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lucelia pereira

31/07/2019

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História e Geografia p/ Prefeitura de Belo Horizonte (Guarda Municipal) 2019
Professores: Rosy Ellen Freire Viana Santos, Sergio Henrique
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SUMÁRIO
00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 2
1. Introdução. .................................................................................................................... 3
2. Belo Horizonte - Características do Município: Dimensões e População. ...................... 10
3. Concepção Urbanística Inicial....................................................................................... 19
4. Exercícios. .................................................................................................................... 27
5. Considerações Finais. ................................................................................................... 36

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00. BATE PAPO INICIAL.
Olá querido amigo concurseiro. Está tentando ingressar no serviço público, uma área que
atrai por várias razões: Tanto pela estabilidade e possibilidades de progressão na carreira quanto
pelo viés cidadão de ocupar uma vaga de um cargo importante para a sociedade. São várias as
motivações pelas quais você está tentando. Um salário melhor, estabilidade para cuidar da
família... enfim. São muitas coisas. E elas devem te acompanhar a todo o momento em sua
preparação. É onde você encontrará motivação nas horas mais difíceis, quando até mesmo
podemos ter a ideia absurda de desistir. A motivação é o combustível necessário para a sua
preparação. Motivação associada à disciplina de estudos é a chave do sucesso.
Motivação, Disciplina e Estratégia. É o tripé do sucesso e estou aqui com a equipe
Estratégia Concursos para levá-lo ao sucesso e alcançar seus objetivos. Vamos logo, pois não
temos tempo a perder. Nosso tempo é valioso. Mas fique tranquilo. O nosso conteúdo tem uma
quantidade razoável de assuntos, mas que distribuídos em bastante aulas, conseguiremos estudar
tudo, bem detalhadamente, então pode conter a ansiedade. Tudo vai correr bem e foi
devidamente distribuído para que você possa alcançar seu almejado sucesso. Leia e releia suas
aulas. Faça e refaça seus exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. A memorização deve vir
da repetição dos exercícios e do acúmulo das leituras. É a melhor forma de memorizar o conteúdo.
Aos poucos e através da repetição. Caso você já domine o conteúdo teórico pode concentrar-se na
resolução de exercícios. Para avaliações que demandam resultado a prática de questões é
imprescindível e se tiver que priorizar alguma atividade, que seja a resolução e o estudo dos
exercícios, mas lembre-se: o ideal é um ciclo completo: Leitura da teoria e prática dos exercícios.
Então vamos ao trabalho. É um convite aos estudos. Venha comigo. Vamos desmistificar a
História e Geografia e gabaritar a disciplina!

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1. INTRODUÇÃO.
Inaugurada em 12 de dezembro de 1897, Belo Horizonte foi projetada e construída para ser
a nova capital do Estado de Minas Gerais. A história da idealização da nova capital se inicia, porém,
anos antes, nos períodos finais do Império de D. Pedro II. A capital imperial, Ouro Preto deixava de
ser vista como a cidade que propiciaria e atrairia o desenvolvimento econômico e social das Minas
Gerais. A antiga Vila Rica, capital da Província por mais de 170 anos, confinada entre as
montanhas, sentia os efeitos do espírito marcadamente reformista da época, principalmente por
causa do recuo econômico com a escassez das minas de ouro e pedras preciosas, e também por
causa da ascensão da economia cafeicultora na Zona da Mata e Sul de Minas.
Circulava, pois, por parte das elites políticas, econômicas e intelectuais um projeto
inusitado: mudar de lugar o centro administrativo do Estado! As propostas ganharam cada vez
mais força com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Ideias novas
começaram a surgir e a afetar a vida pública do país. As propostas de ruptura com o sistema
imperial estavam na ordem do dia e os adeptos à causa republicana acolhiam com bons olhos a
ŝĚĞŝĂ� ĚĞ� ŵŽĚĞƌŶŝǌĂĕĆŽ� Ğ� ƉƌŽŐƌĞƐƐŽ� ƉĂƌĂ� DŝŶĂƐ� 'ĞƌĂŝƐà?� WĂƌĂ� ŽƐ� à“ŵƵĚĂŶĐŝƐƚĂƐà?� ŵŝŶĞŝƌŽƐà?� ĞƌĂ�
necessário romper com os laços da sociedade colonial e imperial de Ouro Preto. O novo tempo da
República pressupunha um novo espaço e uma nova capital1.
Surgia, contudo, em meio aos interesses regionais, uma divergência na escolha do local. As
elites oligárquicas mineiras começaram a entrar em conflito de ideias para saber quem iria manter
Ž� ĐŽŶƚƌŽůĞ� ƉŽůşƚŝĐŽ� Ğ� ĞĐŽŶƀŵŝĐŽ� ĚŽ� ŶŽǀŽ� ŐŽǀĞƌŶŽà?� à“KŶĚĞ� Ă� ŶŽǀĂ� ĐĂƉŝƚĂů� ĚŽ� �ƐƚĂĚŽ� ĚĞǀĞƌŝĂ� ƐĞƌ�
ĐŽŶƐƚƌƵşĚĂàÓà?��ĂĚĂ�ŐƌƵƉŽ�ƉƌĞƚĞŶĚŝĂ�ĞƐĐŽůŚĞƌ�Ž�ŵĞůŚŽƌ�ůƵŐĂƌ�ƋƵĞ�ĨĂǀŽƌĞĐĞƐƐĞ�ŽƐ�ƐĞƵƐ�ŝnteresses. Os
políticos das regiões das minas e pedras preciosas, no Norte e Centro, se organizaram para manter
o poder político, que estava enraizado em Ouro Preto. Já os políticos das regiões da Zona da Mata
e Sul de Minas, sob o argumento da força econômica do café, defendiam a transferência da capital
para as regiões de seus interesses.
As propostas eram variadas, mas foi em 24 de outubro de 1891, com a Lei nº 1, que surgiria
oficialmente quatro nomes de lugares para ser a sede da nova capital, a saber: Barbacena, Belo
Horizonte, Juiz de Fora, Paraúna e Várzea do Marçal.

1
PASSOS, 2009, p. 38.
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Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qXRlN2Mvfs4&t=999s>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Comissões foram nomeadas pelo Presidente do Estado para avaliar e estudar a possibilidade
da construção da Cidade de Minas. As exigências eram as seguintes:
Ótimas condições de salubridade, abastecimento abundante de água potável, facilidades
oferecidas pelo local para edificação e construção em geral, como pedreiras, jazidas e matas, e
ainda uma análise da topografia em relação a livre circulação e a ligação do plano geral da viação
estadual e federal, de modo a facilitar a ação política e administrativa dos poderes públicos e a
movimentação comercial e industrial do estado2.

Haviam engenheiros e médicos sanitaristas na Comissão Construtora que, em certa medida,
garantiram que a escolha não se voltasse apenas para os interesses políticos, sendo observado
tambémo posicionamento geográfico, o clima, a salubridade, etc.

2
MINAS GERAIS apud PASSOS, 2009, p. 41.
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Comissão Construtora da Nova Capital (1895)
Disponível em: <https://www.duniverso.com.br/fotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado/>. Acesso em 04 dez. 2018.

