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Públicos da Comunicação Organizacional

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COMUNICAÇÃO 
ORGANIZACIONAL 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Cláudia Osna Geber 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Olá! Tudo bem? Pronto para mais uma aula? Então, agora que você já 
sabe os conceitos e definições deste tema, já entende a sua importância e tem 
compreensão dos diferentes tipos de comunicação, além de quando e como 
utilizá-los, vamos falar sobre os diferentes públicos para quem a comunicação 
organizacional se destina, com suas diferenças e particularidades. 
Abordaremos: 
 Conexão com diferentes públicos; 
 Funcionários: um dos públicos da comunicação organizacional; 
 Clientes: outro importante público dessa comunicação; 
 Stakeholders (acionistas): também um consumidor com quem a 
comunicação interage; 
 Comunicação organizacional moderna: como a comunicação e 
impactada, e impacta, no novo meio digital. 
CONTEXTUALIZANDO 
As interações humanas, dentre as quais enquadram-se as organizações, 
não existem sem as práticas de comunicação. As empresas que utilizam essas 
práticas de forma consciente sabem que públicos distintos demandam diferentes 
abordagens, com o objetivo final de relacionar os interesses da empresa com os 
do público-alvo, internos e externos. 
Conhecer os diferentes tipos de públicos com os quais a organização tem 
interface e saber o que falar, como falar e para quem falar, é o começo para o 
sucesso de toda comunicação (Pimentel, 2017), principalmente se 
considerarmos que, quando nos comunicamos, não conseguimos garantir que a 
mensagem será completamente entendida pelo público a quem ela se destina. 
Isso acontece porque a mensagem transmitida sofre diversas 
interferências, como o domínio que o emissor e o receptor têm do idioma 
utilizado na mensagem, o conhecimento do tema por ambos, a atenção à 
mensagem, e muitos outros aspectos. Uma das formas de minimizar essas 
interferências é conhecer o público a quem a comunicação se destina. 
Pronto para aprender sobre esses públicos e como esse conhecimento 
pode ser um grande diferencial de mercado? 
 
 
3 
Saiba mais 
Mas antes, leia a reportagem abaixo, que dá ainda mais clareza sobre a 
importância desse tipo de comunicação no meio empresarial, com destaque para 
algumas de suas particularidades. 
LOBO, M. Comunicação organizacional: tirar o planejamento estratégico do 
papel. Mundo Marketing, 30 jan. 2013. Disponível em: 
<https://www.mundodomarketing.com.br/artigos/marilia-
lobo/26600/comunicacao-organizacional-tirar-o-planejamento-estrategico-do-
papel.html>. Acesso em: 14 fev. 2019. 
TEMA 1 – VISÃO GERAL 
O início da discussão sobre os tipos de relações que as organizações 
estabelecem iniciou na década de 80; considera-se, desde essa época, a 
importância da manutenção dessas relações, buscando resultados para as 
empresas. 
Essa associação entre a organização e seus públicos é uma característica 
importante da comunicação organizacional, provável consequência de os 
estudos iniciais da temática serem relacionados com a Teoria das Relações 
Humanas (Castro, 2015). 
Quando falamos em comunicação organizacional, temos que 
primeiramente pensar na comunicação humana e nas múltiplas perspectivas que 
permeiam o ato comunicativo no interior das organizações. Além disso, não 
podemos compreender as organizações apenas como instituições com objetivos 
e metas; afinal, organizações são compostas por pessoas com diferentes 
pensamentos, culturas e visões (Kunsch, 2006). 
Como consequência, a comunicação nas organizações é algo complexo; 
trata-se de relações entre pessoas, departamentos, setores e organizações, que 
sofrem interferências diversas (Kunsch, 2006). 
Nesse contexto, não é possível falar sobre comunicação organizacional 
sem abordar seus públicos estratégicos, sejam eles internos ou externos, já que 
todas as empresas se relacionam com públicos estratégicos (Ernst et al., 2015). 
A comunicação, que antes tinha somente o objetivo de alcançar metas, 
agora tem uma visão muito maior sobre os interesses organizacionais, em que 
a comunicação pode ser gerenciada, analisada e mensurada; a mensagem deve 
 
