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SISTEMA URINÁRIO - HISTOLOGIA VETERINÁRIA

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SISTEMA URINÁRIO
MeDICINA VETERINÁRIA
HISTOLOGIA VETERINÁRIA
ANDERSON SILVA FRAGA
INTRODUÇÃO
O Sistema Urinário é formado pelos dois rins, os dois ureteres, a bexiga e a Uretra. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres e é lançada ao exterior pela Uretra. 
O sistema urinário contribui para a manutenção da homeostase do corpo, produzindo a urina, por meio da qual são eliminados água, eletrólitos, pequenas moléculas (p. ex., hormônios, ureia, antibióticos) e diversos resíduos do metabolismo.,
INTRODUÇÃO
Essas funções se realizam nos túbulos uriníferos, por meio de um processo complexo que envolve filtração, absorção ativa, absorção passiva e secreção. 
Além da função reguladora da composição do meio interno, os rins decretam hormônios, como a Renina, que participa da regulação da pressão sanguínea e Eritropoetina uma glicoproteína que estimula a produção de Eritrócitos. 
RIM
O Rim tem o formato de um grão de feijão, com uma borda convexa e outra côncava, na qual se situa o hilo, onde entram e saem vasos sanguíneos, entram nervos e sai o ureter. 
A porção central do Rim, adjacente ao hilo e a região côncava e delimitada pela medula renal, é denominada Seio Renal, que é ocupado por espaços denominados Cálices Menores e Cálices Maiores. Eles fazem parte da parede de um tubo com formato de funil chamado pélvis renal, do qual se origina o Ureter. 
ESTRUTURA GERAL DO RIM
O Rim é envolvido por uma cápsula de Tecido Conjuntivo Denso, e seu parênquima é constituído pela Zona Cortical e pela Zona Medular. 
A zona medular é formada por 10 a 18 pirâmides medulares, cujos vértices fazem saliência nos cálices renais menores e cujas bases estão voltadas para a região cortical. Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, grupos de túbulos que penetram a cortical. As regiões das pirâmides que fazem saliência nos cálices são as Papilas Renais. 
LOBULAÇÃO DO RIM
O Rim é dividido em lobos. Cada lobo renal é formado por uma pirâmide renal, pelo segmento de córtex que recobre sua base e por uma estreita faixa de parênquima cortical situada aos lados da pirâmide. Portanto em cada rim, há tantos lobos quanto pirâmides. 
Um lóbulo renal é constituído por um raio medular e pelo tecido cortical que fica ao seu redor, sendo delimitado pelas artérias interlobulares. Não têm limites observáveis em cortes histológicos.
PARÊNQUIMA RENAL 
Denomina-se túbulo urinífero do rim o conjunto formado por dois componentes funcionais e embriologicamente distintos, o Néfron e o Túbulo Coletor. Em cada rim há cerca de 600 a 800 mil Néfrons. 
O Néfron é formado por uma parte dilatada, o Corpúsculo Renal ou de Malpighi, e por uma sequência de túbulos: o Túbulo Contorcido Proximal, as Partes Delgada e Espessa da Alça de Henle e o Túbulo Contorcido Distal. O Túbulo coletor conecta o Túbulo Contorcido Distal aos segmentos corticais ou medulares dos Ductos Coletores.
CORPÚSCULOS RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE
O Corpúsculo Renal tem cerca de 200 micrômetros de diâmetro e é formado por um tufo de capilares, o glomérulo renal, que é envolvido pela Cápsula de Bowman. A cápsula é formada por dois folhetos, um interno, ou visceral, disposto em torno dos capilares glomerulares, e outro externo, ou parietal, que reveste internamente o Corpúsculo Renal. Entre os dois folhetos da cápsula de Bowman, existe o Espaço Capsular, que recebe o líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula de Bowman.
CORPÚSCULOS RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE
 Cada Corpúsculo renal tem dois polos: o polo vascular, pelo qual penetra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente, e o polo urinário, no qual tem início o Túbulo Contorcido Proximal. 
