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Fichamento- Santander Consumer Finance

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso 
Santander Consumer Finance
Ana Luiza Viana Braz
Trabalho da disciplina 
Análise de Investimento
em Ações e Fundos. Tutor: Prof. James Dantas de Souza.
Cabo Frio
2019
Estudo de Caso de Harvard: 
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E AÇÕES DE FUNDOS
Santander Consumer Finance
Referência: TRUMBULL, Gunnar; CORSI, Elena; BARRON, Andrew. Santander Consumer Finance. Edição: 13 de Dezembro, 2010; Editora: Havard Business School.
Texto do Fichamento:
O caso do Santander Consumer Finance (SCF), aborda quais foram os caminhos percorridos e estratégias realizadas para promover a expansão e crescimento da empresa. O objetivo principal, era fazer com que o grupo Santander, se tornasse uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo, e principalmente da Europa. O grupo Santander surgiu na Espanha, e ao longo dos anos, aumentou seus negócios, não só na Espanha, mas em outros países. O crescimento deu início, com a compra do banco Bankhaus Centrale Credit AG (CC Bank), além de novas fusões, ampliação por meio de filiais e criação de novas parcerias, no qual proporcionou o entendimento em relação ao crescimento do mercado de financiamento ao consumidor. 
A expansão se deu com a liderança de Inciarte, onde era necessário voltar sua atenção para a organização da divisão e o impacto de sua marca. Houve a integralização das diferentes marcas. A marca SCF não era conhecida fora do grupo Santander, pois cada empresa afiliada mantinha seu próprio nome, para mudar isso, todas as filiais passaram a se chamar SCF, com isso, conseguiram centralizar as decisões em relação a financiamento, e os centros de dados dos clientes. Assim, gerando um percentual significativo no lucro total do banco. O crescimento no setor de manufatura de bens duráveis, transformou o crédito ao consumidor em uma característica aceitável da sociedade moderna. 
Mesmo com todo o crescimento, era preciso inovar na avaliação dos riscos, processamento de dados e financiamento, pois são fatores primordiais para a contribuição na eficácia dos empréstimos. O mercado europeu teve um crescimento no setor de empréstimos, o consumo era maior, levando ao aumento do crédito ao consumidor, porém a penetração do empréstimo era mais baixo do que o mercado estadunidenses. Além disso na Europa, os níveis de inadimplência dos empréstimos era mais baixos, os riscos menores, as taxas de juros normalmente não eram ajustadas, a possibilidade de gerir riscos eram limitadas. As características institucionais do mercado de crédito da Europa era bem diferentes em relação as do EUA.
Os diferentes países possuíam suas próprias políticas de empréstimos ao consumidor, tinham a liberdade de negociar suas taxas, custos e tudo mais. Devido ao Ato Único Europeu, de 1992, alguns bancos e instituições que tinha suas operações nos mercados externos, faziam aquisições internas por meio de joint ventures, filiais e instituições locais. A estratégia era fazer com que os consumidores preferissem os fornecedores locais, por sentir confiança e estarem mais próximos à eles, com os quais partilhavam culturas e a mesma língua.
A criação de uma diretiva de crédito ao consumidor, tinha o intuito de promover a integração entre a União Europeia (UE) sobre o crédito ao consumidor de uma forma transparente, estabelecendo padrões básicos de procedimentos e relatórios, sendo que sua aprovação ocorreu depois de alguns anos. O consumidor recebia informações sobre taxas, custo, podendo fazer sua própria avaliação de um empréstimo para o outro, etc. Porém essa diretiva gerou reações negativas.
O SCF, possuía muitas atividades, mas a principal era empréstimos para financiamento de veículos, e atendia também os varejistas, ao financiar crédito para seus clientes. Fornecia também serviços financeiros, como seguro de proteção de crédito, cartões de crédito e débito, atendimento bancário online, empréstimos pessoais, depósitos, serviços de consolidação de dívidas e hipotecas. E cada serviços tinha sua abordagem de mercado diferente.
 Os principais concorrentes da SCF na Europa eram Ge Money, a BNP Paribas (Celetem) e as divisões de financiamento ao consumidor da Crédit Agricole 
(Sofinco e Finaref), e também bancos e instituições locais. Seu objetivo era ser o segundo financiador de carros novos depois das cativas e o primeiro financiador de carros usados.
 A estrutura da SCF era descentralizada, afim de poder ficar mais próxima dos mercados locais. As aquisições e joint ventures com empresas locais, e equipes compostas por funcionários locais, fez com que a mão de obra local e empresas locais fossem valorizadas, e 
isso ocasionou o crescimento da SCF. Cada filial local tinha uma pessoa responsável pelas questões jurídicas para monitorar regulamentos locais e centros de coletas de dados, e eram também responsáveis pelo desenvolvimento de produtos. Algumas filiais, apesar de sua grande autonomia, tinha algumas funções que eram centralizadas, como gestão de riscos, controle de custos, plataformas de TI, monitoramento de satisfação do cliente e financiamento.
Para financiar seus empréstimos a SCF contava com diversas fontes, incluindo dívida privilegiada, notas promissórias, securitização de ativos e depósitos de clientes. Os escritórios nacionais também recebiam financiamento do grupo Santander.
Conforme Salarich, era preciso olhar para o futuro da Santander Consumer Finance, e tinha três grandes questões, para que o crescimento continuasse. A primeira era lidar com a expansão do mercado, com o surgimento de novos mercados de crédito. A segunda era a consolidação das funções, quais deveriam ser centralizadas e quais descentralizadas. E por fim, a terceira era definir o mix de produtos da SCF, e até que ponto eles deveriam se direcionar mais para empréstimos pessoais diretos.
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