 
4 
fazer sentido para o público, por meio de uma troca de informações (Abbud; 
Lima, 2015). 
Alguns autores ainda consideram que o objetivo principal do trabalho 
desenvolvido pela área de comunicação é definir, comunicar e se relacionar com 
os públicos-alvo que a organização deseja atingir. 
Mas, o que são públicos? Público nada mais é do que qualquer grupo que 
exerce influência ou é influenciado pela instituição, seja de forma direta ou 
indireta. Ou seja, público não é apenas um grupo de pessoas, mas sim um grupo 
essencial que influencia no planejamento de comunicação (Ernst et al., 2015) 
Portanto, é primordial que os responsáveis pela comunicação 
organizacional conheçam o público com quem vão lidar, já que eles são distintos, 
e entendem as mensagens também de formas distintas (Ernst et al., 2015). 
Ressaltamos que é por meio dessa comunicação que as empresas se 
relacionam com diferentes públicos (Teclógica, 2018). 
Essa importância fica ainda mais evidente ao analisarmos que uma das 
principais causas de problemas na comunicação organizacional é o fato de 
muitas pessoas ainda a utilizarem como instrumento de poder, despreocupadas 
em ouvir os demais, pois se ocupam em distribuir informações, assim fazendo 
da comunicação um ato bastante burocrático. Além disso, a comunicação muitas 
vezes é vista como um problema apenas da área responsável, e não de todos 
os demais envolvidos no processo. 
A comunicação deve, então, ser vista nas organizações no seu sentido 
original, o de “tornar comum” a todos, promovendo assim a interação, o diálogo, 
a participação e o reconhecimento de todos os envolvidos no processo. 
Conseguir a participação desses públicos é também uma estratégia 
competitiva, já que toda organização tem como um de seus principais objetivos 
atender as necessidades de um determinado público-alvo; por conta disso, saber 
identificar quem é o público com quem se deseja falar é fundamental para o 
sucesso da empresa (Ernst et al., 2015) 
Considerando a importância de saber quem é o seu público-alvo, a 
empresa deve, entre outras medidas, desenvolver um banco de dados sobre 
seus públicos, com informações relevantes (como renda, escolaridade e gênero) 
que auxiliem na tomada de decisões (Pimentel, 2017). 
Destaca-se, porém, que as organizações, ao se comunicarem com os 
mais diversos públicos, devem compreender que as mensagens nem sempre 
 
 
5 
geram os resultados esperados ou são compreendidas da forma desejada. Isso 
acontece por diversos motivos, como as relações, os contextos, os 
comportamentos e a complexidade do processo de comunicação (Kunsch, 
2006). Lembramos também que o público da comunicação tem uma função ativa 
nesse processo, interagindo com o que foi transmitido; ou seja, a comunicação 
é uma via de mão dupla (Abbud; Lima, 2015). 
Abordaremos, assim, os principais públicos do processo de comunicação 
organizacional, para minimizar as interferências e atingir os resultados 
esperados. 
Saiba mais 
Leia ao artigo e compreenda ainda mais sobre a importância da 
comunicação para as empresas, e também a relevância dos diferentes públicos 
nessa temática. 
CRUZ, L. O papel estratégico da comunicação nas organizações. 
Administradores, 19 set. 2016. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/o-papel-
estrategico-da-comunicacao-nas-organizacoes/98324/>. Acesso em: 14 fev. 
2019. 
TEMA 2 – FUNCIONÁRIOS 
Eu trabalhei em um Shopping que tinha sido recém-adquirido pela 
“Administradora Y”. Os funcionáriosda “Administradora X”, que vinha 
gerenciando o shopping, me relataram uma situação bastante complicada. 
Assim que a venda foi concretizada, a Administradora X optou por não contar 
aos seus funcionários; porém, como geralmente acontece, a notícia “vazou” e os 
funcionários foram questionados pelos lojistas. Ao questionarem a diretoria, os 
colaboradores foram informados de que nada estava acontecendo e, se caso o 
shopping fosse vendido, eles seriam os primeiros a saber. Os funcionários 
acreditaram até o momento que ficaram sabendo da notícia por jornais locais, 
ficando todos muito indignados e incrédulos com a organização; como 
consequência, ficaram desmotivados. 
Ao relatar esse caso real, busquei destacar a importância de uma 
comunicação efetiva entre a empresa e seus funcionários. O estudo da 
comunicação entre empresas e funcionários começou com a Escola das 
 