O folheto externo ou parietal da cápsula de Bowman é constituído por um epitélio simples pavimentoso, que se apoia na lâmina basal e em uma fina camada de fibras reticulares. O conjunto constituí uma membrana basal bem visível ao microscópio de luz.
CORPÚSCULOS RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE
 Enquanto o folheto externo mantém sua morfologia epitelial, as células do folheto interno ou visceral modificam-se durante o desenvolvimento embrionário, adquirindo características muito peculiares. Essas células são chamadas de Podócitos e formadas por um corpo celular, de onde partem diversos prolongamentos primários que dão origem aos prolongamentos secundários. Os podócitos contém actina, apresentam mobilidade e se apoiam sobre a lâmina basal dos capilares glomerulares. 
CORPÚSCULOS RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE
 Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado, sem diafragmas nos poros das células endoteliais. Há uma lâmina basal entre as células endoteliais e os podócitos. Essa lâmina basal é espessa pela fusão das membranas basais do endotélio e dos podócitos, sendo um componente importante da barreira de filtração glomerular. Partículas com mais de 10 nm de diâmetro dificilmente atravessam essa membrana basal, e o mesmo acontece com proteínas de massa molecular maior do que a da Albumina (69kDa). 
CORPÚSCULOS RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE
 Somando-se o fluxo sanguíneo nos dois rins, verifica-se que, a cada 4 a 5 minutos, passa por eles a totalidade do sangue circulante no corpo. Os glomérulos são formados por capilares arteriais, cuja pressão hidrostática é muito elevada em comparação com outros capilares do corpo. O filtrado glomerular forma-se pela pressão hidrostática do sangue. Ele tem concentrações de cloreto, glicose, ureia, e fosfato semelhantes às do plasma sanguíneo, porém quase não tem proteínas, pois as macromoléculas não atravessam a barreira de filtração glomerular. 
CÉLULAS MESANGIAIS
 Além das células endoteliais e dos podócitos, os glomérulos contêm as células mesangiais internas, mergulhadas em matriz mesangial. Há locais do glomérulo em que a lâmina basal não envolve toda a circunferência de um só capilar, constituindo uma membrana comum a duas ou mais alças capilares. É principalmente nesse espaço entre os capilares que se localizam as células mesangiais, as quais podem também ser encontradas na parede dos capilares glomerulares, entre as células endoteliais e a lâmina basal. 
CÉLULAS MESANGIAIS
As células mesangiais são contráteis e têm receptores para angiostensina II. A ativação desses receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Contêm ainda receptores para o fator natriurético atrial, produzido pelas células musculares do átrio do coração. Esse hormônio é um vasodilatador e relaxa as células mesangiais, aumentando o volume de sangue que passa pelos capilares e a área disponível para filtração.
CÉLULAS MESANGIAIS
As células mesangiais têm ainda outras funções: garantir suporte estrutural ao glomérulo, sintetizar a matriz extracelular, fagocitose e digerir substâncias normais e patológicas retidas pela barreira de filtração e produzir moléculas biologicamente ativas, como prostaglandinas e endotelinas. As endotelinas causam contração da musculatura lisa das arteríola aferentes e eferentes do glomérulo.
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
No polo urinário do corpúsculo renal, o folheto parietal da cápsula de Bowman se continua com o epitélio cuboide ou colunar baixo do Túbulo Contorcido Proximal. Esse Túbulo é mais longo do que o distal; por isso, secções dele são vistas com mais frequência nas proximidades dos corpúsculos. Como suas células são largas, em cada corte transversal de um túbulo proximal aparecem apenas três a quatros núcleos esféricos. Os limites entre as células desses túbulos são dificilmente observados ao microscópio óptico, pois eles têm prolongamentos laterais que se interdigitam com os das células adjacentes.