Na avaliação advinda dos estudos, Paraúna e Juiz de Fora foram descartadas, por causa da
geografia e da localização, e Barbacena não atendeu as exigências de salubridade e demografia. A
escolha ficou então entre Várzea do Marçal e Belo Horizonte, pois ambas atendiam aos pré-
requisitos. Porém, em Várzea do Marçal, distrito de São João del Rei, suspeitou-se de ser uma
região brejeira, pantanosa, por se tratar de uma várzea, podendo ocasionar doenças endêmicas3.
Decidiu-se, portanto, que aos pés da Serra do Curral se ergueria a Cidade de Minas. Belo
Horizonte surgiria como a realização de um sonho das elites mineiras, tendo como ideal ser uma
metrópole não somente de Minas Gerais, mas da República, atendendo aos ideais da
modernização e da racionalidade, apresentando-se assim, como espaço para a constituição de
nova sociabilidade4.
No local da construção havia um arraial pequeno e modesto que, na perspectiva do rápido
início das obras, atraia a visita de inúmeras pessoas. Esse arraial já se chamava Belo Horizonte, de
acordo com o decreto estadual nº 36, de 4 de abril de 1890, que alterava o nome de Nossa

3
REIS apud PASSOS, 2009, p. 42.
4
PASSOS, 2009, p. 39.
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Senhora da Boa Viagem do Curral del Rey para Belo Horizonte5. Isto é, quase três anos antes do
início das obras.
Vale dizer neste ponto, fazendo um recuo aos tempos coloniais da América Portuguesa, que
a região onde se construiria a nova capital era povoada, na ocasião da chegada dos portugueses no
século XVII, por índios do tronco linguístico macro-jê. A região, porém, só começou a ser
colonizada no início do século XVIII. Foi por volta de 1701 que o bandeirante João Leite da Silva
Ortiz, impressionado com os aspectos da topografia, clima ameno e fertilidade do solo na imensa
planície que se estendia logo após a Serra do Curral, resolveu lançar ali os fundamentos da sua
Fazenda do Cercado, em cujas terras foi aos poucos surgindo o arraial de Curral del Rey. Ortiz
também fez construir uma capela que seria, tempos depois, a matriz de Nossa Senhora da Boa
Viagem. Curral del Rey foi aos poucos se afirmando, de forma tal que em 1707 já aparecia citada
em documentos oficiais.

Antiga igreja matriz da Boa Viagem do Curral del Rey.
Disponível em: <https://sumidoiro.wordpress.com/2015/12/01>. Acesso em: 04 dez. 2018.

Em 1711 Ortiz obtém carta de sesmaria das terras com os limites fixados pelas serras do
Curral, Jaborema, Jatobá, José Vieira, Pangaré, Taquaril, Navio, Rola Moça e Mutuca, com
população aproximada de 2.500 habitantes6.

5
IBGE, [2014], p.3.
6
IBGE, [2014], p.1.
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O arraial progrediu apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na
fabricação de farinha. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação dada
à agricultura e à vida pastoril, fazendo jus ao nome de Curral del Rey, por causa do cercado ou
curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do Rei. O arraial contava com
umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada
à margem do córrego Acaba-Mundo (onde hoje se encontra a catedral), tendo à frente um cruzeiro
e ao lado um rancho de tropas7.

Violeiro, cafua, casal de noivos e capela de Santana (cercanias da praça da Liberdade ʹ 1894)
Disponível em: <https://sumidoiro.wordpress.com/2015/12/01>. Acesso em: 04 dez. 2018.

A propósito, sobre as qualidades do lugar, vale reproduzir um trecho do relatório enviado à
Cúria de Mariana pelo vigário Pe. Francisco de Paula Arantes, conservando a ortografia e o
pitoresco da época:
A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rey está situada em campos amenos na
extensa planície de sua serra donde manão imensas fontes de cristalinas e saborosas águas; o
clima da região he temperado; a atmosphera he salutifera; está circulada de pedras e mais
materiais onde se podem fazer soberbos edifícios; a natureza criou este logar para sua formosa e
linda cidade, si algum dia for auxiliada esta lembrança8.

Algumas poucas fábricas, ou tendas, ainda primitivas, instalaram-se na região onde se
produzia algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras extraía-se granito e calcário. Frutas e

7
BARRETO, 1995, p.108.
8
IBGE, [2014], p.1.
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madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente
existentes, a população saltou em algumas décadas para a marca de 18 mil habitantes. Foi então,
em 1750, por ordem da Coroa, criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral del Rey,
subordinado à Sabará. Mas, mesmo subordinado à Sabará, o Curral del Rey aumentava as suas
fronteiras, englobando as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem das Abóboras, Santa
Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu,
Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso9.
Porém, enquanto os núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos,
Curral del Rey e sua vocação para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu
desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população como a de outros
lugares. Mais tarde, a jurisdição do Curral del Rey viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial,
que chegou a ter apenas a 4 mil moradores já ao fim do século XIX, às voltas da construção da nova
capital10.
Segundo o projeto de construção, havia um arraial com 8 ruas, 10 becos, 2 largos e 300
casas. As transformações que se avizinhavam com a aprovação da Lei nº 3, de 17 de dezembro de
1893, designando o exato local, seriam enormes. O antigo arraial cairia ao chão e daria lugar a um
imenso canteiro de obras. No projeto,a zona urbana da nova capital foi traçada com 65 ruas, 12
avenidas e 24 praças, na previsão da chegada de 150 a 200 mil pessoas11.

9
IBGE, [2014], p.1.
10
BARRETO, 1995, p.108.
11
A ,/^dMZ/�à?�à?à?à?à?à?à?à?�à?à?à?à?à?à?à?
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Maquete do Arraial
Disponível em: <https://sumidoiro.wordpress.com/2015/12/01>. Acesso em: 04 dez. 2018.

A Lei nº 3 também mudava o nome de Belo Horizonte para Cidade de Minas, mas a
população havia agradado mais do nome que representava os ares do lugar. Então, em 1º de julho
de 1901, a Lei Estadual nº 302 alterava novamente o nome da capital mineira, deixando de ser
Cidade de Minas e voltando à toponímica que mais agradou ao público, Belo Horizonte12.
Nasceu ali, sob a sombra das serras, a nova cidade-capital das Minas Gerais. Para a
Comissão Construtora, naquele solo se arquitetava o futuro e se planeja a modernidade, sobre o
esquadro e o compasso, em uma cidade que carregaria todo o simbolismo de uma época. O
ĐĞŶĄƌŝŽ� ĨŽŝ� ĂƐƐŝŵ� ĚĞƐĐƌŝƚŽ� ƉĞůĂ� �ŽŵŝƐƐĆŽ� �ŽŶƐƚƌƵƚŽƌĂàP� à“�� ŝŵƉƌĞƐƐĆŽ� Ġ� ƐƵďůŝŵĞà?� ƐĞŶƚĞ-se a alma
satisfeita. A área destinada à grande cidade apresenta-se como vasto e elegante anfiteatro
ĨŽƌŵĂĚŽ�ƉĞůĂƐ�ĚƵĂƐ�ƐĞƌƌĂƐà?�ĚŽ��ƵƌƌĂů�Ğ�ĚĞ��ŽŶƚĂŐĞŵà?13.
Não foi apenas a disputa política o fator essencial para se pensar a nova cidade do estado
mineiro, mas também o ideal de modernização que foi de fundamental importância. A
modernização, atingido as áreas econômicas, políticas e sociais, e o modernismo englobando a
arte, a cultura e a sensibilidade, foram fatores chaves para se pensar um novo espaço para a nova
Capital, concretizando, assim, o sonho das elites políticas e intelectuais de Minas Gerais no século
XIX 14.

