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Livro Eletrônico
Aula 12
Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2019.1
(Bacharel em Contábeis)
Gilmar Possati
 
 
 
 
 
 
 
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CPC 36 – Demonstrações Consolidadas 
1. CPC 36 – Demonstrações Consolidadas ......................................................................... 2!
1.1. Aspectos Introdutórios .............................................................................................................. 2!
1.2. Avaliação do Controle ............................................................................................................... 6!
1.3. Poder ......................................................................................................................................... 7!
1.4. Retornos .................................................................................................................................... 8!
1.5. Relação entre poder e retornos ................................................................................................. 9!
1.6. Requisitos Contábeis ................................................................................................................. 9!
1.7. Data das demonstrações contábeis consolidadas .................................................................. 10!
1.8. Participação de não controladores ......................................................................................... 11!
1.9. Perda de Controle ................................................................................................................... 12!
1.10. Procedimentos de Consolidação (eliminações e ajustes) ..................................................... 13!
1.11. Mensuração .......................................................................................................................... 18!
2. Questões Comentadas ................................................................................................. 19!
3. Lista das Questões ....................................................................................................... 37!
5. Gabarito ...................................................................................................................... 48!
 
 
Gilmar Possati
Aula 12
Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2019.1 (Bacharel em Contábeis)
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1. CPC 36 – DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS 
1.1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
O CPC 36 estabelece princípios para a apresentação e elaboração de demonstrações consolidadas 
quando a entidade controla uma ou mais entidades. 
Para atingir esse objetivo, o CPC 36: 
a) exige que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controladas) 
apresente demonstrações consolidadas; 
b) define o princípio de controle e estabelece controle como a base para a consolidação; 
c) define como aplicar o princípio de controle para identificar se um investidor controla a investida 
e, portanto, deve consolidá-la; 
d) define os requisitos contábeis para a elaboração de demonstrações consolidadas; e 
e) define entidade de investimento e estabelece uma exceção para a consolidação de controladas 
específicas de entidade de investimento. 
 
1.!(CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças FUNPRESP/2016) Julgue o item a seguir, relativo à 
consolidação das demonstrações financeiras. 
A obrigatoriedade de consolidação das demonstrações contábeis está diretamente associada ao 
controle que uma empresa investidora exerce sobre uma empresa investida. 
Comentários 
É isso mesmo! Conforme acabamos de estudar, o CPC 36 exige que a entidade (controladora) que 
controle uma ou mais entidades (controladas) apresente demonstrações consolidadas. Logo, a 
obrigatoriedade de consolidação está diretamente associada ao controle que uma empresa 
investidora exerce sobre uma empresa investida. 
Gabarito: Certo 
1.1.1. Conceito 
Nos termos do CPC 36, Demonstrações Consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo 
econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da 
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade 
econômica. 
 
Gilmar Possati
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1.1.2. Objetivos 
O objetivo da consolidação das demonstrações contábeis basicamente é conhecer a posição 
financeira da empresa controladora e das demais empresas de um grupo econômico. 
Segundo o Manual de Contabilidade Societária (3ª edição – 2018, p. 714), o objetivo da 
consolidação é apresentar aos usuários da informação contábil, principalmente acionistas e 
credores, os resultados das operações e a posição financeira da sociedade controladora e de suas 
controladas, como se o grupo econômico fosse uma única entidade. Isso permite uma visão mais 
geral e abrangente e melhor compreensão do que inúmeros balanços isolados de cada empresa do 
grupo. Esse tratamento está de acordo com o que prescreve a Estrutura Conceitual (CPC 00), 
segundo a qual a Contabilidade deve procurar refletir a essência econômica de uma transação, 
independentemente de sua forma jurídica. 
1.1.3. Alcance 
A consolidação, segundo a Lei n. 6.404/76, é obrigatória para: 
a) Companhias abertas1 (art. 249); 
b) Grupos de Sociedades (art. 275), independente ou não de serem companhias abertas. 
Para efeitos de consolidação, o valor dos investimentos em controladas corresponde ao valor de 
equivalência patrimonial, acrescido do ágio não amortizado e diminuído da provisão para perdas. 
Segundo a doutrina, na prática, dificilmente uma controlada é excluída da consolidação. 
Segundo o CPC 36, a entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações 
consolidadas. Esta Norma se aplica a todas essas entidades, com as seguintes exceções: 
a) a controladora pode deixar de apresentar as demonstrações consolidadas somente se satisfizer 
todas as condições a seguir, além de permitido legalmente: 
i) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, 
em conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram 
consultados e não fizeram objeção quanto à não apresentação das demonstrações 
consolidadas pela controladora; 
ii) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados publicamente (bolsa de 
valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais); 
iii) ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas 
demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, 
visando à distribuição pública de qualquer tipo ou classe de instrumento no mercado de 
capitais; e 
 
1 O texto original abrangia apenas as que tivessem investimentos em controladas representando pelo 
menos 30% do patrim™nio l’quido da controladora, mas esse percentual foi eliminado pela CVM, 
conforme prerrogativa dada pela pr—pria Lei. 
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iv) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, 
disponibiliza ao público suas demonstrações consolidadas em conformidade com 
Pronunciamentos do CPC; 
b) planos de benefícios pós-emprego ou outros planos de benefícios de longo prazo a 
empregados aos quais se aplica o CPC 33 – Benefícios a Empregados. 
c) a controladora que é entidade de investimento não deve apresentar demonstrações 
consolidadas se estiver obrigada,de acordo com o item 31 do CPC 36, a mensurar todas as suas 
controladas ao valor justo por meio do resultado. 
Observação: Segundo o CPC 36, a controladora deve verificar se atende à definição de entidade de 
investimento. A entidade de investimento é uma entidade que: 
a) obtém recursos de um ou mais investidores com o intuito de prestar a esses investidores 
serviços de gestão de investimento; 
b) se compromete com os seus investidores no sentido de que seu propósito comercial é investir 
recursos exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de investimentos ou 
ambos; e 
c) mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com base no 
valor justo. 
Segundo o CPC 36 (item 31), salvo conforme descrito no item 32 (abaixo estudado), a entidade de 
investimento não deve consolidar as suas controladas nem deve aplicar o CPC 15 quando obtiver o 
controle de outra entidade. Em vez disso, a entidade de investimento deve mensurar esse 
investimento em controlada ao valor justo por meio do resultado. 
32. Não obstante o requisito do item 31, se a entidade de investimento tiver uma 
controlada que não é, por si mesma, entidade de investimento e cuja finalidade 
principal e atividades são a prestação de serviços que estejam relacionados com as 
atividades de investimento definida como entidade de investimento (ver itens B85C a 
B85E), essa entidade deve consolidar essa controlada de acordo com os itens 19 a 26 
deste Pronunciamento Técnico e aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 
15 quando da aquisição de qualquer controlada desse tipo. 
B85C. A entidade de investimento pode prestar serviços relacionados a investimentos 
(por exemplo, serviços de consultoria de investimentos e serviços de gestão de 
investimentos, de apoio a investimentos e administrativos), seja diretamente ou por 
meio de controlada, a terceiros, bem como a seus investidores, ainda que essas 
atividades sejam substanciais para a entidade, desde que a entidade continue a 
satisfazer à definição de entidade de investimento. 
 
B85D. A entidade de investimento pode também participar das seguintes atividades 
relacionadas a investimentos, seja diretamente ou por meio de controlada, se essas 
atividades forem realizadas para maximizar o retorno do investimento (valorização do 
capital ou receita de investimentos) de suas investidas e não representarem uma 
atividade de negócios substancial separada ou uma fonte de receita substancial 
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separada para a entidade de investimento: (a) prestar serviços de gestão e consultoria 
estratégica para uma investida; e (b) prestar suporte financeiro a uma investida, tal 
como empréstimo, compromisso de capital ou garantia. 
B85E. Se a entidade de investimento tiver uma controlada que não é, por si mesma, 
entidade de investimento e cuja finalidade principal e atividades são a prestação de 
serviços ou atividades relacionadas a investimentos que se relacionam com atividades 
de investimento da entidade de investimento, tais como aqueles descritos nos itens 
B85C e B85D, à entidade ou a outras partes, essa entidade deve consolidar essa 
controlada de acordo com o item 32. Se a controlada que fornece serviços ou atividades 
relacionadas com o investimento é por si mesma entidade de investimento, a entidade 
de investimento controladora deve mensurar essa controlada pelo seu valor justo por 
meio do resultado de acordo com o item 31. 
Que tal resumir todo esse entendimento acima em um quadro “bizurado”? 
 
