 
todos.
• Baseada em novos meios de construção.
• Disciplinada pelas exigências da função.
• Utiliza formas puras, geométricas.
• Deveria refletir a realidade atual e seu tempo.
ADOLF LOOS
• Critica a preocupação dos profissionais da 
arquitetura com o supérfluo e o superficial. 
Precursor da nova objetividade, procurou 
sempre a solução mais simples para seus 
projetos e métodos de construção, empregando 
apenas ocasionalmente motivos ornamentais 
como elementos articuladores.
• Ornamento: forma punitiva artesanal de 
escravidão;
• “só uma parte pequena da arquitetura 
pertence a arte: o túmulo e o monumento. Tudo 
mais deve ser excluído dos domínios da arte”. 
(Adolf Loos)
*ornamento é um crime, que a solução deve ser algo mais 
simples. O ornamento ele é um luxo!
ESCOLA CHICAGO
• “Aprenderíamos porém, que o ornamento é 
um luxo, não uma necessidade, pois 
discerniríamos tanto as limitações como o 
grande valor das massas não-adornadas”
(Louis Sullivan)
• FUNCIONALIDADE: justifica a ausência de 
ornamentos. O tamanho de um edifício, o 
volume, a distribuição do espaço e outras 
características devem ser norteadas somente 
pela FUNÇÃO do edifício. Satisfeitos os aspectos 
funcionais, a beleza arquitetônica surgirá de 
forma natural.
* a forma segue a função 
BAUHAUS 
•A Escola Bauhaus (1919-1933) foi de grande 
importância para o movimento moderno tanto 
para design quanto para arquitetura, sendo 
uma das primeiras escolas de design do 
mundo.
•... diante da crise econômica, temos o dever 
de nos tornar pioneiros da simplicidade, ou 
seja, é preciso encontrar uma forma simples 
para todas as formas da vida que seja ao 
mesmo tempo respeitável e verdadeira. 
(Oskar Schlemmer)
A escola teve como principio, tanto na 
arquitetura quanto na criação de bens de 
consumo, primar pela funcionalidade, custo 
reduzido e orientação para a produção em 
massa, procurando sintonizar a criação 
artística com a técnica industrial.
Criamos uma nova guilda de artesão, sem 
distinção de classe que erguem uma barreira de 
arrogância entre o artesão e o artista. Juntos, 
vamos conceber e criar o novo edifício do 
futuro, que abrangerá arquitetura, escultura e 
pintura em uma só unidade e que um dia se 
erguerá para o céu a partir das mãos de um 
milhão de operários, como o símbolo cristalino 
da nova fé.
* era do capitalismo 
- A Bauhaus foi fundada por Walter Groupius 
(que foi diretor até 1928) que defendia o 
ensino do design com base no ateliê 
(aprendizado prático e não teórico) tanto para 
designers quanto artesãos. A Bauhaus 
funcionou no meio termo entre a Academia de 
Artes e a Escola de Artes e Ofícios.
- Bruno Taut defendia que uma nova unidade 
cultural só poderia ser obtida através de uma 
nova arte da construção, na qual cada 
disciplina isolada daria sua contribuição para 
a forma final.
“não existirão fronteiras entre os ofícios, a 
escultura e a pintura; tudo será uma 
arquitetura”. (Bruno Taut)
- Paul Klee estudou profundamente a teoria da 
luz e da cor sendo responsável pela ampliação 
da escala de cores. Suas obras eram uma 
interpretação própria da vida e do mundo, 
eram compostas intuitiva e emocionalmente.
[
+ BARATA
BAUHAUS BRUNO PAUL
[
DESIGN DE OBJETOS
- Johannes Itten (1888 – 1967) sob influência 
de Cizen trabalhava com métodos de estimulo 
a criatividade individual apoiados em 
atividades essencialmente práticas, elaborou 
teoria da forma e da cor.
Era anarquista, seguia a filosofia oriental e 
defendia a sua inserção na uma produção 
artística contrabalançando o rígidométodo 
cientifico e os aspectos tecnológicos do 
pensamento ocidental.
