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NEFROLOGIA VETERINÁRIA – AFFECÇÃO RENAL FAMILIAR EM CÃES E GATOS M.V. Mayara Cristini Ferreira de Aguiar DOENÇAS FAMILIARES DE CÃES E GATOS GATOS – Amiloidose – Rins policísticos CÃES – Rim Policístico – Displasia Renal – Amiloidose AMILOIDOSE – CÃES E GATOS Gato Abissínio – 1-5 anos Cão: Beagle; Sharpei – dor articular; febre Proteinúria, deposição de amilóide glomerular e na medula renal, glomerulonefrite, IRC Tratamento: IRC DOENÇA RENAL POLICISTÍCA (PKD) Gato Persa – aumento em nº e volume Cão: Cairn Terrier – rins e fígado Renomegalia - US Proteinúria, IRC Tratamento: IRC DISPLASIA RENAL Chowchow, Schnauzer, Lhasa Apso, Shih Tzu, Poodle, Wheate Terrier – desenvolvimento anormal do tecido renal Biópsia Renal – glomérulos imaturos Tratamento: IRC DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DE FELINOS - DTUIF “É toda doença do trato urinário inferior, com causa conhecida ou não, que cursa com os sinais clínicos de polaciúria, estrangúria, disúria e hematúria. Podendo, ou não, ser obstrutiva.” ETIOLOGIA - DITUIF Causa identificável – Urólitos/plugs – Infecção – Anormalidades anatômicas – Trauma – Desordens neurológicas – Comportamento – Neoplasias – Cistite inflamatória Causa Não-Identificável – 70% EPIDEMIOLOGIA - IDIOPÁTICA Sem predisposição racial Sexo – Machos – doença obstrutiva – Fêmeas – não obstrutiva – Animais castrados Idade – 2-4 anos Sedentarismo - sobrepeso Estresse e confinamento – redução de ingestão hídrica Hereditariedade Dieta Obstrução Uretral Gatos machos + inflamação e edema = exacerba processo obstrutivo EPIDEMIOLOGIA Fatores relacionados com a dieta – Alimento úmido x seco – pH Conteúdo de minerais – Cloreto (Mg) – acidifica – Carbonato, hidróxido, óxido (Mg) - alcaliniza Proteínas e Fosfolipídeos – Origem animal – acidifica – Cereais – alcaliniza OXALATO - 6,2 > pH > 6,5 - ESTRUVITA EPIDEMIOLOGIA Urólitos Microcálculos Cristais + matriz proteica = PLUGS ESTRUVITA OXALATO DE CÁLCIO 45% GATOS JOVENS 45% URATO 5% GATOS VELHOS CASTRADOS RINS SINAIS CLÍNICOS CISTITE E URETRITE – NÃO OBSTRUÍDO Hematúria Polaciúria Disúria Vocalização durante micção Micção em locais inapropriados Animal saudável Bexiga pequena à palpação OBSTRUÇÃO URETRAL COMPLETA OU PARCIAL Disúria Inabilidade de urinar Vocalização durante tentativa de micção Dor abdominal Hiperemia peniana Alteração de comportamento Bexiga distendida – difícil ou impossível De esvaziar MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS OBSTRUÇÃO URETRAL COMPLETA OU PARCIAL Sinais de uremia (azotemia pós-renal) – Depressão/fraqueza – Anorexia – Emese – Desidratação – Hipotermia – Hiperventilação (acidose metab.) – Bradicardia (dist. eletrolítico) DIAGNÓSTICO Anamnese Exame físico Urinálise Cultura e antibiograma Imagem : Radiografias simples, contrastadas, Ultrassonografia Perfil renal: uréia, creatinina, potássio DIAGNÓSTICO - ANAMNESE Histórico de stress Alimentação Ingestão hídrica Início do quadro DIAGNÓSTICO – URINÁLISE Hematúria Piúria Bacteriúria pH Cristais DIAGNÓSTICO – URINÁLISE Tipos de URÓLITOS – ESTRUVITA (64%) – pH alcalino (> 6,5) – Gatos