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Apostila enem Filosofia

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Filosofia iluminista
Aula 1: A era da razão
E se fez a luz!
No século XVIII, surgiu um movimento cultural e intelectual da sociedade europeia chamado de Iluminismo. No século das luzes, organizou-se o saber racional alcançado até então, compilado em uma grande obra batizada de Enciclopédia.
Frontispício da primeira edição, de 1751, do primeiro tomo da Enciclopédia (em francês, Encyclopedie) editada por Denis Diderot e Jean dAlembert. A última parte dessa grande obra foi publicada em 1772.
Nesta aula, veremos o nascimento desses novos ideais, que repensaram o homem e a sociedade. Veremos também a contribuição da Enciclopédia para o avanço do Iluminismo por toda a Europa, além do nascimento de uma nova concepção de poder, elaborada por Montesquieu (1689-1755).
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O papel da razão na vida do homem e na sociedade.
O século XVIII e as Luzes – um debate iluminado acerca da política: evolução, progresso, felicidade social e liberdade. Velhas questões e novas soluções.
A nova apresentação do homem superando o modelo medieval. A crítica racional e a necessidade do progresso humano.
Os editores: Denis Diderot (1713-1784) e Jean le Rond d’Alembert (1717-1783). A invenção da Enciclopédia (1751-1772): compilação dos ideais iluministas e seus efeitos.
Montesquieu aperfeiçoa a ideia de poder: divisão em executivo, legislativo e judiciário. A tripartição e a nova roupagem da política.
Aula 2: Homem, Estado e Política
A política iluminada
Os ideais iluministas contribuíram para a eclosão da Revolução Francesa.
Como os pensadores iluministas formularam suas teorias acerca do homem e da política? Como Thomas Hobbes (1588-1679) chega à máxima de que “o homem é o lobo do homem”? Por que Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) elabora o “contrato social”? As instituições podem realmente corromper os homens?
Frontispício da obra O contrato social, de Rousseau, publicada pela primeira vez em 1762.
E John Locke (1632-1704), como chega às percepções que tanto contribuíram para uma nova concepção de Estado e de governo?
Nesta aula, tratamos do percurso desses três importantes pensadores iluministas e vemos suas propostas e ideais acerca dos paradigmas sociais da época.
Você verá que, com eles, as noções de política, Estado, governo, soberania, democracia e autoridade ganham uma nova perspectiva.
Não perca!
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Thomas Hobbes e a natureza humana: a guerra de todos contra todos; o corpo político: o Leviatã.
Jean-Jacques Rousseau e a natureza humana: o homem natural é o bom selvagem; a propriedade privada e a desigualdade entre os homens.
A vontade geral como resultado da consciência: o público acima do privado; a função do contrato social; o povo soberano.
John Locke e o Estado Liberal: vida, liberdade e propriedade – direitos naturais do homem.
Os limites do Estado Liberal: a conservação dos direitos do homem.
Evolução científica
Aula 1: A ciência e o senso comum
Da observação às observações
Toda pesquisa científica começa a partir de um conhecimento vulgar. Depois ele começa a se diferenciar por meio de métodos e princípios, para que possa ganhar legitimidade e tornar-se um conhecimento científico.
Com as transformações da Era Moderna, um novo modo de pensar.
Mas como a filosofia discute a questão do pensamento científico? Qual é a relação entre senso comum e formulação científica?
Vamos acompanhar no vídeo a seguir como surge a desconfiança – elemento fundamental da busca da verdade – no âmbito filosófico e científico.
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Senso comum: uma experiência puramente humana.
Astronomia, física, história, biologia – o caminho percorrido pelas ciências e a unidade científica.
Observação, contemplação, admiração e curiosidade: a desconfiança como principal método de investigação.
A ciência antiga e a visão de Aristóteles sobre a hierarquia do Cosmos - contribuição para o avanço do pensamento científico.
Aula 2: O nascimento da ciência moderna
De repente, tudo mudou!
O surgimento da ciência moderna está associado ao momento em que ocorre a transição da filosofia natural da antiguidade para o método científico que conhecemos hoje. Foi o nascimento de uma nova concepção de mundo que fez a vida ganhar novo sentido, por causa das descobertas científicas.
Mas qual o papel da filosofia diante de um mundo que avança na direção do pensamento científico? Será mesmo possível fazer desaparecerem nossas crenças e ideias sobre o mundo e o Universo?