12
IBGE, [2014], p.3.
13
d�ZZ�����D/E�^à?�à?à?à?à?à?�à?à?à?
14
PASSOS, 2009, p. 42.
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2. BELO HORIZONTE - CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO: DIMENSÕES E
POPULAÇÃO.
Hoje, mais de 120 anos após a inauguração da cidade planejada, Belo Horizonte é um dos
grandes centros urbanos brasileiros. Sua população, segundo as estimativas de 2018 do IBGE, é de
2.501.576 habitantes. Belo Horizonte é o sexto município mais populoso do país, o terceiro mais
populoso da Região Sudeste e o mais populoso de Minas Gerais. A cidade integra uma malha viária
e ferroviária vinculada aos principais centros e portos do país, recebe voos nacionais e
internacionais através do Aeroporto de Confins e voos nacionais e regionais através do Aeroporto
da Pampulha, o que fortalece a importância econômica do município.
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, com
uma área de aproximadamente 331 km², Belo Horizonte possui geografia diversificada, com
morros e baixadas. A capital mineira está localizada a 716 km de Brasília, 586 km de São Paulo e a
444 km do Rio de Janeiro. Sua altitude média é de 850 metros acima do nível do mar, podendo
atingir 1500 metros no topo da Serra do Curral.
O município de Belo Horizonte ocupa posição estratégica nos mapas geopolíticos brasileiros,
sendo de fácil acesso. O município faz divisas ao Norte com Vespasiano; ao Sul, com Brumadinho;
ao Leste, com Sabará; a Oeste, com Contagem, Ibirité e Ribeirão das Neves; a Sudoeste, com Nova
Lima; e a Nordeste, com Santa Luzia. Observe o mapa a seguir:

Limites de Belo Horizonte
Disponível em: <http://www.nesp.unb.br/saudelgbt/images/arquivos/Perfil_Belo_Horizonte.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
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�ƐƐĞƐ� à?�ŵƵŶŝĐşƉŝŽƐ� ůŝŵşƚƌŽĨĞƐ�ĚĂ�ĐĂƉŝƚĂů�ŵŝŶĞŝƌĂ� ŝŶƚĞŐƌĂŵ�Ă� à“ZĞŐŝĆŽ�DĞƚƌŽƉŽůŝƚĂŶĂ�ĚĞ��ĞůŽ�
,ŽƌŝǌŽŶƚĞà?à?� ƋƵĞ� Ġ� ĐŽŶƐƚŝƚƵşĚĂ� ƉŽƌ� à?à?� ŵƵŶŝĐşƉŝŽƐ� ŶŽ�ƚŽƚĂůà?� ƐĞŶĚŽ�a terceira maior aglomeração
urbana do Brasil. Os outros municípios da RMBH são: Baldim, Betim, Caeté, Capim Branco, Confins,
Esmeraldas, Florestal, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário
Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves,
Rio Acima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo e Taquaraçu de Minas. Sua
região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$ 74,16 bilhões, dos quais
aproximadamente 45% pertenciam ao município de Belo Horizonte, o que corresponde a 34,5% de
todo o PIB mineiro em 2006. Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela
cidade no resto do país abrange 9,1% da população e 7,5% do PIB brasileiro. A influência é
percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas Gerais15.
Belo Horizonte é a quarta cidade mais rica do Brasil com 1,38% do PIB nacional, atrás de São
Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Segundo dados da Fundação João Pinheiro, em 2008 seu PIB somou
R$ 32.725.361.000, o que equivale a aproximadamente 15,2% de toda produção de bens e serviços
do Estado. Segundo dados do IBGE, em 2007, o PIB per capita do município é de R$ 13.636,00. A
capital tem 77.454 sedes de empresas legalizadas, que abarcam 1.025.205 pessoas ocupadas. Um
dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela predominância do
setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município se concentra nos
serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades imobiliárias e
administração pública. Segundo dados do IBGE, em 2006 o setor agropecuário representou apenas
0,0005% de todas as riquezas produzidas na cidade. Vale destacar também a grande variedade de
bares que a cidade possui, o que contribui para a movimentação da sua economia, por isso ganha
ƚĂŵďĠŵ� Ž� ƚşƚƵůŽ� ĚĞ� à“Ă� ĐĂƉŝƚĂů� ĚŽƐ� ďĂƌǌŝŶŚŽƐà?à?� �ĞǀŝĚŽ� ĂƐ� ƐƵĂƐ� ĂƚƌĂĕƁĞƐà?� Ž� ƚƵƌŝƐŵŽ� Ġ� ŝŶƚĞŶƐŽ� ŶĂ�
região e contribui significativamente para a movimentação dos recursos do município16.

15
GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
16
Governo de Minas Gerais, 2015 apud NESP, 2016, p.3.
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Imagem da Região Metropolitana de Belo Horizonte à noite a partir da Estação Espacial Internacional
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizonte>. Acesso em: 04 dez. 2018O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em Belo Horizonte em 2010 foi de
0,810. O IDHM é calculado considerando três dimensões no município: a Educação, Longevidade e
a Renda. Esta abordagem não se limita ao desenvolvimento econômico e permite que seja
realizada uma comparação entre índices de diferentes localidades ao longo do tempo, com isso é
possível conhecer melhor o perfil de um município e considerar estas informações na tomada de
decisão, criação de políticas públicas visando a melhoria da qualidade de vida da população17.
O IDHM para a educação em Belo Horizonte, no ano de 2010, foi de 0,737, em uma escala
de 0 a 1. Este índice teve uma grande ascendência entre os anos de 1991 e 2010, o que caracteriza
uma maior escolaridade da população do município, com mais crianças e jovens nas escolas ou
completando ciclos do ensino fundamental e médio. No censo de 2010, o índice de alfabetizados
foi 2.156.876 pessoas, ao passo que o índice de analfabetos foi de 218.275 pessoas, uma diferença
expressiva, como mostra o gráfico a seguir:

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NESP, 2016, p.8.
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Disponível em: <http://populacao.net.br/populacao-belo-horizonte_mg.html>. Acesso em: 30 nov. 2018.

Com 672 estabelecimentos de ensino fundamental, 587 estabelecimentos de ensino infantil
e 251 escolas de nível médio, a rede de ensino da cidade é uma das mais extensas do país. Ao
total, são 639.352 matrículas e 153.284 docentes registrados.
A cidade ainda conta com 55 instituições de ensino superior que oferecem 704
cursos/habilitações. Destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas
consideradas centros de referência em diversas áreas. Dentre as instituições públicas de ensino,
destacam-se: a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), a Escola de Governo da Fundação João Pinheiro e a
Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Entre as instituições privadas, destacam-se: a
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), a Faculdade de Ciências Médicas de
Minas Gerais (FCMMG), a Universidade FUMEC, a Escola Superior Dom Helder Câmara, o Centro
Universitário Newton Paiva e o Grupo Ânima, mantedor das faculdades UNA e UNI-BH.
A área da Saúde em Belo Horizonte enfrenta os mesmos problemas na saúde pública que
afligem todas as grandes metrópoles. Possui um sistema de saúde pública, considerado ruim e
péssimo segundo os dados recolhidos no banco de dados do SUS e do PNUD/2012. Para os cerca
2,5 milhões de habitantes da capital, há água encanada para 98% da população, energia elétrica
para 99,8% e coleta de resíduos em 98,4% das casas. Em relação ao sistema de saúde, existem
quatro médicos para cada mil habitantes de Belo Horizonte. No Brasil, a média é de 0,27 médicos
para cada mil habitantes. Mas, ainda assim, a saúde pública da capital mineira sofre com a falta de
recursos humanos. A razão se fundamenta nos baixos salários praticados pelo município e a falta
completa de estrutura de referência (encaminhamento de um paciente de uma instalação de
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
Censo 2010
Analfabetos
Alfabetizados
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saúde para outra de maior complexidade) e contra-referência (encaminhamento de um paciente
para o estabelecimento de origem e que o referiu, após a solução do caso que foi objeto de
referência) no sistema18.
O Centro Metropolitano de Especialidades Médicas em Belo Horizonte dispõe de um total
de 36 hospitais, sendo um municipal, dois federais, sete estaduais e o restante filantrópicos e
privados. Há cerca de 5.500 leitos na capital (3,2 leitos por mil habitante) e a rede conta com 141
postos de saúde, 150 ambulatórios e 507 equipes do Programa Saúde da Família (PSF), que dão
cobertura à 76% da população da capital. Ainda assim, a qualidade do atendimento é precária, com
filas e grande espera por especialistas médicos, além da frequente falta de medicamentos básicos
nos postos de saúde e sobrecarga de demanda, o que torna o sistema cada vez mais precarizado.
As urgências médicas do município, chamadas de unidades de pronto atendimento (UPAs) e os
pronto atendimentos conveniados e do SUS também sofrem com a falta crônica de médicos, filas
intermináveis e falta de estrutura geral de atendimento19.
Considerando-se apenas o índice de longevidade, seu valor é de 0,856. Já a mortalidade
infantil no município passou de 22,9 óbitos por mil nascidos vivos, em 2000, para 13,0 óbitos por
mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 30,0. Já no país, entre 2000 e 2010, a taxa de
mortalidade infantil caiu de 30,6 óbitos por mil nascidos vivos para 16,7 óbitos por mil nascidos
vivos. Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas.

