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AS CONTRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NA ESCOLA (1)

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Centro Universitário Augusto Motta
Curso de Serviço Social
Trabalho de conclusão de curso
As contribuições do Serviço Social na Escola
por
Ana Paula de Melo Ferreira
08101794
Rio de Janeiro
Dezembro/2011
Centro Universitário Augusto Motta
 Curso de Serviço Social
Trabalho de Conclusão de Curso
As contribuições do Serviço Social na Escola
Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Serviço Social da UNISUAM, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Serviço Social.
Por:
Ana Paula de Melo Ferreira
08101794
	Professor-Orientador: Maurício Caetano M. Soares
 	Professor Convidado: Flávia Cristina Cabral
	Professor Convidado: Vanessa Bezerra
Rio de Janeiro
Dezembro/2011
ANA PAULA DE MELO FERREIRA
08101794
As Contribuições do Serviço Social na Escola
Banca Examinadora composta para a defesa de Monografia para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social.
APROVADA em: ______ de ___________ de _______
Professor-Orientador: Maurício Caetano M. Soares
Professor Convidado: Flávia Cristina Cabral 
Professor Convidado: Vanessa Bezerra
Rio de Janeiro
Dezembro/2011
A todos aqueles que acreditam na Educação, como premissa para um mundo infinitamente melhor. 
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida e por me dar força diária na incessante luta pelo alcance dos meus objetivos e ideais.
A minha família, razão da minha persistência e por dispensar imenso carinho.
A minha mãe que doou todo o seu amor e por ser sempre o meu alicerce, e ao meu pai (In Memorian), que pela vontade Divina, ele não pode assistir minha trajetória, dedico este trabalho por terem sido a peça fundamental para que eu tenha me tornado a pessoa que sou. 
As minhas maiores paixões: minhas filhas (toda minha inspiração), a minha prima e amiga Flavia pela cumplicidade e confiança e não poderia de deixar de mencionar minha eterna “dupla dinâmica”, minhas tias Rute e Luzia pelo apoio, incentivo e carinho, e ao meu primo Antonio pela paciência e disponibilidade que teve durante todo esse processo de construção do meu TCC.
Ao meu professor e Orientador Maurício Caetano pela paciência, dedicação, respeito e acima de tudo o seu carinho. Meu muito obrigado!
E a todas as colegas do curso de Serviço Social e em especial a minha querida amiga e colega Ana Paula Farias (Moranguinho), pela amizade, cumplicidade e amabilidade.
A todos os professores que contribuíram para em minha formação, meu muito obrigado!
A todas as pessoas que participaram direta e indiretamente da construção da minha história pessoal e acadêmica, meu muito obrigado!
A Escola Municipal Fernando Costa, principalmente a Diretora Maria Isabel, que com sua larga experiência contribuiu para solidificação com grande valia nesse processo de aprendizado e conhecimento.
Sem eles não conseguiria vencer, pois participaram ardorosamente junto comigo nessa fase da minha vida. Todos protagonistas, pois sem eles não teria tido toda coragem para chegar aqui
�
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor,
E através do Céu, passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava, percebi pegadas na areia;
Uma era minha e a outra do Senhor.
Quando a última cena de minha vida passou diante de nós,
olhei para as pegadas na areia,
Notei que muitas vezes no caminho da minha vida
havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis
da minha vida.
Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que,
uma vez que eu resolvi Te seguir,
Tu andarias sempre comigo, todo o caminho,
- Mas notei que nos momentos das maiores atribulações do meu viver havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.
- Não compreendo...
Porque nas horas em que eu mais necessitava Tu me deixastes?
O Senhor respondeu :
- Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento.
Quando vistes na areia apenas um par de pegadas,
foi exatamente aí que
EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS! 
Autor desconhecido.
FERREIRA, Ana Paula de Melo. As contribuições do Serviço Social na Escola. Monografia de conclusão de curso de Serviço Social, Unisuam, Rio de Janeiro, dezembro de 2011
RESUMO
O presente trabalho é uma resultante da pesquisa bibliográfica a respeito do Serviço Social na educação focando as suas contribuições na escola. Para tal passa pela trajetória do Serviço Social como profissional articulada a construção das políticas sociais no Brasil, que são entendidas como fio condutor da ação do Serviço Social. Ainda explora o processo de construção e desconstrução da política social de educação no país e como articulado a este processo a que o Serviço Social supera e cria as possibilidades frente aos desafios contemporâneos.
Palavras-chave: Escola. Educação. Serviço Social.
�
Siglário
CF/88 – Constituição Federal
CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
CNSS – Conselho Nacional de Serviço Social
EBES – Estado de Bem Estar Social
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio
FMI – Fundo Monetário Internacional
FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
INEP – Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LBA – Legião Brasileira de Assistência 
MEC – Ministério da Educação e Cultura
PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais
SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESC – Serviço Social do Comércio
SESI – Serviço Social da Indústria
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	1
1. PRIMEIRO CAPÍTULO	3
1.1 Questão Social e Política Social	3
1.2 Política Educacional no Brasil: Da Década de 30 a de 90	6
2. SEGUNDO CAPÍTULO	12
2.1 O Serviço Social como profissão: ação educativa	12
3. TERCEIRO CAPÍTULO	20
3.1 As Relações Possíveis entre Escolas e Serviço Social	20
3.2 As contribuições do Serviço Social na Escola	23
CONSIDERAÇÕES FINAIS	30
ANEXOS	32
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS	41
�
INTRODUÇÃO
“O que transformou o mundo não foi a utopia. Foi a necessidade”.
José Saramago
O texto que se segue é fruto de uma pesquisa para a construção da monografia de conclusão do Curso de Serviço Social com base bibliográfica, apresenta as contribuições do Serviço Social na escola.
A escolha do tema deu-se pela possibilidade de compreender as possíveis contribuições que a atuação do Serviço Social representa para a área educacional. Neste sentido o tema expressa suma relevância em demonstrar os subsídios e o apoio que a intervenção do profissional de Serviço Social tem significado para a realidade da educação.
A metodologia ora apresentado foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, que segundo LAKATOS (2001) – sinaliza como uma pesquisa desenvolvida a partir de material já elaborado, ou seja, de fontes secundárias sobre o assunto abordado. A pesquisa adotou-se abordagem qualitativa, segundo sentido GIL (1987), ressalta que todos os fenômenos são igualmente importantes e preciosos. A escolha das categorias elucidadas surgiu pela necessidade de compreender o contexto da pesquisa, entende-se que na construção do estudo essas categorias são premissas no ordenamento das teorias e reflexões apresentadas na pesquisa. Enquanto, a fundamentação teórica transcorreu-se a partir dos autores que teorizam o Serviço Social, a qual se orientou o embasamento para esta pesquisa. Através das discussões sobre estes pontos, apoiadas nos referenciais teóricos apresentam-se as possibilidades de atuaçãodo Serviço Social na realidade educacional, como também as suas contribuições. 
Na contemporaneidade, é possível sinalizar que a realidade do sistema educacional brasileiro tem sofrido inúmeras transformações, no que tange a interferência dos problemas sociais, vivenciadas pelos alunos, família e escola, as quais conseqüentemente influenciam no processo de aprendizado. Neste contexto, avalia-se o despreparo das escolas a lidarem com o atual cenário dessa realidade, entende-se que as mesmas são as manifestações das expressões da questão social associada no contexto escolar.
Sendo assim, analisa-se a necessidade no âmbito escolar à inserção do Serviço Social, pois o mesmo contribuirá com a finalidade de garantir direitos sociais e promover o exercício da cidadania, entrelaçado na relação aluno, família e escola.
Logo, a pesquisa procurou apontar as relações possíveis entre Serviço Social e Escola, apresentando-se as contribuições dessa profissão no contexto escolar.
