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Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 Caso 6 - PBL - “Denise Alves” Anatomia: Vias Aéreas Superiores: parte do sist. respiratório que conduz o ar até os pulmões. ☆ Nariz: ● Está situado acima do palato duro. ● Contém o órgão periférico do olfato. ● Funções do nariz → olfato, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, além de recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais. ● Parte externa do nariz: é a parte visível que se projeta da face. ○ Seu esqueleto é principalmente cartilagíneo. ○ Dorso do nariz → da raiz até o ápice (ponta) do nariz. ○ Face inferior → perfurada por duas aberturas piriformes, as narinas, que são limitadas lateralmente pelas asas do nariz. ● Pele: ➢ Parte óssea superior → pele fina. ➢ Parte cartilagínea → pele mais espessa com muitas glândulas sebáceas. ➢ Vestíbulo do nariz → tem um número variável de pêlos rígidos (vibrissas) que geralmente estão úmidos. ↳ esses pelos filtram partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. ● Esqueleto: formado por osso e cartilagem hialina. ○ Parte óssea do nariz → ossos nasais, processos frontais das maxilas, parte nasal do frontal e sua espinha nasal, e partes ósseas do septo nasal. ○ Parte cartilagínea → cinco cartilagens principais: duas cartilagens laterais, duas cartilagens alares e uma cartilagem do septo. ➢ Cartilagens alares → em forma de U, são livres e móveis. ↳ Dilatam ou estreitam as narinas quando há contração dos músculos que atuam sobre o nariz. ● Septo Nasal: divide a câmara do nariz em duas cavidades nasais. ○ Tem uma parte óssea e uma parte cartilagínea móvel flexível. ○ Principais componentes do septo nasal → lâmina perpendicular do etmóide, vômer e cartilagem do septo. ➢ Lâmina perpendicular do etmóide → forma a parte superior do septo nasal, desce a partir da lâmina cribriforme e continua superiormente a essa lâmina como a crista etmoidal. ➢ Vômer → osso fino e plano, forma a parte póstero inferior do septo nasal, com alguma contribuição das cristas nasal da maxila e do palatino. ➢ Cartilagem do septo → tem uma articulação do tipo macho e fêmea com as margens do septo ósseo. ● Cavidades Nasais: refere-se a toda a cavidade ou à metade direita ou esquerda. ○ A entrada da cavidade nasal é anterior, através das narinas. Abre-se posteriormente na parte nasal da faringe através dos cóanos ○ É revestida por túnica mucosa, com exceção do vestíbulo nasal, que é revestido por pele. ○ Túnica mucosa do nariz → firmemente unida ao periósteo e pericôndrio dos ossos e às cartilagens que sustentam o nariz. Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ↳ É contínua com o revestimento de todas as câmaras com as quais as cavidades nasais se comunicam: ➢ Parte nasal da faringe na parte posterior. ➢ Seios paranasais nas partes superior e lateral. ➢ Saco lacrimal e a túnica conjuntiva na parte superior. ↳ ⅔ inferiores da túnica mucosa do nariz correspondem à área respiratória e ⅓ superior é a área olfatória ➢ O ar que passa sobre a área respiratória é aquecido e umedecido antes de atravessar o restante das vias respiratórias superiores até os pulmões. ➢ Área olfatória contém o órgão periférico do olfato. ○ Limites das Cavidades Nasais: ➢ Teto das cavidades nasais → curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior, onde o corpo do esfenoide, que é oco, forma o teto. ↳ É dividido em três partes (frontonasal, etmoidal e esfenoidal), nomeadas de acordo com os ossos que formam cada parte. ➢ Assoalho das cavidades nasais → mais largo do que o teto. ↳ Formado pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino. ➢ Parede Medial → Septo Nasal. ➢ Paredes Laterais → irregulares em razão de três lâminas ósseas, as conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas. ○ Características: ➢ As conchas nasais (superior, média e inferior) curvam-se em sentido inferomedial, pendendo da parede lateral como persianas ou cortinas curtas. ➢ Há um recesso ou meato nasal (passagem na cavidade nasal) sob cada formação óssea. ➢ É dividida em cinco passagens: um recesso esfenoetmoidal póstero superior, três meatos nasais laterais (superior, médio e inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens laterais. ➢ Concha nasal inferior → mais longa e mais larga das conchas → formada