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A Contribuicao das Instituicoes do Estado no D E (1)

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Contribuição das instituições do Estado no desenvolvimento económico
Contents
1. Introdução	3
1.1 Problema de Investigação	3
1.2 Justificação da Investigação	3
2. Objectivos da Investigação e Questões de Pesquisa	4
Objectivo Geral	4
Objectivos específicos	4
Questões de Pesquisa	4
3. Revisão de literatura	4
Desenvolvimento económico	4
Instituição	4
A Nova Economia Institucional (NEI)	6
Os neoinstitucionalistas	7
O papel do Estado	8
4. Metodologia	8
5.Conclusão	8
6.Bibliografia	10
1. Introdução
As instituições no geral são factores que contribuem cada vez mais ao crescimento e desenvolvimento económico uma vez que moldam os comportamentos humanos, podendo assim influenciar comportamentos económicos. Estas podem ser um conjunto de regras e pensamentos partilhados por comunidades, como também podem existir fisicamente, no caso das instituições do estado, que devem por em prática as regras estabelecidas e influenciam a evolução da economia e o bem-estar populacional ao passo que actuam no mercado. 
Após definir as instituições, é importante conhecer as diferentes abordagens para a explicação da correlação entre as instituições e o desenvolvimento económico. As que serão abordadas no presente trabalho são a Nova Economia Institucional (NEI), a abordagem dos neoinstitucionalistas, e apesar de serem diferentes, são todas de igual importância para que tenhamos uma percepção mais abrangente das instituições a sua relação com o desenvolvimento económico. 
O objectivo do seguinte trabalho é compreender como as instituições do Estado podem influenciar o comportamento económico, contribuindo tanto para o processo de acumulação de riqueza, assim como para o bem-estar populacional.
1.1 Problema de Investigação
Quando se analisa o processo de crescimento e desenvolvimento económico, é comum apontar o capital (humano e físico), recursos naturais, e mão-de-obra como os principais contribuintes. Porém, existem outros factores, como as instituições do Estado que contribuem para o processo e não são dados a devida atenção; estes factores podem ser omitidos dos estudos tornando estes menos confiáveis uma vez que trazem resultados distorcidos da realidade socioeconómica que se estuda. 
1.2 Justificação da Investigação
As instituições existiam, em suas várias formas, antes do nascimento do homem e, portanto, têm efeitos sobre os seus comportamentos ao passo que moldam o mesmo. Porém, nos estudos económicos, os factores com maior visibilidade em termos de influênica no crescimento e desenvolvimento económico são o capital, recursos naturais e mão-de-obra. 
Ao passo que se abordam outros factores (como as instituições) e os seus efeitos na economia e a população como um todo, é possível observar que todos os factores estão interligados e, portanto, a economia pode verificar um crescimento e desenvolvimento mais significativo se usar a influência que as instituições têm para mais eficientemente alocar recursos.
O presente estudo serve para realçar a importância das instituições do Estado no processo de crescimento e desenvolvimento económico, ou seja, na acumulação de riqueza e bem-estar da população. As instituições têm aumentado em significado ao longo do tempo ao passo que se verifica a insuficiência dos outros factores acima mencionados para a explicação do desenvolvimento económico. 
No final do estudo, espera-se compreender em que formas as instituições do Estado afectam a economia e o bem-estar da população. 
2. Objectivos da Investigação e Questões de Pesquisa
Objectivo Geral
Este estudo tem como principal objectivo compreender a relação entre as instituições do Estado e o desenvolvimento económico
Objectivos específicos
Definir o desenvolvimento económico;
Definir instituições;
Analisar o desenvolvimento económico segundo a Nova Economia Institucional (NEI);
Analisar o desenvolvimento económico os neoinstitucionalistas;
Analisar o papel do Estado no desenvolvimento económico. 
Questões de Pesquisa
O que é o desenvolvimento económico?
O que são instituições?
Qual é o papel que a Nova Economia Institucional (NEI) atribui as instituições no processo de desenvolvimento económico?
Qual é o papel que os neoinstitucionalistas atribuem as instituições no processo de desenvolvimento económico?