Consolidação: obrigatoriedade 
Lei 6.404/76 
Companhias abertas e grupos de sociedade 
CPC 36 
Regra: entidade que seja controladora 
Exceções: 
a) Controladora que satisfazer as condições dispostas no Pronunciamento; 
b) Planos de benefícios pós-emprego ou outros planos de benefícios de longo prazo a 
empregados; 
c) Controladora que é entidade de investimento* obrigada a mensurar todas as suas 
controladas ao valor justo por meio do resultado. 
*Entidade de investimento: em regra as entidades de investimento não fazem consolidação 
de suas controladas. No entanto, se a entidade de investimento tiver uma controlada que não 
é, por si mesma, entidade de investimento e cuja finalidade principal e atividades são a 
prestação de serviços ou atividades relacionadas a investimentos (vide itens 85C e 85D), ela 
deverá efetuar a consolidação. É a exceção da exceção J! 
 
Vamos ver como esses detalhes já foram explorados em prova! 
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2.!(CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças FUNPRESP/2016) Julgue o item a seguir, relativo à 
consolidação das demonstrações financeiras. 
Se uma entidade de investimento controlar outra entidade de investimento, a controladora deverá 
consolidar as demonstrações contábeis da controlada. 
Comentários 
Veja que a questão não informou essa entidade de investimento presta serviços ou possui 
atividades relacionadas a investimentos. Logo, ela se enquadra na regra geral de que entidades de 
investimentos não fazem consolidação de suas controladas. 
Gabarito: Errado 
1.2. AVALIAÇÃO DO CONTROLE 
Segundo o CPC 36, o investidor, independentemente da natureza de seu envolvimento com a 
entidade (investida), deve determinar se é controlador avaliando se controla a investida. 
Nesse sentido, o CPC 36 destaca que o investidor controla a investida quando está exposto a, ou 
tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a 
capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida. 
Logo, para determinar se controla a investida, o investidor deve avaliar se possui todos os 
requisitos a seguir: 
a) poder sobre a investida; 
b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a 
investida; e 
c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos 
(relação entre poder e retornos). 
O investidor deve considerar todos os fatos e as circunstâncias ao avaliar se controla a investida. O 
investidor deve reavaliar se controla a investida, caso fatos e circunstâncias indiquem que há 
mudanças em um ou mais dos três elementos de controle relacionados acima. 
A Norma destaca os seguintes fatores que podem ajudar na determinação do controle: 
a) o objetivo e a estrutura da investida; 
b) quais são as atividades relevantes e como as decisões sobre essas atividades são tomadas; 
c) se os direitos do investidor lhe dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes; 
d) se o investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu 
envolvimento com a investida; e 
e) se o investidor tem a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de 
seus retornos. 
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Dois ou mais investidores controlam coletivamente a investida quando devem agir em conjunto 
para dirigir as atividades relevantes. Nesses casos, como nenhum investidor pode dirigir as 
atividades sem a cooperação dos demais, nenhum investidor individualmente controla a investida. 
Vamos estudar alguns detalhes de cada um dos três requisitos cotados pelo CPC 36. 
1.3. PODER 
Segundo o CPC 36, o investidor tem poder sobre a investida quando tem direitos existentes que 
lhe dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes2,ou seja, as atividades que afetam 
significativamente os retornos da investida. 
O poder decorre de direitos. Algumas vezes, avaliar o poder é simples, como, por exemplo, quando 
o poder sobre a investida é obtido direta e exclusivamente dos direitos de voto concedidos por 
instrumentos patrimoniais, tais como ações, e pode ser avaliado considerando-se os direitos de 
voto decorrentes dessas participações acionárias. Em outros casos, a avaliação é mais complexa e 
exige que mais de um fator seja considerado, como, por exemplo, quando o poder resulta de um 
ou mais acordos contratuais. 
Para o fim de avaliar o poder, devem ser considerados somente direitos substantivos* e direitos 
que não sejam de proteção**. 
* Para que o direito seja substantivo, o titular deve ter a capacidade prática de exercer esse direito. 
Para serem substantivos, os direitos precisam também ser exercíveis quando as decisões sobre a 
direção das atividades relevantes precisam ser tomadas. Contudo, alguns direitos podem ser 
substantivos ainda que não sejam atualmente exercíveis. 
** Como os direitos de proteção destinam-se a proteger os interesses de seu titular sem dar a essa 
parte poder sobre a investida à qual se referem esses direitos, o investidor que detém apenas 
direitos de proteção não pode ter poder ou impedir outra parte de ter poder sobre a investida. 
Exemplo de direito de proteção: direito de credor de apropriar-se legalmente de ativos do tomador 
de empréstimo se este deixar de satisfazer condições especificadas de amortização de 
empréstimo. 
O CPC 36 nos fornece os seguintes exemplos de direitos que, individualmente ou combinados, 
podem dar poder ao investidor: 
a) direitos na forma de direitos de voto (ou direitos de voto potenciais) da investida; 
b) direitos de nomear, realocar ou destituir membros do pessoal-chave da administração da 
investida que tenham a capacidade de dirigir as atividades relevantes; 
c) direitos de nomear ou destituir outra entidade que dirija as atividades relevantes; 
 
2 Exemplos de atividades que, dependendo das circunst‰ncias, podem ser atividades relevantes: 
a) compra e venda de bens ou servios; 
b) gest‹o de ativos financeiros durante sua vida (incluindo em caso de inadimplncia); 
c) sele‹o, aquisi‹o ou aliena‹o de ativos; 
d) pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou processos; e 
e) determina‹o da estrutura de capital para obten‹o de recursos. 
 