Pirâmide Etária de Belo Horizonte ʹ Censo 2010

Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/panorama>. Acesso em: 30 nov. 2018.

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GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
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GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
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Considerando a renda per capita em Belo Horizonte cresceu aproximadamente 87,8% nas
duas últimas décadas e no Estado de Minas Gerais cresceu por volta de 100,5%. Porém, a renda
per capita do município ainda é maior do que no Estado. A renda per capita em Belo Horizonte
passou de R$ 797,42, em 1991, para R$ 1.101,96, em 2000, e para R$ 1.497,29, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,37%. A taxa média anual de
crescimento foi de 3,66%, entre 1991 e 2000, e 3,11%, entre 2000 e 2010. Enquanto no Estado de
Minas Gerais, em 2010, a renda per capita era de R$ 749,69. Além disso, o percentual de
extremamente pobres no município caiu 4,25 pontos percentuais. No ano de 2010, em relação as
desigualdades sociais, em Belo Horizonte, os 20% da população mais pobre detinham 2,85% de
toda a riqueza do município, enquanto os 10% mais ricos detinham 48,33% de toda a riqueza. Ao
passo que em Minas Gerais os 20% mais pobres possuíam 3,34% de toda a riqueza do estado,
enquanto os 10% mais ricos possuíam 45,98% de toda a riqueza20.

Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/belo-horizonte_mg>. Acesso em: 30 nov. 2018

Em Belo Horizonte, 59,9% da população residente tem como crença a religião Católica
Apostólica Romana, ou seja, 1.422.084 pessoas. As religiões Evangélicas representam 25,1%
(595.244pessoas) da população do município, as pessoas sem religião correspondem a 8%
(190.414 pessoas) da população de Belo Horizonte, e é seguida pela população Espírita, com
96.639 fiéis (4,1% da população), e outras religiosidades Cristãs que corresponde a 0,8% (19.859

20
NESP, 2016, pp.11-12.
$0,00
$200,00
$400,00
$600,00
$800,00
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$1.200,00
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1991 2000 2010
Renda média per capita de Belo
Horizonte
Belo Horizonte
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pessoas) da população residente. As demais religiões juntas correspondem a 2,1% da população do
município com 50.909 fiéis21.

Disponível em: <http://www.nesp.unb.br/saudelgbt/images/arquivos/Perfil_Belo_Horizonte.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.

A população belo-horizontina é marcada pela miscigenação étnica. Belo Horizonte é uma
cidade multirracial, fruto de intensa migração. O seu povoamento, depois da fundação como nova
capital, foi efetuado de forma gradual principalmente por migrantes atraídos do interior do Estado,
além de outras regiões de outros estados e imigrantes oriundos de várias partes da Europa. Vieram
brancos, negros e mestiços de diversas origens, o que contribuiu para o equilíbrio entre o número
de pessoas brancas, pardas e pretas. Segundo o censo de 2000 do IBGE, em pesquisa de
autodeclaração, a população de Belo Horizonte é composta por brancos (53,57%), pardos
(37,24%), pretos (8,04%), indígenas (0,34%) e amarelos (0,19%)22.

21
NESP, 2016, p.13.
22
GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
Religiões em Belo Horizonte
Católica Apostólica Romana
(59,9%)
Evangélica (25,1%)
Espírita (4,1%)
Ateus ou agnósticos (8%)
Outras religiões cristãs (0,8%)
Demais religiões juntas (2,1%)
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Dados disponíveis em: <https://www.achetudoeregiao.com.br/mg/belo_horizonte/localizacao.htm>. Acesso em: 01 dez. 2018.

A cidade conta com uma grande população afrodescendente, entre pretos e pardos, que
somam 45,28% dos habitantes. A fundação da nova capital atraiu muitas comunidades
afrodescendentes, principalmente porque a apenas nove anos antes havia sido assinado a Lei
Áurea, que libertava os escravos. A libertação dos escravos não os deu garantia de melhores
condições de vida, mas o contrário, sendo excluídos por causa dos preconceitos raciais
completamente enraizados e não aceitos em trabalhos formais, quando a preferência era dada aos
imigrantes europeus. Mas a notícia de que havia trabalho na construção da nova capital de Minas
Gerais trouxe certa esperança para os ex-escravos e seus descendentes, resultando em uma
grande migração proveniente do interior do Estado procurando melhores condições de vida.
Contudo, em Belo Horizonte não foi muito diferente, forçando-os a ocuparem os subúrbios da
cidade planejada, surgindo assim às primeiras favelas23.
Um dos primeiros grupos de estrangeiros a habitar a cidade foi dos italianos. Em Belo
Horizonte, os primeiros italianos chegaram para trabalhar na construção da nova capital, no século
XIX. Nos arredores do município foram criadas três colônias agrícolas: Barreiros, Carlos Prates e
Américo Werneck. Ali foram assentadas famílias italianas, com o intuito de trabalharem na
agricultura para abastecer a cidade com alimentos. Com o crescimento da cidade, essas colônias
foram engolidas e urbanizadas e muitos italianos passaram a se dedicar à fabricação de tijolos,
enquanto outros se tornaram industriais e comerciantes. Atualmente calcula-se que

23
GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Pesquisa de autodeclaração étinica
Censo IBGE - 2000
Etinías - Censo 2000
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aproximadamente 30% da população belo-horizontina tenha ascendência italiana. Os imigrantes e
seus descendentes contribuíram ativamente para o desenvolvimento da agricultura, da indústria,
do comércio e da identidade cultural da cidade, inclusive sendo fundadores do Cruzeiro Esporte
Clube, antigo Palestra Itália, um dos maiores times de futebol da América do Sul24.

Barreiro (1949)
Disponível em: <http://curraldelrei.blogspot.com/2010/11/os-anos-1940-uma-moderna-metropole-no.html>. Acesso em: 06 dez. 2018.

Depois dos italianos, foram os espanhóis, o grupo de imigrantes que chegou em maior
número em Minas Gerais no final do século XIX. Trabalharam, sobretudo, nos núcleos coloniais nos
arredores de Belo Horizonte. Houve também um contingente substancial de imigrantes
portugueses. O desenvolvimento do comércio e da indústria deve muito ao esforço de acumulação
de capital dos imigrantes italianos, portugueses e espanhóis e de outras nacionalidades, em menor
escala25.
Em Belo Horizonte também há uma parcela considerável de povos árabes. A imigração de
povos árabes para Minas Gerais se fez notar no início do século XX. Embora chamados de turcos,
eram provenientes da Síria e Líbano e, segundo o censo de 1920, 8.684 sírio-libaneses viviam em
Minas, dedicados em sua imensa maioria ao comércio. Os árabes chegaram a monopolizar o
comércio de várias cidades do interior de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, participaram
ativamente no comércio, principalmente na Rua dos Caetés e na Av. Santos Dumont26.

24
GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
25
GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
26
GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013].
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3. CONCEPÇÃO URBANÍSTICA INICIAL.
A Comissão Técnica encarregada para a construção da nova capital mineira, sob a chefia do
engenheiro e urbanista paraense Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e
Várzea do Marçal, opinando a final pela última localidade. Voltou o Congresso a pronunciar-se, e
depois de novos e extensivos debates surgiu a Lei nº 3, adicional à Constituição, que decretou que
fosse a Capital construída em terras do arraial de Belo Horizonte, ex-Curral del Rey, sob o
argumento sanitarista, alegando que em Várzea do Marçal os habitantes estariam sujeitos à
epidemias.
Então, foi criada pelo Decreto 680, de 14 de fevereirode 1894, a Comissão Construtora da
Nova Capital, que iniciou imediatamente seus trabalhos com o prazo improrrogável fixado em um
quinquênio27.

