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AFT_dto_trabalho_TEO_EXE_deborah_paiva_Aula 04

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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
Olá pessoal, 
Espero que estejam todos estudando bastante! 
Hoje, estudaremos os contratos especiais de trabalho! Parte do tema da aula 
de hoje já foi mencionado em nossa aula demonstrativa. Portanto, vocês 
encontrarão na nossa aula de hoje temas já mencionados anteriormente. 
Vamos, então, dar início a nossa aula de hoje! 
Temas: Contratos Especiais de Trabalho: Trabalho Rural (Lei n.° 5.889, de 
08/06/73 e Decreto n.° 73.626 de 12/02/74); Trabalho Temporário (Lei n.° 
6.019, de 03/01/74 e Decreto n.° 73.841, de 13/03/74); Trabalho Portuário 
(Lei 9.719, de 27/11/98); 
4.1. Trabalho Rural: O art.2° da Lei 5.889/73 conceitua o empregado rural 
como sendo a pessoa física que em propriedade rural ou prédio rústico, presta 
serviços não eventuais, ao empregador rural, mediante dependência e salário. 
Art. 2° da Lei 5.889/73 "Empregado rural é toda pessoa física que, 
em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não 
eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante 
salário". 
Por "prédio rústico" devemos entender o estabelecimento rudimentar que 
disponha de poucas máquinas, ou até mesmo de nenhuma. Exemplificando, 
podemos citar um terreno no qual o agricultor planta de forma rudimentar, 
alfaces para vender na feira da cidade. Neste caso os empregados deste 
agricultor serão considerados empregados rurais. 
A referida lei traz, também, o conceito de empregador rural como sendo a 
pessoa física ou jurídica, proprietária ou não que explore atividade 
agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou 
através de prepostos. É importante destacar que mesmo no caso do exemplo 
supramencionado, caso o terreno esteja localizado na cidade, este agricultor 
será considerado empregador rural. 
Art. 3° da Lei 5.889/73 Considera-se empregador, rural, para os 
efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que 
explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou 
temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de 
empregado. 
§ 1° Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, 
a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido 
na Consolidação das Leis do Trabalho. 
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Art. 4° da Lei 5.889/73 Equipara-se ao empregador rural, a pessoa 
física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta 
de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização 
do trabalho de outrem. 
Importante dizer que se equipara ao empregador rural pessoa física o 
consórcio simplificado de produtores rurais, para se utilizarem de um mesmo 
empregado, sendo a responsabilidade de todos solidária. 
Controvérsias doutrinárias: 
1a Corrente (Alice Monteiro de Barros): O conceito de empregado rural está 
ligado aos métodos de execução do trabalho, assim quando o empregado 
executar os seus serviços de forma subordinada, com pessoalidade, 
onerosidade e não-eventualidade, sem correr os riscos do negócio, na 
agricultura, pecuária e no campo ele será considerado empregado rural. 
2a Corrente (Maurício Godinho Delgado): O jurista para definir se o 
empregado é ou não rurícola utiliza dois requisitos: a atividade preponderante 
do empregador e o local de trabalho. Assim para esta teoria além do 
empregador explorar atividade rural o empregado deverá trabalhar em prédio 
rústico ou propriedade rural. 
DICA 01: Os empregados rurais poderão ser classificados em dois tipos: 
empregado rural e safrista. O parágrafo único do art. 14 da Lei 5.889/73 
conceitua o contrato de safra como aquele que tenha a sua duração 
dependente de variações estacionais da atividade agrária, sendo um 
contratado por prazo determinado. Expirado normalmente o contrato, a 
empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, 
importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês 
de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. 
DICA 02: O gato ou turmeiro são os agenciadores do trabalho do bóia-fria 
e não estabelecem vínculo de emprego com o bóia-fria. São considerados 
meros intermediários, não possuindo em geral capacidade econômica para 
suportar os riscos do negócio, podendo ser muitas vezes considerado 
empregado. 
DICA 03: Quanto ao bóia-fria ou volante há controvérsias na doutrina se 
ele será ou não considerado empregado: 
1a. Vertente: (Vólia Bonfim). Considera que ele é trabalhador eventual 
porque ao prestar os seus serviços o faz, sem o requisito da pessoalidade, não 
podendo falar-se em empregado por estar ausente um dos requisitos da 
relação de emprego na prestação de seus serviços. 
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2a. Vertente: (Alice Monteiro de Barros). Defende a corrente de que ele é 
considerado empregado porque nas atividades por ele desempenhada há 
necessidade de permanente mão-de-obra. 
Acompanho a professora Vólia Bonfim, porque considero que o "bóia-fria" é 
de fato um trabalhador eventual, uma vez que presta serviços a diversos 
tomadores, não se fixando a nenhum deles e também, pelo fato de estar 
ausente a pessoalidade na prestação de serviços, requisito indispensável para 
que um trabalhador seja considerado empregado. 
DICA 04: O motorista de empresa cuja atividade seja preponderantemente 
rural é considerado empregado rural, porque não enfrenta o trânsito das 
cidades, sendo esta a orientação jurisprudencial do TST. 
OJ 315 da SDI- 1 do TST É considerado trabalhador rural o motorista que 
trabalha no âmbito de empresa cuja atividade é preponderantemente rural, 
considerando que, de modo geral, não enfrenta o trânsito das estradas e 
cidades. 
DICA 05: Indústria urbana # Indústria rural 
1. Para que a atividade industrial desenvolvida seja considerada urbana, 
deverá ocorrer alteração na natureza do produto. 
Ex1. Uma forneira que faz o carvão, alterando a lenha. 