No próximo vídeo veremos esse fantástico mundo da nova ciência. Como Copérnico “parou o Sol e moveu a Terra”? Como o ser humano deixou de ser o centro do Universo e da criação?
Representação do sistema solar heliocêntrico de Copérnico.
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A trajetória da ciência antiga até a concepção da ciência moderna.
Nicolau Copérnico e o heliocentrismo. “Parando o Sol e movendo a Terra”. Uma mudança na concepção de “centro do Universo”.
A importância do telescópio de Galileu. O movimento dos corpos e a geometrização do Universo.
René Descartes e a descoberta do método. A dúvida metódica como elemento de investigação filosófica e científica.
O pensamento de David Hume e a experiência que comprova. O empirismo como método – o princípio da causalidade.
O falseacionismo de Karl Popper e a possibilidade de submeter a ciência a uma comprovação.
Conceitos de cidadania e democracia
Aula 1: Cidadania e política
Você odeia a política?
Antes de responder a essa pergunta, considere: o que, afinal, é a política?
A palavra política veio do grego, precisamente da palavra politikos, que designava, já na Antiguidade, aquele que hoje, em português, chamamos de cidadão.
Politikos, por sua vez, deriva de polis, palavra que, ainda em grego, designa a cidade, o espaço público.
Na imagem, ruínas de uma ágora antiga na cidade grega de Tessalônica. Na Antiguidade, a ágora era o espaço onde se decidiam as questões públicas da pólis.
Nesta aula, damos início aos nossos estudos sobre a política apresentando a trajetória percorrida pelo indivíduo até alcançar o status de cidadão.
Vamos ao vídeo.
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Aconteceu na pólis: a invenção do cidadão e a inauguração da participação política.
Aconteceu na ágora: o debate, a assembleia, o questionamento.
A democracia como resultado do funcionamento político grego.
A discussão acerca da liberdade e da igualdade: o surgimento da lei.
A vontade coletiva: o voto e a representatividade.
Só com o partido se faz política? As descobertas da arte de governar e administrar o que é público.
Aula 2: Dos deuses ao Príncipe
A reinvenção da política
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a política, considere: para que ela serve? E mais: será que a política deve promover a justiça na pólis? Como se procede para que ela atenda à vontade da maioria?
Nesta aula, você verá que as concepções políticas de Maquiavel (à direita) eram bem distintas das concepções de Platão.
Nesta aula estudaremos os conceitos de cidadania e democracia em Platão e veremos como, na Renascença, deu-se a ruptura da política com o pensamento antigo. Nessa viagem, buscaremos no pensamento de Nicolau Maquiavel (1469-1527) um entendimento moderno sobre a política e sua instrumentalização.
Não perca!
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A finalidade da vida política na Grécia antiga: a promoção da justiça e seus efeitos.
O discurso da persuasão. A contribuição dos sofistas: o governo se dá pelo consenso.
Aprendendo a conviver com o outro. A cidadania que surge do debate das ideias e das circunstâncias.
Platão: estrutura tripartite – o homem é racional, colérico e desejante. A educação na pólis e a necessidade de submeter os desejos à alma racional.
Platão e a Sofocracia: um governo entregue aos sábios.
Maquiavel: ciência política.
As ações do príncipe devem ser conduzidas mediante as particularidades e as circunstâncias de cada principado. Ser temido, amado ou odiado?
A finalidade da política: ter e manter o poder.
A virtù:pode o príncipe obter sucesso dependendo somente da sorte?
Teorias sobre ética e moral
Aula 1: Ética e moral no pensamento filosófico
O bem e o mal, o certo e o errado
Ética e  moral são dois conceitos que atravessaram o tempo e desafiam até hoje o pensamento filosófico. Como podemos avaliar o que é permitido e o que é proibido? Nossos valores e costumes são universais? É possível julgar o certo e o errado?
Somos responsáveis por nossas decisões?
A fim de buscar respostas para algumas dessas perguntas, retornaremos ao pensamento socrático. Como se inicia a filosofia moral? Como podemos entender a decisão de um sujeito?
O vídeo a seguir trata dessas questões. Vamos a ele!
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A moral e a ética sob a perspectiva da filosofia.
A cultura como elemento capaz de instituir uma moral.
Como o ser busca exercer uma conduta correta – o bem e o mal, o proibido e o permitido e seus aspectos filosóficos.