Gilmar Possati
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d) direitos de instruir a investida a realizar transações, ou vetar quaisquer mudanças a essas 
transações, em benefício do investidor; e 
e) outros direitos (tais como direitos de tomada de decisões especificados em contrato de gestão) 
que deem ao titular a capacidade de dirigir as atividades relevantes. 
O investidor pode ter poder sobre a investida mesmo que outras entidades tenham direitos 
existentes que lhes deem a capacidade atual de participar da direção das atividades relevantes, 
como, por exemplo, quando outra entidade tem influência significativa. Contudo, o investidor que 
detêm apenas direitos de proteção não tem poder sobre a investida e, consequentemente, não 
controla a investida. 
1.4. RETORNOS 
Segundo o CPC 36, o investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis como 
resultado de seu envolvimento com a investida quando os retornos do investidor decorrentes de 
seu envolvimento têm o potencial de variar conforme o resultado do desempenho da investida. Os 
retornos (variáveis) do investidor podem ser somente positivos, somente negativos ou ambos, 
positivos e negativos. 
Por exemplo, o investidor pode deter título de dívida com pagamentos de juros fixos. Os 
pagamentos de juros fixos são retornos variáveis para os fins do CPC 36, pois estão sujeitos ao risco 
de inadimplência e expõem o investidor ao risco de crédito do emitente do título de dívida. O valor 
da variabilidade (ou seja, quão variáveis são esses retornos) depende do risco de crédito do título 
de dívida. Similarmente, taxas de desempenho fixas para a gestão dos ativos da investida são 
retornos variáveis, pois expõem o investidor ao risco de desempenho da investida. O valor da 
variabilidade depende da capacidade da investida de gerar receita suficiente para pagar a taxa. 
Embora somente o investidor possa controlar a investida, mais de uma parte pode participar dos 
retornos da investida. Por exemplo, os titulares de participações de não controladores podem 
participar dos lucros ou distribuições da investida. 
O CPC 36 nos fornece os seguintes exemplos de retornos: 
a) dividendos, outras distribuições de benefícios econômicos da investida (por exemplo, juros de 
títulos de dívida emitidos pela investida) e mudanças no valor do investimento do investidor nessa 
investida; 
b) remuneração pela administração dos ativos ou passivos da investida, taxas e exposição a perdas 
em decorrência da prestação de suporte de crédito ou de liquidez, participações residuais nos 
ativos e passivos da investida por ocasião da liquidação desta, benefícios fiscais e acesso a liquidez 
futura que o investidor tenha em decorrência de seu envolvimento com a investida; 
c) retornos que não estejam disponíveis a outros detentores de participação. O investidor pode 
usar seus ativos em combinação com os ativos da investida, como, por exemplo, combinando 
funções operacionais para obter economias de escala, economias de custos, suprimento de 
produtos escassos ou acesso a conhecimentos de propriedade exclusiva ou limitando algumas 
operações ou ativos, a fim de aumentar o valor dos outros ativos do investidor. 
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1.5. RELAÇÃO ENTRE PODER E RETORNOS 
Segundo o CPC 36, o investidor controla a investida se possui não apenas poder sobre a investida e 
exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a 
investida, mas também a capacidade de usar seu poder para afetar seus retornos decorrentes de 
seu envolvimento com a investida. 
Assim, o investidor com direitos de tomada de decisões deve determinar se é um principal ou um 
agente. 
Agente é uma parte comprometida a agir primariamente em nome e em benefício de outra parte 
ou partes (principal) e, portanto, não controla a investida quando exerce sua autoridade de 
tomada de decisões a ele delegados. 
Veja como pode ser explorado na sua prova esse ponto! 
3.!(INÉDITA) Nos termos do CPC 36, o investidor com direitos de tomada de decisões deve 
determinar se é um principal ou um agente. Apesar de o agente ser uma parte comprometida a 
agir primariamente em nome e em benefício de outra parte ou partes (principal), ele controla a 
investida quando exerce sua autoridade de tomada de decisões a ele delegados. 
Comentários 
Questão para fixar o seguinte: agente não controla a investida quando exerce sua autoridade de 
tomada de decisões a ele delegados. 
Gabarito: Errado 
O CPC 36 nesse ponto (agente x principal) entra nos mínimos detalhes os quais entendo não ser o 
caso tratarmos aqui, pois é algo muito específico que dificilmente será exigido em concursos e, se 
for exigido, é aquela questão que você não precisa se preocupar, pois ninguém saberá. 
1.6. REQUISITOS CONTÁBEIS 
Segundo o CPC 36, a controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas 
contábeis uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares. 
A adoção de políticas contábeis uniformes é necessária para que a consolidação apresente a 
posiçãofinanceira e patrimonial da controladora e suas controladas como se o grupo fosse uma 
única empresa. 
Nesse sentido, a Norma destaca que se um membro do grupo utilizar políticas contábeis 
diferentes daquelas adotadas nas demonstrações consolidadas para transações similares e 
eventos em circunstâncias similares, devem ser feitos ajustes apropriados às demonstrações 
contábeis desse membro do grupo na elaboração das demonstrações consolidadas para garantir a 
conformidade com as políticas contábeis do grupo. 
Veja como esse ponto já foi alvo de exigência! 
 
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4.!(CESPE/Contador/CADE/2014) A respeito da consolidação de demonstrações contábeis, julgue 
o item que se segue. 
O grupo econômico de sociedades deve utilizar práticas contábeis uniformes, todavia caso este 
fato não se verifique na prática, em alguma sociedade controlada, esta deverá refazer suas 
demonstrações financeiras sujeitas ao processo de consolidação. 
Comentários 
Para fixar! Segundo o CPC 36, se um membro do grupo utilizar políticas contábeis diferentes 
daquelas adotadas nas demonstrações consolidadas para transações similares e eventos em 
circunstâncias similares, devem ser feitos ajustes apropriados às demonstrações contábeis desse 
membro do grupo na elaboração das demonstrações consolidadas para garantir a conformidade 
com as políticas contábeis do grupo. 
Observe que não há necessidade de refazer a demonstração, mas sim proceder com os devidos 
ajustes em conformidade com as políticas contábeis do grupo. 
Gabarito: Errado 
1.7. DATA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS 
Segundo CPC 36, a consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver 
o controle da investida e cessa quando o investidor perder o controle da investida. 
As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas na elaboração das 
demonstrações consolidadas devem ter a mesma data-base. Quando o final do período das 
demonstrações contábeis da controladora for diferente do da controlada, a controlada deve 
elaborar, para fins de consolidação, informações contábeis adicionais de mesma data que as 
demonstrações contábeis da controladora para permitir que esta consolide as informações 
contábeis da controlada, a menos que seja impraticável fazê-lo. 
O CPC 36 destaca que, se for impraticável fazê-lo, a controladora deve consolidar as informações 
contábeis da controlada usando as demonstrações contábeis mais recentes da controlada, 
ajustadas para refletir os efeitos de transações ou eventos significativos ocorridos entre a data 
dessas demonstrações contábeis e a data das demonstrações consolidadas. Em qualquer caso, a 
diferença entre a data das demonstrações contábeis da controlada e a das demonstrações 
consolidadas não deve ser superior a dois meses, e a duração dos períodos das demonstrações 
contábeis e qualquer diferença entre as datas das demonstrações contábeis devem ser as mesmas 
de período para período. 
 
 
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Data das Demonstrações Consolidadas 
Início: data em que o investidor obtiver o controle da investida 
Cessa: quando o investidor perder o controle da investida 
As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas consolidadas devem ter a 
mesma data-base! No entanto, se for impraticável, admite-se uma defasagem de até 2 meses. 
Quando o final do período das demonstrações contábeis da controladora for diferente do da 
controlada, a controlada deve elaborar, para fins de consolidação, informações contábeis 
adicionais de mesma data que as demonstrações contábeis da controladora. 
 
Veja como o assunto já foi explorado em prova! 
 
5.!(CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças FUNPRESP/2016) Julgue o item a seguir, relativo à 
consolidação das demonstrações financeiras. 
Para fins de consolidação dos balanços, caso o período contábil da controlada seja encerrado seis 
meses antes do final do período contábil da controladora, a controlada deverá elaborar 
informações contábeis adicionais de mesma data que as demonstrações contábeis da 
controladora. 
Comentários 
Segundo o CPC 36, as demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas 
na elaboração das demonstrações consolidadas devem ter a mesma data-base. Quando o final 
do período das demonstrações contábeis da controladora for diferente do da controlada, a 
controlada deve elaborar, para fins de consolidação, informações contábeis adicionais de mesma 
data que as demonstrações contábeis da controladora para permitir que esta consolide as 
informações contábeis da controlada, a menos que seja impraticável fazê-lo. 
Gabarito: Certo 
1.8. PARTICIPAÇÃO DE NÃO CONTROLADORES 
Pessoal, geralmente a controladora não possui 100% do capital social da controlada. Assim, 
digamos que ela possua 80% do capital social. O restante (20%) pertence a outras pessoas 
(físicas/jurídicas), os quais denominamos de sócios não controladores. 
Segundo o CPC 36, uma participação de não controlador é definida como a parte do patrimônio 
líquido da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. 
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Nesse sentido, a controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço 
patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos 
proprietários da controladora. 
O Manual de Contabilidade Societária (3ª edição, 2018) esclarece que a participação dos sócios 
não controladores representa no PL consolidado os direitos residuais nos ativos líquidos das 
controladas, apesar deles não participarem em nada no patrimônio líquido da controladora. 
Mudanças na participação societária detida por controladores de controladora na controlada que 
não resultam na perda de controle da controlada pela controladora constituem transações 
patrimoniais (ou seja, transações com os sócios, tais quais operações de aquisição de suas próprias 
ações para manutenção em tesouraria). 
Vamos ver como esse ponto já foi explorado em prova? 
 