Ex2. Usina de açúcar que faz o álcool, alterando a cana para álcool. 
2. A indústria rural caracteriza-se quando ocorrer processo de 
industrialização sem transformar a matéria prima na sua aparência, ou seja, in 
natura sem mudar a forma como veio da natureza. 
Ex: Beneficiamento, ensacamento e pasteurização do leite. 
Há atividades rurais como o parceiro, o meeiro e o arrendatário que correm 
os riscos do negócio, não possuindo vínculo com o empregador rural, são elas: 
> Parceria é o contrato pelo qual um indivíduo cede a outro determinado 
imóvel rural com o objetivo de nele desenvolver atividade de 
exploração agropecuária mediante participação nos lucros. 
> Arrendamento é o contrato segundo o qual uma pessoa cede a outra o 
uso e gozo da propriedade rural por prazo determinado mediante o 
pagamento de um aluguel. 
> Meação é um contrato segundo o qual o proprietário da terra terá 
direito a metade do que o parceiro produz. 
É importante ressaltar que caso as modalidades de contrato acima 
descritas, sejam falsas (falsa parceria, falso arrendamento e falsa meação) 
dado o princípio da primazia da realidade o vínculo irá formar-se com o 
empregador rural. 
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O art. 3° da Lei do Trabalho Rural trata da figura do grupo econômico, que 
irá processar-se nos mesmos moldes do grupo econômico urbano, sendo a 
responsabilidade também solidária passiva. 
Art. 3° da Lei 5.889/73 § 2° Sempre que uma ou mais empresas, 
embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem 
sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando,mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo 
econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas 
obrigações decorrentes da relação de emprego. 
O Trabalho Rural traz algumas peculiaridades: 
> O art. 1° da Lei 5.889/73 estabelece que as relações de trabalho rural 
serão reguladas ela e, no que com ela não colidirem, pelas normas da 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
> Durante o prazo do aviso prévio, se a rescisão tiver sido promovida 
pelo empregador, o empregado rural terá direito a um dia por 
semana, sem prejuízo do salário integral, para procurar outro 
trabalho. 
> Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a seis horas, será 
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, 
observados os usos e costumes da região, não se computando este 
intervalo na duração do trabalho. 
> Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze 
horas consecutivas para descanso. 
> Nos serviços, caracteristicamente intermitentes, não serão 
computados, como de efeito exercício, os intervalos entre uma e outra 
parte da execução da tarefa diária, desde que tal hipótese seja 
expressamente ressalvada na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social. Como exemplo de serviços intermitentes, podemos citar a 
ordenha das vacas para tirar o leite, pois o retireiro tira o leite de 
manhã, retornando à tarde para tirar o leite novamente. 
> Considera-se trabalho noturno rural o executado entre as vinte e uma 
horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre 
as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na 
atividade pecuária. 
> O Trabalho noturno terá um acréscimo de 25% (vinte e cinco por 
cento) sobre a remuneração normal. 
> O empregado rural passou a ter direito ao FGTS a partir de 1988, com 
o advento da Constituição federal de 1988. 
> Toda propriedade rural, que mantenha ao seu serviço ou trabalhando 
em seus limites mais de cinqüenta famílias de trabalhadores de 
qualquer natureza, é obrigada a possuir e conservar em 
funcionamento escola primária, inteiramente gratuita, para os filhos 
destes, com tantas classes quantos sejam os filhos destes, com tantas 
classes quantos sejam os grupos de quarenta crianças em idade 
escolar. 
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É importante transcrever o art. 14-A que trata do Trabalho Rural, 
recentemente alterado: 
Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de 
trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de 
natureza temporária. (Acrescentado pela L-011.718-2008) 
§ 1° A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro 
do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em 
contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos 
da legislação aplicável. 
§ 2° A filiação e a inscrição do trabalhador de que trata este artigo na 
Previdência Social decorrem, automaticamente, da sua inclusão pelo 
empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, cabendo à 
Previdência Social instituir mecanismo que permita a sua identificação. 
§ 3° O contrato de trabalho por pequeno prazo deverá ser formalizado 
mediante a inclusão do trabalhador na GFIP, na forma do disposto no § 
2° deste artigo, e: 
I - mediante a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social e 
em Livro ou Ficha de Registro de Empregados; ou 
II - mediante contrato escrito, em 2 (duas) vias, uma para cada parte, 
onde conste, no mínimo: 
a) expressa autorização em acordo coletivo ou convenção coletiva; 
b) identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o trabalho será 
realizado e indicação da respectiva matrícula; 
c) identificação do trabalhador, com indicação do respectivo Número de 
Inscrição do Trabalhador - NIT. 
§ 4° A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo só poderá ser 
realizada por produtor rural pessoa física, proprietário ou não, que 
explore diretamente atividade agroeconômica. 
§5° A contribuição do segurado trabalhador rural contratado para 
prestar serviço na forma deste artigo é de 8% (oito por cento) sobre o 
respectivo salário-de-contribuição definido no inciso I do caput do art. 28 
da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991. 
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§ 6° A não inclusão do trabalhador na GFIP pressupõe a inexistência de 
contratação na forma deste artigo, sem prejuízo de comprovação, por 
qualquer meio admitido em direito, da existência de relação jurídica 
diversa. 
§ 7° Compete ao empregador fazer o recolhimento das contribuições 
previdenciárias nos termos da legislação vigente, cabendo à Previdência 
Social e à Receita Federal do Brasil instituir mecanismos que facilitem o 
acesso do trabalhador e da entidade sindical que o representa às 
informações sobre as contribuições recolhidas. 