A problematização da moral: o imoral e o amoral; a discussão acerca do significado dos valores.
Os princípios que norteiam a ética e a moral. A noção de direitos humanos.
O parto das ideias e a busca socrática pela verdade – o elemento indagador do ser em seu aspecto ético e moral.
A decisão diante das vontades. O ser consciente dialogando com a ética e a moral.
Educar as vontades: a filosofia como ferramenta para a busca da felicidade.
Aula 2: A ética aristotélica e os princípios da vida moral
A vida ética – busca racional da felicidade
A filosofia de Aristóteles apresenta a ética como principal ferramenta humana para a busca da felicidade. Para ele, a ética implica uma vida equilibrada, em que se busca o bem como caminho para a plenitude da vida humana.
                                                 Há felicidade sem ética?
Qual é a importância de combinar a virtude com o saber prático? Existe relação entre ética, felicidade e política? Somos realmente capazes de controlar nossos impulsos visando ao bem comum?
No vídeo a seguir iremos abordar os fundamentos da ética aristotélica e como o filósofo entende a relação entre ética e felicidade. Vamos comentar ainda a importância de se estabelecerem princípios que guiam o ser humano a partir de seus desejos, impulsos visando ao estabelecimento de uma conduta moral. 
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A ética aristotélica e a busca pela felicidade como finalidade do ser.
O saber prático como construção do bem e da felicidade.
A prudência como elemento de uma excelência moral determinante à vida virtuosa.
O embate entre vícios e virtudes e a saída humana para o controle das vontades e dos impulsos.
Os princípios da vida moral: felicidade, razão e discernimento.
A ética e a política – inseparáveis e fundamentais para o estabelecimento da pólis e para o bem comum.
Aula 3: A ética cristã e a razão kantiana
Obedecer implica ser livre?
 
O cristianismo vai conceber a ética e a moral por meio da relação do homem com Deus, introduzindo o conceito de “dever”. Desse modo, organiza, por meio da fé e das noções de livre arbítrio e bem e mal, a vida ética.
Cena de filme em que Moisés segura as pedras com os dez mandamentos.
Veremos no próximo vídeo a dimensão da lei divina diante das decisões e escolhas do homem. Quais as consequências de usufruir do livre arbítrio? Os homens são capazes de discernir entre bem e mal, certo e errado?
Vamos também discutir como o pensamento kantiano se aproxima e se afasta do pensamento cristão e encontra no dever um fio condutor para a construção da ética. 
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Os princípios da ética cristã – a relação do homem com Deus, seus limites e dimensões.
O alcance da lei divina. Como o homem se posiciona diante do livre-arbítrio e como se dá o controle das vontades e dos desejos humanos.
A razão pura prática – a ética kantiana.
O dever como elemento fundante da ética – negar a “moral do coração” e reafirmar o papel da razão.
A necessidade do dever para se alcançar a moral.
O imperativo categórico.
Aula 4: Ética, moral e vontade no pensamento hegeliano
A ética está nas coisas?
Nesta aula vamos acompanhar o pensamento do filósofo Hegel acerca da ética, a crítica elaborada ao pensamento kantiano e as formulações a respeito das noções de vontade objetiva e vontade subjetiva. Para esse filósofo, não bastava apenas considerar a intenção do indivíduo para se realizar um julgamento ético; também era necessário avaliar todos os elementos que estão relacionados à situação: a relação com o Estado, as regras morais estabelecidas e toda a história que cerca determinada ação.
A deusa da justiça é cega.
No vídeo a seguir abordaremos as formulações de Hegel sobre ética, além das críticas ao pensamento cristão e às concepções kantianas. Também veremos a construção cultural da moral e as dimensões objetivas e subjetivas da vontade, assim como a avaliação do filósofo sobre o papel das instituições na cultura, bem como a transmissão de valores e regras, imprescindíveis à construção da ética, segundo o filósofo. 
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A crítica de Hegel às éticas que lhe são anteriores.
A moral determinada por meio da cultura.
Somos seres históricos e culturais.
A relação entre a nossa vontade (subjetiva) e a vontade objetiva (institucional, cultural e formuladora da moral, responsável pela condução da vida coletiva).
O resultado circunstancial da sociedade diante da submissão às condições estabelecidas pela vontade objetiva.
Aula 5: A moral nietzschiana: a crítica ao Ocidente
Deus morreu?
