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Física II EMPUXO NÃO ARQUIMEDIANO 1 Sumário Introdução ............................................................................................................................. 2 Objetivos ............................................................................................................................... 2 1. Empuxo Não Arquimediano......................................................................................... 2 1.1. Conceito ................................................................................................................. 2 1.2. Exemplo .................................................................................................................. 4 Exercícios ............................................................................................................................... 5 Gabarito ................................................................................................................................. 5 Resumo .................................................................................................................................. 5 2 Introdução Nesta apostila será feita uma nova abordagem sobre o empuxo. Dessa vez, veremos casos em que o empuxo difere do usual que é definido pelo princípio de Arquimedes. Existe um empuxo não arquimediano? Sim! O empuxo não arquimediano contraria o princípio de Arquimedes em casos específicos no que diz respeito ao sentido vetorial da força de empuxo. Usaremos exemplos para ilustrar esses casos e entender com maior facilidade o que é esse empuxo não arquimediano. Objetivos • Conceituar o empuxo não Arquimediano. • Identificar problemas em que o empuxo é não Arquimediano. 1. Empuxo Não Arquimediano 1.1. Conceito Na hidrostática o empuxo é um assunto bastante discutido e de fundamental importância. Sabemos que o empuxo depende diretamente da densidade do fluido, volume e aceleração da gravidade. Lembre-se de que ele faz oposição à força peso e tem sido tratado como uma força vertical para cima. Todas essas definições retomam o empuxo com características arquimedianas que são usadas na maioria dos problemas de hidrostática. Há alguns casos muito específicos em que o empuxo não é uma força vertical que atua de baixo para cima. Esses casos podem ocorrer, por exemplo, quando uma das faces do corpo está presa em uma parede do reservatório do fluido, figura seguinte. 01 Face em contato com o lado do reservatório. 3 Ao colocar um cubo em um reservatório, este pode ficar com um de seus lados aderido na parede desse reservatório. Assim, aquela face do cubo deixa de entrar em contato com o fluido por estar aderido ao reservatório. Não há, portanto, fluido entre a parede do reservatório e a face do objeto. O empuxo se comporta de maneira diferente nesses casos. No exemplo, se o cubo estiver preso ao lado do reservatório, a força de empuxo pode atuar na diagonal para cima. Na hipótese de o cubo estar preso no fundo do reservatório, o empuxo passa a ser para baixo, figura seguinte. 02 Face em contato com o fundo do reservatório. Esses casos são denominados não arquimedianos, pois sem a influência por igual do fluido no objeto, o empuxo deixa de ser proporcional à densidade do fluido, volume e gravidade. Nesse caso, o empuxo precisa ser calculado pela integração da pressão na superfície de contato com o fluido. Para corpos simétricos acoplados ao fundo ou ao lado de um contêiner, se não houver fluido entre eles, o problema se reduz às forças presentes na força de pressão exercida para baixo no topo da superfície do fluido. Da lei de Stevin temos que o empuxo pode ser escrito como a integral da pressão em uma dada superfície 𝐸 = −∫∫ 𝑝 𝑆 (𝑧)𝑛𝑑𝑆 = −𝑝𝐴𝑘 = −(𝑝0 + 𝜌𝑔ℎ)𝐴𝑘. Em termos da pressão no fundo do contêiner a equação anterior nos leva ao empuxo na direção 𝐸 = −(𝑝𝐴 − 𝜌𝑉𝑔)𝑘 que é o resultado para casos onde há completa aderência do corpo às paredes do recipiente. 4 FIQUE ATENTO! 1.2. Exemplo Considerando o empuxo não arquimediano explicado na seção anterior, temos um reservatório com água onde um cubo de lado L está preso na parede do fundo do reservatório. Essa face não está em contato com o líquido. Pensando nisso, como seria calculada a força que a parede exerce na face do cubo? 03 Face em contato com a parede do reservatório. Vamos à resolução! O empuxo será a força que a água está aplicando sobre a face superior do cubo. Lembrando que o empuxo pode ser calculado como 𝐸 = 𝑝 × 𝐴 então ao substituir as relações entre p e A, encontramos que 𝐸 = 𝜌𝑎𝑔ℎ𝐿² onde o empuxo é igual à densidade da água pela gravidade, altura da coluna de água e área da base do cubo. Essa força entre a parede do reservatório e a face do cubo é a soma entre o empuxo e a força peso, portanto 𝐹 = 𝜌𝑎𝑔ℎ𝐿² + 𝑚𝑔. O empuxo não arquimediano pode diferir no que diz respeito à direção e sentido da força de empuxo no sistema. Só vale para casos em que não há fluido entre o corpo e a parede do reservatório. 5 Exercícios 1. (AUTOR, 2019) Diferente dos problemas não arquimedianos, o princípio de Arquimedes pode apresentar empuxo com diferentes direções e sentidos. a) Certo b) Errado 2. (AUTOR, 2019) O empuxo não arquimediano sempre é indicado na vertical de baixo para cima. a) Certo b) Errado 3. (AUTOR, 2019) Um objeto é abandonado em um fluido e afunda até o final do recipiente. O empuxo nesse caso é não arquimediano, pois o objeto encosta no recipiente. a) Certo b) Errado Gabarito 1. Nessa questão os conceitos foram invertidos. Resposta correta: B. 2. O empuxo que respeita o princípio de Arquimedes aplicado no corpo, geralmente, é vertical de baixo para cima. Em casos especiais, onde o corpo adere em uma superfície do reservatório do fluido, o empuxo pode ter uma direção e sentido diferentes do apresentado por Arquimedes. Resposta correta: B. 3. O objeto encostar no recipiente é diferente de aderir à superfície. Ao encostar, ainda há fluido entre os dois corpos, já ao aderir não há a presença de fluido entre eles. É isso que faz com que o empuxo seja apresentado de maneira diferente. Resposta correta: B. Resumo Problemas não arquimedianos diferem dos arquimedianos por haver uma superfície de contato entre o corpo e a superfície do reservatório, por exemplo, tal que eles aderem perfeitamente de forma que ali não exista líquido, e, portanto, o empuxo não pode agir por igual em todo o corpo. 6 Isso acontece geralmente com corpos simétricos como cubos ou com cilindros, onde uma de suas bases pode aderir ao contêiner. Vimos aqui então que não é correto dizer sempre que o empuxo é uma força que atua de baixo para cima na vertical em determinado corpo submetido a um fluido. Em casos especiais e muito raros, a direção e o sentido do empuxo podem ser alterados. No caso em que um cubo está com uma de suas faces completamente aderida ao fundo de um reservatório, podemos chegar ao cálculo da força normal que atua no cubo empuxo como sendo 𝐹 = 𝑔(𝜌𝑎ℎ𝐿² + 𝑚) onde h é a altura da coluna de fluido, L² corresponde à área da base do cubo, g é a gravidade, m a massa e 𝜌 a densidade do fluido. 7 Referências bibliográficas BRITO, R. Empuxo não-arquimedianos. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/49244827/empuxo#download>.Acesso em: 25 fev 2019 às 22h. LIMA, F. Using surface integrals for checkingthe Archimedes’ lawofbuoyance, Eur. J. Phys, 2011. SFB. Física IV: Aula 27 exercícios de revisão. Disponível em: <http://www.determinantebh.com.br/wp- content/uploads/2016/08/Frente-IV_pro_aula27_-_exercicios_de_revisao_estatica_de_fluidos.pdf>. Acesso em: 25 fev 2019 às 22h.
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