por um osso independente (concha nasal inferior) coberto por uma túnica mucosa que contém grandes espaços vasculares que aumentam e controlam o calibre da cavidade nasal. ➢ Conchas nasais média e superior → processos mediais do etmóide. ↳ A infecção ou irritação da túnica mucosa pode ocasionar o rápido surgimento de edema, com obstrução de uma ou mais vias nasais daquele lado. e o seio frontal. ● Irrigação: ○ Das paredes medial e lateral da cavidade nasal: ➢ Artéria etmoidal anterior (da artéria oftálmica) ➢ Artéria etmoidal posterior (da artéria oftálmica) ➢ Artéria esfenopalatina (da artéria maxilar) ➢ Artéria palatina maior (da artéria maxilar) ➢ Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial) Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ● Drenagem Venosa: ○ Rico plexo venoso submucoso situado profundamente à túnica mucosa do nariz. ➢ Veia esfenopalatina. ➢ Veia facial. ➢ Veia oftálmica. ○ Esse plexo venoso é uma parte importante do sistema termorregulador do corpo, trocando calor e aquecendo o ar antes de entrar nos pulmões. ○ O plexo está localizado no “triângulo perigoso” da face em razão das comunicações com o seio cavernoso (venoso da dura-máter). ● Inervação: ○ Região Póstero Inferior → Nervo Maxilar, através do nervo nasopalatino para o septo nasal, e os Ramos Nasal Lateral Superior Posterior e Nasal Lateral Inferior do nervo palatino maior. ○ Porção anterossuperior → Nervo Oftálmico (NC V1) através dos Nervos Etmoidales Anterior e Posterior, ramos do Nervo Nasociliar. ○ NC VI e NC VII. ○ Nervos Olfatórios → associados ao olfato, originam-se de células no epitélio olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da cavidade nasal. Os processos centrais dessas células atravessam a lâmina cribriforme e terminam no bulbo olfatório, a expansão rostral do trato olfatório. � Seios Paranasais: ● São extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os seguintes ossos do crânio: ○ frontal ○ etmóide ○ esfenoide ○ maxila ● São nomeados de acordo com os ossos nos quais estão localizados. ○ Seios Frontais: ➢ Estão entre as lâminas externa e interna do frontal, posteriormente aos arcos superciliares e à raiz do nariz. ➢ São detectáveis em crianças até os 7 anos. ➢ Cada seio drena através de um ducto frontonasal para o infundíbulo etmoidal, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio. ➢ Inervação → Nervos Supraorbitais (NC VI). ➢ Raramente têm tamanhos iguais e o septo entre eles não está totalmente situado no plano mediano. ➢ Podem chegar até as asas maiores do esfenoide. ➢ Normalmente tem duas partes: uma parte vertical na escama frontal e uma parte horizontal na parte orbital do frontal. ↳ Uma ou ambas as partes podem ser grandes ou pequenas. ↳ Quando a parte supraorbital é grande, o teto forma o assoalho da fossa anterior do crânio e o assoalho forma o teto da órbita. ○ Células Etmoidais: ➢ São pequenas invaginações da túnica mucosa dos meatos nasais médio e superior para o etmóide entre a cavidade nasal e a órbita. ➢ Em geral, as células etmoidais não são visíveisem radiografias antes de 2 anos de idade. ➢ CE Anteriores → drenam direta ou indiretamente para o meato nasal médio através do infundíbulo etmoidal. Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ➢ CE Médias → abrem-se diretamente no meato médio e às vezes são denominadas “células bolhosas” ↳ Formam a bolha etmoidal, uma saliência na margem superior do hiato semilunar. ↳ CE Posteriores → abrem-se diretamente no meato superior. ➢ Inervação → Ramos Etmoidais Anterior e Posterior dos Nervos Nasociliares (NC VI). ○ Seios Esfenoidais: ➢ Estão localizados no corpo do esfenoide, mas podem estender-se até as asas deste osso. ➢ São divididos de modo desigual e separados por um septo ósseo. ➢ Apenas lâminas finas de osso separam os seios de várias estruturas importantes: os nervos ópticos e o quiasma óptico, a hipófise, as artérias carótidas internas e os seios cavernosos. ➢ São derivados de uma célula etmoidal posterior que começa a invadir o esfenoide por volta dos 2 anos de idade. ➢ Irrigação → Artérias Etmoidais Posteriores e Nervos Etmoidais Posteriores → suprem os seios esfenoidais. ○ Seios Maxilares: ➢ São os maiores seios paranasais. ➢ Ocupam os corpos das maxilas e se comunicam com o meato nasal médio. ➢ Ápice → estende-se em direção ao