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TÉCNICA DE NECROPSIA EM RUMINANTES: 
 
Necropsia é o exame criterioso de todos os órgãos e tecidos de um animal 
morto. Segundo a origem da palavra do grego: visão pormenorizada do morto. 
Deve-se proceder a abertura do cadáver, percorrendo a linha alba, partindo 
da região do mento junto a mandíbula, até a região anal. 
Os órgãos devem ser retirados e examinados sistematicamente com 
atenção ao tamanho, a simetria, a textura e a coloração. 
Os órgãos devem ser cortados com facas e tesouras bem afiadas, 
observando-se a superfície do corte, representada pelos aspectos liso, rugoso, 
áspero, granuloso, deprimido e saliente. 
As massas e os nódulos anômalos ao organismo devem ser examinados: 
medidos, pesados e coletados para exame histopatológico. 
De todo órgão ou tecido que apresentam alguma anormalidade, devem ser 
coletados fragmentos contendo parte normal e lesada (no mesmo fragmento). Os 
fragmentos devem ser finos (5 a 10mm de diâmetro, possibilitando a penetração 
do fixador: formol a 10-20% ou outros fixadores). 
As lesões devem ser descritas em fichas simplificadas, em linguagem 
científica precisa, de modo que leituras posteriores não requeiram adivinhações 
sobre o que o necropsiador na realidade observou. 
A avaliação das lesões macroscópicas possibilita ao patologista, na maioria 
das vezes, emitir um diagnóstico preciso. 
O diagnóstico de necropsia pode ser preciso, dependendo das lesões 
encontradas (nos casos de cirrose hepática, intussuscepção intestinal, metrites e 
outros). 
Pode ser indefinido quando não se observa nenhuma lesão importante, 
aquelas que chamamos “características” ou patognomônicas e que por si só, 
definem o quadro. Isto ocorre em determinadas enfermidades (raiva, botulismo, 
febre vitular e outras) que são importantes em Medicina Veterinária. 
No caso de botulismo, a ausência de lesões sugere ao necropsiador o 
diagnóstico, estando sujeito à confirmação laboratorial. 
Realizar uma necropsia é para o profissional um ato de responsabilidade, 
competência e bravura, entretanto, o profissional deve estar atento aos 
procedimentos de biossegurança e utilização de equipamentos de proteção 
individual (EPI), tais como, luvas de procedimento, jaleco ou macacão, calçados 
impermeáveis (tais como botas de borracha). Em casos de suspeita de zoonoses 
altamente infecciosas (por exemplo tuberculose, raiva, influenza aviária, entre 
outras) a necropsia precisa ser feita com uso de óculos de proteção, máscaras 
com respiradores e em ambientes isolados, seguida do descarte adequado do 
restante da carcaça e dos materiais descartáveis. 
Obter o histórico clínico, considerando todas as possibilidades de 
diagnóstico antes da necropsia. O histórico inclui: idade, raça, sexo dos animais 
afetados, condições de manejo, instalações, alimentação, sinais clínicos, qualquer 
tratamento administrado e se o animal morreu ou foi eutanasiado. Verificar 
quantos animai foram afetados e se houve aquisição recente de animais no 
rebanho. Anamnese é importante, porque certas doenças atingem certas faixas 
etária e raças. 
A posição do cadáver também é importante. É preciso colocá-lo de forma 
que aquelas estruturas grandes e pesadas não atrapalhem. Para isso indicamos 
que: 
1- nos ruminantes se faça em decúbito lateral esquerdo; 
2- nos eqüinos em decúbito lateral direito; 
3- nos suínos em decúbito dorsal; 
4- nos caninos e felinos em decúbito dorsal. 
 
 
PRINCIPAIS PASSOS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA NECROPSIA 
 
