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CONTABILIDADE SOCIAL

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CONTABILIDADE SOCIAL
MOEDA
BALANÇO DE PAGEMENTOS E A SUAS CONTAS
CONTABILIDADE SOCIAL 
A MOEDA E O SISTEMA FINANCEIRO
O que é dinheiro? 
Nem toda economia de mercado é uma economia monetária, pois existem economia de mercado que não conhecem a moeda e nesse caso as trocas são diretas tradando-se de uma economia de escambo. 
As primeiras moedas eram dinheiro commodity com enorme vantagem de consumo e troca, eram mercadorias raras e atendiam a necessidade comum e geral. Ao depender apenas do escambo, a existência de uma economia inteiramente estruturada pelas trocas seria impossível. O que viabiliza a economia é a existência de uma unidade de troca comum e de aceitação denominada moeda, pois essa elimina a necessidade de um mesmo objeto agradar a todos os envolvidos. 
Umas das principais funções da moeda é justamente ser meio de troca, ou seja, ser o elemento que viabiliza a ocorrência das trocas porque ela intermedia o movimento das mercadorias. A função unidade de conta está ligada diretamente a função meio de troca, pois a moeda é um denominador comum de valores. Além disso ela possui a função reserva de valor, pois em uma economia sem inflação, a moeda pode reter o valor de compra ao longo do tempo. 
A oferta da moeda
A moeda ganha o nome técnico como meios de pagamentos quando discutimos o Sistema Monetário. A quantidade de meios de pagamentos presentes em uma economia está relacionando com a quantidade de papel moeda, moeda corrente, existente e com os depósitos á vista do público nos bancos comerciais, moeda escritural. O governo é quem fara a emissão do papel moeda e se responsabilizara por ela, a produção dessa moeda será realizada pela Casa da Moeda instituição responsável pela sua autorização é o Banco Central. 
PMC = PME - CBC
Agregado Monetário – Meios de pagamentos 
O sistema monetário produz dois tipos de moedas, o papel-moeda ou moeda corrente produzida pelo Bacen e chamada de moeda exógena, e a moeda escritural ou moeda bancária produzida pelos bancos comerciais e chamada de moeda endógena. A criação da moeda endógena
A demanda de moeda
A demanda de moeda pela coletividade corresponde á quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, seja com o público, no cofre das empresas ou em depósitos a vista nos bancos comerciais. A moeda é retida por vários motivos, como, demanda de moeda para transações, as pessoas e empresas precisam de dinheiro para o dia-a-dia; demanda de moeda por precaução, o publico e as empresas precisar de certa reserva para fazer pagamento imprevistos ou atrasados dos recebimentos; a demanda de moeda por especulação, guardada por investidores para rentabilidade e para a realização de algum novo negócio. 
AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Principais instituições financeiras 
Autoridade monetária, o Banco Central detém o monopólio de imissão de base monetária, que é a soma do papel-moeda emitido mais as reservas bancárias. O papel do banco central está em controlar a emissão de moeda, ser o depositário das reservas internacionais, ser banqueiro do governo e ser banco dos bancos. Bancos comerciais, Bancos Múltiplos com carteira Comercial, são classificados como bancos criadores de moeda por serem habilitados a aceitar e emitir depósitos á vista. Os Bancos Múltiplos são instituições com carteiras comerciais, de investimento, de desenvolvimento, crédito imobiliário e leasing. 
MERCADOS FINANCEIROS
Mercado Monetário – Faz concessão de empréstimos de curto prazo, com prazos de vencimento inicial de um ano ou menos. 
Mercado de Capitais – Tem o propósito de proporcionar liquides aos títulos e viabilizar o processo de capitalização. 
Mercado de Crédito – Parte do sistema financeiro onde ocorre o processo de concessão e tomada de crédito. 
Mercado de Cambio – Realiza operações de cambio que envolvem a troca de moeda nacional por moeda estrangeira. 
POLÍTICA MONETÁRIA 
Controla a quantidade de moeda, taxa de juros e condições de crédito, esta política é uma das opções que o governo tem para intervir na atividade econômica. A política monetária restritiva engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de dinheiro e a encarecer os empréstimos, elevar a taxa de juros. A política monetária expansionista é formada por medida que tendem a acelerar crescimento da quantidade de dinheiro e baratear os empréstimos, baixando as taxas de juros. 
Os instrumentos da política monetária 
Depósitos compulsórios, é a porcentagem sobre o total de depósitos que as empresas financeiras têm que depositar no Banco Central. Se essa porcentagem aumentar, a quantidade de dinheiro que essas instituições dispõem diminui e é de se esperar que a taxa de juros se eleve. 
Compra e venda de títulos públicos, o BACEN pode comprar 
Taxa de redesconto, o Bacon Central concede empréstimos aos bancos comerciais a taxas acimas das praticadas no mercado. 
Condições de crédito, o governo pode usar a política monetária por meio de uma mudança direta nas condições de crédito da economia. 