 
6 
Relações Humanas, do norte-americano Elton Mayo, que inseriu o chamado 
fator humano nas organizações, ao considerar os trabalhadores como pessoas 
com sentimentos e necessidades psicológicas. Como resultado, foi apresentado 
que a motivação, a comunicação e a supervisão com os funcionários auxiliam a 
criar um clima de comprometimento entre patrões e funcionários, gerando 
satisfação e aumentando a produtividade (Figaro; Rebechi, 2013). 
Um dos destaques de empresas que buscam o sucesso é exatamente 
utilizar métodos para engajar os funcionários; ou seja, fazer com que o 
funcionário se envolva com a empresa. A busca por esse engajamento acontece 
porque é sabido que funcionários engajados têm um melhor desempenho, são 
mais motivados e buscam resultados para a empresa. Além disso, quanto maior 
a motivação da equipe, menor tende a ser o índice de turnover (mudança de 
funcionários por desligamentos), o que gera uma significativa economia para a 
empresa (Ernst et al., 2015). 
Ao se comunicarem com seus funcionários, as empresas devem ter em 
mente importantes direcionamentos a seguir, dentre os quais destaca-se a 
necessidade de comunicar constantemente para o funcionário o que acontece 
dentro da empresa, o que faz com que ele se sinta parte das decisões da 
organização. Além disso, ao entender que a empresa é a única fonte oficial de 
informações, os colaboradores não irão buscar por outras fontes (Figaro; 
Rebechi, 2013). 
Outro aspecto muito importante é a distribuição das informações da 
empresa para os funcionários, tendo em mente que todos precisam ser bem-
informados, ainda que cada um tenha diferentes “necessidades de 
comunicação”, demandando apenas informações que são essenciais para a 
realização de um bom trabalho. Essa distribuição está diretamente relacionada 
ao nível hierárquico e funcional e à especialidade do funcionário (Figaro; 
Rebechi, 2013). 
Além disso, é importante ter cautela ao comunicar as informações para os 
funcionários, fazendo isso de tal forma que as mensagens sejam compreensíveis 
para todos os que a receberem. Uma forma que funciona bem é detalhar com 
instruções, por exemplo, além de passar uma mensagem clara, precisa e exata. 
A repetição também pode ajudar (Figaro; Rebechi, 2013). 
Em um contexto digital, deve-se também lembrar que as tecnologias de 
informação auxiliam na criação de novos métodos de produção e novas formas 
 
 
7 
de consumo; nesse contexto, a comunicação torna-se um instrumento ainda 
mais eficiente para mobilizar os colaboradores das empresas a se envolver com 
as organizações (Figaro; Rebechi, 2013). 
 É fundamental também considerar o funcionário como um participante 
ativo no processo de comunicação organizacional. Por muito tempo, a 
comunicação foi considerada como algo de menor importância na avaliação do 
rendimento do funcionário, provável resquício dos modelos de Taylor e Ford, em 
que se comunicar não era permitido (Figaro; Rebechi, 2013). 
Atualmente, porém, saber se comunicar é uma das características mais 
requisitadas, especialmente em relação ao desempenho do funcionário. 
Demanda-se também dos funcionários que utilizem a comunicação como uma 
ferramenta de trabalho (Figaro; Rebechi, 2013). 
Finalizamos esse tópico reforçando que colaboradores que se sentem 
importantes, reconhecidos e valorizados na empresa em que trabalham, 
alcançam melhores resultados e refletem a imagem da empresa (Ernst et al., 
2015). 
Saiba mais 
Em um contexto em que a Comunicação Organizacional e suas relações 
com os funcionários torna-se cada dia mais fundamental, leia ao artigo e entenda 
como um líder de sucesso deve se comunicar nas empresas. 
FERNANDES, M. O papel estratégico na comunicação da sua empresa. Cultura 
colaborativa, 2 nov. 2016. Disponível em: 
<https://culturacolaborativa.socialbase.com.br/lideranca-na-comunicacao/>. 
Acesso em: 14 fev. 2019. 
TEMA 3 – CLIENTES 
A Comunicação tem um papel muito importante para ajudar as empresas 
a alcançarem sucesso, e esse papel estratégico da comunicação ganhou ainda 
mais relevância quando ela começou a trabalhar o relacionamento com os 
clientes, assim auxiliando a organização mais amplamente no alcance de suas 
metas (Ernst et al., 2015). 
A melhor forma de satisfazer o cliente é entender e atender aos objetivos 
e ao que ele busca na compra; para tanto, é fundamental que a empresa invista 
em comunicação e estabeleça canais de comunicação com os clientes 
 