6.!(CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ-SE/2014) Considerando o disposto nos 
pronunciamentos técnicos do CPC, julgue o item a seguir. 
Tratando-se de demonstrações consolidadas, a empresa controladora deve apresentar as 
participações de não controladores no ativo do balanço patrimonial consolidado, separadamente 
do patrimônio líquido. 
Comentários 
Segundo o CPC 36, a controladora deve apresentar as participações de não controladores no 
balanço patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio 
líquido dos proprietários da controladora. 
Gabarito: Errado 
1.9. PERDA DE CONTROLE 
Segundo o CPC 36, se a controladora perder o controle da controlada, a controladora deve: 
a) desreconhecer os ativos e passivos da ex-controlada do balanço patrimonial consolidado; 
b) reconhecer o investimento remanescente na ex-controlada, se houver, ao seu valor justo na 
data em que o controle foi perdido e, subsequentemente, contabilizar esse investimento e 
quaisquer montantes a pagar ou a receber da ex-controlada, de acordo com os Pronunciamentos 
Técnicos, Orientações e Interpretações aplicáveis do CPC. Essa participação mantida deve ser 
remensurada. O valor remensurado no momento que esse controle é perdido deve ser 
considerado como o valor justo noreconhecimento inicial de ativo financeiro de acordo com o CPC 
38 ou, quando apropriado, como custo no reconhecimento inicial de investimento em coligada ou 
empreendimento controlado em conjunto, se for o caso; 
c) reconhecer o ganho ou a perda associada à perda do controle atribuível à ex-controladora. 
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1.10. PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO (ELIMINAÇÕES E AJUSTES) 
Segundo o art. 250 da Lei n. 6.404/76, das demonstrações serão excluídas: 
I - as participações de uma sociedade em outra; 
II - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades; 
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de 
estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de 
negócios entre as sociedades. 
Pessoal, especialmente esse inciso III é importante para a prova! Veja como esse dispositivo já foi 
explorado! 
 
7.!(CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Julgue o item a seguir, relativo às regras estabelecidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários para a consolidação de demonstrações contábeis. 
Considere a seguinte situação hipotética. A controlada ABC vendeu para a controladora XYZ, por 
R$ 160.000,00, mercadorias que haviam sido adquiridas de terceiros por R$ 140.000,00. Dias 
depois, a XYZ revendeu essas mercadorias a seus clientes por R$ 170.000,00. Nessa situação, o 
lucro de R$ 20.000,00, obtido pela ABC na transação com a XYZ, foi eliminado no processo de 
consolidação das demonstrações contábeis do grupo, tendo sido baixado de receitas de vendas e 
de estoques de mercadorias. 
Comentários 
Pessoal, parece uma questão difícil, mas nem precisa fazer cálculo! Basta verificar se houve lucro 
não realizado! Veja que houve revenda de todas as mercadorias, logo houve realização de todo o 
lucro e, portanto, não há que se falar em eliminação no processo de consolidação. Simples assim! 
Gabarito: Errado 
Segundo o CPC 36, demonstrações consolidadas devem: 
(a) combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos 
de caixa da controladora com os de suas controladas; 
(b) compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e 
a parcela da controladora no patrimônio líquido de cada controlada; 
(c) eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de 
caixa intragrupo relacionados a transações entre entidades do grupo (resultados decorrentes de 
transações intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são 
eliminados integralmente). Os prejuízos intragrupo podem indicar uma redução no valor 
recuperável de ativos, que exige o seu reconhecimento nas demonstrações consolidadas. 
 
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Nesse sentido, o saldo consolidado do subgrupo Disponível, por exemplo, será a soma do 
Disponível das empresas consolidadas. Mesmo raciocínio deve ser aplicado para as demais contas 
do balanço (Clientes, Estoques, Imobilizado, Fornecedores etc) e para as contas de resultado 
(receitas e despesas) também. Já os demais procedimentos de consolidação (vistos acima) visam 
promover os ajustes para que os saldos consolidados representem adequadamente a posição 
financeira e patrimonial do grupo, considerando apenas as transações realizadas junto a terceiros. 
Por esse motivo, os efeitos das transações realizadas entre as empresas do grupo (saldos 
patrimoniais, receitas e despesas) devem ser eliminados no processo de consolidação. 
Veja como essa teoria já foi explorada em prova! 
 
8.!(CESPE/Contador/CADE/2014) A respeito da consolidação de demonstrações contábeis, julgue 
o item que se segue. 
Considere que a companhia X tenha adquirido 100% da companhia Y. Nessa situação, na 
elaboração da demonstração consolidada, deverá ser efetuado um lançamento de ajuste que 
retifica totalmente o patrimônio líquido de Y. Além disso, o valor correspondente ao investimento, 
registrado no balanço da companhia X, não deverá ser objeto de ajuste para efeitos de 
consolidação. 
Comentários 
Conforme estudamos, as demonstrações consolidadas devem compensar (eliminar) o valor 
contábil do investimento da controladora em cada controlada e a parcela da controladora no 
patrimônio líquido de cada controlada. 
Gabarito: Errado 
Pessoal, essas disposições representam a essência da teoria que devemos saber para resolver as 
questões práticas sobre consolidação. 
Para complementar, vamos retomar um ponto que inclusive já abordamos objetivamente no 
âmbito do estudo do CPC 18 e agora vamos retomar aqui, pois está estritamente relacionado com 
o assunto “Consolidação das Demonstrações Contábeis” (apesar de não ser abordado no CPC 36). 
Trata-se dos “lucros nos estoques”. 
Basicamente, temos duas situações possíveis na data-base da consolidação: 
Situação 1 – empresa compradora já vendeu as mercadorias para terceiros, ou seja, não há saldo 
de estoques na data-base; 
Como não há saldo de estoque, não haverá lucro nos estoques decorrente das operações entre as 
sociedades. Nesse caso, a eliminação da consolidação se resume ao confronto da receita de vendas 
com o custo da mercadoria vendida. 
Exemplo: A controlada vende para sua controladora mercadorias no valor de R$ 120.000,00. O 
custo dessas mercadorias é de R$ 80.000,00. A controladora vende todas essas mercadorias a 
terceiros por R$ 140.000,00. 
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Na apuração do lucro da controlada, temos: 
Receita com Vendas 120.000,00 
(-) CMV (80.000,00) 
(=) Lucro Bruto 40.000,00 
Já a controladora apurou o seguinte: 
Receita com Vendas 140.000,00 
(-) CMV (120.000,00) 
(=) Lucro Bruto 20.000,00 
Assim, os R$ 80.000,00 do CMV na transação da controlada devem ser eliminados, pois não 
decorreram de uma transação com terceiros. Além disso, os R$ 40.000,00 de lucro da controlada 
devem ser considerados realizados, haja vista que todas as mercadorias foram revendidas para 
terceiros pela controladora e estão dentro do custo de vendas da controladora. Para facilitar a 
visualização, vamos ver como fica a consolidação do resultado: 
Contas Controladora Controlada 
Eliminações de 
consolidação Saldos 
consolidados 
Débito Crédito 
Receita com vendas 
(-) CMV 
140.000 
(120.000) 
120.000 
(80.000) 
120.000 
- 
- 
120.000 
140.000 
(80.000) 
(=) Lucro Bruto 20.000 40.000 60.000 
Situação 2 – empresa compradora possui saldo de estoques na data-base. 
Nesse caso, haverá lucro nos estoques, o qual deverá ser eliminado, pois não representa um lucro 
efetivamente realizado em operações com terceiros. 
O Manual de Contabilidade Societária (3ª edição, 2018) explica o seguinte: 
[...] os estoques que formam o total consolidado estão distribuídos em diversas 
empresas, e este total deve estar ao preço de custo. O critério de custo aqui é o custo 
para o grupo econômico como se fosse uma única entidade. Dessa forma, quando uma 
ou mais empresas do grupo têm estoques adquiridos de outras sociedades do grupo, 
não importa o preço pago por eles (que é o custo para elas, mas não é o custo para o 
grupo), mas o custo efetivo para a empresa que os produziu ou adquiriu de terceiros. 
Vamos estudar um “exemplo real” por meio de uma exigência recente sobre o assunto. 
 
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P.S. Trata-se de uma questão que explora conhecimentos além do CPC 36, pois aborda 
conhecimentos do CPC 18 e da ICPC 09. 
Não se preocupe se não entender todos os detalhes, pois a probabilidade de ser explorado algo 
nesse nível é pequena. Mas, aí já temos parâmetro de estudo, não é mesmo? Na sequência da aula 
você verá que as questões exploram conhecimentos bem mais tranquilos. 
 