OS EEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
No inicio do ano o governo realiza uma estimativa para calcular a evolução das principais variáveis econômicas. A partir disso, o Banco Central irá estimar quanto de dinheiro deve existir na economia. A política monetária terá inicio no conselho Monetário Nacional, passará pelo Banco Central, no sistema bancário e na oferta monetária, para decidir as taxas de juros e as condições creditícias. Então esta política irá incidir sobre a Demanda Agregada, sobre o Consumo e o Investimento, tendo como produto a possibilidade de Produção Real, Emprego e ou Inflação. 
Esta política deve influenciar a atividade econômica em relação ao gasto total da economia, no consumo das famílias e no investimento de empresas. 
O SETOR GOVERNO – CONCEITOS E MEDIDAS
A intervenção do Estado na economia por meio da Política Fiscal
A Política Fiscal se refere as decisões de tributações e gastos sobre cada esfera do poder público, ou seja, ela é a determinação do orçamento público, composto pelas receitas (T) e despesas (G).
Receitas – é a principal fonte de receita do governo é a tributação em taxas, impostos e contribuição. A taxa é um tributo que implica relação direta de despesas e benefícios entre o contribuinte e o poder público. A contribuição, são tributos destinados a custear serviços públicos tantos socias e melhorias. Os impostos é o tributo que não depende de qualquer atividade estatal, ele é cobrado sobre renda, patrimônio entre outras transações econômicas para custear a produção de bens e serviços oferecidos a toda coletividade. Dentro dos impostos teremos os diretos e indireto. Os diretos são aqueles que incidem sobre renda e patrimônio, os indiretos sobre tributos cobrados em transações econômicas. 
Despesas – são os gastos planejados no ano anterior para os governos. Podemos ter a despesas correntes e as despesas de investimentos. Nas correntes se incluem compras que o governas faz e que são necessárias para manter a administração pública. Em investimentos se localiza os gastos que tem por objetivo elevar a oferta de bens e serviços aos cidadãos. Além dessas, podemos ter também as despesas de capital, que fundamentalmente são financeiras e dizem respeito aos pagamentos de juros, amortização de recursos emprestados de terceiros. 
Um governo em equilíbrio terá os valores das receitas iguais ao valor dos gastos (T = G), mas um governo superavitário terá seu valor de receitas maios que o valor de gasto (T > G). Porem o mais comum é encontramos um governo deficitário que possui gastos maiores do que a receita (T < G). Para realizar as análises orçamentais e concluir o tipo de política fiscal existente, é realizado três tipos de registro orçamentários, Orçamento Nominal, Orçamento Operacional e Orçamento Primário. No Orçamento Nominal, constitui-sea diferença entre receitas e despesas do governo, incluindo as despesas financeiras corrigidas monetariamente. No Orçamento Operacional, será a diferença entre receitas e despesas, incluindo o pagamento de juros pagos, sem incluir a correção monetária. Por sua vez o Orçamento Primário, subtrai das receitas as despesas não financeiras e leva em consideração as despesas correntes e de investimentos, retira do conceito orçamento operacional os juros da dívida pública. O objetivo de se calcula o OP é eliminar os efeitos dos déficits anteriores responsáveis pela dívida e juros atuais, a fim de isolar o impacto da política fiscal sobre as contas do governo. 
Um Governo pode ser superavitário em uma conta, e deficitário em outras. Ele pode optar por gerar superávits primários para financiar ou reduzir o déficit no ON, puxado pelo pagamento dos juros e da correção monetária. O orçamento mais relevante para a análise de fluxo de riqueza é o orçamento primário, que analisa as relações com a economia real, incluindo as compras do governo junto ao setor privado. 
O Déficit Público e a Dívida Interna
O déficit público é um fluxo calculado para cada período de tempo, incluindo em suas formas de financiamento os impostos, a criação de dinheiro e a emissão de dívida pública. Há uma limitação em cada uma das formas de pagamento. Nos impostos a limitação esta que durante a recessão não se pode aumentar os impostos. Em criação de dinheiro, teremos um limite sobre os efeitos que a política monetária pode provocar na economia, com efeitos de pressão inflacionaria e perda do valor do dinheiro. Em emissão de dívida pública, momento em que o governo coloca a venda títulos de renda fixa, ele pode reduzir as possibilidades de financiamento da iniciativa provada. 
A dívida pública interna, é o total dos títulos públicos emitidos pelo governo e é uma variável de estoque. A Dívida externa, é os somatórios dos débitos de um país, garantidos por seu governo, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos com residentes no exterior. Os empréstimos pode ser realizados em moeda estrangeira e são desvinculados de projetos de investimentos. Os financiamentos são realizados em moeda estrangeira e requer projetos de investimentos. A divida liquida do setor público é o saldo líquido do endividamento do setor público com o setor financeiro, tanto público como privado, com o setor não financeiro e com o resto do mundo. A diferença entre a dívida bruta e a dívida líquida são os créditos, especialmente as reservas internacionais administradas pelo Banco Central. 