- Theo van Doesburg (1883 – 1931) trabalha 
com uma estética racionalista, abstrata que 
usa como base grelhas geométricas, cores 
primárias e anti-individual baseada na 
filosofia estética da Gestaut. Foi um dos 
fundadores do movimento artístico 
neoplasticista difundido pela revista De Stijl.
- Wassily Kandinsky (1866 – 1944) usava uma 
abordagem emotiva e mística onde as ideias 
devem surgir de uma profunda intuição 
central. Para ele o objetivo da arte é encontrar 
a vida, tornar perceptíveis através da obra 
suas intensidades, oscilações, pulsações que 
regulam e organizam a obra. Acreditava que a 
arte poderia alcançar o espírito.
Princípios de economia técnica, formal e 
material, como outros projetos modernos. 
Materiais industriais como o aço e o vidro. “a 
forma segue a função” funções diferentes 
através de volumes arquitetônicos diferentes.
A Bauhaus de grande pensamento de modo 
progressista, modernista, industrial… Ela é 
importante porque ela reune todos esses 
arquitetos, pensadores e artistas. 
- Seria o ponto de ebulição o que seria a 
arquitetura moderna.
CIAM - CONGRESSO INTERNACIONAL DE 
ARQUITETURA MODERNA
• Fundados em 1928 na Suíça, os CIAM foram 
responsáveis pela definição daquilo que 
costuma ser chamado international style: 
introduziram e ajudaram a difundir uma 
arquitetura considerada limpa, sintética, 
funcional e racional. Os CIAM consideravam a 
arquitetura e urbanismo como um potencial 
instrumento político e econômico, o qual 
deveria ser usado pelo poder público como 
forma de promover o progresso social.
• Talvez o produto mais influente dos CIAM 
tenha sido a Carta de Atenas, escrita por Le 
Corbusier baseada nas discussões ocorridas na 
quarta conferência da organização. A Carta 
praticamente definiu o que é o urbanismo 
moderno, traçando diretrizes e fórmulas que, 
segundo seus autores, são aplicáveis 
internacionalmente.
• A Carta considerava a cidade como um 
organismo a ser planejado de modo funcional e 
centralmente planejada, na qual as 
necessidades do homem devem estar 
claramente colocadas e resolvidas. Entre 
outras propostas revolucionárias da Carta está 
o de que todo a propriedade de todo o solo 
urbano da cidade pertence à municipalidade, 
sendo, portanto público.
• A cidade de Brasília, cujo plano piloto é de 
autoria do arquiteto e urbanista Lúcio Costa é 
considerada como o mais avançado 
experimento urbano no mundo que tenha 
aplicado integralmente todos os princípios da 
Carta.
•De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por 
dez vezes.
TEMAS: habitat mínimo, edifício racional, 
cidade funcional, habitação coletiva, núcleo 
da cidade.
 
PURISMO
-> CÍRCULO CROMÁTICO
[
, mogeawgmogaaa.eup.gg , moma ,amo, go gaga gaga,
JOHANNES THEO WASSILY
↳A ÚNICA CIDADE DO BRASIL COM PENSAMENTO
MODERNO
-> PENSAMENTO COLETIVO
PRINCÍPIOS GERAIS DA POÉTICA MAQUINISTA
Podemos resumir a poética das tendências que 
formam o Movimento Moderno nos seguintes 
conceitos gerais:
1-ECONOMIA: financeira; Economia de espaço; 
Economia de elementos arquitetônicos.
2-OBJETIVIDADE: Visão voltada para o objeto, 
sem subjetivismos ou marcas pessoais.
3-ANTI-INDIVIDUALISMO: Resposta final à 
eterna discussão sobre trabalho artesanal e 
reprodução mecânica.
4-LEVEZA: Contrária à ideia de massa da 
arquitetura tradicional.
5-FUNCIONALISMO: O espaço é determinado 
por dados funcionais e não formais como era 
na arquitetura tradicional.
6-ANTIMONUMENTALIDADE: Eliminação de 
elementos expressivos por seu porte e 
simbolismo.
7-RACIONALIDADE: Escolha de elementos 
pela sua condição de universalidade, 
necessidade e suficiência.