No primeiro capítulo há o debate a política Educacional do Brasil, buscando responder a relação entre a questão social com a construção das políticas sociais, de forma apontar a sua construção e trajetória no Brasil. 
No segundo capítulo abordado a profissão de Serviço Social, por meio de um breve aponho histórica apontando o seu surgimento, consolidação e desafios da profissão no Brasil seguindo do debate sobre à inserção do Serviço Social na área educacional, fundamentando-se nas legislações atuais e nos arcabouços teóricos que discorrem sobre a questão, ainda neste, buscar-se-á elucidar as relações possíveis entre Serviço Social e a Escola, partindo da categoria participação, na perspectiva de emancipação, democracia, autonomia e formação para cidadania.
CAPÍTULO 1:
A POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL: UMA RESPOSTA A QUESTÃO SOCIAL?
1.1 Questão Social e Política Social
Por meio de uma abordagem histórica as linhas seguintes objetivam a relação da questão social com a construção das políticas sociais e o processo a ela inerente para o surgimento da política social no Brasil.
A expressão “Questão Social” foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais ocorrida na Europa Ocidental, devido ao processo de aceleração urbana e industrial, que culminou num fenômeno chamado “pauperismo” � que segundo Neto (2001), foi a primeira vez, que a pobreza crescia na proporção, em que aumentava a capacidade produtiva ao capitalismo. É importante ressaltar que nesta época, a pobreza constituiu-se como um problema as vítimas desse fenômeno, vivenciando uma trajetória de mudanças.
Para compreendermos essa trajetória é preciso elucidar o distanciamento entre proletariado e os proprietários. A classe trabalhadora vivia em condições de miséria, não se conformando, realizavam vários protestos. O capital se expandia, fazendo da classe trabalhadora escravos, sob péssimas condições de trabalho, sendo submetidos a baixos salários, que mal davam para sua subsistência, levando assim a classe trabalhadora a insatisfação, muitas das vezes ocasionando enormes conflitos entre a classe trabalhadora e os proprietários.
É importante ressaltar que foram as lutas sociais, ou seja, as lutas da classe trabalhadora que transformaram a questão social em uma questão política e pública, foram essas reivindicações da classe operária, através de sindicatos e movimentos sociais, exigiram a intervenção do Estado no reconhecimento de novos sujeitos sociais, como portadores de direitos e deveres, tendo com isso a viabilização ao acesso de bens e serviços públicos pelas políticas sociais.
A Revolução de 1848 constitui-se em um grande marco na luta da classe trabalhadora, pois é o momento em que o proletariado passa da condição de classe em si passa para classe para si. (NETTO, 2001)
No século XX, todos esses impactos referentes às pressões da classe operária, frutificaram na implantação das políticas sociais e na criação dos serviços sociais, pelo Estado, pela qual utilizava como estratégia para amenizar os conflitos de classe. Segundo Soares (2003), ressalta que:
No pós Guerra, alguns países europeus construíram o Welfare State� – políticas de pleno emprego, serviços sociais universais, extensão da cidadania e o estabelecimento de uma base Socioeconômica considerada digna pela sociedade, como valor mínimo para a sobrevivência, levando uma visão que a Questão Social era problemas dos subdesenvolvidos.
Assim, com as transformações no mundo do mercado, no início da década de 70 o capitalismo começa a tirar sua máscara e mostrar sua outra face e começa a responder com uma política que promove a conjunção “globalização” mais “neologismo”, que veio para demonstrar aos ingênuos que o capital não tem nenhum “compromisso social” (NETTO, 2001, p. 59), desta forma, o capitalismo acaba com o padrão do Welfare State (Estado do Bem-Estar Social) e demonstra ao mundo a “nova questão social”.
Segundo Netto (2001):
[...] inexiste [...] o que devemos investigar é, para além da permanência de manifestações “tradicionais” da “Questão Social”, que é insuprimível sem a supressão da ordem do capital. A dinâmica societária específica dessa ordem não só põe e repõe os corolários da exploração que a constitui medularmente: a cada novo estágio de seu desenvolvimento, ela instaura expressões Sócio-humanas diferentes e mais complexas, correspondentes à intensificação da exploração que é sua razão de ser. (p. 160)
E foi assim que pela primeira vez que a pobreza foi politicamente contestada. Assim, podemos vincular a industrialização, a luta desencadeada entre as contradições: capital e trabalho, as quais se expressam nos serviços de saúde, previdência, educação.
Cabe ressaltar que não é só nesse momento histórico que a “questão social” emerge.
Pastorei afirma que:
A questão social apresenta diferentes manifestações nos diferentes estágios pelos quais passou o sistema capitalista, com variantes forma de enfrentamento pelo Estado, contudo sua gênese marcada pela contradição de classes manteve-se a mesma no decorrer da história. (2004)
Neste contexto histórico que a questão social se desenvolve e assume diferentes configurações produzindo refrações na sociedade.
Partindo deste pressuposto, as políticas sociais surgem no momento em que o capital começa a ser pressionado, havendo assim a necessidade de uma intervenção estatal.
Segundo Vieira (1992):
Foi através das mobilizações operárias sucedidas ao longo das primeiras revoluções industriais, que a política social é compreendida como estratégia governamental de intervenção nas relações sociais, unicamente pode existir com o surgimento dos movimentos populares do século XIX. (p. 19)
Partindo, portanto, dessa perspectiva de uma sociedade desigual, as políticas sociais são tidas como instrumentos de amenização das desigualdades sociais. No Brasil, as políticas sociais têm se caracterizado pela subordinação a interesses econômicos e políticos e assim sendo, acabam por reiterar a desigualdade no país.
Nessa ótica, as políticas sociais representam:
Respostas do Estado burguês do período do capitalismo monopolista às demandas postas no movimento social por classes (ou estratos de classes) vulnerabilizadas pela questão social. (Neto, 2003, p. 15)
Desta forma o Estado desempenha através da política social a preservação e o controle contínuo da força de trabalho (ocupada e excedente).
Nesse sentido, Netto (2003) ressalta que:
As políticas sociais representam as respostas do Estado burguês do período do capitalismo monopolista as demandas postas no movimento social por classe (ou extratos de classe) vulneralizados pela questão social. (p. 15)
As transformações e as amplas mudanças ocorridas no interior da sociedade contemporânea, pelas quais as políticas sociais vem respondendo os interesses próprios do capital, na medida em que o capital se sustenta na desigualdade. No Brasil, a política social vem ampliando sua relevânciana medida em que foi promulgada na Constituição Federal de 1988, pautando-se em parâmetros de equidade e direitos universais, consolidando conquistas, ampliando os direitos em diversos campos da educação, da saúde e dentre outras.
Assim, pela primeira vez na história brasileira, a Política Social teve grande acolhimento em uma Constituição.
Desta forma, compreende-se que as políticas sociais, estas determinam o padrão de sua proteção social implementado pelo Estado, voltadas em princípios, à redistribuições de benefícios sociais. (INEP, 2006, p. 165), dentre eles o direito à educação. Para que este direito seja implementado e garantido como a Política Educacional, para que esta assim se configure perpassa por um processo de transição e conquistas com ranços e avanços.
Portanto, pensar na política educacional hoje, é verificar nesse contexto de avanços e retrocessos, que a política educacional reflete as lutas pelo direito em busca de uma educação que favoreça a cidadania. Assim, analisar a trajetória da política educacional e compreender os instrumentos avaliativo do nosso sistema educacional nos dias de hoje leva a perceber a contradição como possibilidade de construção de outra sociabilidade orientada e implantada para emancipação política, divergindo com a atual, que gera alienação dos indivíduos.
