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Administração de medicamentos por via parenteral

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Vias parenterais 
A via parenteral é a administração de 
medicamentos ou nutrientes nos tecidos 
corporais. 
 Indicada para administração de 
medicamentos a pacientes 
inconscientes, com distúrbios 
gastrointestinais; nos pacientes 
impossibilitados de deglutir; quando se 
espera uma ação mais rápida da droga 
ou quando o medicamento pode ser 
modificado pelo suco gástrico. 
 A absorção se dá mais rapidamente e 
mais completa do que pela via oral ou 
intestinal. 
 Desvantagens: dor em função da 
punção ou por irritação da droga; 
rompimento da integridade da pele; 
custo do medicamento, material e 
profissional técnico especializado. Pode 
ainda causar aversão, medo e 
ansiedade no cliente. 
 Os locais de administração de 
medicamentos por via parenteral mais 
utilizados pela Enfermagem são: derme, 
tela subcutânea, tecido muscular e 
veias. 
 
 
VIA INTRADÉRMICA (ID) 
É a aplicação de medicamentos na 
camada dérmica (abaixo da epiderme), 
em forma de sustâncias cristalinas e 
isotônicas. 
 Realizar testes alérgicos e diagnósticos, 
dessensibilização, e vacina BCG 
(aplicada no músculo deltoide do braço 
direito). 
 O volume máximo a ser introduzido é 
de 0,1ml ou frações inferiores; o ângulo 
para inserção da agulha é de 15°. 
 O local de administração é 
geralmente na face interna mediana do 
antebraço. 
 Absorção lenta em decorrência do 
baixo suprimento sanguíneo. 
 
 
 
PROCEDIMENTO: 
Material 
✓ Seringa de 1 mL; 
✓ Agulhas (10x5, 15x3 ou 13x4,5); 
✓ Bandeja; 
✓ Algodão. 
 
Técnica 
✓ Higienizar as mãos; 
✓ Posicionar o braço apoiado e a face 
ventral voltada para cima; 
✓ Distender a pele, introduzindo a 
agulha num angulo de 10 a 15° com o 
bisel voltado para cima; 
✓ A agulha não deve penetrar mais que 
2mm, não é necessário aspirar apos sua 
introdução; 
✓ Injetar a solução, observar a formação 
da pápula, retirar a agulha, não 
friccionar a pele para evitar o retorno do 
liquido; 
- em casos de testes alérgicos: 
✓ Marcar com caneta o ponto onde foi 
injetada a solução e aguardar 15min 
para a leitura; 
✓ Observar a reação do cliente. 
VIA SUBCUTÂNEA (SC) 
É a administração no tecido subcutâneo 
e tolera substâncias aquosas, cristalinas e 
suspensões. 
 Objetiva uma absorção lenta e 
contínua do medicamento (insulina, 
heparina, clexane, vacinas antissarampo, 
rubéola e tríplice viral e tetra viral) 
 Se introduz de 0,1 até 2,0 m; as 
agulhas devem ser curtas e finas 
impedindo que a camada muscular seja 
atingida. 
 
Ângulos: 
 agulha curta: até 90° 
 agulha maior: 30° para clientes 
magros, 45° para clientes normais, 60° 
para clientes obesos. 
 
Locais indicados: 
 ✓ Face externa anterior e posterior do 
braço; 
✓ Face anterior lateral da coxa; 
✓ Parede abdominal (parte superior e 
inferior); 
✓ Região escapular e infraescapular; 
✓ Região glútea. 
 
Fonte: POTTER; PERRY, 2009 
PROCEDIMENTO: 
Material 
✓ Bandeja; 
✓ Seringa de 1mL= 100UI; 
✓ Agulha para aspiração; 
✓ Agulha para administração 13/4,5 ou 
13/4,0; 
✓ Algodão; 
✓ Álcool 70%. 
 
Técnica 
✓ Higienizar as mãos; 
✓ Conferir a prescrição médica e 
preparar o material; 
✓ Fazer a desinfecção da ampola ou 
frasco; 
✓ Aspirar o líquido e retirar o ar com a 
agulha protegida; 
✓ Escolher e expor o local da aplicação; 
✓ Pressionar a pele, segurando e 
mantendo uma prega tendo certeza 
que está pinçando o tecido subcutâneo; 
✓ Realizar antissepsia, aguardar secar o 
local; 
✓ Introduzir a agulha com bisel para 
cima e ângulo de 90° (agulha curta); 
✓ Soltar a prega e aspirar em seguida, se 
atingir um vaso, retirar a agulha e 
introduzir em outro local; 
✓Ingetar a medicação; 
✓ Observar a formação de uma 
elevação da pele, correspondente ao 
volume da solução injetada; 
✓ Não fazer fricção no local 
✓ Desprezar o material descartável em 
recipiente apropriado e não reencapar a 
agulha após o uso; 
✓ Atentar para fazer rodízio dos locais de 
aplicação para evitar abscessos, 
lipodistrofias e endurecimento dos 
tecidos na área da injeção. 
 
