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Apostila Mercado Financeiro - Análise Gráfica pagina 6 pdf pdf

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Marubozus e «Spinning Tops» 
(10-11-2001 4:21:23 PM por MultiplicadorTRADER)
Ainda mais "potentes" que as candlesticks longas, são os seus congêneres denominados 
Marubozus (pretos e brancos). Um Marubozu não tem sombras, nem superior nem inferior, e o 
máximo e o mínimo igualam a abertura e o encerramento da sessão. Um Marubozu branco 
forma-se quando o mínimo da sessão é o preço de abertura e quando o máximo é o preço de 
fechamento, o que indica que os compradores controlaram o preço desde a primeira até à 
última transação. Um Marubozu preto forma-se quando o máximo da sessão é igual à abertura 
e quando o mínimo da sessão iguala o fecho. Isto indica precisamente o contrário, ou seja, que 
o preço é controlado desde o início da sessão pelos vendedores. 
 
 
 
 
 
 
 
Sombras compridas vs Sombras curtas ··A sombra superior e inferior das candlesticks podem 
fornecer informação valiosa acerca de uma sessão. As sombras superiores representam o 
máximo da sessão e as sombras inferiores representam o mínimo da sessão. Candlesticks com 
sombras compridas mostram que o trading passou muito para além da abertura e do 
encerramento da sessão. 
 
 
 
 
 
 
 
As "candlesticks" com uma sombra superior comprida e com uma sombra inferior curta 
evidenciam que os compradores dominaram durante a sessão e que conseguiram puxar o 
preço. No entanto, os vendedores no final da sessão levaram "a sua avante" e forçaram os 
preços a encerrar longe dos máximos intraday. Com as candlesticks com longas sombras 
inferiores e curtas sombras superiores, passa-se exatamente o contrário: os vendedores 
dominaram a sessão fazendo cair os preços, mas à medida que novos mínimos intraday eram 
atingidos, os compradores começaram a tomar posições acabando por puxar para cima o
preço de fecho, e dando origem à sombra inferior comprida. 
 
 
 
 
 
 
 
As candlesticks com sombras inferiores e superiores, simultaneamente compridas e com um 
pequeno corpo real são denominadas "spinning tops". Uma candle com uma única sombra 
representa uma inversão de tendência ao longo da sessão, enquanto que uma um "spinning 
top" é sinônimo de indecisão. O pequeno "corpo real" (quer preto quer branco) mostra que uma 
pequena variação entre a abertura e o fecho e as sombras compridas indicam que tanto os 
"bulls" como os "bears" estiveram ativos durante a sessão. Apesar de a sessão ter aberto e 
fechado com pouca variação, a volatilidade foi elevada entre esses dois momentos. Nem 
compradores nem vendedores poderiam ganhar alguma vantagem e o resultado foi quase nulo. 
Depois de uma grande subida ou depois de uma grande candle branca, um "spinning top" 
indica fraqueza entre os "bulls" e uma mudança potencial ou interrupção na tendência. Após 
um longo declínio ou depois de uma candle preta comprida, um "spinning top" mostra que os 
"bears" estão «a perder gás» e tal como no caso anterior, a tendência pode estar prestes a 
inverter. 
 
Ficamos por aqui na introdução dos conceitos mais básicos das candlesticks japonesas. Para a 
semana abordaremos um dos tipos de candlestick mais importantes que existe: o Doji. 
 
Candlesticks - Introdução 
(10-11-2001 4:16:03 PM por MultiplicadorTRADER) 
História 
 
Os japoneses começaram a utilizar a análise técnica para transacionarem no longínquo século 
XVII. Apesar de ser muito diferente da iniciada por Charles Dow em cerca de 1900, muitas de 
"traves mestras" eram muito similares. O "o quê" (os preços) era muito mais importante do que 
o "porquê" (notícias, resultados, etc...). Toda a informação conhecida está refletida no preço. 
Os compradores e os vendedores fazem os preços baseados nas suas expectativas e 
emoções (medo, ganância...). Os mercados flutuam e o preço atual pode não refletir o valor 
real da empresa. 
 
Os conceitos de análise técnica introduzidos pelos japoneses estão relacionados mais com a 
visualização da informação a nível de preços do que propriamente análise técnica. A base da 
análise técnica japonesa são as "candlesticks" (velas), cujo desenvolvimento remonta ao 
século XIX. Muito do conhecimento nesta área é atribuído a um lendário comerciante de arroz, 
Sakata. 
 
 
 
 
 
 
Formação 
 
As "candlesticks" são formadas com o uso de quatro preços, o de abertura, o máximo, o 
mínimo e o preço de fecho. Sem os preços de abertura, os gráficos de "candlesticks" são 
impossíveis de desenhar. Se o encerramento é superior à abertura, uma "candle" transparente 
(normalmente branca) é disposta e caso o encerramento seja inferior à abertura então uma 
"candle" preenchida (normalmente preta) é disposta em cima do gráfico. A parte preenchida da 
"candlestick", seja ela preta ou branca é denominada de "corpo" (também designada como 
"corpo real"). As longas linhas finas acima e abaixo do corpo, representam o máximo e o 
mínimo e são denominadas de "sombras" (em inglês também designadas de "wicks" e "tails"). 
O máximo é marcado pelo topo da sombra superior e o mínimo é marcado pelo fundo da 
sombra inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
Quando comparadas com os tradicionais gráficos de barras, um gráfico de "candlesticks" 
mostra inúmeras vantagens. Mais atraentes em termos visuais, e de mais fácil interpretação. 
Cada "candlestick" mostra mais claramente os movimentos de preço. Um trader pode comparar 
imediatamente a relação entre a abertura e o fecho assim como entre o máximo e o mínimo. A 
relação entre a abertura e o fecho é considerada vital e é a essência das "candlesticks". As 
candles brancas indicam pressão compradora e a as candles pretas indicam pressão 
vendedora. 
 
Corpos Compridos vs curtos 
 
Em termos gerais, quanto mais comprido for o corpo, mais intensa é a pressão compradora ou 
vendedora. Analogamente, as candles curtas indicam um movimento reduzido de preços e 
representam consolidação. 
 
 
 
As candlesticks longas brancas mostram uma forte pressão compradora e quanto mais longa 
for, mais distante está o preço de fecho do preço de encerramento. Isto indica que os 
compradores foram bastante agressivos. Mas atenção, apesar de as candlesticks brancas 
compridas serem normalmente "bullish", o significado mais real está dependente da sua 
posição no contexto mais amplo da análise técnica. Depois de grandes e longas quebras, uma 
candle branca comprida pode marcar um ponto de viragem potencial ou nível de suporte. Se as 
compras se tornarem muito agressivas depois de uma grande subida pode significar que há um 
clima "bullish" excessivo e que se assistiu a um "buying clímax". 
 
As candlesticks pretas e compridas evidenciam pressão vendedora e quanto maior for a candle 
preta, maior é essa pressão. Quanto mais comprida for, mais abaixo da abertura se encontra o 
fecho. Isto indica que os preços diminuíram significativamente desde a abertura e que os 
vendedores foram agressivos. Depois de uma longa subida, uma candlestick preta comprida 
pode antecipar uma inversão de tendência ou marcar uma resistência. Depois de uma extensa 
diminuição de preços, pode indicar o fim dessa mesma descida, o intitulado "panic selling". 
 
No próximo artigo começaremos a abordar os casos de candlesticks mais importantes, como 
os marubozus, e faremos também uma abordagem às características das "sombras". 
«Bandeiras e bandeirolas» 
(09-28-2001 4:44:24 PM por MultiplicadorTRADER) 
As "flags" e as "pennants" ("bandeiras" e "bandeirolas") são formações de continuação de curto 
prazo que marcam uma pequena consolidação antes do continuação do movimento prévio. 
Estas formações são usualmente precedidas por um avanço acentuado ou declínio com forte 
volume, e marcam o ponto médio do movimento. 
 
 
 
 
 
Movimento acentuado: para ser considerado um padrão de continuação, deverá existir 
evidência de uma tendência prévia bem marcada. Estes movimentos de subida ou descida 
ocorrem, normalmente,com volumes fortes e podem conter "gaps". Este movimento representa 
a primeira etapa de uma subida/descida significativa e o a "flag/pennant" é apenas uma pausa. 
 
"Flagpole": o "flagpole" é a distância do primeiro "breakout" de resistência ou suporte até ao 
máximo ou mínimo da "flag/pennant". O movimento de subida/descida acentuado que forma o 
"flagpole" deveria quebrar uma linha de tendência ou nível de resistência/suporte. A linha que 
vai desde o "break" até ao máximo da "flag/pennant" forma o "flagpole". 
 
"Flag": a "flag" é um retângulo pequeno cuja inclinação é oposta à da tendência anterior. Os 
movimentos de preço estão contidos entre duas linhas paralelas. 
 
"Pennant": um "pennant" é um triângulo simétrico que começa largo e que converge à medida 
que as formações amadurecem (como um cone). A inclinação é, normalmente, neutra. Por 
vezes, não existirão reações específicas aos "máximos" e "mínimos" do qual se desenharão as 
linhas de tendência e os movimentos de preço deverão ser contidos dentro das linhas de 
tendência convergentes. 
 
Duração: as "bandeiras" e as "bandeirolas" são formações de curto prazo que podem durar 
entre uma de doze semanas. Existem alguns debates acerca da duração destas formações e 8 
semanas é considerado um prazo demasiado grande. A duração deve situar-se entre uma e 
quatro semanas. Uma vez que a "flag" dura mais de 12 semanas fica classificada como um 
retângulo. Um "bandeirola" de mais de 12 semanas tornar-se-ia num triângulo simétrico. A 
fiabilidade das formações que duram entre 8 e 12 semanas é debatível. 
 
"Break": para uma bullish "bandeira" ou "bandeirola", uma subida acima da resistência assinala 
que a subida prévia à "bandeira" vai continuar. Para uma "bandeira" ou "bandeirola" "bearish", 
uma quebra abaixo do suporte assinala que a descida prévia vai continuar. 
 
Volume: o volume deverá ser elevado durante a subida ou descida que forma o "flagpole". 
Volume elevado fornece legitimidade ao movimento brusco e repentino que cria o "flagpole". 
Uma subida/descida do volume acima/abaixo do nível de resistência/suporte dá credibilidade e 
validade à formação e aumenta a probabilidade de continuação. 
 