9.!(FGV/Auditor Fiscal de Tributos Estaduais/SEFIN-RO/2018) A Cia. Um possui 80% de 
participação na Cia. Dois. Em 31/12/2016, o Balanço Patrimonial das duas empresas eram os 
seguintes: 
 
Em 2017, aconteceram os fatos a seguir. 
• A Cia. Dois comprou 10 unidades de estoque, por R$ 100 cada, à vista. 
• A Cia. Dois vendeu as 10 unidades para a Cia Um por R$ 120 cada, a prazo. 
• A Cia. Um vendeu 8 unidades de estoque para terceiros, por R$ 150 cada, à vista. 
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o valor do Patrimônio Líquido 
Consolidado da Cia. Um, em 31/12/2017. 
a) R$ 1.300. 
b) R$ 1.660. 
c) R$ 1.700. 
d) R$ 1.900. 
e) R$ 2.620. 
Comentários 
Excelente questão! Vamos usar essa questão para ilustrar a situação 2 acima estudada. 
Cia Um = Controladora 
Cia Dois = Controlada 
 
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Observe que a controlada adquiriu à vista 10 unidades de estoque de terceiros por R$ 1.000,00, ou 
seja, o custo unitário foi de R$ 100,00. 
Posteriormente, a controlada vendeu essas 10 unidades para a controladora ao preço de R$ 120,00 
a unidade, a prazo. 
Na sequência, a controladora vendeu 8 unidades para terceiros ao preço de R$ 150,00 a unidade. 
Aqui entra a lição que acabamos de estudar, a qual vamos, inclusive, reproduzir aqui para fixação: 
O critério de custo aqui é o custo para o grupo econômico como se fosse uma única entidade. 
Dessa forma, quando uma ou mais empresas do grupo têm estoques adquiridos de outras 
sociedades do grupo, não importa o preço pago por eles (que é o custo para elas, mas não é o custo 
para o grupo), mas o custo efetivo para a empresa que os produziu ou adquiriu de terceiros. 
Logo, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV) será de R$ 800,00 (8 x R$ 100,00, o qual representa o 
custo unitário efetivo do grupo econômico). 
Assim, efetuando-se a consolidação com os devidos ajustes, temos os seguintes desdobramentos: 
à Do estoque da controladora (Cia. Um), R$ 200,00 (1.200,00 – 1.000,00) se referem à parcela do 
lucro não realizado decorrente da venda de mercadorias pela controlada (Cia. Dois). Esse lucro 
deve ser eliminado do patrimônio líquido da controlada e do estoque da controladora; 
à Além disso, como a controladora adquiriu a prazo da controlada pelo valor de R$ 1.200,00, esse 
valor deve ser eliminado na consolidação, ou seja, na conta fornecedores da controladora e na 
conta clientes (duplicatas a receber) da controlada. 
à Por fim, entra entendimento do Método de Equivalência Patrimonial (MEP) aqui (aplicação do 
CPC 18). O valor correspondente à participação de 80% da controladora na controlada (R$ 1.000,00 
x 80%) deve ser eliminado da conta investimentos na controladora. Além disso, o valor de R$ 
1.000,00 correspondente ao capital da controlada também será eliminado. Do lucro total 
eliminamos R$ 200,00 de lucros não realizados mais R$ 40,00 dos não controladores (20% de 
200,00). 
Elaborando o balanço patrimonial consolidado, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contas 
Controladora 
(Cia Um) 
Controlada 
(Cia Dois) 
Eliminações de 
consolidação Saldos 
consolidados 
Débito Crédito 
Caixa 1.200 1.000 1.000 1.200 
Estoques 400 200 200 
Clientes 1.200 1.200 0 
Investimento 800 800 0 
Goodwill 500 500 
Total Ativo Consolidado 1.900 
Fornecedores 1.200 1.200 0 
Total Passivo Consolidado 0 
Capital 1.300 1.000 1000 1.300 
Lucros/Prejuízos 
Acumulados 
400 200 240 
 
 360 
Participação Acionistas Não 
Controladores 
240 240 
Total do PL Consolidado 1.900 
Gabarito: D 
1.11. MENSURAÇÃO 
Segundo o CPC 36, a entidade deve incluir as receitas e as despesas de controlada nas 
demonstrações consolidadas desde a data em que adquire o controle até a data em que deixa de 
controlar a controlada. As receitas e as despesas da controlada se baseiam nos valores dos ativos e 
passivos reconhecidos nas demonstrações consolidadas na data de aquisição. Por exemplo, a 
despesa de depreciação reconhecida na demonstração consolidada do resultado abrangente após 
a data de aquisição se baseia nos valores justos dos respectivos ativos depreciáveis 
correspondentes reconhecidos nas demonstrações consolidadas na data de aquisição. 
! 
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2. QUESTÕES COMENTADAS 
10.!(IBFC/Analista de Saneamento/Contador/EMBASA/2017) Com base na NBC TG 36 (R3) – 
Demonstrações Consolidadas, analise as afirmativas, classificando-as como Verdadeiras (V) ou 
Falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para 
baixo. 
( ) A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas contábeis 
uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares. 
( ) A controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço patrimonial 
consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietários 
da controladora. 
( ) Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os 
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas 
controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica. 
a) V, V, V 
b) F, V, F 
c) V, F, V 
d) F, F, F 
Comentários 
Vamos analisar as assertivas. 
I – Certo. Segundo o CPC 36, 
19. A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas 
contábeis uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias 
similares. 
II – Certo. Segundo o CPC 36, 
22. Uma controladora deve apresentar as participações de não controladores no 
balanço patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do 
patrimônio líquido dos proprietários da controladora. 
III – Certo. Segundo o CPC 36, 
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em 
que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da 
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única 
entidade econômica. 
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Gabarito: A 
11.!(IBFC/Perito Criminal/PCie PR/2017) Com relação à consolidação das demonstrações 
financeiras, assinale a alternativa incorreta. 
a) Exige-se que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controladas) 
apresente demonstrações consolidadas 
b) A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas contábeis 
uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similaresc) A controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço patrimonial 
consolidado, dentro do patrimônio líquido, incluso no patrimônio líquido dos proprietários da 
controladora 
d) Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os 
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas 
controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica 
e) A consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o controle da 
investida e cessa quando o investidor perder o controle da investida 
Comentários 
Vamos analisar as assertivas. 
a. Certo. O CPC 36 estabelece princípios para a apresentação e elaboração de demonstrações 
consolidadas quando a entidade controla uma ou mais entidades. 
Para atingir esse objetivo, o CPC 36: 
a) exige que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controladas) 
apresente demonstrações consolidadas; [...] 
b. Certo. Segundo o CPC 36, 
A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas contábeis 
uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares. 
c. Errado. Segundo o CPC 36, 
Uma controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço 
patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio 
líquido dos proprietários da controladora. 
d. Certo. Segundo o CPC 36, 
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em 
que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da 
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única 
entidade econômica. 
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e. Certo. Segundo o CPC 36, 
A consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o 
controle da investida e cessa quando o investidor perder o controle da investida. 
Gabarito: C 
12.!(FGV/Analista Portuário/Contador/CODEBA/2016) Em 31/12/2015, a Cia. Alfa possuía 80% de 
participação na Cia. Beta. 
As sociedades empresárias apresentavam o seguinte Balanço Patrimonial nesta data: 
 
De acordo com Pronunciamento Técnico CPC 36- Demonstrações Consolidadas em 31/12/2015, 
assinale a opção que indica o valor do Patrimônio Líquido Consolidado: 
a) R$ 50.000. 
b) R$ 70.000. 
c) R$ 80.000. 
d) R$ 100.000. 
e) R$ 150.000. 
Comentários 
Pessoal, nesse tipo de questão basta somar o PL das entidades e diminuir o valor do investimento. 
Simples assim! 
Patrimônio Líquido Consolidado = 100.000 + 50.000 − 80.000 = 70.000 
Gabarito: B 
13.!(FGV/Analista de Gestão/Contador/COMPESA/2016) Em 31/12/X0 a Cia. Alfa tinha 80% de 
participação da Cia. Beta. 
Os balanços patrimoniais da Cia. Alfa e da Cia. Beta, em 31/12/X0, eram os seguintes: 
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No ano X1 a Cia. Beta vendeu o terreno para a Cia. Alfa por R$ 1.500,00, a prazo. 
Assinale a opção que indica o valor total do Patrimônio Líquido Consolidado, em 31/12/X1, 
considerando apenas essa operação. 
a) R$ 1.000,00. 
b) R$ 1.200,00. 
c) R$ 1.400,00. 
d) R$ 1.500,00. 
e) R$ 2.200,00. 
Comentários 
Mais uma questão da série “nunca foi tão fácil ser feliz”! 
Patrimônio Líquido Consolidado = 1.200 + 1.000 − 800 = 1.400 
Gabarito: C 
14.!(CESPE/Perito Criminal/Ciências Contábeis/PCie PE/2016) No que concerne à consolidação de 
demonstrações contábeis, assinale a opção correta. 
a) Os lucros a realizar reconhecidos no passivo da investidora decorrentes de transações entre 
investidora e investida não serão eliminados. 
b) Sociedade com investimento em sociedade coligada avaliada pelo método da equivalência 
patrimonial consolida as demonstrações contábeis. 
c) O dividendo a receber da investida reconhecido no ativo da investidora não deve ser 
compensado com o dividendo a pagar para a investidora reconhecido no passivo da investida. 
d) O ganho resultante da venda de terreno da investidora para a investida que estiver reconhecido 
no ativo da investida permanecerá no balanço patrimonial consolidado. 
e) Devem ser eliminados o valor contábil do investimento da controladora na controlada e a parte 
dessa controladora no patrimônio líquido da controlada. 
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==bf491==
 