§ 8° São assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno 
prazo, além de remuneração equivalente à do trabalhador rural 
permanente, os demais direitos de natureza trabalhista. 
§ 9° Todas as parcelas devidas ao trabalhador de que trata este artigo 
serão calculadas dia a dia e pagas diretamente a ele mediante recibo. 
§ 10. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS deverá ser 
recolhido e poderá ser levantado nos termos da Lei n° 8.036, de 11 de 
maio de 1990. 
4.2. Trabalho Temporário: O art. 2° da Lei 6019/74 conceitua o trabalho 
temporário como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para 
atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e 
permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço. 
Art. 2° da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por 
pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de 
substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo 
extraordinário de serviços. 
O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho 
temporário que pode ser física ou jurídica urbana. Compreende-se como 
empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja 
atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, 
temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas 
remunerados e assistidos 
Quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do 
trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente. 
Art. 16 da Lei 6019/74 - No caso de falência da empresa de trabalho 
temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável 
pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo 
em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência 
ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
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Art. 18 da Lei 6019/74 É vedado à empresa do trabalho temporário 
cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de 
mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. 
Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do 
registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem 
prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. 
Os principais requisitos para a validade do contrato de trabalho 
temporário são: 
a) Contrato escrito entre empregado e a empresa intermediadora que é a 
empregadora 
b) Contrato escrito entre a empresa prestadora e a tomadora contendo o 
motivo da contratação. 
c) Duração máxima de 3 meses salvo autorização do MTE, desde que não 
exceda a 6 meses. 
É permitida a terceirização de atividade-fim, poisa Súmula 331 do TST 
menciona que na hipótese de trabalho temporário a contratação de trabalhador 
por empresa interposta não será ilegal. 
As empresas de trabalho temporário não poderão cobrar qualquer 
importância do trabalhador temporário e também não poderão impedir que o 
tomador contrate o trabalhador ao final. 
O art. 9° da lei ressalta que um destes dois motivos deverá constar 
expressamente do contrato celebrado entre a tomadora dos serviços (empresa 
ou cliente) e a empresa de trabalho temporário, também chamada de 
fornecedora. 
Art. 9° da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho 
temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser 
obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo 
justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as 
modalidades de remuneração da prestação de serviço. 
Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre 
empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados 
à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, 
obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os 
direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. 
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de 
reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa 
tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua 
disposição pela empresa de trabalho temporário. 
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As empresas de trabalho temporário deverão preencher os requisitos do 
art. 6° sob pena do contrato se firmar diretamente com a tomadora de 
serviços. 
Art. 6° da Lei 6019/74 O pedido de registro para funcionar deverá 
ser instruído com os seguintes documentos: 
a) prova de constituição da firma e de nacionalidade brasileira de seus 
sócios, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em 
que tenha sede; 
b) prova de possuir capital social de no mínimo quinhentas vezes o 
valor do maior salário mínimo vigente no País; 
c) prova de entrega da relação de trabalhadores a que se refere o art. 
360, da Consolidação as Leis do Trabalho, bem como apresentação do 
Certificado de Regularidade de Situação, fornecido pelo Instituto 
Nacional de Previdência Social; 
d) prova de recolhimento da Contribuição Sindical; 
e) prova da propriedade do imóvel-sede ou recibo referente ao último 
mês, relativo ao contrato de locação; 
f) prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério 
da Fazenda. 
Parágrafo único. No caso de mudança de sede ou de abertura de filiais, 
agências ou escritórios é dispensada a apresentação dos documentos 
de que trata este artigo, exigindo-se, no entanto, o encaminhamento 
prévio ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra de comunicação por 
escrito, com justificativa e endereço da nova sede ou das unidades 
operacionais da empresa. 
O prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a fornecedora 
de mão-de-obra em relação a um mesmo empregado é de 90 dias, salvo 
autorização do ministério do Trabalho. 
O trabalhador que se submete a este tipo de contrato é empregado da 
empresa de trabalho temporário devendo este contrato também ser escrito. O 
contrato será nulo e acarretará a formação do vínculo de emprego com o 
tomador quando desrespeitadas as hipóteses do art. 2° da referida lei. 
A lei proíbe a contratação de estrangeiro como trabalhador temporário 
quando portador de visto provisório. 
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Os direitos do trabalhador temporário estão previstos no art. 12 da 
citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 8036/90. 
Não há aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de trabalho 
temporário. 
Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário 
os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo 
regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não 
excedentes de duas, com acréscimo de 200% (vinte por cento); 50% 
após CF/88 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei n° 5107, de 13 de 
setembro de 1966; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento 
recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da 
Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei n° 5.890, de 
8 de junho de 1973 (art. 5°, item III, letra "c" do Decreto n° 72.771, de 
6 de setembro de 1973). 
§ 1° - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do 
trabalhador sua condição de temporário. 
§ 2° - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa 
de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um 
assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, 
para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a 
prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho 
temporário. 
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Art. 13 da Lei 6019/74 - Constituem justa causa para rescisão do 
contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados nos 
artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o 
trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa 
cliente onde estiver prestando serviço. 
Art. 15 da Lei 6019/74 A Fiscalização do Trabalho poderá exigir da 
empresa tomadora ou cliente a apresentação do contrato firmado com a 
empresa de trabalho temporário, e, desta última o contrato firmado com o 
trabalhador, bem como a comprovação do respectivo recolhimento das 
contribuições. 
4.3. Trabalho Portuário: Este tema foi abordado no último concurso de AFT 
realizado em 2010, através da Lei 9719/98! Observem a questão 01 desta 
aula! 