Planta geral da cidade de Belo Horizonte (1895)
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizonte>. Acesso em: 04 dez. 2018

27
Governo de Minas Gerais, 2015 apud NESP, 2016, p.3.
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A construção da cidade foi planejada por Aarão Reis, inspirado pelos modernos modelos
urbanos das capitais dos EUA, Washington-DC, cidade planejada sob o esquadro e o compasso
para ser a nova capital do país independente, e da França, Paris, reformada e revitalizada por
Haussmann, sob o signo do positivismo. Aarão Reis utilizou o traçado geográfico, as avenidas em
sentido diagonal, suas ruas com formatos quadriculados, e suas principais obras de infraestrutura,
estabelecimentos comerciais e edifícios públicos estão todos concentrados no limite da Avenida do
Contorno, sendo sua arquitetura ainda hoje referência da cidade.
Designado chefe da Comissão, Aarão Reis manteve-se no cargo de março de 1894 até maio
de 1895 quando foi substituído, a pedido, pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. A essa
altura já se encontravam os trabalhos em franco desenvolvimento, inclusive a desapropriação da
área do arraial e conclusão dos estudos e planos da nova capital. Com a firme determinação de
evitar que o prazo não fosse ultrapassado, o engenheiro Bicalho remodelou a Comissão
Construtora e imprimiu ritmo novo de ação, atacando a um só tempo as várias frentes de trabalho.

Comissão Construtora no campo de obras
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizonte>. Acesso em: 04 dez. 2018

E, com efeito, rigorosamente dentro do prazo constitucional, surgia a cidade nova, com seu
traçado de admirável simetria exibindo um vistoso tabuleiro de amplas ruas e avenidas,
imponentes edifícios públicos à? Palácio, Secretarias de Estado, confortáveis residências ao gosto da
época em contraste com alguns prédios antigos e a bela estação da Central do Brasil cujo ramal
férreo também fora construído pela Comissão.
Foi assim que entre ruidosas e justas comemorações a cidade viu nascer a Nova Capital de
Minas no dia 12 de dezembro de 1897 em ato público solene, presidido pelo Dr. Crispim Jacques
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Bias Fortes, então Presidente de Minas. A cidade custara aos cofres do Estado à importância de 36
mil contos de reis28.

Dia da inauguração, Praça da Liberdade
(À direita, o coreto provisório para o ato solene)
Disponível em: <https://sumidoiro.wordpress.com/2015/12/01>. Acesso em: 04 dez. 2018.

E não bastava um modelo traçado somente em soluções arquitetônicas; a gestão moderna
da cidade exigia intervenções das mais diversas possíveis como saberes jurídicos, médicos-
sanitaristas, estatísticos, entre outros, na busca por respostas a problemas como miséria, falta de
saneamento, doenças, densidade populacional e o potencial de tensões e revoltas sociais29.
Vale dizer que o planejamento das cidades, durante o século XIX, se baseava em ideais
sanitaristas, de um corpo saudável, limpo e deslocando-se com total liberdade, onde a população
poderia respirar livremente, por meio do desenho de uma cidade altamente organizada e
compreensiva (o que se opunha completamente da colonial cidade de Ouro Preto). As ruas,
avenidas e praças representariam uma ruptura radical com o modelo das cidades de então e Belo
Horizonte não fugiu a estes ideais. Movido pela nova ordem republicana, positivista e científica,
inspirado ainda em um repertório urbanístico em alta no estrangeiro, Aarão Reis (atendendo ao
governo da época) planejou a cidade também se baseando em ruas ĐŽŵŽ� à“ĂƌƚĠƌŝĂƐ� Ğ� ǀĞŝĂƐà?à?�
Segundo o artigo nº 2, do decreto de nº 803 do ano de 1895, sobre o levantamento da planta geral
ĚĂ� �ĂƉŝƚĂů� ƉĞƌĐĞďĞŵŽƐ� ƚĂů� ĨĂƚŽàP� à“�� ƐƵĂ� ĄƌĞĂ� ƐĞƌĄ� ĚŝǀŝĚŝĚĂ� Ğŵ� ƐĞĕƁĞƐà?� ƋƵĂƌƚĞŝƌƁĞƐà?� ůŽƚĞƐà?� ĐŽŵ�

28
IBGE, [2014], p.3.
29
PASSOS, 2009, p. 44.
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praças, avenidas e ruas necessárias para a rápida e fácil comunicação dos seus habitantes, boa
ǀĞŶƚŝůĂĕĆŽ�Ğ�ŚŝŐŝĞŶĞà?30.
A metáfora que compara o traçado das ruas da cidade com artérias e veias é uma projeção
da ideia de um corpo orgânico que quando bem ordenado, vive saudável. Esta metáfora advém
fortemente dos princípios positivistas franceses do século XIX. O Positivismo foi uma corrente de
pensamento difundida por Augusto Comte, que acreditava na ciência como o ponto mais alto e
norteador da humanidade. Para ele, se a humanidade fosse ditada pela razão cientifica estaria
fadada naturalmente ao progresso. Neste caso, não se trata apenas de um progresso material, mas
também ético e espiritual, de tal modo que houve a Igreja Positivista, inclusive no Brasil, que
substituiu os Santos pelo panteão de homens virtuosos que engrandeceram as nações com seus
feitos históricos. A sua perspectiva de ação política, social e histórica era baseada em três
ƉƌŝŶĐşƉŝŽƐàP� Ă�KƌĚĞŵà?� Ž� WƌŽŐƌĞƐƐŽ� Ğ� Ž��ŵŽƌà?� ǀŝŶĚŽ� Ă� ĚŝǌĞƌàP� à“K��ŵŽƌ� ƉŽƌ� ƉƌŝŶĐşƉŝŽà?���KƌĚĞŵ�ƉŽƌ�
ďĂƐĞà?� K� WƌŽŐƌĞƐƐŽ� ƉŽƌ� Ĩŝŵà?à?� �ƐƐĞ� ůĞŵĂ� ŝŶĨůƵĞŶĐŝŽƵ� ĨŽƌƚĞŵĞŶƚĞ� Ž� ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽ� ďƌĂƐŝůĞŝƌŽà?�
prinĐŝƉĂůŵĞŶƚĞ�ĞŶƚƌĞ�ŽƐ�ŵŝůŝƚĂƌĞƐà?�EĆŽ�Ġ�ă�ƚŽĂ�ƋƵĞ�ĞůĞƐ�ŝŶƐĐƌĞǀĞƌĂŵ�ŶĂ��ĂŶĚĞŝƌĂ�EĂĐŝŽŶĂů�à“KƌĚĞŵ�
Ğ�WƌŽŐƌĞƐƐŽà?à?�ĚĞŶŽƚĂŶĚŽ�Ă�ĐƌĞŶĕĂ�ƉŽƐŝƚŝǀŝƐƚĂà?�ƉŽƌĠŵà?�ƐĞ�ĞƐƋƵĞĐĞƌĂŵ�ĚŽ��ŵŽƌà?
Foi neste contexto de efervescência de ideias, que nasceu a nova capital de Minas. A cidade
deveria funcionar tão bem como um corpo saudável, bem estruturada, ordenada cientificamente,
pois assim traria naturalmente o progresso.
Em um prazo de quatro anos (1893-1897) inaugurou-se a cidade-capital, que nas palavras
ĚĞ� :ŽĂƋƵŝŵ� EĂďƵĐŽ� >ŝŶŚĂƌĞƐ� ƐĞ� ƌĞƐƵŵŝƌĄ� ĞŵàP� à“,ĞƌĐƷůĞŽƐ� Ğ� ƚŝƚąŶŝĐŽƐ� ĨŽƌĂŵ� ŽƐ� ƚƌĂďĂůŚŽƐ� ĞŶƚĆŽ�
realizados. Do nada, pode-se dizer, e em tão curto espaço, surgiram as belas avenidas e ruas que
aqui esƚĆŽ�Ğ�ŽƐ�ƐƵŶƚƵŽƐŽƐ�ĞĚŝĨşĐŝŽƐ�ƉƷďůŝĐŽƐ�Ğ�ƉĂƌƚŝĐƵůĂƌĞƐ�ƋƵĞ�ŐĂƌďŽƐŽƐ�ƐƵƐƚĞŶƚĂŵ�ŶĞƐƚĂ�ĐŝĚĂĚĞà?31.