A política fiscal pode ser utilizada como um instrumento estabilizador da atividade econômica, esse é o seu caráter automático, isso porque ela pode estabilizar qualquer ação do sistema econômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão ou da expansão da demanda, sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica. Para isso, teremos alguns tipos de política como as Programas de obras públicos, os projetos públicos de emprego, os programas de transferências de renda e a alteração dos tributos. 
	- Programa de obras públicas é, historicamente, uma forma mais frequente de se enfrentar as depressões, com criação de infraestrutura e emprego. Mas há como limitação o tempo de maturação dos programas.
	- Projetos públicos de emprego, são patrocinados pela administração pública ou por organismos autônomos. Seu objetivo é contratar trabalhadores por um período curto de tempo. E por isso podem ser iniciados e abandonados rapidamente, por isso esses empregos aparecem como uma importância secundária. 
	- Os Programas de transferências de renda, como aposentadorias e pensões, surge como uma forma de estabilização, pois em momentos de recessão o desemprego aumenta e com eles os subsídios de desempregos, enquanto que nos anos de crescimento isso se reduz. Porem uma vez estabelecidos, esses programas tornam difícil reduzi-los ou elimina-los, mesmo durante a fase de expansão do ciclo. 
	- Alteração dos tributos, funciona como um estabilizador automático da atividade econômica, pois os impostos variar de acordo com o PIB seguindo seu crescimento e decrescimento. Mas diante de uma recessão econômica, pode-se adotar uma política fiscal discricionária de redução de um tributo, chamado de medida anticíclica. Um exemplo dessa medida é a redução do IRPF para estimular o consumo. Mas pode-se notar que há um longo tempo para que a proposta seja aprovada, e quando a coloca em funcionamento e se tem o retorno do crescimento, é difícil e impopular elevar os tributos. 
INFLAÇÃO
A inflação é uma situação de aumentos contínuos e generalizações dos preços dos bens e serviços em uma economia. As causas que levam a uma inflação variam de país para país, e para um mesmo país essas causas variam ao longo do tempo, e com isso cria-se teorias para sua origem. A inflação provoca grandes distorções na atividade econômica e isso impede o crescimento da economia. Dentre esses distúrbios o mais importante está na variação do preço, que é imprevisível e dificulta o planejamento. Quando ocorre a inflação, temos transferência de renda de uns agentes econômicos para outros e um certo desestímulo ao investimento privado. 
Para monitorar as tendências de inflação é utilizado de índices de preços. No Brasil os mais comuns e importantes são, o INPC e o IPCA. 
Teorias sobre a Inflação
1 – Teoria da inflação de demanda, a inflação de demanda ocorre quando há excesso de demanda agregada em relação à oferta disponível de bens e serviços. Nessa teoria, graficamente, a curva de demanda agregada apresenta uma relação negativa entre o PIB (Y) e o nível geral de preços (P), enquanto que a curva de oferta agregada apresenta uma relação positiva entre o PIB e o nível geral de preços. Esse deslocamento da curva da demanda agregada acontece pela alteração nos gastos governamentais, por modificações nas alíquotas de impostos, pelas tendências das expectativas de lucros nos projetos de investimento e pelos resultados do comércio exterior (Importação e Exportação).
Para lidar com essa inflação sobre a demanda, há algumas políticas econômicas a se seguir. No curto prazo, a demanda agregada é bastante sensível a alterações na política econômica, sendo recomendado a adoção de medidas para reduzir a procura agregada. Como ações diretas, teremos a redução de gastos do governo. E como ações indiretas o aumento dos tributos, redução de crédito para o consumo e investimento. 
2 – Teoria da Inflação de custos, essa inflação tem origem na oferta de bens e serviços, sendo causada pela elevação dos custos de produção, repassados ao consumidor via aumentos de preços. Nesta teoria a curva de oferta agregada será deslocada com base nas alterações nos preços dos insumos intermediários importantes, modificações na oferta de trabalho e as modificações na política de fixação de preços por parte das empresas. A distinção entre a inflação de custo e de demanda pode se apenas ser apenas didática, ocorrendo a inflação induzida pela inflação de demanda. 
3 – Teoria Monetarista da inflação, para os monetaristas a causa da inflação é sempre o excesso de demanda agregada. Eles só consideram a existência da inflação de demanda causada pela expansão monetária. Esse excesso de demanda agregada é causado pelos déficits orçamentários do governo, que são financiados pela emissão de moeda. Um déficit público financeiro pela expansão da base monetária ou pela emissão de títulos públicos e provados aumentara os meios de pegamentos, causando aumento do nível de preços. 