O filósofo alemão Nietzsche, que se dedica a criticar profundamente o pensamento filosófico ocidental (a começar por Sócrates), considera que a verdade não é produto da curiosidade humana, mas sim fruto do medo da morte e do desconhecido. E é dessa forma que o filósofo identifica uma moral ressentida, que surge através da incapacidade do homem fraco de viver impulsionado pelos sentidos.
Nietzsche propõe a mudança da moral do escravo à moral aristocrática, como uma saída para o homem tornar-se um “super-homem”.
No vídeo desta aula veremos como Nietzsche faz uso do irracionalismo para contrabalancear o dionisíaco e o apolíneo, além de repensar o entendimento de bem e mal, uma vez que, para o filósofo, não há valores absolutos, tampouco verdades sobrenaturais. Fica então a pergunta: Deus realmente está morto?
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A crítica nietzschiana à filosofia socrática e ao pensamento cristão.
O irracionalismo – instintos, sentimentos e vontades opondo-se à razão.
A relação entre as ideias que remetem aos deuses Dionísio e Apolo: a força instintiva e passional contrabalanceando-se à estrutura equilibrada e moderada.
A ética tradicional em xeque: necessidade constante de submeter os valores a reavaliações.
A moral escrava e a moral aristocrática. A igualdade negada. Uma nova ideia acerca da dicotomia entre dominantes e dominados.
A morte de Deus e seus significados: o fim da providência, o fim da ordem cósmica, a ideia de que nada mais existe em termos absolutos, de que o sobrenatural não mais existe, o surgimento do “super-homem”.
Teoria do conhecimento
Aula 1: Por que as coisas existem?
A existência da realidade
Teoria do conhecimento (ou epistemologia) é o ramo da filosofia que estuda a capacidade humana de conhecer a realidade.
“O pensador”, obra de Auguste Rodin, retrata um homem em profunda meditação, uma referência ao pensar e também à luta contra “uma poderosa força interna”.
Muitos pensadores, a começar pelos pré-socráticos, dedicaram-se à reflexão filosófica tendo como fio condutor a realidade, construindo a filosofia como cosmologia. Heráclito, por exemplo, afirmava ser impossível conhecer a realidade concreta, pois existe uma diferença entre o que percebemos e o que entendemos. Parmênides criou a teoria do ser, segundo a qual toda mudança é ilusória, pois a essência do ser é sempre a mesma. Já Demócrito, a partir do atomismo, dizia que a realidade era constituída por átomos.
Na opiniãodos sofistas, tudo não passava de uma questão retórica, da linguagem, que pode modificar a percepção da realidade por meio do discurso, enquanto o pensamento socrático demonstrava que a realidade era mais complexa: só se conhece a verdade afastando-se das ilusões perpetuadas pelos sentidos, como expressa a alegoria da caverna.
O vídeo a seguir nos mostra como surgiram as perguntas responsáveis pela criação de diversas teorias acerca do conhecimento, além de apresentar o modo como essas questões foram elaboradas pelos filósofos da antiguidade. Vamos a ele então!
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O estudo da filosofia dedicado à realidade.
A filosofia do ser e o ser racional – implicações e soluções.
A importância da razão e os limites da paixão.
A razão pela qual as coisas existem.
As impossibilidades da realidade segundo Heráclito.
Parmênides e a essência – a teoria do ser.
O atomismo de Demócrito e a experiência da realidade indivisível.
As diferenças filosóficas entre ser e parecer.
Os sofistas e a realidade enquanto opiniões, persuasão e discurso.
A filosofia socrática sob a realidade e a importância de conhecer a si mesmo.
Aula 2: As formas de conhecimento
Nós nos conhecemos de algum lugar?
Ao estudarmos a trajetória da filosofia, podemos acompanhar os resultados de uma constante busca pelo conhecimento, na acepção mais ampla do termo. Na Antiguidade podemos perceber diversos movimentos que se dedicam a explicar fenômenos e pensar o ser pela busca do saber: o filosofar.
Agora, vamos avançar a fim de compreender o conhecimento como problema, por meio das ideias de Sócrates, Platão e Aristóteles, de suas perspectivas, métodos e ferramentas acerca do saber filosófico.
Os procedimentos adotados pelos filósofos, como o debate, a reflexão, a intuição, a crença e o raciocínio, serão elementos fundamentais para essa nova etapa evolutiva do pensamento.