Qual é o papel do Estado no desenvolvimento económico?
3. Revisão de literatura 
O presente capítulo apresenta a revisão de literatura relevante a esta pesquisa. Uma vez que se estuda as instituições e o desenvolvimento económico, é importante haver uma melhor compreensão destes conceitos para que se possa implementar mudanças institucionais necessárias para estimular o desenvolvimento económico.
Desenvolvimento económico
Para de Souza (2012: p. 6), o crescimento económico é um requisito para o desenvolvimento económico, que envolve mudanças qualitativas no modo de vida das pessoas, e das estruturas produtivas. É importante fazer esta distinção uma vez não pode haver desenvolvimento económico sem que haja crescimento económico, mas o crescimento por si só não implica um desenvolvimento porque é necessário que haja mudanças qualitativas para além das quantitativas.
Já Schumpeter (1982, apud Pessali e Delmont, 2010: p.20) define o desenvolvimento económico como a ruptura com processos existentes. Para ele, o desenvolvimento resulta de mudanças revolucionárias que alteram a situação anterior e faz com que a economia se desloque de um equilíbrio para o outro.
Ambas as definições afirmam que é necessário haver mudanças para que haja crescimento, mas de Souza está focado nas mudanças qualitativas, enquanto Schumpeter tem um enfoque tecnológico.
Instituição 
Segundo Veblen (1919: p.239 apud Hodgson, 1997: p.135), as instituições são “hábitos de pensamento estabelecidos, comuns à generalidade dos homens.” Hodgson interpretou essa definição como o “fruto de processos de pensamento rotinizados e partilhados por um conjunto de pessoas numa dada sociedade.” (1997: p.135). 
Já para Hodgson: 
as instituições dizem respeito aos padrões de comportamento e aos hábitos de pensamento com uma natureza rotinizada e durável, comummente aceites, associados a pessoas que interagem em grupos ou em colectivos ainda mais amplos. As instituições viabilizam o pensamento e a acção ordenados, impondo forma e consistência às actividades dos seres humanos (1997: p.276). 
Ambas as definições apontam as instituições como algo partilhado por uma comunidade, resultado da interacção de indivíduos. Porém, a definição de Hodgson (1998) é mais completa ao dizer que as instituições moldam o comportamento das comunidades, implicando que a influência das instituições pode fazer com que a comunidade aja de certa forma ou seja, as instituições podem moldar o comportamento económico. 
As instituições desempenham papel essencial ao proporcionarem um enquadramento cognitivo para a interpretação de dados sensoriais e ao permitirem hábitos intelectuais ou rotina para transformar a informação em conhecimento. (Hodgson, 1988 apud Hodgson, 1997: p.276)
Uma vez que o conhecimento é uma das fontes do crescimento económico, pode se verificar que o autor acredita que há relação entre as instituições e a crescimento económico, que é, segundo Souza, um pré-requisito para o desenvolvimento económico. 
A influência das instituições na actividade económico fica mais clara ainda com a definição de Felipe (2008). Para o autor, as instituições:
Ora aparecem como organizações concretas, tais como universidades, institutos de pesquisa industrial e tecnologia, departamentos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P, D & I), agencias governamentais, e agencias de consultoria, etc. Ora aparecem como instrumentos que têm fins específicos: criação de estabilidade, de coordenação e regulação das atividades formais que moldam o comportamento, a linguagem, a cultura, os hábitos, os tabus e as rotinas, seja das empresas, seja do comportamento individual. (2008, p. 248, apud Simoes: p. 36, 37).
Os estudos sobre o desenvolvimento económico costumamenfatizar o papel do conhecimento e tecnologia, omitindo de certa forma a contribuição que as instituições fazem para gerar o conhecimento e progresso tecnológico. 