1 - Após verificar o histórico clínico do animal, observar na requisição se existe 
algum pedido especial. 
2 – Exame minucioso da parte externa do animal, observando lesões e 
parasitas. É importante o exame das mucosas e aberturas naturais. Examinar 
ambos os lados. Examinar também o local onde o animal morreu (presença de 
predadores, indícios de raios, toxinas, plantas tóxicas, sinais de trauma). 
3 – Ruminantes  decúbito lateral esquerdo, se possível com o dorso mais 
elevado que o ventre 
4 – Incisão da pele do mento até o anus (recortar o prepúcio e glândula 
mamária) faca de dentro para fora. Rebater dorsalmente a pele e os membros do 
lado direito. Desarticular o membro posterior direito, na articulação coxo femural. 
Abrir o abdome e examinar fígado, pró-ventrículos e diafragma. 
5 – Fazer uma incisão entre as costelas  verificar pressão negativa no tórax, 
som característico  síbilo. Cortar as costelas logo abaixo dos músculos dorsais e 
incidir as costelas em seu aspecto medial. 
6 – Rebater ventralmente as costelas e a parte da parede abdominal direita até 
que as articulações costo condrais se rompam, ficando assim toda a parede do 
lado direito aberta. 
7 – Examinar as cavidades abdominal e torácica, procedendo ou não a coleta 
de material para exames complementares. 
8 – Remover o omento. 
9 – Palpar entre o retículo e o diafragma, para verificar a presença de aderência 
ou corpo estranho (retículo pericardite traumática). No caso de fêmea a glândula 
mamária e os linfonodos devem ser retirados nesse ponto. 
10 – Retirar a adrenal direita, dissecando o rim e ureter até a entrada da bexiga, 
para ser examinado posteriormente. 
11 - Seccionar o duodeno em cada lado da entrada do colédoco, deixando parte 
de duodeno ligada ao colédoco. Exame do pâncreas. 
12 - Seccionar o colo na altura da cavidade pélvica, cortar as inserções com o 
mesentério. Segurar toda massa de alças intestinais, puxar antero-ventralmente, 
seccionar todas suas ligações e remover na totalidade os intestinos (monobloco). 
13 - Destacar o intestino do mesentério de maneira que possa ser estendido 
sobre uma mesa em forma se ziguezague, e possa ser aberta uma inserção ao 
longo da linha mesentérica. 
14 - Remover a adrenal esquerda, rim esquerdo e ureter, sendo dissecado até 
sua inserção com a bexiga. Permanecendo ligado a esta e ao rim. 
15 - Remover rúmen, retículo, omaso e abomaso em um só bloco. Após 
destacar o baço do rúmen e examinar cuidadosamente. 
16 - Separar o omaso e abomaso do rúmen e retículo. No rúmen e retículo fazer 
uma incisão na linha média, retirar conteúdo, lavar e examinar mucosa. Remover 
o omento, incidir o abomaso na sua curvatura maior, remover material, lavar e 
examinar a mucosa de ambos os órgãos. 
17 - Remover juntos diafragma e fígado e remanescentes da veia cava 
posterior. 
18 - Separar a pelve da sínfise púbiana, remover a parte direita da pelve, e 
remover como num monobloco o reto, genitália e bexiga. Após separar o reto e o 
anus da genitália, abrir as estruturas, examiná-las e em casos de machos remover 
prepúcio, testículos, pênis e examina-los. 
19 - Dissecar ligações da língua e mandíbula, desarticular o osso hióide. 
Dissecar língua, laringe e esôfago até a entrada da cavidade torácica. Seccionar o 
esôfago na entrada do diafragma. Remover pulmões, coração, grandes vasos, 
esôfago, traquéia, língua, tudo num monobloco. 
20 - Palpar pulmões, na mesa. 
a) Abrir esôfago e examinar mucosa. 
b) Exame das tireóides. 
c) Exame da superfície natural e de corte de todos os linfonodos. 
d) Abrir a laringe e a traquéia. Separar pulmões do coração, abrir as veias e 
artérias pulmonares e brônquios principais. 
e) Incidir, examinar e remover o pericárdio. Examinar os líquidos do saco 
pericárdico. 
f) Abrir e examinar o coração e aorta. 
21 - Dissecar a pele da cabeça e remover os músculos da região. Desarticular a 
cabeça. 
22 - Remover o encéfalo. Técnica no link abaixo no Site do MAPA: 
(http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20do
s%20herbivoros/manual%20procedimentos%20para%20diagnostico.pdf ). 
23 - Exame dos músculos esqueléticos, ossose articulações. 
24 - Após completar a necropsia todos os órgãos e restos da carcaça devem ser 
colocados de volta na cavidade abdominal e proceder o descarte adequado da 
carcaça. 
25 - Registrar todos os achados de necropsia por escrito. Considerar na 
descrição das lesões sua localização, distribuição, tamanho, cor e consistência.

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