Platão e Aristóteles são pilares da filosofia do conhecimento.
No próximo vídeo, veremos as metodologias utilizadas pelos três filósofos dedicadas às questões do conhecimento, suas possibilidades, estruturas e direções, passando pela experiência humana, da teoria à prática, até a redescoberta do ser. Então vamos a ele?
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Os procedimentos filosóficos apresentados por Platão.
As quatro formas de conhecimento: intuição, raciocínio, opinião e crença.
Diferenças entre o conhecimento inteligível e o conhecimento sensível.
A filosofia aristotélica e a nova interpretação do ser.
Os três ramos do conhecimento: teórico, prático e técnico.
As causas e os princípios da razão e sua qualidade universal.
Aula 3: Em busca do conhecimento: Bacon e Descartes
E se o conhecimento estiver errado?
Essa aula se propõe a discutir a nova etapa da incessante investigação sobre o conhecimento. Vamos adentrar no período em que o realismo metafísico grego passa a ser criticado por filósofos da Idade Moderna, sobretudo Bacon e Descartes.
Francis Bacon estava convencido de que era possível, pela ciência, vencer os efeitos do erro.
Esses filósofos se dedicavam a compreender os limites assertivos do pensamento, propondo uma análise de todo “conhecimento” até então produzido. Bacon acreditava que, para se chegar ao conhecimento verdadeiro, era preciso libertar-se dos “ídolos”, engodos que levam a falsas noções, ao passo que Descartes estabelecia o “método” como uma ferramenta primordial para se chegar à verdade.
Não foi à toa que a famosa frase de Descartes ecoou por toda a ciência.
Nesta aula iremos conhecer a trajetória percorrida pela teoria do conhecimento e seu o estabelecimento nessa nova fase, Moderna, que traz o “erro” como peça fundamental para a compreensão da verdade. É possível chegar ao conhecimento verdadeiro através de um Método?
Vejamos no próximo vídeo.
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A trajetória da teoria do conhecimento e seu papel na era Moderna.
Os paradigmas estabelecidos e a busca pela verdade.
A relação entre sujeito e objeto na era Moderna.
Francis Bacon e a crítica aos “ídolos”.
René Descartes e o discurso do método.
Aula 4: Empirismo x racionalismo – A razão crítica
O que podemos conhecer?
O debate entre o empirismo e o racionalismo e a crítica à razão são importantes momentos da filosofia e da história do conhecimento, pois vão impulsionar os avanços científicos, desafiando a capacidade de o homem se reinventar diante dessas revelações.
Será que finalmente vamos descobrir o sentido da vida?
O empirismo considera como fonte de nossas representações os dados fornecidos pelos sentidos. Já o racionalismo defende que a verdade já está em nós, nascemos com as ideias.
Vamos estudar no próximo vídeo a mudança do pensamento filosófico em relação à ciência, ao homem e, sobretudo, àquilo que se pensava sobre o conhecimento. A crítica à razão e a relação entre empirismo e racionalismo são centrais para a compreensão dessa problemática. Vamos lá!
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John Locke → Nascemos todos como uma tábula rasa, sem nada conhecer.
As diferenças entre empirismo e racionalismo → realidade objetiva e realidade subjetiva.
Conhecimento a priori da razão pura X conhecimento a posteriori da ação da experiência.
Kant esclarece e critica a razão.
Aula 5: A solução hegeliana – História e dialética
Conhecimento é história?
No momento em que a crítica kantiana se estabelece como elemento esclarecedor diante da problemática do conhecimento, o filósofo Hegel propõe um modelo que investigue a razão como obra racional da própria razão, isto é, o real é racional e o racional é real.
Hegel traz a reflexão histórica ao debate do conhecimento.
A “solução hegeliana” para o problema do conhecimento parte de uma visão histórica dialética, que nos conduz a um movimento capaz de compreender a história e seu papel na construção do conhecimento. Esse movimento se apresenta em tese, antítese e síntese – afirmação, negação, superação (negação da negação) –, servindo de sustentação para o filósofo justificar que a razão é histórica.
O vídeo a seguir nos mostra a visão desse filósofo sobre a realidade e como concebia a verdade e o conhecimento, além da crítica ao modelo kantiano acerca da razão. Vamos acompanhar também como, através da dialética, Hegel afirma que a razão é, portanto, a própria história.