 
8 
Em se tratando destes canais, quando mais eficientes eles forem, melhor 
será a imagem da organização para os clientes, e, dentre os diversos canais 
para se estabelecer uma comunicação com os clientes destacam-se (Formas..., 
2006): 
 Comunicação pessoal: Tenha em mente que todo cliente busca receber 
um bom atendimento, e nenhum atendimento é tão eficiente quanto a 
comunicação pessoal, que deve sempre priorizar a cordialidade, a 
educação e o respeito. 
 Caixa de sugestões: Nos locais em que o cliente é atendido de forma 
física, um espaço para que ele deixe críticas e sugestões é bastante 
indicado, assim como um canal online no caso do atendimento virtual. 
 Correspondência personalizada: Manter contato com os clientes, 
informando de novos produtos e promoções, por exemplo, é muito 
importante; contudo, essa comunicação é mais eficiente quando é feita de 
forma personalidade e quando o cliente se sente especial. 
 Pesquisa com clientes: As pesquisas que permitem um maior 
aprofundamento sobre quem são os clientes auxiliam muito no 
entendimento de como estabelecer a comunicação com o cliente. 
Saiba mais 
Em se tratando da comunicação pessoal, há um interessante artigo da 
Diretora executiva da agência Ogilvy, uma das principais agências de 
publicidade do Brasil, que reforça a importância das organizações enxergarem 
os clientes não apenas como “público-alvo”, mas sim como seres humanos que 
devem ser abordados e conquistados. 
AUGUSTO, R. As raízes militares do marketing. LinkedIn, 23 jan. 2019. 
Disponível em: <http://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2019/01/23/
as-raizes-militares-do-marketing.html>. Acesso em: 14 fev. 2019. 
Nesse contexto, as empresas devem ter em mente que suas relações com 
os consumidores vão muito além das questões do consumo, atingindo as 
dimensões do comportamento humano (Augusto, 2019). 
A busca por essas relações positivas deve ser uma constante nas 
organizações. Vejamos algumas dicas para ajudar a aprimorar a comunicação 
(Balineiro, 2018): 
 
 
9 
 Ouça o cliente: Ao se comunicar com o cliente é fundamental que a 
empresa realmente escute o que ele tem a dizer, ouça o feedback com 
atenção e, com estas informações, busque atende-lo da melhor forma. Se 
o cliente perceber esse esforço, além de ficar satisfeitoé muito provável 
que ele se torne um cliente fiel. 
 Utilize a Tecnologia: Atualmente não é possível se aproximar do cliente 
sem utilizar da tecnologia e uma ótima forma de fazer isso é por meio das 
redes sociais. 
 Não se esqueça do cliente: Após o cliente fazer a compra é importante 
a organização ter em mente que ele continua sendo importante para ela, 
estando à disposição e mantendo contato. 
 Preste atenção no que é dito: Tanto no meio físico quanto no meio digital 
é importante lembrar de manter um tom profissional, tendo em mente que 
os clientes são pessoas consumindo os produtos e adotando uma 
linguagem apropriada para tanto. 
 Seja objetivo: Em se tratando da comunicação com o cliente a melhor 
estratégia é “ir direto ao ponto”, sendo claro e simples ao passar as 
informações. 
Buscando ouvir os clientes, nos últimos anos diversas empresas 
intensificaram seus canais de comunicação, seja através da internet ou de redes 
telefônicas. Destaca-se que escutar as reclamações e sugestões dos clientes é 
uma das consultorias mais baratas e eficientes, por garantir o alinhamento da 
empresa com os desejos dos consumidores. Portanto, o cliente deve ser visto 
como um consultor, alguém que pode ajudar a empresa a melhorar. 
Ao ouvir o cliente, a empresa se aproxima de garantir lucro para o seu 
negócio, já que escutar as demandas dos consumidores reflete em fidelização 
destes, pois a organização passa a entender quais são suas demandas e o que 
pode ser feito para atendê-las. 
Saiba mais 
Leia o artigo, e descubra como o gestor de comunicação da Petrobras 
conseguiu reconstruir a reputação da empresa para os seus clientes quando est 
reputação estava praticamente destruída. 
 