zigomático, podem chegar até lá. ➢ Base → forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal. ➢ Teto → formado pelo assoalho da órbita. ➢ Assoalho → formado pela parte alveolar da maxila. ↳ Pode ter elevações causadas pelos primeiros molares. ➢ Drenam através de uma ou mais aberturas, o óstio maxilar, para o meato nasal médio da cavidade nasal por meio do hiato semilunar. ➢ Irrigação → Ramos Alveolares Superiores da Artéria Maxilar. ↳ Assoalho → Ramos das Artérias Palatinas Descendente e Maior. ➢ Inervação → Nervos Alveolares Superiores Anterior, Médio e Posterior, que são ramos do nervo maxilar. ☆ Laringe: ● Complexo órgão de produção da voz. ● É formada por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos e contém as pregas vocais. ● Está situada na região anterior do pescoço no nível dos corpos das vértebras C III a C VI. ● Une a parte inferior da faringe à traquéia. ● Embora seja conhecida mais ● Sua função mais importante é proteger as vias respiratórias, sobretudo durante a deglutição, quando serve como “esfíncter” ou “válvula” do sistema respiratório inferior. ● Esqueleto da laringe: ○ Formado por nove cartilagem → 3 ímpares (tireóidea, cricóidea e ○ epiglótica) e 3 pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ○ Cartilagem Tireóidea → maior das cartilagens. ➢ Margem superior → oposta à vértebra C IV. ➢ ⅔ inferiores de suas duas lâminas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea → projeção bem definida em homens e raramente visível em mulheres → pomo de Adão. ➢ Incisura Tireóidea → localizada acima dessas proeminências. ↳ Superiormente tem formato de V. ↳ Inferiormente é menos definida - entalhe pouco profundo no meio da margem inferior da cartilagem. ➢ Margem posterior de cada lâmina projeta-se superiormente e inferiormente formando os respectivos cornos. ➢ Margem superior + cornos superiores fixam-se ao hióide pela membrana tireo-hióidea. ➢ Parte mediana espessa → ligamento tireo-hióideo mediano. ➢ Partes laterais → ligamentos tíre hióideos laterais. ➢ Cornos inferiores → articulam com as faces laterais da cartilagem cricóidea nas articulações crise tireóideas. ↳ Realizam os movimentos de rotação e deslizamento da cartilagem tireóidea, que modificam o comprimento das pregas vocais. ○ Cartilagem cricóidea → formato de um anel de sinete com o aro voltado anteriormente. ➢ A abertura anular da cartilagem permite a passagem de um dedo médio. ➢ Parte posterior (sinete) da cartilagem cricóidea → lâmina. ➢ Parte anterior (anel) → arco. ➢ Muito menor e mais espessa e forte que a cartilagem tireóidea. ➢ É o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via respiratória. ➢ Fixação → margem inferior da cartilagem tireóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano e primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal. ○ Cartilagens aritenóides → cartilagens piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. ➢ Cada cartilagem tem um ápice superior, um processo vocal anterior e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir de sua base. ➢ Ápice → tem cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica. ➢ Processo vocal → permite a fixação posterior do ligamento vocal, e o processo muscular atua como alavanca à qual estão fixados os músculos cricoaritenóideos posterior e lateral. ○ Articulações cricoaritenóideas → localizadas entre as bases das cartilagens aritenóides e as faces súpero laterais da lâmina da cartilagem cricóidea. ➢ Permitem que as cartilagens aritenóides deslizam, inclinem-se anterior e posteriormente, e girem. ↳ Esses movimentos são importantes na aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas vocais. Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ○ Ligamentos vocais elásticos → estendem-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea anteriormente até o processo vocal da cartilagem aritenóidea posteriormente. ➢ Formam o esqueleto submucoso das pregas vocais. ➢ Esses ligamentos são a margem superior livre espessada do cone elástico ou membrana cricovocal. ➢ Ligamentos Cricoaritenóideos laterais → partes da membrana que se estendem lateralmente entre as pregas vocais e a margem superior da cartilagem cricóidea. ➢ O cone elástico, fibroelástico, funde-se anteriormente com o ligamento cricotireóideo mediano. O cone elástico e a túnica