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O alcance do conhecimento para Hegel e os excessos de objetividade e subjetividade.
A crítica ao criticismo kantiano e a proposta de um novo caminho.
A realidade como obra histórica da razão.
A dialética hegeliana → uma mudança na história do conhecimento.
A solução hegeliana → a razão é a própria história.
Arte e estética
Aula 1: O que é o belo?
“Achei bonito. E você?”
 
Ao observarmos uma obra de arte – um quadro, uma escultura, uma construção ou qualquer outra manifestação artística –, é inevitável que a avaliemos, considerando se ela nos agrada; em outras palavras, é inevitável buscarmos entender se ela é ou não bela.
Mas a partir de que padrão se define se algo é belo ou não? Ele existe em si, ou apenas nos olhos daquele que observa a obra?  
Cena do filme Agonia e êxtase, que conta a história do artista Michelangelo.
O que pensavam Platão e Aristóteles sobre as artes? É possível dizer que algo pode deixar de ser belo? Na sua busca pelo belo, a arte deve imitar o que já existe, ou fundar novos conceitos? Existem regras?
O vídeo a seguir apresenta o caminho dado pela Filosofia para a investigação do belo: de seu entendimento racional em vista dos contextos históricos à sua funcionalidade.
Continue conosco.
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Afinal, o que é o belo? A identificação e relação do homem com a arte e o surgimento de uma nova pergunta filosófica.
Racionalismo e objetividade: como o belo se apresenta historicamente?
Observação e reflexão na arte: o surgimento da estética.
A arte e sua finalidade: obra que se comunica com o homem, ou que o instiga? Como entender a mensagem na arte.
A questão do gosto: gostamos somente do queé belo?
A arte é verdade ou mentira? A natureza da relação entre o belo e o real.
Platão e Aristóteles: a investigação filosófica debruçada na arte; simetria, proporção, medida e ordem; a arte grega.
Aula 2: A arte na história
Da natureza ao negócio
Sabemos que é através da arte que o homem manifesta suas emoções, sentimentos e impressões acerca da realidade. Mas é possível transgredir a essa realidade? A sociedade e a cultura podem ditar os rumos da produção artística?
Bienal das Artes no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Veremos no vídeo a seguir o caminho percorrido pelas artes até a nossa sociedade atual.
Continue conosco.
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A busca filosófica da arte: da imitação da natureza ao século do Romantismo.
A estética moderna e a teoria da arte de Immanuel Kant: regra e subjetividade na nova arte.
Cultura e história para Friedrich Hegel: o tempo histórico e a razão manifestados pela arte.
A livre expressão ou a construção comprometida? Os caminhos da arte na cultura moderna e na sociedade atual.
A arte que imita ou a arte que supera? A transfiguração da produção e o acesso ao pensamento artístico da era moderna.
Augusto Boal e o teatro do oprimido: ator e espectador = cidadão.
O estabelecimento da indústria cultural. A criação e a produção em série. A arte como mercadoria.
Walter Benjamin e a cultura de massa. O valor da arte e a destruição da aura. O que muda diante das novas técnicas de produção.
Filosofia medieval
Aula 1: A Patrística
O homem de fé é um filósofo?
Em seus primeiros séculos, a Igreja Cristã irá elaborar doutrinas a respeito das verdades da fé para se defender dos ataques pagãos e de possíveis heresias. Esse discurso apologético dá origem à filosofia patrística.
Detalhe da obra "Santo Agostinho ensinando retórica e filosofia em Roma", de Benozzo Gozzoli, que produziu uma série de afrescos contando a vida desse pensador.
Nesta aula, veremos qual caminho a filosofia percorreu com a ascensão da doutrina cristã. Que valores foram repensados, julgados ou esquecidos?
Veremos também os temas abordados por Santo Agostinho, além do debate entre fé e razão e a discussão dos problemas universais na perspectiva de conceptualistas e nominalistas.
Conheça essa história no próximo vídeo.
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A doutrina e o conhecimento sob a condução dos padres da Igreja.
O surgimento de uma nova perspectiva acerca da conciliação entre razão e fé.
Santo Agostinho se debruça sobre o entendimento do mal e do livre arbítrio.
A instrumentalização da filosofia de Platão.
O problema do Universal como pauta filosófica. A teoria da Iluminação e o debate entre conceptualistas e nominalistas.