jovens (>1 ano) – Fatores de risco: Dieta: muitos minerais, pouca umidade, metabólitos que causem alcalinização Urina concentrada - retenção de urina DIAGNÓSTICO – URINÁLISE Tipos de URÓLITOS – ESTRUVITA (64%) – pH alcalino (> 6,5) – Gatos jovens – Fatores de risco: Dieta: muitos minerais, pouca umidade, metabólitos que causem alcalinização Urina concentrada - retenção de urina DIAGNÓSTICO – URINÁLISE Tipos de URÓLITOS – OXALATO DE CÁLCIO – pH ácido (< 6,2) – Gatos de qualquer idade (> 1 ano) – Fatores de risco: Supersaturação da urina com cálcio e oxalato Baixas concentrações de Mg e citrato Urina ácida DIAGNÓSTICO – CULTURA E ANTIBIOGRAMA Bacteriúria Decisão no tratamento DIAGNÓSTICO - ULTRASSONOGRAFIA Urólitos Massa Divertículo Defeitos anatômicos DIAGNÓSTICO - RADIOGRAFIA Cálculos radiopacos: – Estruvita – Oxalato de cálcio Cálculos radioluscentes: – Urato – Cistina (levemente radiopaco) DIAGNÓSTICO - BIOQUÍMICO Uréia - aumento Creatinina - aumento K - aumento TRATAMENTO – GATO OBSTRUÍDO Estabelecer FLUIDOTERAPIA – Solução fisiológica – Solução glicofisiológica – Solução glicose 5% Sedação – Cetamina e Diazepam – Propofol – Fentanil e Acepram TRATAMENTO – GATO OBSTRUÍDO Massagem peniana Sondagem – Cateter ou sonda uretral rígida (lidocaína) Uro – hidropropulsão Lavagem copiosa da bexiga TRATAMENTO – GATO OBSTRUÍDO TRATAMENTO – GATO OBSTRUÍDO Manutenção da sonda uretral se: – Resíduos abundantes no interior da bexiga – Evidência de atonia do músculo detrusor – Monitoração da produção da urina Corrigir a azotemia – Fluidoterapia Corrigir a hipercalemia – Insulina regular (0,25 – 0,5 U/Kg) – Glicose 50% (4mL / U de insulina administrada) TRATAMENTO – GATO OBSTRUÍDO Corrigir a atonia do músculo detrusor – Betanecol, 1,25 - 5mg, VO, TID Ter certeza que desobstruiu o animal! Anti-inflamatórios – Meloxican (0,1 mg/ Kg, SID, 3 dias) Antibiótico terapia – Enrofloxacino (2,5 - 5 mg/Kg, BID, 10 dias) TRATAMENTO – NÃO OBSTRUÍDO Controle da dor – Meloxican (0,1mg/Kg, SID, 3 dias) – Tramadol (2mg/Kg, SID, 3 dias) – Acepromazina (0,05 mg/Kg, 3 dias) Antibiótico terapia – Sensível no antibiograma Dieta - momento da inserção – Terapêutica – Rações úmidas Aumentar a ingestão hídrica Acumpuntura TRATAMENTO – ESTRUVITA Dieta calculolítica – Baixa quantidade de Magnésio – Muito sódio e água – Promotora de urina ácida Ração terapêutica Antibióticos: infecção primária ou infecção secundária por cateterismo TRATAMENTO – ESTRUVITA Acidificantes urinários – dL-metionina (1000-1500mg/gato/SID) – Cloreto de amônio (150-300mg/kg/SID) Dieta acidificante – Baixo Mg e fósforo Manejo TRATAMENTO – OXALATO DE CÁLCIO Cirúrgico Manejo Dieta – Úmida com baixa quantidade de proteína e sódio para não promover uma urina ácida – Baixa concentração de cálcio e oxalato PREVENÇÃO – Água fresca – Bandeja sanitária – Evitar obesidade – Exercício físico COMPLICAÇÕES Impossibilidade de desobstrução – Uretrostomia Reobstrução Atonia de detrusor – Obstrução > 24h – Bexiga distendida – Fácil compressão manual – Betanecol PREVENÇÃO Ingestão Hídrica PREVENÇÃO Reduzir stress PROGNÓSTICO Melhor sem obstrução Piora com tempo de obstrução