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AFT_II_PACTEOEXE_Aula 68 - Direito do Trabalho - Aula 06

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Curso Pacote - Direito do Trabalho AFT 
Teoria e Questões ESAF 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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Olá, pessoal! 
 
O tema a ser estudado hoje é muito importante, uma vez que vocês 
quando forem AFT irão trabalhar, muito, com os cálculos de verbas 
rescisórias e com as homologações. 
 
Ao final desta aula, trarei alguns exemplos de cálculos trabalhistas! 
 
Vamos, então ao estudo! 
 
Aula 06 (11/06): Rescisão Contratual: Prazos de Pagamentos 
Rescisórios; Multas; Homologações das Rescisões Contratuais; Órgãos 
Competentes para Homologar as Rescisões; Formas de Pagamento. 
Prescrição e Decadência. Distinção entre Prescrição Total e Prescrição 
Parcial. Seguro-Desemprego. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - 
FGTS (Lei nº. 8.036, de 11/05/90, com as modificações posteriores e 
Decreto n. 99.684, de 08/11/90). 
 
6.1. Prazos de pagamentos rescisórios e multas: Estudamos nas 
aulas anteriores a extinção do contrato de trabalho e as verbas 
rescisórias devidas em cada caso, vamos iniciar o estudo da efetivação 
da rescisão contratual, com o pagamento das verbas rescisórias dentro 
das formalidades estabelecidas na Lei. 
 
 Consideram-se verbas rescisórias, em sentido amplo, não só 
o saldo salarial, mas também férias simples e vencidas. 
 
 Com a finalidade de instigar o rápido pagamento das verbas 
rescisórias o legislador estabeleceu prazos e penalidades pelo não 
pagamento dessas verbas. 
 
 Pelo descumprimento do prazo, estabeleceu duas penalidades, a 
primeira prevista no art. 477 § 8º e a segunda prevista no art. 467 da 
CLT. 
 
Assim, o descumprimento do prazo de pagamento das verbas traz 
como conseqüência para o empresário infrator as penalidades descritas 
naqueles dispositivos legais. 
 
 Há exceção ao cumprimento do prazo de pagamento das verbas 
rescisórias, que é o caso da massa falida. Isto porque tais pagamentos 
serão feitos no Juízo Falimentar, entendendo-se que, por essa razão, a 
massa falida não se submete a qualquer dessas duas penalidades. 
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 A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e 
nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT. Feitas 
essas considerações iniciais, passamos a análise do art. 477, 
§ 6º da CLT, que dispõe de dois prazos para pagamento das 
parcelas rescisórias. 
 
Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga 
na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma 
empresa. 
§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de 
rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes 
prazos: 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, 
quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou 
dispensa de seu cumprimento. 
 
 O primeiro prazo para pagamento das parcelas constantes no 
instrumento de rescisão ou recibo de quitação estende-se até o primeiro 
dia útil imediato ao término do contrato, e o segundo ao décimo dia, 
contado da data da demissão, quando da ausência do aviso prévio, 
indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 
 
Aí devemos analisar o que os Tribunais consideram dia útil: 
EMENTA: ACERTO RESCISÓRIO – DEPÓSITO BANCÁRIO - 
MULTA PARÁGRAFO 8º ARTIGO 477 CLT – Extinguindo o 
vínculo empregatício na sexta-feira e inexistindo expediente 
bancário no sábado, o valor do acerto rescisório deve ser 
depositado na conta bancária do ex-empregado, no primeiro dia útil 
subsequente. Portanto, o depósito efetuado na segunda-feira, 
primeiro dia expediente bancário após o término do vínculo 
empregatício, cumpriu a vontade da lei (alínea “a” parágrafo 6º 
artigo 477 CLT), restando indevida a multa do parágrafo 8º do 
mesmo dispositivo legal. (grifo nosso) 
 
 
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 Nesse caso, especificamente, não havendo expediente aos 
sábados nos bancos, o valor da rescisão deverá ser disponibilizado para 
o empregado na segunda-feira. Assim, quando do término dos contratos 
por tempo determinado ou quando em contratos por tempo 
indeterminado, tendo sido o aviso prévio trabalhado, o pagamento das 
verbas rescisórias estende-se até o primeiro dia útil imediato ao término 
do contrato. Isso se deve ao fato de que, em ambas as situações de 
término contratual, as partes já sabem o dia certo de sua terminação, 
razão porque o pagamento é feito logo após a demissão. 
 
 O segundo prazo é mais amplo: dez dias corridos, contados da 
data da comunicação da ruptura contratual, (contados de forma 
contínua), abrange aqui as situações que não há a dação do aviso 
prévio, como é o caso da dispensa por justa causa ou extinção 
contratual por morte do empregado, a situação de aviso prévio 
indenizado, como o caso de dispensa sem justa causa, extinção da 
empresa e ainda o caso de liberação do cumprimento do aviso prévio, 
como o caso de pedido de demissão do empregado, com pedido de 
dispensa de cumprimento de aviso prévio, ou ainda com dispensa do 
aviso prévio, nesse caso comprovada a efetiva nova contratação do 
empregado no período. 
 
 Conforme estabelece o art. 477, parágrafo 1º da CLT toda vez 
que o contrato de trabalho do empregado for superior a 1 ano na 
empresa, será obrigatória a homologação da sua dispensa pelo Sindicato 
profissional ou pelo Ministério do Trabalho. 
 
 O descumprimento desses prazos para pagamento das verbas 
rescisórias resulta no pagamento, por parte do empregador, de duas 
multas. Uma multa administrativa que é aplicada pelo Ministério do 
Trabalho através de sua fiscalização – art. 477 § 8º. 
 
Já a outra é a favor do próprio empregado, no valor de seu 
salário, devidamente corrigido (art.477, caput da CLT) 
 
 A possibilidade de não pagamento dessas multas pelo 
descumprimento dos prazos é: a exceção da empresa em processo de 
falência e quando “comprovadamente, o empregado der causa à mora” 
(§ 8º do art. 477). 
 
 
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 Agora, vamos analisar a pena estabelecida no art. 467, com nova 
redação dada pela Lei 10.272/2001, que dispõe: 
 
 Art. 467 da CLT Em caso de rescisão de contrato de trabalho, 
havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o 
empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do 
comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa 
dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por 
cento. 
 
Lembretes: Nesse caso o art. 467 da CLT e com a sua nova redação, 
trata-se de acréscimo sobre as verbas rescisórias e não apenas sobre 
o saldo salarial. 
 
6.2. Homologações das rescisões contratuais: A CLT estabelece 
certas formalidades para o ato de terminação do contrato de trabalho, 
com o pagamento das verbas rescisórias e isso se deve ao fato de 
assegurar transparência e isenção à manifestação das vontades da 
partes. 
 
 Assim, a homologação da rescisão segue um rito especial, 
conforme veremos abaixo: 
 
� Haverá a obrigatoriedade de participação do Sindicato Profissional 
ou órgão do Ministério do Trabalho e Emprego ( art. 477 §§1º ao 
3º e 500 da CLT). 
 
� Em locais onde não existam esses entes, essa assistência poderá 
ser prestada pelo Ministério Público, Defensor Público ou Juiz de 
Paz. 
 
 Exceções: Não haverá essa obrigatoriedade nos casos de extinção do 
contrato de trabalho com um ano oumenos de serviço, art. 477, § 1º da 
CLT, seja por dispensa do empregador ou por pedido de demissão do 
empregado. 
 
Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga 
na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma 
empresa. 
 
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§ 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do 
contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) 
ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do 
respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do 
Trabalho. 
 
§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer 
que seja a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter 
especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e 
discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, 
relativamente às mesmas parcelas. 
 
§ 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos 
previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo 
representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo defensor 
público, e, na falta ou impedimento destes, pelo juiz de paz. 
 