mucosa sobrejacente fecham a abertura da traqueia, com exceção da rima da glote central (abertura entre as pregas vocais). ○ Cartilagem epiglótica → formada por cartilagem elástica tem forma de coração e é coberta por túnica mucosa. Confere flexibilidade à epiglote. ○ Cartilagem epiglótica → situada posteriormente à raiz da língua e ao hióide, e anteriormente ao ádito da laringe. Forma a parte superior da parede anterior e a margem superior da entrada. ➢ Sua extremidade superior larga é livre e a extremidade inferior afilada. ○ Ligamento hioepiglótico → fixa a face anterior da cartilagem epiglótica ao hióide. ○ Membrana quadrangular → lâmina submucosa fina de tecido conjuntivo que se estende entre as faces laterais das cartilagens aritenóides e epiglótica. ○ Prega vestibular → formada pelo ligamento vestibular coberto frouxamente por mucosa. ➢ Essa prega situa-se acima da prega vocal e estende-se da cartilagem tireóidea até a cartilagem aritenóidea. ➢ Ligamento Ariepiglótico → formado pela margem superior livre da membrana quadrangular coberto por túnica mucosa. ○ Cartilagens corniculada e cuneiforme → apresentam-se como pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. ➢ Cartilagens corniculadas → fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóides. ➢ Cartilagens cuneiformes → não se fixam diretamente em outras cartilagens. ○ A membrana quadrangular e o cone elástico são as partes superior e inferior da membrana fibroelástica da laringe, que está localizada na tela submucosa. ● Cavidade da Laringe inclui: ○ Vestíbulo da laringe → entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares. ○ Parte média da cavidade da laringe: a cavidade centralentre as pregas vestibulares e vocais. ○ Ventrículo da laringe → recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas vestibulares e vocais. ➢ Sáculo da laringe → bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestida por glândulas mucosas. ○ Cavidade infraglótica → cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com o lúmen da traqueia. Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ○ Pregas vocais → controlam a produção do som. Cada uma contém: ➢ Ligamento vocal → formado por tecido elástico espessado que é a margem livre medial do cone elástico. ➢ Músculo vocal → formado por fibras musculares muito finas que ocupam posição imediatamente lateral aos ligamentos vocais e terminam irregularmente em relação ao comprimento desses ligamentos. ➢ São pregas salientes de túnica mucosa que estão situadas sobre os ligamentos vocais e os músculos tireoaritenóideos e incorporam essas estruturas. ➢ São a origem dos sons (tons) que provêm da laringe. ↳ Produzem vibrações audíveis quando suas margens livres estão justapostas (mas não comprimidas) durante a fonação, e o ar é expirado intermitentemente com força ➢ São o principal esfíncter inspiratório da laringe quando estão fechadas com firmeza. ➢ A adução completa das pregas forma um esfíncter eficaz que impede a entrada de ar. ○ Glote → formada pelas pregas e processos vocais, juntamente com a rima da glote, a abertura entre as pregas vocais. ↳ O formato da rima varia de acordo com a posição das pregas vocais. ⋙ Durante a respiração comum, a rima é estreita e cuneiforme. ⋙ Durante a expiração forçada é larga e trapezóide. ↳ A rima é semelhante a uma fenda quando as pregas vocais estão bem aproximadas durante a fonação. ↳ A variação na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz alterações na altura da voz. ○ Pregas vestibulares → estendem-se entre a cartilagem tireóidea e as cartilagens aritenóides. ➢ Sua função é protetora. ➢ Consistem em duas pregas espessas de túnica mucosa que encerram os ligamentos vestibulares. ➢ O espaço entre esses ligamentos é a rima do vestíbulo. Os recessos laterais entre as pregas vocais e vestibulares são os ventrículos da laringe. ● Músculos da Laringe: ○ Extrínsecos → movem a laringe como um todo. ➢ Infrahióideos → abaixam o hióide e a laringe. ➢ Supra-hióideos → elevadores do hióide e da laringe. ○ Intrínsecos → movem os componentes da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas vocais e o tamanho e formato da rima da glote. Todos, com exceção do cricotireóideo (inervado pelo laríngeo superior), são supridos pelo nervo laríngeo recorrente. ➢ Divide-se em grupos funcionais → adutores e abdutores, esfíncteres, e tensores e relaxadores. ⋙ Adutores e abdutores → movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote. Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ● Cricoaritenóideos laterais → tracionam os processos musculares anteriormente, girando as cartilagens aritenóides e causando a oscilação medial de seus processos vocais. ● Aritenóideos Transverso e Oblíquo. ● Cricoaritenóideos posteriores → tracionam os processos musculares posteriormente, girando os processos vocais lateralmente e assim alargando a rima da glote. ⋙ Esfíncteres → As ações combinadas da maioria dos músculos do ádito da laringe resultam em ação esfincteriana que fecha o ádito da laringe como mecanismo de proteção durante a deglutição. ✱ A contração dos músculos cricoaritenóideos laterais, aritenóideos transversos e oblíquos e ariepiglóticos aproxima as pregas ariepiglóticas e traciona as cartilagens aritenóides em direção à epiglote. Esta ação é um reflexo ao líquido ou a partículas que se aproximam ou entram no vestíbulo da laringe. ⋙ Tensores: ● Cricotireóideos → inclinam ou tracionam a proeminência ou ângulo da cartilagem tireóidea anterior e inferiormente em direção ao arco da cartilagem cricóidea. Atua na elevação da voz. ⋙ Relaxadores: ● Tireoaritenóideos → tracionam as cartilagens aritenóides anteriormente, em direção ao ângulo (proeminência) da cartilagem tireóidea. Atua na redução da voz. ○ Músculos vocais → situam-se medialmente aos músculos tireoaritenóideos e lateralmente aos ligamentos vocais nas pregas vocais. ➢ Fazem pequenos ajustes dos ligamentos vocais, mediante tensão e relaxamento seletivo das partes anterior e posterior, respectivamente, das pregas vocais durante a fala e o canto enérgicos. ● Irrigação: ○ Ramos das artérias tireóideas superior e inferior. ○ Artéria Laríngea Superior → supre interna da laringe. ○ Artéria Cricotireóidea → supre o músculo cricotireóideo. ○ Artéria Laríngea Inferior → supre a túnica mucosa e os músculos na parte inferior da laringe. ● Drenagem Venosa: ○ Veia Laríngea Superior → drena a parte interna da laringe. ➢ Geralmente se une à Veia Tireóidea Superior e através dela drena para a VJI. ○ Veia Laríngea Inferior → drena a túnica mucosa e os músculos na parte inferior da laringe. ○ Geralmente se une à veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso sobre a face anterior da traqueia, que drena para a veia braquiocefálica esquerda. ● Drenagem Linfática: ○ Vasos linfáticos da laringe superiores às pregas vocais → linfonodos cervicais profundos superiores. Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - turma 01 ○ Vasos linfáticos inferiores às pregas vocais → linfonodos pré-traqueais ou paratraqueais → linfonodos cervicais profundos inferiores. ● Inervação: ○ Ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos (NC X). ○ Nervo laríngeo superior → origina-se do gânglio vagal inferior na extremidade superior do trígono carótico. ➢ Divide-se em dois ramos terminais na bainha carótica → o nervo laríngeo interno (sensitivo e autônomo) e o nervo laríngeo externo (motor). ○ Nervo Laríngeo Inferior → continuação do nervo Laríngeo Recorrente (ramo do NC X). ➢ Nervo motor primário da Laringe - supre todos os músculos intrínsecos, exceto o cricotireóideo. ➢ Também envia fibras sensitivas para a túnica mucosa da cavidade infraglótica. ☆ Traqueia: ● Estende da laringe até o tórax, onde termina dividindo-se em brônquios principais direito e esquerdo. ● Transporta o ar que entra e sai dos pulmões. ● Seu epitélio impulsiona o muco com resíduos em direção à faringe para expulsão pela boca. ● É um tubo fibrocartilagíneo: ○ Cartilagens traqueais mantêm a traqueia pérvia. ○ São deficientes na parte posterior onde a traquéia é adjacente ao esôfago. ○ Abertura posterior nos anéis → transposta pelo músculo traqueal, músculo liso involuntário que une as extremidades dos anéis. ● Adultos → ~2,5 cm de diâmetro. ● Lactentes → diâmetro aproxima-se a um lápis. ● Relações Anatômicas: ○ Lateralmente → artérias carótidas comuns e os lobos da glândula tireóide. ○ Inferiormente à tireóide → arco venoso jugular e veias tireóideas inferiores. ○ Lado direito da Traqueia na raiz do pescoço→ tronco braquiocefálico. ● Está fortemente aderida ao esôfago.
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