1.2 Política Educacional no Brasil: Da Década de 30 a de 90
Brasil não é um país pobre, e sim um país desigual, de acordo com o estudo IPEA (2009), para entender com maior acuidade, subentendemos, que o Brasil é um país capitalista subdesenvolvido, com um marco em sua trajetória, dívidas sociais, tais como: educação, saúde entre outros.
Partindo, portanto dessa perspectiva, a Educação encontra-se nessa linha de exclusão social. Assim, as políticas sociais foram e são implementadas e reformuladas de acordo com as diversas formas e funções assumidas pelos dirigentes do Estado. Todavia, a política educacional, não é diferente, segundo Saviane (1986):
A Educação depende da Política no que diz respeito a determinadas condições objetivas como a definição de prioridades orçamentais que se reflete na constituição – consolidação – expansão da infraestrutura dos serviços Educacionais etc., e a política depende da Educação no que diz respeito a certas condições subjetivas como a aquisição de determinados elementos básicos que possibilitem o acesso à informação, a difusão das propostas políticas, a formação de quadros para os partidos e organizações políticas de diferentes tipos, etc. (p. 89)
Não havendo neste trabalho a intenção de um aprofundamento na história do Brasil, é na década de 30, que o Brasil passava por sérias dificuldades, principalmente em relação à superprodução do café, neste período caracterizavam-se com o desenvolvimento industrial. Essa década de 30 ficou tomada como um marco referencial, com o fim do Estado Novo, adotou-se uma nova Constituição de cunho liberal e democrático, assim surge a ideia de plano no âmbito educacional brasileiro, uma nova Constituição (fazendo voltar o preceito de que a educação é direitos de todos), na área da educação, com a determinação de se cumprir o ensino primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, porém, foi por meio da Conferência Nacional de Educação que surgiu em 1932, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova.
Segundo Silva e Silva (2006):
Esse “manifesto” fez um diagnóstico da educação pública brasileira e mostrou o imperativo de se criar um sistema de organização escolar que estivesse de acordo com as necessidades do país, aproximando a ideia de Plano de Educação relacionado com o pensamento de sistema educacional organizado de forma racionalista (lógica), com o conjunto de atividades educativas coerentes e eficaz para uma determinada sociedade. (p. 4)
Desta forma, continha-se uma nova proposta pedagógica e trazendo em seu bojo uma proposta de reconstrução do Sistema Educacional brasileiro, visando a uma política educacional do Estado.
Em 1934, com a nova Constituição Federal, a educação passa a ser vista como um direito de todos, tendo como sua responsável a família e o poder público.
Três anos depois, a Constituição introduz o ensino profissionalizante colocando sobre as indústrias e os sindicatos o dever de criar escolas na esfera de sua especialidade tanto para os empregados quanto para os filhos destes e os associados.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com a finalidade de especializar os filhos dos operários para trabalharem nas indústrias. Seguidos da regulamentação do Ensino Primário e do Ensino Normal, criando também o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), em 1942.
Pelas doutrinas emanadas pela Carga Magna de 1946, foi criado uma Comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de Reforma Geral da Educação Nacional. Esta Comissão era organizada em três níveis: uma para o Ensino Primário, uma para o Ensino Médio e outra para o Ensino Superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas.
Em um primeiro momento as discussões estavam voltadas às interpretações contraditórias das propostas constitucionais. No momento posterior, após a apresentação de um substitutivo, as discussões mais marcantes relacionaram-se à questão da responsabilidade do Estado quanto à Educação.
Em 1953, o Brasil já implantava as bases da Educação Nacional, foi através do Ministério da Educação e Saúde, a autonomia dada pela Saúde, que surgiu o Ministério da Educação e Cultura (MEC). Assim, o sistema educacional brasileiro até 1964 era centralizado e o modelo era acompanhado por todos os estados e municípios. 
A priori as discussões estavam centravam-se nas interpretações contraditórias das propostas constitucionais. Seguida da apresentação de um substitutivo, as discussões mais marcantes relacionaram-se à questão da responsabilidade do Estado quanto à Educação.
Foram necessários treze anos de discussões acirradas (1948 a 1961), para a aprovação da primeira LDB, em 20 de dezembro de 1961, foi promulgada a Lei 9.394/96, com a qual os órgãos estaduais e municipais ganharam forças e autonomia, e com isso o MEC passou a ter sua centralização diminuída.
Sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo as reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros. Segundo Bolo (2011): as discussões sobre a LDBEN foi o fato marcante, por outro lado muitas iniciativas marcaram este período como, talvez, o mais fértil da História da Educação no Brasil, favorecendo a criação do Conselho Federal de Educação, cumprindo o Artigo 9º da LDB:
A elaboração do projeto de Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN, que orientarão os cursos de graduação, a partir das propostas a serem enviadas pela Secretaria de Educação ao CNE, tal como viria a estabelecer o inciso VII do art. 9º da nova LDB Nº 9.394, de 20/12/1996, publicada em 23/12/1996.
 Este substitui o Conselho Nacional de Educação, são criados também os Conselhos Estaduais de Educação, ainda em 1962 é criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura.
Em 1964�, a ditadura militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, o Estado começa a ampliar o Sistema de Ensino, até mesmo o Superior. Criando-se Agências de Apoio à Pesquisa e a Pós-graduação, com isso, amplia-se o ensino obrigatório de quatro para oito anos.
A segunda metade da década de 70 é marcado pelo agravamento da crise econômica e mau desempenho na área social. Com todo esse agravamento surgiram vários movimentos sociais, por melhores condições de vida, que pautaram assim em favor da democracia. Assim, compreendemos que o período da transição do autoritarismo (ditadura militar) para a democracia foi marcado por forçassociais, com isso, as propostas educacionais no âmbito do Estado, as propostas educacionais no âmbito da Sociedade Civil, a Constituição Federal de 1988 e a eleição direta para Presidente da República em 1989. 
A Constituição Federal de 1988, já se pontuava algumas modificações necessárias na área educacional, visando a qualidade através do conjunto dos dispositivos constitucionais sobre a educação, é possível inferir que essa qualidade diz claramente a respeito do caráter democrático, cooperativo e responsável da gestão educacional, orientado pelos princípios do artigo 206 da mesma, entre estes se colocam a garantia de um padrão de qualidade de ensino (Brasil, 1989).
A política educacional da década de 90 foi implantada através de vários mecanismos legais. Nessa década a conjuntura passa a desenhar a cultura neoliberal e por outro lado a consolidação da democracia na política brasileira.
Assim, os anos 90, é marcada com a entrada do Brasil na nova divisão internacional da economia mundial, que visava a abertura das privatizações etc. assim, o governo passa adotar o sistema dos organismos internacionais, incorporando-os a nova Lei da educação, que teve em seu cenário grandes mudanças. A educação passa a ser vista como pertencendo a esfera do mercado, assim, sendo objeto das políticas neoliberais, predominada pelos vários organismos internacionais, como: o FMI, a Banco Mundial e dentre outras. Essas agências financiadoras tem como objetivo definir as diretrizes que servem de bases na construção nas políticas educacionais. Segundo Britto (2001), essas práticas sugeridas por essa agência visam as necessidades do mercado e assim:
Diante de propostas concretas do Banco Mundial para os diversos níveis de ensino que propõe a revisão do papel do Estado na educação, deixando de ser o principal executor e passando a constituir uma instância coordenadora e controladora, o Ministério da Educação tem apresentado propostas nem sempre convergentes, nas quais alguns princípios do Banco Mundial, entretanto, têm encontrado acolhida nas propostas educacionais. Entre estes, o princípio de que mecanismos de mercado são indispensáveis para a melhoria da escola pública. Para atingir estes mecanismos concorrência, preconiza-se a descentralização administrativa, pedagógica e financeira as unidades escolares entendendo-se por descentralização uma forma de atingir público específico e uma forma de redução de responsabilidade e de gastos (p.137).