Art. 500 da CLT O pedido de demissão do empregado estável só 
será válido quando feito com assistência do respectivo Sindicato e, 
se não houver, perante autoridade local competente do Ministério 
do Trabalho ou da Justiça do trabalho. 
 
 No caso de menor de 18 anos, independentemente da duração do 
contrato de trabalho, mantêm a obrigatoriedade dessa assistência dos 
responsáveis legais. 
 
 É importante não confundir que a obrigatoriedade da assistência 
dos responsáveis legais é na rescisão do contrato,quando do 
recebimento das verbas rescisórias e, não no recibo de pagamento dos 
salários (art. 439 da CLT). 
 
Art. 439 da CLT É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento 
dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de 
trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência 
dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo 
recebimento da indenização que lhe for devida. 
 
 No caso de dirigente Sindical também haverá a necessidade de 
Assistência Sindical, independentemente do prazo contratual (art.500), 
isso se deve ao fato de que o dirigente Sindical detem estabilidade- 
Súmula 197 do STF, Súmula 379 TST, tanto na dispensa como em se 
pedido de demissão. 
 
 
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Súmula 379 do TST O dirigente sindical somente poderá ser 
dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, 
inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. 
 
Art. 543 da CLT O empregado eleito para o cargo de 
administração sindical ou representação profissional, inclusive 
junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido 
do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou 
mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das 
suas atribuições sindicais. 
 
§ 3º. Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou 
associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a 
cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de 
associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu 
mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se 
cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta 
Consolidação 
 
 Ainda considerando as formalidades relativas a extinção do 
contrato de trabalho, é também importante registrar que o recibo 
rescisório “deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao 
empregado e discriminando seu valor, sendo válida a quitação, apenas , 
relativamente às mesmas parcelas.” ( art. 477 §2º). 
 
Os pagamentos devem ser específicos e claros a despeito de qual 
parcela se refere, a legislação trabalhista veda recibos genéricos e que 
diz respeito a várias parcelas, isso é considerado salário complessivo( 
Súmula 91 do TST). 
 
Súmula 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO Nula é a cláusula 
contratual que fixa determinada importância ou percentagem para 
atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do 
trabalhador. 
 
 Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino os efeitos da 
homologação são restritos quanto às parcelas que foram discriminadas e 
pagas, quanto às parcelas não consignadas, estas poderão ser 
reclamadas na Justiça do Trabalho. 
 
 
 
 
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 Trata-se da Súmula 330 do TST! 
 
Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com 
assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com 
observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, 
tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente 
consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada 
ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. I - A quitação não 
abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, 
conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas 
constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido 
satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é 
válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de 
quitação. 
 
Efeitos da Cessação do Contrato de Trabalho: A transação 
extrajudicial celebrada perante as Comissões de Conciliação Prévia tem, 
nos termos da lei, eficácia liberatória geral dos direitos decorrentes do 
contrato de trabalho, exceto quanto às parcelas expressamente 
ressalvadas, valendo o termo de conciliação como título executivo. 
 
 A transação judicial tem eficácia liberatória nos limites da 
homologação, valendo o termo de conciliação como decisão irrecorrível, 
salvo para a Previdência Social, quanto às contribuições que lhe forem 
devidas. 
 
Súmula 371 do TST A projeção do contrato de trabalho para o futuro, 
pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às 
vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, 
salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-
doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos 
da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. 
 
 É importante falar da multa do art. 477, parágrafo 8º da CLT que 
será aplicada, independentemente do tipo de extinção do contrato de 
trabalho, quando as parcelas decorrentes da extinção do contrato de 
trabalho não forem pagas no prazo previsto no art. 477, parágrafo 6º da 
CLT. 
 
 
 
 
 
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Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não 
existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo 
contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das 
relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma 
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha 
percebido na mesma empresa. 
§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão 
do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 
(um) ano de serviço, só será válido quando feito com a 
assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do 
Ministério do Trabalho. 
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer 
que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter 
especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e 
discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, 
relativamente às mesmasparcelas. 
OJ 270 da SDI- 1 do TST A transação extrajudicial que importa 
rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano 
de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e 
valores constantes do recibo. 
§ 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos 
previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo 
representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo 
Defensor Público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de 
Paz. 
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado 
no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em 
dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, 
salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento 
somente poderá ser feito em dinheiro. 
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o 
parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a 1 (um) 
mês de remuneração do empregado. 
 
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§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de 
rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes 
prazos: 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 
OJ 162 da SDI- 1 do TST A contagem do prazo para quitação das 
verbas decorrentes da rescisão contratual prevista no artigo 477 da CLT 
exclui necessariamente o dia da notificação da demissão e inclui o dia do 
vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132 do Código Civil de 
2002 (artigo 125 do Código Civil de 1916). 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, 
quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou 
dispensa de seu cumprimento. 
OJ 14 da SDI-1 do TST Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o 
prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da 
notificação de despedida. 
§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) 
será sem ônus para o trabalhador e empregador. 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará 
o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao 
pagamento da multa a favor do empregado, em valor 
equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de 
variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o 
trabalhador der causa à mora. 
Súmula 388 do TST A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 
467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT. 
 
OJ 238 d da SDI- 1 do TST Submete-se à multa do artigo 477 da CLT 
a pessoa jurídica de direito público que não observa o prazo para 
pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer particular, 
em direitos e obrigações, despojando-se do "jus imperii" ao celebrar um 
contrato de emprego. 
 
 
 
 
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6.3. Órgãos competentes para homologar: Os Órgãos competentes 
para homologar a rescisão contratual prevista no art. 477 da CLT para 
aqueles empregados que tem mais de um ano de serviço na empresa 
são: O Sindicato ou o Ministério do trabalho e Emprego. 
 
 Quando não existir estes órgãos na localidade a assistência, como 
já dito anteriormente será prestada por representante do Ministério 
Público ou, onde houver, pelo defensor público e, na ausência ou 
impedimento destes pelo juiz de paz. (art. 477, parágrafo 3º da CLT). 
 
 A OJ 16 da SDC estabelece que não se admite a cobrança de taxa 
para a homologação da rescisão contratual pelo Sindicato, ainda que 
estabelecida em negociação coletiva. 
 
6.4. Prescrição e decadência: Os institutos da prescrição e da 
decadência objetivam dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e 
às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a 
limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em 
determinado tempo. 
 
 A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia 
do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto. 
 
 Observem o dispositivo constitucional e as Súmulas do TST que 
tratam da prescrição: 
 
 Art. 7º da CF/88 XXIX - ação, quanto aos créditos 
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 
dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 
 
Súmula 308 do TST I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação 
contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões 
imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do 
ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data 
da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo 
de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação 
imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal 
quando da promulgação da CF/1988. 
 
 
 
 
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 A prescrição bienal do direito de propositura de ação quanto a 
créditos resultantes das relações de trabalho se conta da extinção do 
contrato de trabalho, equiparando-se, para tal efeito, segundo 
entendimento jurisprudencial dominante, a mudança do regime celetista 
para o estatutário, nos moldes da Lei no 8.112/1990. 
 
Súmula 382 do TST A transferência do regime jurídico de celetista 
para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o 
prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. 
 
 O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da 
Comissão de Conciliação Prévia conforme estabelece o art. 625-G da 
CLT. 
Art. 625-G da CLT O prazo prescricional será suspenso a partir 
da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a 
fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. 
 Exemplificando: Questão de Prova: Empregado dispensado em 
18 de outubro de 2000, submeteu, em 20 de agosto de 2002, demanda 
de natureza trabalhista à Comissão de Conciliação Prévia constituída no 
âmbito do sindicato, não prosperando a conciliação. Fornecida 
declaração da tentativa de conciliação frustrada em 31 de agosto de 
2002, o empregado 
 
Comentários: (Art. 625 – G da CLT). O prazo prescricional será 
suspenso quando a CCP for provocada, sendo assim, ele recomeçará a 
contar de onde parou em caso de tentativa frustrada de conciliação. 
Sendo assim, em 20/08/2002 o prazo prescricional de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho, que se extinguiria em 18 de Outubro 
de 2002, foi suspenso, recomeçando a fluir pelo tempo que faltar. 
 