 
10 
MOTTA, B. As raízes militares do marketing. LinkedIn, 24 jan. 2019. Disponível 
em: <https://www.linkedin.com/pulse/antes-de-falar-era-preciso-fazer-bruno-
motta>. Acesso em: 14 fev. 2019. 
TEMA 4 – STAKEHOLDERS 
Como acredito que já tenha ficado claro ao falarmos sobre alguns dos 
públicos da comunicação organizacional, o papel desse setor vai além de apenas 
vender um produto ou serviço para o cliente ou de ser elo de comunicação com 
os funcionários. A comunicação organizacional tem a função de pensar de forma 
estratégica e ajudar a organização com um discurso que reflita a identidade 
organizacional e converse com todos os públicos em um contexto político, social 
e econômico (Godoy, 2015) 
Neste contexto, um dos papéis do comunicador é gerenciar a 
comunicação entre a organização e os stakeholders, buscando estratégias para 
atingir e se relacionar com esse público. A palavra stakeholder vem da união das 
palavras em inglês stake – que significa “estaca” ou “aposta” – e holder – que 
significa “possuidor”, “dono”. Atualmente entende-se stakeholder como aquele 
que tem participação ou interesse em alta – o caso de empresas, pessoa, ou um 
grupo, que tenha o poder de legitimar as ações de uma organização e influência 
na gestão e nos resultados da organização (Godoy, 2015). 
A relação entre a comunicação organizacional e os stakeholders começou 
em 1984, com Edward Freeman, um filósofo americano que publicou o livro 
Strategic Management: A Stakeholder Approach (Gerenciamento Estratégico: 
uma abordagem para os acionistas). Este livro, além de trazer o conceito de 
stakeholder, também começou a levantar questões sobre esse grupo e como as 
organizações poderiam atendê-lo (Godoy, 2018; Ernst et al, 2015). 
São considerados como stakeholders acionistas, órgãos governamentais, 
grupos políticos, associações comerciais, sindicatos, financiadores, 
fornecedores, clientes e funcionários (Godoy, 2018). Nas empresas em que 
trabalhei, o termo stakeholder era usado exclusivamente para se referir aos 
acionistas da empresa. 
Os stakeholders podem ser classificados em dois grupos: primários, que 
são os proprietários das empresas, seus clientes, fornecedores, colaboradores 
e competidores; e secundários, que sãos governos, comunicação, mídia, ONGs 
e instituições financeiras (Ernst et al., 2015). Tal categorização serve para 
 
 
11 
facilitar a tomada de decisões de comunicação. Podemos também pensar nos 
seguintes termos (Manesco, 2018): 
 Grau de dependência: Públicos que impactam diretamente na 
sobrevivência da organização: governo, funcionários, clientes e 
fornecedores. 
 Grau de participação: A organização não tem dependência, mas esse tipo 
de público colabora para o seu crescimento: consultoria, prestadores de 
serviços, redes sindicais e redes setoriais, comunidades próximas etc. 
 Grau de interferência: Públicos que podem interferir diretamente na 
imagem da organização, sendo divididos em: rede de concorrência e 
comunicação de massa – veículos de comunicação. 
Ao mapear os stakeholders, a empresa consegue entender com quais 
públicos se relaciona e quais merecem uma aproximação (Manesco, 2018). 
Após esta definição, as empresas devem criar formas de se relacionar com esse 
grupo, estabelecendo canais de diálogo com foco em relações duradouras (Ernst 
et al., 2015). 
Ainda, a importância de mapear os stakeholders deve-se ao fato de que 
os responsáveis pela comunicação organizacional não conseguem criar 
estratégias diferenciadas para cada um dos stakeholders da empresa. Então, ao 
entender os grupos, é possível definir planos de comunicação com base nos 
comportamentos e atitudes de cada um e na posição que ocupam na 
organização. Por exemplo (Teixeira, 2013): 
 Mensagens com relatórios especificados, baseados nas expectativas dos 
stakeholders; 
 Forma de entrega desses relatórios; 
 Quem irá entregar os relatórios; 
 Nível de formalidade dos relatórios; 
 Frequência de envio dos relatórios. 
Reforça-se, portanto, a importância de as organizações darem uma 
atenção maior para os grupos que têm poder; por exemplo, os acionistas tendem 
a querer não apenas receber um relatório de seus investimentos, mas também 
participar das decisões, e assim o CEO das empresas deve se preocupar em 
manter um relacionamento com esses importantes influenciadores das 
organizações (Godoy, 2018). 
 