Alvos: o comprimento do "flagpole" pode ser aplicado à quebra da resistência ou suporte da 
"flag/pennant" para estimar o avanço ou declínio. 
 
Apesar de as "bandeiras" e "bandeirolas" serem formações muito comuns, as linhas de 
identificação não devem ser encaradas com ligeireza. É importante que as "bandeiras" e 
"bandeirolas" sejam precedidas por um forte avanço ou declínio. Sem este movimento forte, a 
credibilidade da formação torna-se dúbia e as transações podem ser mais arriscadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Movimento acentuado: depois de consolidar por três meses, a ação quebrou a resistência dos 
56 e iniciou uma forte subida com o acompanhamento do volume. A ação subiu de 56 para 76 
em 4 semanas. (Nota: é também possível que uma pequena "bandeirola" formada no início de 
Maio com resistência perto dos 62.25). 
 
"Flagpole": a distância desde o "breakout" nos 56 até ao máximo de 76 da "bandeira" formam o 
"flagpole". 
 
"bandeira": o movimento de preços estava contido entre duas linhas de tendência paralelas que 
se inclinavam para baixo. 
 
Duração: de um máximo de 76 até ao "breakout" nos 72.25, a "bandeira" durou 23 dias. 
 
"Breakout": o primeiro "breakout" da linha superior da "bandeira" ocorreu a 21 de Junho sem 
qualquer aumento de volume. No entanto, o título fez um "gap" de subida uma semana mais 
tarde e encerrou forte com volumes acima da média (setas vermelhas) 
 
Volume: recapitulando - o volume subiu devido ao forte avanço para formar o "flagpole", 
contraiu durante a formação da "bandeira" e subiu logo após a o "breakout". 
 
Alvos: o comprimento da "flagpole" era de 20 e foi aplicado ao "breakout" (72.25) para projetar 
um alvo de "92.25". 
 
«Chávena e Asa» 
(09-28-2001 4:34:54 PM por MultiplicadorTRADER) 
Tal como vimos há duas semanas, existem dois tipos de formações, as de inversão e a de 
continuação. Entre as formações de inversão, encontram-se o "Bump and Run", o "duplo topo", 
o "duplo fundo", a "cabeça e ombros", a "cabeça e ombros invertida", o "falling wedge", o "rising 
wedge", o "topo arredondado", o "triplo topo" e o "triplo fundo". Entre os padrões de 
continuação encontramos o "Cup with Handle", as "Flags" e "Pennants", os "triângulos 
simétrico", os "triângulos ascendentes", os "triângulos descendentes", os "canais de tendência", 
os "retângulos", e as "measured moves" ("bull" e "bear"). 
 
A maior parte destas formações já foram explicadas em artigos anteriores deste rubrica, pelo 
que nos falta apenas fazer referência para às formações "Cup with Handle", "Flag", "Pennant" e 
"measured moves" ("bull" e "bear"). No entanto, para além da explicação destas formações, 
realizaremos sempre, ao longo das próximas 5 semanas atualizações aos artigos anteriores 
relativos a formações. 
 
Neste artigo explicaremos a "cup with handle". A "cup with handle" (chávena com asa) é uma 
formação de continuação "bullish", que se distingue por um período de consolidação seguido 
por um "breakout". Tal como o próprio nome indica, existem dois períodos na formação: a 
"chávena" e a "asa". A "chávena forma-se após uma subida e assemelha-se a um fundo 
arredondado. Quando se completa o período de formação da "chávena", os preços começam a 
transacionar em tendência lateral, e a "asa" é formada. Um "breakout" subseqüente do 
intervalo de preços que define a "asa" assinala a continuação da tendência de alta anterior. 
 
 
 
 
 
Tendência: Para ser classificada como formação de continuação, deverá existir uma tendência 
de alta anterior. Essa tendência deverá ser uma tendência de médio prazo (alguns meses) e 
não muito recente. Quanto mais recente for essa tendência, menor é a probabilidade de subida 
acentuada. 
 
"Chávena": A "chávena" deve ser em forma de "U" e deverá parecer-se a um "fundo 
arredondado". Um fundo em forma de "V" não se insere no âmbito desta formação. Quanto 
mais suave for a forma do "U" maior é a relevância do suporte do fundo do "U". A formação 
perfeita deveria ter máximos iguais em ambos os lados da chávena, mas nem sempre isso 
acontece. 
 
Profundidade da "chávena": idealmente, a profundidade da "chávena" deve ser de 1/3 ou 
menos da subida anterior. No entanto, em mercados voláteis, a retração deverá variar de 1/3 a 
1/2 e em situações extremas pode chegar a 2/3. 
 
"Asa": depois dos valores mais altos no lado direito da "chávena", existe um pequeno 
«pullback» que forma a "asa". Por vez, esta asa assemelha-se a uma "flag" ou "pennant" (a ver 
no próximo artigo) com inclinação negativa, por outras é apenas uma curto "pullback". A "asa" 
representa a consolidação final que antecede o grande "breakout" e pode retroceder até 1/3 do 
avanço da "chávena" antes deste "breakout". Quanto menor for esta retração, mais "bullish" é a 
formação e significante é o "breakout". Por vezes, é prudente esperar para que o preço 
ultrapasse a linha de resistência estabelecida pelo topo da "chávena". 
 
Duração: a "chávena" pode durar entre 1 e 6 meses, e por vezes mais tempo em gráficos 
semanais. A "asa" pode durar entre 1 semana e 4 semanas. 
 
Volume: deverá existir uma subida substancial de volume no "breakout" acima da resistência 
da "asa". 
 
Alvo: a subida projetada pode ser estimada através da medição da distância entre o pico direito 
e a base da "chávena". 
 
Tal como na maioria das formações, é mais importante capturar a essência da formação do 
que os pormenores. A "chávena" é uma consolidação em forma de U e a "asa" é um curto 
"pullback" seguido de um "breakout" com volume ascendente. 
 
 
 
 
 
 
 
Tendência: esta ação estabelece a tendência "bullish" avançando de 10 para cima de 30 em 
cerca de 5 meses. O títulofaz um máximo em Março e depois começa a consolidar e a recuar. 
 
"Chávena": o declínio de Abril é acentuado, mas o mínimo estendem-se por um período de 2 
meses formando o fundo arredondado da "chávena", que marca o período de consolidação. 
Notem também que o suporte é encontrado nos mínimos de Fevereiro de 1999. 
 
Profundidade: O mínimo da "chávena" é uma retração de 42% da anterior subida. Depois da 
subida em Junho e Julho, a ação fez um pico nos 32.69 completando a "chávena" (seta 
vermelha). 
 
"Asa": Outro período de consolidação iniciou em Julho iniciando a formação da "asa". Existe 
um decréscimo acentuado em Agosto que causou a retração superior a 1/3 do avanço da 
"chávena". Contudo, há uma recuperação rápida e a ação transacionou novamente nas 
fronteiras do "asa" em cerca de uma semana. 
 
Duração: A "chávena" durou cerca de três meses e "asa" cerca de 1 mês e meio. 
 
Volume: No início de Setembro de 2000, a ação quebrou os limites da resistência da "asa" com 
um "gap" de subida e com um incremento no volume transacionado (seta verde). Para além 
disto, o Chaikin Money Flow disparou para cima de +20%. 
 
Alvo: O avanço projetado após o "breakout" era de cerca de 9 acima de 27. Nos meses 
seguintes, este título cotou facilmente acima dos 36. 
Formações - Introdução 
(09-18-2001 12:16:05 PM por MultiplicadorTRADER) 
Existem dezenas de milhar de participantes do mercado que compram e vendem ativos 
financeiros por diversas razões: expectativa de ganho, medo de incorrer em perdas, motivos 
fiscais, cobertura de risco, "stop-loss", "price-targets", Análise Fundamentalista, análise técnica, 
recomendações de casas de corretagem e financeiras... Tentar perceber as razões porque os 
participantes compram e vendem ativos pode ser um processo assustador. As chamadas 
formações ("chart patterns") colocam a compra e a venda em perspectiva ao consolidarem as 
forças da procura e da oferta num quadro conciso. Ainda mais importante é a ajuda que, em 
conjunto com a análise técnica, as formações dão na identificação do vencedor da batalha 
entre os "bulls" e os "bears". 
 
A análise de formações pode ser usada para a realização de previsões de curto e de longo 
prazo, podendo a informação ser "intraday", diária, semanal e mensal, sendo que os padrões 
podem tomar lugar apenas um dia, ou até vários anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito do conhecimento da identificação e análise de formações data de 1932, quando Richard 
Schabacker escreveu "Technical Analysis and Stock Market Profits", o livro que serviu de base 
para a análise moderna de formações. Em "Technical Analysis of Stock Trends", Edwards e 
Magee consideram que a maior parte dos conceitos do seu livro se baseia nos do já citado. 
 
A análise de padrões pode parecer acessível, mas não é, de todo, uma tarefa simples. 
Schabacker afirma: 
 
"A ciência da leitura de gráficos não é, no entanto, tão fácil como a mera memorização de 
certas formações e recordar o que normalmente se prevê quando estas acontecem. Qualquer 
gráfico de ações é uma combinação de inúmeras formações e a sua análise cuidada depende 
de estudo constante, experiência e conhecimentos de indicadores tanto técnicos como 
fundamentais e, acima de tudo, habilidade para pesar indicadores que dão sinais contrários, de 
forma a ter uma perspectiva global dos seus pormenores assim como no reconhecimento de 
qualquer fórmula." 
 
Apesar de Schabacker se referir à "ciência da leitura de gráficos", a análise técnica é mais arte 
do que ciência. Adicionalmente, o reconhecimento de formações pode ser aberto a 
interpretações subjetivas e que podem estar sujeitas a diferentes pontos de vista. Para evitar 
conclusões errôneas deve-se confirmar o "output" da formação identificada com outros 
indicadores técnicos, de forma que chegar a uma conclusão coerente. Nunca existem duas 
formações exatamente idênticas, apesar da sua natureza poder ser similar. "Breakouts" falsos, 
leituras enviesadas e exceções à regra fazem parte da educação. 
Estudo constante e cuidadoso é o necessário para que uma análise de um gráfico seja bem 
sucedida. Na tabela acima, o ativo quebrou a resistência de uma inversão "head and 
shoulders" (cabeça e ombros). Apesar de a tendência ser agora "bearish", a análise deve 
continuar a confirmar essa tendência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns analistas podem ter classificado o gráfico acima como uma formação "head and 
shoulders" com a "neckline" (linha de pescoço por volta de 17.50. Se esta análise é robusta 
permanece aberto a debate . Apesar de o ativo ter quebrado esse suporte, os "pull backs" 
foram constantes. Esta "recusa" poderia ter sido interpretada como um sinal de força e 
justificado uma reavaliação da formação presente. 
 