8-ANTI-HISTORICISMO: Autossuficiência dos 
novos tempos, que não necessitam recorrer ao 
passado.
9-ANTIRREGIONALISMO: Pretensão de 
formulação de uma arquitetura 
geograficamente abrangente.
10-DISSEMANTIZAÇÃO: Enfraquecimento da 
relação entre o objeto arquitetônico e seus 
possíveis significados. Clara objeção à teoria 
associacionista do ecletismo.
ESTILO INTERNACIONAL 
•Aos fundamentos da poética maquinista são 
acrescentados alguns itens:
•Perfeição técnica dos materiais e 
acabamento, como contrapartida à ausência 
de ornamentação;
•Flexibilidade da planta, agora 
obrigatoriamente construída sobre uma malha 
ortogonal;
• Uso de materiais industrializados.
 
•O centro de gravidade da arquitetura 
moderna transfere-se da Europa para os 
Estados Unidos onde arquitetos como Gropius, 
Mies, Neutra, Breuer e Mendelsohn, entre 
outros, encontrarão as condições propícias 
para o estabelecimento de uma arquitetura 
que, em poucos anos, mudará a face das 
metrópoles do mundo inteiro, com os práticos, 
simbolicamente neutros, totalmente 
industrializados e geometricamente puros 
arranha- céus de aço e vidro.
•Do ponto de vista ideológico, essa migração 
para os Estados Unidos, não somente das 
pessoas, mas também das ideias, exigiu 
mudanças conceituais, com o abandono do 
ideário socialista para outro, de feições mais 
liberais.
•Com o tempo, os seguidores da primeira 
geração moderna, passam a desenvolver de 
forma acrítica seus projetos, caindo em um novo 
maneirismo e institucionalizando um método 
que acabará por esvaziar inteiramente o 
movimento.
•Os imitadores de Mies Van der Rohe são o 
melhor exemplo desse esvaziamento.
• Nos Estados Unidos, Mies assume a direção do 
Departamento de Arquitetura do Armour 
Institute of Technology (hoje Illinois Institute of 
Technology).
• Sua primeira encomenda como diretor foi o 
anteprojeto do campus do Instituto. Trata-se do 
primeiro projeto americano de caráter 
urbanístico.
• Nele Mies utilizou, uma grelha geral, 
determinando uma quadrícula de 7,30 x 7,30 
metros, dimensão baseada nas medidas de uma 
sala de aula padrão americana. Esta medida 
serviria de apoio para o dimensionamento de 
todas as construções e espaços abertos no 
campus.
• O próprio Mies projetou 35 edifícios no local, 
construindo mais de 20 deles. Principais 
destaques: Alumni Memorial Hall, Prédio das 
Caldeiras, a Capela e a sede da Escola de 
Arquitetura (Crown Hall).
 
O CROWN HALL
• Possui o maior espaço interior projetado e 
construído por Mies van Der Rohe no campus 
do ITT: 37 x 71 metros e pé-direito de 5,60 
metros de altura. O edifício tem uma estrutura 
diferenciada já que, para conseguir um espaço 
livre de colunas, Mies dispôs 4 vigas superiores 
de aço de onde se pendura a cobertura. O 
fechamento perimetral é completamente 
envidraçado. O prédio eleva-se do piso meio 
nível, deixando aparecer as janelas do andar 
inferior, onde se localizam as salas de aula.
→ AÇO , METAL ,
VIDRO
,PLACA DE
PEDRA
Seagram Building – NY, 1954-1958
• Símbolo da arquitetura do século XX, esta 
construção de 39 andares e pele de vidro de 
cor bronze, foi erguida sobre pilares, em 
forma de prisma retangular. O desenho de 
cada elemento foi feito com um cuidado 
extraordinário, desde os elevadores, até as 
divisórias, iluminação, estruturas e 
topografia.
•Sua implantação ocupa apenas um terço da 
área e possibilitou a criação de uma praça 
que dá a distância necessária para a 
visualização do edifício.
ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL 
(1920-1940)
CONTEXTO
• O movimento moderno tem seus primeiros 
indícios no território brasileiro por volta de 
1922, mais precisamente a partir de um 
acontecimento histórico conhecido como 
Semana de Arte Moderna, que ocorreu entre 
13 e 18 de fevereiro, em São Paulo. Neste 
evento vários aspectos como: sociais, 
tecnológicos,econômicos e artísticos, foram 
colocados em discussão por um grupo de 
intelectuais e artistas, ditos modernistas.
SEMANA DE ARTE MODERNA
• REVOLUÇÃO E NACIONALISMO: ruptura 
com o passado e independência cultural. É um 
manifesto contra a tradição.
• Oswald Andrade: divulgação dos princípios 
futuristas e defesa de uma produção inspirada 
na “paisagem, na luz, na cor, na vida trágica e 
opulenta do interior do Brasil”.
• Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do 
Rego Monteiro, John Graz,Brecheret, Villa 
Lobos, Antonio Garcia Moya.
A semana de Arte de 1922 não influenciou 
diretamente a produção da arquitetura para 
uma linguagem moderna/ purista, mas cria 
um contexto de oposição que abre caminho 
para a discussão em toda a produção artística.
CENÁRIO - BRASIL: 1922
•Podemos considerar que a adoção do 
movimento neocolonial como modelo oficial 
durante os anos de 1920 não foi mais do que 
um resultado esperado que refletia os 
sentimentos represados.
 
MODERNISMO NO BRASIL
•Ainda neste período surgiu a primeira casa 
modernista em São Paulo, depois no Rio de 
Janeiro, cidade que abrigava o Curso de 
Arquitetura da Escola de Belas Artes, que em 
1931 implantou sugestiva reforma curricular, 
sob a direção de Lucio Costa.
•No limiar do Estado Novo ocorreram os 
concursos públicos para os edifícios 
ministeriais, polêmica situação que gerou 
verdadeiro folhetim e culminou com a célebre 
vinda de Le Corbusier.
•Enfim uma sucessão de atitudes, sempre 
impregnadas do “espírito” modernista que 
resultam na seguinte hipótese: nos primeiros 
anos do século XX, pelo menos nas Américas, 
ser moderno era ser nacionalista, ou por mais 
paradoxal que pareça, ser moderno era ser 
tradicional.
 
• Primeira casa modernista, projetada por 
Gregori Warchavchik em 1927, na rua Santa 
Cruz, em São Paulo.
• Mesmo que o próprio arquiteto, em textos 
posteriores, tenha revelado os artifícios que 
utilizou para torná-la mais um panfleto do que 
uma realidade.
 
• A versão oficial simplesmente omite que não 
havia material nem mão de obra capacitada 
para execução daquele edifício segundo o 
idealizadopor seu criador.
•Havia uma platibanda ocultando o telhado, 
como nos sobrados ecléticos; as janelas não 
foram produzidas em série; tijolos auxiliavam à 
concepção estrutural, diferente dos pilares de 
concreto compondo uma estrutura autônoma e, 
principalmente, considerando-se o clima da 
capital paulista, os terraços simétricos ou 
estariam expostos ao sol, sem qualquer 
proteção, ou receberiam diretamente a garoa 
paulistana.
(>
COMEÇANDO A PRÓPRIA ARQUITETURA MODERNA NACIONAL
> ABRE O CAMINHO
• A imagem divulgada suplantou questões 
banais de soluções projetuais, se 
sobrepujando ao fato.
Warchavchik
• Arquiteto russo, formado na Itália, 
formação clássica.
• Arquitetura prática, e econômica, de 
volumes e linhas puras, elementos funcionais, 
ênfase na verdade construtiva e simplicidade .
• Chegou ao Brasil em 1923, fixando-se em 
São Paulo, onde em 1928, construiu a 
primeira casa modernista do país, na Vila 
Mariana. Foi convidado a lecionar no curso de 
arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes 
por Lúcio Costa, que a dirigiu após a revolução 
de1930.
• Escrevia semanalmente em o Jornal II 
Piccolo e publica alguns textos, manifestos no 
Correio da Manhã. 
• Conhece a produção de Le Corbusier.