Pessali e Delmont relacionam a tecnologia com as instituições ao afirmar o seguinte:
A tecnologia como aplicação sistemática do conhecimento às actividades produtivas, está ela mesma emaranhada num sistema de hábitos de pensamento comuns a uma sociedade. O conhecimento é algo moldado por valores, costumes, teorias e tradições compartilhadas por uma sociedade – suas instituições. (…). Elas também promovem mudanças à medida que moldam o conhecimento e a sua aplicação à resolução de problemas. (2010: p.19)
Deste modo, observa-se que as instituições podem contribuir para o desenvolvimento económico não só ao moldar comportamentos dos indivíduos, que pode afectar suas decisões económicas como a compra de certo bem, mas também contribui ao apoiar a tecnologia, que é indispensável para o crescimento e desenvolvimento.
A Nova Economia Institucional (NEI)
North (1990, apud Simões, 2014: p.41) afirma que as instituições surgem a partir de motivações individuais que objectivam reduzir a incerteza nas transacções, já que os indivíduos possuem racionalidade limitada. 
Para o autor, as instituições promovem o desenvolvimento económico porque diminuem os riscos e custos de transação e impulsionam relações económicas que favorecem o desenvolvimento económico. Há custos de transacção porque as empresas operam em ambientes de risco e assim sendo, deve haver contratos para que aumente a transparência nas transacções para reduzir a incerteza e garantir a estabilidade económica.
Por outras palavras, North vê as instituições como factores-chave para o processo de desenvolvimento económico porque definem o ambiente em que a economia funciona e facilitam as interacções entre os agentes económicos. 
As instituições estão divididas em duas componentes, as restrições informais (como códigos e manuais de conduta) e leis formais (como leis e regulamentos). O autor considera as restrições informais como factores subjectivos que influenciam o ambiente institucional, que está relacionada com o processo de desenvolvimento económico (transformações de longo prazo) através da mudança institucional, que o autor acredita que define e a forma como a sociedade evolui com o tempo.
Para North, o empreendedor tem papel importante no desenvolvimento uma vez que toma as decisões dentro das organizações, decisões estas que são influenciadas por percepções subjectivas do mundo que são baseadas nos modelos mentais partilhados pela sociedade. Se há mudanças nos modelos mentais dado ao investimento no conhecimento, torna-se possível a introdução de novos modos de pensar e agir, gerando mudanças institucionais que por sua vez, impulsionam o desenvolvimento económico. 
O autor acredita numa óptica histórica, assumindo que as matrizes (moulds) institucionais facilitaram o desenvolvimento em algumas organizações no passado, porque criam um equilíbrio entre restrições informais e leis informais, que são por sua vez legitimadas pelo path dependence (a dependência da tomada de decisões com o que aconteceu no passado), determinando modelos mentais e impulsionando o desenvolvimento através das decisões dos empreendedores.
Por outro lado, a mudança institucional pode provir de fontes externas como o Estado, que exerce pressão sobre estas ao estabelecer estruturas dentre quais os agentes económicos devem agir, criar suas próprias instituições para mediar a acção de outras instituições, entre outras. (Estevão, 2004: p. 16).
Já Acemoglu e Robinson (2008, apud Simões, 2014: p.43) abordam o desenvolvimento económico e as instituições com enfoque político, defendendo que as disputas pelo poder político afectam o desenvolvimento económico. 
Os autores defendem que as instituições eram formadas com base em dois factores. O primeiro está relacionado com a forma de colonização dos países, ou seja, aspectos históricos. Os seus estudos revelam que os países que tinham condições consideradas semelhantes às dos países colonizadores poderiam formar instituições estáveis e que favorecem o desenvolvimento a longo prazo. Por outro lado, os países com epidemias como a malária, febre amarela, entre outras, teriam as suas instituições voltadas para a exploração dos recursos naturais, que são sujeitas às instabilidades e promovem assim um desenvolvimento económico de curto prazo. 
Os autores afirmam que as instituições económicas são o resultado das escolhas colectivas da sociedade, e o segundo factor que os autores defendem é ligado a natureza destas. Uma vez que as escolhas não são iguais para todos os indivíduos de uma sociedade, surgem conflitos de interesse, criando uma disputa pelo poder politico que tem influência nas instituições económicas. Os países exploradores de recursos naturais têm instituições frágeis, desequilíbrio entre os poderes políticos, e um desenvolvimento económico fraco quando comparado com os outros países. Deste modo, Simões (2014: p.43) acredita que as instituições políticas moldam as instituições económicas e como resultado, o desenvolvimento económico. 