A lei 8630/93 regulamentou de forma definitiva os portos organizados, 
prevendo que caberá à União a exploração direta ou indireta dos portos 
organizados. Por porto organizado devemos entender aquele que é constituído 
e aparelhado para atender as necessidades da navegação, da movimentação 
de passageiros ou da movimentação e armazenagem de mercadorias, 
concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias 
estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária. 
O operador portuário é a pessoa jurídica que exerce a operação portuária na 
área do porto por concessão pública. Cada operador portuário constituirá um 
órgão gestor de mão-de-obra para gerir e treinar os portuários e também para 
administrar o fornecimento de mão-de-obra avulsa, em sistema de rodízio. 
Há o trabalhador portuário avulso e o trabalhador portuário empregado. É 
oportuno fazer a distinção entre eles: o primeiro não terá vínculo de emprego 
nem com o órgão gestor de mão-de-obra e nem com o operador portuário (art. 
20 da Lei 8.630/93). Ao passo que o segundo terá vínculo de emprego com o 
operador portuário (art. 26 d Lei 8630/93). 
No caso do trabalhador portuário avulso, o órgão gestor de mão-de-obra 
arrecada, repassa e providencia o recolhimento dos encargos trabalhistas 
fiscais e previdenciários, já com os percentuais referentes às férias, 13° salário 
e ao FGTS. Quanto ao empregado/trabalhador portuário o pagamento será 
feito diretamente pelo empregador. 
Em relação ao trabalhador portuário temos as OrientaçõesJurisprudenciais 
60 e 316 da SDI-1 do TST que é importante transcrever: 
OJ 60 da SDI-1 do TST I - A hora noturna no regime de trabalho no porto, 
compreendida entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de 
sessenta minutos. 
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II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores portuários, 
observar-se-á somente o salário básico percebido, excluídos os adicionais de 
risco e produtividade. 
OJ 316 da SDI-1 do TSTO adicional de risco dos portuários, previsto no art. 
14 da Lei n° 4.860/65, deve ser proporcional ao tempo efetivo no serviço 
considerado sob risco e apenas concedido àqueles que prestam serviços na 
área portuária. 
Observem a literalidade da lei 9719/98: 
LEI N° 9.719, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998. 
Dispõe sobre normas e condições gerais 
de proteção ao trabalho portuário, institui 
multas pela inobservância de seus 
preceitos, e dá outras providências. 
Art. 1oObservado o disposto nos arts. 18 e seu parágrafo único, 19 e seus 
parágrafos, 20, 21, 22, 25 e 27 e seus parágrafos, 29, 47, 49 e 56 e seu 
parágrafo único, da Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, a mão-de-obra 
do trabalho portuário avulso deverá ser requisitada ao órgão gestor de mão-
de-obra. 
Art. 2-Para os fins previstos no art. 1o desta Lei: 
I- cabe ao operador portuário recolher ao órgão gestor de mão-de-obra os 
valores devidos pelos serviços executados, referentes à remuneração por 
navio, acrescidos dos percentuais relativos a décimo terceiro salário, férias, 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, encargos fiscais e 
previdenciários, no prazo de vinte e quatro horas da realização do serviço, 
para viabilizar o pagamento ao trabalhador portuário avulso; 
II- cabe ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da 
remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes a décimo 
terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. 
§1—O pagamento da remuneração pelos serviços executados será feito no 
prazo de quarenta e oito horas após o término do serviço. 
§2—Para efeito do disposto no inciso II, o órgão gestor de mão-de-obra 
depositará as parcelas referentes às férias e ao décimo terceiro salário, 
separada e respectivamente, em contas individuais vinculadas, a serem 
abertas e movimentadas às suas expensas, especialmente para este fim, em 
instituição bancária de sua livre escolha, sobre as quais deverão incidir 
rendimentos mensais com base nos parâmetros fixados para atualização dos 
saldos dos depósitos de poupança. 
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§3—Os depósitos a que se refere o parágrafo anterior serão efetuados no 
dia 2 do mês seguinte ao da prestação do serviço, prorrogado o prazo para o 
primeiro dia útil subseqüente se o vencimento cair em dia em que não haja 
expediente bancário. 
§4—O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são 
solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das 
contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, 
devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro 
Social - INSS, vedada a invocação do benefício de ordem. 
§5—Os prazos previstos neste artigo podem ser alterados mediante 
convenção coletiva firmada entre entidades sindicais representativas dos 
trabalhadores e operadores portuários, observado o prazo legal para 
recolhimento dos encargos fiscais, trabalhistas e previdenciários. 
§6—A liberação das parcelas referentes à décimo terceiro salário e férias, 
depositadas nas contas individuais vinculadas, e o recolhimento do FGTS e dos 
encargos fiscais e previdenciários serão efetuados conforme regulamentação 
do Poder Executivo. 
Art. 3—O órgão gestor de mão-de-obra manterá o registro do trabalhador 
portuário avulso que: 
I- for cedido ao operador portuário para trabalhar em caráter permanente; 
II- constituir ou se associar a cooperativa formada para se estabelecer 
como operador portuário, na forma do art. 17 da Lei 8.630, de 1993. 
§1—Enquanto durar a cessão ou a associação de que tratam os incisos I e 
II deste artigo, o trabalhador deixará de concorrer à escala como avulso. 
§2—É vedado ao órgão gestor de mão-de-obra ceder trabalhador portuário 
avulso cadastrado a operador portuário, em caráter permanente. 
Art. 4—É assegurado ao trabalhador portuário avulso cadastrado no órgão 
gestor de mão-de-obra o direito de concorrer à escala diária complementando 
a equipe de trabalho do quadro dos registrados. 