4 – Teoria Keynesiana da Inflação, para os keynesianos, o nível de preços não é determinado pela quantidade de moeda que existe na economia, mas sim pelos custos de produção. O aumento dos custos de produção leva as empresas a aumentarem os preços de seus produtos, gerando inflação na economia. Os custos de produção serão influenciados pelo comportamento dos salários, pela taxa de cambio e pelos preços de bens intermediáriosnacionais e importados. Um excesso de demanda agregada e ou um choque de oferta podem gerar aumentos dos custos de produção. Esse aumento eleva os preços gerando a inflação que será mantida pela indexação, que é o mecanismo pelo qual ocorre a correção de alguns preços e salários de acordo com a inflação passada ou de acordo com a inflação que se espera no futuro. 
O excesso de demanda pode ser causado por políticas econômicas de excesso de gastos do governo ou por uma política monetária de expansão do crédito, a taxa de juros reais baixa incentivando o consumo e o investimento privado. No entanto, para os keynesianos, esse excesso de demanda só causa inflação se implicar aumento de salários ou dos preços dos insumos da economia. O choque da oferta pode advir de fatores exógenos á economia, como a quebra da produção agrícola ou aumento do preço internacional de commodities importadas, ou de políticas econômicas como a desvalorização da taxa de cambio ou a desarticulação da cadeia produtiva. 
AS RELAÇÕES EXTERNAS 
A análise das relações econômicas internacionais constitui condições necessárias para um adequado entendimento da estrutura econômica de uma determinada nação. Isso porque os países não são estruturas isoladas, e mesmo os mais fechados acabam por manter uma série de relações econômicas com outros países, envolvendo trocas de mercadorias, fatores de produção e ativos financeiros. Tais relações acabam tendo importantes implicações no computo de determinados agregados macroeconômicos. Assim, numa economia aberta, a oferta agregada passa a ser composta não apenas pela produção doméstica, mas também por bens e serviços produzidos por outro país. Por outro lado, na poupança total da economia, pode vir a incluir-se não apenas a poupança interna, mas também a poupança externa. Em outras palavras, a existência de transações econômica internacionais produz inúmeras implicações, não só para as contas nacionais, como para a própria teoria macroeconômica. 
Então um país estabelece com o resto do mundo relações econômicas de importação e exportação de mercadorias, exportação e importação de serviços e renda, além de compra e venda de ativos. Como cada país possui uma moeda diferente, essas transações passam necessariamente pelo mercado de cambio sendo registradas no balanço de pagamentos. 
O mercado de câmbio
Este mercado é um locus onde as diferentes moedas são trocadas. A taxa de câmbio pode ser definida como o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira. Tomando o caso brasileiro, a taxa de câmbio do real em dólar indica qual é o preço em reais de um dólar. Essa definição utilizada no Brasil é um conceito britânico chamado de taxa de cambio incerto. Há países que optam pela definição oposto, em que a taxa de câmbio é igual ao preço, em moeda estrangeira, de uma unidade de moeda nacional. Normalmente utiliza-se o dólar americano, porque, atualmente, ele é a moda de referencia nas transações internacionais. Entretanto, existem, evidentemente, tantas taxas de câmbio quantas forem as moedas estrangeiras. 
Uma elevação dessa taxa representa uma desvalorização nominal da taxa de câmbio. Um movimento desse tipo no preço da moeda estrangeira indica que, após a mudança, a moeda nacional vale menos do que antes, já que se precisa de uma maior quantidade de moeda nacional para adquirir uma unidade de moeda estrangeira. Do contrário, uma queda na taxa de câmbio trará a valorização nominal da taxa. Essa valorização cambial indica que a moeda nacional vale mais do que antes, visto que, agora, adquire-se uma quantidade da moeda estrangeira com uma menor quantidade de moeda Nacional. Essas valorizações e desvalorizações tem importantes implicações sobre as transações entre residentes e não residente e, consequentemente, sobre o balanço de pagamentos. 
Uma taxa de câmbio desvalorizada implica em tornar os bens e serviços do País mais baratos para o resto do mundo, estimulando as exportações. Faz com que as mercadoria e serviços do resto do mundo fiquem mais caros no país, prejudicando as importações. Além de tender a reduzir superávits na balança comercial e no balanço de serviços. Já a taxa de câmbio valorizada, torna os bens e serviços da econômica doméstica ais caros para o resto do mundo, desestimulando as exportações, os bens e serviços oferecidos pelo resto do mundo ficam mais baratos dentro do país e estimula as importações. Portanto, uma taxa de câmbio valorizada tende a produzir déficits na balança comercial e no balanço de serviços. 
Assim, a inflação interna tende a encarecer os produtos de exportações e tornar mais baratos os produtos importados. Já a inflação externa tende a encarecer os produtos que importamos e estimular nossas exportações. 
O nível dessa taxa de câmbio pode ser determinado ou pelas forças de mercado ou a partir da interferência do governo no mercado cambial. Isso será regido pelo regime de câmbio escolhido que trará critérios diferentes para a fixação da taxa de câmbio. 
	1 – Taxa de cambio nominal fixa, ocorre quando o governo, através do Banco Central, se compromete a comprar e vender moeda estrangeira a um preço nominal pré-estabelecido. 