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
As células do túbulo proximal têm o citoplasma bastante acidófilo, especialmente no seu polo basal, em razão de numerosas mitocôndrias alongadas presentes nessa região. Por microscopia eletrônica de transmissão, observa-se que as células do Túbulo proximal têm prolongamentos laterais que se interdigitam com os das células adjacentes. 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
Muitas mitocôndrias se situamno interior desses prolongamentos. A localização delas e o aumento da superfície da parte basal da membrana celular são características das células que transportam íons. A bomba de sódio localiza-se nas porções basolaterais da membrana plasmática e é responsável pelo transporte de íons para o interstício renal. 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
A superfície apical das células dos túbulos proximais apresenta grande quantidade de micróbios, que formam a Orla em Escova. Nesta superfície, há grande atividade de endocitose de material presente no lúmen dos túbulos; dessa maneira, são reabsorvidas pelas células dos túbulos macromoléculas que atravessaram a barreira de filtração glomerular, principalmente proteínas com massa molecular abaixo de 70 kDa.
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
As vesículas se fundem com lisossomos, nos quais as macromoléculas são digeridas. Resíduos de aminoácidos exocitados para o interstício se difundem até vasos sanguíneos para serem reaproveitados. 
No túbulo contorcido proximal, inicia-se o processo de reabsorção do filtrado glomerular e exceção de substâncias no lúmen tubular. Esse segmento do Néfron reabsorve a totalidade da glicose e dos aminoácidos contidos no filtrado glomerular, e mais de 70% da água, bicarbonato e cloreto de sódio, além de íons cálcio e fosfato.
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
A glicose, os aminoácidos e os íons são reabsorvidos por proteínas transportadoras e por transporte ativo, sendo que a água acompanha passivamente o transporte dessas substâncias. O transporte de água depende, em grande parte, de moléculas da família das aquaporinas. Desse modo, a osmolaridade do conteúdo do túbulo é mantida ao longo do tubo. 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL
Quando a quantidade de glicose na filtrado excede a capacidade de reabsorção dos túbulos proximais, a urina se torna mais abundante e contém glicose. Todas essas substâncias são transportadas através das células dos túbulos e colocadas no interstício renal ( o tecido conjuntivo situado entre os componentes dos Néfrons), de onde passam para a circulação sanguínea.
ALÇA DE HENLE
A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que consiste em um segmento delgado interposto a dois segmentos espessos. Estes têm estrutura muito semelhante à do Túbulo contorcido distal. Na parte mais externa da medula (próxima à região cortical), o segmento espesso descendente da Alça de Henle tem um diâmetro externo de 60 micrômetros, estreita-se para um diâmetro de 12 micrômetros e se transforma na parte descendente delgada da alça. 
ALÇA DE HENLE
O lúmen desse segmento do Néfron é relativamente amplo, porque a parede da alça é formada por epitélio simples pavimentoso. 
A alça de Henle participa da retenção de água. Apenas os animais com essas alças são capazes de produzir urina hipertônica e, assim, poupar a água do corpo, evitando a necessidade de beber água continuamente. Ela cria um gradiente de hipertonicidade no interstício medular, que influencia a concentração da urina a medida que ela passa pelos ductos coletores.
ALÇA DE HENLE
Embora o segmento delgado descendente da alça de Henle seja completamente permeável à água, o segmento ascendente inteiro é impermeável. No segmento espesso ascendente, o cloreto de sódio é transportado ativamente para fora da alça, a fim de estabelecer o gradiente medular já mencionado e que é necessário para concentrar a urina. A osmolaridade do interstício renal nas extremidades das pirâmides é aproximadamente 4 vezes maior do que a do sangue. 