 
É nesse contexto, em 1996 que a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Brasileira é a primeira lei geral da educação promulgada desde 1961.
Com o fim do Regime Militar até os dias atuais, a política educacional tem sido caracterizada de forma bastante ampla, pois nunca se presenciou tantos programas, ou seja, jamais houve execução de vários projetos, em toda a história da Educação no Brasil, tais como: FUNDEF, SAEB, ENEM, PCNs entre outros.
Assim, compreendemos que o direito à educação, bem como o direitos ao acesso e permanência na escola tem sido garantido por aparatos legais.
A educação passou a ganhar maior visibilidade no processo de reformas institucionais, viabilizadas por intermédio de novos instrumentos legais, assim a união passa assumir um papel de destaque na formulação e avaliação das políticas educacionais, foi nesse período, que foi promulgada a Lei nº 9.424/96 que regulamentava o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF), é através do FUNDEF que são concebidos os mecanismos de transferências financeiras para os municípios, e as unidades escolares, com isso, a escola passava a ser denominada pela unidade executora. De outro, o controle dos resultados do ensino-aprendizado através do Sistema Nacional de Avaliação, que passaram a ser inseridos em todos os níveis, desde a escola fundamental e média como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e ai ensino superior, Exame Nacional de Cursos (ENC).
Assim, destacou-se dois elementos na postura neoliberalismo, que se fundamentaram na década de 90, o primeiro elemento era a idéia de um estado mínimo e o outro a competividade, como já citado anteriormente. 
Em função de tal conjuntura política, pontua-se algumas conseqüências do neoliberalismo na educação, segue-se em grandes eixos:
Menos recursos, por dois motivos principais:
1) Diminuição da arrecadação (através de isenções, incentivos, sonegações...); 2) Não aplicação dos recursos e descumprimentos de Leis:
Prioridade no Ensino Fundamental, como responsabilidade dos Estados e Municípios (a Educação Infantil é delegada aos municípios). 
O rápido e barato é apresentado como critério de eficiência; Formação menos abrangente e mais profissionalizante;
A maior marca da subordinação profissionalizante á a reforma do ensino médio e profissionalizante;
Privatização do ensino;
Aceleração da aprovação para desocupar vagas, tendo o agravante da menor qualidade;
Nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determinado as competências da Federação, transferindo responsabilidades aos Estados e Municípios e entre outras.
Nesta ótica, levando em conta todos esses elementos apontados, é possível considerar que esses impactos da globalização e do neoliberalismo sobre a educação, ilustra de forma bem específica que o sistema educacional brasileiro nada mais e, que um bem de consumo e uma forte fonte de lucro, tornando ela acessível somente a uma pequena parcela da sociedade.
CAPÍTULO 2:
O SERVIÇO NA EDUCAÇÃO
2.1 O Serviço Social como profissão: ação educativa
O Serviço Social está entrelaçado com a ascensão da sociedade burguesa nas primeiras décadas do século XIX, quando se consolidou através do processo industrializado, conhecido na história da humanidade como Revolução Industrial. Tal “revolução” facilitou a consolidação do capitalismo, nessa época o pais possuía uma população numerosa centralizada no êxodo rural, que é a saída das pessoas do campo em rumo aos centros urbanos na incansável busca de uma nova alternativa de vida, pois era grande carência de emprego, devido o resultado da precarização da agricultura.
Desta forma, compreende-se que a migração se expandir em razão da acelerada industrialização urbana que demandava mão-de-obra excedente. Assim, caracteriza-se os seguintes fatores: a grande escassez de emprego no campo e o crescimento da oferta de emprego na cidade. Esse fenômeno marca as 3 (três) primeiras décadas do Século XX.
O Brasil passava por uma fase em sua economia de transição de agrário – exportadora para a industrial. Os imigrantes constitui-se no fator que viabilizava o atendimento desta oferta por mão-de-obra barata, que embora abundante, havia a grande necessidade de controlá-los e discipliná-los para o trabalho, visando atingir esse objetivo, o Estado começa a lançar estratégias, visando na profissão de Serviço Social sua extrema importância no processo de controle.
A industrialização no Brasil dá ao país um significado grandioso rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural do país. Com isso o surgimento do Serviço Social no Brasil tem sua origem no movimento do empregador juntamente ao Estado em conter a força da classe trabalhadora, bem como seus questionamentos.
Com a expansão da industrialização e com a intenção de controlar a massa operária, o Estado passa a absorver todas as reivindicações populares, tais como: saúde, seguro trabalhista, educação etc., e com isso o Estado ampliava o reconhecimento da cidadania social, ou seja, através de uma legislação social e salarial, o Estado garante a construção de um pacto, que viabiliza a expansão do mercado ao mesmo tempo em que contida a classe trabalhadora.
Sendo assim, por meio das políticas sociais o Estado, cria uma forma de enfrentamento das múltiplas expressões da questão social, ao passo que produzia a manutenção dos seus próprios interesses e das classes dominantes, fazendo com isso a manipulação daclasse subalterna.
O desenvolver das políticas sociais produzidas pelo Estado, chamam a atenção para a ampliação e aperfeiçoamento de uma profissional, que emerge das ações caritativas da Igreja Católica de responder aos problemas sociais da população carente do país.
As práticas caritativas ganham formatações européias e americanas de uma profissão chamada Serviço Social, cujas primeiras escolas surgiram na segunda metade da década de 30. A “profissionalização da caridade” dará a prática social de atenção ao pobre um perfil assistencialista, que favorecerá ao processo de subalternização implantado pela classe dominante.
A partir de então a profissão de Serviço Social assume uma função educativa de cunho disciplinador, por meio de uma “conscientização do Estado e de seus problemas para a sua adequação social, a qual era favorecida pelos serviços prestados pelas instituições assistenciais criadas neste período, no país
Em 1938, foi criado o Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS), órgão ligado ao Ministério de Educação e Saúde, sendo como objetivo centralizar e organizar as obras assistenciais, tanto públicas e privadas, sendo utilizado como mecanismo de clientetismo político e da manipulação de verbas e subvenções públicas.
Em 1942, foi criada por Decreto-Lei a Legião Brasileira de Assistência (LBA), organizada em conseqüência do engajamento do país na Segunda Guerra Mundial, seu objetivo era o de prover as necessidades das famílias, cujos chefes haviam sido mobilizados para a guerra. A LBA era como um órgão de colaboração junto ao Estado, para cuidar dos Serviços de Assistência Social. Ainda neste ano, foi instituído o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Nacional Aprendizagem Comercial (SENAC).
Em 1943, foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). No ano de 1946, foram fundados mais dois órgãos importantes para o atendimento dos trabalhadores: o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Social do Comércio (SESC). No mesmo ano, criou-se a Fundação Leão XIII, com o objetivo de atuar na educação popular dos favelados, ou seja, trabalhar com moradores de favelas.
Nos anos 50 a partir da modernização do aparelho do Estado, essas instituições de assistência eram meramente instrumentos de veiculação de Políticas Sociais (assistencialista).
Através do surgimento e desenvolvimento das grandes instituições assistenciais, coincidiram com o momento de legitimação e institucionalização do Serviço Social. Esse período representava o momento em que a profissão rompe como o estreito quadro de sua origem no bloco católico e, a partir do e no mercado de trabalho que se abre novas vertentes, com essas instituições como LBA, SENAI, SESI, e entre outras que já foram citadas anteriormente, instaurar-se como uma categoria assalariada, fortemente atrelada as políticas sociais implementadas pelo Estado. 
A política educacional vigente nesse período refletia muito bem a ambivalência dos grupos no poder e se reduzia praticamente à luta em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e a Campanha a favor à Escola Pública�.