 
 
 
 
 
 
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Comentários 
Vamos analisar as opções. 
a. Errado. Os lucros a realizar reconhecidos no passivo da investidora decorrentes de transações 
entre investidora e investida devem ser eliminados. 
b. Errado. O CPC 36 exige que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades 
(controladas) apresente demonstrações consolidadas; 
Logo, por dedução podemos afirmar que sociedade com investimento em sociedade coligada 
avaliada pelo método da equivalência patrimonial NÃO consolida as demonstrações contábeis. 
c. Errado. As transações realizadas intragrupo (controladora e controladas) devem ser eliminadas 
no processo de consolidação das demonstrações contábeis. 
d. Errado. Idem comentário à opção”C”. 
e. Certo. Idem comentário à opção”C”. 
Gabarito: E 
15.!(CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças FUNPRESP/2016) Julgue o item a seguir, relativo à 
consolidação das demonstrações financeiras. 
Ao apurar os lucros no exercício, exceto aqueles computados no resultado abrangente, a entidade 
que reporta a informação contábil deve atribuí-los aos proprietários e às participações de não 
controladores. 
Comentários 
Nos termos do CPC 36, 
B94. A entidade deve atribuir os lucros e os prejuízos e cada componente de outros 
resultados abrangentes aos proprietários da controladora e às participações de não 
controladores. A entidade deve atribuir também o resultado abrangente total aos 
proprietários da controladora e às participações de não controladores, ainda que isto 
resulte em que as participações de não controladores tenham saldo deficitário. 
Gabarito: Errado 
16.!(CESPE/Auditor de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-RO/2013) De acordo com a Lei 
n. 6.404/1976 e com os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue o item 
a seguir. 
Quando da consolidação de relatórios contábil-financeiros deverão ser excluídos apenas as 
participações de uma sociedade em outra e as parcelas de resultado do exercício, dos lucros ou 
prejuízos acumulados e do custo de estoque ou do ativo não circulante que corresponderem a 
resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. 
Comentários 
Segundo o art. 250 da Lei n. 6.404/76, das demonstrações serão excluídas: 
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I - as participações de uma sociedade em outra; 
II - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades; 
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de 
estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de 
negócios entre as sociedades. 
Observe que além das exclusões citadas no item, os saldos de quaisquer contas entre as 
sociedades devem ser alvo de exclusão também. 
Gabarito: Errado 
17.!(CESPE/Auditor de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-RO/2013)A empresa X detém o controle da empresa Y, sua única controlada. No exercício de 2012, a 
controladora X vendeu, para a sua controlada Y, um ativo não circulante com ganho de R$ 
2.800,00, sendo essa a única operação entre as empresas durante o referido ano. Nessa operação, 
calculou-se o valor de R$ 900,00 referentes ao tributo sobre o lucro diferido; a controlada ainda 
mantinha o ativo adquirido no encerramento do exercício. 
Desse modo, a tabela acima ilustra as demonstrações do resultado do exercício das empresas X e 
Y, em reais, para o ano de 2012. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, a respeito da consolidação das 
demonstrações contábeis. 
O lucro líquido consolidado é inferior a R$ 350.000,00. 
Comentários 
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Elaborando a DRE consolidada, temos: 
Contas X (controladora) Y (controlada) Ajustes Consolidado 
Vendas 1.000.000 440.000 1.440.000 
Custo da mercadoria 
vendida 
(625.000) (290.000) (915.000) 
Lucro bruto 375.000 150.000 525.000 
Despesas (46.000) (35.000) (81.000) 
Ganho na venda de 
imobilizado 
2.800 (2.800) 
Receita de equivalência 
patrimonial 
27.200 (27.200) 
Tributos sobre o lucro (75.000) (31.000) (106.000) 
Lucro líquido 284.000 84.000 338.000 
Observação: o tributo diferido de R$ 900,00 informado pela questão não entra na DRE, mas sim no 
Balanço Patrimonial. 
Gabarito: Certo 
18.!(CESPE/Perito Criminal Federal/Área 1/2013) No item a seguir é apresentada uma situação 
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
As companhias Ydra e Kithero investiram na companhia Xios, detendo, respectivamente, 44,5% e 
9% das ações ordinárias emitidas por essa companhia. A companhia Ydra não investiu na 
companhia Kithero, mas realizou com ela um acordo, segundo o qual a Kithero sempre seguiria os 
votos da Ydra nas decisões relativas à Xios. Nessa situação, é correto afirmar que as 
demonstrações financeiras da Xios deverão, obrigatoriamente, ser consolidadas pela companhia 
Ydra. 
Comentários 
Questão interessante, pois mescla conhecimentos da legislação societária e do CPC 36. 
Segundo o art. 116 da Lei n. 6.404/76, “entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou 
jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: a) é 
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas 
deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; 
e b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos 
órgãos da companhia." 
 
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Logo, como houve um acordo entre as companhias Ydra e Kithero, segundo o qual a Kithero 
sempre seguiria os votos da Ydra nas decisões relativas à Xios, devemos somar as participações 
(44,5% + 9%), totalizando uma participação total de 53,5%. Assim, concluímos que a Cia. Ydra é 
controladora da Cia. Xios. 
Segundo o CPC 36, a entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações consolidadas. 
Logo, as demonstrações financeiras da Xios deverão, obrigatoriamente, ser consolidadas pela 
companhia Ydra. 
Gabarito: Certo 
19.!(CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho/2013) Julgue o item subsecutivo, acerca de demonstrações 
contábeis. 
Caso haja necessidade, é permitido realizar ajustes para adequar demonstrações contábeis de 
entidade de grupo econômico que utilize políticas contábeis diferentes para transações e eventos 
de mesma natureza. 
Comentários 
Segundo o CPC 36 (item B87), se um membro do grupo utilizar políticas contábeis diferentes 
daquelas adotadas nas demonstrações consolidadas para transações similares e eventos em 
circunstâncias similares, devem ser feitos ajustes apropriados às demonstrações contábeis desse 
membro do grupo na elaboração das demonstrações consolidadas para garantir a conformidade 
com as políticas contábeis do grupo. 
Gabarito: Certo 
20.!(FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2017.2) As normas contábeis, atualmente em vigor 
no Brasil, requerem, nas Demonstrações Contábeis Consolidadas, a identificação da Participação 
de Não Controladores. 
Considerando-se o que dispõe a NBC TG 36 (R3) – DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS, a 
participação de não controlador é: 
a) a parte do ativo da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. 
b) a parte do ativo da controladora não atribuível, direta ou indiretamente, à controlada. 
c) a parte do patrimônio líquido da controladora não atribuível, direta ou indiretamente, à 
controlada. 
d) a parte do patrimônio líquido da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à 
controladora. 
Comentários 
Exigência literal do CPC 36. Segundo este Pronunciamento, participação de não controlador é a 
parte do patrimônio líquido da controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. 
Gabarito: D 
 