• O arquiteto americano Frank Lloyd Wright, 
em estada na cidade, esteve na casa, em visita 
e reunião com Lúcio Costa e Gregori 
Warchavchik.
•Pelo menos mais duas casas modernistas 
foram construídas, por Warchavchik em 
associação com Lúcio Costa, na Rua Tonelero 
entre a Praça Cardeal Arcoverde e a Rua 
Siqueira Campos.
• A casa Norchild foi demolida na década de 
1990 para dar lugar a um edifício de 
apartamentos.
 
•Registre-se ainda que esta admiração foi 
compartilhadaporWright,quando em 1931 
visitou a casa da Rua Toneleros, em 
Copacabana, projeto de Warchavchik.
•O ilustre arquiteto americano teceu elogios, 
enviou foto com dedicatória e certamente 
prestou uma homenagem maior: uma versão 
indica que a residência Kaufmann – a popular 
Casa da Cascata, na Pensilvânia, apresenta 
filiação direta da Casa Nordschild
 
• A casa da rua Santa Cruz também revela 
que a gênese da arquitetura moderna no 
Brasil não está vinculada à influência 
corbusiana, mas a outras experiências 
desenvolvidas por profissionais como Loos, em 
Viena – Casa Steiner, 1910 – ou Rietveld, em 
Utrech – Casa Schroeder., 1924.
• E tal foi a surpresa diante produção de 
Warchavchik que quando o Sr. Charles – 
Édouard Jeanneret esteve pela primeira vez 
no Brasil, o indicou para delegado do CIAM.
ORDEM CRONOLÓGICA 
Colocar a cronologia em sua devida ordem:
• A primeira casa modernista no Brasil foi 
projetada por Warchavchik em 1927;
• A primeira casa modernista no Rio de 
Janeiro foi projetada por Warchavchik em 
1930;
•O primeiro edifício moderno de uso público no 
Rio de Janeiro foi projetado por Affonso 
Eduardo Reidy e Gérson Pinheiro, em 1931 
(Albergue da Boa Vontade);
•O primeiro edifício de grande porte a utilizar 
os pontos de Le Corbusier foi o prédio da 
Associação Brasileira de Imprensa – ABI – 
projetado pelos irmãos Roberto, em 1935;
• Ainda em 1935, o arquiteto Luiz Nunes 
projetou a escola Alberto Torres, em Recife que 
incorporava influências corbusianas do Palácio 
dos Sovietes, de 1931;
•Fatos, em ordem cronológica indicando que, 
apesar da paixão, o edifício-ícone do 
modernismo no Brasil não foi o primeiro, mas 
certamente aquele que contou com a melhor 
propaganda.
•O próprio desenrolar do com concurso 
raramente foi comentado com clareza, pois 
além da competição natural em busca do 
projeto que melhor atendesse tanto ao edital 
quanto aos interesses do Estado, havia uma 
disputa ideológica, recrudescida desde os 
episódios de 1931, que culminaram com o 
afastamento de Lucio Costa da direção da 
Escola de BelasArtes.
* DADO O CLIMA
,
A TOPOGRAFIA
,
O CONTEXTO
HISTÓRICO
= A CASA SE ADAPTA A CASA DA CASCATA (MODERNISTA)
*
O CONCURSO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
•1936 – 1944
• A equipe, formada por Carlos Leão, Affonso 
Eduardo Reidy, Jorge Moreira, Ernani 
Vasconcelos e Oscar Niemeyer, realiza o 
primeiro edifício que incorpora em grande 
escala os cinco pontos da arquitetura 
corbusiana.
•Ao mesmo tempo, lança mão de uma 
plasticidade incomum e recupera elementos 
"nacionais", como os painéis de azulejo
• Com a posse de Gustavo Capanema como 
Ministro da Educação, Vargas revelava seu 
ecletismo ideológico nas escolhas do seu 
ministério, ou uma grande habilidade na 
atribuição das pastas.