Entre os anos de 1950 e 1960, uma série de leis, decretos e portarias, expressaram o avanço com um único propósito, a tentativa de unificação desses dois segmentos tanto público e privado do sistema educacional. Em concordância Freitag (1977), diz:
A flexibilização e equiparação legal entre os diferentes ramos do ensino profissional, e entre este e o ensino secundário, para fins de ingressos nos cursos superiores, embora, na prática, continuassem a existir dois tipos de ensino com públicos diferenciados (p.51).
A década de 60 ficou marcada pela ditadura militar pós-64, quando o Brasil viveu o processo de Modernização Conservadora� marcada pela modernização do 
Estado brasileiro, por meio o apoio a indústria nacional, e incluindo a expansão das políticas sociais todas centralizadas no Governo Federal.
Esse período também é marcante para o Serviço Social, que em meio ao Movimento de Reconceituação busca a construção de uma metodologia de intervenção que se conectasse a realidade brasileira, rompendo com o tradicionalismo de origem européia e americana, que influenciava a profissão desde o seu surgimento no país. Não se pode negar que a efervescência política dos movimentos sociais e a inclusão de um novo perfil de assistentes sociais aliado ao movimento de cerceamento democrático e de autoritarismo repressivo da ditadura contribuíram para o questionamento interno da profissão de si mesma. 
Na Educação, esse período da ditadura militar, resulta em um grande golpe interno na economia, devido as altas inflações, com o endividamento externo, houve um processo de americanização do ensino, ou seja, implantou-se o modelo departamentalizado utilizado pela escola americana, adotando horário integral para o ensino fundamental e criando as especializações (pós-graduação) Lato e Stricto Senso). Ao passo que cria as reformas no ensino e favorece a ampliação do ensino privado no país, legitimando a força do capital. 
Neste contexto, é importante considerar que as reformas educacionais no Brasil ocorreram mediante as crises nacionais e internacionais do sistema capitalista. Desta forma, a educação passava a ficar inúmeras vezes em segundo plano. O governo pouco investia justificando-se na crise, e o setor privado que se ampliava, sem nenhum interesse em democratizar o ensino, ou seja, torná-lo acessível para classe mais desfavorecida economicamente, sedimentando o fator excludente no país. Outro fator a ser apontado é a crise do capital em meados da década de 70, a qual se refletirá na critica aos pilares do Welfare State e uma proposta de reforma de Estado pautada na minimização da responsabilidade estatal com o bem estar social e fundamentando-se nas idéias liberais, coloca em cima o indivíduo como o principal responsável pelo bem estar coletivo, tendo o mercado como o protagonista na regulação das relações sociais dando surgimento ao neoliberalismo�, contudo o Brasil presenciava uma ditadura e com ela uma crise econômica que rachou a burguesia brasileira, tendo de um lado os favoráveis a continuidade da Ditadura, porque lucravam com ela. Cabe ressaltar que a dívida social do Estado com a sociedade aumentou neste período esboçando um palco de profunda desigualdade social. E do outro a parte da burguesia, que não conseguia mais lucrar com a ditadura e o seu planejamento econômico (Netto, 2005).
Este segundo segmento da burguesia constrói formas de apoio e estímulo ao processo de democratização do país, aproveitando o enfraquecimento da ditadura, devido a crise mundial do capital, lidera movimentos que arrecadam adeptos das diversas camadas da sociedade brasileira, dando início ao Movimento de Redemocratização do país, que culminará na construção de uma Carta Magma, que esboça a implantação do EBES, que será negligenciado pelo Estado na década de 1990 com a legitimação do neoliberalismo no país.
Mas, na década de 70, as instituições são influenciadas pela política desenvolvimentista, burocrática e modernizada, assim o Estado passa a fazer grandes gastos com a política social, dando assim à concepção de Estado de Bem-Estar Social que, na verdade, não chegou a ser implantado totalmente no Brasil. Assim, o Estado passa ser o principal instrumento de acumulação capitalista, através dos mecanismos de centralização política e administrativa e de controle da massa trabalhadora. Nesse período houve o fortalecimento das instituições, surgindo uma grande tendência ao crescimento das demandas de Serviço Social, como executores das políticas sociais, passando a exigir dos profissões de Serviço Social uma especialização em políticas sociais, planejamento, administração de serviços, o que passou a exigir uma formação técnica e metodológica rigorosa e adequada ao mercado de trabalho.
A década de 80 foi extremamente significativa, o Brasil passa do período do Milagre Econômico para um período de extensa recessãoeconômica e com uma crescente inflação, essa década ficou conhecida como a década perdida, referindo-se à estagnação da economia, o Brasil sai da ditadura militar para um processo de redemocratização política, através de lutas de vários setores da sociedade. É nesse contexto que a educação passa por grandes mudanças, a despeito de muitos esforços que buscavam sua prioridade e melhoria. 
Diante desse processo, foram levantadas alguns aspectos significativos, apesar da queda da ditadura militar, ainda buscava-se a descentralização, ou seja, uma contradição criada entre o poder centralizador do Governo Federal, com isso o próprio Governo Federal trabalhava junto com os municípios, e além dessa atuação, controlava todas as verbas, tudo pelo caráter clientelista. Toda essa atuação gerava um conflito entre a realidade da educação tanto na esfera municipal e estadual, caracterizando assim, no sistema educacional na década de 80 um grande enfraquecimento, contrariando todos os anseios dos diversos setores políticos, sociais e entre outros.
Toda essa efervescência política e econômica possibilitou ao Serviço Social a construção de uma proposta concreta de intervenção definindo o objeto e objetivo de sua atuação que excederiam ao Conservadorismo, o que só foi possível pela aproximação ao pensamento marxismo, favorecido pelos movimentos sociais democráticos entrelaçado junto ao engajamento político e social de luta da classe trabalhadora.
Assim os profissionais de Serviço Social se torna um grande grupo, que segundo Neto (2005), era os: interessados em promover efetivamente o desenvolvimento econômico e social (p.10), registrando assim os primeiros passos para a renovação profissional.
Essa década também ficou marcada pela agudização da crise do capital, chegando o fim de um período de crescimento.
É de extrema relevância destacar que essa conquista é história, iniciava-se com o Movimento de Reconceituação, que registra a marca os rumos do Serviço Social “afinado com os novos tempos”.
Desta forma o Serviço Social inicia o estudo e passa a produzir uma literatura crítica, permitindo que os Assistentes Sociais buscassem o entendimento para o real significado social da profissão, assim traz a necessidade de pensar e demarcar a ruptura com o conservadorismo. O Serviço Social se posiciona, então, e passa a não deixar arrefecer o Movimento de Reconceituação, mas mantê-lo com o sinalizador na leitura de legado marxista.
Com isso, o Serviço Social, como profissão, passa a entender e defender os interesses da classe trabalhadora, buscando a fundamentação teórica para compreensão daquela realidade contraditória, onde ela se inseria. Assim, passava a produzir novos conhecimentos e contribuía com novas respostas para seu exercício profissional com o objetivo de atender as demanda postas pela questão social. Segundo Iamamoto (2001):
No seu enfrentamento, a prevalência das necessidades da coletividade dos trabalhadores, o chamamento à responsabilidade do Estado e a afirmação de políticas sociais de caráter universal, voltadas aos interesses das grandes maiorias, condensando um processo histórico de lutas pela democratização da economia, da política, da cultura na construção de uma esfera pública (p.10, 11).
Neste cenário é possível conceituar a questão social e exigir do Assistente Social que seja:
Um profissional afinado com a análise dos processos sociais, tanto em suas dimensões macroscópicas quanto em suas manifestações quotidianas; um profissional criativo e inventivo, capaz de entender o tempo presente, os homens presentes, a vida presente e nela atuar, contribuindo, também para moldar os rumor de sua história (Iamamoto, 1999. p.49).