Recidiva CISTITE M. V. MAYARA C. F. DE AGUIAR CISTITE - FISIOPATOLOGIA Bactérias aeróbicas, por via ascendente, entram pelo trato urinário inferior, onde encontram condições favoráveis para aderir ao epitélio e se multiplicar; CISTITE - CONDIÇÕES FAVORÁVEIS Condições que desviam barreira anatômica Condições que interferem nas propriedades de defesa da mucosa Condições que causam estase urinária ou esvaziamento incompleto da bexiga Condições que comprometam as propriedades antibacterianas da urina (pH) CISTITE - INCIDÊNCIA Fêmeas > Machos Idosos > adultos > jovens Cistite > incontinência > urolitíase Cistite -> Fêmeas Urolitíase -> Machos CISTITE - SINAIS CLÍNICOS Inesistente – alguns casos Disúria Polaciúria Estrangúria Hematúria Incontinência urinária Uremia – laceração ou obstrução CISTITE - DIAGNÓSTICO Urinálise - Cistocentese - Sondagem - Micção espontânea - Compressão vesical Bacteriúria Piúria Hematúria Proteinúria Aumento de células epiteliais transicionais Ph aumentado – (urina alcalina) CULTURA E ANTIBIOGRAMA CISTITE - DIAGNÓSTICO Ultra-sonografia Cistografia/Pneumocistografia Citologia e cultura de sêmem CISTITE - TRATAMENTO RESOLVER FATORES PREDISPONENTES – Diabetes, urolitíase, IRC SISTEMA IMUNE ANTIBIOTICOTERAPIA – Sulfadiazina + Trimetropim - (15 mg/Kg/VO/BID) – Enrofloxacina (2,5-5mg/kg/VO/BID) – Amoxicilina (10mg/kg/VO/BID) – Cefalexina (30 mg/Kg/VO/TID) – Ampicilina - (25 mg/Kg/VO/TID) CISTITE - TRATAMENTO Duração do tratamento: – Resolução dos sinais clínicos – Sedimento urinário normal – Cultura de urina negativa Infecções simples ou agudas: 2-3 semanas Infecções crônicas: 4-6 semanas CISTITE - TRATAMENTO RECIDIVAS: – Tratamento profilático de antibioticoterapia após resolução da inflamação inicial – (dose baixa de antibiótico) Acidificação urinária – cloreto de amônio (60 a 100 mg/Kg/ VO/ 2x/ dia) – pH < 6,5 Antiséptico – Mandelato de metenamina (10 mg/Kg /VO/ 6 – 6 horas) UROLITÍASE M.V. MAYARA C. F. DE AGUIAR UROLITÍASE URINA – Oxalato de Ca – Fosfato amônio magnesiano – URINA SUPERSATURADA ----- PRECIPITAÇÃO CRISTAIS CÁLCULOS CRISTAIS + MATRIZ ORGÂNICA UROLITÍASE - CÁLCULOS Estruvita (Fosfato amônio magnesiano) 65%65% Oxalato de cálcio 42%42% Urato 5%5% Silicato 1%1% Cistina 1%1% Mistos 14%14% ( Houston et al, 2004) UROLITÍASE – ETIOLOGIA E FISIOPATOGENIA concentração de sais na urina – Dieta / ingestão hídrica – Capacidade de concentração urinária reabsorção tubular Cálcio, cistina, ácido úrico produção de sais – infecção bacteriana (amônio e íons fosfato) Retenção urinária pH urinário favorável concentração de inibidores de cristalização Matriz proteica UROLITÍASE - ESTRUVITA Fosfato amônio magnesiano Dieta - proteína Associação com ITU – Staphylococcus e Proteus – Produtoras de urease Uréia ------ amônia pH (pH alcalino)(pH alcalino) solubilidade estruvita UROLITÍASE - ESTRUVITA Prevalência – Fêmeas (80-97%) - ITU – Cães < 1 ano – possuem cálculo de estruvita + ITU Schnauzer Poodle Bichon frise Cocker spaniel UROLITÍASE - ESTRUVITA Prevalência – Fêmeas (80-97%) - ITU – Cães < 1 ano – possuem cálculo de estruvita + ITU Schnauzer Poodle Bichon frise Cocker spaniel