• Como é do conhecimento público, o prêmio 
foi pago ao vencedor e utilizando o disposto no 
já citado art. 23, o ministro não contratou os 
serviços do vitorioso e contactou o ex-diretor 
da Escola de Belas Artes, encomendando um 
novo projeto
• Aproveitando a discussão sobre o projeto 
para a Cidade Universitária, Lucio Costa 
armou um estratagema: inventou uma 
proposta para implantar oconjunto sobre 
pilotis, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Recusado 
por motivos técnicos e econômicos, Costa 
conseguia a oportunidade para sugerir a 
vinda de Le Corbusier para auxiliar nas duas 
empreitadas.
• Afinal, o Ministro Capanema, sem nenhum 
conhecimento de órgãos como o CREA, 
recentemente fundado, convidara Marcelo 
Piacentini, arquiteto de Mussolini, para 
opinar sobre a futura cidade universitária do 
Brasil, prevista para a área da Quinta da Boa 
Vista. Tal iniciativa resultou em projeto 
detalhado, publicado em 1938 em revistas 
italianas e exposto em maquetes de ótima 
confecção que subliminarmente indicavam o 
alinhamento do governo Vargascom os países 
do Eixo.
• Após muitas ponderações e uma entrevista 
de Lucio Costa com o próprio presidente 
Vargas, Capanema aceitou a sugestão e Le 
Corbusier veio convidado oficialmente pelo 
governo brasileiro para realizar algumas 
palestras e consultorias, evitando problemas 
com o CREA.
•Certamente apresentava significativas 
contribuições para a nova arquitetura, porém 
fatos da maior relevância não foram 
considerados ou divulgados na crítica oficial, 
com raras exceções:
• Os materiais principais, cimento, aço e vidro, 
não eram produzidos naquela escala no Brasil e 
sua importação, durante uma guerra Mundial, 
era um ônus elevado para um país pobre;
• A relação entre arte e arquitetura moderna, 
subvertendo o mito da falta de ornamentação, 
tornou-se uma virtude louvável, principalmente 
pela qualidade dos artistas envolvidos 
(Portinari,Di Giorgio, Burle Marx). No entanto, 
como apontou Max Bill, as imagens eram 
complexas, incompreensíveis para o povo, 
objeto principal da empreitada;
•O resultado final foi produto de diversas 
concessões, algumas das quais comprometiam 
inclusive aspectos éticos da profissão.
•O edifício segue as recomendações de Le 
corbusier: o uso de pilotis – com o conceito de 
permeabilidade dos pedestres no térreo, a 
vedação do edifício é feita por cortinas de vidro, 
sendo utilizado brise- soleil – horizontais e 
verticais – para evitar a incidência direta de 
radiação solar na fachada norte, fachada-livre, 
planta-livre e o terraço- jardim.
• A ideia principal que o edifício passa é a 
leveza, além da imponência e da inovação dos 
materiais utilizados.
 
- UM ESTAVA PROPONDO UM
(LÚCIO COSTA)
ARQUITETURA MODERNA E O
OUTRO ARQUITETURA COLONIAL
↳ PROPOSTAS COMPLETAMENTE
DIFERENTES
ESCOLA CARIOCA
• Parceria entre Gregory Warchavichik e 
Lúcio Costa em meados dos anos 20.
• Estudo das obras de Walter Gropius, Mies 
van der Rohe e principalmente as teorias de 
Le Corbusier.
• Frank Lloyd Wright visita o Brasil em 1931 
• Le Corbusier visita o Brasil em 1936 como
consultor para o projeto do MES.
• Adaptação do estilo Internacional para o 
contexto brasileiro.
• Abordagem sistemática do projeto de 
arquitetura, paisagismo, urbanismo, 
decoração.
LÚCIO COSTA
• Arquitetura moderna poderia tirar proveito 
das lições da arquitetura colonial luso-
brasileira.
Yves Bruand
• A rememoração é abstrata, ambígua, 
multivalente, não se esgotando de modo 
algum na tradição local.
Carlos Eduardo Comas
• O completo entendimento das 
características construtivas e dos repertórios 
formais que no Brasil se difundiram e 
combinaram define, em Lucio Costa, o 
raciocínio moderno sobre a base vernacular 
como o principal instrumento de projeto e 
intelecção.