Aula 2: A Escolástica e o pensamento de Tomás de Aquino
Está provado: Deus existe!
Entre os séculos VIII e XIV, a Igreja Romana se tornou muito poderosa na Europa. Nessa época a doutrina cristã era ensinada nas escolas, numa tentativa de conciliação da fé ao pensamento racional, pautado mais uma vez pela filosofia grega.
Detalhe da obra “Triunfo de São Tomás de Aquino sobre os heréticos”, de Filippino Lippi, realizada entre 1489 e 1491.
Tomás de Aquino, maior representante do período, cristianiza o pensamento de Aristóteles e elabora as cinco vias que provavam a existência de Deus através da razão.
No próximo vídeo vamos entender como o pensamento cristão surge nas escolas e universidades em meio ao período de maior poder da Igreja. Poderemos observar como se apresentam alguns dos temas centrais no pensamento escolástico, como fé e razão, infinito e finito, hierarquia dos seres e o poder espiritual, além de mergulhar no pensamento de São Tomás de Aquino e sua vasta contribuição à história do pensamento filosófico e teológico.
Vamos lá!
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O papel da Igreja Romana entre os séculos VIII e XIV.
A ascensão do pensamento cristão ensinado nas escolas e universidades.
A cristianização da filosofia de Aristóteles e sua contribuição à escolástica.
A verdade conhecida através da razão (revelação natural), somada à fé (revelação sobrenatural).
As novas perspectivas do debate entre fé e a razão na pauta da discussão filosófica.
O realismo indireto de Tomás de Aquino e a afirmação da existência de Deus.
Filosofia grega
Aula 1: Do mito à filosofia
O mito conta a origem de algo. Pode ser da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem, do mal. Trata-se de uma narrativa imemorial, fabulosa, que interpreta e dá sentido ao mundo. Não é necessariamente um conhecimento, como a ciência.
Diante de um mito vem sempre a indagação: será que aquelas pessoas, contemporâneas à sua vigência como explicação do mundo e da vida, acreditavam nele? Podemos afirmar que nem acreditavam, nem deixavam de acreditar: o mito era a única linguagem de apropriação do mundo que elas tinham.
Perseus "Percy" Jackson, que se descobre um semideus, é o protagonista da série 
Percy Jackson e os Olimpianos, escrita por Rick Riordan.
Já a filosofia surge como um conhecimento racional da natureza, de nós mesmos, mas de forma reflexiva: voltamo-nos a nós mesmos e perguntamos: quem sou eu? Por que as coisas são o que são? Por que tudo é finito?
Se, por um lado, o mito utiliza-se de aspectos fantásticos e por vezes repletos de contradições e curiosidades, valendo-se da autoridade da crença e também de seu narrador, a filosofia, por outro, não admite qualquer incoerência.
Essa relação entre mito e filosofia introduz uma nova pauta na ordem do pensamento humano. E é o assunto do vídeo a seguir.
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A narrativa mítica como interpretação do mundo.
Condições históricas do surgimento da filosofia – “milagre grego”.
Mito e filosofia: seus pontos de contato, suas diferenças.
A reflexão e a reflexão filosófica propriamente dita.
Aula 2: Os Pré-Socráticos e os sofistas
Antes de Sócrates
Por volta do século VI a.C., surgiu um grupo de pensadores conhecidos como pré-socráticos, que são considerados os fundadores da filosofia ocidental. Eles se preocupavam com questões relacionadas à natureza e ao cosmos, buscando explicações que não se vinculavam a mitos, autoridades ou religião. Direcionados exclusivamente pela razão, a fim de compreender a natureza do Universo, esses filósofos elaboraram questões a respeito do princípio de todas as coisas, além da tentativa de refletir o que são as coisas e o que elas parecem ser. Um bom exemplo é o de Tales de Mileto, que buscou explicar o cosmos através da água.
A água era o arché de Tales de Mileto.
No vídeo a seguir, trataremos de Tales de Mileto e passaremos também pelas discussões propostas por outros filósofos. 
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A filosofia como cosmologia.
Princípios básicos da filosofia pré-socrática.
As escolas pré-socráticas e a construção do arché.
O discurso convincente é verdadeiro?
No Congresso Nacional, em Brasília, ocorrem diversos debates fundamentais para o país. Analisando-se muitos deles, é possível confirmar o princípio de que os discursos dos sofistas permanecem vivos entre nós.