Tipos de Prescrição: Prescrição Total, Parcial e Prescrição do FGTS 
⇒ Prescrição Parcial: A prescrição parcial é a de cinco anos, 
tornando-se inexigíveis as parcelas devidas anteriormente aos 
cinco anos. O prazo de cinco anos deverá ser contado da data do 
ajuizamento da ação. 
 
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Súmula 373 do TST Tratando-se de pedido de diferença de gratificação 
semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a 
parcial. 
 
⇒ Prescrição Total: A prescrição total aplica-se às lesões 
contratuais que se iniciaram há muito tempo e estancaram-se há 
mais de cinco anos do ajuizamento da ação. Terá o prazo de 
cinco anos contados da lesão. 
Súmula 294 do TST Tratando-se de ação que envolva pedido de 
prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição 
é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por 
preceito de lei. 
 
 Em relação à este tema adotarei mais uma vez a 
posição doMinistro Maurício Godinho Delgado, uma vez que ele é o 
jurista adotado pelas bancas. 
 
 Ele critica a dualidade entre prescrição total e parcial, mas cita 
como exemplos de prescrição total apontados pela jurisprudência as 
gratificações ajustadas e o salário-prêmio. Já como exemplo de 
prescrição parcial ele cita as diferenças em face dos desvios de função e 
as diferenças em face da equiparação salarial. 
 
 Vejamos a distinção entre elas: 
 
⇒ Prescrição Parcial: A prescrição parcial é a de cinco anos, 
tornando-se inexigíveis as parcelas devidas anteriormente aos 
cinco anos. O prazo de cinco anos deverá ser contado da data do 
ajuizamento da ação. 
 
Súmula 373 do TST Tratando-se de pedido de diferença de gratificação 
semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a 
parcial. 
 
⇒ Prescrição Total: A prescrição total aplica-se às lesões 
contratuais que se iniciaram há muito tempo e estancaram-se há 
mais de cinco anos do ajuizamento da ação. Terá o prazo de 
cinco anos contados da lesão. 
 
BIZU DE 
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Súmulas 326 e 327 do TST, com redação 
alterada em 25 de Maio de 2011: 
 
Súmula 326 do TST A pretensão à complementação de aposentadoria 
jamais recebida prescreve em dois anos contados da cessação do 
contrato de trabalho. 
 
Súmula 326 do TST A pretensão à diferenças de complementação de 
aposentadoria sujeita-se à prescrição parcial e qüinqüenal, salvo se o 
pretenso direito decorrer de verbas não recebidas no curso da relação 
de emprego e já alcançadas pela prescrição, à época da propositura da 
ação. 
 
⇒ Prescrição FGTS: 
Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de reclamar 
contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o 
prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. 
Súmula 268 do TST A ação trabalhista, ainda que arquivada, 
interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. 
 
 A decadência é a perda do direito pelo decurso de prazo 
previsto em lei ou no contrato para o seu exercício. 
 
 A parte poderá ter, ainda, o direito de ação por não estar 
prescrito, mas não terá o seu direito assegurado em virtude 
da decadência. 
 
Outras Súmulas do TST referentes à prescrição: 
Súmula 114 - É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição 
intercorrente. 
Súmula 153 - Não se conhece de prescrição não argüida na instância 
ordinária. 
Súmula 156 - Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo 
prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos 
descontínuos de trabalho. 
BIZU DE 
PROVA 
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Súmula 350 - O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento 
de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado. 
6.5. Seguro-Desemprego: 
 
 
 
 O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da 
seguridade social, que oferece auxílio em dinheiro ao trabalhador 
desempregado involuntariamente. 
 Após o advento da Constituição de 1988 (art. 7º), o 
benefício do Seguro-Desemprego passou a integrar o Programa do 
Seguro-Desemprego que tem por objetivo, além de prover assistência 
financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de 
dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, auxiliá-lo na manutenção 
e busca de emprego, promovendo ações integradas de orientação, 
recolocação e qualificação profissional. 
 
São beneficiários do seguro-desemprego: 
� Trabalhador formal em virtude da dispensa sem justa 
causa, inclusive a dispensa indireta (aquela na qual o 
empregado solicita judicialmente a rescisão motivada 
por ato faltoso do empregador); 
� Trabalhador doméstico, desde que o seu empregador 
tenha optado pelo recolhimento das parcelas do 
FGTS; 
� Pescador profissional durante o período do defeso 
(procriação dos peixes); 
� Trabalhador resgatado da condição análoga à de 
escravo em decorrência de ação de fiscalização do 
Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
Conceito 
Quem tem direito? 
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• Tem direito ao benefício todo trabalhador dispensado sem 
justa causa que comprovar: 
⇒ Ter recebido salários consecutivos nos últimos seis 
meses; 
⇒ Ter trabalhado pelo menos seis meses nos últimos 36 
meses; 
⇒ Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência 
Social de prestação continuada, exceto auxílio acidente 
ou pensão por morte. 
⇒ Não possuir renda própria para o seu sustento e de 
seus familiares. 
� O empregado doméstico somente terá direito a receber o 
benefício do seguro-desemprego quando tenha trabalhado 
pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses inscrito no 
sistema do FGTS, de acordo com o art. 6º-A da lei 
5.5859/72. 
� O empregado doméstico receberá no máximo 3 parcelas do 
seguro-desemprego no valor máximo de um salário mínimo. 
 Atenção: O trabalhador formal tem direito de três a cinco 
parcelas do benefício, a cada período aquisitivo de 16 meses, sendo 
esse o limite de tempo que estabelece a carência para recebimento do 
benefício, contado a partir da data de dispensa que deu origem à 
última habilitação ao Seguro-Desemprego. 
A assistência financeira é concedida em no máximo cinco parcelas, de 
forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de dezesseis 
meses, conforme a seguinte relação: 
• três parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício de 
no mínimo seis meses e no máximo onze meses, nos últimos 
trinta e seis meses; 
• quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício 
de no mínimo doze meses e no máximo 23 meses, nos últimos 36 
meses; 
• cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício 
de no mínimo 24 meses, nos últimos 36 meses. 
 
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� A quantidade de parcelas, de três a cinco meses, poderá ser 
excepcionalmente prolongada em até dois meses, para grupos 
específicos e segurados, conforme Lei nº 8.900, de 30/6/1994. 
� A lei garante ao pescador artesanal receber tantas parcelas 
quantos forem os meses de duração do período de defeso. Se o 
período de proibição da pesca durar além do prazo determinado 
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA), o pescador tem direito a mais uma parcela. 
� O empregado doméstico (cujo empregador recolha o seu FGTS) e 
o trabalhador resgatado recebem, no máximo, três parcelas. 
Relembrando: (art. 1º da Lei 8.900/94): 
 
 
� O trabalhador deve requerer o benefício nos prazos abaixo, 
conforme a modalidade do benefício: 
⇒ Trabalhador formal – Do 7º ao 120º dia, contados da data 
de dispensa; 
⇒ Empregado doméstico – Do 7º ao 90º dia, contados da data 
de dispensa; 
⇒ Pescador artesanal – Durante o defeso, em até 120 dias do 
início da proibição; 
⇒ Trabalhador resgatado – Até o 90º dia, a contar da data do 
resgate. 
Prazos 
De 3 a 5 parcelas do benefício, de acordo com a quantidade de 
meses trabalhados nos últimos 36 meses anteriores à dispensa, da 
seguinte forma: 
De 06 a 11 meses ...................... 03 Parcelas 
De 12 a 23 meses ...................... 04 Parcelas 
De 24 a 36 meses ...................... 05 Parcelas 
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� O cancelamento do benefício do Seguro-Desemprego 
dar-se-á nos seguintes casos:⇒ Pela recusa, por parte do trabalhador 
desempregado, de outro emprego condizente 
com sua qualificação e remuneração anterior; 
⇒ Por comprovação de falsidade na prestação das 
informações necessárias à habilitação; 
⇒ Por comprovação de fraude visando à percepção 
indevida do benefício do Seguro-Desemprego; 
⇒ Por morte do segurado. 
 