Os neoinstitucionalistas 
Segundo Simões (2014: p.45), os neoinstitucionalistas percebem as instituições como estruturas que moldam o comportamento dos indivíduos ao influenciar os seus hábitos e comportamentos. Os hábitos criam as instituições, que por sua vez convertem se em regras sociais que estruturam as interacções entre as pessoas.
Apesar de as instituições poderem moldar o comportamento dos indivíduos, as instituições também são permeáveis as mudanças no comportamento humano. Contudo, as pessoas têm comportamentos que são por natureza condicionados por instituições preexistentes, e, portanto, o a influência que estas têm sobre os homens é maior que a influencia que eles têm sobre as mesmas (Hodgson, 2005: p.92 apud Simões, 2014: p. 47).
Chang (2005 apud Simões, 2014) era contra a noção de que:
O Estado com a sua burocracia, como a classe política como prejudiciais ao desenvolvimento, já que se pressupõe que os indivíduos buscam unicamente o interesse próprio, e, no aparato estatal, não seria diferente. Como a perspectiva neoinstitucionalista considera que a motivação dos indivíduos é múltipla, a reforma do Estado pode mudar o comportamento tanto da burocracia estatal quanto da classe política, a partir da introdução de novos hábitos e costumes, que, ao adquirirem uma certa rotina, se incorporam ao dia a dia da coletividade.
Por outras palavras, o Estado pode usar as suas instituições para induzir mudanças no comportamento da sociedade através da introdução de novos hábitos, costumes, e regras, podendo assim contribuir para o desenvolvimento económico.
A partir do exposto acima, percebe-se que há uma diferença fundamental entre o pensamento da NEI e os neoinstitucionalistas: enquanto a NEI olhava para a mudança institucional e um relacionamento unilateral, os neoinstitucionalistas defendem que há uma relação mútua em que tanto as instituições como as pessoas podem se influenciar uns aos outros. Contudo, ambas concordam que o Estado pode usar as suas instituições para influenciar o comportamento da sociedade, contribuindo assim para o desenvolvimento económico. 
O papel do Estado
Peter Evans identificou vários tipos de Estado, os mais relevantes para o presente estudo sendo (Estevão, 2004: p.15)
Predatório – que não tem burocracia treinada, tem seu comportamento guiado pela lei;
Intermediário – tem vestígios de a) mas também demonstram ´bolsas de eficiência´ onde os seus gestores são profissionais e competentes quanto a concepção, promoção e execução de projectos. Contudo, em certos sectores, baseia as suas atitudes e decisões nos laços pessoais e níveis de corrupção.
Olhando para Moçambique, Mosca et al afirmam que as variáveis institucionais como a burocracia, direitos de propriedade e enquadramento legal contribuem para o crescimento e desenvolvimento uma vez que podem assegurar estabilidade dos mercadose confiança dos investidores. Os mercados, para os autores, são elementos institucionais que estão relacionados com eficiência, competitividade, e, portanto, com o crescimento e desenvolvimento. 
Para relacionar as instituições com o desenvolvimento, os autores usaram indicadores que são analisados no IAN (Índice de Ambiente de Negócios), relacionados com o governo e governação. Segundo o KPMG (2010, apud Mosca et al, 2010: p.100), a corrupção e o excesso de burocracia são observados em algumas instituições do Estado, representando entraves para o desenvolvimento do sector que se reflete no crescimento e consequentemente no desenvolvimento. 
4. Metodologia 
Sendo uma pesquisa de natureza qualitativa que tem a análise de diferentes teorias como objecto, o presente estudo pretende usar a pesquisa bibliográfica para produzir um trabalho científico de alta qualidade. 