Os dois grupos dominantes 
 
As duas premissas básicas da análise técnica são: 
 
- os preços seguem tendências; 
- a história repete-se. 
 
Uma tendência de alta indica que os "bulls" e, portanto a procura controla, e uma tendência de 
baixa é sinônimo de que as forças da oferta ("bears") prevalecem. No entanto, os preços não 
seguem a mesma tendência indefinidamente e quando o outro "prato da balança do poder 
começa a pesar mais" assiste-se à existência de formações. Certas formações como canais 
paralelos denotam a presença de uma forte tendência. Contudo, a grande maioria das 
formações cai em dois grandes grupos: as de inversão e as de continuação. As formações de 
inversão indicam uma mudança na tendência e podem ser subdivididas em dois tipos: de topo 
e de fundo. As formações de continuação indicam uma pausa na tendência e que a direção 
anterior vai ser retomada passado um período de tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
Só porque uma formação se forma após um movimento de subida ou descida significativo, não 
é, por si só, sinônimo de inversão. Muitas formações, tais como retângulos, podem ser 
classificados como formações de inversão ou de continuação. Dependo muito da ação prévia 
do preço, do volume e de outros indicadores à medida que a formação evolui. É na 
identificação destas diferenças que a ciência da análise técnica se transforma em arte. 
 
Escalas: «semi-log» ou aritmética 
(09-07-2001 5:08:40 PM por MultiplicadorTRADER) 
A partir deste artigo vamos dedicar-nos a explicar melhor alguns conceitos e curiosidades 
sobre a análise de gráficos de cotações, nomeadamente sobre padrões e formações, 
clarificando um pouco artigos já realizados, mas cuja interpretação pode ser dúbia. 
 
Mas, antes disso, no presente artigo o nosso objetivo é chamar a atenção de todos os leitores 
para um aspecto que consideramos ser de extrema importância na análise de gráficos de 
preços - o tipo de escala usada no eixo dos Y´s (o preço). Existem dois tipos: o aritmético e o 
logarítmico. Uma escala aritmética dispõe 10 pontos que distam o mesmo uns dos outros, 
independentemente do nível de preço. Cada unidade de medida é a mesma ao longo da 
escala. Se uma ação sobe de 10 para 80 num período de 6 meses, o movimento de 10 para 20 
vai ter a mesma distância vertical do que o movimento de 70 para 80. Apesar de tal ser 
verdade em termos meramente absolutos, não o é em termos relativos. Enquanto que a subida 
de 10 para 20 é de 100%, a subida de 70 para 80 é de apenas 14.28%. 
 
Uma escala logarítmica mede os movimentos de preços em termos percentuais. Uma subida 
de 10 para 20 representaria uma subida de 100%. Uma subida de 20 para 40 também 
ascenderia a 100%, tal como um avanço de 40 para 80. Todas estas subidas apareceriam com 
a mesma distância vertical numa escala logarítmica. A maior parte dos programas de gráficos 
referem-se à escala logarítmica como escala "semi-log scale", já que o eixo dos X´s (tempo) é 
disposto aritmeticamente. 
 
 
 
 
 
 
 
O gráfico acima ilustra a diferença de escalas para o mesmo título. Na "semi-log", a distânciaentre 50 e 100 é a mesma que entre 100 e 200. No entanto, ma aritmética, a distância entre 
100 e 200 é significativamente maior do que a distância entre 50 e 100. 
 
Quais são as vantagens de ambas as escalas: 
 
- As escalas aritméticas são úteis quando o preço varia pouco, ou seja, quando o título 
transaciona num "range" apertado. 
 
- As escalas aritméticas podem ser úteis para gráficos e "trading" de curto prazo. Os 
movimentos de preços (particularmente para ações) são dispostos em termos absolutos (de 
euros, por exemplo) e refletem movimentos de euros por euros. 
 
- As "semi-log scales" são úteis quando o preço se movimentou significativamente, tenha esse 
movimento ocorrido no curto ou no longo prazo. 
 
- As linhas de tendência tendem a ser mais fiáveis na escala semilogarítmica, ou seja, o
mínimos/máximos tocam mais vezes na linha de tendência de subida/descida. 
 
- As escalas semilogarítmicas podem são úteis numa análise de longo prazo, já que colocam 
em perspectiva as subidas/quebras acentuadas de preços. 
 
- As ações e outros ativos são comparados com base em indicadores relativos como, por 
exemplo, o PER. Tendo isto em mente, também fará sentido comparar os movimentos de preço 
de diferentes ativos com base em variações percentuais. 
 
Com estas linhas apenas pretendemos chamar a atenção para a possibilidade de relativizar em 
termos gráficos as grandes variações de preços. Entendemos, no entanto, que a análise de 
gráficos com a escala aritmética é bastante mais intuitiva e levanta menos dúvidas do que 
aqueles gráficos que utilizam a escala logarítmica. 
 
Teoria das Ondas de Elliot 
(08-31-2001 3:26:12 PM por MultiplicadorTRADER) 
R. N. Elliot acreditava que os mercados se moviam em "ondas" bem definidas pelas quais se 
previa a sua direção. Em 1939, Elliot detalhou a sua "Wave Theory", que afirma que os preços 
das ações "são decididos" por ciclos que residem nos números de Fibonacci (1-2-3-5-8-13-
21...). Mais especificamente, Elliott acreditava que o mercado se movia em cinco ondas 
distintas quando sobe e em 3 distintas quando desce. A forma básica dessas ondas é 
apresentada em baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
As ondas 1, 3 e 5 representam o "impulso", ou menores ondas positivas num grande 
movimento de subida. As ondas 2 e 4 representam a "correção", ou menores ondas positivas 
numa tendência "bullish". As ondas A e C representam as ondas negativas menores num 
grande movimento de quebra, enquanto que a onda B representa o único movimento de subida 
num momento "bearish". 
 
Elliott propunha que a existência das ondas em diversos níveis, demonstrando que existiam 
ondas dentro de ondas. Significa isto que o gráfico acima representa não apenas o padrão da 
primeira onda, mas também o que acontece entre os pontos 2 e 4. O diagrama abaixo mostra 
que as ondas primárias poderiam ser desmultiplicadas em ondas menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A "Elliot Wave theory" atribui nomes às ondas em ordem descendente de tamanho: 
 
Grand Supercycle 
Supercycle 
Cycle 
Primary 
Intermediate 
Minor 
Minute 
Minuette 
Sub-Minuette 
 
As ondas maiores determinam a tendência vigente no mercado e as ondas menores 
determinam tendências intermédias. Esta é uma forma similar de determinação de tendências 
principais e secundárias, que são utilizadas na teoria de Dow. Elliot providenciou inúmeras 
variações na onda principal, e deu particular importância à média dourada, 0.618, como um 
nível significativo para o "retracement". 
 
Transacionar utilizando os padrões de "Elliot Wave" é bastante simples. O "trader" identifica a 
onda principal ou "supercycle", e entra longo e posteriormente vende ou coloca-se curto 
quando a inversão é determinada. Continua-se a ter esta postura à medida que os ciclos vão 
encurtando e se completam até que a onda principal ressurge. O problema está na 
identificação dos ciclos onde se encontra o mercado e entre os analistas técnicos surgem 
muitas discussões a este propósito. 
 
Aqui está um exemplo clássico de um ciclo de Elliot: 
 
 
 
 
Zig Zag 
(08-24-2001 4:46:17 PM por MultiplicadorTRADER) 
O ZigZag não é propriamente um indicador, mas um meio de filtragem de ruídos aleatórios e 
comparação de movimentos de preço relativos. O ZigZag pode ser utilizado para reconhecer 
mudanças de preços mínimos e ignorar as movimentações que não respeitem os critérios. Os 
movimentos de preço mínimo são estabelecidos em termos percentuais e podem ser 
calculados com base no preço de fecho ou na diferença entre o máximo e o mínimo. 
 
Um ZigZag estabelecido em 10% com base em barras OHLC traça uma linha que apenas 
inverte depois de uma mudança de 10% ou superior de um máximo para um mínimo. Todos os 
movimentos menores do que 10% seriam ignorados. Se uma ação transacionar de um mínimo 
de 100 para um máximo de 109, o Zig Zag não traça uma linha porque o movimento é menor 
do que 10%. Se a ação subisse para um máximo de 110, então o ZigZag traçaria uma linha de 
100 até 110. Se a ação continuasse a subir até aos 112, esta linha seria estendida para 112 
(100 para 112). O ZigZag não inverteria até que a ação descesse 10% ou mais, do seu novo 
máximo. Caso esse máximo fosse 112, a ação teria de cair 11.2 pontos para os 100.8, de 
forma a que o ZigZag invertesse e desplotasse uma nova linha. 
 
Usos do Zig Zag 
 
Filtro: a volatilidade e as flutuações diárias de preços podem dar origem a movimentos erráticos 
ou ruído aleatório. O ZigZag pode ser usado para filtrar este ruído. Se os movimentos de preço 
inferiores a 5% forem considerados insignificantes, então o ZigZag pode ser estabelecido nos 
5% e todos os movimentos inferiores a 5% serão ignorados. 
 
Elliott Wave: O ZigZag pode ser utilizado para identificar ondas nas contagens de Elliott. (Nota: 
o objetivo deste artigo não é explicar a Teoria das Ondas de Elliott (Elliott Wave Theory), mas 
simplesmente ilustrar métodos de uso do ZigZag. 
 
 
 
Elliott Wave 
 
 
 
 
 
 
 
No exemplo acima o Zig Zag foi estabelecido nos 15%. Todos os movimentos de preço de 15% 
ou superiores foram "desenhados" e todos os inferiores a 15% foram ignorados. Uma grande 
subida tomou lugar em Outubro de 1999, formando uma estrutura de 5 ondas que durou até 
meados de 2000. Dentro desta grande estrutura, outras ondas menores também podem ser 
decifradas. 
 