O pagamento do benefício do Seguro-Desemprego será suspenso 
nas seguintes situações: 
� Admissão do trabalhador em novo emprego; 
� Início de percepção de benefício de prestação 
continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-
acidente e a pensão por morte; 
Caso o motivo da suspensão tenha sido a admissão em novo 
emprego, o que implica em não recebimento integral do Seguro-
Desemprego, o trabalhador poderá receber as parcelas restantes, 
referentes ao mesmo período aquisitivo, desde que venha a ser 
novamente dispensado sem justa causa. 
É importante lembrarmos da Resolução do Codefat de 2011: 
 
 
 
Suspensão 
Cancelamento 
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RESOLUÇÃO CODEFAT Nº 663 DE 28.02.2011 - D.O.U.: 01.03.2011 
Dispõe sobre o reajuste do valor do benefício seguro-desemprego e 
revoga a Resolução nº 658, de 30 de dezembro de 2010. 
O CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR 
- CODEFAT, no uso das atribuições que lhe confere o inciso IX do artigo 
19 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, resolve: 
Art. 1º - A partir de 1º de março de 2011, o valor do benefício do 
Seguro-Desemprego terá como base de cálculo a aplicação do 
percentual de 0,9259%. Parágrafo único - Para cálculo do valor do 
benefício do Seguro- Desemprego, segundo as faixas salariais a que se 
refere o artigo 5º, da Lei nº 7.998/1990, e observando o estabelecido 
no § 2º do mencionado artigo, serão aplicados os seguintes critérios: 
I - Para a média salarial até R$ 899,66 (oitocentos e noventa e nove 
reais e sessenta e seis centavos), obtida por meio da soma dos 3 (três) 
últimos salários anteriores à dispensa; o valor da parcela será o 
resultado da aplicação do fator 0,8 (oito décimos); 
II - Para a média salarial compreendida entre R$ 899,66 (oitocentos e 
noventa e nove reais e sessenta e seis centavos) e R$ 1.499,58 (um 
mil, quatrocentos e noventa e nove reais e cinquenta e oito centavos), 
aplicar-se-á o fator 0,8 (oito décimos) até o limite do inciso anterior e, 
no que exceder, o fator 0,5 (cinco décimos). 
O valor da parcela será a soma desses dois valores; 
III - Para a média salarial superior a R$ 1.499,58 (um mil, quatrocentos 
e noventa e nove reais e cinquenta e oito centavos), o valor da parcela 
será, invariavelmente, R$ 1.010,34 (um mil e dez reais e trinta e quatro 
centavos). 
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, 
revogando-se a Resolução nº 658, de 30 de dezembro de 2010, deste 
Conselho. 
LUIGI NESE 
 Presidente do Conselho 
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6.6. FGTS: O FGTS é regulamentado pela Lei 8036 de 1990 e abaixo 
tratarei dos principais pontos desta lei que costumam cair nas provas de 
concursos públicos. 
 
O FGTS será regido segundo as determinações do Conselho 
Curador, integrado por representantes dos trabalhadores, dos 
empregadores e Órgão e entidades governamentais, na forma 
estabelecida pelo Poder Executivo. 
 
Em regra, são contribuintes do FGTS o empregador seja pessoa 
física ou jurídica, de direito privado ou público, da administração direta, 
indireta ou fundacional que admitir trabalhadores regidos pela CLT a seu 
serviço. 
 
O FGTS não incidirá nas diárias para viagem que não excedem a 
50% e nem nas ajudas de custo porque elas não integram a 
remuneração do empregado. 
 
Outras Súmulas sobre o FGTS: 
Súmula 50 do TST A gratificação natalina, instituída pela Lei nº 4.090, 
de 13.07.1962, é devida pela empresa cessionária, ao servidor público 
cedido enquanto durar a cessão. 
Súmula 63 do TST A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, 
inclusive horas extras e adicionais eventuais. 
 
Súmula 305 do TST O pagamento relativo ao período de aviso prévio, 
trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. 
 
O art. 20 da Lei 8036/90 é muito cobrado em provas e concursos 
públicos e trata das hipóteses em que a conta vinculada do FGTS poderá 
ser levantada pelo trabalhador: 
� despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca 
e de força maior; 
 
 
 
 
 
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� extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus 
estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas 
atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas 
condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador 
individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique 
rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração 
escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão 
judicial transitada em julgado; 
� aposentadoria concedida pela Previdência Social; 
� falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus 
dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência 
Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões 
por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do 
saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, 
indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do 
interessado, independente de inventário ou arrolamento; 
� pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento 
habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da 
Habitação (SFH), desde que: 
⇒ o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o 
regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; 
⇒ o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 
12 (doze) meses; 
⇒ o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento 
do montante da prestação; 
 
� Liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor 
de financiamento imobiliário, observadas as condições 
estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o 
financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja 
interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada 
movimentação; 
� Pagamento total ou parcial do preço da aquisição de 
moradia própria, observadas as seguintes condições: 
⇒ O mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de 
trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou 
empresas diferentes; 
 
 
 
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⇒ Seja a operação financiável nas condições vigentes para o 
SFH: 
� Quando o trabalhador permanecer três anos 
ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do 
regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser 
efetuado a partir do mês de aniversário do titular da 
conta. 
� Extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos 
trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, 
de 3 de janeiro de 1974; 
� Suspensão total do trabalho avulso por período igual 
ou superior a 90 (noventa) dias, comprovados por 
declaração do sindicato representativo da categoria 
profissional. 
� Quando o trabalhador ou qualquer de seus 
dependentes for acometido de neoplasia maligna. 
� Aplicação em quotas de Fundos Mútuos de 
Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 
50 % (cinqüenta por cento) do saldoexistente e 
disponível em sua conta vinculada do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço, na data em que 
exercer a opção. 
� Quando o trabalhador ou qualquer de seus 
dependentes for portador do vírus HIV; 
� Quando o trabalhador ou qualquer de seus 
dependentes estiver em estágio terminal, em razão de 
doença grave, nos termos do regulamento; 
� Quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a 
setenta anos. 
� Necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade 
decorram de desastre natural, conforme disposto em 
regulamento, observadas as seguintes condições: 
⇒ o trabalhador deverá ser residente em áreas 
comprovadamente atingidas de Município ou do 
Distrito Federal em situação de emergência ou em 
estado de calamidade pública, formalmente 
reconhecidos pelo Governo Federal; 
 
 
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⇒ a solicitação de movimentação da conta 
vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a 
publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo 
Federal, da situação de emergência ou de estado de 
calamidade pública; e 
⇒ o valor máximo do saque da conta vinculada 
será definido na forma do regulamento. 
 
� Integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na 
alínea i do inciso XIII do caput do art. 5o desta Lei, permitida a 
utilização máxima de 10% (dez por cento) do saldo existente e 
disponível na data em que exercer a opção. 
 
Atenção: O art. 16 da Lei 8036/90 estabelece que as empresas sujeitas 
ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar os seus diretores 
não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. 
Para os efeitos da lei será considerado diretor aqueles que exerçam 
cargos de administração, previsto em lei, estatuto ou contrato social 
independente da denominação do cargo. 
 
Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor 
tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o 
tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação 
jurídica inerente à relação de emprego. 
 