ALÇA DE HENLE
Aproximadamente um sétimo dos corpúsculos renais localiza-se próximo à junção corticomedular, constituindo os chamados Néfrons Justamedulares. Os outros, situados mais próximos da superfície do córtex, são chamados de Néfrons Corticais. Todos os Néfrons participam dos processos de filtração, reabsorção e secreção. Os Néfrons Justamedulares desempenham o importante papel de estabelecer um gradiente de hipertonicidade no interstício da medula renal, que é base funcional para os rins produzirem urina hipertônica. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
A parte espessa da alça de Henle penetra na região cortical e, após curto trajeto, torna-se tortuosa e passa a se chamar Túbulo Contorcido Distal, revestido por epitélio cúbico simples. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
Em cortes hidrológicos, a distinção entre os túbulos Contorcido distais e proximais, ambos encontrados na cortical e formados por epitélio simples cúbico, baseia-se nos seguintes parâmetros: as células dos túbulos distais são mais estreitas; em consequência, observam-se mais núcleos em cortes transversais desses túbulos. Além disso, suas células não têm orla em escova e são menos acidófilas, pois contêm menor quantidade de mitocôndrias. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
No Túbulo contorcido distal existe uma troca iônica, desde que haja quantidade suficiente de aldosterona circulante. Ocorre ainda absorção de sódio, e potássio é excretado. Esse mecanismo influencia o conteúdo de sais e água no organismo. O túbulo distal também secreta os íons hidrogênio e amônia para a urina, atividade essencial para o equilíbrio acidobásico do sangue. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
Uma propriedade muito importante dos túbulos distais é o fato de um segmento desses túbulos aproximar-se do Corpúsculo renal do mesmo Néfron, local onde a parede do túbulo se modifica. Suas células tornam-se cilíndricas, altas e com núcleos alongados e muito próximos uns dos outros; a maioria delas tem o complexo de Golgi na região basal. Esse segmento modificado da parede do Túbulo distal, que aparece mais escuro nos cortes corados, devido à proximidade dos núcleos de suas células chama-se Mácula Densa. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL
A Mácula Densa é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular, produzindo moléculas sinalizadores que promovem a liberação da enzima renina na circulação.
TÚBULOs E DUCTOS COLETORES
O conteúdo dos túbulos distais passa para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais calibrosos, os ductos coletores, que se dirigem para as papilas renais. Tanto os túbulos como os ductos coletores seguem um trajeto retilíneo. 
Os ductos coletores mais delgados são revestidos por epitélio cúbico e têm um diâmetro de aproximadamente 40 micrômetros.
TÚBULOs E DUCTOS COLETORES
À medida que se fundem e se aproximam das papilas, suas células tornam-se mais altas, até se transformarem em cilíndricas. Ao mesmo tempo, aumenta o diâmetro do tubo. No local próximo à extremidade das papilas medulares, os ductos coletores têm diâmetro de até 200 micrômetros. 
TÚBULOs E DUCTOS COLETORES
Os tubos coletores são formados por células com citoplasma que se cora fracamente pela eosina e cujos limites intercelulares são bem marcados. Ao microscópio eletrônico de transmissão, observa-se que são células pobres em organelas. Os ductos coletores da medula participam dos mecanismos de concentração da urina por meio de retenção de água, sob influência do hormônio anti-diurético liberado na pars nervosa da hipófise. 
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
Próximo ao Corpúsculo renal, a arteríola aferente não tem membrana elástica interna e suas células musculares apresentam-se modificadas. Essas células são chamadas Justaglomerulares ou células JG e têm núcleos esféricos e citoplasma contendo grânulos de secreção. A secreção desses grânulos participa da regulação da pressão sanguínea.
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
A mácula densa do túbulo distal geralmente se localiza próximo às células Justaglomerulares, formando com elas um conjunto chamado Aparelho Justaglomerular. Também fazem parte desse células com citoplasma claro, de função pouco conhecida, denominadas Células Mesangiais Extraglomerulares.
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
Ao microscópio eletrônico, as células Justaglomerulares apresentam características de células secretoras de proteínas, tais como retículo endoplasmático rugoso abundante e complexo de Golgi desenvolvido. Os grânulos de secreção medem cerca de 10 a 40 nm e reúnem-se em aglomerados que parecem constituir a forma madura desecreção.
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
As células Justaglomerulares produzem a enzima Renina, mas ela não atua diretamente. A renina aumenta a pressão arterial e a secreção de aldosterona (um hormônio da cortical da glândula adrenal), por meio do Angiotensinogênio (uma globulina do plasma). Atuando sobre o Angiotensinogênio, a Renina libera um decapeptídeo – a Angiotensina I. Uma enzima do plasma remove dois aminoácidos da angiotensina I, formando a angiotensina II (octopeptídeo). 