Retracements: O ZigZag pode ser usado para medir retrações (retracements). Depois de um 
avanço, é comum uma ação retrair-se uma porção do seu avanço com uma correção. Depois 
de um declínio, é comum um ativo reagir à quebra com um pequeno "rally". De acordo com a 
Teoria de Dow, as retrações de 1/3, 1/2 e 2/3 são as mais prováveis. Baseado nos números de 
Fibonacci, os retracements de 38.2% ou 61.8% são os mais significativos. 
 
Retracements 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a subida de 34 para 55, o ativo corrigiu duas vezes (ondas 2 e 4) e cumpriu os dois 
"retracements" de Fibonacci: 0.618 e 0.786. O mais importante número de Fibonacci é talvez 
0.618, que é a "média dourada". A raiz quadrada de 0.618 é 0.786 (78.6%), outro número de 
Fibonacci usado frequentemente por Scott Carney. Em Março de 2000, o título caiu 79.8% do 
seu avanço da onda 1 (oval a vermelho). Desde o mínimo de Março de 2000, a ação subiu 1.70 
vezes o seu anterior declínio e formou a onda 3, que está perto do 1.618 de Fibonacci. 
 
A correção na onda 4 retraiu 67.6% do avanço da onda 3. Ainda que 67.6% e 79.8% não sejam 
os exatos "retracements" de Fibonacci, são valores aproximados o suficiente de 61.8% e de 
78.6% para merecerem atenção. 
 
Proteções: O ZigZag pode ser usado para medir movimentos de preço primários. Em oposição 
à correção ou rally, um movimento de preço primário é uma movimento de preço no mesmo 
sentido da tendência. Em vez de retrair uma porção do movimento anterior, os movimentosprimários estendem-se para além do máximo ou mínimo anteriores. Muitos analistas que usam 
as ondas de Elliott e sequências Fibonacci projetam o comprimento de um avanço ou declínio 
multiplicando um rácio para um "retracement" prévio. 
 
Se o anterior declínio (correção) fosse de 50 pontos e um especialista de Fibonacci procurasse 
novos máximos no avanço subseqüente, a projeção poderia ser 1.618 vezes o movimento 
anterior, ou 81 pontos (50 x 1.618 = 81). Os 81 pontos seriam acrescentados ao início do 
avanço para um "price target". 
 
O Zig Zag traça uma linha baseada numa variação percentual mínima no preço. A mudança de 
preço pode basear-se no preço de fecho, no máximo, no mínimo, na abertura e em alguns 
programas pode até basear-se na diferença entre o máximo e o mínimo. 
 
StochRSI 
(08-17-2001 5:37:28 PM por MultiplicadorTRADER) 
Desenvolvido por Tushard Chande e por Stanley Kroll, o StochRSI é um oscilador que mede o
nível do RSI relativamente ao seu "range" durante um determinado período de tempo. O 
indicador usa o RSI como base e aplica-lhe a fórmula dos indicadores estocásticos. O resultado 
é um oscilador que varia entre 0 e 1. 
 
De acordo com estes dois autores, o RSI pode situar-se abaixo de 20/30 e acima de 70/80 
durante largos períodos de tempo sem se encontrar em situação "oversold"/"overbought". 
Assim, para aumentarem a sensibilidade na forma que como o RSI fica "overbought" ou 
"oversold" foi criado o StochRSI. 
 
Tal como sabemos, o RSI é um oscilador de "momentum" que comprar a magnitude dos 
ganhos, com a magnitude das perdas em determinado título, durante um certo período de 
tempo. Os indicadores estocásticos são também osciladores de "momentum", mas que 
comparam o preço de fecho relativamente aos preços máximos e mínimos de um determinado 
período de tempo. 
 
As fórmulas dos indicadores são as seguintes: 
 
RSI = 100 - (100/((1+ ganhos totais/n)/(perdas totais/n)) 
 
Estocástico: 
 
%K = 100 x ((Preço de fecho mais recente - mínimo (n))/ (Máximo (n) - Mínimo (n)) 
 
%D = média móvel simples de 3 períodos do %D 
 
StochRSI = (RSI (n) - Mínimo do RSI (n))/(Máximo do RSI (n) - Mínimo do RSI (n))) 
 
 
Das fórmula acima, podemos verificar que o StochRSI é o estocástico aplicado ao RSI, ou seja, 
é um indicador do RSI e não do preço. No entanto, tal fato não impede o indicador de dar sinais 
válidos para entrar no mercado. Quando o RSI estabelece um novo mínimo para um 
determinado número de períodos, o StochRSI terá um valor de 0 e quando faz um novo 
máximo, assumirá o valor 100. Uma leitura de 0.20 significará que o atual RSI está 20% acima 
do valor mais baixo do período ou 80% abaixo do valor mais elevado do período. Um valor de 
0.80 significa que o atual RSI está 80% acima do nível mais baixo do período ou 20% abaixo 
do nível mais elevado. 
 
 
Existem vários tipos de sinais: 
 
"Crossovers overbought e oversold": Se uma tendência de alta está claramente identificada em 
determinado ativo, então um sinal de compra seria gerado quando o "StochRSI" avança de 
"oversold" (abaixo de 0.20) para cima de 0.20. Analogamente, se um "downtrend" está 
perfeitamente identificado, então um sinal de compra seria gerado quando o StochRSI cai para 
baixo da zona "overbought", ou seja, desce de 0.80. 
 
"Crossovers" da linha central: alguns traders procuram por cortes da linha 0.50 (a linha central) 
para confirmar os sinais e reduzir o perigo de inversões. Uma subida de uma zona oversold 
para cima de 0.50 constituiria um sinal de compra que não seria anulado quando passasse 
para baixo de 0.50. Analogamente, uma quebra de uma zona "overbought" para baixo de 0.50 
constituiria um sinal de venda, que apenas seria anulado quando este subisse para cima de 
0.50. 
 
Divergências positivas e negativas: Uma divergência positiva seguida de uma ascensão acima 
de 0.20 constituiria um sinal de compra e uma divergência negativa seguida de um declínio 
abaixo de 0.80 funcionaria como um sinal de venda. 
 
Falhas: Caso se assista ao despoletar de sinais que falham (o valor desce de 0.80, mas 
passado um dia volta a subir, por exemplo) os autores dos indicadores aconselham ao 
encerramento de posições.
 
Forte tendência: Tal como em diversos osciladores, o StochRSI pode ficar "overbought" (ou 
"oversold") e permanecer nesse estado durante muito tempo. Uma subida cima de 0.80 pode 
indicar que o título está "overbought", mas também pode querer dizer que o título segue uma 
clara tendência de alta. O mesmo raciocínio pode aplicar-se a títulos "oversold". 
 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
No exemplo acima, a ação fez um pico em Junho de 1999 e entrou posteriormente num claro 
"downtrend". De acordo com os seus autores, o StochRSI seria o indicador mais apropriado 
para tomar decisões de venda, dadas as condições. Cada vez que o StochRSI sobe acima de 
0.80, uma situação "overbought" ocorreria. Quando um indicador desce do seu nível 
"overbought" (cai para baixo de 0.80), um sinal de venda seria dado. 
 
Entre Março e Junho, o indicador despoletou 4 sinais de venda; cerca de um por mês. O sinal 
de venda de Julho não foi reconhecido porque houve uma possível mudança na tendência. À 
medida que o título foi fazendo novos mínimos, o "downtrend" permaneceu intacto. Um mínimo 
maior no fim de Junho foi seguido por uma máximo maior em Julho o que questionou a força e 
a validade do "downtrend". Quando o máximo maior tomou lugar, o sinal do StochRSI poderia 
requerer ajustamentos para proteção contra inversões. 
 
Tentar comprar o título em subidas acima de níveis "oversold" provaria ser uma estratégia 
errada. Houve retrocessos em Março e Maio que resultariam em algumas más compras. Esta 
instabilidade na zona por volta de 0.20 poderia ter levado ao despoletar de sinais de 
encerramento de posições curtas de forma prematura. Quando uma ação está em tendência de 
quebra, é, por vezes, prudente subir o nível do sinal de forma a obter sinais de compra (ou 
encerramento de posições curtas) mais fiáveis. Neste caso, um "trader" poderia ter considerado 
que o sinal de compra (ou fecho de posição) apenas se daria caso o StochRSI subisse acima 
de 0.50. Este procedimento eliminaria os falsos sinais de Março e Maio.
 
Conclusão 
 
É importante lembrar que o StochRSI é um indicador de outro indicador. A sua função é prever 
novos extremos no RSI antes mesmo desse indicador atingir esses valores. Como é um 
indicador de outro indicador é ainda mais afastado do preço e, portanto, muito sensível, sendo 
por isso propenso a falsos sinais, especialmente se for utilizado incorretamente. Tal como 
noutros indicadores, o StochRSI deveria ser usado conjuntamente com outros indicadores. 
 
Oscilador de Chaikin 
(08-10-2001 4:33:57 PM por MultiplicadorTRADER) 
O "Chaikin Oscillator" (Oscilador de Chaikin) é um indicador que assenta nas mesmas 
premissas da linha Acumulação/Distribuição, que já cobrimos em artigo anterior. A premissa 
básica deste indicador reside no fato de o grau de pressão compradora ou vendedora pode ser 
determinado pela localização do encerramento da sessão face aos respectivos mínimos 
máximos do período correspondente. Existe pressão compradora quando uma ação encerra na 
metade superior do range do período (dia, semana, mês, trimestre) e há pressão vendedora 
quando uma ação encerra na metade inferior do range do período. 
 
 
 
 
 
 
 
O Oscilador de Chaikin é simplesmente o MACD aplicado à linha de acumulação-distribuição, 
ou seja, calcula-se a diferença entre as médias móveis exponenciais de 3 e 10 dias da linha 
Acumulação/Distribuição. Tal como o histograma do MACD é um indicador que dá sinais com 
"cross-overs" de médias móveis. Muitos dos sinais do MACD são aplicáveis ao Oscilador de 
Chaikin, com a nuance de se aplicarem à linha de Acumulação/Distribuição e não ao ativo em 
si. Aconselhamospor isso a consulta do artigo sobre o MACD de forma a relembrar quando e 
como se assistem aos vários sinais como divergências positivas e negativas. 
Tal como o MACD injeta características de "momentum" às médias móveis, o Oscilador de 
Chaikin também o faz relativamente à linha de Acumulação/Distribuição. Se observarmos o 
gráfico acima podemos confirmar que movimentos desta linha são normalmente precedidos da 
correspondente divergência no Oscilador de Chaikin. 
 