 
12 
Saiba mais 
Leia o artigo e aprofunde seus conhecimentos sobre o tema. 
ABREU, E. E. P. Comunicação & stakeholders. TI especialistas, 13 fev. 2015. 
Disponível em: <https://www.tiespecialistas.com.br/comunicacao-
stakeholders/>. Acesso em: 14 fev. 2019. 
TEMA 5 – COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL MODERNA 
A demanda da comunicação organizacional na gestão empresarial se 
intensificou a partir dos anos 1970, após o contexto Fordista, dando espaço para 
relações de trabalho mais flexíveis (Figaro; Rebechi, 2013). Contudo, as 
informações e os processos de comunicação sempre se fizeram presentes no 
decorrer da evolução das estratégias empresariais e das organizações 
(Cardoso, 2006). 
A comunicação organizacional se apropria da comunicação que ocorre na 
sociedade como um todo, sendo diretamente impactada pela mudança do 
cenário analógico para o digital. Consequência direta disso é que o processo de 
produção e veiculação de mensagens nas organizações também vem passando 
por importantes mudanças (Kunsch, 2006). 
Vivemos uma era de muitas mudanças, e obviamente as organizações 
também são diretamente impactadas, de modo que há novas práticas de gestão 
em busca de qualidade, produtividade, satisfação com o cliente e preocupação 
social, as quais influenciam diretamente nas relações com as empresas 
(Cardoso, 2006). 
Nesse mundo cheio de mudanças, é fundamental entender a 
complexidade dos processos da comunicação na gestão estratégica das 
empresas, de modo a enfrentar a competitividade. Nesse cenário, a 
comunicaçãoorganizacional deixou de ser um processo homogêneo, vertical e 
com ênfase apenas na instrumentalidade da comunicação (Cardoso, 2006). 
A comunicação atual tem uma integração mais efetiva entre as áreas, 
estando sob uma perspectiva muito mais integrada, pois ultrapassa uma visão 
meramente instrumental e técnica. Essa comunicação tem a capacidade de 
sustentar a prática cotidiana, indo além das empresas e incorporando diferentes 
modelos de gestão da comunicação (Kunsch, 2006). 
 
 
13 
Nesse cenário digital, a comunicação tem um papel fundamental, sendo 
vista de forma muito mais estratégica do que no passado, já que ela não é mais 
apenas um instrumento que transmite mensagens, sendo agora vista como 
processo social e fenômeno organizacional (Kunsch, 2006). 
Isso é reflexo, também, do poder da comunicação e da mídia na 
sociedade contemporânea; portanto, as organizações devem se preocupar em 
ir além de seus objetivos econômicos, e assumir a responsabilidade pela 
construção de um mundo melhor (Kunsch, 2006). 
Destaca-se, assim, o foco na questão éticas dentro das organizações, que 
muitas vezes precisam inclusive adotar uma postura diferente em relação a 
determinados assuntos (Teclógica, 2018). Nesse contexto, a comunicação 
organizacional vai além do foco de diminuir os conflitos, tornando-se importante 
também que ela atue com vistas a garantir a ética organizacional, o que é 
fundamental em uma empresa que vive em um cenário global – atuando, 
inclusive, como um diferencial competitivo. 
Mas como a comunicação pode auxiliar com a questão ética? Assim como 
a comunicação pode ajudar ou prejudicar as reputações das empresas, ela tem 
uma estreita relação com a responsabilidade social; portanto, o planejamento de 
comunicação deve ir além dos objetivos da empresa – como já falamos 
previamente, pois deve envolver os interesses da sociedade, com um 
compromisso ético de viabilizar canais de diálogo. 
Ainda, a comunicação organizacional deve respeitar a diversidade dos 
públicos com quem interage, eliminando quaisquer preconceitos e mantendo um 
clima favorável para que todos poderem compartilhar informações, sendo as 
empresas mais promovem a comunicação como uma extensão de seus 
princípios e valores aquelas que mais se espelham na ética. 
Finalizo com o olhar que devemos ter para o futuro da comunicação, 
estando abertos para as novas formas e métodos de atuação, como por exemplo 
o formato audiovisual, com um apelo mais dinâmico (por exemplo uma TV 
Corporativa para o contato com os funcionários), e “de olho” nas tendências do 
mercado para aplicá-las no negócio, buscando atender as necessidades e 
alcançar a aceitação do público-alvo (Comunicação..., 2018), sempre priorizando 
questões éticas. 
 