	2 – Taxa de cambio flutuante, ocorre quando o preço é estabelecido no mercado, oscilando livremente de acordo com a oferta e a procura de moedas estrangeiras. 
	3 – Taxa de câmbio limitadamente flexível, ocorre quando o Banco Central fixa duas taxas externas, sendo uma máxima e uma mínima, entre as quais o mercado escolhe o que fixar. Quando passa o limite mínimo estabelecido o Banco Central entra no mercado comprando moeda estrangeira, quando a cotação passa o máximo, o banco central entra no mercado vendendo moeda estrangeira. 
	4 – Taxa de câmbio com flutuação suja é estabelecida através do cruzamento das curvas de oferta e demanda de divisas, o banco central interfere quando julgar necessário.
	5 – Taxa de câmbio real fixa, ocorre quando o Banco Central se compromete a comprar e vender moeda estrangeira, mas não liberadamente e sim procedendo a uma desvalorização nominal, em curtos intervalos de tempo. A desvalorização é feita pela diferença entre taxa de inflação interna e externa. 
REGIMES CAMBIAIS
Existem dois tipos de regimes cambiais que convém destacar simultaneamente as vantagens e desvantagens de tais regimes.
1 – Flexibilidade, permite que os formuladores de Políticas Econômicas se concentrarem em metas internas, livre de preocupações com déficits no balanço de pagamentos. Em outras palavras, essa flexibilidade remove conflitos potenciais que surgem entre o equilíbrio interno, que são as metas internas, e o equilíbrio externo, que é o equilíbrio do balanço de pagamentos. 
2 – As taxas de câmbios fixas desestimulam os movimentos especulativos de capitais, a menos que surja uma expectativa de valorização ou desvalorização cambial, porem não asseguram o equilíbrio automático do balanço de pagamentos. Os defensores de taxa de cambio fixas acreditam que tal sistema proporciona um ambiente mais estável para o crescimento do comércio mundial. 
3 – O sistema de cambio flexível protege a economia de certos choques. 
No brasil os regimes cambiais, 
1968 – 1990, sistema de taxa de cambio real fixa conhecido como sistema de minidesvalorização da taxa de câmbio nominal.
1990 – 1994, sistema de taxa de cambio com flutuação suja, com taxa de cambio nominal sendo determinada pelo mercado e o banco central interferindo para ditar o caminho a ser seguido pela taxa de câmbio. 
1994 – 1999, sistema de taxa de câmbio limitadamente flexível, isto é, os limites máximos e mínimos da taxa de câmbio.
O BALANÇO DE PAGAMENTOS
Aqui são registradas sistematicamente todas as transações econômicas realizadas, durante período de tempo, entre os residentes e os não residentes em um país. Não é necessário que os não residentes estejam localizados fora dos limites geográficos de um país. Como exemplo, podemos pensar nas compras de um turistaestrangeiro no brasil que são computadas no balanço de pagamentos. 
O BP é composto por contas e subcontas. Suas contas são as transações correntes e os movimentos de capitais e financeiros. As transações correntes registram a movimentação de mercadorias e de serviços, inclusive de remuneração de capitais sob forma de juros e dividendo. Já os movimentos de capitais financeiros, confere o deslocamento de moeda, créditos e títulos representativos de investimentos. 
Os registros contábeis no BP são elaborados dentro do princípio de partidas dobradas. Assim, um débito em determinada conta deve corresponder um crédito em alguma conta e vice-e-versa. De um lado são registrados como créditos todos os ganhos decorrentes de atividades internacionais. Por outro lado, são registrados como débitos todos os gastos no exterior. 
As contas neste balanço se dividem entre contas operacionais e contas de caixas. As contas operacionais correspondem aos fatos geradores dos recebimentos ou dos pagamentos de recursos do exterior como as exportações, as importações, os fretes, os seguros, os juros. As contas de caixa registram o movimento dos meios de pagamentos internacionais disposição do país. 
Em relação a estrutura do BP, o banco central passou a divulgá-la usando a metodologia proposta pelo FMI em janeiro de 2001. Nessa estrutura conterá, balanço comercial, o balanço de serviços, balanço de rendas, as transferências unilaterais correntes, o saldo do BP em transações correntes, as contas de capital financeiro, os erros e omissões, o saldo total do BP e as variações das reservas internacionais. 
1 – Balança Comercial, registra as movimentações de mercadorias de bem tangíveis. Saldo é dado pela diferença entre vendas de mercadorias efetuados pelo país no exterior, ou seja, exportações 1.1, e compra de mercadorias pelo país ao exterior, importações 1.2. as exportações geram lançamentos de crédito +, enquanto as importações geram lançamentos de débito -. Se as exportações excedem as importações, temos um superávit, do contrário temos um déficit na balança comercial. 
Existem duas maneiras de contabilizar as exportações e importações. A primeira diz respeito ao FOB, que representa o valor de embarque da mercadoria. A segunda diz respeito ao CIF, que inclui além dos custos das mercadorias, os fretes e seguros relacionados ao transporte. Na balança comercial, tanto as exportações quanto as importações são registradas por seu valor FOB. 