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21.!(FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2012.2) A empresa X é controladora da empresa Y. O 
controle foi obtido quando a empresa X adquiriu 100% das ações da empresa Y, pelo valor de 
R$50.000,00. Em 31.12.2011, a empresa X emprestou R$5.000,00 para a empresa Y. Sabendo que 
o ativo da empresa Y é de R$55.800,00 e o ativo da empresa X é de R$100.000,00 e, ainda, que não 
existe nenhuma outra transação entre as empresas, além da relatada, assinale a opção que 
apresenta o valor do ativo resultante da demonstração contábil consolidada em 31.12.2011. 
a) R$100.800,00. 
b) R$105.800,00. 
c) R$150.800,00. 
d) R$155.800,00. 
Comentários 
Para “matar” a questão o candidato deveria efetuar os dois ajustes a seguir: 
Ajuste 1: Eliminar o valor a receber na empresa X referente ao empréstimo feito à empresa Y. Para 
tanto, creditamos o valor a receber (empresa X) e debitamos o valor a pagar (empresa Y). 
Ajuste 2: Eliminar o investimento de X em Y. Para tanto, creditamos o investimento em X e 
debitamos o valor a pagar em Y. 
Elaborando a demonstração consolidada (coluna do ativo), temos: 
Balanço 
Patrimonial 
X Y X+Y 
Ajustes 
Consolidado 
Débito Crédito 
ATIVO 
Investimentos 50.000,00 - 50.000,00 50.000,00 - 
Empréstimos a 
Receber 
5.000,00 - 5.000,00 5.000,00 - 
Outros Ativos 45.000,00 55.800,00 100.800,00 55.000,00 100.800,00 
Total 100.000,00 55.800,00 155.800,00 
Pessoal, na hora da prova obviamente que não precisa fazer toda a demonstração quadradinha e 
tal... sejamos práticos: 
Ativo Consolidado = Total do ativo (ativo de X + ativo de Y) – Ajustes 
Os dois ajustes somam 55.000,00. Assim, temos: 
Ativo Consolidado = 155.800,00 – 55.000,00 = 100.800,00 
Dá para resolver em segundos! 
Gabarito: A 
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22.!(FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2011.2) Uma sociedade empresária apresenta no 
seu Ativo Não Circulante investimento em uma Subsidiária Integral. Em 31 de dezembro de 2010, 
foi apresentado o seguinte papel de trabalho para que fossem identificados os registros de 
eliminações e os saldos consolidados. Não existem lucros não realizados decorrentes de transações 
entre as companhias. 
 
A partir da elaboraçãodo Balanço Patrimonial Consolidado, assinale a opção INCORRETA. 
a) O Ativo Circulante consolidado é de R$650.000,00. 
b) O Ativo Não Circulante consolidado é de R$350.000,00. 
c) O Patrimônio Líquido consolidado é de R$550.000,00. 
d) O Ativo consolidado é de R$1.100.000,00. 
Comentários 
Pessoal, vamos resolver pelo método mais prático possível, para que na hora da prova não 
precisemos ficar “desenhando” a demonstração consolidada! 
Primeira coisa... veja que a questão solicita a alternativa incorreta. Assim, o melhor é ir testando 
alternativa por alternativa, até achar o resultado. Nesses casos, eu sempre começo pela última 
alternativa... mas isso não tem lógica nenhuma... pode ser muito bem a opção “A” o gabarito. 
Trata-se apenas de uma percepção particular minha de que nesses casos um número maior de 
questões apresenta o gabarito como última alternativa... mas, reitero, não tem amparo lógico essa 
percepção... 
Outra dica que serve para qualquer questão... digamos que você leu a questão e viu que está 
“passageiro da agonia”, ou seja, não tem nem ideia de como começar. Nesse caso, temos que pôr 
em prática o “chute técnico”. Vamos usar essa questão como exemplo. No chute técnico temos 
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que analisar as alternativas e tentar achar alguma lógica. Veja nessa questão que temos uma 
alternativa com um valor para o ativo circulante, outra alternativa com o valor do ativo não 
circulante e uma terceira alternativa com o valor do ativo total... como sabemos o ativo total = 
ativo circulante + ativo não circulante. Agora, some os dois valores e compare com o valor do ativo 
total: 
Ativo Circulante consolidado é de R$650.000,00 
Ativo Não Circulante consolidado é de R$350.000,00 
Logo, se essas duas alternativas estiverem certas, a alternativa “D” deve possuir como valor R$ 
1.000.000,00, não é mesmo? Pois bem... veja que a alternativa “D” possui como valor R$ 
1.100.000,00. Logo, a probabilidade de a resposta ser a alternativa “D” aumenta. Assim, como você 
não sabe (ou não sabia J) para onde correr, marca a “D” e parte para a próxima. Por coincidência 
(ou não) o gabarito da questão é, de fato, a alternativa “D”. E mais: lembre-se que em questões 
que temos que testar cada alternativa é melhor iniciar pela última! #ficaadica 
Mas, para você que está se preparando com o Estratégia, não será preciso chutar nada! Vejamos 
como “detonar” essa questão... 
Vamos testar cada uma das alternativas: 
a. Certa. 
Ativo Circulante Consolidado = AC controladora + AC subsidiária – Ajustes 
ACC = 525.000,00 + 225.000,00 – 100.000,00 = 650.000,00 
Os ajustes de 100 mil referem-se aos valores a receber (clientes) da subsidiária. 
b. Certa. 
Ativo Não Circulante Consolidado = AÑC controladora + AÑC subsidiária – Ajustes 
AÑCC = 475.000,00 +0,00 – 125.000,00 = 350.000,00 
Os ajustes de 125 mil referem-se aos investimentos na subsidiária. 
c. Certa. 
Patrimônio Líquido Consolidado = PL controladora + PL subsidiária – Ajustes 
PLC = 550.000,00 + 125.000,00 – 125.000,00 = 550.000,00 
Os ajustes de 125 mil referem-se aos investimentos na subsidiária. 
d. Errada. 
Ativo Consolidado = Ativo controladora + Ativo subsidiária – Ajustes 
Ativo Consolidado = 1.000.000,00 + 225.000,00 – 225.000,00 
Ativo Consolidado = 1.000.000,00 
Gabarito: D 
 