Pontos importantes da Lei 8.036/90: 
 O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas dos 
trabalhadores e de outros recursos a ele incorporados, devendo 
ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a 
assegurar a cobertura de suas obrigações. 
 As contas vinculadas em nome dos trabalhadores são 
absolutamente impenhoráveis. 
 Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos 
monetariamente com base nos parâmetros fixados para 
atualização dos saldos dos depósitos de poupança e capitalização 
juros de (três) por cento ao ano. 
 
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 Os empregadores se obrigam a comunicar mensalmente aos 
trabalhadores os valores recolhidos ao FGTS e repassar-lhes todas 
as informações sobre suas contas vinculadas recebidas da Caixa 
Econômica Federal ou dos bancos depositários. 
6.7. Exemplos de Cálculos trabalhistas: 
 
Estudaremos os cálculos trabalhistas, através da apresentação de 
casos hipotéticos. 
 
Pontos importantes sobre Rescisão do Contrato de Trabalho: 
 
 Os contratos de trabalho, vigentes há mais de um ano, deverão 
ser homologados quando forem rescindidos. Esta homologação será 
feita no Sindicato profissional ou perante Órgão do Ministério do 
Trabalho e Emprego. 
 
 De acordo com o art. 439 da CLT, quando o empregado for menor 
de 18 anos, a rescisão do contrato de trabalho, somente terá validade 
mediante a assistência do pai ou da mãe, ou do responsável legal do 
menor. 
 
 O art. 477, § 6º da CLT estabelece o prazo para pagamento das 
verbas rescisórias: 
 
 Aviso Prévio Indenizado - Até o 10º dia contado da data da 
notificação da demissão. 
 
 Aviso Prévio Trabalhado – no 1º dia útil após o termino do aviso 
prévio. 
 
Atenção: Os prazos são computados em dias corridos, excluindo-se 
o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. 
 
Cálculos Trabalhistas: 
 
 Salário: É importante aprender o cálculo do saldo de 
salários, quando a terminação do contrato de trabalho 
ocorrer na fração do mês. 
 
 
 
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Observem que o saldo de salário quando o aviso prévio for 
trabalhado será o salário dos dias trabalhados e não pagos até o 
término do aviso. 
 
Já o saldo de salário quando o aviso prévio for indenizado será os 
dias trabalhados e não pagos até o dia do aviso prévio. 
 
Situação Hipotética: O trabalhador recebe o aviso prévio no dia 
27/11/2007 e trabalha até o dia 26/12/2007. 
 
� O cálculo do saldo de salários será obtido com a divisão do salário 
base por 30 e multiplicação pelos dias trabalhados. 
 
Salário Base: Mensal R$ 600,00 
Salário Diário: R$ 20,00 
Dias trabalhados: 26 
Saldo de salário: (20X26) R$ 520,00 
 
 Horas Extras: O adicional de horas extraordinárias será de 
no mínimo 50%. O valor das horas habitualmente prestadas 
integrarão o cálculo da indenização por antiguidade, do 13º 
salário, das gratificações semestrais e das férias. 
 
O salário-hora normal no caso de empregado mensalista será 
obtido através da divisão do salário mensal por 220 horas. 
 
Vejam a situação hipotética abaixo: 
 
Situação Hipotética: Mário recebe um salário mensal de R$ 
2.200,00, trabalha 7h20minutos de segunda a sábado. 
Neste caso ele trabalha dentro das quarenta e quatro horas 
semanais previstas na CF/88. 
Para obter o seu salário-hora deveremos efetuar o seguinte 
cálculo: 
7h20m por dia = 440 minutos X 30 dias (13.200 min. por mês) 
13.200 minutos ÷ 60 minutos = 220 horas 
R$ 2.200,00 ÷ 220 = 10 
O salário-hora normal é de R$ 10,00 
 
 
 
 
 
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Situação Hipotética: Se o empregado acima tivesse trabalhado 
além da jornada normal, observem: 
Salário-hora normal = 10 X 50% = R$ 5,00 
R$ 10,00 + R$ 5,00 = R$ 15,00 
Hora Extra R$ 15,00 
 
Atenção: Se o número de dias for inferior a 30 dias, o cálculo 
será feito adotando o número de dias trabalhados no mês. 
 
 Aviso Prévio: 
 
� Indenizado - É aquele que a empresa dispensa o empregado de 
cumpri-lo trabalhando. O valor é igual à maior remuneração. 
 
� Trabalhado - O empregado trabalha com a redução do horário 
em duas horas diárias ou sete dias corridos, sem prejuízo do 
salário. O valor será calculado tomando-se pôr base o salário base 
mensal. 
 
o 13º Salário: No mês de dezembro de cada ano, a todo 
empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação 
salarial, independente da remuneração a que fizer jus. 
 
A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida 
em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. 
 
� A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho é 
considerada como mês de serviço. 
� As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas. 
� Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, o 
empregado receberá a gratificação devida, calculada sobre a 
remuneração do mês da rescisão. 
� O valor será calculado tomando-se por base a maior remuneração. 
 
Situação Hipotética: 
Término do contrato: 17.10.2009 
Maior remuneração: R$ 1.200,00 ÷ 12 = 
10 avos (meses) x 100,00= R$ 1.000,00 
 
 
 
 
 
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 Repouso Semanal Remunerado: A remuneração dos dias 
de repouso, tanto o semanal como o correspondente aos 
feriados, integrao salário para todos os efeitos legais e com 
ele deve ser paga. 
 
Havendo prestação de horas extras, deve-se destacar também sua 
repercussão no repouso, inclusive para o mensalista e o quinzenalista. 
 
� Para os contratados por semana, dia ou hora, a remuneração do 
repouso corresponde a um dia normal de trabalho. 
 
� Sendo a jornada normal diária de trabalho variável, a 
remuneração corresponderá a 1/6 do total de horas trabalhadas 
durante a semana. 
 
� Aos empregados contratados por tarefa ou peça, a divisão do 
salário relativo às tarefas ou peças executadas durante a semana, 
no horário normal de trabalho, pelo número de dias de serviço 
efetivamente trabalhados. 
 
Situação Hipotética: Tarefeiro 
- nº de tarefas executadas na semana: 48 
- valor da tarefa: R$ 1,00 
- salário relativo às tarefas (R$ 1,00 x 48): R$ 48,00 
- RSR: R$ 48,00 ÷ 6 (dias efetivamente trabalhados) R$ 8,00 
 
Situação Hipotética: Trabalho por peça 
- nº de peças realizadas na semana: 350 
- valor da peça: R$ 0,55 
- salário relativo às peças (R$ 0,55 x 350): R$ 192,50 
- RSR: R$ 192,50 ÷ 6 (dias efetivamente trabalhados): R$ 32,08 
 
Situação Hipotética: Comissionista 
 
Súmula 27 do TST É devida a remuneração do repouso semanal e dos 
dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Seguindo a orientação da Justiça do Trabalho, calcula-se o RSR 
somando-se as comissões percebidas durante a semana e dividindo-se 
pelo número de dias úteis da respectiva semana: 
 
Total das comissões recebidas R$ 420,00 
Total de dias trabalhados na semana: 05 
Total de dias úteis da semana: 06 
RSR = R$ 420,00 ÷ 06 R$ 70,00 
 
Atenção: Para o cálculo mensal, dividir o total das comissões pelo nº de 
dias úteis e multiplicar pelo nº de domingos e feriados do mês: 
 
Total mensal das comissões: R$ 1.680,00 
Total de dias úteis do mês: 24 
Total de feriados e domingos: 06 
R$ 1.680,00 ÷ 24 = R$ 70,00 
RSR = R$ 70,00 x 06 R$ 420,00 
 
Há os que entendem que o cálculo do RSR sobre as comissões é 
feito dividindo-se a soma das comissões percebidas durante a semana 
pelo número de dias de serviço efetivamente prestado ao empregador. 
 
DICA: O salário dos empregados mensalistas e quinzenalistas já 
engloba o descanso semanal. 
 