Como se pode observar a partir do gráfico, a divergência negativa no Oscilador de Chaikin 
antecipou a fraqueza que se abateu na linha Acumulação/Distribuição. Esta é uma divergência 
caracterizada pela falta de picos distintivos para formar a divergência. O Oscilador de Chaikin 
fez um máximo cerca de uma semana antes do máximo da linha Acumulação/Distribuição e 
deu um sinal "bearish" (cruzamento da linha central) 2 semanas depois. Quando o oscilador é 
negativo, o momentum oara a linha de Acumulação/Distribuição é negativo ou "bearish", o que 
acabaria por se refletir na cotação da ação. 
 
A divergência positiva de Agosto no Oscilador de Chaikin antecipou o forte avanço na linha 
Acumulação/Distribuição. Esta divergência foi mais longa do que a divergência "bearish". Este 
tipo de divergência caracteriza-se pela existência de dois picos bastante visíveis. O momentum 
"bullish" ou positivo foi confirmado quando o Oscilador de Chaikin formou um "cross-over" 
"bullish" em finais de Agosto. 
 
Há dois tipos de sinais "bullish" gerados pelo Oscilador de Chaikin: divergências positivas e 
"crossovers" da linha central. Porque o Oscilador de Chaikin é um indicador de outro indicador, 
é prudente esperar pela confirmação da divergência positiva pelo cruzamento "bullish" de 
médias móveis. A tabela seguinte constitui um excelente exemplo de divergência positiva que 
foi posteriormente confirmada pelo cruzamento da linha central. 
 
 
 
 
 
A divergência positiva é forte e pronunciada. Quando se usa um indicador de um indicador, é 
preferível "assimilar" sinais fortes. O "crossover bullish" da linha central ocorreu no Oscilador de 
Chaikin antes de a Linha Acumulação/Distribuição ter efetuado um novo máximo. 
 
No ponto do cruzamento da linha central (a linha verde feita a pontos), a cotação da ação 
também quebrou a resistência, confirmando assim o sinal bullish dado pela divergência 
positiva. 
 
Tal como no caso dos sinais "bullish", o Oscilador de Chaikin também gera 2 tipos de sinais 
"bearish": a divergência negativa e o "crossover bearish" da linha central. Os dois sinais em 
simultâneo representam também uma garantia da sua fiabilidade. O seguinte gráfico mostra um 
sinal "bearish" recente que coincidiu com uma quebra de um suporte a nível de preço da ação. 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos também confirmar que a divergência negativa não é tão acentuada como a positiva 
no gráfico anterior, mas é detectável. As divergências que cobrem longos períodos de tempo 
são, por vezes, difíceis a nível psicológico, já que uma pessoa nunca sabe qual o momento 
certo para entrar no título. 
 
É simples verificar os efeitos no preço do Oscilador de Chaikin e da Linha 
Acumulação/Distribuição neste exemplo. As linhas a azul marcam o período no qual a ação 
estava a andar de lado (13 dias). No entanto, muitos dos encerramentos neste período 
estavam abaixo do ponto médio da sessão, sendo que alguns ficaram inclusivamente perto do 
mínimo "intraday". Durante esse período quer o Oscilador de Chaikin, quer a Linha de 
Acumulação/Distribuição registraram um forte declínio. O "crossover bearish" da linha central 
coincidiu com a quebra da linha de tendência na Linha de Acumulação/Distribuição e com a 
quebra do suporte do preço. 
 
O Oscilador Chaikin é um bom indicador para acompanhar com a Linha
Acumulação/Distribuição, mas é por vezes de difícil interpretação. As médias móveis são 
ambas relativamente curtas e serão, portanto, mais sensíveis a mudanças na Linha 
Acumulação/Distribuição. Apesar de a sensibilidade ser importante, deve-se ter bastante 
cuidado a interpretar o indicador, que nunca deve ser utilizado isoladamente. 
 
Oscilador de preço 
(07-27-2001 5:40:59 PM por MultiplicadorTRADER) 
O Oscilador de Preço é um indicador baseado na diferença entre duas médias móveis e é 
expresso ou em percentagem ou em termos absolutos, de acordo com as preferências do 
utilizador. As médias móveis usadas para calcular o oscilador de preço podem ser 
exponenciais, ponderadas ou simples e o número de períodos do cálculo pode variar. Para 
dados diários, médias móveis de período longo são preferíveis de modo a filtrarem a normal 
aleatoriedade associada a dados diários. Para dados semanais, que filtram desde logo alguma 
dessa aleatoriedade, as médias móveis mais curtas podem ser mais apropriadas. 
Adicionalmente, uma média móvel do indicador pode ser utilizada como "trigger" à semelhança 
do MACD. Nas explicações seguintes usaremos as abreviaturas OPP (PPO em inglês) e OPA 
(APO em inglês) para explicar o Oscilador de Preço Percentual e o Oscilador de Preço 
Absoluto, respectivamente. 
 
Oscilador Preço Absoluto (OPA) 
 
O OPA é a subtração da média móvel mais longa à média móvel mais curta. Por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
MME10 (média móvel exponencial de 10 períodos) menos a MME30 (média móvel exponencial 
de 30 períodos. 
O gráfico que resulta deste cálculo forma o oscilador que flutua acima e abaixo de 0, conforme 
as diferenças entre as médias móveis. Se a média móvel mais curta está acima da média 
móvel mais longa então o indicador é positivo. Caso a média móvel de período mais longo seja 
superior à de período mais curto, então o indicador será negativo. 
 
Nota: o MACD também é calculado através da diferença absoluto e teoricamente também pode 
ser calculado com quaisquer dois períodos definidos pelo utilizador, mas é tipicamente 
calculado utilizando as médias móveis exponenciais de 12 e 26 dias. 
 
Oscilador Preço Percentual (OPP) 
 
The Oscilador de Preço Percentual é o resultado da subtração da média móvel de período mais 
longo à média móvel de período mais curto que é posteriormente dividida pela média móvel de 
período mais curto 
 
 
 
 
 
 
 
{(MME10 - MME30)/ MME10} 
 
Esta fórmula retorna a diferença dentre as duas médias móveis como uma percentagem da 
média móvel de período mais curto. 
 
Diferenças entre o OPP e o OPA 
 
O OPP e o OPA geram muitas vezes os mesmo sinais e assumem, normalmente a mesma 
forma. Todos os "crossovers" da média móvel de período mais longo pela média móvel de 
período mais curto ocorrem ao mesmo tempo. No entanto, porque a forma das linhas não é 
exatamente igual, poderão existir discrepâncias. Esta análise ilustra algumas dessas 
diferenças. 
 
 
 
 
 
 
1 - O círculo verde mostra que o OPP formou um máximo mais baixo em Dezembro enquanto 
que o OPA forma um novo máximo. 
2 - Em finais de Dezembro, o OPA continuou mais elevado enquanto que o PPO começou a 
"andar de lado". (setas a vermelho). 
3 - No início de Janeiro, o OPP fez um novo mínimo, um dia antes do mínimo do OPA. 
 
Há duas razões principais para utilizar o OPP contra o OPA. 
 
1 - Com o OPP é possível comparar dois osciladores de preços de ativos diferentes. Um valor 
do PPO de +5% significa que a MME de período mais curto é 5% superior que a média móvel 
de período mais longo. Esta leitura em termos relativos é comparável com outro ativo, 
independentemente do preço desse ativo. O OPP para o segundo ativo do gráfico seguinte só 
atingiu máximos de 3% enquanto que o do Nasdaq Composite subiu acima de 7%. 
 
 
 
 
 
 
2 - O OPP representa melhor a relação entre as duas médias móveis exponenciais. A diferença 
entre as duas médias móveis é mostrada em relação à média móvel mais curta. Isto permite 
comparações entre diferentesperíodos, independentemente do preço. Com OPA, quanto mais 
elevado for o preço de um ativo, maiores são os extremos do oscilador. Com o PPO, uma 
comparação entre um ativo em diferentes períodos de tempo é possível caso o preço da ação 
seja de 10 ou de 100. 
 
 
 
 
 
 
O Histograma OPP 
 
O OPP diário, com o uso de médias móveis exponenciais de 12 e 26 dias é muito similar ao 
MACD, que também usa as mesmas médias móveis. O OPP mede a diferença entre as duas 
médias móveis como uma percentagem da média móvel mais curta. 
 
Como o OPP e o MACD são muito similares, o conceito do histograma MACD pode ser 
aplicado ao OPP. O histograma OPP mostra a diferença entre o OPP e a média móvel 
exponencial de 9 dias do OPP. Os valores deste cálculo são apresentados em histograma de 
forma a que os "crossovers" e divergências sejam facilmente identificáveis. Os mesmo 
princípios que se aplicam ao histograma MACD aplicam-se neste caso. O OPA é exatamente o 
mesmo que o MACD. 
 
Se o valor do OPP é maior do que a sua média móvel exponencial de 9 dias, então o valor do 
histograma será positivo. Analogamente, se o valor do OPP é menor do que o valor da sua 
MME9, então o valor do histograma PPO será negativo. 
 
 
 
 
 
 
Outros aumentos ou decréscimos no gap entre o OPP e a sua MME9 serão refletidos no 
histograma OPP. Aumentos bruscos no histograma OPP indicam que o a subir mais 
rapidamente do que a sua MME9, logo a o momento "bullish" está a fortalecer-se. Diminuições 
bruscas no histograma OPP indicam que o OPP está a cair mais rapidamente do que a sua 
MME9 - o momento "bearish" está a fortalecer. 
 
Desvio-padrão 
(07-27-2001 5:33:05 PM por MultiplicadorTRADER) 
O desvio-padrão é um indicador estatístico de volatilidade. Mede a dispersão de valores de 
uma amostra (os preços de fecho de 20 sessões de determinado ativo, por exemplo) em torno 
da sua média. A dispersão é a diferença entre o valor de um determinado dado da amostra e a 
sua média. Quanto maior for essa diferença, maior será o desvio-padrão e, portanto maior será 
a volatilidade. Quanto mais perto o preço de fecho estiver da sua média, menor será o valor do 
desvio-padrão e menor será a volatilidade. O cálculo do desvio-padrão é baseado no número 
de períodos escolhido. Vinte dias é um período bastante usual, dado que representa o número 
de dias úteis do mês. 
 
