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Estudo Dirigido _ Trabalho e Sociabilidade

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD 
ESTUDO DIRIGIDO: TRABALHO E SOCIABILIDADE
 Este roteiro de estudos dirigido, apresenta as principais ideias trabalhadas nas aulas, mas isto não significa que este deve seu ser o único material a ser estudado para as provas, também é preciso assistir às vídeo-aulas e ler o material para impressão. 
Vamos lá!? 
De acordo com Albornoz, (1999) o significado do trabalho, que parece ser entendido facilmente pelos indivíduos, não apresenta unanimidade no que diz respeito a sua conceituação. O significado do trabalho muitas vezes é visto como símbolo de tortura, sofrimento e aflição pela própria origem da palavra. Também como uma atividade do homem em busca de uma transformação e realização, a palavra trabalho possui diferentes significações relativas ao contexto.
Sabe-se que o trabalho é fundamental para a relação do homem com a natureza no qual ambos são transformados. A concepção do trabalho acontece pelo modo de produção que o homem desenvolveu ao longo dos anos, é importante salientar que no começo da história o trabalho era somente através da força física, ou seja, braçal, buscando atender apenas as necessidades básicas como a alimentação, um lugar para ocupar como abrigo e lutar contra os seus inimigos. 
Compreendemos as relações sociais entendendo que o indivíduo precisa de outra pessoa para conviver em sociedade e que as relações sociais são diferentes entre as pessoas, dependendo do contexto e o modo como interage socialmente. Diante disso, temos as ditas relações formais e informais. As relações podem ser formais e informais de acordo com a situação e os interesses envolvidos na relação. Um exemplo de relação formal poderia ser o trabalho e informal a própria família ou amigos.
Um dos temas mais complexos em nosso meio é “o trabalho infantil” reflexo de uma sociedade neoliberal, pautada em falta de alternativas de subsistência das famílias de baixa renda. Entendemos como trabalho infantil todo trabalho realizado nas ações econômicas e ou atividades para a sua sobrevivência, com o objetivo de remuneração ou não, sendo executadas por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 (dezesseis) anos. As piores formas do trabalho infantil acontecem em lixões, no narcotráfico, nas plantações de cana de açúcar, fumo, vendedores ambulantes entre outros.
Na revolução industrial os trabalhadores passaram por momentos árduos, a tão esperada "liberdade" foi com jornadas excessivas de trabalho, falta de atenção, aos trabalhadores nas questões relacionadas à higiene e segurança. Começaram a desenvolver vários sofrimentos para os trabalhadores, sendo submissos aos salários baixos e toda exploração da força de trabalho.
As exigências do mercado de trabalho estão aumentando a cada dia e o trabalhador também sofre com novas funções “polivalentes” que precisa assumir em uma organização. Na maioria das vezes, não consegue atingir o equilíbrio psíquico e facilmente se sente frustrado ou reprovado por seu ambiente laboral.
O sofrimento no trabalho pode desestabilizar a identidade do indivíduo trazendo problemas mentais, porém, pode trazer elementos para a normalidade quando o sofrimento é superado e transformado em prazer dependendo muito da singularidade de cada caso. O trabalhador encontra satisfação quando existe uma relação saudável respeitando a sua identidade e permitindo conhecer seus limites e possibilidades de seres humanos. 
Os principais modelos de produção da indústria do século XX são o Fordismo e o Toyotismo: Fordismo é o modelo de linha de montagem, maior quantidade em menor tempo, a ideia é que o trabalhador realize a produção com tarefas simples, fazendo o trabalho de maneira repetitiva. O Toyotismo foi utilizado primeiramente na fábrica da Toyota onde se origina o seu nome, nesse modelo aumenta a qualificação e os trabalhadores começam a entender todo o processo e não mais a parte específica do produto.
Karl Marx considera a divisão social do trabalho como exploração da classe burguesa com relação ao proletariado, enfatiza como segmentadora no sentido de dividir as classes sociais na sociedade. 
Max Weber analisa o capitalismo na divisão do trabalho não na perspectiva da economia e sim do âmbito religioso, busca entender essa questão por identificar a prosperidade e destaque na vida econômica dessas pessoas. Na ótica do autor os protestantes viam o trabalho muito próximo do cunho espiritual, como forma de glorificar a Deus. Desenvolviam a vocação para o trabalho, como projeto de extensão a Deus e condenavam o ócio a luxúria e a preguiça buscando sempre a dedicação no trabalho. 
Emile Durkheim, Max Weber e Karl Marx possuem concepções diferentes sobre a divisão social do trabalho, porém, de grande significância para a sociedade. Sobre a concepção de Karl Marx sobre a divisão social do trabalho - a divisão do trabalho sempre existiu, independente do modelo da sociedade. Para ele a divisão do trabalho, entra como forma vital para a sobrevivência humana. O autor considera a divisão do trabalho como exploração da classe burguesa com relação ao proletariado enfatiza como segmentadora no sentido de dividir as classes sociais na sociedade. 