Guilherme Winisk
CASAS SEM DONO - 1932 – 1936
•Projetos não executados, elaborados como 
estudos, fruto da escassez de trabalho e de 
estudos de obras e escritos modernos
•Rigorosa geometria e o processo de combinar 
volumes puros de Gropius e Mies
•Uso de planos associados a materialidade 
como Mies
•Repertório de Le Corbusier, especialmente o 
pilotis
•Busca pelo “abrasileiramento” do repertório 
moderno, assim como Warchavchik
- PAVILHÃO DO BRASIL - 1939
- CASA SAAVEDRA
HOTEL PARK - 1944
A natureza escolheu o homem para ser o 
veículo da tecnologia.
Lúcio Costa
Penso que o fundamento do pensamento 
estético de Lucio Costa radica na percepção da 
relação entre natureza e cultura como um 
fluxo.
-Ronaldo Brito
EDIFÍCIOS DO PARQUE GUINLE - 1934
AFONSO EDUARDO REIDY - 1909 - 1964
Affonso Eduardo Reidy lutava por uma 
arquitetura social e econômica. Toda a sua 
obra foi realizada nesse sentido. Não se 
conhece um só projeto seu que não fosse para 
a comunidade. Não projetou palácios nem 
prédios suntuosos, pois era cônscio da 
responsabilidade social da arquitetura. Foi 
sempre um arquiteto sóbrio e revolucionário
no que fez.
IRMÃOS MMM ROBERTO
Os irmãos Marcelo Roberto (1908- 1964) e 
Milton Roberto (1914- 1953), iniciam a 
parceria em 1935. Em 1941 se une a equipe o 
irmão mais novo Maurício Roberto 
(1921-1996)
Momento de implantação da linguagem 
moderna, de experimentação de uma 
tecnologia construtiva aplicada a ela
confronto do projeto moderno com a poética 
urbana, relação com a paisagem e uma noção 
de identidade cultural proposta por Lucio 
Costa
Estas necessidades [da arquitetura] são de 
ordem constante e de ordem variável, 
consideradas constantes as que Independem 
de tempo e lugar, variáveis as funções do 
local, da época e da ocupação. Classificar as 
constantes e determinar as variáveis são o 
ponto de partida das concepções 
arquiteturais.
BURLE MARX - 1909 – 1994
• Comparado com a arquitetura o jardim 
moderno está livre de ser visto como um 
estilo que toma do cubismo o gosto pelos 
corpos puros e da tecnologia a ideia de 
racionalidade associada à produção e à 
máquina.
• Eu detesto essa ideia de que o paisagista só 
deva conhecer plantas. Ele tem que saber o que é 
um Piero de la Francesca, mas também 
compreender o que é um Miró, um Michelangelo, 
um Picasso, um Braque, um Léger, um Karl 
Hofer, um Renoir, um Delaunay. Eu quero dizer 
que a vida é a gente saber observar, absorver e, 
possivelmente uma coisa que talvez tenha me 
ajudado muito é que eu nunca perdi a 
curiosidade pelas coisas.
JORGE MOREIRA (1904 – 1992)
CIDADE UNIVERSITÁRIA, RJ, 1955
Crença na possibilidade de transformação 
social com a nova ordem plástica e por sua 
atuação profissional comprometida com o bem 
público. (...) seguiu o ideal construtivo de 
transformar com a boa forma o ambiente da 
vida.
EXPOSIÇÃO BRAZIL BUILDS - 1943
• A exposição compunha-se de painéis 
fotográficos e respectivos textos explicativos, 
um conjunto de três maquetes - do Ministério 
de Educação e Saúde, do Pavilhão Brasileiro na 
Feira Internacional de Nova York (1939), e da 
Residência Arnstein. Como produto final foi 
publicado o livro Brazil Builds, de autoria de 
Philip Goodwin.
• Após a exibição em Nova York, a exposição 
circulou entre 1943 e 1945 por várias cidades 
da América do Norte, tais como Boston, 
Filadélfia, São Francisco, Pittsburgh, Toronto e 
Cidade do México, entre as principais, tendo 
sido também apresentada em Londres.

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