Art. 5 o A escalação do trabalhador portuário avulso, em sistema de rodízio, 
será feita pelo órgão gestor de mão-de-obra. 
Art. 6—Cabe ao operador portuário e ao órgão gestor de mão-de-obra 
verificar a presença, no local de trabalho, dos trabalhadores constantes da 
escala diária. 
Parágrafo único. Somente fará jus à remuneração o trabalhador avulso 
que, constante da escala diária, estiver em efetivo serviço. 
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Art. 7—O órgão gestor de mão-de-obra deverá, quando exigido pela 
fiscalização do Ministério do Trabalho e do INSS, exibir as listas de escalação 
diária dos trabalhadores portuários avulsos, por operador portuário e por 
navio. 
Parágrafo único. Caberá exclusivamente ao órgão gestor de mão-de-obra a 
responsabilidade pela exatidão dos dados lançados nas listas diárias referidas 
no caput deste artigo, assegurando que não haja preterição do trabalhador 
regularmente registrado e simultaneidade na escalação. 
Art. 8 o Na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre 
ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas 
jornadas, salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho. 
Art. 9—Compete ao órgão gestor de mão-de-obra, ao operador portuário e 
ao empregador, conforme o caso, cumprir e fazer cumprir as normas 
concernentes a saúde e segurança do trabalho portuário. 
Parágrafo único. O Ministério do Trabalho estabelecerá as normas 
regulamentadoras de que trata o caput deste artigo. 
Atenção: O art. 10° refere-se à aplicação de multa e deverá ser sempre 
atualizado. Assim, evitei transcrevê-lo aqui. 
Art. 11. O descumprimento dos arts. 22, 25 e 28 da Lei 8.630, de 1993, 
sujeitará o infrator à multa prevista no inciso I, e o dos arts. 26 e 45 da 
mesma Lei à multa prevista no inciso III do artigo anterior, sem prejuízo das 
demais sanções cabíveis. 
Art. 12. O processo de autuação e imposição das multas prevista nesta Lei 
obedecerá ao disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho ou 
na legislação previdenciária, conforme o caso. 
Art. 13. Esta Lei também se aplica aos requisitantes de mão-de-obra de 
trabalhador portuário avulso junto ao órgão gestor de mão-de-obra que não 
sejam operadores portuários. 
Art. 14. Compete ao Ministério do Trabalho e ao INSS a fiscalização da 
observância das disposições contidas nesta Lei, devendo as autoridades de que 
trata o art. 3o da Lei no 8.630, de 1993, colaborar com os Agentes da Inspeção 
do Trabalho e Fiscais do INSS em sua ação fiscalizadora, nas instalações 
portuárias ou a bordo de navios. 
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4.4. Questões sem comentários: 
1. (ESAF-AFT- 2010) Assinale a opção correta. 
a) O operador portuário é o responsável principal pelo pagamento dos 
encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações 
devidas ao trabalhador portuário, enquanto o órgão gestor de mão-de-obradetém responsabilidade subsidiária por tais encargos. 
b) O caráter educativo do trabalho desenvolvido pelo adolescente, no curso de 
programa social sob responsabilidade de entidade governamental ou não 
governamental sem fins lucrativos, é descaracterizado quando há participação 
na venda dos produtos da atividade exercida. 
c) Cabe ao operador portuário efetuar o pagamento da remuneração pelos 
serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e 
férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. 
d) É proibido qualquer trabalho aos menores de 14 (quatorze) anos de idade, 
salvo na condição de aprendiz, hipótese em que serão assegurados ao 
adolescente apenas os direitos trabalhistas. 
e) Salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, na escalação diária do trabalhador portuário avulso 
deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas 
entre duas jornadas. 
2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7a Região - 2005) Justifica-
se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade 
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três 
meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das 
partes. 
3. (ESAF - Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é 
considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é 
bilateral. 
4. (FCC - Analista Judiciário Execução de Mandados - TRT 16a Região -
2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do trabalho temporário. 
I. Em regra, o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa 
tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá 
exceder de cento e vinte dias. 
II. É devido ao trabalhador temporário, dentre outras verbas, adicional 
noturno, horas extras e aviso prévio. 
III. O trabalhador temporário poderá ser dispensado com justa causa, como 
também poderá requerer a rescisão indireta. 
IV. O estrangeiro portador de visto provisório ou definitivo poderá ser 
contratado como trabalhador temporário. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e III. (B) III e IV. (C) III. (D) I e II. (E) II. 
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5. (ESAF- AFT- 2006) O trabalho temporário 
a) Equivale ao trabalhador admitido pela tomadora por prazo certo. 
b) Deve atender à necessidade transitória de substituição do pessoal 
regular e permanente de certa tomadora ou ao acréscimo extraordinário 
de serviços. 
c) Pode permanecer como tal, prestando serviços para a tomadora na 
mesma condição, caso o acréscimo extraordinário de serviços resulte 
patamar rotineiro mais elevado de produção. 
d) Pode receber o pagamento devido pela prestação de serviços tanto da 
empresa de trabalho temporário quanto diretamente do tomador, desde 
que se documente a quitação. 
e) Não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que 
participa é bilateral. 
6. (Juiz do Trabalho - TRT-MG-2009) Sobre o trabalho rural, leia as 
afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
I. A definição legal de empregado rural é vinculada à situação geográfica da 
propriedade, que deve ser em zona rural, ou ao tipo de prédio, que deve ser 
rústico. Por isso, nos termos da jurisprudência consolidada do Tribunal 
Superior do Trabalho, o empregado que exerce atividade rural para empresa 
de reflorestamento, será considerado rurícola. 