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forna, quer publicadas, quer gravadas. (Lakatos e Marconi, 2003:pg 183)
A pesquisa bibliográfica consiste primeiro, na consulta de documentos indirectos, tais como os livros de biblioteca e artigos de biblioteca digital (internet), que permite deduzir em que situação se encontra o problema e as opiniões dos autores e em seguida estabelece-se um referencial teórico que para auxiliar a elaboração da pesquisa. 
5.Conclusão 
O desenvolvimento económico tem como requisito o crescimento económico, que para além do capital, recursos naturais, e mão-de-obra, depende de outros factores como as instituições. Estas são estruturas de ordem social que regulam o comportamento de um indivíduo ou comunidade através de regras, hábitos e pensamentos partilhados pela generalidade. 
A NEI foca na mudança institucional, que para North depende dos empreendedores ao tomar decisões que são baseadas nos modelos mentais comuns na a sociedade e também do Estado, que exerce sua autonomia e pode até criar instituições adaptativas para regular as acções das outras instituições. 
Acemoglu e Robinson tinham uma abordagem política, em que a forma como os países são colonizados determina o tipo de instituições que irão ser estabelecidas e, portanto, o desenvolvimento, como também o conflito de interesses resultante de diferentes escolhas individuais cria disputas pelo poder político, que tem influência nas instituições económicas, e consequentemente no crescimento e desenvolvimento económico. 
Os neoinstitucionalistas viam a relação de forma bilateral, onde as instituições moldam e são moldadas pelos indivíduos e o Estado pode usar a suas instituições para introduzir mudanças na sociedade e assim estimular o desenvolvimento económico. 
Quanto ao papel do Estado, afirma-se que existem dois tipos principais de Estado, o predatório e o intermediário, o primeiro retardando o processo de desenvolvimento e o último impulsionando o desenvolvimento apesar de ter as suas insuficiências e falhas. 
Olhando para o contexto Moçambicano, observa-se que o ambiente das instituições do Estado, que são repletos de corrupção, excesso de burocracia e corrupção, e são os maiores obstáculos para o desenvolvimento uma vez que criam instabilidade e insegurança nos investidores, prevenindo que haja desenvolvimento económico. 
Com o exposto acima, conclui-se que apesar das instituições do Estado poderem ter efeito positivo sobre o crescimento e desenvolvimento económico, ao propiciar mudanças e evoluções institucionais, também pode fazer com que este ocorra mais lentamente ou até mesmo bloqueá-lo dado ao seu ambiente que, quando interage com outros aspectos da economia, desestabiliza o sistema económico, prejudicando os agentes económicos e o povo como um todo. 
6.Bibliografia
Estêvão, J. (2004), Desenvolvimento económico e mudança institucional: o papel do Estado, Instituto Superior de Economia e Gestão – DE Working papers nº 08/2004/DE/CEsA. 
Disponível em: https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/12125 Acesso em: 10/04/2014
Geoffrey M. Hodgson (1997), Economia e Evolução: O Regresso da Vida à Teoria Económica, 1ª edição portuguesa, Oeiras: Celta Editoras
Marconi, M. & Lakatos, E (2003), Fundamentos de metodologia científica, 5ª edição, São Paulo: Editora Atlas
Mosca, J., Abbas, M. & Bruna, N. (2013), Economia de Moçambique 2001-2010: Um Mix de Populismo Económico e Mercado Selvagem, Maputo: Escolar Editora
Nali Jesus de Souza (2012), Desenvolvimento Económico, 6ª edição, São Paulo: Publicações Atlas.
Pessali, H. Dalto, F., A mesoeconomia do desenvolvimento econômico: o papel das instituições. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-63512010000100001 Acesso em 25/03/2018
Simões, A. Instituições e desenvolvimento económico: os contrastes entre as visões da Nova Economia Institucional (NEI) e os neoinstitucionalistas, Porto Alegre: Ensaios EEE, v.55, n.1, p.33-54, jun 2014. Disponível em: https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/2900 ou scholar.google.com/scholar?cluster=9855390876845302178&hl=en&as_sdt=0,5&sciody=0,5#d=gs_qabs&p=&u=%23p3DomH9UMIhxYgj Acesso em: 05/04/2018
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