30
PASSOS, 2009, p. 43.
31
PASSOS, 2009, p. 44.
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Bomba de gasolina(1920)
Disponível em: <https://www.duniverso.com.br/fotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado/>. Acesso em 04 dez. 2018.

Carregando as características de uma cidade que se deseja moderna, Belo Horizonte não
fugiu ao paradigma de ser um local de segmentação. De acordo com o estilo funcional e
progressista de urbanismo que se inicia na segunda metade do século XIX, a nova Capital de Minas
Gerais também possuía espaços classificados e ordenados de acordo com as funções e
necessidades sociais. Tal fato é percebido no projeto/planta do engenheiro Aarão Reis, que dividiu
Belo Horizonte em três zonas:
[1] A zona urbana que constituía o espaço moderno e ordenado reservado para as elites
mineiras. Possuía avenidas largas, retas, geométricas, infra-estrutura sanitária e técnica, área
que deveria ser espelho das cidades mais modernas do mundo; [2] a zona suburbana, fora dos
limites da Avenida do Contorno que funcionava como uma fronteira que separava a vida urbana
da suburbana, onde as moradias eram sofríveis e os serviços precários; e, por fim, [3] a zona
rural, um cinturão verde, onde se localizariam os núcleos coloniais que abasteceriam a Capital de
frutas, legumes, verduras e matéria prima para a sua construção32.

Esta divisão funcionava como instrumento para o controle da cidade. Fixavam-se os seus
limites, classificava e hierarquizava os territórios, que deixavam de ser uma dimensão indefinida
para se transformarem em áreas delimitadas e identificáveis. O objetivo ĚĞƐƚĞ� à“ĞŶƋƵĂĚƌĂŵĞŶƚŽ�
ƐŽĐŝĂůà?�ĞƌĂ�Ž�ĚĞ�ĞƐƚĂďĞůĞĐĞƌ�ƵŵĂ�ŽƌĚĞŵ�ĚĞŶƚƌŽ�ĚĂ�ĐŝĚĂĚĞà?�EĂƐ�ŝĚĞŝĂƐ�ĚĞ��ĂƌĆŽ�ZĞŝƐ�ĞƌĂ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�

32
OLIVEIRA, 2004 apud PASSOS, 2009, pp.44-45.
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à“ƚƌĂĕĂƌ�ĐŽŵ�Ă�ƌĠŐƵĂ�Ğ�Ž�ĐŽŵƉĂƐƐŽ�ƵŵĂ�ŽƌĚĞŵ�ƐŽĐŝĂů�ŚĂƌŵƀŶŝĐĂà?�ƵŶŝƚĄƌŝĂà?�ŽŶĚĞ�ŶĆŽ�ŚĂǀĞƌŝĂ�ůƵŐĂƌ�
ƉĂƌĂ�Ă�ĐŚĂŵĂĚĂ�ĚĞƐŽƌĚĞŵ�ƵƌďĂŶĂà?�33.
Dessa forma, nota-se que a concepção urbanística inicial de Belo Horizonte era de uma
cidade ampla, aberta e livre para passagens. Os velhos becos e ruas estreitas de Ouro Preto
começam a serem substituídos pelo cálculo das aberturas, dos vãos abertos das grandes e largas
ruas. Os espaços da nova capital visavam colocar fim à multidão compactada de Ouro Preto e
valorizaria a individualidade das almas soltas no vazio das avenidas. Os espaços abertos e
iluminados da cidade deveriam colocar todos sob a vista de todos, revelando e neutralizando os
perigos da multidão urbana. A luz elétrica, que foi ligada um dia antes da inauguração, demarcava
a ideia de progresso da cidade moderna, contrapondo-se aos lampiões antigos. Belo Horizonte foi
concebida com o propósito de assegurar condições de vida acima dos padrões correntes no Brasil
do século XIX e de início do século XX, padrões esses coerentes com os vigentes ou preconizados
nos grandes centros urbanos europeus e norte-americanos; adequando, ainda, seu espaço aos
negócios e ao mesmo tempo criando mecanismos de controle sobre a população mais carente e
trabalhadora, onde a modernização acabou se dando de maneira desigual nos diferentes pontos
da mesma34.
A rigidez do plano da cidade, que destinava a área interna ao perímetro da Avenida do
Contorno a funções específicas, expulsou para as zonas suburbanas e rurais as camadas populares.

Imediações da Rua Sapucaí (1900)
Disponível em: <https://www.duniverso.com.br/fotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado/>. Acesso em 04 dez. 2018.

33 LETÍCIA JULIÃO apud PASSOS, 2009, p.45.
34 PASSOS, 2009, p.46-47.
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Nos planos da Comissão Construtora, ao que se refere à ocupação, tratava-se de atender
primeiramente aos funcionários e proprietários, oriundos de Ouro Preto. O governo do Estado
cederia gratuitamente um lote de terreno na nova Capital, de acordo com a planta geral, para cada
um dos funcionários estaduais que por força de suas funções fossem obrigados a transferir-se para
Belo Horizonte; e aos proprietários de casas em Ouro Preto que pagassem o imposto predial (atual
IPTU) no exercício do ano de 1890 e que construíssem suas novas residências até o prazo de 17 de
dezembro de 1893.
Esta foi uma das formas encontradas pelo governo para vencer a resistência dos que não
queriam a mudança. No bairro dos Funcionários concentrou-se a área do funcionalismo público.
dĂů�ůŽĐĂůŝĚĂĚĞ�ƐĞ�ĐŽŶƐƚŝƚƵŝƵ�Ğŵ�ƵŵĂ�ĞƐƉĠĐŝĞ�ĚĞ�à“ĐĂƌƚĆŽ�ĚĞ�ǀŝƐŝƚĂƐà?à?�ƉŽŝƐ�ƉŽƐƐƵşĂ�ĞǆĐĞůĞŶƚĞƐ�ĐĂƐĂƐà?�
ruas simétricas (como em todo traçado, dentro da chamada área urbana) e ótimas instalações
sanitárias. Já a área Central foi destinada à construção de prédios públicos, do Parque Municipal e
da Zona Comercial (atual Av. Santos Dumont e Rua dos Caetés)35.
Quanto ao Parque Municipal, que no projeto era três vezes maior do que o tamanho atual,
ĞƐƚĞ�ĞƌĂ� ǀŝƐƚŽ� ĐŽŵŽ�Ž� à“ƉƵůŵĆŽ�ƵƌďĂŶŽà?à?�ſƌŐĆŽ� ƌĞƐpiratório tão importante quanto o coração. O
parque era considerado o local de experiência social da cidade. Circulando através de ruas-artérias
as pessoas passariam pelo parque, respirando seu ar fresco, da mesma forma que o sangue é
refrescado pelos pulmões. No Parque Municipal belo-horizontino, várias construções foram
ĞĚŝĨŝĐĂĚĂƐ�ƉĂƌĂ�ĞŶĨĞŝƚĂƌ�Ž� à“ďĞůŽ� ũĂƌĚŝŵà?à?�ƉƌŽƉŽƌĐŝŽŶĂŶĚŽ�ĞŶƚƌĞƚĞŶŝŵĞŶƚŽ�ĂŽƐ�ƚƌĂŶƐĞƵŶƚĞƐà?�ƐĞŶĚŽ�
ainda destinados aos parques inúmeros eventos sociais e esportivos36.