II. Somente pode ser considerado, segundo o critério legal, empregador rural 
quem explore atividade agroeconômica em caráter permanente. 
III. O contrato de safra é expressamente mencionado na Lei do Trabalho Rural, 
que o define como o que tem sua duração dependente de variações estacionais 
da atividade agrária. É considerado um contrato a termo, em geral, incerto. 
IV. A Lei do Trabalho Rural dispõe que o empregado rural tem direito ao 
intervalo intrajornada, quando essa for superior a seis horas, mas não 
estabelece duração desse intervalo, dando certa flexibilidade, observados os 
usos e costumes da região. 
V. Nos termos da orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, 
o prazo prescricional da pretensão do rurícola, cujo contrato de emprego já se 
extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional n. 28, tenha sido ou não 
ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da 
extinção do contrato de emprego. 
a) Somente uma afirmativa está correta. 
b) Somente duas afirmativas estão corretas. 
c) Somente três afirmativas estão corretas. 
d) Somente quatro afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
7. (Juiz do Trabalho - TRT-MG- 2009) Sobre o Trabalho Temporário, leia 
as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
I. O contrato de trabalho temporário é preponderantemente considerado um 
contrato a termo. 
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II. Embora o trabalhador preste serviços efetivos à empresa cliente, o vínculo 
de emprego estabelece-se com a empresa tomadora, o que rompe com a 
dualidade clássica celetista. 
III. As hipóteses legais de pactuação do trabalho temporário são acréscimo 
extraordinário de serviços ou necessidade permanente de substituição de seu 
pessoal regular. 
IV. O contrato de trabalho temporário obedece a regra geral de inexigibilidade 
de observância de formalidade na sua pactuação. 
V. O prazo máximo é de três meses para a utilização pela empresa tomadora 
dos serviços de um mesmo trabalhador temporário, salvo autorização 
conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego. 
a) Somente uma afirmativa está correta. 
b) Somente duas afirmativas estão corretas. 
c) Somente três afirmativas estão corretas. 
d) Somente quatro afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
8. (Juiz do Trabalho - TRT-MG- 2009) A respeito do trabalho avulso, leia 
as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
I. Entre as finalidades do órgão gestor de mão-de-obra está a de selecionar e 
registrar o trabalhador portuário avulso e estabelecer o número de vagas, a 
forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário 
avulso. 
II. O órgão de gestão de mão-de-obra pode ceder trabalhador portuário avulso 
em caráter permanente, ao operador portuário. 
III. O órgão de gestão de mão-de-obra não responde pelos prejuízos causados 
pelos trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a 
terceiros. 
IV. O órgão de gestão de mão-de-obra responde, solidariamente com os 
operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário 
avulso. 
V. A remuneração, a definição das funções, a composição dos termos e as 
demais condições do trabalho portuário avulso serão objeto de negociação 
entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos 
operadores portuários. 
a) Somente uma afirmativa está correta. 
b) Somente duas afirmativas estão corretas. 
c) Somente três afirmativas estão corretas. 
d) Somente quatro afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Marquem aqui o Gabarito de vocês: 
1. 3. 5. 7. 
2. 4. 6. 8. 
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4.5. Questões comentadas: 
1. (ESAF-AFT- 2010) Assinale a opção correta. 
a) O operador portuário é o responsável principal pelo pagamento dos 
encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações 
devidas ao trabalhador portuário, enquanto o órgão gestor de mão-de-obra 
detém responsabilidadesubsidiária por tais encargos. 
b) O caráter educativo do trabalho desenvolvido pelo adolescente, no curso de 
programa social sob responsabilidade de entidade governamental ou não 
governamental sem fins lucrativos, é descaracterizado quando há participação 
na venda dos produtos da atividade exercida. 
c) Cabe ao operador portuário efetuar o pagamento da remuneração pelos 
serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e 
férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. 
d) É proibido qualquer trabalho aos menores de 14 (quatorze) anos de idade, 
salvo na condição de aprendiz, hipótese em que serão assegurados ao 
adolescente apenas os direitos trabalhistas. 
e) Salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho, na escalação diária do trabalhador portuário avulso 
deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas 
entre duas jornadas. 
Comentários: a) Incorreta. O parágrafo 4° do art. 2° da Lei 9.719 de 1988 
estabelece que o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra serão 
solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das 
contribuições previdenciárias e demais obrigações. Portanto a assertiva ao 
afirmar que a responsabilidade será subsidiária violou a Lei 9.719 de 1988. 
b) Incorreta. O art. 68 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que 
o programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob 
responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins 
lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de 
capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. 
O parágrafo segundo do art. 68° dispõe que a remuneração que o 
adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos 
produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. 
c) Incorreta. O art. 2°, II da Lei 9.719 de 1988 estabelece que caberá ao órgão 
gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços 
executados e das parcelas referentes ao décimo terceiro salário e férias, 
diretamente ao trabalhador portuário avulso. 
d) Incorreta. A idade mínima para celebração do contrato de aprendizagem é 
de 14 anos de idade e a idade máxima é de 24 anos, salvo o portador de 
deficiência que não terá idade limite. 
e) Correta (art. 8° da Lei 9.719/98). 
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2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7a Região - 2005) Justifica-
se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade 
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três 
meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das 
partes. 
(Errada). O prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a 
fornecedora de mão-de-obra em relação a um mesmo empregado é de 90 
dias, salvo autorização do ministério do Trabalho e não por convenção das 
partes como dispõe a questão. 