2 – Balanço de Serviços, registra a diferença entre exportações e as importações de serviços. Ou seja, agrega as transações com intangíveis de modo geral, balança de invisíveis. Essas transações incluem as receitas e as despesas com: viagens internacionais 2.2, transportes 2.1, seguros, serviços governamentais como gasto diplomáticos 2.4, rendas de capitais, remessas ou recebimentos de lucros 2.3, outros serviços 2.4 (comunicações, construções, patentes e royalties).
Cada vez que o país recebe divisas relacionadas á prestações de algum desses serviços, como por exemplo quando um turista chega ao país e troca seus dólares pela moeda doméstica, efetua-se um lançamento de crédito. Cada vez que esse turista gasta divisas com qualquer um desses serviços, ou seja, um residente que vai passar as férias em outro país e troca sua moeda doméstica por dólares, efetua-se um débito na balança comercial. 
Então se o país recebe mais recursos relacionados com esses serviços do que os envia, tem-se um superávit na balança de serviços. Caso contrário, temos um déficit. 
3 – Balança de Rendas, apresenta as remunerações pelos serviços de fatores, ou seja, as remunerações dos fatores de capital e trabalho. Esses registros são classificados em duas categorias. 1 – Serviços de fatores, que correspondem aos pagamentos ou recebimento em função da utilização de fatores de produção, como, uma remessa de lucros ou pagamentos de juros que representam a remuneração devida á utilização do fator de capital. 2 – Serviços de não fatores, não envolvem qualquer transação relacionada com fatores de produção, como viagens internacionais e fretes. 
Essa classificação é importante do ponto de vista dos agregados macroeconômicos pois como vimos, a utilização de fatores de produção de propriedade de não residente obriga a que se faça uma distinção entre renda e o produto nacional e a renda e o produto interno. 
4 – Transferências Unilaterais Correntes, ou Donativos, representam pagamentos ou recebimentos tanto em moeda quanto em bens, sem que tenha havido troca, tais como remessas de recursos realizadas por pessoas que trabalham em outro país aos seus familiares no país de origem, ou doações de um país para outro a título de ajuda humanitária ou reparação de guerra. 
5 – Saldo do BP em Transações Correntes, somando os saldos da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais, obtemos o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes.
Esse saldo em conta correntes, item 4, possui um importante significado econômico para o país. Assim, se o país envia mais recursos do que recebe, recursos esses relacionados com as transações das 3 contas até aqui analisadas, temos um déficit em transações correntes. Evidentemente que o contrário representa um superávit. 
A ocorrência de um déficit em transações corrente no BP significa, que num determinado momento o país produziu por meio da venda de bens e serviços e recebimento de transferência, uma quantidade de dívidas insuficientes para pagar as despesas em divisas contrárias no mesmo período. Surge então a seguinte questão, como um país financia um eventual déficit em transações correntes? 
No caso de uma empresa, ele pode tomar empréstimos, uma pessoa pode utilizar seu saldo do cheque especial. Mas um país pode encontrar essa resposta no movimento de capitais ou na variação de reservas. Mas de qualquer maneira, o saldo das transações corrente é importante porque mede a capacidade ou necessidade de financiamento externo. 
6 – Conta Capital e Financeira, ou Balança de Capitais, registra os fluxos decorrentes de transações com ativos e passivos financeiros entre residentes e não residentes. Como investimentos diretos, reinvestimentos, investimentos em carteira, créditos comerciais, empréstimos de regularização do BP, empréstimos e financiamentos, amortização de empréstimos entre outros capitais. 
7 – Erros e Omissões, aqui ocorre a soma das contas 5 e 6 que deveria ser simétrico ao saldo da conta 8, mas geralmente ocorrem falhas na contabilidade. Essas falhas são registradas aqui. 
8 – Saldo Total do Balanço de Pagamentos, 8 = 5 + 6 + 7
9 – Variações das Reservas Internacionais, correspondem às variações no estoque de moedas estrangeiras e de títulos externos de curto prazo, possuídos pelos residentes de um país. 
As contas operacionais, são as contas 1 e 6. Se a operação implicar entrada de recursos para o país, a contra é creditada, mas se a operação implicar saída de recursos do país a conta é deitada.
As contas de caixa correspondem a conta 9. Nessa conta lança-se a débito o aumento e a crédito a diminuição dos valores. 
A INTERVENÇÃO DO GOVERNO E A OFERTA DE MOEDA 
Ao estudar as transações do Banco Central nos mercados de ativos, o principal instrumento que utilizamos será o Balancete sintético das Autoridades Monetárias. 