 Repouso semanal remunerado e feriado em 
comissões: 
 
Situação Hipotética: Alfredo recebeu de comissão R$ 2.400,00 no mês 
de outubro. Neste mês houveram cinco domingos e um feriado. 
 Para calcular a remuneração do repouso semanal e feriado deverá 
ser deduzido dos trinta dias, os seis dias, observem; 
 30 dias – 6 dias = 24 dias 
 R$ 2.400,00 ÷ 24 = R$ 1.00,00 
 R$ 100,00 X R$ 6,00 = R$ 600,00 
 
A remuneração do repouso semanal e do feriado de Alfredo é de 
R$ 600,00. Ele receberá no mês R$ 3.000,00. 
 
 
 
 
 
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 Casos hipotéticos de rescisão do contrato de trabalho: 
 
Situação Hipotética 01: Rescisão com pedido de demissão antes de 
completar um ano de serviço 
 
 O empregado terá direito ao saldo de salários, ao salário-família, 
ao 13º salário e às férias proporcionais acrescidas de 1/3. 
 O empregado não terá direito ao aviso prévio e à indenização de 
40% do FGTS. 
 
Admissão 01/10/08 
Afastamento 17/09/2009 
Aviso Prévio 18/08/2009 
Maior remuneração R$ 1.000,00 
 
13º Salário = 9/12 de R$ 1.000,00 
Férias proporcionais (12/12) x 1.000 
Saldo de salários 17 dias = (1.000 X 17) ÷ 30 
 
Situação Hipotética 02: Rescisão com pedido de demissão com mais 
de um ano de serviço 
 
 O empregado terá direito a saldo de salários, salário-família, 13º 
salário, férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3. 
 O empregado não terá direito ao aviso prévio, pois ele é que 
deverá dar o aviso ao empregador e á indenização de 40% do 
FGTS. 
 
 
Admissão: 11-Nov-2008 
Afastamento: 11-Nov-2010 
Motivo do afastamento: Pedido de demissão 
Salário base: 800,00 
Aviso prévio: trabalhado 
Férias vencidas: não 
 
Valor a ser pago: $ 883,20 
Memória de Cálculo 
 
 
 
 
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Salários 
 
 
Saldo de salário (11/30): $ 293,33 [INSS: $ 23,47] 
 
Total de salários: $ 293,33 
 
INSS sobre salários: $ 23,47 
IRPF sobre salários (base = $ 293,33 - $ 23,47 = $ 269,86): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre salários: $ 23,47 
 
Décimo terceiro 
 
Décimo terceiro proporcional (10/12): $ 666,67 [INSS: $ 53,33] 
 
Total de décimo terceiro: $ 666,67 
INSS sobre décimo terceiro: $ 53,33 
IRPF sobre décimo terceiro (base = $ 666,67 - $ 53,33 = $ 613,34): 
$ 0,00 
 
Total de descontos sobre décimo terceiro: $ 53,33 
 
Férias 
 
 
Férias proporcionais (0/12): $ 0,00 
1/3 sobre férias proporcionais: $ 0,00 
Total de férias: $ 0,00 
INSS sobre férias: $ 0,00 
IRPF sobre férias (base = $ 0,00 + $ 0,00 = $ 0,00): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre férias: $ 0,00 
Outros vencimentos 
 
 
Total de outros vencimentos: $ 0,00 
INSS sobre outros vencimentos: $ 0,00 
IRPF sobre outros vencimento (base = $ 0,00): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre outros vencimentos: $ 0,00 
 
 
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Outros descontos do empregado 
 
 
 
Total de outros descontos: $ 0,00 
 
Total de Vencimentos: $ 293,33 + $ 666,67 + $ 0,00 + $ 0,00 = $ 
960,00 
 
Total de Descontos: $ 23,47 + $ 53,33 = 76,80 
 
Total Líquido: $ 883,20 
 
Situação Hipotética 03: Término do contrato de experiência 
 
Rescisão de contrato de trabalho 
 
 
Admissão: 15-Ago-2010 
Afastamento: 11-Nov-2010 
Motivo do afastamento: Término de contrato de experiência 
Salário base: 800,00 
Férias vencidas: não 
 
Valor a ser pago: $ 720,53 
Memória de Cálculo 
 
Salários 
 
 
Saldo de salário (11/30): $ 293,33 [INSS: $ 23,47] 
 
Total de salários: $ 293,33 
 
INSS sobre salários: $ 23,47 
IRPF sobre salários (base = $ 293,33 - $ 23,47 = $ 269,86): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre salários: $ 23,47 
 
 
 
 
 
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Décimo terceiro 
 
 
Décimo terceiro proporcional (3/12): $ 200,00 [INSS: $ 16,00] 
 
Total de décimo terceiro: $ 200,00 
 
INSS sobre décimo terceiro: $ 16,00 
IRPF sobre décimo terceiro (base = $ 200,00 - $ 16,00 = $ 184,00): 
$ 0,00 
 
Total de descontos sobre décimo terceiro: $ 16,00 
Férias 
 
 
Férias proporcionais (3/12): $ 200,00 
1/3 sobre férias proporcionais: $ 66,67 
 
Total de férias: $ 266,67 
 
INSS sobre férias: $ 0,00 
IRPF sobre férias (base = $ 200,00 + $ 66,67 = $ 266,67): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre férias: $ 0,00 
Outros vencimentos 
 
 
Total de outros vencimentos: $ 0,00 
 
INSS sobre outros vencimentos: $ 0,00 
IRPF sobre outros vencimento (base = $ 0,00): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre outros vencimentos: $ 0,00 
 
Outros descontos do empregado 
 
 
Total de outros descontos: $ 0,00 
Total de Vencimentos: $ 293,33 + $ 200,00 + $ 266,67 = 760,00 
 
Total de Descontos: $ 23,47 + $ 16,00 = 39,47 
 
Total Líquido: $ 720,53 
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Situação Hipotética 04: 
 
Dispensa sem justa causa 
 
 
Admissão: 17-Abr-2006 
Afastamento: 11-Mar-2010 
Motivo do afastamento: Dispensa sem justa causa 
Salário base: 1.000,00 
Aviso prévio: trabalhado 
Férias vencidas: sim 
 
Valor a ser pago: $ 2.943,85 
 
Obs.: Além do valor da rescisão, o empregado tem direito à multa de 
40% sobre o valor do fundo de garantia. 
Memória de Cálculo 
 
Salários 
 
 
Saldo de salário (11/30): $ 366,67 [INSS: $ 29,33] 
 
Total de salários: $ 366,67 
 
INSS sobre salários: $ 29,33 
IRPF sobre salários (base = $ 366,67 - $ 29,33 = $ 337,34): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre salários: $ 29,33 
Décimo terceiro 
 
 
Décimo terceiro proporcional (2/12): $ 166,67 [INSS: $ 13,33] 
 
Total de décimo terceiro: $ 166,67 
 
INSS sobre décimo terceiro: $ 13,33 
IRPF sobre décimo terceiro (base = $ 166,67 - $ 13,33 = $ 153,34): 
$ 0,00 
 
Total de descontos sobre décimo terceiro: $ 13,33 
 
 
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Férias 
 
 
Férias vencidas: $ 1.000,00 
1/3 sobre férias vencidas: $ 333,33 
Férias proporcionais (11/12): $ 916,67 
1/3 sobre férias proporcionais: $ 305,56 
 
Total de férias: $ 2.555,56 
 
INSS sobre férias: $ 0,00 
IRPF sobre férias (base = $ 1.000,00 + $ 333,33 + $ 916,67 + $ 
305,56 = $ 2.555,56): $ 102,39 
 
Total de descontos sobre férias: $ 102,39 
Outros vencimentos 
 
 
Total de outros vencimentos: $ 0,00 
 
INSS sobre outros vencimentos: $ 0,00 
IRPF sobre outros vencimento (base = $ 0,00): $ 0,00 
 
Total de descontos sobre outros vencimentos: $ 0,00 
Outros descontos do empregado 
 
 
Total de outros descontos: $ 0,00 
 
Total de Vencimentos: $ 366,67 + $ 166,67 + $ 2.555,56 + $ 0,00 = $ 
3.088,90 
 
Total de Descontos: $ 29,33 + $ 13,33 + $ 102,39 = $ 145,05 
 
Total Líquido: $ 2.943,85 
 
 
 
 
 
 
 
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6.8. Questões de Prova: 
 
1. (ESAF- AFT 2010) Assinale a opção incorreta. 
a) O instrumento de rescisão do contrato de trabalho ou recibo de 
quitação deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao 
empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação apenas 
relativamente aos valores indicados. 
b) Qualquer compensação no pagamento a que tiver direito o 
empregado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho 
não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração. 
c) Caso o empregador não cumpra as suas obrigações contratuais, 
poderá o empregado pleitear em juízo a rescisão do contrato de trabalho 
e o pagamento das verbas respectivas, permanecendo ou não no serviço 
até decisão final do processo. 
d) Quando o aviso prévio for indenizado pelo empregador, as parcelas 
constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação devem ser 
pagas até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão. 
e) O ato da assistência pelo sindicato respectivo na rescisão contratual 
deve ocorrer sem ônus para o trabalhador e empregador. 
 