Ainda sobre trabalho temporário, costuma ser muito cobrado em provas 
o art. 12 da referida lei, è importante lembrar que além dos direitos do art. 12, 
o trabalhador temporário terá direito também ao FGTS previsto na Lei 
8036/90. Não há aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de 
trabalho temporário. 
Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário 
os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo 
regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não 
excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei n° 5107, de 13 de 
setembro de 1966; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento 
recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da 
Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei n° 5.890, de 
8 de junho de 1973 (art. 5°, item III, letra "c" do Decreto n° 72.771, de 
6 de setembro de 1973). 
§ 1° - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do 
trabalhador sua condição de temporário. 
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§ 2° - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa 
de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um 
assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, 
para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a 
prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho 
temporário. 
É importante mencionar que o trabalhador temporário é empregado da 
empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana e que 
quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho 
temporário a tomadora responderá solidariamente. 
Art. 16 da Lei 6019/74 - No caso de falência da empresa de trabalho 
temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável 
pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo 
em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência 
ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
Art. 18 da Lei 6019/74 É vedado à empresa do trabalho temporário 
cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de 
mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. 
Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do 
registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem 
prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo 
regional; 
3. (ESAF - Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é 
considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é 
bilateral. 
(Errada). O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa 
prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade fim sem 
descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa 
interposta (Súmula 331, I do TST.). Sendo, portanto terceirizado o trabalho 
temporário. 
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4. (FCC - Analista Judiciário Execução de Mandados - TRT 16a Região -
2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do trabalho temporário. 
I. Em regra, o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa 
tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá 
exceder de cento e vinte dias. 
II. É devido ao trabalhador temporário, dentre outras verbas, adicional 
noturno, horas extras e aviso prévio. 
III. O trabalhador temporário poderá ser dispensado com justa causa, como 
também poderá requerer a rescisão indireta. 
IV. O estrangeiro portador de visto provisório ou definitivo poderá ser 
contratado como trabalhador temporário. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e III. 
(B) III e IV. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II. 
Comentários: Letra C. A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-
obra, para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular 
e permanentedo tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo 
extraordinário de serviços. 
Vejamos os erros das assertivas: 
I. Errada. A lei fala em seu artigo décimo que este contrato não poderá 
exceder á três meses. 
II. Errada. Os direitos do trabalhador temporário estão previstos no art. 
12 da citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 8036/90. Não 
há aviso prévio, quando ocorrer à terminação do contrato de trabalho 
temporário. 
Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário 
os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo 
regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não 
excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); Este 
percentual é de 50% conforme a CF/88. 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei n° 5107, de 13 de 
setembro de 1966; 
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d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento 
recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da 
Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei n° 5.890, de 
8 de junho de 1973 (art. 5°, item III, letra "c" do Decreto n° 72.771, de 
6 de setembro de 1973). 
§ 1° - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do 
trabalhador sua condição de temporário. 
§ 2° - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa 
de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um 
assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, 
para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a 
prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho 
temporário. 
III. Correta. 
Art. 13 da Lei 6019/74 - Constituem justa causa para rescisão do 
contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados 
nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes 
entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele 
e a empresa cliente onde estiver prestando serviço. 
IV. Errada. A lei proíbe a contratação de estrangeiro como trabalhador 
temporário quando portador de visto provisório. 
5. (ESAF- AFT- 2006) O trabalho temporário 
a) Equivale ao trabalhador admitido pela tomadora por prazo certo. 
b) Deve atender à necessidade transitória de substituição do pessoal 
regular e permanente de certa tomadora ou ao acréscimo extraordinário 
de serviços. 
c) Pode permanecer como tal, prestando serviços para a tomadora na 
mesma condição, caso o acréscimo extraordinário de serviços resulte 
patamar rotineiro mais elevado de produção. 
d) Pode receber o pagamento devido pela prestação de serviços tanto da 
empresa de trabalho temporário quanto diretamente do tomador, desde 
que se documente a quitação. 
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e) Não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que 
participa é bilateral. 
Comentários: A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra 
para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e 
permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo 
extraordinário de serviços. Somente nessas duas hipóteses são permitidas a 
pactuação do contrato temporário. Portanto correta a letra "b". 
O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa 
prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade fim sem 
descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa 
interposta (Súmula 331, I do TST.) 
Ressalta-se a mão de obra deverá ser contratada com remuneração 
equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria em sua 
totalidade. 
O art. 2° da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário como aquele 
prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade 
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviço. 
Art. 2° da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por 
pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de 
substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo 
extraordinário de serviços. 
O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho 
temporário que pode ser física ou jurídica urbana. Compreende-se como 
empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja 
atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, 
temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas 
remunerados e assistidos. 
Quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do 
trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente. 
6. (Juiz do Trabalho - TRT-MG-2009) Sobre o trabalho rural, leia as 
afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
I. A definição legal de empregado rural é vinculada à situação geográfica da 
propriedade, que deve ser em zona rural, ou ao tipo de prédio, que deve ser 
rústico. Por isso, nos termos da jurisprudência consolidada do Tribunal 
Superior do Trabalho, o empregado que exerce atividade rural para empresa 
de reflorestamento, será considerado rurícola. 
II. Somente pode ser considerado, segundo o critério legal, empregador rural 
quem explore atividade agroeconômica em caráter permanente. 
III. O contrato de safra é expressamente mencionado na Lei do Trabalho Rural, 
que o define como o que tem sua duração dependente de variações estacionais 
da atividade agrária. E considerado um contrato a termo, em geral, incerto. 