A ʹ Parque Municipal, B ʹ Ponte sobre o Acaba Mundo, C ʹ.Escola Normal (Instituto de Educação)
Disponível em: <https://sumidoiro.wordpress.com/2015/12/01>. Acesso em: 04 dez. 2018.

35 PASSOS, 2009, p.47.
36 PASSOS, 2009, p.48.
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�ƐƐŝŵà?� Ă� ĄƌĞĂ� ĐĞŶƚƌĂů� ĞƌĂ� ĐŽŶƐŝĚĞƌĂĚĂ� Ă� ŵĂŝƐ� à“ĂƚƌĂĞŶƚĞà?à?� ƉŽŝƐ� ĐŽŶĐĞŶƚƌĂǀĂ� ŽƐ� ƐĞƌǀŝĕŽs
urbanos modernos como saneamento, iluminação, etc. Obviamente, por ser o território mais
elegante era também o menos acessível, já que seus terrenos eram bem valorizados (dentro das
leis de mercado da época). Portanto, a área Central, especificamente o bairro dos Funcionários e as
partes altas, próximas às ruas da Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo, acabou se tornando o lugar
das elites, que construíram suas residências, faziam seus negócios e desfrutavam o seu lazer. Os
pobres também estavam localizados na área Central, porém ficavam restritos apenas ao Barro
Preto, ao bairro do Quartel (atual Santa Efigênia) e ao bairro do Comércio (atual Hipercentro, ou
Centro da cidade)37.
Já com a população de baixa renda, não houve a mesma preocupação com os
assentamentos residenciais. Igual à Paris de Haussmann, nos bairros humildes, a reformarestringiu-se à simples maquiagem, pois atrás dos prédios de fachadas determinadas pelas normas
da construção civil, estavam às casas/cortiços com chiqueiros e nenhum tipo de ventilação. Dizia-
se que Belo Horizonte cheirava a lenços d´alcobaça e a mofo das secretarias e o outro lado da
cidade cheirava a água de colônia, a toucinho e a álcool (da cachaça)38.

37 PASSOS, 2009, p.48.
38 PASSOS, 2009, p.48.
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4. EXERCÍCIOS.

1. (IBFC - MGS / 2016)
Preencha a lacuna do texto a seguir com a resposta correta.
A região metropolitana da cidade de Belo Horizonte tem cerca de _____do total de
habitantes no estado.
A) 25%
B) 10%.
C) 65%.
D) 48%.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), também
chamada de Grande Belo Horizonte ou Grande BH, foi criada em 1973 pela Lei Complementar
Federal n.º 14/73, e, atualmente, é regulamentada por leis complementares do Estado de Minas
Gerais (LEC n.º88/2006 e LEC n.º 89/2006). Com uma população de 5 916 189 habitantes,
conforme a estimativa de julho de 2018 é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil. Mesmo a
Grande Belo Horizonte sendo a 3ª maior região metropolitana do Brasil, sua sede, a cidade de Belo
Horizonte, ocupa a 6ª posição entre os municípios mais populosos do país. Só nos anos 2000 a
população da cidade foi superada pela de Brasília e Fortaleza. Esse fenômeno ocorre porque o
município de Belo Horizonte, com área de 331 km², é relativamente pequeno se comparado às
duas maiores cidades do Brasil, São Paulo (1.521 km²) e Rio de Janeiro (1.197 km²). A RMBH é o
centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural de Minas Gerais, representando em
torno de 40% da economia e 25% da população do estado de Minas Gerais. Seu produto Interno
bruto (PIB) somava em 2012 cerca de R$ 149,4 bilhões, dos quais cerca de 40% pertenciam à
cidade de Belo Horizonte.
(IBGE CIDADES, [2018]).
Gabarito: A
2. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2010)
WĂƌĂ� ĚĞƐůŽĐĂƌ� ĚŽ� ĐĞŶƚƌŽ� ĚĞ� �ĞůŽ� ,ŽƌŝǌŽŶƚĞ� ĂŽ� �ĞƌŽƉŽƌƚŽ� ĚĞ� �ŽŶĨŝŶƐà?� ǀŽĐġ� ƵƚŝůŝǌĂ� Ă� à“>ŝŶŚĂ�
sĞƌĚĞà?à?�ƉŽƌ�ŵĞŝŽ�ĚĂ�ƌŽĚŽǀŝĂàP�
A) MG 030.
B) MG 010.
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C) MG 024.
D) MG 020.
Comentários
A alternativa B é a resposta certa. A Linha Verde é um projeto de vias lançado em 2005 pelo
governo do estado de Minas Gerais. Trata-se de um conjunto de obras viárias que envolve Belo
Horizonte e a sua região metropolitana. É uma via expressa, com 35,4 km de extensão, liga o
centro de BH ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, no município de Confins. A Linha Verde
visa beneficiar mais de 3,5 milhões de pessoas, em quase 100 bairros da capital e mais de dez
municípios. O empreendimento inclui intervenções nas avenidas Andradas, do Contorno, Cristiano
Machado, e na rodovia MG-010.
(BELO, 2018).
Gabarito: B
3. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2010)
Entre as capitais dos Estados brasileiros, abaixo listadas, Belo Horizonte possui maior
contigência populacional somente em relação à capital do Estado do:
A) Rio de Janeiro.
B) Bahia.
C) Ceará.
D) Paraná.
Comentários
A alternativa D é a resposta certa. Belo Horizonte é o sexto município mais populoso do Brasil,
atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e, mais recentemente, Brasília. Portanto,
considerando as opções acima, o contingente populacional de Belo Horizonte é maior somente do
que o do município de Curitiba, capital do Estado do Paraná.
(BELO, 2018).
Gabarito: D
4. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2007)
Sobre a localização do município de Belo Horizonte é correto afirmar, EXCETO:
A) Belo Horizonte está situada no centro-sul do Estado de Minas Gerais. O município
tem extensão territorial de 335 km², sendo delimitado pelas latitudes 19º 46' 35"e 20º
03' à?à?à?� ƐƵů� Ğ� ƉĞůĂƐ� ůŽŶŐŝƚƵĚĞƐ� à?à?Ǒ� à?à?à? 27"e 44º 03' à?à?à? oeste de Greenwich. Ao sul, tem
divisas com Nova Lima e Brumadinho, a leste com Sabará e Santa Luzia, a norte com Santa
Luzia e Vespasiano, a oeste com Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité.
B) A sede municipal localiza-se a 852,19 metros de altitude. A maior área está entre 751 e
1000 metros, de norte para sudoeste.
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�à?��Ɛ�ŵĞŶŽƌĞƐ�ĂůƚŝƚƵĚĞƐ�ŽĐŽƌƌĞŵ�Ă�ŶŽƌĚĞƐƚĞà?�ĞŶƚƌĞ�à?à?à?�Ğ�à?à?à?�ŵĞƚƌŽƐʡ�ĂƐ maiores, nos limites
ao sul e sudeste, entre 1001 e 1150 metros nas encostas, e maiores que estas, podendo
atingir 1500 metros, no topo da Serra do Curral.
D) As características deste domínio são a diversidade litológica e o relevo acidentado que
encontra expressão máxima na Serra da Piedade, limite sul do município.
Comentários
A alternativa D é a resposta certa, pois as informações geográficas afirmadas nas alternativas A, B e
C estão corretas. Apenas a alternativa D é falsa, uma vez a Serra da Piedade não está dentro dos
limites do município de Belo Horizonte e nem faz divisa com estes limites. Além disso, a Serra da
Piedade está a noroeste da capital.
Gabarito: D
5. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2005)
A Região Metropolitana de Belo Horizonte conta hoje com 34 (trinta e quatro) municípios,
dos quais alguns NÃO SÃO limítrofes com Belo Horizonte. MENCIONÁ-LOS:
A) Sabará, Ribeirão das Neves e Ibirité.
B) Santa Luzia, Contagem, Nova Lima.
C) Vespasiano, Brumadinho e Ibirité.
D) Lagoa Santa, Raposos e Betim.
Comentários
A alternativa D é a resposta certa. O município de Belo Horizonte faz divisas ao Norte com
Vespasiano; ao Sul, com Brumadinho; ao Leste, com Sabará; a Oeste, com Contagem, Ibirité e
Ribeirão das Neves; a Sudoeste, com Nova Lima; e a Nordeste, com Santa Luzia. Os outros
municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte que não fazem divisas com a capital são:
Baldim, Betim, Caeté, Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Florestal, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu,
Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova União,
Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, São
José da Lapa, Sarzedo e Taquaraçu de Minas.
(GEOGRAFIA DE BELO HORIZONTE, [2013]).
Gabarito: D
6. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2005)
Belo Horizonte fica numa região de serras onduladas. O céu, muito claro e azul mesmo no
inverno, é recortado pelo perfil da Serra do Curral, que protege a cidade de ventos mais
fortes.
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Foto de Ricardo P. Coelho. Região Central de Belo Horizonte na atualidade. Ao fundo a Serra
do Curral.