2. (ESAF- AFT 2010) Marque a opção correta. 
a) Em face do princípio da autonomia da vontade, constatando o 
trabalhador, após a homologação da rescisão contratual, a existência de 
diferenças da indenização compensatória de 40% sobre o FGTS, em 
razão de depósitos insuficientes do período contratual, estará impedido 
de postulá-las, acaso tenha conferido ao empregador ampla quitação na 
transação extrajudicial realizada para adesão ao plano de demissão 
voluntária. 
b) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato 
de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de 
serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo 
Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e 
Previdência Social, salvo no caso em que o documento seja 
confeccionado e assinado perante comissão instituída pela empresa, e 
formada por representantes dos trabalhadores e da empregadora. 
c) A multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias incide 
mesmo nos casos em que a rescisão contratual tenha-se operado por 
prática de justa causa pelo trabalhador. 
d) O pagamento das parcelas constante do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverá ser efetuado em até um dia útil nas hipóteses 
de término do contrato a prazo e de pedido de demissão, com dispensa 
do aviso prévio. 
 
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e) Conforme previsão legal pertinente ao tema, no caso de trabalhador 
analfabeto, o pagamento das verbas rescisórias poderá ser realizado em 
dinheiro ou cheque, acaso o ato seja acompanhado por duas 
testemunhas,caso contrário, deverá ser feito apenas em espécie. 
 
3. (ESAF- Procurador Geral do DF - 2007) Aprecie os itens a seguir, 
julgue-os verdadeiros (V) ou falsos (F), e assinale a opção 
correspondente: 
I. O FGTS foi criado, em caráter optativo ao regime da estabilidade, 
como novo sistema de indenização, tendo como base o tempo de 
serviço; 
II. A base de cálculo do FGTS é a remuneração paga ou devida no mês 
anterior incidindo, inclusive, sobre a gratificação de natal, ajuda de 
custo e diárias de viagem; 
III. Na hipótese de despedida sem justa causa e de força maior, o 
empregador pagará 40% (quarenta por cento) do montante de todos os 
depósitos realizados na conta vinculada. Na hipótese de despedida por 
culpa recíproca, o percentual será de 20% (vinte por cento); 
IV. A contribuição para o FGTS tem natureza jurídica de contribuição 
fiscal; 
V. O depósito de FGTS assim como o saldo de salários e o aviso prévio 
são parcelas devidas na indenização de contratos de trabalho 
considerados nulos. 
a) V, F, V, F, V 
b) V, F, F, F, F 
c) F, V, F, V, F 
d) F, F, F, F, F 
e) F, V, F, F, V 
 
4. (ESAF- AFT – 2006) A rescisão contratual do empregado: 
a) Deve ser paga perante o sindicato independente do tempo de 
serviço do empregado. 
b) Deverá ter o pagamento efetuado em dinheiro quando o 
empregado for analfabeto. 
c) Terá assistência, indistintamente, do Sindicato da categoria 
profissional, da Delegacia Regional do Trabalho ou do Ministério 
Público. 
d) Será documentada em termo de rescisão de ampla quitação. 
e) Deverá ter o pagamento efetuado até o primeiro dia útil após a 
projeção do aviso prévio indenizado. 
 
 
 
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5. (ESAF – Advogado IRB/2004) Se a vigência do contrato de 
trabalho for superior a um ano, o pedido de demissão e o recibo de 
quitação apenas serão válidos se realizados com a assistência do 
sindicato profissional da categoria ou perante autoridade do Ministério 
do Trabalho. 
 
6. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2006) Os direitos 
trabalhistas devidos ao empregado por força da extinção do contrato de 
trabalho variam conforme a modalidade da extinção. Na dispensa 
indireta, são devidos ao empregado os mesmos direitos decorrentes da 
dispensa sem justa causa, inclusive a indenização correspondente a 
40% (quarenta por cento) dos depósitos na conta vinculada do FGTS. 
 
7. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2006) Os direitos 
trabalhistas devidos ao empregado por força da extinção do contrato de 
trabalho variam conforme a modalidade da extinção. Na extinção da 
empresa por força maior, a indenização devida ao empregado 
corresponde a 20% (vinte por cento) dos depósitos na conta vinculada 
do FGTS. 
8. (ESAF – Técnico MPU/2004) O prazo de prescrição para o 
empregadoringressar em juízo para cobrar valor devido pelo 
empregado é de cinco anos, reduzindo-se a dois após a extinção do 
contrato de trabalho. 
9. (ESAF – Técnico MPU/2004) O prazo de prescrição das pretensões 
alusivas aos dois primeiros períodos de férias de trabalhador que 
laborou por cinco anos tem início no instante em que extinto o contrato 
de trabalho. 
10. (ESAF – Técnico MPU/2004) Para o trabalhador rural, o prazo de 
prescrição é de dois anos após a extinção do contrato; observado esse 
prazo, será viável a discussão dos créditos oriundos de toda a relação de 
emprego, independentemente do seu período de duração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) Em relação ao Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço, julgue certo ou errado: Embora se 
reconheça a incidência da prescrição trintenária para se reclamar contra 
o não-recolhimento obrigatório, por força de previsão constitucional, há 
necessidade de se respeitar o prazo máximo de dois anos após o 
término de contrato de trabalho. 
 
12. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) Em relação ao Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço, julgue certo ou errado: Mesmo no 
caso de contrato nulo, efetivado pela Administração Pública sem 
concurso público, há reconhecimento do direito aos valores referentes 
aos depósitos do FGTS do período trabalhado. 
 
1. 4. 7. 10. 
2. 5. 8. 11. 
3. 6. 9. 12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.9. Questões de Prova Comentadas: 
 
1. (ESAF - AFT 2010) Assinale a opção incorreta. 
a) O instrumento de rescisão do contrato de trabalho ou recibo de 
quitação deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao 
empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação apenas 
relativamente aos valores indicados. 
b) Qualquer compensação no pagamento a que tiver direito o 
empregado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho 
não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração. 
c) Caso o empregador não cumpra as suas obrigações contratuais, 
poderá o empregado pleitear em juízo a rescisão do contrato de trabalho 
e o pagamento das verbas respectivas, permanecendo ou não no serviço 
até decisão final do processo. 
d) Quando o aviso prévio for indenizado pelo empregador, as parcelas 
constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação devem ser 
pagas até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão. 
e) O ato da assistência pelo sindicato respectivo na rescisão contratual 
deve ocorrer sem ônus para o trabalhador e empregador. 
Comentários: a) Incorreta. (art. 477, §2º, da CLT e Súmula 330 do 
TST) 
Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga 
na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma 
empresa. 
§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer 
que seja a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter 
especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e 
discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, 
relativamente às mesmas parcelas. 
Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com 
assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com 
observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, 
tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente 
consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada 
ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. 
 