VIA INTRAMUSCULAR (IM) 
 
É a administração de solução aquosa, 
oleosa ou suspensão medicamentosa no 
músculo. 
 É de rápida absorção, porém mais 
lenta que a endovenosa. 
 Alguns fatores influenciam na escolha 
do músculo para injeção, como: músculo 
bem desenvolvido, acessibilidade, 
condições da musculatura, idade do 
cliente, não proximidade de nervos e 
vasos sanguíneos, espessura do tecido 
adiposo, volume, irritabilidade e tipo do 
medicamento. 
 Evita-se locais com diminuição ou 
ausência de sensibilidade. 
- Os locais devem ser: 
 Região ventro-glutea (VG) – músculo 
glúteo médio (o mais seguro); 
 Região da face ântero-lateral da coxa 
(FALC) – músculo vasto lateral (terço 
médio) 
 Região dorso glútea (DG) – músculo 
grande glúteo (quadrante superior 
externo) 
 Região deltoidea (D) – músculo 
deltoide. 
 
MÚSCULO VENTROGLÚTEO: 
- é o mais indicado em qualquer idade 
por ser considerado um local seguro; 
músculo bem desenvolvido; apresenta 
pouca quantidade de gordura; não 
possui nervos ou vãos importantes; menos 
dor na aplicação. 
- ângulo de 90° com volume máximo de 
5 ml; 
 
 
 
MÚSCULO VASTO LATERAL 
- apresenta grande massa muscular; de 
área extensa e de fácil acesso; indicado 
para adultos, crianças e bebês 
- ângulo deve ser 45° com capacidade 
de 3 ml 
 
 
MÚSCULO DORSO GLÚTEO 
- é indicada para crianças a partir de 2 
anos, adolescentes e adultos; contra 
indicada para menores de 1 ano, 
maiores de 60 e pessoas muito magras. 
- a agulha deve ser longa e com ângulo 
de 90°; volume máximo de 5ml. 
 
MÚSCULO DELTÓIDE 
- de fácil acesso porém é muito pequeno 
(é o menos indicado); 
- máximo de 2ml com agulha em ângulo 
de 90°; 
- não deve-se administrar substâncias 
irritantes nessa região; 
- deve-se restringir o uso para jovens e 
adultos com massa muscular bem 
desenvolvida. 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Material 
✓ Bandeja; 
✓ Seringa de 3 mL ou 5mL; 
✓ Agulha; 
✓ Algodão; 
✓ Álcool 70%; 
✓Luva para procedimentos. 
 
Técnica 
✓ Higienizar as mãos; 
✓ Preparar o medicamento; 
✓ Delimitar o músculo e fazer a 
antissepsia de cima para baixo 
unidirecional. 
✓ Firmar o músculo com os dedos e 
introduzir a agulha com o bisel 
lateralizado; 
✓ Utilizar o ângulo de 90º à pele, para o 
músculo deltoide e região dorso-glúteo. 
Para a região vento-glútea (local de 
Hochstetter) utilize a angulação da 
agulha dirigida ligeiramente à crista 
ilíaca; e para a face ântero-lateral da 
coxa, utilize a angulação da agulha de 
45º com eixo longitudinal horizontal, em 
direção podálica; 
✓ Introduzir a agulha, soltar o músculo e 
aspirar para verificar se atingiu algum 
vaso sanguíneo. Caso isso ocorra, deve-
se retirar a agulha, preparar outra seringa 
e injetar em outro lugar; 
✓ Injetar o medicamento de forma lenta 
e contínua, retirar a agulha com um 
movimento único, rápido e firme; 
✓ Comprimir o local com algodão por 
alguns segundos para fazer a 
hemostasia; 
✓ Desprezar o material descartável em 
recipiente apropriado, não reencapar a 
agulha após o uso. 
 
 TÉCNICA EM “Z” DE APLICAÇÃO: 
- utilizada para administração de 
medicamentos que irritem muito a via 
intramuscular. 
PASSO A PASSO 
- Esticar a pele com a mão não 
dominante; 
- Introduzir a agulha com movimento 
firme mantendo a pele puxada; 
- Verificar se existe refluxo de sangue 
aspirando lentamente. Caso não ocorra, 
aplicar a medicação. 
- Retirar a agulha depois de 10 segundos 
e somente depois soltar a pele. 
- Desta maneira a pele fechará a saída, 
impedindo o retorno da medicação. 
 