São características do município de Belo Horizonte, EXCETO:
A) Belo Horizonte completou 107 anos. A primeira capital planejada do País fica localizada na
região Sudeste. Conhecida pelo clima ameno e agradável durante todo o ano, sua
temperatura varia em torno de 21º centígrados. O inverno é seco e o verão chuvoso.
B) A cidade é a capital do Estado de Minas Gerais e tem uma população com cerca de 2,3
milhões de habitantes. Foi considerada a metrópole com melhor qualidade de vida da
�ŵĠƌŝĐĂ�>ĂƚŝŶĂ�ƉĞůŽ�à“WŽƉƵůĂƚŝŽŶ��ƌŝƐŝƐ��ŽŵŵŝƚĞĞà?�ĚĂ�KEh�Ğ�Ă�à?à?ǐ�ĞŶƚƌĞ�ĂƐ�ĐĞŵ�ŵĞůŚŽƌĞƐ do
mundo.
C) Belo Horizonte, especificamente, fica junto ao pólo automobilístico de Betim, onde se
encontra a segunda maior fábrica mundial da FIAT.
D) Em relação às metrópoles do Brasil, Belo Horizonte é o maior entroncamento em termos
de transporte aéreo, sendo denominado o aeroporto Presidente Tancredo Neves (Confins) de
natureza internacional.
Comentários
A alternativa A não é a resposta certa, pois está correta. Em 12 de dezembro de 2004 a capital
mineira completava 107 anos. De fato, foi a primeira capital planejada do País e o clima foi fator
importantíssimo para a escolha do local, aos pés da Serra do Curral.
A alternativa B também não é a resposta certa, pois está correta. Cercada pela Serra do Curral,
Belo Horizonte foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da Organização das Nações Unidas,
como a metrópole com melhor qualidade de vida na América Latina e ficou na 45ª posição entre as
100 melhores cidades do mundo. A cidade também exibe o diploma de "Cidade Modelo na Área
Ambiental", com seus 32 metros quadrados de área verde por habitante, o triplo do índice
recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
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A alternativa C também não é a resposta certa, pois está correta. Inaugurada em 1976, após três
anos de negociações com o governo brasileiro, a sede da Fiat no Brasil fica em Betim, cidade
encostada na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. Apesar de gigante (é a maior fábrica do
Grupo Fiat no planeta), pode ser considerada "pequena" perto da fábrica da Hyundai, em Ulsan, na
Coréia do Sul à? para se ter uma noção, a unidade de Betim tem área de 701.696 m², sete vezes
menor que a coreana. Contudo, a fábrica da FIAT de Betim é a segunda maior fábrica do mundo e a
maior do Brasil.
A alternativa D é a resposta certa, pois, apesar do aeroporto Presidente Tancredo Neves (Confins)
ser internacional, é falso afirmar que Belo Horizonte é o maior entroncamento em termos de
transporte aéreo.
(WRI BRASIL, 2018).
Gabarito: D

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2. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2010)
Para deslocar do centro de Belo Horizonte aŽ� �ĞƌŽƉŽƌƚŽ� ĚĞ� �ŽŶĨŝŶƐà?� ǀŽĐġ� ƵƚŝůŝǌĂ� Ă� à“>ŝŶŚĂ�
sĞƌĚĞà?à?�ƉŽƌ�ŵĞŝŽ�ĚĂ�ƌŽĚŽǀŝĂàP�
A) MG 030.
B) MG 010.
C) MG 024.
D) MG 020.

3. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2010)
Entre as capitais dos Estados brasileiros, abaixo listadas, Belo Horizonte possui maior
contigência populacional somente em relação à capital do Estado do:
A) Rio de Janeiro.
B) Bahia.
C) Ceará.
D) Paraná.

4. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2007)
Sobre a localização do município de Belo Horizonte é correto afirmar, EXCETO:
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A) Belo Horizonte está situada no centro-sul do Estado de Minas Gerais. O município
tem extensão territorial de 335 km², sendo delimitado pelas latitudes 19º 46' 35"e 20º
03' à?à?à?� ƐƵů� Ğ� ƉĞůĂƐ� ůŽŶŐŝƚƵĚĞƐ� à?à?Ǒ� à?à?à? 27"e 44º 03' à?à?à? oeste de Greenwich. Ao sul, tem
divisas com Nova Lima e Brumadinho, a leste com Sabará e Santa Luzia, a norte com Santa
Luzia e Vespasiano, a oeste com Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité.
B) A sede municipal localiza-se a 852,19 metros de altitude. A maior área está entre 751 e
1000 metros, de norte para sudoeste.
�à?��Ɛ�ŵĞŶŽƌĞƐ�ĂůƚŝƚƵĚĞƐ�ŽĐŽƌƌĞŵ�Ă�ŶŽƌĚĞƐƚĞà?�ĞŶƚƌĞ�à?à?à?�Ğ�à?à?à?�ŵĞƚƌŽƐʡ�ĂƐ maiores, nos limites
ao sul e sudeste, entre 1001 e 1150 metros nas encostas, e maiores que estas, podendo
atingir 1500 metros, no topo da Serra do Curral.
D) As características deste domínio são a diversidade litológica e o relevo acidentado que
encontra expressão máxima na Serra da Piedade, limite sul do município.

5. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2005)
A Região Metropolitana de Belo Horizonte conta hoje com 34 (trinta e quatro) municípios,
dos quais alguns NÃO SÃO limítrofes com Belo Horizonte. MENCIONÁ-LOS:
A) Sabará, Ribeirão das Neves e Ibirité.
B) Santa Luzia, Contagem, Nova Lima.
C) Vespasiano, Brumadinho e Ibirité.
D) Lagoa Santa, Raposos e Betim.

6. (FGR - Pref. BH - Guarda Municipal / 2005)
Belo Horizonte fica numa região de serras onduladas. O céu, muito claro e azul mesmo no
inverno, é recortado pelo perfil da Serra do Curral, que protege a cidade de ventos mais
fortes.

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Foto de Ricardo P. Coelho. Região Central de Belo Horizonte na atualidade. Ao fundo a Serra
do Curral.

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1. Alternativa A
2. Alternativa B
3. Alternativa D

4. Alternativa D
5. Alternativa D
6. Alternativa D

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Muito bem, querido concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não se esqueça, também, dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para
alcançá-los. ^ŽŶŚĞ� ĂůƚŽà?� ƉŽŝƐ� à“ƋƵĞŵ� ƐĞŶƚĞ� Ž� ŝŵƉƵůƐŽ� ĚĞ� ǀŽĂƌà?� ŶƵŶĐĂ� ŵĂŝƐ� ƐĞ� ĐŽŶƚĞŶƚĂƌĄ� Ğŵ�
ƌĂƐƚĞũĂƌà?à?��ŶĐŽŶƚƌŽ�ǀŽĐġ�ŶĂ�ŶŽƐƐĂ�ƉƌſǆŝŵĂ�ĂƵůĂà?�
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

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