Os passos para o cálculo deste indicador são os que se seguem:
 
- calcular o preço médio, que é soma dos preços dos 20 períodos a dividir pelo número de 
períodos (2246.06/20 = 112.30); 
 
- para cada período, subtrair o preço médio ao preço de fecho, obtendo assim o desvio para 
cada período (-3.30, -9.24...); 
 
- calcular o quadrado de cada desvio, obtendo assim o quadrado dos desvios (10.89, 85.38…); 
 
- realizar a soma dos quadrados dos desvios (921.4551); 
 
- dividir a soma dos quadrados dos resíduos por 20 (921.4551/20 = 46.0728). 
 
- calcular a raiz quadrada da média da soma dos quadrados dos resíduos, o que nos dá 
precisamente o desvio-padrão (6.7877). 
 
De acordo com a seguinte tabela, podemos observar que o desvio-padrão muda à medida que 
o tempo avança, dado que utilizamos os 20 dados anteriores ao cálculo. Portanto, cada vez 
que acrescentamos um dado à tabela, eliminamos o dado mais antigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interpretação: 
 
Como podemos observar, após longos períodos de consolidação, ou seja, em alturas reduzido 
movimento de preços, o desvio padrão cai. Repare que nos finais de Dezembro e Março, o 
ativo transacionava num intervalo de preços, o que levou à redução da volatilidade. A partir de 
Março, quando os preços explodiram, a volatilidade também aumentou. 
 
 
 
 
 
 
 
Já neste ativo, apesar de os preços serem idênticos aos do ativo anterior, os desvios-padrão 
são também maiores. Até final de Dezembro, o desvio-padrão estava abaixo de 5. Após a 
subida acentuada de Dezembro, o desvio-padrão subiu cima de 15. Desde então, ficou-se pelo 
10 e nos períodos mais avançados no tempo ficou acima de 17. Conclusão: este ativo é bem 
mais arriscado do que o primeiro, logo pode possibilitar resultados maiores (quer negativos, 
quer positivos) a quem o transacionei. 
 
 
Conclusão: 
 
Sendo um indicador bastante básico, o desvio-padrão não é um indicador que aponte 
claramente se deve apostar na compra ou na venda de determinado ativo. É antes um valioso 
testemunho da volatilidade de um título. Uma conclusão a retirar deste indicador pode ser: "Se 
o ativo tem um desvio-padrão reduzido, a volatilidade é baixa. Ou seja, pode estar próximo um 
movimento acentuado e brusco de preços, portanto é melhor assumir uma posição (longa ou 
curta) depois de analisar a situação." 
 
Recordo-me bem dos tempos em que a Cimpor não saía dos 16 euros (entre Junho de 1999 e 
Maio de 2000), tempos em que a volatilidade do título era tão reduzida, que tornavam os títulos 
da cimenteira dos menos atrativos do mercado. Em menos de 1 ano a cotação da Cimpor mais 
que duplicou... 
 
TRIN 
(07-20-2001 7:11:12 PM por MultiplicadorTRADER) 
Desenvolvido por Richard Arms, o TRIN, ou "índice Arms" é um indicador de detecção de 
inversão de tendência, ao determinar zonas "overbought" e "oversold". Devido ao seu método 
de cálculo, o TRIN reage inversamente ao mercado, ou seja, a subida deste índice indica uma 
situação "bearish" e quebra uma situação "bullish". Por vezes pode observar-se a escala do 
TRIN invertida de forma a facilitar a sua interpretação.
 
O TRIN é o rácio subidas/descidas dividido pelo rácio volume das subidas/volume das 
descidas: 
 
((Nº de títulos que encerraram positivos/Nº de títulos com encerramento negativo) / (volume 
dos títulos que encerraram positivos/volume dos títulos que encerraram negativos)) 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
No primeiro exemplo, os rácios eram iguais e o TRIN era 1, o que indica uma situação de 
indefinição, com o volume a entrar em títulos que registravam valorizações virtualmente igual 
ao que entrava em ações em quebra. No segundo exemplo, o rácio volume de descida/volume 
de descida não se manteve ao mesmo ritmo do que o rácio nº de subidas/nº de descidas e o 
TRIN subiu acima de 1. Quando tal acontece, significa que o volume a afluir mais rapidamente 
a ações que descem do que a ações que sobem. No exemplo final, o TRIN está abaixo de 1, 
indicando precisamente o contrário. 
 
As interpretações para este indicador têm evoluído. O próprio criador deste índice usa-o para 
detectar condições de topo ou fundo no mercado. Este considera que o mercado está 
"overbought" quando a média móvel simples de 10 dias do TRIN desce abaixo de 0.8 e 
"oversold" quando se move acima de "1.2". Outras interpretações procuram considerar a 
direção e o valor absoluto do TRIN de forma a determinar divergências "bullish" e "bearish". No 
gráfico a seguir pode confirmar estas interpretações. 
 
 
 
 
Preço por volume 
(07-13-2001 5:28:41 PM por MultiplicadorTRADER) 
"Preço pelo Volume" é um histograma horizontal disposto em cima do gráfico de preços. As 
barras do histograma estão dispostas da esquerda para a direita no gráfico. O comprimento de 
cada barra é definido pela soma dos volumes dos dias em que o ativo teve preços de 
encerramento no "range" vertical de cada barra do histograma. 
 
No gráfico abaixo, cada barra de "Preço pelo Volume" tem um limite vertical de 5 pontos. A 
maior barra é a que tem como limites 27.5 e 32.5. O comprimento da barra é determinado pela 
soma das barras de volume dos dias em que o encerramento ocorreu entre 27.5 e 32.5. 
 
A cor verde aponta para o volume dos dias em que o preço subiu e a cor vermelha aponta para 
o volume dos dias em que o preço caiu. 
 
Interpretação 
 
Este indicador não dá qualquer sinal de compra ou venda, mas antes uma idéia geral sobreos 
preços que o ativo tem tendência a cotar mais dias ou que geram maiores volumes de 
transação. Este é um ponto importante, dado que o volume é um dos indicadores mais 
importantes de confirmação de movimentos de preço. 
 
Indicador e Oscilador Aroon 
(07-10-2001 9:51:47 AM por MultiplicadorTRADER) 
Desenvolvido por Tushar Chande em 1995, o Aroon é um sistema que pode ser utilizado para 
determinar se um ativo financeiro está a seguir uma tendência, se está "a andar de lado" e 
caso se verifique a existência de uma tendência, quão forte ela é. "Aroon" significa "luz da 
madrugada" em sânscrito e Chande escolheu este nome em função do objetivo do indicador - 
revelar o início de uma nova tendência. 
 
O indicador Aroon é constituído por duas linhas, a Aroon de subida e a Aroon de descida. O 
oscilador Aroon é apenas uma linha definida como a diferença entre as anteriores. As três têm 
um único parâmetro - o número de períodos usados no cálculo. Dado que, quer a linha Aroon 
de subida e a Aroon de descida variam entre 0 e 100, o Oscilador Aroon varia de -100 a +100, 
sendo o 0, a linha de sinal. 
 
Metodologia 
 
O método de cálculo de uma linha Aroon de subida de determinado nº de períodos consiste na 
determinação do período de tempo (em %) que o preço demora a atingir um novo máximo 
(fecho) compreendido nesse período. Quando o ativo estabelece novos máximos para esse 
período, a linha Aroon de subida assumirá o valor 100. Se, pelo contrário, o ativo se trocar a 
valores mais baixos cada dia que passa, a linha Aroon de subida terá o valor de zero. A linha 
Aroon de descida é calculada da forma análoga, mas tendo os novos mínimos como base. 
 
A fórmula da linha Aroon de subida é: 
 
[ (número de períodos) - (número de períodos desde o encerramento mais alto relativo ao 
número de períodos) ] / (número de períodos) x 100 
 
A fórmula da linha Aroon de descida é: 
 
[ (número de períodos) - (número de períodos desde o encerramento mais baixo relativo ao 
número de períodos) ] / (número de períodos) x 100 
 
Exemplo: 
 
Considere uma linha Aroon de subida de 10 períodos numa tabela diária. Se o preço mais 
elevado dos últimos 10 dias ocorreu há seis dias (4 desde o início do período de 10 dias), a 
linha Aroon de subida terá o valor de 40 ((10-6)/10) x 100). Se o encerramento mais baixo do 
mesmo período aconteceu há 1 dia (i.e. no dia 9), a linha Aroon de descida seria de 90 ((10-
1)/10 x 100). 
 
Interpretação 
O seu criador advoga que quando as linhas Aroon (de subida e de descida) assumem valores 
cada vez mais baixos e próximos é sinal de que assistimos a um período de consolidação e de 
que não existe uma clara tendência (ver consolidação no gráfico). 
 
Quando a linha Aroon de subida cai para baixo de 50, é sinal de que a atual tendência perdeu 
o seu balanço de subida. Similarmente, se a linha Aroon de descida cair abaixo de 50, a atual 
tendência de quebra também perdeu "momentum". 
 
Valores acima de 70 indicam uma forte tendência na mesma direção da tendência evidenciada 
pela linha Aroon (ou de subida ou de descida). Valores abaixo de 30 indicam que se prepara a 
existência de uma forte tendência na direção oposta à da tendência atual (ver gráfico). 
 
O Oscilador Aroon assinala a proximidade de uma tendência de subida quando está acima de 
zero e a proximidade de uma tendência "bearish" se desce abaixo de zero. Quanto mais longe 
estiver de zero mais forte é a tendência. 
 