Neste momento o neoliberalismo passou a deter todo e qualquer programa e projeto, valorizando a reestruturação produtiva, a privatização acelerada, e assim, tornando um estado mínimo.
Com todas essas transformações, tanto na esfera do trabalho e nas relações sociais, o trabalho passa a tornar-se precário, imposto pelo capital. E com isso, o capital passava utilizar os serviços terceirizados, com a única pretensão, de negar e retirar os direitos assegurados por lei aos trabalhadores, passando assim a criar um exército de reserva, ou seja, mão-de-obra descartável, o qual deveriam possuir qualificação e provocando uma encerrada competividade entre eles, os trabalhadores.
Na nova República o Serviço Social começava a questionar e fazer reflexões críticas a cerca da sua prática profissional e metodologia e começava a pensar sobre sua atuação para com a classe trabalhadora. Desta forma o processo de reconceituação foi a base para renovação crítica do Serviço Social dessa década.
É importante ressaltar que o projeto ético-político foi construído a partir do projeto profissional de ruptura referenciado entre dois códigos (1986 e 1993) nas revisões curriculares de 1982 e 1986 no conjunto de todos os avanços teóricos-práticos construídos no processo de renovação profissional.
Segundo Netto (1996), este momento de reorganização do capital inicia a partir desta década, onde se evidencia a crise do mesmo, acarretamento de uma série de transformações societárias. É nesta década que emergem nitidamente: “as transformações societárias que vão marcar os anos oitenta e noventa, revelando inflexões significativas no envolver da sociedade capitalista (89,90).
Com essas novas exigências, para um novo profissional, fazendo com que a categoria se organizasse para atuar além do exercício profissional pensando na formação necessária para atender esses requisitos. 
Com o passar do tempo a profissão foi se estruturando, chegando até os dias de hoje a uma profissão com teoria e metodologia.
No Século XXI, o Brasil depara-se com a responsabilidade para a descontração de um Estado de Mal-Estar Social, e tenta começar uma nova trajetória, a fim de construir um Estado de Bem-Estar que tem como objetivo central, a garantia de direitos universalizados.
Em 2000, o Serviço Social já expressam o seu total amadurecimento, com um perfil crítico de análise que vem expressando também em sua capacidade de ação inovadora que é referenciada em seu patrimônio teórico e ético.
Na atual conjuntura dos dias de hoje, o Serviço Social usa de estratégia para defender a educação como lócus de produção de uma formação crítica e integradora que possibilita ao indivíduo estabelecer seus vínculos com a sua realidade de trabalhador brasileiro, produzindo, desenvolvendo e sociabilizando conhecimento sintonizado a todas as diversas manifestações das demandas sociais.
Nesse sentido, que o Serviço social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo. Com o ideário de defender um projeto societário, compartilhado com segmentos sociais que apostam no individuo como sujeito de direito, baseando-se nessas atribuições pertinentes a essa atividades no âmbito escolar, caberá ao profissional de Serviço Social além de diagnosticar todas as situações, propor estratégias, alternativas para as diversas refrações da questão social que se originam no contexto escolar.
CAPÍTULO 3:
AS RELAÇÕES ENTRE ESCOLA E SERVIÇO SOCIAL
3.1 As Relações Possíveis entre Escolas e Serviço Social
Para compreendermos as relações que possam existir entre Escola e Serviço Social, primeiramente faz-se necessário a conceituação de ambos. Nesse sentido, analisamos que a escola é o espaço de construção, sistematização, apropriação e até mesmo de socialização do conhecimento. Para Paro (1996), a gestão escolar precisa ser entendida no âmbito da sociedade política comprometida com a própria transformação social.
A Sociedade procura ter na escola uma instituição normativa que trate de transmitir a cultura, incluindo além dos conteúdos acadêmicos, os elementos éticos e estruturais. É a partir daí que se constrói o currículo manifesto (escrito em seus estatutos) e o currículo latente (o dia-a-dia). (Outeiral, apud Siqueira, 2002. (p. 01)
E com isso,a escola como instituição procura buscar através da aprendizagem, ou seja, do ensino, que seus alunos compreendam e possa assumir a responsabilidade em sociedade.
Como diz Arendt (apud Castro, 2002):
Ultrapassa os desejos individuais e esta responsabilidade só poderá advir, através do enlaçamento entre conhecimento, entre os interesses individuais e sociais. A escola como um novo modelo, irá ampliar o mundo dos alunos, convidando-os a olhar sua experiências com outra lente, que não a familiar, o que alterará os significados já conhecidos. A escola pública tem mais fortemente, então, a responsabilidade da apresentação de conceitos e conteúdos herdados de nossa cultura, pois muitas crianças só terão acesso a esta herança, através de sua passagem pela Escola, que deve então, abrir caminhos de acesso à cultura de maneira igualitária para todos e neste sentido, lutar contra os privilégios de uma classe social. (p. 1) 
E neste contexto, pode-se encontrar inúmeras definições sobre Escola e Néreci (1972), chama a atenção a distinta acepção de que:
A Educação deve orientar a formação do homem para ele poder ser o que é, da melhor forma possível, sem mistificações, sem deformações, em sentindo social. Assim, a ação educativa deve incidir sobre a realidade pessoal do educando, tendo em vista explicar necessidades das pessoas e da sociedade. [...] A Educação para ser autêntica, tem de descer à individualização, à apreensão da essência humana de cada educando [...]. O processo Educativo deve conduzir à responsabilidade, liberdade, critica e participação. (p. 1) 
Conforme Gerhardt (2001), a Educação libertadora ou transformadora, é aquela que trabalha com uma visão de sujeitos potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, instruindo-se de forma a promover a auto-reflexão.
Neste sentido, compreende-se que a escola é o principal equipamento social, ou seja, é uma instituição onde se deve elaborar os conhecimentos e os valores sociais dos sujeitos. 
Hoje, mais do que nunca, tem como papel diante da sociedade, propiciar ações para a efetivação dos direitos sociais. A Educação reproduz a sociedade, pois a contradição e o conflito não são tão manifestos na sociedade porque a reprodução é dominante, observando-se que a educação acaba por fazer o que a classe dominante lhe pede. Como a sociedade, a Educação é um campo de luta entre várias tendências e grupos. Ela não pode fazer sozinha a transformação social, pois ela não se consolida e efetiva-se sem a participação da própria sociedade (GADOTTI, 1995).
Sendo assim, a escola é composta desses espaços, que segundo Gadotti (1999), são capazes de:
Cultivar a curiosidade e a paixão pelos estudos, a valorização de sua cultura, propondo-lhes a espontaneidade e o inconformismo. Inconformismo traduzido no sentimento de perseverança nas utopias, nos projetos e nos valores, elementos fundados da idéia de Educação e eficazes na batata contra a estagnação e o individualismo. (p. 45) 
A escola atual tem enfrentado inúmeros desafios ao articular o conhecimento em seu contexto escolar com a realidade social de cada aluno, ou seja, seus problemas e necessidades sociais. Diante dos vários problemas que a sociedade ultrapassa, ou seja, as diferentes expressões da questão social, como desemprego, baixa renda, fome problemas de saúde, violência, desigualdade social, etc., a Escola com o seu papel fundamental, fornecer o conhecimento, para que esses alunos e sua famílias consigam conquistar sua autonomia, podendo assim participar efetivamente das políticas, desta forma, continuando a luta por igualdade de direitos. A Educação é uma Política Social, com o Compromisso fundamental à garantia dos direitos do Cidadão.
O Sistema não teme o pobre que tem fome. A este basta assistência para domesticá-lo. Teme o pobre que sabe pensar. A este é mister respeitar os direitos. (Pedro Demo)
No que tange ao Serviço Social, Santos (2005) aborda que esta é uma profissão que trabalha no sentido educativo. Ainda em consonância com o exposto, Souza (2005), afirma que:
A Educação e Serviço Social são áreas afins, cada qual com sua especificidade, que se complementam na busca por objetivos comuns e projetos político pedagógicos pautados sob a lógica da igualdade e da comunicação entre escola, família, comunidade e sociedade. (p. 39).