Os sofistas perceberam as mudanças políticas atenienses e iniciaram um processo de inclusão do homem na pauta filosófica. Vamos acompanhar, no próximo vídeo, quais as principais características do pensamento sofista e como se apresentou a mudança – do grego guerreiro para o grego cidadão – responsável pelo nascimento da discussão e do debate entre os homens, esse considerado um dos elementos fundadores da democracia. 
Você viu no Vídeo 2
O humanismo relativista dos sofistas.
A opinião como gestadora do debate via democracia ateniense.
Aula 3: A maiêutica socrática e a epistemologia e política platônicas
A pólis grega (Atenas) era formada basicamente pela Acrópole, sua parte mais elevada, onde existiam templos dedicados aos deuses, e pela Ágora, a praça pública.
"A Escola de Atenas" é um afresco de Rafael Sanzio, pintado entre 1509-1510, no Palácio Apostólico, no Vaticano. Mostra um grupo de filósofos de váriasépocas históricas junto a Aristóteles e Platão (ao centro), ilustrando a continuidade do pensamento desses pensadores gregos.
Sócrates inaugura essa nova fase do pensamento filosófico através de um método dialético, que se baseia no diálogo a fim de conduzir o cidadão a um processo de reflexão e descoberta de seus próprios valores, por meio de conceitos. Com perguntas simples e objetivas, tornava-se possível identificar as contradições presentes na forma de pensar a vida. Essa é a essência da prática socrática: convidar o sujeito a conhecer por si mesmo, via maiêutica – o parto das ideias.
Sócrates é uma figura enigmática na história da filosofia. Seus feitos, provocações e diálogos foram registrados principalmente por dois de seus discípulos, Platão e Xenofonte, além de aparecer também em algumas peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes.
Na tela A morte de Sócrates, pintada por Jacques-Louis Davi, em 1787, representa-se Sócrates proferindo seu último discurso.
 
E é na República de Platão que Sócrates aparece narrando uma das passagens mais clássicas da história da filosofia, conhecida como o mito ou “alegoria” da caverna.
Essa alegoria é uma representação metafórica da condição humana perante o mundo. Platão acredita que a realidade está no mundo das ideias – real e verdadeiro –, mas a maioria da humanidade vive apenas no mundo das coisas sensíveis. Para o filósofo, só saberemos o que é imutável e verdadeiro através da razão – afinal, os sentidos podem nos enganar.
O próximo vídeo não é sobre um filósofo... É sobre “O Filósofo”. Veremos que Sócrates, que discordava dos sofistas, se propõe à incessante busca do conhecimento imutável e universal. Em praça pública, o filósofo indaga as pessoas. Após seus muitos "porquês”, a tarefa torna-se visivelmente simples e brilhante. Vamos acompanhar a trajetória do “parteiro das ideias”, que, mesmo sendo condenado a morrer por envenenamento, viveu pela filosofia e se tornou mártir dela.
Você viu no Vídeo 1
Sócrates, O Filósofo.
A ironia socrática.
O parto das ideias.
Sócrates e a vida pela filosofia.
“Só sei que nada sei” e a busca da verdade.
Você viu no Vídeo 2
O inatismo platônico – O mito da caverna.
A Razão – Conhecer ou sentir?
Dialética – Onde está a verdade?
A sofocracia platônica. 
Aula 4: A metafísica de Aristóteles
O estagirita
Aristóteles, o filho de Nicômaco, nascido em 384 a.C., não era grego de nascimento; mas, tendo se mudado aos 18 anos para Atenas, onde ingressou seus estudos na academia platônica, permanecendo lá por 20 anos, tornou-se um dos pontos altos da filosofia grega. Por seu prestígio, chegou a ser preceptor de Alexandre, o grande.
Nessa foto da tela de Jean Leon Ferris, pintada em 1895, vemos Alexandre, o grande, ouvindo conselhos de Aristóteles.
Aristóteles sistematiza as ciências, iniciando algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras. Como é possível perceber, falamos de uma mente que percebe a essência das coisas nas próprias coisas.
No vídeo a seguir, veremos como se organizou o pensamento aristotélico.  
Você viu no Vídeo
O empirismo aristotélico – “a essência das coisas está nas próprias coisas”.
O princípio da sistematização: a ciência.
A metafísica: o ser enquanto ser

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