 
 
CBOE Volatility Index (VIX) 
(03-27-2001 2:18:10 AM por MultiplicadorTRADER) 
Introduzido em 1993 pelo Chicago Board Options Exchange, o VIX não é mais do que uma medida 
ponderada da volatilidade implícita em 8 opções de compra e venda (OEX put and call options). Mais 
concretamente, o peso atribuído a essas 8 opções de compra e venda (ou 8 «puts» e «calls») é 
definido de acordo com o tempo restante e com a posição das mesmas, ou seja, «in the money» ou 
«out of the money». O resultado obtido dá lugar a uma hipotética opção composta, a qual se encontra 
«at-the-money» e sob um prazo de 30 dias até expirar - recorde-se que uma opção «at-the-money» 
significa que o preço de exercício e o preço do ativo se igualam. Conclui-se, desta forma, que o VIX 
representa a volatilidade implícita nesta (hipotética) opção composta. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
Aplicação: Como que a acompanhar a evolução das opções transacionadas, o VIX é atualizado 
diariamente, podendo ser utilizado numa base de «intraday», diária, semanal ou mensal para medir o 
grau de volatilidade implícita, bem como para analisar as expectativas que se vão formando no 
mercado. Habitualmente, o VIX tem uma relação inversa com o mercado, razão pela qual os gráficos 
utilizados na sua representação são ilustrados com a escala invertida: os valores mais baixos ficam em 
cima e os mais altos em baixo. Por outras palavras, o valor do indicador aumenta quando o mercado 
está em declínio e diminui quando o mercado está em expansão. 
 
Chegou agora a altura de referir um ponto importante, o enviezamento «bullish» existente no mercado 
de ações. O que significa isto? Quando o mercado de ações se encontra numa fase de expansão, os 
investidores acreditam que o risco é menor do que quando o mercado se encontra em queda. Quanto 
mais elevado for o risco percepcionado pelos investidores, maior será também a volatilidade implícita e 
o preço das respectivas opções, particularmente as opções de venda. Por esta razão, a volatilidade 
implícita não se refere à amplitude dos movimentos dos preços, mas sim ao risco implícito subjacente 
ao mercado de ações. É também por isso que a quantidade procurada de opções de venda aumenta 
quando o mercado está em declínio, fazendo subir o preço das opções e os níveis de volatilidade 
implícita. 
 
A partir da explicação dada até este momento, facilmente se conclui que a comparação entre a 
evolução do VIX e a do mercado permite algumas pistas importantes relativamente à direção e duração 
das tendências. Assim, quanto mais avançar o VIX, maior será o pânico no mercado; quanto menores 
forem os valores assumidos pelo indicador, maior satisfação existirá no mercado. Precisamente para 
avaliar o grau de pânico ou de satisfação, o VIX é muitas vezes utilizado como um indicador contrário. 
De que forma? Valores muito baixos indicam um elevado grau de satisfação e são vistos como sinais 
«bearish». Por sua vez, valores extremamente elevados – os quais ocorrem habitualmente depois de 
uma descida acentuada e sob um ambiente ainda bastante «bearish» - sugerem uma forte ansiedade 
ou pânico entre os investidores, sendo interpretados como sinais «bullish». 
 
Note-se que os sinais «contrários» gerados pelo VIX e pelo mercado nos permitem também formar 
expectativas relativamente ao curto prazo. Assim, um forte sentimento de satisfação ou «overly bullish» 
é interpretado como «bearish» pelos defensores da teoria do contrário – os «contrarians». Pela mesma 
lógica, um sentimento de pânico generalizado ou «overly bearish» é visto como «bullish». Se o 
mercado se encontra numa fase de acentuado declínio e o VIX permanece inalterado ou diminui em 
valor, podemos ser levados a acreditar que o declínio ainda se vai manter por mais algum tempo. Da 
mesma forma, se o mercado está em forte expansão e o VIX aumenta em valor, isso poderá significar 
que o crescimento verificado poderá ainda persistir. 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos agora o gráfico acima apresentado e a relação «inversa» entre o VIX e o mercado, traduzido 
pelo índice S&P 100: 
 
A aplicação de uma média móvel de 10 dias (10-day SMA) permite harmonizar a tendência de ambos e 
concluir que, nos últimos 3 anos (entre Outubro de 1997 e Setembro de 2000), o VIX registrou 4 
valores (ver setas verdes) acima de 30, os quais são associados a uma tendência excessivamente 
«bearish»/de pânico e a uma volatilidade implícitamuito elevada. Por sua vez, os 3 registros (ver setas 
vermelhas) abaixo de 20 indicam uma excessiva satisfação/tendência «bullish» e uma volatilidade 
implícita bastante reduzida. Repare-se, finalmente, que uma vez registrados aqueles valores extremos, 
o sinal de confirmação é dado pelo regresso do VIX ao intervalo compreendido entre os valores acima 
de 20 e abaixo de 30. 
 
Williams %R 
(03-21-2001 11:44:47 AM por MultiplicadorTRADER) 
Desenvolvido por Larry Williams, o Williams %R (também conhecido por %R) é um indicador 
muito utilizado para medir níveis «overbought» e «oversold». Na prática, o seu funcionamento é 
semelhante ao do oscilador estocástico, na medida em que nos permite conhecer a relação 
entre o valor de fecho e o intervalo [máximo;mínimo] verificado num determinado período de 
tempo. A escala de valores vai de zero (0) até (-100), correspondendo os níveis «overbought» 
ao intervalo (0;-20) e os níveis «oversold» ao intervalo (-80;-100). Pelo que até aqui foi dito, 
facilmente se deduz que: 
a. Quanto mais próximo do topo da escala estiver o valor de fecho, mais próximo de zero (logo, 
mais elevado) estará o indicador; 
 
b. Quanto mais afastado do topo (ou mais próximo da base) estiver o valor de fecho, mais perto 
de -100 (logo, menor) estará o indicador; 
 
c. Se o valor de fecho igualar o máximo do intervalo, então o indicador será igual a zero (valor 
máximo). Pela mesma lógica, se o valor de fecho igualar o mínimo do intervalo, então o 
indicador assumirá o valor mínimo (-100). 
 
Fórmula: 
%R = [(maior dos máximos–valor de fecho)/(maior dos máximos–menor dos mínimos)*(-100)] 
 
Habitualmente, o Williams %R é calculado com base em 14 observações/períodos, quer seja a 
um nível de «intraday», diário, semanal ou até mensal. Porém, tal como já foi referido 
anteriormente, o número de períodos e a duração dos mesmos pode e deve ser adequado às 
características próprias de um determinado ativo. 
 
Antes de continuarmos, devemos ter em atenção um aspecto crucial relativamente à 
interpretação dos valores encontrados: «overbought» não significa necessariamente que se 
deve vender, bem como «oversold» não significa que estejamos em boa altura para comprar. 
Na verdade, um ativo poderá estar em tendência de queda, registrar um nível considerado 
«oversold» e aí permanecer enquanto o preço continua a descer. Por outro lado, mal um ativo 
atinja níveis «overbought» ou «oversold», os investidores deverão esperar por um sinal que 
confirme uma inversão nos preços. Para isso, pode ser utilizado (mas não só) um método muito 
simples: aguardar que o Williams %R cruze (para cima ou para baixo) o nível (-50). 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos atentamente o gráfico anterior, a partir do qual podemos salientar alguns aspectos 
sobre a aplicação do Williams %R a 14 e a 28 dias: 
 
a. O %R a 14 dias mostra-se muito volátil e propício a sinais falsos; 
 
b. O %R a 28 dias é menos sensível aos valores observados e por isso mais fiável; 
 
c. Quando o indicador a 28 dias se move para níveis «overbought» ou «oversold», verificamos 
que aí permanece por um período de tempo prolongado enquanto as ações prosseguem a sua 
tendência; 
 
d. Surgem alguns sinais relevantes (no caso do %R a 28 dias) se optarmos por esperar por 
uma confirmação, ou seja, por um movimento para cima ou para baixo de (-50). 
 
Average True Range 
(03-13-2001 12:15:03 PM por MultiplicadorTRADER) 
Desenvolvido por J. Welles Wilder, o Average True Range (ATR) é um indicador utilizado para medir a 
volatilidade de um ativo. Mais concretamente, o ATR não identifica a tendência (crescente ou decrescente) 
dos preços, nem sequer a sua duração, mas apenas o nível de variação dos mesmos, i.e., o grau de 
volatilidade. 
Wilder definiu também a «true range» (TR), ou seja, a amplitude de variação, como a maior das seguintes 
diferenças: 
 
a. O máximo atual menos o mínimo atual; 
 
b. O valor absoluto da diferença entre o máximo atual e o valor de fecho anterior; 
 
c.O valor absoluto da diferença entre o mínimo atual e o valor de fecho anterior; 
 
Assim, se a diferença entre máximo e mínimo for grande, tudo indica que será utilizada como «true range». 
Se tal não acontecer, poder-se-á recorrer a uma das outras fórmulas, especialmente se o valor de fecho for 
maior do que o máximo atual (ou menor do que o mínimo). 
 
 
 
 
 
 
A imagem anterior permite-nos analisar 3 situações distintas em que a TR não seria determinada pelo 
intervalo [máximo;mínimo]: 
 
a. Depois de um «gap» positivo, formou-se uma diferença entre mínimo e máximo muito reduzida. Por esta 
razão, a TR foi determinada pela diferença absoluta entre o máximo atual e o valor de fecho anterior. 
 
b. O intervalo [máximo;mínimo] encontrado após um «gap» negativo é também reduzido, pelo que a TR foi 
determinada pela diferença absoluta entre o mínimo atual e o valor de fecho anterior. 
 
c. Embora o valor de fecho pertença ao intervalo de variação anterior, a diferença atual entre máximo e 
mínimo é, de fato, muito pequena – menor até do que a diferença absoluta entre o máximo e o valor de 
fecho anterior, sendo esta a fórmula utilizada para determinar a TR. 
 