Quadro 1
	ATIVO
	PASSIVO
	DÍVIDAS E DEPÓSITOS EXTERNOS 1000
	DEPÓSITOS DOS BANCOS PRIVADOS 500
	TÍTULOS PÚBLICOS 1500
	MOEDA EM CIRCULAÇÃO 2000
No lado do ATIVO há, divisas e depósitos externos que forma as reservas oficiais do Banco Central. Parte dessas reservas são compostas, no Brasil, por títulos do governo americano. 
No lado PASSIVO, os depósitos compulsórios dos bancos privados e a moeda em circulação. 
O ativo total do Banco Central é igual ao seu passivo total mais o seu patrimônio líquido, que supomos ser igual a zero.As Variações do ativo do Banco Central que vamos considerar causam automaticamente variações iguais no passivo. Quando o bacen compra ativo há duas maneiras de fazer o pagamento. Como por um pagamento em dinheiro, que aumenta a moeda em circulação, ou, um pagamento em cheque que promete ao receptor do cheque um depósito do Banco Central igual ao valor do preço do ativo. Quando o receptor deposita o cheque em sua conta em um banco privado, os direitos do banco privado sobre o Banco Central aumentam na mesma proporção. 
É importante compreender o Balancete do Banco Central porque mudanças no ativo provocam mudanças na oferta de moeda doméstica. Quando o BC compra um ativo público seu pagamento entra diretamente como oferta de moeda. Assim, o aumento de passivo, associado á compra de ativos leva a expansão da oferta de moeda
Em contrapartida, a oferta de moeda diminui quando o BC vende um ativo ao público, porque o dinheiro ou o cheque que o BC recebe como pagamento sai de circulação, reduzindo o seu passivo com o público. O pagamento eu o BC recebe por esses ativos automaticamente reduz seu passivo em 100. A moeda irá para a caixa forte, e, portanto, saíra de circulação
	ATIVO
	PASSIVO
	DIVISAS E DEPÓSITOS EXTERNOS 900
	DEPÓSIOS DOS BANCOS PRIVADOS 500
	TÍTULOS PÚBLICOS 1500
	MOEDA EM CIRCULAÇÃO 1900
Por outro lado, uma compra de 100 em ativos estrangeiros pelo BC faz com que seu ativo passivo aumente em 100 
	ATIVO
	PASSIVO
	DIVISAS E DEPÓSITOS EXTERNOS 1100
	DEPÓSIOS DOS BANCOS PRIVADOS 500
	TÍTULOS PÚBLICOS 1500
	MOEDA EM CIRCULAÇÃO 2100
ESTERILIZAÇÃO
Para anular o impacto de suas operações de cambio sobre a oferta de moeda doméstica, os Bancos Centrais azem transações iguais de ativos estrangeiros e domésticos em direções opostas. Esse tipo de política é denominado intervenção cambial esterilizada. Suponhamos mais uma vez que o BC vende 100 de seus ativos estrangeiros. Essa operação faz com que os ativos estrangeiros e o passivo do BC diminuam simultaneamente em 100. Portanto ocorre uma queda da oferta da moeda doméstica. Se o BC pretende anular o efeito de sua venda de ativos estrangeiros sobre a oferta de moeda, ele pode comprar 100 em ativos domésticos, no caso títulos do governo por exemplo. 
Essa segunda medida aumenta os ativos domésticos e aos passivos do BC em 100, compensando totalmente o efeito da venda de 100 em ativos estrangeiros sobre a oferta de moeda.
 
	ATIVO
	PASSIVO
	DIVISAS E DEPÓSITOS EXTERNOS 900
	DEPÓSIOS DOS BANCOS PRIVADOS 500
	TÍTULOS PÚBLICOS 1600
	MOEDA EM CIRCULAÇÃO 2000
O BALANÇO DE PAGAMENTOS E A OFERTA DE MOEDA
Já vimos anteriormente que o BP é a soma das transações corrente e da conta capital financeira que não inclui as reservas, isto é, o hiato dos pagamentos internacionais que os bancos centrais devem financiar por meio de suas transações de reservas. 
Veremos agora uma importa te conexão entre o BP e o aumento na oferta de moeda. Se um país tem um superávit do Balanço de Pagamentos e o Banco Central não está fazendo esterilizações, qualquer aumento dos ativos estrangeiros no BC implica em aumentos na oferta de moeda doméstica. Do mesmo modo, qualquer diminuição dos ativos de um Banco Central implica em diminuição na oferta da moeda.
SETORES INSITUCIONAIS: DEFINIÇÃO
São unidades institucionais capazes de possuir bens e ativos, de contrais responsabilidades e de se envolver em atividades econômicas e operações com outras unidades econômicas, sejam estas residentes ou não residentes no território nacional. 
Podemos classificar esses setores institucionais entre empresas financeiras e empresas não financeiras. As financeiras produzem bens e serviços através da transformação de insumos e da contratação de mão-de-obra. As não financeiras, criam meios de pagamentos e ou fazem intermediação de recursos de setores superavitários para os setores demandantes de recursos financeiros. Além disso, temos os agentes que também fazem parte dos setores institucionais, como a administração pública que é a prestação de serviços públicos e obtém recursos via taxação dos serviços ou cobrança de impostos, as famílias que tem por objetivo adquirir os bens de consumo, e também são as unidades de produção não incluídas no setor da empresas, e por último, o resto do mundo que corresponde ás transações econômicas de um país com as demais nações. 