O Serviço Social é uma profissão de caráter sociopolítico, crítico e interventivo. Segundo Martinelli (1998) ela é uma profissão que trabalha no sentido Educativo de revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais.
Assim, sendo uma profissão de caráter interventivo, que estando frente às mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho com o papel de planejar, gerenciar, administrar, executar políticas, programas e serviços sociais, buscando resgatar a visão de integralidade e coletividade humana. O Serviço Social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no cotidiano social, por meio de uma ação global de cunho sócio-educativo e de prestação de serviços, desta forma, Almeida (2000), afirma que:
O campo educacional torna-se para o Serviço Social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (p. 74).
Abordando-se sobre a relação entre escola e Serviço Social, considera-se o Serviço Social uma profissão de apoio à Educação, profissão que atua em prol da integralidade do atendimento prestado ao aluno no âmbito escolar, estando em consonância com a LDB (1996) quando ressalta:
Art. 2º. A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996, p. 100).
Sendo assim, no próximo item vale pontuar as contribuições do Serviço Social na Escola, partindo das perspectivas de autonomia, participação, democracia e cidadania dos alunos e famílias no âmbito escolar.
3.2 – As contribuições do Serviço Social na Escola
Ao sinalizar que a realidade do Sistema Educacional tem sofrido inúmeras transformações, ou seja, um período de modificações adversas enquanto rupturas de mudanças de padrões tradicionais da família nuclear, cultura, as diversas manifestações das expressões da questão social e dentre outras, todos esses processos estão refletindo na realidade do cotidiano escolar. Desta forma, a escola precisa estar condicionada ou adaptada para essas transformações ocorridas nas sociedade, mediante a todo esse processo e ao sucateamento da educação como política social.
A realidade brasileira apresenta dados alarmantes na Educação, Backx (2008) ressalta que:
Não existe escola para todos os níveis; 41% dos jovens na terminaram ensino médio; 2/3 dos jovens entre 15 e 17 anos não estão na escola; são elevados os índices de evasão e repetência escolar e analfabetismo. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica mostra que, entre 1995 e 2001, o desempenho discente piorou. Em 2002; 74% dos que se submeteram à avaliação do ensino médio (Enem) tiveram desempenho insuficiente. Vale lembrar que, para o ensino médio, de cada cem estudantes, sessenta não o concluem, e que 53% dos alunos estão atrasados na escola. (p. 122)
Diante disso, apresentaremos outra situação pertinente a esta discussão, à leitura social do fracasso escolar. Segundo Amaro: “é uma questão de classe social, que acaba por ser agravada na falta de uma política educacional que seja realmente comprometida com os interesses e necessidades dos pobres”. (1997). Aliado a esta contexto, encontra-se umaprofissão até então muito desconhecida na referida área. Sendo assim, faz-se necessário salientar algumas considerações sobre essas atribuições e competências do Serviço Social para a realidade do contexto educacional. Para Martins (1999), essa profissão tem contribuição de observar que nos dias atuais, a escola na esta preparada com a realidade social dos seus alunos e de suas famílias, diante desses inúmeros problemas, ou seja, dessas manifestações das expressões da questão social, torna-se grande o número das demandas emergente, resultado a questão social, todavia compreende-se a inserção do Serviço Social no contexto escolar, que se insere neste espaço com o objetivo de receber e encaminhar estas demandas.
Neste sentido, Iamamoto (1998) ressalta que:
O desafio é re-descobrir alternativas e possibilidades p/o trabalho profissional no cenário atual, traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade, essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho profissional contemporâneo. (p. 75)
A presença do Serviço Social nas escolas expressa uma tendência de compreensão da própria educação em uma dimensão mais integral, envolvendo os processos sócio-institucionais e as relações sociais, familiares e comunitárias que fundem uma educação cidadã, articuladora de diferentes dimensões da vida social como constitutivas de novas formas de sociabilidade humana, nas quais o acesso aos direitos sociais é crucial. Desta maneira a inserção do Serviço Social na escola contribui também com ações que tornem a educação como uma prática de inclusão social na forma de cidadania e emancipação dos sujeitos sociais.
Desta forma, entende-se que tanto o Serviço Social como a escola trabalham diretamente com a educação, pois ambos compartilham do mesmo objetivo, tornar o indivíduo a possibilidade de ser tronarem conscientes e sujeitos de sua própria história.
Com a perspectiva de incluir aqueles que se encontram em processo de exclusão social. Abordando sobre o assunto, Santos (2005) acredita que: “Umas das maiores contribuições que o Serviço Social pode fazer na área da educacional é a aproximação da família no contexto escolar. É intervindo na família, através do trabalho de grupos com os pais, que se mostra a importância da relação escola-aluno-família. O Assistente Social poderá diagnosticar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a problemática social no campo educacional e, conseqüentemente, trabalhar com um método preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita novamente”.
Nesse sentido, é preciso elucidar que os problemas sociais não podem ser enfrentados como situações autônomas, sem relação com as causas estruturais que os produzem. Entretanto o Serviço Social contribuirá para a resolutividade desses problemas sociais perpassadas no âmbito escolar, as quais possam desdobrar-se em atendimento sociais aos alunos, suas famílias ou até mesmo comunidade em geral, através de encaminhamentos, informações, orientações, elaborações e implantação de projetos de cunho educativos, etc. Nessa ótica, parte-se do pressuposto que o profissional de Serviço Social contribua com o encontro da educação e a realidade social do aluno, da família e da comunidade, a qual esteja inserido. Portanto, Martins (2007) aborda sobre a dimensão educativa que envolve a atuação do Serviço Social:
O papel educativo do Assistente Social é no sentido de elucidar, desvendar a realidade social de todos os seus meandros, socializando informações que possibilitem a população ter uma visão crítica que contribua com a mobilização social visando a conquista dos seus direitos. (p. 135). 
Ainda consonância, Cardoso e Maciel (2000), ressaltam que:
É incontestável a função educativa desempenhada pelo Serviço Social nos diferentes espaços ocupacionais. Tal função caracteriza-se pela incidência dos efeitos das ações, interferindo na formação de subjetividades e normas de condutas, elementos estes constitutivos de um determinado modo de vida ou cultura”. (p. 142).
O Serviço Social hoje, busca fundamenta-se sua formação profissional através desses novos espaços sócio-ocupacionais, é nessa perspectiva, que o Serviço Social busca construir um perfil profissional na Política Educacional. Desta forma, o Serviço Social é uma profissão que vem acompanhando todas as transformações da sociedade e construiu um projeto profissional, denominado Projeto Ético-Político, expressando todo o seu compromisso de categoria com a construção de uma nova ordem societária com democracia, justiça e a garantia de direitos universais. Esse projeto tem em seus princípios pautados em Lei 8662/93, no Código de Ética Profissional de 1993 e nas diretrizes curriculares com o redimensionamento no seu referencial teórico e metodológico. Assim, para enfatizar as competências do profissional de Serviço Social, Japiassu (2001) afirma que:
O Serviço Social pode assumir competências nas escolas para contribuir não apenas educativas, mas cognitiva e social assumindo um papel importante no trabalho conjunto, interdisciplinar na escola, no sentido de interação, integração, interpretação das idéias, da comunicação, dos saberes, da metodologia, dos procedimentos específicos de cada profissão que se unem para atender uma problemática comum”. (p. 7)
Sendo assim compreende-se que a contribuição do Serviço Social é de suma relevância, no que tange aos problemas sociais, os quais ultrapassam as questões pedagógica do aprender e o ensinar. É nessa realidade que sua inserção torna-se fundamental, na execução da resolutividade em atendimentos sociais aos alunos, seus familiares e comunidade. Nessa ótica, parte-se do pressuposto que para atingir ao aluno de forma integral, é necessário intervir em sua família.