O impacto das transformações econômicas e sociais ocorridas na vida dos trabalhadores, tem afetado consideravelmente o seu modo de sobrevivência. As alterações nas formas de organização da reprodução social dos trabalhadores resultam no processo de exclusão e as desigualdades sociais. Cresce o número de diferentes trabalhos com novas condições sociais devido a flexibilização e a globalização. Esses indivíduos vão se tornando vítimas da pobreza e da exclusão social sem conseguir se reinserir socialmente no mercado de trabalho buscam outras formas de sobrevivência como o mercado informal para conseguir uma renda tentando suprir ao mínimo as necessidades básicas. 
O ser humano é sociável por natureza, não nasceu para viver sozinho. A cooperação existe desde a antiguidade até a atual sociedade. Emerge na relação com o outro, não é possível cooperar sem a interação de outras pessoas. Cooperar é interagir socialmente, compartilhando os objetivos e os resultados são para todos os envolvidos.
Sobre os objetivos de uma cooperativa: Um dos seus objetivos é melhorar a situação econômica do grupo oportunizando que o mesmo tenha maior rendimento no coletivo. Diminuir a tentativa de estratégias isoladas e com pouco desenvolvimento econômico. 
O cooperativismo é uma alternativa econômica ao capitalismo, as cooperativas no Brasil são legitimadas na questão legal como empreendimentos coletivos.
Segundo Ruiz, (2008) entende-se por trabalho coletivo e cooperativo aquele concretizado por um grupo de pessoas diversas com um objetivo comum. Ele ressalta que o trabalho só é coletivo, quando além de possibilitar a participação da coletividade, na elaboração e na formulação de propostas assim como na execução propicia também a possibilidade de participação na tomada de decisão. É uma forma de trabalho que busca a democratização das relações entre os envolvidos. 
A Economia solidária consegue atingir as pessoas mais vulneráveis, tentando incluir os excluídos na inserção do trabalho. É formada por um grupo de pessoas, com objetivos comuns, que não obtiveram oportunidades de participar do processo de produção.
Na concepção de Singer, a economia solidária compreende diferentes tipos de empresas, associações voluntárias com o fim de proporcionar a seus associados os benefícios econômicos. Estas empresas surgem, como reações a carências que o sistema dominante se nega a resolver.
As palavras competição e cooperação se relacionam e são importantes em determinada proporção, para o desenvolvimento humano nos processos organizacionais. Em um primeiro momento elas parecem ser contrárias, porém, as duas tem tamanha significância para o âmbito do trabalho sendo que existe complementariedade entre ambas. 
Com as mudanças ocorridas no âmbitoorganizacional, o trabalhador não é visto como especializado em uma determinada função como era no modelo fordista. O trabalhador polivalente precisa exercer funções em várias áreas através das competências solicitadas cotidianamente, podendo acarretar inúmeros prejuízos para a vida laboral.
A configuração do serviço social teve grande influência da igreja católica nas suas origens. A base do serviço era de cunho doutrinário e as igrejas ajudavam com benesses, aos menos favorecidos. O serviço social atuava no âmbito da caridade com ações emergenciais de cunho assistenciais. A igreja católica tinha ação direta na formação desses profissionais, juntamente com a burguesia que almejam a “ordem societária”.
Depois da II guerra mundial surgiram muitos problemas de cunho social que o setor público não conseguia resolver na proporção desejada. A sociedade civil interviu nesse processo, surgindo as ONGS, que no início eram de cunho assistencialista, atuando junto com as igrejas e depois passam para outras áreas como educação, autoajuda, saúde entre outros. 
As transformações na sociedade trazem modificações também para diferentes áreas e profissões, em especial, para o campo de atuação do serviço social. Entre as mudanças que interferem, diretamente, no campo de trabalho do assistente social estão: O desemprego, as terceirizações, a precariedade no trabalho e toda essa complexidade na sociedade. 
De acordo com o texto “O serviço social na contemporaneidade: O Assistente Social é um profissional, que tem como objeto de trabalho a questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para o seu enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais. 
No processo de ruptura com o conservadorismo, o Serviço social passou a tratar o campo das políticas sociais mais no campo relacional, demanda da população carente e oferta do sistema capitalista, mas, acima de tudo como meio de acesso aos direitos sociais e à defesa da democracia.
De acordo com as novas demandas e processos de reestruturação que atingem, diretamente, o fazer profissional, é necessário um “repensar” sobre a profissão. 
A intensidade em privatizar, flexibilizar e demitir trabalhadores muda a forma da organização do trabalho e juntamente com essas questões que alteram toda a economia da sociedade, se faz necessário redimensionar o Serviço social.
De acordo com Iamamoto, (2012) um dos maiores desafios que o assistente social vivencia na atualidade é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Ser um profissional propositivo e não só executivo.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Na interdisciplinaridade é indispensável à maturidade em diferentes áreas na busca de objetivos comuns aos usuários dos serviços. Uma equipe composta por vários profissionais consegue fazer essa interação e a interlocução quando conseguem realizar cotidianamente a troca de saberes. 
Bons Estudos e Boa Prova!!!

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