 
VIA INTRAVENOSA (iv) 
 
É a aplicação da medicação no interior 
de uma veia, proporcionando absorção 
e ação imediata. 
- possibilita administração de grande 
volume de líquidos (medicamento 
precisa ser diluído). 
- para selecionaro local deve ser 
considerado: acesso e condições do 
vaso, tipo de líquido que será injetado e 
duração da infusão. 
OBS: também é utilizada para retirar 
sangue para exames laboratoriais. 
- As veias mais utilizadas são: 
✓ Veias do dorso da mão – rede venosa 
dorsal e veias metacarpianas; 
✓ Veias do antebraço – cefálica, 
antibraquial mediana, radial, cubital ou 
ulnar; 
✓ Veias do braço; 
✓ Veias da face interna do cotovelo – 
cefálica, basílica, cefálica mediana, 
basílica mediana; 
✓ Veias da cabeça. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Material 
✓ Bandeja; 
✓ Seringa de 10 mL ou 20mL; 
✓ Agulha para preparo; 
✓ Algodão; 
✓ Álcool 70%; 
✓ Luva para procedimentos; 
✓Cateter agulhado comum (scalp) ou 
cateter sobre agulha (jelco); 
✓ Fita adesiva para fixação; 
✓ Garrote 
 
 Técnica 
✓ Higienizar as mãos; 
✓ Utilizar luvas de procedimentos; 
✓ Iluminar adequadamente o ambiente, 
favorecendo a visualização da veia; 
✓ Selecionar o tipo de cateter e número 
com base na avaliação do local de 
aplicação, o calibre da veia disponível, o 
tempo de uso previsto e volume de 
infusão; 
✓ Expor a área selecionada, colocar o 
garrote um pouco acima da veia 
escolhida, recomendar ao cliente fechar 
a mão. Realizar a antissepsia com 
algodão embebido por álcool 70%, em 
sentido único, pelo menos duas vezes ou 
mais se houver sujidades e não tocar o 
local de punção após a realização da 
antissepsia; 
✓ Distender a pele, mantendo a veia fixa 
com o polegar, introduzir a agulha com 
bisel para cima (ângulo de 15º) e mais ou 
menos 1cm antes do local, aspirar para 
confirmar a punção da veia através da 
presença de sangue na seringa; 
✓ Realizar a fixação do cateter; 
✓ Abrir o garrote, orientar para o cliente 
abrir a mão e injetar lentamente o 
medicamento, observar reação local 
(infiltração, dor local) e geral (palidez, 
sudorese, tremor, náuseas, vômito e 
outras). Em caso de coleta de sangue, o 
membro ficará garroteado enquanto 
estiver colhendo o sangue; 
✓ Retirar a agulha com movimento 
único e comprimir o local com algodão 
seco. 
✓ Utilizar duas seringas para ministrar dois 
medicamentos, cada uma com uma 
droga, só associar quando não existir 
interação medicamentosa; 
✓ Puncionar sempre da extremidade 
distal para proximal em função do 
retorno venoso; 
✓ Caso não obtenha sucesso na 
punção, tente mais uma vez ou solicite 
ajuda de outro profissional. Para cada 
tentativa, utilize novo cateter. 
 
 Venóclise, infusão venosa ou 
fluidoterapia 
É a introdução de grandes volumes de 
líquidos ou nutrientes por meio de acesso 
venoso periférico ou central. 
- Nesses casos, para escolher a veia é 
necessário considerar o tipo de 
medicamento, nível de consciência, 
volume e o tempo de infusão, além das 
condições de acesso venoso. 
 
 OBS: 
- a numeração dos cateteres agulhados 
comuns (scalp) são: 27, 25, 23, 21, 19 e 
17. 
- em relação ao cateter sobre agulha 
(jelco), utiliza-se os números 14, 16 e 18 
para veias mais calibrosas; e 20 e 22 para 
veias menos calibrosas. 
Quanto maior o número, menor será o 
calibre. 
- O scalp deve ser utilizado para 
administração imediata de medicação, 
em que não há necessidade de se 
manter o acesso no paciente. 
- Já o cateter (jelco) deve ser 
empregado para utilização intermitente 
de fluídos, em que há a necessidade de 
se manter o acesso no paciente por um 
período prolongado. 
 
- POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES: 
 choque: pirogênico, anafilático ou 
periférico; 
 embolia: gasosa, oleosa ou 
sanguínea; 
 flebite e tromboflebites 
 esclerose da veia; 
 hematoma; 
 infiltração medicamentosa; 
 abscesso 
 
 
 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS: 
GOMES, Cleide Oliveira. et al. 
Semiotécnica em enfermagem. Natal, 
RN, EDUFRN, 2018. 431p.

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