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 I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de 
quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda 
que estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter 
sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é 
válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de 
quitação. 
b) Correta. (art. 477, §5º, da CLT). 
c) Correta. 
A hipótese de rescisão indireta do contrato de trabalho quando o 
empregador não cumprir as obrigações contratuais está prevista no art. 
483, alínea “d”, da CLT. 
 Art. 483 da CLT O empregado poderá considerar rescindido o 
contrato e pleitear a devida indenização quando: 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
d) Correta. (art. 477, §6º, “b”, da CLT). É importante não lembrar a OJ 
14 que fala do aviso prévio cumprido em casa, no qual o empregado não 
trabalhará. 
OJ 14 da SDI-1 do TST Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o 
prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da 
notificação de despedida. 
Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga 
na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma 
empresa. 
 
 
 
 
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§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de 
rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes 
prazos: 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, 
quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou 
dispensa de seu cumprimento. 
e) Correta. (art. 477, §7º, da CLT) 
 
2. (ESAF- AFT 2010) Marque a opção correta. 
a) Em face do princípio da autonomia da vontade, constatando o 
trabalhador, após a homologação da rescisão contratual, a existência de 
diferenças da indenização compensatória de 40% sobre o FGTS, em 
razão de depósitos insuficientes do período contratual, estará impedido 
de postulá-las, acaso tenha conferido ao empregador ampla quitação na 
transação extrajudicial realizada para adesão ao plano de demissão 
voluntária. 
b) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato 
de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de 
serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo 
Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e 
Previdência Social, salvo no caso em que o documento seja 
confeccionado e assinado perante comissão instituída pela empresa, e 
formada por representantes dos trabalhadores e da empregadora. 
c) A multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias incide 
mesmo nos casos em que a rescisão contratual tenha-se operado por 
prática de justa causa pelo trabalhador. 
d) O pagamento das parcelas constante do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverá ser efetuado em até um dia útil nas hipóteses 
de término do contrato a prazo e de pedido de demissão, com dispensa 
do aviso prévio. 
e) Conforme previsão legal pertinente ao tema, no caso de trabalhador 
analfabeto, o pagamento das verbas rescisórias poderá ser realizado em 
dinheiro ou cheque, acaso o ato seja acompanhado por duas 
testemunhas,caso contrário, deverá ser feito apenas em espécie. 
 
 
 
 
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Comentários: a) Incorreta. O empregado despedido sem justa causa 
terá direito à indenização de 40%sobre o FGTS, mesmo que tenha 
ocorrido saque na sua conta vinculada. É esta a interpretação do inciso I 
da Orientação Jurisprudencial 42 da SDI-1 do TST. 
 
OJ 42 da SDI-1 do TST I- É devida a multa do FGTS sobre os saques 
corrigidos monetariamente ocorridos na vigência do contrato de 
trabalho. Art. 18, parágrafo 1º da Lei 8.036/90 e art. 9º, parágrafo 1º 
do Decreto 99.684/90. II- O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá 
ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo 
pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso 
prévio indenizado, por ausência de previsão legal. 
 
b) Incorreta. A homologação da rescisão do contrato de trabalho que 
tenha mais de um ano de duração segue um rito especial, observem 
abaixo: 
� Haverá a obrigatoriedade de participação do Sindicato Profissional 
ou órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (art. 477 §§1º ao 
3º e 500 da CLT). 
 Exceções: Não haverá essa obrigatoriedade nos casos de extinção do 
contrato de trabalho com um ano ou menos de serviço, art. 477, § 1º da 
CLT, seja por dispensa do empregador ou por pedido de demissão do 
empregado. 
Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga 
na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma 
empresa. 
§ 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do 
contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) 
ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do 
respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do 
Trabalho. 
 
 
 
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 A assertiva está errada ao afirmar “salvo, no caso em que o 
documento seja confeccionado e assinado perante comissão instituída 
pela empresa, e formada por representantes dos trabalhadores e da 
empregadora”. 
 
c) Correta. O descumprimento dos prazos para pagamento das verbas 
rescisórias resulta no pagamento, por parte do empregado de uma 
multa prevista no art. 477 § 8º da CLT. 
 
Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, 
paga na base da maior remuneração que tenha percebido na 
mesma empresa§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste 
artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, 
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em 
valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo 
índice de variação do BTN, salvo quando comprovadamente, o 
trabalhador der causa à mora. 
d) Incorreta. O primeiro prazo para pagamento das parcelas constantes 
no instrumento de rescisão ou recibo de quitação estende-se até o 
primeiro dia útil imediato ao término do contrato, e o segundo ao 
décimo dia, contado da data da demissão, quando da ausência do aviso 
prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 
 Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo 
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e 
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de 
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga 
na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma 
empresa. 
§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de 
rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes 
prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; 
ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da 
demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do 
mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 
e) Incorreta. (art. 464 da CLT) 
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3. (Procurador Geral do DF - 2007) Aprecie os itens a seguir, julgue-
os verdadeiros (V) ou falsos (F), e assinale a opção correspondente: 
I. O FGTS foi criado, em caráter optativo ao regime da estabilidade, 
como novo sistema de indenização, tendo como base o tempo de 
serviço; 
II. A base de cálculo do FGTS é a remuneração paga ou devida no mês 
anterior incidindo, inclusive, sobre a gratificação de natal, ajuda de 
custo e diárias de viagem; 
III. Na hipótese de despedida sem justa causa e de força maior, o 
empregador pagará 40% (quarenta por cento) do montante de todos os 
depósitos realizados na conta vinculada. Na hipótese de despedida por 
culpa recíproca, o percentual será de 20% (vinte por cento); 
IV. A contribuição para o FGTS tem natureza jurídica de contribuição 
fiscal; 
V. O depósito de FGTS assim como o saldo de salários e o aviso prévio 
são parcelas devidas na indenização de contratos de trabalho 
considerados nulos. 
a) V, F, V, F, V 
b) V, F, F, F, F 
c) F, V, F, V, F 
d) F, F, F, F, F 
e) F, V, F, F, V 
 
Comentários: O FGTS foi criado, em caráter optativo ao regime da 
estabilidade, como novo sistema de indenização, tendo como base o 
tempo de serviço, portanto está correta a assertiva I. 
A assertiva II está incorreta porque o FGTS não incidirá nas diárias 
para viagem que não excedem a 50% e nem nas ajudas de custo 
porque elas não integram a remuneração do empregado. 
 
Súmulas sobre o FGTS: 
 
Súmula 63 do TST A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, 
inclusive horas extras e adicionais eventuais. 
 
Súmula 305 do TST O pagamento relativo ao período de aviso prévio, 
trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. 
 
 A assertiva III é falsa porque na hipótese de despedida por força 
maior ou por culpa recíproca o empregador pagará 20% do montante de 
todos os depósitos realizados na conta vinculada do empregado. 
 
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 Observem o que dispõe o art. 18 da lei 8036/90: 
Art. 18 da Lei 8036/90 Ocorrendo rescisão do contrato de 
trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a 
depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores 
relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao 
imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, 
sem prejuízo das cominações legais. 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa 
causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no 
FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de 
todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a 
vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e 
acrescidos dos respectivos juros. 
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força 
maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que 
trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. 
 
 A assertiva IV está incorreta porque a corrente majoritária 
entende que a contribuição para o FGTS não tem natureza fiscal ou 
parafiscal, mas sim natureza de salário diferido. 
 A assertiva V está incorreta porque o aviso prévio não é devido na 
indenização de contratos de trabalho considerados nulos. 
 Como exemplo de contrato nulo, podemos citar a contratação 
servidor público sem a aprovação em concurso público, neste caso a 
Súmula 363 do TST assegura apenas o recebimento dos salários e do 
FGTS do período. 
 
Súmula 363 do TST A contratação de servidor público, após a 
CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no 
respectivo art. 37, II

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