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
Os principais efeitos fisiológicos da angiotensina II são: aumentar a pressão sanguínea e induzir a secreção de Aldosterona ( hormônio que inibe a excreção do sódio pelos rins) pela glândula adrenal. A deficiência em sódio é um estímulo para a liberação da renina, que acelera a secreção de aldosterona. Inversamente, o excesso de sódio no sangue deprime a secreção de renina, que inibe a produção de aldosterona, aumentando, então a excreção de sódio pela urina.
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
O aparelho Justaglomerular exerce, portanto, um importante papel no controle do balanço hídrico (já que água é retida ou eliminada junto com o sódio) e do equilíbrio iônico do meio interno.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Cada rim recebe sangue por uma artéria renal, que, antes de penetrar o órgão, divide-se geralmente em dois ramos: um irriga a parte anterior (ventral), e o outro, a parte posterior (dorsal) do rim. Ainda no hilo, esses ramos dão origem às artérias interlobares, que seguem entre as pirâmides renais. Na altura da junção corticomedular (onde se situam as bases das pirâmides renais), as artérias interlobares formam as Arciformes, que seguem um trajeto paralelo à cápsula do órgão, percorrendo o limite entre medular e cortical.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Das Arciformes partem as artérias interlobulares, de curso perpendicular à cápsula do rim. Essas artérias se situam entre os raios medulares, que, com o parênquima cortical adjacente, formam os lóbulos do rim.
Das artérias interlobulares originam-se as Arteríolas Aferentes dos glomérulo, que originam os capilares glomerulares, de onde o sangue passa para as arteríolas eferentes.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Nos Néfrons Corticais, situados mais próximo à cápsula, os capilares originados das arteríolas eferentes formam as redes capilares peritubulares, responsáveis pela nutrição e oxigenação da cortical, e pela remoção de metabólitos do interstício renal.
As arteríolas eferentes dos glomérulo pertencentes a néfrons Justamedulares, situados próximo da medular, originam vasos longos e retilíneos que se dirigem no sentido da medular, onde se dobram e retornam para a cortical sob a forma de delgadas vênulas. 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Essas alças capilares constituem os vasos retos, que em conjunto, formam o plexo medular. O endotélio do seu ramo descendente é do tipo contínuo; porém, as células do ramo ascendente são fenestradas. O sangue dos vasos retos, já filtrado pelos glomérulos, fornece nutrientes e oxigênio à medular do rim. Em virtude de sua disposição em alça, os vasos retos não alteram o gradiente de hipertonicidade da medular.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Os capilares da parte superficial da cortical se reúnem para formar as Veias Estreladas, assim chamadas por seu aspecto quando observadas na superfície do rim. As veias estreladas se unem às interlobulares, que formam as veias Arciformes, dando origem às veias interlobares. Estas convergem para formar a Veia Renal, pela qual o sangue sai de cada um dos rins.
INTERSTÍCIO RENAL
O espaço entre os componentes dos Néfrons e os vasos sanguíneos e linfáticos se chama interstício renal. Ele é muito escasso na cortical, mas aumenta na medular. Além disso, contém pequena quantidade de tecido conjuntivo, com fibroblastos, algumas fibras colágenas e, principalmente na medula, uma substância fundamental muito hidratada e rica em proteoglicanos. 
INTERSTÍCIO RENAL
No interstício da medula existem células secretoras chamadas de Células Intersticiais, que contêm gotículas lipídicas no citoplasma e participam da produção de prostaglandinas e prostaciclinas. As células do interstício da cortical renal produzem 85% da Eritropoetina do organismo, um hormônio glicoproteico que estimula a produção de eritrócitos pelas células da medula óssea. 
INTERSTÍCIO RENAL
O fígado sintetiza os 15% restantes de Eritropoetina necessária para o bom funcionamento do erítron. Doenças renais podem levar a uma profunda anemia decorrente da deficiência de produção de Eritropoetina, pois o fígado não tem capacidade de suprir, sozinho, as necessidades do organismo.
BEXIGA E VIAS URINÁRIAS 
A bexiga armazena a urina formada pelos rins por algum tempo e a conduz para o exterior pelas vias urinárias. Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, embora suas paredes se tornem gradualmente mais espessas na direção da bexiga. 