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IV. A Lei do Trabalho Rural dispõe que o empregado rural tem direito ao 
intervalo intrajornada, quando essa for superior a seis horas, mas não 
estabelece duração desse intervalo, dando certa flexibilidade, observados os 
usos e costumes da região. 
V. Nos termos da orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, 
o prazo prescricional da pretensão do rurícola, cujo contrato de emprego já se 
extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional n. 28, tenha sido ou não 
ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da 
extinção do contrato de emprego. 
a) Somente uma afirmativa está correta. 
b) Somente duas afirmativas estão corretas. 
c) Somente três afirmativas estão corretas. 
d) Somente quatro afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Comentários: Letra D. I- Certa. 
OJ 38 da SDI - 1 do TST EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. 
EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI 
NO 5.889/73, ART. 10 E DECRETO N° 73.626/74, ART. 2°, § 4°). 
II- Errada. 
Art. 3° da Lei 5.889/73 "Considera-se empregador, rural, para os 
efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que 
explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou 
temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de 
empregados". 
§ 1° Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, 
a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido 
na Consolidação das Leis do Trabalho. 
Art. 4° da Lei 5.889/73 Equipara-se ao empregador rural, a pessoa 
física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta 
de terceiros, execute serviçosde natureza agrária, mediante utilização 
do trabalho de outrem. 
III- Certa. Os empregados rurais poderão ser classificados em dois tipos: 
empregado rural e safrista. O parágrafo único do art. 14 da Lei 5.889/73 
conceitua contrato de safra como o que tenha a sua duração dependente de 
variações estacionais da atividade agrária, sendo um contratado por prazo 
determinado. 
IV- Certa (art. 5° da Lei 5.889/73). 
V- Certa (OJ 271 da SDI-I do TST). 
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7. (Juiz do Trabalho - TRT-MG- 2009) Sobre o Trabalho Temporário, leia 
as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
I. O contrato de trabalho temporário é preponderantemente considerado um 
contrato a termo. 
II. Embora o trabalhador preste serviços efetivos à empresa cliente, o vínculo 
de emprego estabelece-se com a empresa tomadora, o que rompe com a 
dualidade clássica celetista. 
III. As hipóteses legais de pactuação do trabalho temporário são acréscimo 
extraordinário de serviços ou necessidade permanente de substituição de seu 
pessoal regular. 
IV. O contrato de trabalho temporário obedece a regra geral de inexigibilidade 
de observância de formalidade na sua pactuação. 
V. O prazo máximo é de três meses para a utilização pela empresa tomadora 
dos serviços de um mesmo trabalhador temporário, salvo autorização 
conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego. 
a) Somente uma afirmativa está correta. 
b) Somente duas afirmativas estão corretas. 
c) Somente três afirmativas estão corretas. 
d) Somente quatro afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Comentários: Letra B. I- Certa. O contrato de trabalho temporário é um 
contrato de prazo determinado ou a termo. 
II- Errada. O trabalho temporário é regido pela Lei n° 6.019/74, e não 
pela CLT. O vínculo trabalhista do trabalhador temporário, ou seja, a relação 
de emprego, não se forma entre o cliente tomador dos serviços e o 
trabalhador, mas sim entre este e a empresa de trabalho temporário, que 
arcará com todos os direitos trabalhistas. 
III- Errada. O art. 2° da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário 
como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a 
necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente 
ou a acréscimo extraordinário de serviço. 
Art. 2° da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por 
pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de 
substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo 
extraordinário de serviços. 
IV- Errada. O contrato deverá ser obrigatoriamente escrito. 
Art. 9° da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho 
temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser 
obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo 
justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as 
modalidades de remuneração da prestação de serviço. 
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Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre 
empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados 
à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, 
obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os 
direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. 
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de 
reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa 
tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua 
disposição pela empresa de trabalho temporário. 
V- Certa. Os principais requisitos para a validade do contrato de trabalho 
temporário são: contrato escrito entre empregado e a empresa intermediadora 
que é a empregadora; contrato escrito entre a empresa prestadora e a 
tomadora contendo o motivo da contratação; Duração máxima de 3 meses 
salvo autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, desde que não exceda 
a 6 meses. 
8. (Juiz do Trabalho - TRT-MG- 2009) A respeito do trabalho avulso, leia 
as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: 
I. Entre as finalidades do órgão gestor de mão-de-obra está a de selecionar e 
registrar o trabalhador portuário avulso e estabelecer o número de vagas, a 
forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário 
avulso. 
II. O órgão de gestão de mão-de-obra pode ceder trabalhador portuário avulso 
em caráter permanente, ao operador portuário. 
III. O órgão de gestão de mão-de-obra não responde pelos prejuízos causados 
pelos trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a 
terceiros. 
IV. O órgão de gestão de mão-de-obra responde, solidariamente com os 
operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário 
avulso. 
V. A remuneração, a definição das funções, a composição dos termos e as 
demais condições do trabalho portuário avulso serão objeto de negociação 
entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos 
operadores portuários. 
a) Somente uma afirmativa está correta. 
b) Somente duas afirmativas estão corretas. 
c) Somente três afirmativas estão corretas. 
d) Somente quatro afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Comentários: Letra E (Leis 8.630/93 e 9.719/98). 
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Bem pessoal! A nossa quarta aula chegou ao final! Devido à carência de 
questões ESAF em relação ao tema, apresentei questões de outras bancas. 
Gostaria de reafirmar que estou à disposição de vocês para dirimir quaisquer 
dúvidas em relação a nossa 4a aula e é claro, também em relação ao Direito 
do Trabalho e a nossa aula de hoje! 
Muita luz! Fiquem com Deus! 
Abraços a todos, 
Déborah Paiva 
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