 
 
14 
Saiba mais 
Leia este interessante artigo e compreenda mais sobre a importância da 
ética para as organizações. 
BATISTA, F. A importância da ética empresarial como fator competitivo para o 
mercado. Administradores, 14 mar. 2017. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-importancia-da-etica-
empresarial-como-fator-competitivo-para-o-mercado/103308/>. Acesso em: 14 
fev. 2019. 
TROCANDO IDEIAS 
O foco das empresas, que antes era a produção, agora está nas pessoas. 
E a comunicação deve se adequar a essa nova realidade, assumindo assim um 
importante papel nas organizações (Cardoso, 2006). 
Considerando esse papel cada vez mais fundamental da comunicação 
nas organizações, reflita e converse com seus colegas sobre como vocês 
avaliam a comunicação feita por algumas empresas nacionais para que os 
funcionários votassem no candidato X ou no candidato Y nas últimas eleições. 
Você entende que os gestores estavam utilizando sua liberdade de 
expressão e criando um canal aberto com os funcionários ou o que aconteceu 
foi coerção exercida por quem tinha mais poder? 
NA PRÁTICA 
Marlene Marchiori é escritora e organizadora de mais de 12 livros sobre 
temas relacionados à comunicação, cultura e estratégia nas organizações, tendo 
pós-doutorado em Comunicação Organizacional pela Brian Lamb School of 
Communication, nos Estados Unidos, doutorado em Ciências da 
Comunicação pela Universidade de São Paulo, e graduação em Comunicação e 
Administração de Empresas. 
Essa importante pesquisadora do assunto que estamos estudando tem 
uma empresa, a March Comunicação e a MMarchiori, que oferece diversos 
serviços relacionados à Comunicação e Estratégia, dentre os quais destacam-
se diversos workshops. Analise os workshops oferecidos 
(<http://marlenemarchiori.com.br/workshops/>) e, pensando em cada um dos 
públicos abordados nesta aula, escolha um workshop específico imaginando que 
 
 
15 
você tem uma empresa e está buscando aprimorar seu relacionamento com 
estes públicos. 
FINALIZANDO 
Começamos esta aula esclarecendo a importância de pensarmos na 
comunicação como algo feito por pessoas, seres humanos com emoções e 
ações. 
Tratamos, então, da importância de entender os diferentes públicos da 
comunicação organizacional, temática que começou a ser discutida em 1980, 
sendo atualmente fundamental a sua compreensão para a realização de uma 
comunicação eficaz. 
Abordamos, na sequência, cada um dos principais públicos da 
comunicação organizacional, começando pelos funcionários, tema que vem 
sendo debatido desde a Escola das Relações Humanas, e que é uma importante 
forma de comunicação para o sucesso das empresas. 
Seguimos para os clientes, um importante público, principalmente ao 
consideramos que um dos principais objetivos de uma organização é se 
relacionar e atender bem aos seus clientes. Nesse sentido, trouxemos dicas e 
sugestões para aprimorar esse relacionamento. 
O último público falado foram os stakeholders, com os quais a 
organização deve estabelecer um bom relacionamento, por serem importantes 
tomadores de decisão e influenciadores do sucesso da empresa. 
Finalizamos esta aula com um aprofundamento sobre a comunicação 
organizacional moderna, trazendo um debate sobre a questão ética, que não 
pode, de forma alguma, ser deixada de lado pelas empresas. 
Espero que você aprofunde seus conhecimentos com as indicações 
deixadas nos quadros Saiba Mais, e nos vemos na próxima aula. 
 
 
 
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