É importante salientar que o profissional de Serviço Social possui toda preparação técnica-metodológica diante de todas essas situações da questão social. Segundo Almeida (2000), as demandas provenientes do setor educacional, no que se refere a sua ação ou fazer profissional do Serviço Social, recaem em diversas situações, ainda conforme o CFESS (2001) os problemas sociais a serem combatidos pelo Serviço Social na escola são:
Baixo rendimento escolar; 
Evasão escolar;
Desinteresse pelo Aprendizado;
Problemas com disciplina;
Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar;
Vulnerabilidade às drogas;
Atitudes e comportamentos agressivos e violentos (p. 23).
Para Martins (1999) os objetivos da prática profissional do Serviço Social no setor educacional são:
Contribuir para o ingresso, regresso, permanência e sucesso da criança e adolescente na escola;
Favorecer a relação família-escola-comunidade ampliando o espaço de participação destas escolas, incluindo a mesma no processo educativo;
Ampliar a visão social dos sujeitos envolvidos com a educação, decodificando as questões sociais;
Proporcionar articulações entre educação e as demais políticas sociais e organizações do terceiro setor, estabelecendo parcerias, facilitando acesso da comunidade escolar aos seus direitos; 
Melhorar as condições de vida e sobrevivência das famílias e alunos;
Maximizar a utilização dos recursos da comunidade;
Ampliar o acervo de informações e conhecimentos, a cerca do social na comunidade escolar. (p. 70)
Ao nos referimos a todo esse processo que desencadeia a inserção do Serviço Social na escola, ilustraremos a atual dessa profissão.
Quanto a Ação Social, os objetivos primordiais são:
 Analisar a realidade para identificar as necessidades reais e desenvolver possíveis soluções;
 Desenvolver atividades que busquem resgatar crianças, adolescentes e jovens em situações de risco ou à margem da sociedade, tirando-o da exclusão social;
 Adotar medidas para atender àsnecessidades físicas e materiais mais imediatos dessas crianças e jovens, por meio de ação preventiva e assistência direta;
 Empreendedor esforço especial para criar um ambiente estável em que as crianças, jovens e adolescentes se sintam respeitados, valorizados e amados. Mediante programas de aconselhamento e desenvolvimento pessoal, e de pequenos projetos que eles próprios possam realizar, desenvolver sua autonomia e restaurar sua auto-estima;
 Estar atentos às necessidades do conjunto da família, agindo gradualmente para a reintegração, naquelas situações em que isso é possível, e para a reconciliação onde se faz necessária. 
 Ajudar os jovens a adquirir as atividades e habilidades e atitudes de que necessitam para ser integrarem melhor na sociedade (Maristas, 1998).
Sendo assim compreende-se que o Serviço Social trabalha no sentido educativo, e que se reitera a analogia de sua profissão através da consolidação da participação, da democracia, da autonomia e cidadania dos alunos e famílias no contexto escolar. De acordo com o exposto, destacam-se os princípios fundamentais da profissão, reiterados no Código de Ética do Serviço Social (1993):
 Reconhecimento da Liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes-autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
 Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
 Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;
 Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;
 Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
 Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e a discussão das diferenças;
 Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;
 Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero;
 Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
 Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física; 
Defesa do aprofundamento da democracia, em quanto socialização da participação política da riqueza social produzida (CFESS, 1993).
 
Historicamente, o Brasil tem sido considerado um país com grande índice de atraso educacional, apresentado como um dos problemas estruturais de maior gravidade no território brasileiro. E como elucidado anteriormente, é dever do Estado priorizar políticas sociais no que tange a área de ensino, de modo que controle a desigualdade social, cujos níveis de atuação tem se expressado diretamente na educação. Nesse contexto, entende-se que não basta somente querer só modificar dados estatísticos, precisa-se criar mecanismos necessários para que haja a continuidade de um ensino de respeito e qualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“ Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça, social se implante antes da caridade.
(Paulo Freire)
A pesquisa buscou elucidar algumas reflexões sobre papel do Serviço Social na educação brasileira na perspectiva de suas contribuições para o fortalecimento da escola, compreendida como todos os processos que permeiam o cotidiano da escola. Esse estudo foi pensado a partir da premissa de emancipação, democracia, autonomia e exercício a cidadania.
Sabe-se que na atual conjuntura da realidade contemporânea, as escolas vem sendo perpassadas por inúmeros fatores sociais, políticos, econômicos e culturais, os quais influenciam diretamente o aprendizado e a rotina escolar do aluno. Neste contexto, cabe salientar que a sociedade brasileira é demarcada por esses desafios manifestos na realidade social vivenciadas pelos alunos e seus familiares.
A escola por sua vez, é responsável por formar sujeitos, formar saberes, formar opiniões, mas para tanto necessita perceber cada sujeito na sua particularidade, observando o ser que possui uma identidade, uma história que lhe são peculiares e únicos, devido a todas as essas transformações da realidade brasileira, no que tange as múltiplas manifestações da questão social, e nesse momento em que a escola entra em conflito, pois à mesma não se encontra preparada para tais situações, tendo-se a necessidade do apoio de outros profissionais.
Neste sentido, tem-se a compreensão de quão árduo torna-se essa tarefa, frente a um sistema capitalista neoliberal, controlador e comandado pela competividade.
Desta maneira, é importante ressaltar para o êxito de uma escola de qualidade é necessário a consolidação de canais que sirvam como instrumentos de participação, de inserção da família nos espaços escolares, de acesso as informações, as quais têm significado muito para o processo de construção do projeto político da escola.
É, aliado a este contexto, que o Serviço Social tem competência e qualificação para atuar no processo de democratização da escola, onde a participação como categoria social, é o eixo central para a construção de uma nova proposta do papel da escola, do ensino e da educação, assim observando-se a complementação do Serviço Social na escola é construído uma nova educação transformadora.
Sendo assim, a pesquisa trabalhou nas relações que existem entre Serviço Social e escola, a partir do entendimento que ambas são intimamente ligadas com o objetivo de atuar em prol do exercício da cidadania e da democratização da educação. Compreendeu-se ainda, que a atuação do Serviço Social no contexto escolar representa a efetivação de uma atuação plena no sistema educacional brasileiro.
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� Welfare State – Estado de bem-estar social, também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. (Wikipédia, 2011).
� A discussão em relação de processo político da ditadura encontra-se em tela na primeira parte deste trabalho.
� Esse movimento ficou conhecido como Escolanovista. Vide Capítulo 1 
� O aprofundamento dessa ordem societária (necessariamente contraditória), marcada pela modernização conservadora do país ao longo das décadas de 40, 50, 60 e 70 do século XX, impôs à
profissão uma revisão do “Serviço Social tradicional”– manifestada no chamado “processo de reconceituação” (NETTO, 1991).
� O neoliberalismo é um projeto sério e racional, uma doutrina coerente e uma teoria vinculada e reforçada por certos processos históricos de formação do capitalismo. É uma doutrina pelo menos de fato, conectada com uma nova dinâmica tanto tecnológica e gerencial quanto financeira dos mercados de competição, gerando grandes desafios para esquerda, que podem ser reunidos em três grupos de tarefas: 1 – análise empíricas rigorosas sobre os novos mecanismos de acumulação, sobre os processos de mudança cultural e de destruição social.
2 – Reconhecer o valor da capacidade de gerenciamento, ao mesmo tempo em que devemos aprender a manejar a produção, a administração e a direção macroeconômica e macropolítica.
3 – ampliar a sensibilidade artística na arte política da comunicação de massas.
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