UROLITÍASE – OXALATO DE CÁLCIO (Ca) na urina – Pós-prandial ( absorção intestinal) reabsorção tubular de Ca – Hiperparatireoidismo, neoplasia – HAC – Drogas - glicocorticoides, furosemida – Dieta (suplementação, vit C, vegetais) – Fonte de água UROLITÍASE – OXALATO DE CÁLCIO Prevalência – Idade 8-12 anos – Machos (70%) Schnauzer Poodle Yorkshire Lhasa apso Bichon frise Shih tzu Dálmata – Fatores de risco obesidade, ração acidificante, pH ácido pH ácido <6,5 UROLITÍASE – OXALATO DE CÁLCIO Prevalência – Idade 8-12 anos – Machos (70%) Schnauzer Poodle Yorkshire Lhasa apso Bichon frise Shih tzu Dálmata – Fatores de risco obesidade, ração acidificante, pH ácido pH ácido <6,5 UROLITÍASE - URATO Composição: Urato ácido de amônio Dalmata e Bulldog inglês – Deficiência na metabolização hepática de ácido úrico UROLITÍASE - URATO Cães com insuficiência hepática excreção urato de amônio ITU – Causa Bactérias produtoras de urease - (amônia) – Consequência Irritação da parede vesical UROLITÍASE - URATO Dieta - (silicatos) – Glúten de milho, soja Prevalência – Machos – German Shepherd Dogs, Old English Sheepdogs, and Golden and Labrador Retrievers. – 6 a 8 anos ITU secundária pH ácidopH ácido UROLITÍASE - CISTINA Falha no transporte tubular renal - cistinúria pH ácidopH ácido Predisposição – Machos – Dachshunds, Basset Hounds, Bulldog inglês, Yorkshire, Chihuahuas, Mastiffs, Rottweilers – 3 a 6 anos de idade SINAIS CLÍNICOS Uretra – Obstrução – Ruptura uretra Bexiga – Hematúria – Polaciúria – Disúria Ureter – Assintomático – Hematúria – Dor abdominal – Hidronefrose ----- IR Rim – Pielonefrite crônica – Unilateral – assintomático – Hematúria UROLITÍASE - DIAGNÓSTICO Histórico Exame físico – Resistência na sondagem – Palpação Urinálise – Cristais – pH Radiografia – Simples e contrastada Ultrassonografia UROLITÍASE – TRATAMENTO OBSTRUÇÃO Desobstrução e esvaziamento da bexiga – Sondagem – Cistocentese ** – Hidropropulsão retrógrada – Uretrostomia Dissolução de urólitos – Estruvita, Urato, Cistina Remoção cirúrgica – Oxalato de cálcio, Silicato UROLITÍASE – TRATAMENTO ESTRUVITA Dieta acidificante: ração terapêutica (Hills s/d ou Royal Canin Urinary SO) – Tempo prolongado (8-10 sem); manter 30 dias após dissolução; acompanhamento Tratamento do infecção (investigar causa) Ph < 6,5 Cirurgia (vantagens e desvantagens) Prevenção – Dieta – Tratamento da infecção UROLITÍASE – TRATAMENTO URATO Dieta alcalinizante: Hills u/d Bicarbonato de sódio ou citrato de potássio Alopurinol - inibidor da via de produção de ácido úrico (10 to 15 mg/kg SID/BID) Cirurgia Controle da infecção – Tratar causa 1ª (insuf. Hepática) Prevenção: Hills u/d UROLITÍASE – TRATAMENTO CISTINA Dieta alcalinizante: Hills u/d Cirurgia Prevenção: Hills u/d UROLITÍASE – TRATAMENTO OXALATO DE CÁLCIO e SILICATO Cirurgia Prevenção: – Dieta alcalinizante – Hills u/d – Royal Canin Urinary Medicações – aumentar dilução da urina – Hidroclortiazida - (2 mg/kg VO BID) – Citrato de potássio – (50 to 75 mg/kg VO BID) MONITORAMENTO URINÁLISE RADIOGRAFIA US Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70
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