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23.!(FCC/Ciências Contábeis/ELETROSUL/2016) A empresa Grupo Econômico S.A., em seu balanço 
consolidado, identificou que ao atribuir a participação dos controladores e não controladores em 
relação ao resultado abrangente, a participação dos não controladores resultou em saldo 
deficitário. 
Nesta situação a empresa consolidadora deve 
a) distribuir o resultado de forma proporcional. 
b) não identificar o resultado individualmente, apresentando somente os totais. 
c) demonstrar o resultado apurado, independente do déficit. 
d) atribuir um resultado mínimo de 25% aos não controladores. 
e) atribuir um resultado mínimo de 6% aos não controladores. 
Comentários 
Segundo o CPC 36, 
Uma controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço 
patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio 
líquido dos proprietários da controladora. 
A entidade deve atribuir também o resultado abrangente total aos proprietários da 
controladora e às participações de não controladores, ainda que isto resulte em que as 
participações de não controladores tenham saldo deficitário. 
Observe que a ocorrência de saldo deficitário na participação dos não controladores não permite a 
distribuição do resultado de forma proporcional e/ou a atribuição de um resultado mínimo aos não 
controladores. 
Gabarito: C 
24.!(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT15/2013) A Cia Venturosa controlada da Cia 
Felicidade, vende a prazo para sua investidora, Estoques no valor de R$ 500.000, obtendo nessa 
operação um Lucro de R$ 150.000. Ao final do período, ao iniciar o processo de Consolidação o 
contador verifica que a Cia Felicidade repassou a terceiros 60% desses Estoques obtendo, nessa 
operação, um Lucro de R$ 100.000, mantendo ainda em seus Ativos o restante dos Estoques 
adquiridos de sua controlada. 
Estando as empresas sujeitas ao processo de consolidação, ao efetuar os registros do consolidado 
deve o contador considerar um valor não realizado nos estoques de 
a) R$ 210.000. 
b) R$ 150.000. 
c) R$ 140.000. 
d) R$ 100.000. 
e) R$ 60.000. 
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Comentários 
Segundo o CPC 36, as demonstrações contábeis consolidadas deverão eliminar integralmente 
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo relacionados a 
transações entre entidades do grupo. 
Nesse sentido, considera-se realizado o lucro da transação intragrupo, quando os estoques 
adquiridos forem repassados a terceiros. 
Observe que no caso da questão, apenas 60% dos estoques adquiridos foi repassado a terceiros. 
Logo, 40% do lucro ainda não foi realizado. 
Assim, temos: 
Lucro total da transação intragrupo = R$ 150.000,00 
Lucro não realizado: R$ 150.000,00 * 40% = R$ 60.000,00 
Gabarito: E 
25.!(FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) A Cia. Global (controladora) possui 100% das 
ações da Cia. Marítima (controlada). No exercício de 2012, a Cia. Marítima vendeu produtos de sua 
industrialização para a controladora por R$ 480.000,00, obtendo um lucro de 20% sobre o custo 
das mercadorias vendidas. A Cia. Global vendeu para terceiros 80% do lote comprado, no mesmo 
exercício, por R$ 441.600,00. A parcela de lucros não realizados, remanescente nos estoques da 
controladora, a ser eliminada na consolidação das Demonstrações Financeiras do grupo, referentes 
ao exercício social de 2012 é, em R$, 
a) 7.680,00. 
b) 16.000,00. 
c) 19.500,00. 
d) 80.000,00. 
e) 96.000,00. 
Comentários 
Primeiramente devemos encontrar o valor do lucro. 
A questão informa que o valor do lucro corresponde a 20% do CMV. Como o valor da venda é igual 
ao valor do CMV mais o valor do lucro, podemos utilizar essa equação para encontrarmos o valor 
do lucro. Assim, temos: 
Venda = Lucro + CMV 
480.000,00 = 0,2 CMV + CMV 
1,2 CMV = 480.000,00 
CMV = 400.000,00 
Como o lucro é 20% do CMV, temos: 
Lucro = 0,2 x 400.000,00 = 80.000,00 
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De posse do valor do lucro, basta aplicarmos o percentual da parcela não realizada do lucro. 
A questão informa que 80% das mercadorias foi revendida pela Cia Global. Logo, temos 80% de 
lucro realizado e o restante (20%) de lucro não realizado. 
Aplicando o percentual, temos: 
Lucros não realizados = 80.000,00 x 0,2 = 16.000,00 
Gabarito: B 
26.!(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-AP/2011) Considere as seguintes assertivas sobre 
a consolidação das demonstrações contábeis: 
I. Os resultados decorrentes de transações entre controladora e controladas que estiverem 
reconhecidos nos ativos, como por exemplo no estoque, devem ser eliminados. 
II. As receitas e as despesas da controlada devem estar baseadas nos valores dos ativos e passivos 
reconhecidos na posição consolidada da controladora na data da aquisição. 
III. As mudanças na participação relativa da controladora na controlada que não resultem em 
perda de controle devem ser contabilizadas no resultado. 
IV. Uma controlada deve ser excluída da consolidação se suas atividades forem diferentes daquelas 
das demais entidades do grupo econômico. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
Item I – Certo. Segundo o CPC 36, as demonstrações contábeis consolidadas devem eliminar 
integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo 
relacionados a transações entre entidades do grupo (resultados decorrentes de transações 
intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são eliminados 
integralmente). 
Item II – Certo. Segundo o CPC 36, 
A entidade deve incluir as receitas e as despesas de controlada nas demonstrações 
consolidadas desde a data em que adquire o controle até a data em que deixa de 
controlar a controlada. As receitas e as despesas da controlada se baseiam nos valores 
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dos ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações consolidadas na data de 
aquisição. Por exemplo, a despesa de depreciação reconhecida na demonstração 
consolidada do resultado abrangente após a data de aquisição se baseia nos valores 
justos dos respectivos ativos depreciáveis correspondentes reconhecidos nas 
demonstrações consolidadas na data de aquisição. 
Item III – Errado. As mudanças na participação relativa da controladora na controlada que não 
resultem em perda de controle devem ser contabilizadas diretamente no PL. É o que dispõe o CPC 
36: 
Quando a proporção do patrimônio líquido detida por participações de não 
controladores sofrer modificações, a entidade deve ajustar os valores contábeis das 
participações de controladoras e de não controladores para refletir as mudanças em 
suas participações relativas na controlada. A entidade deve reconhecer diretamente no 
patrimônio líquido qualquer diferença entre o valor pelo qual são ajustadas as 
participações de não controladores e o valor justo da contrapartida paga ou recebida e 
deve atribuir essa diferença aos proprietários da controladora. 
Item IV – Errado. Uma controlada não deve ser excluída da consolidação se suas atividades forem 
diferentes daquelas das demais entidades do grupo econômico. Segundo o CPC 36, 
Se um membro do grupo utilizar políticas contábeis diferentes daquelas adotadas nas 
demonstrações consolidadas para transações similares e eventos em circunstâncias 
similares, devem ser feitos ajustes apropriados às demonstrações contábeis desse 
membro do grupo na elaboração das demonstrações consolidadas para garantir a 
conformidade com as políticas contábeis do grupo. 
Gabarito: A 
27.!(FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF1/2011) Considere as afirmações a seguir: 
I. As companhias abertas estão obrigadas a apresentar, desde o exercício social de 2009, suas 
demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o padrão contábil internacional, emitido 
pelo International Accounting Standards Board − IASB, em substituição ao padrão contábil 
brasileiro. 
II. No primeiro exercício de adoção das Normas Internacionais (2009), a apresentação, para fins de 
comparação, das demonstrações consolidadas do exercício anterior devem ser obrigatoriamente 
elaboradas no padrão internacional. 
III. As companhias abertas deverão apresentar, em nota explicativa às demonstrações financeiras 
consolidadas, uma declaração explícita e sem reservas de que as demonstrações relativas a 2008 
estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB e com 
as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
Está INCORRETO o que se afirma em: 
 
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a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) I, II e III. 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
Comentários 
Questãozinha decoreba, mas interessante para entendermos os primórdios da aplicação das 
demonstrações consolidadas no Brasil. 
Vamos analisar cada um dos itens. 
Item I – Errado. Segundo a NBC TG 37 (R1) − Adoção Inicial das Normas Internacionais de 
Contabilidade: 
IN1. Muitas sociedades brasileiras estão obrigadas a adotar, por exigência de diversos 
órgãos reguladores contábeis brasileiros, a partir de 2010, as Normas Internacionais de 
Contabilidade emanadas do IASB − International Accounting Standards Board 
(International Financial Reporting Standards − IFRSs) em suas demonstrações contábeis 
consolidadas.(g.n.) 
Observe que as sociedades brasileiras estão obrigadas a adotar as Normas internacionais de 
Contabilidade em suas demonstrações consolidadas a partir de 2010 e não 2009, conforme afirma 
o item. 
Item II – Errado. Conforme vimos no item anterior, o primeiro exercício de adoção das Normas 
Internacionais foi 2010 e não 2009. 
Item III – Errado. Segundo a NBC TG 37 (R1) − Adoção Inicial das Normas Internacionais de 
Contabilidade: 
As primeiras demonstrações contábeis de uma entidade em IFRSs são as primeiras 
demonstrações anuais em que a entidade adota as IFRSs, declarando de forma explícita 
e sem ressalvas, que essas demonstrações estão em conformidade com tais IFRSs. As 
demonstrações contábeis de acordo com as IFRSs são as primeiras demonstrações 
contábeis da entidade em IFRSs quando, por exemplo, a entidade: 
(a) tiver apresentado suas demonstrações contábeis anteriores mais recentes: 
(i) de acordo com os requerimentos societários que não são consistentes com as IFRSs 
em todos os aspectos; 
(ii) em conformidade com as IFRSs em todos os aspectos, exceto pelo fato de que nessas 
demonstrações não está contida uma declaração explícita e sem ressalvas de que elas 
estão de acordo com as IFRSs; 
 
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Aula 12
Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2019.1 (Bacharel em Contábeis)
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O erro do item está em mencionar o ano de 2008, haja vista que referida declaração deve ser 
incluída em todas as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com as IFRSs. 
Gabarito: C 
28.!(FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF5/2008) A Cia. A possui ações da Cia. B e as 
assembléias gerais das duas sociedades aprovaram a incorporação da Cia. B pela Cia. A, com base 
nos seguintes balanços patrimoniais: 
 
No decorrer do exercício, a Cia. B vendeu R$ 80.000,00 de mercadorias

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