A mucosa dessas estruturas é formada por um epitélio de Transição e por uma Lâmina Própria de tecido conjuntivo, que varia do frouxo ao denso. Em torno da mucosa há feixes de tecido muscular liso. 
BEXIGA E VIAS URINÁRIAS 
As células mais superficiais do epitélio de Transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos residuais. Por microscopia eletrônica, observou-se que a membrana plasmática da superfície externa das células em Contato com a urina é especializada e apresenta placas espessas separadas por faixas de membrana mais delgada. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões delgadas, e as placas espessas se invaginam e se enrolam, formando vesículas fusiformes intracitoplasmáticas, que permanecem próximo à superfície celular. 
BEXIGA E VIAS URINÁRIAS 
Quando a bexiga se enche novamente, sua parede se distende, e ocorre um processo inverso, com transformação das vesículas citoplasmáticas fusiformes em placas que se inserem na membrana, aumentando a superfície das células. Essa membrana plasmática especial é sintetizada no complexo de Golgi e tem uma composição química peculiar: os cerebrosídeos constituem o principal componente da fração dos lipídios polares.
BEXIGA E VIAS URINÁRIAS 
A túnica muscular das vias urinárias é formada por uma camada longitudinal interna e uma circular externa, ambas de tecido muscular liso. A partir da porção inferior do ureter aparece uma camada longitudinal externa, e na bexiga essas camadas musculares se tornam mal definidas. Na parte proximal da uretra, a musculatura da bexiga forma o seu esfíncter interno. 
BEXIGA E VIAS URINÁRIAS 
O ureter atravessa a parede da bexiga obliquamente, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas músculo longitudinal, cuja contração abre a válvula e facilita a passagem de urina do ureter para a bexiga. 
As vias urinárias são envolvidas externamente por uma membrana adventícia, exceto a parte superior da bexiga, que é coberta por um folheto peritoneal.
URETRA
É um tubo que transporta a urina da bexiga para o exterior no ato da micção. No sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação; no sexo feminino, é um órgão exclusivamente do sistema urinário. 
A uretra Masculina é formada pelas porções: 1- Prostática, 2-Membranosa e 3-Cavernosa ou peniana. 
URETRA
A porção Prostática situa-se muito próximo à bexiga e atravessa o interior da próstata. Os ductos que transportam a secreção da próstata abrem-se na uretra prostática. Na parte dorsal da uretra prostática há uma elevação que provoca saliência para o interior da uretra, Verumontanum, em cujo ápice abre-se um tubo em fundo cego, sem função conhecida: o Utrículo Prostático. Nos lados do verumontanum abrem-se os dois Ductos Ejaculadores, pelos quais passa o esperma. A uretra prostática é revestida por epitélio de transição.
URETRA
A uretra Membranosa tem apenas 1 cm de extensão e é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. Nessa parte da uretra existe um esfíncter de músculo estriado: o esfíncter externo da uretra. 
A uretracavernas localiza-se no interior do corpo cavernoso da uretra (também denominado corpo esponjoso). Próximo à sua extremidade externa, o lúmen da uretra cavernosa dilata-se, formando o Fossa Navicular. O epitélio da uretra cavernosa é pseudoestratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. 
URETRA
As Glândulas de Littré são do tipo mucuso e se encontram em toda a extensão da uretra, embora predominem na uretra peniana. 
Algumas dessas glândulas têm suas porções secretoras diretamente ligadas ao epitélio de revestimento da uretra, enquanto outras contém ductos excretores. 
URETRA
A Uretra Feminina é um tubo de 4 a 5 cm de comprimento, revestido por epitélio estratificado pavimentoso, com áreas de epitélio pseudoestratificado colunar. Próximo à sua abertura no exterior, a uretra feminina contém um esfíncter de músculo estriado, o esfíncter externo da uretra. 
REFERÊNCIA
HISTOLOGIA BÁSICA – JUNQUEIRA E CARNEIRO – 13° EDIÇÃO. 2017

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