UNIDADES INSTITUCIONAIS 
Essas unidades podem ser formadas por pessoas físicas e ou pessoas jurídicas. As pessoas físicas, ou grupos de pessoas de pessoas agrupadas em famílias, podem compreender unidades de consumo ou unidades produtivas sem a necessária constituição legal de uma empresa, podendo ser essa produção do setor informal. Já as pessoas jurídicas ou sociedades legalmente constituídas, compõem as empresas, administração pública ou instituições sem fins lucrativos. Ou seja, as unidades institucionais são o que formam os setores. 
Nos setores institucionais, ainda podemos encontrar as empresas não-financeiras privadas e não financeiras públicas. 
VARIÁVEIS REAIS E VARÍAVEIS NOMINAIS 
As variáveis reais, é o consumo, estoque de capital, investimentos, tecnologia, taxa de desemprego, produção, PIB, etc. As variáveis nominais têm três mais comuns, que são os estoques de moeda, nível de preços e inflação. 
PÓLITICA MONETÁRIA – INSTRUMENTOS E OBJETIVOS
Apolítica monetária depende do regime cambial adotado pelo país, podendo existir dois regimes, o cambio fixo e o cambio flutuante. O regime de câmbio fixo consiste em o banco central fixar a taxa de câmbio, comprando e vendendo a moeda estrangeira a um preço estipulado previamente. No regime de cambio flutuante, o bacen deixa que o mercado de cambio estabeleça o preço da moeda estrangeira.
No regime de câmbio fixo, o Banco Central expande e contrai a base monetária através de compra e venda da reservar internacionais. Neste tipo de regime a política monetária é passiva, pois o banco central não pode tentar conduzir operações de mercado aberto para fixar a taxa de juros. 
EX – Admita-se que o Banco Central venda títulos públicos contraindo a base monetária e aumentando a taxa de juros. Nessas circunstâncias, o capital externo entraria no país para aproveitar a subida da taxa de juros, e o banco central seria obrigado a comprar reservas internacionais, para impedir a queda da taxa de câmbio. Esta operação de compra de reservas internacionais aumentaria a base monetária e reduziria a taxa de juros. O processo de entrada de capital externo deixaria de ocorrer quando a taxa de juros voltasse para o seu nível anterior, com a base monetária no seu antigo patamar.
Um dos principais argumentos dos defensores de um regime de câmbio fixo consiste justamente na disciplina que este regime impõe na condução da política econômica, pois o banco central não pode controlar a taxa de juros nem tampouco financiar déficit público através da emissão de moeda. A passividade da política monetária implica que, no longo prazo, a taxa de expansão monetária do país que mantém o câmbio fixo será igual à taxa de expansão monetária do país no qual a moeda foi atrelada (o dólar, por exemplo), havendo também convergência da taxa de inflação.
A experiência histórica dos sistemas de câmbio fixo mostra que invariavelmente os países que adotaram este regime não têm obedecido à disciplina rígida que o sistema impõe, sacrificando o câmbio fixo em prol de objetivos que não podem ser atingidos com o funcionamento de um regime de câmbio fixo. No regime de câmbio flutuante, o banco central intervém regularmente no mercado monetário através de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulospúblicos. Porém, as intervenções no mercado de câmbio são esporádicas e não têm um caráter sistemático.
INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS MONETÁRIAS 
Os três instrumentos tradicionais de política monetária são a taxa de juros no mercado de reservas bancárias, a taxa de redesconto e as alíquotas das reservas compulsórias sobre os depósitos do sistema bancário. De um modo genérico, esses instrumentos são as variáveis que o Banco Central controla diariamente. O Banco Central exerce o monopólio da moeda obrigando o sistema bancário a manter parte de seus depósitos sob a forma de reservas bancárias depositadas no BACEN. Os bancos podem ter reservas adicionais, cujo valor irá várias em função das condições de mercado. A demanda total de reservas bancárias depende da taxa de juros, a quantidade de reservas sendo correlacionada negativamente com a taxa de juros. 
OBJETIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA 
O objetivo final da política monetária é o bem-estar da sociedade. Embora seja difícil discordar deste objetivo, certamente existe grande divergência entre os economistas de como implementá-lo na prática. Os monetaristas enfatizam a estabilidade do nível de preços; os economistas keynesianos preferem o nível de emprego. A controvérsia sobre a curva de Phillips terminou convencendo os economistas keynesianos que no longo prazo a política monetária afeta somente o nível de preços e não o nível de atividade econômica. Todavia, os economistas keynesianos acreditam que mesmo assim o banco central pode contribuir para que a duração de uma recessão seja abreviada com uma política monetária mais expansionista.

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