Geralmente, a aplicação do ATR compreende 14 períodos (ou um período de 14 dias), podendo o 
indicador ser calculado numa base «intraday», diária, semanal ou mensal. Vejamos, a este propósito, o 
seguinte exemplo (calculado numa base diária): como seria de esperar, o primeiro valor TR encontrado 
não é mais do que a diferença entre o máximo e o mínimo da sessão inicial, sendo o ATR a 14 dias 
determinado pela média dos TRs registrados nos últimos 14 dias. Para calcularmos o próximo ATR a 14 
dias, bastaria (de acordo com o método descrito por Wilder) realizar os seguintes passos: 
 
a. Multiplicar o ATR a 14 dias imediatamente anterior por 13; 
b. Adicionar o valor TR mais recente;
c. Dividir por 14; 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
Na folha de cálculo acima ilustrada, podemos encontrar o primeiro valor TR (1.9688 corresponde à 
diferença entre máximo e mínimo) e também o primeiro ATR a 14 dias (3.6646 é igual à média dos 14 
valores TR iniciais). Seguem-se outros valores ATR calculados a partir do procedimento descrito 
anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos agora o gráfico anterior, baseado nos valores registrados (na folha de cálculo) entre 23 de 
Outubro e 7 de Dezembro de 2000, e a forma como são calculados os valores para os dias 15 e 16: 
 
a. Dia 15: ATR = = 3.713 
b. Dia 16: ATR = = 3.7536 
 
 
 
 
 
 
O gráfico anterior permite-nos visualizar a aplicação prática do ATR: os níveis extremos (máximos e 
mínimos) podem significar pontos de inflexão ou o início de uma nova tendência no preço das ações. 
Sendo um mero indicador da volatilidade, o ATR não consegue prever a direção dessa tendência. Níveis 
ATR elevados podem traduzir um período de forte «trading», enquanto que níveis reduzidos poderão 
corresponder a períodos de «trading» fraco. Finalmente, refira-se que os valores ATR elevados resultam, 
geralmente, de descidas/subidas acentuadas e não poderão persistir por períodos de tempo muito 
prolongados. 
 
Nota final: na medida em que o ATR demonstra a volatilidade em níveis absolutos, depressa nos 
apercebemos que as ações mais baratas terão níveis ATR mais baixos do que os títulos mais caros. Por 
exemplo, uma ação cotada em 10$ (USD) teria um valor ATR muito inferior a uma ação cujo preço 
ascendesse aos 200$. Por esta razão, dever-se-á ter algum cuidado no momento de fazer comparações 
entre níveis ATR de diferentes ativos, ou até do mesmo ativo se tiverem ocorrido variações muito grandes 
no preço da ação. 
 
Percentage Volume Oscillator (PVO) 
(03-13-2001 12:05:44 PM por MultiplicadorTRADER) 
Conceito: o «Percentage Volume Oscillator» (PVO) não é mais do que a diferença percentualentre 2 
médias móveis de volume. Mais concretamente, o cálculo deste indicador é feito através da seguinte 
fórmula: 
 
Volume Oscillator (%) - PVO = [(Vol 12day EMA - Vol 26day EMA)/Vol 12day EMA] x 100 
Note-se que as médias móveis exponenciais (EMA) a 12 e 16 dias foram utilizadas apenas a título 
exemplar. Na verdade, o número de dias pode ser ajustado por forma a corresponder a períodos mais 
curtos ou mais longos. Note-se também que, pela própria descrição da fórmula, o PVO assumirá um 
valor máximo de 100 não havendo, porém, qualquer valor mínimo. Na verdade, o valor absoluto não é 
muito importante para aquilo que estamos a analisar – importa, isso sim, conhecer a direção e os 
movimentos cruzados para cima ou para baixo da linha central/neutra. 
 
Aplicação: existem 3 maneiras diferentes através das quais o PVO pode ser utilizado para detectar 
períodos em que o volume se expande ou contrai: 
 
a. «Centerline Crossovers» - o PVO flutua para cima e para baixo da linha central (nível zero). Assim, 
quando o PVO é positivo, uma EMA curta será superior a uma EMA longa; quando é negativo, uma 
EMA curta será inferior a uma EMA longa. Por outro lado, um PVO acima de zero significa que os níveis 
de volume são, de um modo generalizado, superiores à média; pela mesma lógica, um PVO abaixo de 
zero permite identificar níveis de volume levels inferiores à média. 
 
b. «Directional Movement» - as direções em que se movimenta o PVO permitem retirar (visualmente) 
uma conclusão imediata sobre os padrões de volume: um PVO crescente significa que os níveis de 
volume estão a aumentar, enquanto um PVO decrescente mostra que os mesmos estão a diminuir. 
 
c. «Moving average crossovers» - a última variável do PVO dá origem a uma linha de tendência/sinal. 
Quer isto dizer que, por exemplo, um PVO(12,26,9) contém uma média móvel exponencial a 9 dias, bem 
como um histograma representativo da diferença existente entre o PVO e a sua EMA a 9 dias. Quando o 
PVO se move para cima da sua linha, podemos concluir que, de um modo generalizado, os níveis de 
volume estão a crescer, e vice-versa. 
 
Refira-se, antes de mais, que os movimentos descritos pelo PVO são completamente distintos dos 
movimentos dos preços, podendo ser correlacionados para se inferir sobre os níveis de pressão de 
compra ou venda: uma subida dos preços combinada com um reforço do PVO seria interpretada como 
um aumento do volume, enquanto que uma quebra no preço do ativo, em conjunto com um declínio do 
PVO, levar-nos-ia a concluir que os níveis de volume estariam a decrescer. 
 
Nota: sendo definido por 3 variáveis, o PVO poderá assumir, por exemplo, os seguintes valores: 
PVO(12,26,9): a 1ª variável refere-se à EMA de volume curta, a 2ª refere-se à EMA de volume longa e, 
por último, a 3ª diz respeito à linha de sinal (podendo também assumir uma posição curta ou longa). Da 
diferença entre o PVO e a sua linha de sinal resulta o histograma (a área sólida acima e abaixo de zero). 
Aqueles que não quiserem utilizar o histograma, terão apenas que igualar a 3ª variável a 1. 
 
 
 
 
 
 
No gráfico anterior, podemos encontrar 2 PVOs diferentes: o primeiro encontra-se na parte superior e é 
definido pela expressão PVO (12,26,9); o segundo encontra-se na parte inferior e contém uma variável 
final igual à unidade, PVO (5,60,1). Quando isto acontece, verificamos que não existe qualquer linha de 
sinal ou histograma. Se olharmos atentamente para o gráfico, podemos facilmente reparar que entre 
Agosto e Setembro as ações foram negociadas entre os 15 e os 21 dólares, período em que o PVO 
permaneceu (quase sempre) abaixo de zero. Assistiu-se a uma pequena recuperação com o avanço 
registrado no final de Agosto, mas os títulos nunca ultrapassaram a sua «trading range». Quando, em 
Outubro, as ações começaram finalmente a subir, o PVO moveu-se para terreno positivo deixando uma 
marca bem acentuada (veja-se a linha verde). Este avanço, plenamente confirmado pelo aumento dos 
níveis de volume e pela quebra da resistência, viria a consistir um fortíssimo sinal de compra. 
 
 
 
 
 
 
 
Relativamente ao exemplo anterior, verificamos que, embora as linhas dos PVOs descrevam 
movimentos muito semelhantes, existem algumas diferenças importantes entre o PVO «standard» 
(12,26,9) e o PVO definido como (5,60,1): 
 
a. Enquanto o PVO (12,26,9) ultrapassou o nível +20 no final de Outubro, o PVO (5,60,1) superou o 
nível +50; 
 
b. No início do referido mês (ver linha vermelha 1), o PVO (5,60,1) passou para terreno negativo mas o 
PVO (12,26,9) permaneceu acima de zero; 
 
c. No início de Dezembro (ver linha vermelha 2), o PVO (5,60,1) avançou mais rapidamente para terreno 
positivo do que o PVO (12,26,9); 
 
As diferenças assinaladas prendem-se, essencialmente, com a EMA curta associada a ambos os PVOs. 
De fato, uma EMA de volume a 5 dias é muito mais sensível do que uma EMA a 12 dias. Por outras 
palavras, as médias móveis mais curtas são bastante mais voláteis e, por isso, mais sujeitas a 
«crossovers» na linha centra/neutra. Refira-se, finalmente, que os períodos de volume acima da media 
podem também ser confirmados pelas barras de volume que excedam a média móvel exponencial a 60 
dias (ver elipse verde em Outubro). 
 
 
 
Rabbitt Q-StockRank 
(03-06-2001 12:37:26 PM por 
MultiplicadorTRADER) 
O Q-Rank é um indicador formado a partir da combinação de 9 modelos de análise técnica e 
fundamental. Os valores resultantes da sua aplicação variam entre 1 (mínimo) e 99 (máximo) – 
assim, uma ação com um Q-Rank de 99 contém uma combinação ideal de 
características/qualidades que a tornam superior a 99% do total de ações analisadas. Este 
método compreende 2 componentes que, em conjunto, permitem conhecer melhor as 
qualidades (de uma ação) determinantes para o cálculo do Q-Rank: o Technical Sub-rank 
(TSR) e o Earnings Sub-rank (ESR). Na prática, seríamos tentados a comprar ações com um 
Q-Rank superior a 70 e a não comprar se o Q-Rank for inferior a 50. 
 
Decomposição 
 
O Technical Sub-Rank (TSR) recorre a 4 modelos/indicadores: 
 
1. O indicador de força relativa (relative strength) compara a performance de cada ação (em 
termos de preço) ao longo dos últimos 4 trimestres com o conjunto de todas as outras ações 
em análise. Desta forma, se uma ação atinge uma força relativa de 99, isso significa que a 
performance registrada nos últimos quatro trimestres superou 99% do universo Q-Rank. Note-
se, porém, que o desempenho verificado no último trimestre tem um peso reforçado. 
 
2. O indicador de inversão do retorno (return reversal) destina-se apenas às transações de 
curto prazo e reflete a tendência das ações em atingirem níveis «overbought» ou «oversold». 
Na prática, os títulos que tenham retornos mais elevados nas últimas 2 semanas são 
pontuados «desfavoravelmente» porque tendem a inverter os ganhos/a «under-perform» nas 2 
semanas subseqüentes; valores acima dos 90 sugerem uma potencial «out-performance» de 
curto prazo. 
 
3. O rácio preço/média móvel a 200 dias é utilizado para identificar a tendência de uma ação; é 
positivo acima de 120% e negativo abaixo de 90%. 
 
4. Finalmente, o modelo de combinação industrial analisa a atratividade da indústria (à qual 
pertence a empresa em estudo) a partir dos resultados anunciados (e posteriores revisões), de 
uma série de rácios (preço/cash-flow e preço/vendas, entre outros) e do montante de 
dividendos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Earnings Sub-rank (ESR) agrega características de crescimento e valor, as quais se podem 
dividir em 4 categorias:
 
1. Earnings surprise: é a diferença entre a mais recente divulgação dos resultados e as 
estimativas consensuais formadas no mercado; 
 
2. Earnings Revision: compara a última variação mensal dos ganhos esperados pelo mercado 
com as previsões a um ano feitas pelas empresas;

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