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BLOCO I – Habilidades Clínicas e Atitudes Médicas II DISCUSSÃO 03: Técnica de administração de medicamentos Estudante: Maurício Novais Bastos/ Telefone: (73) 8199-8580 1. Quais as indicações para o uso da via endovenosa? As indicações são: • Necessidade de ação imediata do medicamento; • Necessidade de injetar grandes volumes (hidratação); • Introdução de substâncias irritantes de tecidos. 2. Quais as vantagens desta via? Quais as possíveis complicações do seu uso? As vantagens são o efeito farmacológico imediato, o controle da dose, admite grandes volumes, permite a administração de substâncias com pH diferente da neutralidade e fármacos irritantes e evita a ação do suco gástrico e o efeito de primeira passagem. As desvantagens são a facilidade de intoxicação, a irritação no local da aplicação, o efeito farmacológico imediato e a possibilidade de acidente tromboembólico. As principais complicações são flebites (inflamação das paredes das veias), tromboflebites (inflamação das veias causada por coágulo sanguíneo), acidentes embólicos (obstrução de um vaso devido ao deslocamento de um trombo, tecido adiposo, ar ou um corpo estranho até o local da obstrução), infecções, extravasamento, necrose, sobrecarga circulatória e reações alérgicas. 3. Quais os locais para injeção endovenosa? Quais as formas de infusão endovenosa? Deve-se preferir puncionar, inicialmente, membros superiores, evitando-se articulações. O melhor local é a face anterior do antebraço “não dominante”. Sempre iniciando do mais distal para o proximal em caso de acessos difíceis, para que não se inutilize um vaso sanguíneo na porção proximal. As principais veias são: • Veias da região cefálica: utilizadas em recém-nascidos e lactentes; • Veias jugulares na região cervical: utilizadas em pacientes com dificuldade de acesso venoso, principalmente nas grandes emergências; • Veia subclávia: utilizadas nas UTI’s para acesso venoso central, injeção de medicamentos, infusão de alimentação parenteral e monitoração (pressão venosa central, cateter de Swan-Ganz); • Veias cefálicas e basílicas: utilizadas para manuntenção de via venosa contínua; • Veia intermediária do cotovelo: utilizada para coleta de sangue e injeções únicas de medicamentos; • Veias metacarpianas dorsais: utilizadas para injeções únicas e deve-se evitar para manutenção de via venosa contínua. • Veias safena magna, tibial anterior: presentes nos membros inferiores e devem ser evitadas devido ao risco de flebites e embolia ou em pacientes com lesões neurológicas. 4. Qual o material necessário para a punção venosa? O material necessário é medicação, bolas de algodão com álcool 70%, seringas com SF 0,9% para lavar o acesso caso esse for mantido salinizado, agulhas de acordo com a finalidade do acesso (scalp, abocath, agulha hipodérmica), garrote, esparadrapo ou micropore para fixação, dânula ou sililar, equipo e soro em caso de infusões. 5. Quais os tipos de agulhas, scalp, jelco usado? • Agulha: o tamanho utilizado é 30/7 e 25/7, sendo a agulha de menor calibre utilizada em crianças ou idosos; • Scalp: dispositivo tipo “butterfly/borboleta”, agulhado, utilizado em infusões venosas que deverão permanecer por menos tempo, cerca de 48 horas, pois caso o paciente se movimente, poderá lesionar a veia. Esses dispositivos são enumerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 25 (aguha menor e menos calibrosa); • Jelco: dispositivos flexíveis onde a agulha é envolvida por um mandril flexível, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24 (menor e mais fino). Jelco 14 e 16 é administrado em adolescentes, adulto ou em cirurgias, mais doloroso. Jelco 18 é aplicado em crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Jelco 20 é adequado para a maioria das infusões. Jelco 22 é utilizado em bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Jelco 24 é adequado para todas as infusões, mas a velocidade de infusão é menor. É utilizado em infusões venosas que deverão permanecer por mais tempo em cerca de 3 dias. É aplicado nas veias retas da fossa antecubital. 6. Como é a técnica de punção venosa? Siga os seguintes passos: • Reúna todo material necessário em uma bandeja; • Lave as mãos; • Explique o procedimento para o paciente; • Use luvas de procedimento (não estéril) para sua proteção. • Apóie o membro superior em um suporte e coloque o garrote acima do local a ser puncionado (aproximadamente 4 dedos acima), para dilatar a veia; • Solicite que o paciente feche a mão, para melhor facilitar a visualização das veias; • Escolha a veia apalpando-as. Se estiver rígida (?), escolha outra; • Faça antissepsia no local da punção com uma bola de algodão com álcool 70%, com movimentos de baixo para cima (sentido do retorno venoso), virando-a a cada movimento; • Para facilitar a punção, estique a pele utilizando o polegar da sua mão não dominante; • Puncione a veia com o bisel da agulha para cima (parte pontiaguda para baixo e o buraquinho da agulha pra cima), utilizando ângulo de 15°; • Aspire e, caso venha sangue, solte o garrote e peça para o paciente abrir a mão; • Verifique se a agulha está corretamente inserida na veia, se existe infiltração subcutânea ao redor, se está correndo hematoma, se não houve transfixação da veia; • Após estar certo que a agulha está no interior da vaia, se for apenas medicação de dose única, injete o medicamento lentamente, retirando o aceso logo em seguida, comprimindo a região com um algodão e mantendo a compressão por 30 segundos. Não reencape a agulha. Despreze o material cortante em local próprio e lave as mãos; • Se for uma punção para manutenção do acesso por mais tempo (3 dias) utilizando SCALP, faça a fixação do dispositivo utilizando esparadrapo previamente cortado. Certifique que o scalp esta no interior da veia, descendo o frasco de soro. Por fim, identifique com data e numeração do cateter utilizado.
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